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EXERCÍCIO 1ªFASE DO MODERNISMO OSWALD ANDRADE

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COLÉGIO MODELO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
DATA: 17/ 06/ 2021 SÉRIE: 3ª TURNOS: MATUTINO E VESPERTINO 
PROFª: VALDELICE RODRIGUES DISCIPLINA: PORTUGUÊS
LITERATURA: SEMANA DE ARTE MODERNA/1ª FASE DO MODERNISMO BRASILEIRO
Escritor da primeira fase: Oswald de Andrade
Oswald de Andrade
 Montagem com fotos/imagens de Oswald de Andrade.
Considerado o mais rebelde e desvairado dos modernistas brasileiros, Oswald de Andrade divide com o amigo  Mário de Andrade o título de artista modernista da primeira fase mais conhecido e referenciado pelo público e pela crítica.
Biografia
José Oswald de Sousa Andrade nasceu em 1890, filho de abastada família paulista. Aos 22 anos, parte para Paris, onde permanece por cinco anos e é influenciado pelas vanguardas europeias, sobretudo pelas ideias futuristas de Marinetti (1876-1944).
Participa do primeiro grupo modernista com Mário de Andrade (1893-1945), Guilherme de Almeida (1890-1969), Rui Ribeiro Couto (1898-1963), Di Cavalcanti (1897-1976) e Tarsila do Amaral (1886-1973). Toma-se uma das figuras mais importantes da Semana de Arte Moderna de 1922.
Em 1924, publica o “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, um dos principais documentos do movimento. Para Oswald, “a poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos”.
Em 1928, lança o Movimento Antropofágico e a Revista de Antropofagia, cuja proposta principal era a de que o Brasil necessitava assimilar as influências estrangeiras para criar uma cultura revolucionária e original.
A crise da Bolsa de Nova York, em 1929, abala fortemente as finanças do poeta. No mesmo ano, rompe com o amigo Mário de Andrade e separa-se de Tarsila do Amaral. Apaixona-se pela escritora Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu (1910-1962).
Violento adversário do integralismo, do nazifascismo e da ditadura do Estado Novo (1937-1945), em 1940, Oswald lança-se, por meio de uma carta-desafio, candidato à Academia Brasileira de Letras (ABL), mas não é eleito.
Em 22 de outubro de 1954, Oswald de Andrade morre em São Paulo, cidade que foi palco de sua trajetória modernista.
Características do autor
A formalidade estética na criação literária, presente na produção do século XIX e da passagem para o século XX, dá lugar à linguagem coloquial, ao humor debochado e à temática da brasilidade.
Além disso, a utilização de versos livres, a enumeração aleatória de ideias, a ausência de pontuação, a diminuição das fronteiras entre poesia e prosa, o combate a valores cristalizados e falsos e a valorização do cotidiano e do progresso são características desta primeira fase modernista.
O humor, a experimentação e a ousadia formal são característicos em sua obra. Os poemas-paródia são os mais representativos, como pode ser percebido na paródia feita à “Canção do exílio“, de Gonçalves Dias (1823-1864)
Minha terra tem palmares 
onde gorjeia o mar 
Os passarinhos daqui 
Não cantam como os de lá 
Minha terra tem mais rosas 
E quase que mais amores 
Minha terra tem mais ouro 
Minha terra tem mais terra 
(...)
Outra característica da poesia oswaldiana é a mais larga utilização de palavras “antipoéticas”; para Oswald, se a matéria-prima do poema é a realidade, toda palavra é possível em um poema. 
Oswald também cria o “poema-pílula“, forma poética extremamente sintética, com condensação de sentidos.
A poesia de Oswald foi precursora de dois movimentos que só viriam a acontecer na década de 1960: o concretismo e o tropicalismo.
Principais obras
Poesia: Pau-Brasil (1925); Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927); Poesias reunidas (1945).
Capa da obra Pau-Brasil
Teatro: O rei da vela (1937); A morta (1937).
Registro fotográfico da obra/peça teatral O rei da vela.
Prosa
Os romances Memórias sentimentais de João Miramar (1924) e Serafim Ponte Grande(1930) admiram pelo trabalho com a linguagem (simultaneidade, quase ausência de pontuação, neologismos, condensação, palavras em liberdade) e pela montagem, apresentando capítulos extremamente curtos, que se aproximam da poesia. Marco Zero (1943, dividido em A revolução melancólica e Chão, 1946)
Observe o capítulo 66 da obra Memórias sentimentais de João Miramar:
“Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas sem sol.
Losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam os verdes montes interiores.
No outro lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava.
 Barcos. E o passado voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia vinha derrapava em túneis.
Copacabana era um veludo arrepiado na luminosa noite varada pelas frestas da cidade.”
Vale a pena saber mais:
Poesia
Na obra Pau-Brasil (1925), o autor traz uma análise crítica da realidade brasileira, “redescobre” o Brasil, parodiando os textos produzidos pelos primeiros cronistas brasileiros, recontando a história colonial do Brasil.
A importância de Oswald de Andrade
Para os dias atuais, os textos/obras Memórias sentimentais de João Miramar e Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade, são quase ilegíveis. No entanto, apresentam grande importância histórica.
Os textos desarticulam as convenções da prosa de ficção brasileira, destruindo principalmente a linguagem retórica, tão acentuada nos primeiros anos do século XX.
Incorporam à ficção nacional os novos experimentos técnicos da moderna narrativa europeia.
Os “antirromances” de Oswald de Andrade cumprem, desta forma, a função saneadora das vanguardas, que tem como objetivo confrontar o passado e abrir caminho para os que vêm depois.
Atividade I
A partir da leitura e análise atenta do poema Balada do Esplanada, responda:
Ontem à noite
Eu procurei
Ver se aprendia
Como é que se fazia
Uma balada
Antes de ir
Pro meu hotel.
É que este
Coração
Já se cansou
De viver só
E quer então
Morar contigo
No Esplanada.
Eu qu'ria
Poder
Encher
Este papel
De versos lindos
É tão distinto
Ser menestrel
No futuro
As gerações
Que passariam
Diriam
É o hotel
Do menestrel
Pra m'inspirar
Abro a janela
Como um jornal
Vou fazer
A balada
Do Esplanada
E ficar sendo
O menestrel
De meu hotel
Mas não há poesia
Num hotel
Mesmo sendo
'Esplanada
Ou Grand-Hotel
Há poesia
Na dor
Na flor
No beija-flor
No elevador
 Oswald de Andrade. ANDRADE, O. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
01) Dê o (s) significado (s) dos vocábulos abaixo:
a) Balada: Na Idade Média, poema lírico de origem coreográfica, primeiro cantado, depois destinado somente à recitação.
b) Esplanada: terreno plano, largo, extenso, em frente a uma fortificação ou a um edifício importante; largo, praça.
c) Menestrel: na Idade Média, artista da corte ou ambulante que, a serviço de senhores, recitava e cantava poemas em versos, freq. com acompanhamento instrumental [Via de regra, o menestrel, diferentemente do trovador, não compunha poemas, apenas os declamava.]
d) Aliteração: repetição de fonemas idênticos ou parecidos no início de várias palavras na mesma frase ou verso, visando obter efeito estilístico na prosa poética e na poesia (p.ex.: rápido, o raio risca o céu e ribomba); aliteramento, paragramatismo.
02) Qual a temática abordada pelo poeta?
 
É que o eu lírico está esperando um amor qualquer, que está em qualquer lugar. (2ºestrofe) 
03) Como o eu lírico se comporta? Ele consegue alcançar seu objetivo? Justifique.
Embora o eu lírico manifeste o desejo em todo poema em ser um menestrel, ele não consegue e se fruta conforme a 6ºestrofe,
04) Nos versos: “Pra m'inspirar / Abro a janela / Como um jornal”. Que figura de linguagem há nestes versos? Explique.
Elipse (supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela situação) 
05) Nos versos: “Há poesia
 Na dor
 Na flor 
 No beija-flor
 No elevador”.
Por que nestes versos acontecem aliteração?
Porque todos os versos terminaram ou são repetidos os mesmo sons 
Atividade II
01.
Vício na falaPara dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
Sobre o poema de Oswald de Andrade, julgue as seguintes proposições:
I. O poema de Oswald de Andrade volta-se contra o preconceito linguístico e nos chama a atenção para a necessidade de uma espécie de ética linguística pautada na diferença entre as línguas, nesse caso em uma única língua.
II. O poema critica a maneira de falar do povo brasileiro, sobretudo das classes incultas que desconhecem o nível formal da língua.
III. Para ele, os falantes que dizem “mio”, “mió”, “pió”, “teia”, “teiado”, de certa forma, constroem um “telhado”, ou seja, criam novas formas de pronúncia que se sobressaem, em muitos casos, à norma culta.
IV. A palavra “vício”, encontrada no título do poema, denota certo preconceito linguístico do autor, que julga a norma culta superior ao coloquialismo presente na fala das pessoas menos esclarecidas.
a) Todas estão corretas.
b) I e III estão corretas. X
c) I, III e IV estão corretas.
d) II e III estão corretas.
02. São características da obra de Oswald de Andrade, exceto:
a) A obra de Oswald de Andrade representa um dos cortes mais profundos do modernismo brasileiro em relação à cultura do passado.
b) Sua obra é debochada, irônica e crítica, sempre pronta para satirizar os meios acadêmicos ou a própria burguesia, classe da qual se originara.
c) A linguagem utilizada por Oswald caracteriza-se pela síntese, pelas rupturas sintáticas e lógicas, pelas imagens bruscas e pela fragmentação.
d) Em sua obra estão presentes o lirismo, a piada, a imaginação, a fala popular, a ironia, os flashes cinematográficos, todos elementos observados nos chamados poemas-minuto.
e) Os temas mais comuns de sua obra são a paixão pela vida, a morte, o amor e o erotismo, a solidão, a angústia existencial, o cotidiano e a infância. X
03.
Erro de português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
Oswald de Andrade
Sobre o poema de Oswald de Andrade, estão corretas as seguintes proposições:
I. Faz uma crítica contra a colonização portuguesa no Brasil. Essa crítica pode ser confirmada a partir do título do poema, o qual contém uma ambiguidade intencional.
II. Nesse poema, a temática do relacionamento amoroso é abordada de maneira inovadora, distante da idealização romântica proposta pelos ultrarromânticos.
III. O poema utiliza elementos como o humor, a ironia e o sarcasmo para relatar a chegada do português em terras brasileiras.
IV. Apropria-se de uma linguagem simples e prosaica para fazer uma reflexão profunda e complexa.
V. No poema de Oswald nota-se a preocupação com a métrica, a versificação e a rima, embora o conteúdo do poema seja inovador.
a) I, II e IV.
b) II, III e V.
c) I, III e IV. X
d) III e IV,
e) II e V.
04. O capoeira
— Qué apanhá sordado?
— O quê?
— Qué apanhá?
Pernas e cabeça na calçada.
(Oswald de Andrade. Poesias reunidas. 5.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. p. 94)
Sobre a linguagem modernista é incorreto afirmar:
a)busca de uma linguagem mais coloquial.
b) valorização de temas ligados ao cotidiano.
c) uso dos versos livres, sem métrica definida. X
d) arte pela arte ou arte sobre a arte.
e) irreverência e subjetivismo dos textos.

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