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Anatomia dental Morfologia dos dentes permanates – aspectos anatômicos elementares dos dentes. DIVISÃO DOS DENTES EM TERÇOS. → Faces: “São superfícies planas que entram na formação dos sólidos geométricos.” As faces dos dentes não são lisas e planas, mas irregulares e, geralmente, convexas. Recebem os nomes de acordo com sua posição e direção. Os dentes anteriores apresentam 5 faces. → Face vestibular (V): voltada para o vestíbulo da boca, e que mantem relação com os lábios e bochechas. → Face lingual (L): voltado para a cavidade bucal propriamente dita que mantém relação com a língua. (Nos dentes superiores, essas faces são denominadas de Face palatina (P) devido sua relação com o palato). → Faces proximais: São faces de contato entre dois dentes vizinhos na arcada dentaria, sendo: • Face mesial (M): o mais próximo (ou voltada para) o plano sagital mediano (linha media). • Face distal (D): A face oposta à mesial (ou face que está distante da linha media). → Face oclusal (O): São as faces que entram em contato quando os dentes entram em oclusão. NOTA: Nos dentes anteriores, é comum chama-se as faces de bordas incisais ou caninas (conforme referir-se á incisivo e canino), mas continua sendo representado pela letra O. DIVISÃO DAS FACES EM TERÇOS O estudo da anatomia da coroa dental é amplamente facilitado pela divisão das faces em terços e pelos sentidos de visualização. Vista Vestibular ou lingual: Dividimos a face do dente no sentido horizontal e vertical: • Horizontal (-): Terço mesial, médio e distal. • Vertical (|): terço oclusal ou incisal, médio e cervical. Vista proximal: Também dividido em sentido horizontal e vertical: • Horizontal (-): terço vestibular, médio e lingual. • Vertical (|): terço incisal ou oclusal, médio e cervical. Vista oclusal: E dividido em faces no sentido médio- distal e no sentido vestíbulo-lingual: • Médio-distal: terço mesial, médio e distal. • Vestibulo-lingual: terço vestibular, médio e lingual. Anatomia dental Figura 1 Vista proximal. Dente 23. Figura 2 Vista vestibular. Dente 23 Figura 3 Vista oclusal. ESTRUTURAS ANATÔMICAS COMUM A TODOS OS DENTES. Linha do colo: É uma linha contínua e sinuosa que divide o dente em coroa e raíz. Em relação a borda incisal ou face oclusal, é côncavo nas faces livre e convexas nas proximais. Figura 4 Linha do colo. Dente 21. Bordas: “São formadas pelo encontro de duas faces”. • As bordas recebem os nomes das faces que a compõem (Disto-lingual, mesio- lingual; disto-vestibular, Mesio-vestibular). Figura 5 Borda vestibulo-distal. Dente 21 Figura 6 Borda mésio-lingual. Dente 21. Ângulos: “São formados pelo encontro de três faces.” • Os ângulos recebem o nome da face que compõem. Bossa: Elevação arredondado encontrado na face vestibular de todos os dentes permanentes e decíduos, entre os 1/3 cervical e médio da face lingual de pré-molares e molares ou nas faces de contatos de alguns dentes. As bossas vestibular, mesial e distal têm localização comum com todos os dentes: • Borda Vestibular: Terço Cervical. • Borda Mesial: Terço incisal ou oclusal. • Borda Distal: Terço incisal ou oclusal, porém, sempre localizado mais próximo do terço médio que a bossa medial. NOTA: a bossa lingual ou palatina varia de grupo anterior para o posterior, localizando-se no terço cervical dos dentes anteriores e no terço médio das coroas dos dentes posteriores. Anatomia dental Figura 7 B. Vest. e lingual. Dente 23 Figura 8 B. Vest. e lingual. Dente 24 Cristas Marginais: É uma eminência alargado de secção triângulos do esmalte, situado nas bordas mesial e distal da face lingual de incisivos e caninos e nas bordas mesial e distal da face oclusal de pré- molares e molares. Relevo definido volumoso. Figura 9 Crista marginal (anterior).Dente21 Figura 10 Crista marginal. Dente 36 ESTRUTURAS ANATÔMICAS EXCLUSIVAS DE DENTES ANTERIORES. Cíngulo: É uma saliência arredondada, localizada no 1/3 terço cervical da face lingual u palatina dos incisivos e caninos. Forame cego: Pequena cavidade localizada sob o cíngulo. Fossa ou Flingual: Cavidade ampla e rasa, de tamanho e profundidade variáveis, delimitada pela borda incisal, crista marginais e cíngulo; localizada na face lingual ou palatino de incisivos e caninos. Fóssula: Pequena fossa resultante da união de sulcos, que se situa nas faces vestibulares e oclusas de pré-molares e molares. Sulco de desenvolvimento: São depressões lineares, paralelas ao longo do eixo do dente, localizados nas faces vestibulares de dentes anteriores, dividindo-as em segmentos. Têm desenvolvimento variável e são mais frequentes em dentes jovens. Lóbulos de desenvolvimento: Saliência encontrada na face vestibular e lingual de pré- molares e M. separados pelos sulcos. Nos incisivos e caninos, recebem o nome de lóbulo. Fig. 11 Dente 21 Borda incisal: É o encontro da face vestibular com a lingual. Figura 12 Borda incisial. Dente 21 ESTRUTURAS ANATÔMICAS EXCLUSIVAS DOS DENTES POSTERIORES. Nos dentes posteriores, as estruturas de maior interesse se localizam nas faces oclusais. A face oclusal pode ser classificada em ANATÔMICA e FUNCIONAL. Face oclusal anatômica: É a região contida entre as arestas longitudinais das cúspides e as arestas das cristas marginais transversais. Face oclusal funcional: Corresponde á face oclusal anatômica acrescida dos terços oclusais das faces Anatomia dental linguais superiores e terços oclusais das faces vestibulares inferiores. Cúspide: Saliência em forma de pirâmide quandragular típico de pré-molar e molares. - são estruturas de formato piramidal, consideradas unidades funcionais dos dentes posteriores. - a cúspide recebe o nome da face a qual apresenta proximidade. Ex: cúspide mesio-vestibular do 1º molar inferior. Vertente: São faces da cúspide, normalmente em número de quatro. Cada cúspide apresenta duas vertentes: - Internas ou triturantes: As que estão situadas no interior da face oclusal. - Externas ou lisas: As que estão situadas nas faces vestibular e linguais/palatinas. Tanto as VI e as VE são classificadas em mesial ou distal, de acordo com a proximidade de uma ou outra faca, afim de que seja diferenciada. Arestas: são segmentos de retas formadas pela união de vertentes de uma mesma cúspide ou de uma crista transversal, normalmente em numero de 4 para cada cúspide. são divididas em: - Arestas longitudinais: são as arestas que separam as vertentes externas das internas, paralelamente ao eixo mesio-distal da coroa. - Arestas transversais: são as arestas que separam duas vertentes internas ou externas entre si, perpendicularmente ao eixo mesio-distal da coroa. Sulco principal: depressão linear que resulta da união de cúspides vestibulares e linguais. - os sulcos principais mesio-distais separam as cúspides vestibulares das linguais, enquanto os sulcos principais ocluso-estibulares e oclusais linguais separam cúspides vestibular e lingual entre si. Sulco secundário: sulco que se origina do sulco principal. Crista obliqua ou ponte de esmalte: é uma eminência que une cúspides opostas, interrompendo um sulco principal. Acontece mais em 1º molar superior e 1º p´re-molar inferior. Anatomia dental NOTA: o 1 ºmolar também apresenta uma ponte de esmalte unindo sua cúspide vestibular á cúspide lingual, porem de forma transversal e não obliqua. Tubérculo: é uma saliência menor que uma cúspide, sem forma definida, agregada á estruturas anatômicas normais. - 1º molar superior permanente; 1º molar inferiordecíduo e face oclusal de 3º molares. INCISIVOS PERMANENTES Servem primordialmente para seccionar (cortar) os alimentos através de suas bordas cortantes. São em números de 8: 4 superiores e 4 inferiores. Os 4 (2 superiores e 2 inferiores) mais próximos da linha mediada são os incisivos centrais e os 4 mais lateralmente são os incisivos laterais. INCISIVO CENTAL SUPERIOR Face vestibular: Apresenta-se com a forma de trapézio, cujo o grande lado e incisal e o pequeno cervical. - Face convexa, sendo a convexidade maior no 1/³ cervical (bossa). - dois sulcos de desenvolvimento dividem a face e três lóbulos aproximadamente iguais. - Borda incisal ligeiramente inclinada para a distal. - Ângulo mésio-incisal reto e ângulo disto-incisal ligeiramente arrendondado. - Linha do colo convexa para apical: face livre (abertura para a coroa) e face proximais (abertura para raiz). - Oclui com o incisivo central inferior e metade da mesial do incisivo lateral inferior. Anatomia dental Face lingual: Também pode ser escrita como trapézio. - Fossa lingual maior e mais rasa; Contorno da borda incisal mais achatado. - Cingulo posicionado distalmente, com poucos tubérculos - Crista marginal mesial maior do que a distal. São largados ao nível do cíngulo e vão se tomando estreitas á medidas que se aproximam da borda incisal. - Buraco cego menor frequente. INCISIVO LATERAL SUPERIOR Face vestibular: Coroa trapezoidal alongada com altura maior que a largura; - Supercie bem mais convexa. - Ângulo mésio-incisal agudo, ângulo disto-incisal bem mais arredondado. - Lóbulo distal mais desenvolvido; - Borda incisal com maior inclinação para distal. Face palatina: as cristas marginais são extremamente desenvolvidas e apresentam na maioria dos dentes um forame cego muito pronunciado. INCISIVOS CENTRAIS E LATERAIS SUPERIORES: Superfície vestibular plano no IN. central e arredondado no IN. lateral IN. Lateral apresenta curvatura maior para a distal. Anatomia dental Cíngulo: mais alto e mais estreito Raiz: mais longa proporcionalmente e mais achatada. INCISIVO CENTRAL INFERIOR Menor dente humano e o mais irregular, apresenta morfologia simples. Coroa espatulada e bastante achatada no sentido vestíbulo-lingual. Ângulo mesio e disto-incisal sempre retos ou agudos. Terço apical mais desviado para a distal. Bordas mesial e distal quase iguais; Mais desgaste na mesial em oclusão normal. INCISIVO LATERAL INFERIOR Possui todas as dimensões maiores do que o incisivo central inferior. O ângulo mesioincisal é mais arredondado no incisivo lateral, assim como o ângulo distoincisal. A parte mesial da raiz e da coroa do incisivo central forma uma reta, enquanto no incisivo lateral essa parede forma um ângulo. Raiz: única, cônica, achatada no sentido mesiodistal. CANINOS PERMANENTES CANINO SUPERIOR Visão por vestibular: Face vestibular - 1º visão; 4 arcadas → 2 na arcada superior e 2 na inferior. Assemelha-se á uma lança; Forma pentagonal e bastante convexa. Apresenta uma cúspide na borda incisal que divide a coroa em duas inclinações: - Segmento mesial: Menor e mais inclinado; ângulo mesio-incisal mais arredondado. - Segmento distal: Maior e mais inclinado. Lobos cental e sulcos rasos. Visão por lingual ou palatina: Face lingual Mesma forma da face vestibular (pentagonal), porém mais estreita Junção ou convergência das faces proximais para palatina/lingual e cervical. Nota: TODOS os dentes tem a face vestibular mais larga que a lingual/palatina. COM EXCESSÃO do 1º molar superior permanente, que a palatina é maior que a vestibular. Cristas e cíngulo (unido á cúspide por crista) na face lingual são bem evidentes. Visão proximal: mesial e distal Forma triangular; são lisas e convexas em todo os sentidos. Face meisal maior e mais plana. Maior distancia vestíbulo-lingual que os incisivos Borda vestibular mais convexa. Raíz: É cônica e longa (pode chegar ao dobro do comprimento da coroa). É reta, raramente se desvia acentuadamente para distal É sulcada. Anatomia dental CANINO INFERIOR - Resumindo: igual ao superior so que menos. “ tudo menos” Visão por vestibular: Face vestibular. Coroa mais longa e estreita que o superior. Aparencia mais convexa – por mais estreito – sem crista cervico-incisal muito marcado. Sulcos de desenvolvimento pouco evidentes. - Seg. mesial: menor e menos inclinado - Seg. distal: maior e mais inclinado. Visão por lingual ou palatina: face lingual. Cíngulo (menos evidente) e cristas pouco pronunciadas. Fossa lingual menos escavada. Nota: não possui crista cervico-incisal que divide fossa lingual em distal e mesial. Visao proximal: face mesial e distal. Distancia vestíbulo-ligual menor que a do canino superior. Raíz 1 a 2 mm menor que a raiz do superior. Bastante achatada mesio-distal. PRÉ-MOLARES Os pré molares são dentes muito importante na mastigação (devido a sua parte oclusal), posicionalmente estão posterior aos caninos e anterior dos molares. Não existe pré-molares decíduos, eles emulsionam na região dos molares decíduos (54,55,64,74,75,84,85). Possuem forma de penyagoo, são menores que o canino e tem suas bordas convergentes. As arestas mesial e distal são semelhantes. O 1º pré é MAIOR que o 2º pré. FUNÇÕES Possuem tanto a função de dilacerar quanto de triturar os alimentos. Isso ocorre por que o 1º pré situa ao lado da face distal do canino e a morfologia da sua vestibular é bem semelhante ao canino. Já o 2º pré se situa ao lado da face mesial do 1º molar e irá triturar o alimento. Fazem uma maceração dos alimentos (trituração leve) Tem influência na estética. Trabalha na guia de desoclusão lateral (função em grupo). Trabalham com os molares na mastigação Mantem a DVO (Dimensão vertical de oclusão) Suporte de lábios e bochechas. MORFOLOGIA No quadrante superior os 1º pre são maiores que os 2º pre. No quadrante inferior: Acontece ao contrário, os 1º pre são MENORES que o 2º pre. Coroa: Apresentam forma de cubo, pois há em grande desenvolvimento lóbulo lingual, que forma uma verdadeira face oclusal. - Geralmente os pré-molares apresentam duas cúspides, uma vestibular e uma lingual. COM EXCESSÃO DO 2º PRE INFERIOR QUE É TRICUSPIDADO. Raíz: Todos os pré são unirradiculares, COM EXCESSÃO DO 1º PRE SUPERIOR QUE É BIRRADICULAR. - Apresenta um formato cônico piramidal. - As raízes dos pré superiores são mais achatadas no sentido mesio-distal - As raízes do pré inferior são mais arredondadas. MORFOLOGIA GERAL DOS PRÉ-MOLARES Face vestibular/aspecto vestibular: São convexas tanto cervico-oclusal, quanto no sentido mesio-distal. - As bordas mesial e distal convergem para a cervical, convergência mais acentuada para a distal. - Borda cervical é côncava em relação a coroa (oclusal). - Presença de crista bucal ou crista vestibular. Face lingual/aspecto lingual: São semelhantes a face vestibular, porém mais estreita, reduzida e menores (EXCETO O 1º PRÉ SUPERIOR). - Bordas mesial e distal convergindo para o colo, sendo essa convergência sempre mais acentuada para a distal. - Borda cervical é côncava em relação a coroa. Face proximal: Forma quandrangular. - São convexas cervico-oclusal quanto vestíbulo-lingual, e é sempre mais acentuada na distal. - Bordas vestibulares e lingual vão convergir para ocusal e terminam em duas estruturas pontiagudas; as cúspides são delimitadas internamente como face. Anatomia dental Oclusal: A região dentrodas cúspides é chamada de mesiooclusal da superfície triturante, convergindo para a oclusal. - As bordas cervicas deixam de ser concavas em relação a coroa, para se tornarem convexas em relação a coroas. - O contorno oclusal observado por proximal e as cristas marginais tem aspecto de “V”. Face oclusal: Passam a ter forma pentagonal. - São convexas em todos os sentidos, tanto vestíbulo-lingual quanto mesio-distal, com a convexidade maior na distal. - As bordas mesial e distal vão convergir para lingual. - Apresenta 2 cúspides nos pré-molares superiores e 2 cúspides nos 1º pré-molar inferior e 3 cúspides no 2º pré- molar inferior. - Apresentam cristas marginais que unem as cúspides vestibular e lingual. - Temos sulcos principais no sentido mesio-distal que vão separar essas cúspides. A partir dessas temos sulcos secundários que vão em direção de cristas marginais. O sulco e sinuoso. - As fossetas são as partes mais profundas do sulco - Mais largo no sentido vestíbulo-lingual do que no mesio- distal - Vertentes triturantes mesiais e distais - Cristas triangulares (vestibular e lingual) se encontram no sulco central.
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