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DESENVOLVIMENTO INICIAL DA BOLEIRA (Joannesia princeps Vell.) EM ÁREAS DE RESERVA LEGAL Natália Caroliny da Silva Dias¹; Andressa Martins da Cunha¹; Juliana Babisque¹; Telma Machado de Oliveira Peluzio²; João Batista Pavesi Simão³ ¹Estudante graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas do IFES (naty-linda91@hotmail.com); ( martinsc_andressa@hotmail.com); (julianababiski@hotmail.com) ; ²Engenheira Florestal, professora DIII B do Ifes/Campus de Alegre, (tmpeluzio@hotmail.com); ³Engenheiro Agrônomo, professor D V 3 do Ifes/Campus de Alegre, (jbpavesi@ifes.edu.br) Apresentado no II Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental – 23 a 26 de outubro de 2012 – SESC Centro de Turismo de Guarapari,Guarapari – ES. Resumo – O presente trabalho tem como proposta avaliar o desenvolvimento inicial da Joannesia princeps Vell. Em área destinada à reserva Legal no Ifes/campus de Alegre. A análise dos dados percorreu o período de março a agosto de 2012, onde foram executadas três etapas: marcação das árvores com etiquetas de material sintético, manejo durante todo o experimento e três medições em altura, diâmetro e caule, com o uso de fita métrica e trena. Na análise dos resultados foram desconsiderados os dados extremos de crescimento em altura e diâmetro do caule. Percebeu-se por meio dos resultados que houve crescimento de 40 cm em altura e 4,5 cm de diâmetro do caule no intervalo de março a agosto de 2012, perfazendo uma taxa de 22% de crescimento em altura e de 10,6% no crescimento do diâmetro do caule. A redução do crescimento no mês de junho devido à redução na taxa de precipitação. Palavras-chave: projeto piloto, reserva legal, extrativismo. Introdução Durante o processo de desenvolvimento industrial da sociedade, houve a utilização abusiva dos recursos naturais, em especial o desmatamento das florestas para fornecimento de energia, e aumento da área para expansão agrícola, havendo a necessidade de recomposição das áreas de preservação ambiental mediante a utilização de instrumentos legais. A implantação da “Floresta-Piloto”, convênio assinado entre a empresa Vale e Ifes/campus de Alegre no ano de 2010, pretendeu criar ambientes para o desenvolvimento de múltiplos estudos, dentre eles a reserva legal, que na região sudeste do Brasil, corresponde a 20% do tamanho da propriedade rural, de forma a recomposição da vegetação nativa, equilíbrio dos ecossistemas e extrativismo como prevê a legislação. A estrutura morfológica apresentada por essa espécie é apontada no grupo das angiospermas tendo a semente encapsulada garantindo sua dominância progressiva no ambiente terrestre (RAVEN, 2007). Seu fruto é carnoso servindo de alimento para a cutia feita através dela à dispersão de sementes, favorecendo a disseminação da espécie além da polinização, que é feita por insetos favorecendo a variabilidade genética (CARVALHO,2003). A utilização de espécies arbóreas nativas para a recuperação de áreas degradadas com alto valor ecológico como a Joannesia princeps Vell é de suma importância, uma vez que, a mesma proporciona uma recomposição florística adequada, além de apresentar vantagens comerciais se estendendo desde indústria de papel, uso medicinal como cicatrizantes, purgantes e adubo (LORENZI, 2002). Além de todas as vantagens comerciais, o plantio da Joannesia princeps Vell. É ecologicamente correto, trazendo diversos benefícios á área de plantio, dentre eles o sombreamento das espécies de menores portes arbóreos. Podemos destacar o melhoramento das propriedades do solo que favorece a fauna e flora no local, precavendo erosões e também protegendo mananciais, podendo assim, conciliar recuperação ambiental e geração de renda. A mesma constitui uma boa opção para áreas degradadas por oferecer uma excelente cobertura vegetal ao solo, devido à fácil decomposição de suas folhas e por apresentar alto teor de nitrogênio (JARAMILLO-BOTERO, C. et al, 2008). Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento inicial da Joannesia princeps Vell. em área de Reserva legal na floresta do Ifes/campus de Alegre. Materiais e Métodos O experimento foi conduzido na floresta piloto, no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Espírito Santo/ campus de Alegre (Ifes/campus Alegre). Localizado nas coordenadas 41º29’00’’w a 41º 26’30’’w e 20º44’30’’s e 20º47’30’’s. A região caracteriza-se por pertencer ao Bioma de mata atlântica possuindo temperatura média anual de 26ºC (INMET, 2012). O clima da região enquadra-se no tipo Cwa (Inverno seco e Verão chuvoso), de acordo com a classificação de Köppen, com precipitações médias de 1,200mm. O solo da área mailto:martinsc_andressa@hotmail.com experimental é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo (MOREIRA; VASCONCELOS, 2007). A área experimental inicialmente era ocupada por capim-braquiarão (Brachiaria brizantha), que foi eliminado durante o preparo do solo, através de quatro gradagens na profundidade de aproximadamente 20 cm. As plantas de Joannesia princeps Vell. foram introduzidas na floresta piloto na forma de mudas no ano de 2010, com espaçamento 3x2m, em covas de 0,30 x 0,30 x 0,30 cm, contendo fertilizante 220 g/cova de NPK-02-30-06 e micronutrientes (zinco e boro). A fim de avaliar o desenvolvimento inicial da espécie florestal realizou-se o estudo em três etapas: marcação das árvores com etiquetas de material sintético, manejo durante todo o experimento, com desbaste e limpeza das árvores com aplicação sulfuramida, e medições da altura, diâmetro do caule, mediante a utilização de fita métrica e trena pelo período de 1 ano, sendo realizadas coletas nos meses de março, junho e agosto de 2012, tendo como referencial a primeira medição realizada em março de 2012, haja vista, não se conhecer o tamanho das mudas no momento do plantio. Esses dados foram submetidos à comparação entre médias. Resultados e Discussões Foram avaliadas 100 árvores de Joannesia princeps Vell. que apresentavam grande variação entre os dados de altura, desconsiderando-se os dados extremos (maior e menor). Os dados médios referentes à Altura (A) e Diâmetro do Caule (DC), encontram-se na tabela 1. Tabela1. Dados médios da Altura e diâmetro do caule da Joannesia princeps Vell. Medidas Altura média (m) Diâmetro médio do caule (cm) 1ª 1,9 17,5 2ª 2,20 21 3ª 2,30 22 A representação gráfica do crescimento em altura e desenvolvimento do diâmetro da Joannesia princeps Vell. encontra-se na figura 1 e figura 2 respectivamente. Figura 1. Gráfico representativo do crescimento em altura da Joannesia princeps Vell. no ano de 2012. Observou-se que houve uma taxa de crescimento em altura de 18% da 2ª medição em relação á primeira e 4% da 3ª em relação á 2ª medida. Essa variação se deu em função de fatores climatológicos, em especial á redução na taxa de precipitação, entre os meses de junho a agosto. - 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 1 2 3 A lt u ra ( m ) Mar Jun Ago Crescimento da Joannesia princeps Vell. no ano de 2012 Série1 Figura 2. Gráfico representativo do crescimento em diâmetro do caule da Joannesia princeps Vell. no ano de 2012. Houve crescimento em diâmetro de 5% da 2ª medição em relação á primeira e 5,6% da 3ª em relação á 2ª no que diz ao crescimento do caule.Variação essa atribuída a redução do regime hídrico do período de amostragem. Conclusões Observou-se um crescimento de 40 cm em altura e 4,5 cm de diâmetro do caule no intervalo de março a agosto de 2012; o que corresponde a uma taxa de crescimento em altura de 18% da 2ª medição em relação á primeira e 4% da 3ª em relação á 2ª medida, num total de 22%. Já o crescimento do caule em diâmetro de 5% da 2ª medição em relação á primeira e 5,6% da 3ª em relação á 2ª medição, perfazendo um total de 10,6%. Referências BibliográficasCARVALHO, P. E R. Espécies arbóreas brasileiras, Brasília: Embrapa: informação tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. COSTA, A, L. Lagartus Ambiental, informa sobre a impactante Lei da Reserva Legal, 2011. Disponível em: http://luisafonsocostatupan.blogspot.com.br/2011/01/lagartus-ambiental-informa- sobre.html. Acesso em: 25/03/2012. INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em : http://www.inmet.gov.br/portal/ Acessado em : 10-09-2012. JARAMILLO-BOTERO, et al. Produção de serrapilheira e aporte de nutrientes de espécies arbóreas nativas em um sistema agroflorestal na zona da mata de Minas Gerais. Revista Árvore, Viçosa – MG, v.32,n 5, p.898-877, 2008. LORENZI,H. Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. v.1, 3ª ed. Nova Odessa. Editora Plantarum, pág.121, 2002. MOREIRA, M. L. C.; VASCONCELOS, T. N. N. Mato Grosso: solos e paisagens. Cuiabá/MT: Entrelinhas, 2007. PIMENTEL, J. V. F. Níveis de água, matéria orgânica e cobertura morta na produção de mudas de cumaru (Amburana cearensis). 2008. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola). Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2008. RAVEN, P.H. Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, gloss. Pág.774, 2007. WIEGERINCK,J. A. Direito Constitucional: produtividade, tributação e preservação. Revista Consultor Jurídico, 8 de abril de 2008. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2008-abr 08/direito_constitucional_tributacao_preservacao? pagina=5. Acesso em: 25/03/2012. - 10,00 20,00 30,00 1 2 3 D iâ m e tr o d o c au le ( cm ) Mar Jun Ago Crescimento do diâmetro do caule da joannesia princeps Vell. no ano de 2012 Série1
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