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Projeto Viveiro

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3 
 
1. INTRODUÇÃO 
Entende-se por viveiro florestal um determinado local onde são concentradas todas as 
atividades de produção de mudas florestais. É o local onde as mudas são produzidas, 
dispostas de forma regular, abrigadas em ambiente favorável, observados os critérios 
técnicos de instalação, visando obter material botânico de qualidade para plantação em 
local definitivo (GOES, 2006). 
A produção de mudas florestais, em qualidade e quantidade, é uma das fases mais 
importantes para o estabelecimento de bons povoamentos florestais e regeneração de 
áreas degradadas com espécies nativas (GONÇALVES, 2005). 
A recomposição florística, com o uso de espécies vegetais de ocorrência natural, 
principalmente em ecossistemas mais frágeis, condicionando o desenvolvimento e o 
estabelecimento espontâneo da vegetação ou acelerando o processo com o plantio e 
condução de mudas, é imprescindível para a disponibilização das condições mínimas que 
venham a facilitar a entrada de novos elementos, sejam outras espécies vegetais e 
diferentes espécies animais que contribuirão para aumentar e melhorar a biodiversidade 
e consolidar o clímax ambiental (Rede de sementes do Cerrado, 2011). 
O planejamento de qualquer empreendimento é de grande importância, tendo em vista a 
possibilidade de se fazer com que haja redução de custos na implantação, na manutenção 
e na produção dos bens a serem obtidos, além de um melhor aproveitamento das matérias 
primas disponíveis, da mão-de-obra necessária, entre outros (Rede de sementes do 
Cerrado, 2011). 
A semente é o fator principal no processo de produção de mudas, já que representa um 
pequeno custo no valor final da muda e tem uma importância fundamental no valor das 
plantações. Portanto, um cuidado especial deve ser tomado com a produção e aquisição 
de sementes. As sementes devem ser de boa qualidade genética e fisiológica. Devem ser 
colhidas em bons talhões, representativos da espécie, com todas as técnicas de 
beneficiamento e armazenamento (MACEDO, 1993). 
Desde o início do processo de colonização portuguesa, todo processo de ocupação tem-
se concentrado na faixa litorânea brasileira. Assim, a Mata Atlântica vem sendo 
considerada uma das florestas tropicais com maior risco de extinção no planeta 
(ALMEIDA, 2016). 
 
4 
 
Por esse motivo, o objetivo principal da implantação do viveiro Mata Atlântica é a 
comercialização de mudas de quatro espécies (pau-Brasil, palmito juçara, ipê-roxo e 
guaviroba) do bioma Mata Atlântica. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1.Localização 
O projeto será implantado no município de Sete Lagoas - MG, situado na região 
metropolitana de Belo Horizonte, com coordenadas geográficas de -19.47924955 de 
latitude e -44.19855031 de longitude. Sete Lagoas está a aproximadamente, 80 km de 
distância da capital mineira. 
A cidade apresenta uma área de 536,644 km², com uma população total de 237.286 
habitantes (IBGE, 2018). O município da região metropólitana apresenta uma altitude 
média de 757 m acima do nível do mar, tendo um clima tropical. Há muito menos 
pluviosidade no inverno que no verão. Segundo a Köeppen e Geiger o clima é classificado 
como Aw. A temperatura média anual é de 21.6 °C e a pluviosidade média anual de 1335 
mm. A temperatura média do mês de Janeiro é de 23.6 °C, é o mês mais quente do ano. 
Já temperatura média em Junho, é de 18.5 °C, a temperatura média mais baixa de todo o 
ano. 
O viveiro será implantado em uma área de 16.000 m², à beira da MG-424, facilitando o 
acesso ao mesmo. 
 
5 
 
FIGURA 1 – Local de implantação do viveiro florestal no município de Sete Lagoas, MG. 
Fonte: Google Earth 
 
2.2. Escolha do local 
Fatores como topografia da área, disponibilidade de água, facilidade de acesso, tipo de 
solo foram analisados com rigor para a escolha do local mais adequado à implantação de 
um viveiro florestal. 
 
2.2.1. Topografia 
A declividade média do local de implantação do viveiro florestal foi calculada a partir da 
EQUAÇÃO 1, onde foi estimada uma declividade de 3 %, possibilitando assim o 
escoamento da água sem causar erosão (VILELLA, 2009). 
EQUAÇÃO 1 – Fórmula para cálculo da declividade média. 
D = (dh/dH) x 100 
Dh= 762m-759m=3m (Diferença de altura) 
DH= 100m (Distância vertical) 
 
6 
 
2.2.2. Solo 
O solo de Sete Lagoas é classificado como Latossolo Vermelho-Escuro, álico, de textura 
muito argilosa (Gomide et al, 2007). 
 
2.2.3. Disponibilidade de água 
 
Próximo ao local do viveiro existem nascentes, e existe também a possibilidade da criação 
de poço artesiano por haver disponibilidade de água no lençol freático. Essa água 
disponível terá a finalidade de suprir as necessidades de irrigação diária e servir como 
reservatório evitando futuros problemas devido à falta de água. 
 
2.2.4. Facilidade de acesso 
 
A área de implantação apresenta-se próximo a MG-424, facilitando o acesso e transporte 
de insumos bem como o transporte das mudas produzidas. 
 
2.3. Espécies que serão comercializadas 
 
O enfoque do viveiro são espécies florestais nativas clímax. As espécies cultivadas serão 
Paubrasilia echinata (Pau Brasil), Handroanthus impetiginosus (Ipê Roxo), 
Campomanesia xanthocarpa (Guaviroba/Guabiroba) e Euterpe edulis (Palmito Juçara). 
Paubrasilia echinata - Caesalpinia echinata Lam. (pau-brasil) é uma espécie da família 
Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae, uma planta arbórea recoberta de acúleos em 
sua casca medindo entre 10 e 15 m de altura. Sua madeira é dura, pesada e apresenta uma 
coloração avermelhada quando recém-cortada. Foi intensamente explorada durante a 
colonização devido ao valor econômico madeireiro e do valor comercial de seus corantes 
com aplicação na indústria têxtil. Acredita-se que essa espécie fora amplamente 
distribuída na costa oriental atlântica brasileira (SOUZA; SONEGHET & CUZZUOL, 
2007). 
 
7 
 
Segundo AGUIAR et al. (2005), o maior crescimento em altura e diâmetro, em mudas de 
P. echinata com 12 meses de idade, sob tela com 60% de sombreamento e Aguiar & 
Barbedo (1996), combinando três níveis de luminosidade e dois de temperatura, 
observaram o aumento na velocidade de crescimento (altura do caule) quando o 
sombreamento foi de até 50%. 
As mudas serão produzidas no sombrite 50% e permaneceram até seus 12 meses. 
Handroanthus impetiginosus (Ipê Roxo)– Espécie pertencente à família Bignoniaceae. 
Suas floras são opostas digitadas, com pecíolo de até 11 cm, com cinco folíolos e margem 
inteira ou levemente serrada. As flores são hermafroditas lilás pentâmeras com fruto 
síliqua cilíndrica. Sua altura atinge até 25 m e seu diâmetro até 80 cm1. 
 
Para OLIVEIRA (2015), o Handroanthus impetiginosus é uma espécie secundária tardia 
a clímax, tolerando sombra no estádio juvenil. Os melhores indicadores de crescimento 
observados nas mudas mantidas em ambiente sob 50% de sombreamento (GURGEL, 
2014). Após 147 dias do plantio e a 50% de sombrite, segundo PINTO (2014) o ipê-roxo 
teve bom desenvolvimento e incremento das variáveis dendrológicas. 
 
As plântulas serão produzidas no sombrite 50%, durante aproximadamente 147 dias (5 
meses). 
Campomanesia xanthocarpa - A guabiroba é uma frutífera e pertence à família 
Myrtaceae, é uma espécie arbórea que ocorre desde o estado de Minas Gerais até o Rio 
Grande do Sul (GOGOSZ, 2010). As arvores de dossel de 10 a 20 m de altura e 
comumente de diâmetro de 30 a 50 cm. Folhas opostas semideciduais, simples, inteiras, 
pecioladas (REITZ, 1977). 
DALANHOL (2013) analisou que a altura das mudas de C. xanthocarpa aos 180 dias 
apresentaram melhor crescimento. E será colocado no sombrite de 50%. 
A produção de mudas de guabiroba será conduzido no sombrite 50% e por 180 dias (6 
meses). 
 
1 Disponível em: https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/10532-2/. Acesso em: 24/11/2018 
https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/10532-2/8 
 
Euterpe edulis – O plamito juçara é uma espécie produtora de palmito branco, é da 
família Arecaceae. Uma das espécies mais representativas da Floresta Tropical Atlântica, 
o palmiteiro (Euterpe edulis Mart.), também conhecido como palmito branco, palmito 
verde, palmito doce e juçara, constitui-se em uma das essências nativas mais exploradas 
desse ecossistema. Palmeira de estipe delgado, cilíndrico e reto, não estolonífera (não 
rebrota na base), com altura variando entre 10 e 20 metros, essa espécie apresenta uma 
densa copa formada pelo conjunto de grandes folhas e por enormes bainhas verdes e 
desenvolvidas, produzindo um coroamento verde muito evidente, o que a toma facilmente 
identificável no interior das florestas (Reitz et al, 1978). 
Segundo PAULILO (2001), as mudas a 50% de luz tiveram crescimento relevante em 
termos de massa seca, área foliar e distribuição de biomassa entre raiz e parte aérea. 
MARTINS-CORDER & WITT SALDANHA (2006), tiveram as melhores médias 
do número de folhas aos 210 dias. O número de folhas pode ser um bom indicativo do 
vigor das plântulas. 
As mudas dessa espécie ficarão no sombrite de 50%, durante 210 dias (7 meses). 
 
2.4. Tipo do viveiro 
 
O viveiro será do tipo permanente, onde serão produzidas mudas anualmente e por tempo 
indeterminado para comercialização. O projeto apresenta uma proposta de instalação de 
um viveiro com capacidade aproximada de 500.000 mudas, de espécies florestais nativas 
diversas, no estágio de sucessão Clímax. 
O viveiro apresentara a dimensão de 160m x 100 m, perfazendo uma área total de 1,60 
ha, sendo que a área de canteiros destinada a produção de mudas será de 159,6m x 64m 
(FIGURA 2). A cobertura será feita utilizando-se apenas o sombrite com 50% de 
interceptação da luz solar, que atende todas as espécies que serão cultivadas no viveiro. 
A sustentação do sombrite será feita com arame liso galvanizado apoiado sobre esteios e 
tensionados linha a linha até os esticadores dispostos em todas as laterais do viveiro, a 
cada 5,4 m. 
 
9 
 
O arame será disposto de forma longitudinal e perpendicular (FIGURA 3), possibilitando 
ótimo apoio para o sombrite e para o sistema de irrigação. A (FIGURA 4) mostra mais 
detalhes da vista lateral do viveiro. 
FIGURA 2: Croqui da área de canteiros 
FIGURA 3: Disposição dos arames e esteios. 
FIGURA 4: Vista Lateral de um dos canteiros 
 
 
10 
 
2.5. Sistema de drenagem 
 
Mesmo nos sistemas mais modernos de produção de mudas, deve-se evitar que a água de 
irrigação permaneça na superfície do solo após a chuva ou irrigação, instalando-se um 
adequado sistema de drenagem que deverá ter manutenção constante (GOES, 2006). 
 
A drenagem do viveiro é, tanto quanto a irrigação, de fundamental importância, pois a 
retenção de água na superfície do viveiro pode favorecer o desenvolvimento de doenças 
que podem causar algum tipo de dano a produção. O sistema de drenagem deverá ser 
instalado, preferencialmente, antes da confecção dos canteiros. 
 
O sistema de drenagem utilizado será do tipo espinha de peixe, composto por canais, com 
largura de 0,8 m, preenchidos com brita. Toda a área de canteiro será coberta por brita 
(FIGURA 5). 
 
 FIGURA 5: Sistema de drenagem. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2.6. Irrigação 
 
Será utilizado o sistema de irrigação por microaspersão, que se caracteriza pela aplicação 
de água em forma de chuva artificial, através do fracionamento do jato de água em 
estruturas denominadas aspersores. 
Em geral, esse sistema de irrigação compõe-se das seguintes partes: conjunto 
motobomba, linha principal, secundária, aspersores e acessórios. 
O sistema vai ser aéreo e composto de uma linha de alimentação principal, da qual 
derivam 152 linhas secundárias (FIGURA 9). 
A eficiência desse sistema de irrigação é relativamente alta, entre 60 e 85% de eficiência, 
principalmente devido à vantagem de aplicação controlada de água (KELLER & 
BLIESNER, 1990). 
Serão usados microaspersores fixos do tipo sólido, onde a água é distribuída 
uniformemente nos 360°, ficando a 3,0 metros de altura em relação ao piso. Os mesmos 
serão da marca Amanco, que possuem pressão 15 mca, vazão de 31 litros/hora e diâmetro 
molhado (θ) de 1,5 m. 
Sendo assim, serão utilizados 8 aspersores em cada linha secundária, sabendo-se que são 
76 linhas secundárias, totalizam 608 aspersores. 
A irrigação será realizada em três turnos: às 07h, às 11h e às 19h, sendo que cada irrigação 
será de 3 mim. 
FIGURA 9: Distribuição dos aspersores. 
 
12 
 
2.7. Produção e recipientes 
 
O objetivo do viveiro é uma produção anual de 500.000 mudas. Considerando que apenas 
70% das sementes pré-germinadas vingarão, será preciso fazer o plantio de 714.286 
mudas. 
A produção das mudas será realizada em tubetes de polipropileno atóxico, com formato 
cônico, possuindo uma capacidade de 100 cm³ de substrato (FIGURA 6). 
 
Os tubetes serão organizados alternadamente em bandejas (FIGURA 7) com capacidade 
máxima de 96 tubetes. Portanto, devido a esse sistema de alternagem, serão necessários 
um total de 14.882 bandejas e 1.428.672 tubetes. 
 
FIGURA 6: Dimensões do tubete de 100 cm³ 
 
 
 
 
 
FIGURA 7: Dimensões da bandeja. 
A bandeja ocupa 0,2386 m2, considerando um arredondamento, a mesma ocupara 0,24m2. 
No total, todas ocuparão 357.168 m2, cada canteiro possui a capacidade de 24 m2, portanto 
ficara 100 bandejas em cada canteiro (FIGURA 8). 
 
13 
 
 
FIGURA 8: Disposição das bandejas no canteiro. 
Para as 14.882 bandejas será utilizado 148,82 canteiros, divididos em 4 quadras com 38 
canteiros, onde serão cultivadas as quatro espécies anteriormente citadas. 
 
2.8. Substrato 
 
Os substratos constituem o meio de crescimento das raízes, desempenhando as funções 
do solo. Qualquer material não tóxico pode ser usado como substrato, desde que tenha ou 
se possa adicionar as características desejáveis para o crescimento e desenvolvimento das 
plantas. 
 
O substrato utilizado para a semeadura será o substrato comercial, composto por casca de 
Pinus, vermiculita e casca de arroz carbonizada, com uma densidade aproximada de 0,4 
g/cm³. Como a capacidade de cada tubete é de 100 cm³ de substrato e a densidade do 
substrato é de 0,4 g/cm³, temos o equivalente a 40 g ou 0,04 kg de substrato por tubete, 
somando-se no total 10.763,2 kg de substrato, equivalente a 26,91 m³ de substrato. 
 
 
 
 
 
14 
 
2.9. Área de aclimatação 
 
Antes do plantio, as mudas devem ser gradativamente expostas às condições mais 
próximas das encontradas no campo, de modo a sofrer um processo de aclimatação ou 
rustificação. Basicamente, são reduzidas as irrigações e as mudas ficam a pleno sol. 
A área de rustificação será a mesma área do viveiro, porém será retirado o sombrite de 
toda a área, e a irrigação será reduzida a uma vez por dia as 11h durante 3 minutos. 
 
2.10. Sementes 
 
Todo o plantio será realizado por propagação sexuada (sementes), estas serão adquiridas 
através da compra no site online Mercado Livre. 
As sementes do pau-Brasil não apresentam dormência e a taxa de germinação é de, 
aproximadamente, 90%. Serão necessárias, aproximadamente 196.429 sementes de Pau 
Brasil, considerando a taxa de germinação citada acima. 
O ipê-roxo apresenta uma taxa de germinação de aproximadamente 80% (OLIVEIRA, 
2016). Portanto serão necessários um total de 214.286 sementes. OLIVEIRA (2016) diz 
que a semeadura é direta, ou seja, não apresenta dormência. 
Já para o palmito juçara, serão necessários 250.000 sementes aproximadamente, tendo 
em vista que para MUNHOZ et al. (2017) o potencial germinativo é de 60% e também é 
uma espécie que apresenta dormência. 
 A guabiroba tem um percentual de 40% de germinação (FRANZON; BASSOLS 
RASEIRA & WAGNER JÚNIOR, 2006). Por isso serão necessários um total de 285.715 
sementes. 
 
 
 
 
15 
 
2.11. Funcionários 
 
O viveiro vai contar com 8 funcionáriossendo: 1 Engenheiro Florestal, 1 ajudante para o 
Engenheiro, 5 pessoas para realizar o plantio, manejo e manutenção dos canteiros e 1 
pessoa para realizar a limpeza das demais estruturas do viveiro. 
 
2.12. Demais estruturas do viveiro 
 
Portão de 20m, área de armazenagem para armazenar substratos, sementes e adubos 5m 
x 6m, sede administrativa 5m x 5m, área de deposito para guardar equipamentos 5m x 
6m, ferramentas, roupas e acessórios, galpão coberto para trabalhar em dias chuvosos 5m 
x 6m, 2 conjuntos de banheiros feminino e masculino 2m x 4m, estacionamento para 
funcionários, clientes e caminhões 40m x 20m, área para armazenamento de água 20m x 
20m (FIGURA 9). 
Figura 9: Planta baixa do viveiro completo. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3. ORÇAMENTO 
O custo para implantação do viveiro será de acordo com os seguintes gastos descritos na 
TABELA 1. 
MATERIAL QUANTIDADE PREÇO POR UNI. 
(R$) 
TOTAL (R$) 
Tubete de 100cm³ 1.428.882 uni. 0,20 285.776,40 
Bandeija (96 tubetes) 14.882 uni. 16,00 238.112,00 
Semente de Pubrasilia 
echinata 
196.429 uni. 0,80 157.143,20 
Semente de 
Handroanthus 
impetiginosus 
214.286 uni. 0,55 117.857,30 
Semente de Euterpe 
edulis 
250.000 uni. 0,30 75.000,00 
Semente de 
Campomanesia 
xanthocarpa 
285.715 uni. 0,30 85.714,50 
Sombrite (tela) 6.065,28 m² 350,00 (4 X 50 m) 10.850,00 
Substrato comercial 10.763,2 kg 35,90 (3,5 kg) 110.399,68 
Aspersores 607 uni. 15,00 9.105,00 
Brita 5.107,2 m³ 55,60 283.960,32 
Funcionários técnicos 7 pessoas 1.000,00 7.000,00 
Engenheiro florestal 1 pessoa 3.500,00 3.500,00 
Poço artesiano 1 uni. 30.000,00 30.000,00 
 TOTAL: 1.414.418,40 
 
TABELA 1 – Custo total para a implantação do viveiro de mudas 
 
 
 
 
17 
 
4. CRONOGRAMA 
A construção física do viveiro começara no dia 26/08/2019, com prazo de até dia 
20/12/2019 para termino. Como todas as mudas precisarão estar prontas no dia 
31/12/2020 para sua ida a campo, a semeadura das mesmas ocorrerão nos dias 02/01/2020 
(Paubrasilia echinata), no dia 31/05/2020 (Euterpe edulis), dia 31/06/2020 
(Campomanesia xanthocarpa) e finalmente no dia 31/07/2020 (Handroanthus 
impetiginosus). 
Após o período de crescimento, as mudas serão levadas para a área de aclimatação, onde 
ficaram até a comercialização das mesmas. 
As datas de semeadura foram escolhidas mediante ao tempo gasto das mudas. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Contudo, a garantia da produção de mudas de qualidade se dá pelo bom planejamento, 
administração e estruturação de todas as atividades que serão realizadas ao decorrer do 
processo de produção de modo a suprir as necessidades básicas de um viveiro. 
Um planejamento adequado, por exemplo, levando em conta a melhor época de plantio 
de cada espécie, a topografia, a incidência de sol e de ventos, os insumos necessários e a 
mão de obra qualificada também podem garantir o sucesso do viveiro. Ou seja, o conjunto 
de todos os fatores permite assegurar uma produção de mudas de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
Aguiar FFA & Barbedo C.J. Efeito de fatores ambientais no crescimento de mudas de 
pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.). Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, 
2:26-32. 1996. 
Aguiar FFA, Kanashiro S, Tavares AR, Mecca Pinto M, Stancato GC, Aguiar J & 
Nascimento TDR Germinação de sementes e formação de mudas de Caesalpinia echinata 
Lam. (pau-brasil): efeito de sombreamento. Revista Árvore, 29:871- 875. 2005. 
ALMEIDA D., SETTE D. Recuperação ambiental da mata atlântica. SciELO-Editus-
Editora da UESC, 2016. 
DALANHOL, S. J. Efeito de fungos Micorrízicos arbusculares e da adubação no 
crescimento de mudas de Eugenia uniflora L. E Campomanesia xanthocarpa O. Berg., 
produzidas em diferentes substratos. 2013. 
FRANZON, Rodrigo Cezar; BASSOLS RASEIRA, Maria do Carmo; WAGNER 
JÚNIOR, Américo. Germinação in vitro de pólen de guabirobeira (Campomanesia 
xanthocarpa Berg). revista Ceres, v. 53, n. 305, 2006. 
GOES, A. C. P. Viveiro de mudas: construção, custos e legalização. Embrapa, 
Documentos 64. Macapá: Embrapa Amapá, 2006. 32 p. 
GOGOSZ, A. M. et al. Morfoanatomia da plântula de Campomanesia xanthocarpa O. 
Berg.(Myrtaceae). Acta Botanica Brasilica, v. 24, n. 3, p. 613-623, 2010. 
GOMIDE R.L., ALBUQUERQUE P.E.P., VIANA J.H.M., DURÃES F.O.M., e 
ANDRADE C.L.T., Caracterização de Solos do Sítio-Específico de Precisão de Sete 
Lagoas para Fenotipagem de Genótipos de Cereais Visando Estudos de Tolerância à Seca, 
Pesquisa financiada pelo projeto The Generation Challenge Program (GCP) – SP1, 
Drought Phenotyping Network (DPN) Project 2005-2007 – Embrapa Milho e Sorgo. 
GONÇALVES, J. L. M. et al. Produção de mudas de espécies nativas: substrato, nutrição, 
sombreamento e fertilização. In: GONÇALVES, J. L. M.; BENEDETTI, V. Nutrição e 
Fertilização Florestal. Piracicaba: IPEF, 2005. 427 p. 
GOOGLE MAPS. Disponível 
em:<https://www.google.com/maps/d/u/0/edit?hl=ptBR&mid=1i21VU1UMeGGzXT3jI
 
19 
 
0KZ4rliKEhXEOZn&ll=19.479583501387367%2C44.19918758843767&z=18>. 
Acessado em: 22 novembro 2018. 
GURGEL, Géssica Bezerra et al. Crescimento de Plantas Jovens de Handroanthus 
impetiginosus Mattos. Submetidas à Diferentes Níveis de Sombreamento. In: XX 
Seminário de Iniciação Científica da UFERSA. 2014. 
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