Buscar

INFLUÊNCIA DOS EXTREMOS CLIMÁTICOS SOBRE CULTURA DE MILHO EM ANGÓNIA NO PERÍODO DE 2010-2019

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INFLUÊNCIA DOS EXTREMOS CLIMÁTICOS SOBRE CULTURA DE 
MILHO EM ANGÓNIA NO PERÍODO DE 2010-2019 
 
 
 
 
 
 
GERALDO FÉLIX PITA DUARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ZAMBEZE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURDO DE ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA 
ESPECIALIZAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL 
 
 
 
INFLUÊNCIA DOS EXTREMOS CLIMÁTICOS SOBRE CULTURA DE 
MILHO EM ANGÓNIA NO PERÍODO DE 2010-2019 
 
 
 
 
 
 
Autor: 
Geraldo Félix Pita Duarte 
 
 
 
 
 
Ulónguè, Julho de 2021 
 
 
 
UNIVERSIDADE ZAMBEZE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURDO DE ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA 
ESPECIALIZAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DOS EXTREMOS CLIMÁTICOS SOBRE CULTURA DE 
MILHO EM ANGÓNIA NO PERÍODO DE 2010-2019 
 
 Autor: 
__________________________________ 
 (Geraldo Felix Pita Duarte) 
 
 Supervisor: 
___________________________________ 
 (PhD. Manuel Talacuece) 
 
 
 
 
Ulónguè, Julho de 2021 
Trabalho de Conclusão ao Curso 
Apresentado à Faculdade de 
Ciências Agrárias Como Requisito 
Parcial Para Obtenção do Título de 
Licenciado em Engenharia Agro-
Pecuária na Especialidade de 
Produção Vegetal. 
 
 
DECLARAÇÃO DE AUTORIA 
Eu, Geraldo Félix Pita Duarte, declaro por minha honra que esta monografia é o 
resultado do meu próprio trabalho e esta a ser submetida para a obtenção do grau de 
licenciado em Engenharia Agro-pecuária na Faculdade de Ciências Agrárias da 
Universidade Zambeze, Ulónguè - Angónia. Não foi antes submetida para obtenção de 
nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra universidade. 
O Autor 
____________________________________________________ 
(Geraldo Félix Pita Duarte) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ii 
 
DEDICATÓRIA 
 
Aos meus pais Félix Pita Duarte (em memória) e Isabel Bernardo pelo exemplo 
dos bons ensinamentos da vida. 
Aos meus irmãos Eduardo Félix, Filda Elias, Palmira Félix (em memória) pelo 
amor e carinho, apoiando-me, aconselhando-me em cada passo e sempre colocando fé em 
mim. 
Ao meu primo, Moisés Duarte, por acreditar em mim e por ter-me dado a 
oportunidade de me formar, pelo apoio emocional e por não ter desistido de mim quando 
as coisas pareciam não ter um futuro católico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iii 
 
AGRADECIMENTO 
Agradecer a Deus por cuidar de mim em cada trilha da minha vida e pelo seu amor 
inabalável por mim, mesmo que quase sempre não o mereça. 
A Universidade Zambeze, em especial a Faculdade de Ciências Agrárias, pela 
oportunidade de realizar o curso de graduação em Engenharia Agro-pecuária. 
Aos meus pais Félix Pita Duarte (em memória) e Isabel Bernardo pelo exemplo 
dos bons ensinamentos da vida. 
Aos meus irmãos Eduardo Félix, Filda Elias, Palmira Félix (em memoria), minhas 
sobrinhas Isabela e Laura pelo amor e carinho, apoiando-me, aconselhando-me em cada 
passo e sempre colocando fé em mim. 
Ao meu primo, Moisés Duarte, por acreditar em mim e por ter-me dado a 
oportunidade de me formar, pelo apoio emocional e por não ter desistido de mim quando 
as coisas pareciam não ter um futuro católico. 
Ao meu supervisor, Prof. Dr. Manuel António Dina Talacuece, pela confiança e 
paciência de trabalhar comigo e por todo o incentivo desde o início. 
Aos professores e funcionários da Faculdade de Ciências Agrárias, pelo apoio, 
amizade, suporte ao longo da minha formação. 
Aos Serviços Distritais de Actividades Económicas de Angónia pelo apoio 
matéria para a materialização desse trabalho. 
Aos meus colegas e amigos, em especial aos do Curso de Engenharia Agro-
pecuária, pelo companheirismo, e acima de tudo pelos ensinamentos dados através da 
convivência quotidiana. 
Aos meus colegas, Cláudia Xadreque Wanguisse, Brejineves Hilário, Isaquiel 
Vasco, Gilberto Fabião, Godknowz Carlos, Johanne José, agostinho Castigo, Bacar 
Abdala, Soáres Fernando, Fernando Agostinho e Ana pelos momentos e companheirismo 
e não se esquecer de toda equipa da Wakanda FC. 
A todos que, de forma directa e indirectamente, contribuíram para a realização 
deste trabalho. 
A todos, vai meu muito obrigado! 
iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“⁠Lutamos contra a agricultura após a África morrer de fome. 
Racionamos água depois de drenar nossos aquíferos. 
Debatemos a mudança climática depois que o mundo pega fogo. 
Quero fazer algo antes do tempo, ao menos uma vez.” 
Utopia (série) 
v 
 
ÍNDICE 
LISTA DE TABELA ...................................................................................................... vii 
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... viii 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ..................................................................... ix 
RESUMO ......................................................................................................................... x 
ABSTRACT .................................................................................................................... xi 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1 
1.1 Problema de Estudo .................................................................................................... 3 
1.2 Justificativa ................................................................................................................. 3 
1.3 Hipóteses .................................................................................................................... 5 
1.4 Objectivos ................................................................................................................... 5 
1.4.1 Geral ........................................................................................................................ 5 
1.4.2 Específicos ............................................................................................................... 5 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 6 
2.1 Eventos Extremos Climáticos ..................................................................................... 6 
2.2 Tendência Climática ................................................................................................... 7 
2.3 Cultura de Milho ......................................................................................................... 8 
2.3.1 Importância no mundo ............................................................................................. 8 
2.3.2 Importância em Moçambique .................................................................................. 8 
2.4 Milho e o Clima .......................................................................................................... 9 
2.4.1 Temperatura ............................................................................................................. 9 
2.4.2 Precipitação ........................................................................................................... 10 
3 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................ 11 
3.1 Localização da área da pesquisa ............................................................................... 11 
3.2 Características Climáticas de Angónia ..................................................................... 11 
3.3 Material ..................................................................................................................... 12 
3.4 Tipo de Pesquisa ....................................................................................................... 12 
3.4.1 Quanto a natureza: Aplicada.................................................................................. 12 
3.4.2 Quanto a Abordagem: Pesquisa Quantitativa........................................................ 13 
3.4.3 Quanto a Objectivo: Pesquisa Exploratória ........................................................... 13 
3.5 Base de dados ........................................................................................................... 13 
3.5.1 Meteorológicos ...................................................................................................... 13 
3.5.2 Produção de Milho ................................................................................................ 13 
vi 
 
3.5.3 Pacote RClimdex ................................................................................................... 14 
3.5.4 Índices Extremos Climáticos ................................................................................. 14 
3.5.5 Análise de dados .................................................................................................... 15 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 17 
4.1 Aplicação dos Extremos Climáticos Para a Região de Angónia .............................. 17 
4.2 Significância das tendências dos índices extremos climáticos de Angónia no 
período 2010-2019 ...................................................................................................... 18 
4.3 Correlações dos Índices Extremos Climáticos e a Produção do milho ................. 20 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 30 
6 RECOMENDAÇÕES .................................................................................................. 31 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
LISTA DE TABELA 
 
 
Tabela 1 - Lista de índices ETCCDMI calculados neste estudo. ................................... 15 
Tabela 2 - Interpretação de valores da correlação de Person (p) ................................... 16 
Tabela 3 - Valores dos Índices Calculados .................................................................... 18 
Tabela 4 - Valores correspondentes a cada índice seleccionado para o presente estudo 20 
Tabela 5 - Correlação dos índices dos extremos climáticos com a produção de milho e a 
sua significância. ............................................................................................................. 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
viii 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Resumo dos impactos dos extremos climáticos em Moçambique ................. 7 
Figura 2 - Mapa do distrito de Angónia ........................................................................ 11 
Figura 3 - Precipitação e Temperaturas máximas e mínimas, entre os anos de 1980 – 
2010. ............................................................................................................................... 12 
Figura 4 - Produção Anual da cultura de milho. ........................................................... 14 
Figura 5- Correlação entre o índice CWD e Produção de Milho .................................. 21 
Figura 6 - Correlação entre o índice CDD e Produção de Milho .................................. 22 
Figura 7- Correlação entre o índice DTR e Produção de Milho.................................... 23 
Figura 8 - Correlação entre o índice PRCTOT e Produção de Milho ........................... 25 
Figura 9 - Correlação entre o índice RX5DAY e Produção de Milho .......................... 26 
Figura 10- Correlação entre o índice TXx e Produção de Milho .................................. 27 
Figura 11 - Correlação entre o índice TNn e Produção de Milho ................................. 28 
Figura 12 - Correlação entre o índice WSDi e Produção de Milho............................... 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ix 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
oC Graus Celsius 
CDD Dias Consecutivos sem Chuva 
CDW Dias Consecutivos com Chuva 
Cm Centímetros 
CO2 Dióxido de carbono 
DTR Amplitude anual média da temperatura diurna 
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária 
ETCCDI Equipe de Especialistas em Detecção e Indicadores de Mudança Climática 
FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação 
IITA Instituto Internacional de Agricultura Tropical 
IPCC Painel Intergovernamental de mudanças Climáticas 
m Metro 
MAE Ministério de Administração Estatal 
MASA Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar 
MC Mudanças Climáticas 
Mm Milímetros 
N Norte 
PCN Primeira comunicação nacional 
PRCPTOT Precipitação anual total dos dias Húmidos 
RX5Day Precipitação acumulada em 5 dias 
S Sul 
TNn Menor temperatura mínima anual 
TXx Menor temperatura mínima anual 
USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos 
WSDi Duração das ondas de calor no ano. 
 
 
 
 
 
x 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho com o tema Influência dos Extremos Climáticos sobre a Cultura de 
Milho em Angónia no Período de 2010-2019, objectiva apurar a existência ou não de 
Influência dos Extremos Climáticos sobre a Cultura de Milho durante o período em 
análise, uma vez que a actividade agrícola no distrito de Angónia é altamente dependente 
do clima na forma de chuvas e temperatura. Para o cálculo dos Índices dos Extremos 
Climáticos sobre a região, foram utilizados dados de temperatura diária (máxima e 
mínima) e precipitação que foram adquiridos pelo CPC Global temperature data product 
(provided by NOAA\ESRL PSL, Boulder, colorado), mediante os software RClimdex 
(versão 1.9.3) e RStudio (Versão 4.1.0). Para o cálculo da correlação e teste tukey foram 
utilizados dados de produção anual da cultura de milho obtido nos Serviços Distritais de 
Actividades Económicas de Angónia e os índices calculados para a região e se estimou a 
significância estatística ao nível de 5% dos coeficientes da correlação obtidos. Em relação 
aos Índices dos Extremos Climáticos, dos oitos apenas dois índices, CWD e PRCTOT, 
tiveram uma tendência positiva significativa com o p-valor em torno de 0,02015 e 
0,02943 respectivamente. Quanto os resultados da correlação sobre a cultura do milho, 
apenas dois Índices dos Extremos Climáticos apresentaram coeficientes significativos, 
nomeadamente CWD (0,644) e o PRCTOT (0,752). Enfim, os Extremos Climáticos 
Influenciaram a Produção da Cultura de Milho em Angónia no período em causa, 
mediante os coeficientes significativos da correlação feita neste trabalho. 
Palavra-chave: Índice Extremo Climático, RClimdex, Produtividade, Milho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xi 
 
ABSTRACT 
 
The present work, with the theme Influence of Climatic Extremes on Corn Crop in 
Angónia in the Period 2010-2019, aims to investigate the existence or not of Influence of 
Climatic Extremes on Corn Crop during the period under analysis, since the Agricultural 
activity in the Angónia district is highly dependent on the climate in the form of rainfall 
and temperature. To calculate the Climate Extremes indices for the region, daily 
temperature data (maximum and minimum) and precipitation were used, which were 
acquired by the CPC Global temperature data product (provided by NOAA\ESRL PSL, 
Boulder, colorado), through the software RClimdex (Version 1.9.3) and RStudio (Version 
4.1.0). To calculate the correlation and the tukey test, the annual production data of the 
maize crop obtained from the District Services of Economic Activities of Angónia and 
the indexes calculated for the region were used and the statistical significance was 
estimated at the level of 5% of the correlation coefficients obtained. Regarding the 
Extreme Climate Indices, of the eight only two indices, CWD and PRCTOT, had a 
significant positive trend with the p-value around 0.02015 and 0.02943 respectively. As 
for the results of the correlationon the corn crop, only two Climatic Extremes indices 
presented significant coefficients, namely CWD (0.644) and PRCTOT (0.752). Finally, 
the Climatic Extremes Influenced the Corn Crop Production in Angónia in the period in 
question, through the significant coefficients of the correlation made in this work. 
Keyword: Extreme Climate Index, RClimdex, Productivity, Maize. 
 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) 
citado pelo CARVALHO (2020) estimou que para a campanha 2020/21 produção 
mundial de milho passou de 1136,31 bilhões para 1137,05 bilhões de toneladas 
representando uma redução em torno de 0,07% em relação a campanha 19/20. 
A produção dos maiores produtores mundiais de milho como Estados Unidos na 
campanha 2020/21 projecta-se uma redução de 406,29 milhões de toneladas para 381,02 
milhões de toneladas. A estimativa da produção brasileira é de 107 milhões de toneladas. 
A produção da Argentina deve atingir 50 milhões de toneladas, sem alterações. A Ucrânia 
teve sua projecção de produção apontada em 39 milhões de toneladas, sem mudanças. A 
África do Sul teve a campanha mantida em 14 milhões de toneladas. A China teve sua 
estimativa de produção apontada em 260 milhões de toneladas, sem alterações (FAO, 
2020). 
A produção de milho na África foi de cerca de 75 milhões de toneladas em 2020, 
representando 7,5% da produção mundial de milho. O milho ocupa aproximadamente 
24% das terras agrícolas na África e o rendimento médio estagna em torno de 2 
toneladas/hectare/ano. O maior produtor africano é a Nigéria, com mais de 33 milhões de 
toneladas, seguida da África do Sul, Egipto e Etiópia. A África importa 28% de seu grão 
de milho necessário de países fora do continente, visto que a maior parte da produção de 
milho na África é feita em condições de sequeiro. Chuvas irregulares podem causar 
escassez e fome durante secas ocasionais (IITA, 2020). 
Umas das primeiras evidências das Influencias dos extremos climáticos sobre as 
culturas agrícolas na região de Angónia foram descritas pelo Talacuece (2014) no 
trabalho intitulado modelagem da relação clima-produtividade da soja em moçambique: 
perspectivas actuais e futuras onde constatou que o aumento dos valores da radiação solar 
influenciava de forma negativa no rendimento da cultura de soja. 
O milho (Zea mays L.) é uma gramínea anual, originária da região compreendida 
hoje pelo sul do México e norte da Guatemala, com altura média entre 1,70 e 2,50 m no 
florescimento e que pode ser cultivada desde o nível do mar até 3.600 m de altitude e 
onde a temperatura se apresente entre uma média nocturna acima de 12,8oC e média 
diurna superior a 19oC (DARÓS, 2008). 
2 
 
O período de crescimento e desenvolvimento do milho é limitado pela água, 
temperatura e radiação solar ou luminosidade. A cultura do milho necessita que os índices 
dos factores climáticos, especialmente a temperatura, a precipitação pluviométrica e o 
fotoperíodo, atinjam níveis considerados óptimos, para que o seu potencial genético de 
produção se expresse ao máximo (EMBRAPA, 2017). 
Em Moçambique, o milho é a base da segurança alimentar e fonte de rendimento 
para cerca de 80% da população vivendo nas zonas rurais. É cultivado em quase todo 
país, desde os solos pobres e arenosos até aos ricos e argilosos. Em muitas localidades as 
populações semeiam milho ao longo de todo o ano, mas a principal época é a quente e 
chuvosa (MASA, 2015). 
Das principais culturas cultivadas, em todo país, a cultura de Milho ocupa uma 
área de 1,570,526 hectares representando assim 72.5% da área explorada actualmente 
para actividade agrícola no país e a província de Tete participa neste universo com 
269,769 hectares (MASA, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1.1 Problema de Estudo 
O período de crescimento e desenvolvimento do milho é limitado pela água, 
temperatura e radiação solar ou luminosidade. A cultura do milho necessita que os índices 
dos factores climáticos, especialmente a temperatura, precipitação pluviométrica e 
fotoperíodo, atinjam níveis considerados óptimos, para que o seu potencial genético de 
produção se expresse ao máximo (EMBRAPA, 2017). 
A combinação das alterações do clima, na forma de falta de chuva acompanhada 
de altas temperaturas e altas taxas podem levar a uma crise catastrófica, sendo mais 
vulneráveis os agricultores pobres, como os agricultores de subsistência na região de 
Angónia. 
Desse modo há necessidade de perceber se os extremos climáticos influenciam no 
rendimento da cultura de milho no distrito de Angónia? 
 
1.2 Justificativa 
O milho é uma cultura significativamente importante em Moçambique 
Particularmente para o distrito de Angónia, tanto em bases económicas, agronegócio, 
como sociais, porque representa para diversas propriedades, principalmente para as micro 
e pequenas, um dos produtos de maior versatilidade no processo de sua sustentabilidade 
alimentar. 
Os efeitos das mudanças climáticas estão cada vez mais presentes na actualidade 
e Moçambique não é excepção. Essas alterações no clima são devidas à emissão de gases 
do efeito estufa na atmosfera. Tais mudanças interferirão de forma directa na agricultura 
que depende directamente dos factores climáticos. Qualquer mudança no clima pode 
afectar o zoneamento agrícola, a produtividade das diversas culturas e, em consequência, 
as técnicas de maneio serão alteradas (MASA, 2015). 
Um dos efeitos mais relevantes das mudanças climáticas é o aumento na 
incidência de eventos extremos, como secas, cheias, ventos fortes, entre outros, que 
podem causar danos às actividades económicas, à infra-estrutura e à actividade Agro-
Pecuária (ITAÚ, 2018). 
No geral, as mudanças ano-a-ano nos factores climáticos durante o período de 
crescimento do milho, representaram de 20% a 49% das flutuações de rendimento. Os 
4 
 
extremos climáticos, tais como temperaturas extremas de calor e frio, secas e fortes 
precipitações, por si só representaram 18% - 43% dessas variações interanuais no 
rendimento da cultura (ECODEBATE, 2019). 
Para a região de Angónia os extremos climáticos manifestados na forma de chuva 
e temperaturas tem uma influência directa no rendimento das culturas de soja 
(TALACUECE, 2014). 
A incerteza associada às transformações sociais e económicas que serão impostas 
pelas mudanças climáticas é um dos grandes desafios para a formulação de políticas 
públicas adaptativas ou mitigatórias. A posição geográfica, a fragilidade económica e a 
elevada dependência da agro-pecuária tornam os países em desenvolvimento mais 
expostos aos riscos climáticos do que os países desenvolvidos (MAHARJAN & JOSHI, 
2013) 
O agravamento das condições climáticas em regiões tropicais, como é o caso de 
Moçambique, tende a afectar negativamente a actividade agro-pecuária, os níveis de 
pobreza e a segurança alimentar em regiões já desfavorecidas sob aspectos económicos e 
sociais (WOSSEN et al., 2014). 
Com as mudanças climáticas, efeitos socioeconómicos e ambientais adversos 
gerados por eventos extremos de precipitação, como secas, inundações, erosão serão cada 
vez mais comuns. Esses fenómenos poderão afectar negativamente a biodiversidade e a 
agricultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1.3 Hipóteses 
H0: Os Extremos Climáticos Influenciam na Produção da Cultura de Milho em 
Angónia. 
H1: Os Extremos Climáticos não Influenciam na Produção da Cultura de Milho 
em Angónia. 
 
1.4 Objectivos 
1.4.1 Geral 
 Avaliar a Influência dos Extremos Climáticos na Cultura de Milho em Angónia 
no Período de 2010 - 2019 
1.4.2 Específicos 
 Aplicar os Índices dos Extremos Climáticos de Angónia para dar suporte na 
correlação com a produção de milho no período em causa; 
 Apontar as significâncias das tendências dos índices dos extremos climáticos de 
Angónia 
 Saber as influências das correlações dos Índices ExtremosClimáticos da região 
sobre a Produção da Cultura de Milho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Eventos Extremos Climáticos 
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) define mudança 
climática como uma variação significativa no estado médio do clima por um longo 
período (décadas ou mais) (IPCC, 2014). O IPCC acredita que as alterações do clima 
podem ser causadas por processos internos naturais da terra, forças externas ou 
modificações causadas repetidamente pelo homem na composição da atmosfera (aumento 
da concentração de gases de efeito estufa) ou no uso do solo. 
Um evento extremo climático pode ser definido como um evento raro que ocorre 
em um determinado local e época do ano. Por definição, as características do que é 
chamado de tempo extremo podem variar de local para local (IPCC, 2007). 
Eventos extremos isolados não podem ser directamente atribuídos a mudança 
climática antropogénica, pois o evento em questão pode ter ocorrido naturalmente. 
Quando um padrão de evento de tempo extremo persiste por algum tempo, como por 
exemplo, ao longo de um período do ano, esta pode ser classificada como evento 
climático extremo, principalmente se o evento produzir uma média ou total que é o 
próprio extremo, como secas ou chuvas intensas durante a estação, por exemplo (IPCC, 
2007). 
Moçambique é especialmente vulnerável às Mudanças Climáticas devido à sua 
localização geográfica na zona de convergência intertropical e a jusante de bacias 
hidrográficas partilhadas, à sua longa costa e à existência de extensas áreas com altitude 
abaixo do actual nível das águas do mar (MASA, 2015). No país as Mudanças Climáticas 
manifestam-se através de alterações nos padrões de temperatura e precipitação, do 
aumento do nível da águas do mar e do tanto em termos de frequência como de 
intensidade, de eventos climáticos extremos tais como secas, cheias e ciclones tropicais 
que afectam diferentes regiões do país todos os anos. 
 
 
 
7 
 
 
Figura 1 - Resumo dos impactos dos extremos climáticos em Moçambique 
Fonte: ABREU et al., 2012 
2.2 Tendência Climática 
Além das mudanças nas médias de longo prazo das variáveis climáticas o global 
gerará alterações na intensidade, na duração e na frequência de eventos climáticos 
extremos. As crescentes perdas económicas e ambientais, e também as perdas de vida 
atribuídas a esses eventos tem atraído cada vez mais atenção da academia nos últimos 
anos (KARL & EASTERLING, 1999). 
A raridade com que esses eventos ocorrem dificulta o registo de dados e impõe 
barreiras ao monitoramento e a avaliação de tendências (DEBORTOLI et al., 2017). O 
comportamento desses eventos vem sendo analisado em diversas regiões do mundo, 
verificando-se tendência de declínio em algumas áreas e de crescimento em outras 
(PLANTON et al., 2008). 
Eventos de excesso de precipitação geram efeitos socioeconómicos e ambientais 
negativos para a sociedade decorrentes de inundações, deslizamento de terras e erosão 
(ASSAD et al., 2016). 
Esses fenómenos são importantes causas de perdas agrícolas, uma vez que ao 
gerar excesso de humidade nos solos e até inundações, podem danificar as plantas, limitar 
o oxigénio dos solos e alterar o funcionamento raízes. Além disso, o excesso de 
8 
 
precipitação pode aumentar o risco de doenças, de infestação de pragas e atrasar 
importantes operações de campo como sementeira e colheita (VAN DER VELDE et al., 
2012). 
2.3 Cultura de Milho 
O milho ou Zea mays L. (o nome botânico) é uma cultura anual que pertence a 
família botânica Gramineae, que inclui capim, relva, bambus, e outras culturas como a 
mapira e a mexoeira. O milho é originário de um capim chamado teosinte do sul de 
México. Depois de mais de 9000 anos de domesticação nas civilizações indígenas, as 
Mayas e as Aztecas e outras, e século de viagens de exploração dos Espanhóis primeiro, 
e depois dos Portugueses, que levaram o milho no início até a Nigéria e o Congo, 
finalmente esta cultura chegou o que hoje é Moçambique (SANCHEZ et al., 2011). 
2.3.1 Importância no mundo 
Depois de trigo e arroz, o milho é o cereal mais importante do mundo, em termos 
de área cultivada e produção total. Mais de 300 bilhões de toneladas de milho são 
produzidos por ano mundialmente. É vida para mais de 300 milhões de pessoas só em 
África (SANCHEZ et al., 2011). 
2.3.2 Importância em Moçambique 
O milho é uma cultura muito importante em Moçambique. É a primeira em termos 
de: número de produtores pequenos, área cultivada e produção de energia para o trabalho. 
Junto com a mandioca e a batata-doce, o milho fica como uma das três culturas mais 
básicas em nosso país. Ele ocupa mais de uma terceira parte da terra arável do país, 
estima-se que 2.5 milhões de agregados familiares, 1.9 milhões, ou mais de três quartos 
das famílias, cultivam esta cultura tão essencial (SANCHEZ et al., 2011). 
O milho também é importante na nutrição das nossas populações. Ele contém ao 
redor de 10% de proteínas (para a construção de músculos e cicatrização), de 70 até 73% 
de amido (para energia), vitamina A que ajuda manter boa visão, etc., e quantidade 
significantes de zinco e ferro que são necessários para o funcionamento de vários 
processos no corpo humano. Este cereal pode ser: cozido, assado, pilado para ser farinha, 
e muito mais (SANCHEZ et al., 2011). 
 
9 
 
2.4 Milho e o Clima 
Por pertencer ao grupo de plantas C4, o milho apresenta taxa fotossintética 
elevada respondendo com elevados rendimentos ao aumento da intensidade luminosa. A 
maior sensibilidade à variação de luz ocorre no início da fase reprodutiva, ou seja, nos 
primeiros 15 dias após o pendoamento. O aproveitamento efectivo de luz pelo milho 
depende muito da estrutura da planta, principalmente da distribuição espacial das folhas. 
Uma redução de 30% a 40% da intensidade luminosa ocasiona atraso na maturação dos 
grãos, principalmente em variedades tardias, mais carentes de luz (EMBRAPA, 2017). 
A importância relativa dos factores que afectam o período de crescimento da 
cultura de milho varia conforme a região do país (EMBRAPA, 2017). Em Moçambique, 
a precipitação tem um papel de destaque. O regime de chuvas praticamente determina a 
disponibilidade de água no solo, afectando indirectamente também as taxas de radiação, 
uma vez que chuvas intensas limitam a radiação solar que chega à superfície. 
2.4.1 Temperatura 
A temperatura possui uma relação complexa com o desempenho da cultura, uma 
vez que a condição óptima varia com os diferentes estágios de crescimento e 
desenvolvimento da planta (EMBRAPA, 2017). 
A temperatura da planta é basicamente a mesma do ambiente que a envolve. 
Devido a esse sincronismo, flutuações periódicas influenciam nos processos metabólicos 
que ocorrem no interior da planta. Nos momentos em que a temperatura é mais elevada, 
o processo metabólico é mais acelerado e, nos períodos mais frios, o metabolismo tende 
a diminuir. Essa oscilação metabólica ocorre dentro dos limites extremos tolerados pela 
planta de milho, compreendido entre 10ºC e 30ºC (DARÓS, 2008). 
Abaixo de 10ºC, por períodos longos, o crescimento da planta é quase nulo e, sob 
temperaturas acima de 30ºC, também por períodos longos, durante a noite, o rendimento 
de grãos decresce, em razão do consumo dos produtos metabólicos elaborados durante o 
dia. Temperaturas nocturnas elevadas, por longos períodos, causam diminuição do 
rendimento de grãos e provocam senescência precoce das folhas (EMBRAPA, 2017). 
Durante o período de germinação, as temperaturas ideais do solo para a cultura de 
milho estariam entre 25ºC e 30ºC, sendo que temperaturas do solo inferiores a 10ºC ou 
superiores a 40ºC ocasionam prejuízo sensível à germinação. 
10 
 
A temperatura ideal para o desenvolvimento do milho, da emergência à floração, 
está compreendida entre 24ºC e 30ºC (EMBRAPA, 2017). 
Verões com temperaturamédia diária inferior a 19ºC e noites com temperatura 
média inferior a 12,8ºC não são recomendados para a produção de milho. Por outro lado, 
temperaturas nocturnas superiores a 24ºC proporcionam um aumento da respiração, 
ocasionando uma diminuição da taxa de fotossimilados e consequente redução da 
produção. Temperaturas inferiores a 15ºC retardam a maturação dos grãos (DARÓS, 
2008). 
2.4.2 Precipitação 
O milho é uma cultura muito exigente em água. Entretanto, pode ser cultivado em 
regiões onde as precipitações vão desde 250 mm até 5000 mm anuais, sendo que a 
quantidade de água consumida pela planta, durante seu ciclo, está em torno de 600 mm. 
O consumo de água pela planta, nos estágios iniciais de crescimento, num clima quente e 
seco, raramente excede 2,5 mm/dia. Durante o período compreendido entre o 
espigamento e a maturação, o consumo pode se elevar para 5 a 7,5 mm diários. Mas se a 
temperatura estiver muito elevada e a humidade do ar muito baixa, o consumo poderá 
chegar até 10 mm/dia (EMBRAPA, 2017). 
A ocorrência de défice hídrico na cultura do milho pode ocasionar danos em todas 
as fases. Na fase do crescimento vegetativo, devido ao menor elongamento celular e à 
redução da massa vegetativa, há uma diminuição na taxa fotossintética. Após o défice 
hídrico, a produção de grãos é afectada directamente, pois a menor massa vegetativa 
possui menor capacidade fotossintética. Na fase do florescimento, a ocorrência de 
dissecação dos estilos-estigmas (aumento do grau de protandria), aborto dos sacos 
embrionários, distúrbios na meiose, aborto das espiguetas e morte dos grãos de pólen 
resultarão em redução no rendimento. Défice hídrico na fase de enchimento de grãos 
afectará o metabolismo da planta e o fechamento de estomas, reduzindo a taxa 
fotossintética e, consequentemente, a produção de fotossimilados e sua translocação para 
os grãos (EMBRAPA, 2017). 
 
11 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
3.1 Localização da área da pesquisa 
O estudo foi realizado no distrito de Angónia na província de Tete, e este está 
situado no extremo norte-nordeste da Província de Tete, sendo limitado a Norte, Nordeste 
e Este pelo território do vizinho Malawi, a Sul pelo distrito de Tsangano, e a Noroeste 
pelo distrito de Macanga (MAE, 2014). 
 
Figura 2 - Mapa do distrito de Angónia 
Fonte: MAE (2014) 
3.2 Características Climáticas de Angónia 
O distrito é caracterizado pela predominância de um clima do tipo tropical 
húmido, com a temperatura média anual a rondar entre os 18ºC a 22ºC e humidade relativa 
de 70%. A precipitação média anual oscila entre 1100 a 1200 mm (MAE, 2014). 
De acordo com a figura 3, mediante os dados de CPC (2021), o mês mais quente 
Novembro, com a temperatura máxima de 27,4oC, seguido dos meses de Outubro e 
Setembro os quais apresenta temperaturas máximas de 26,8 oC e 25,5oC. Os meses frios 
são Junho e Julho, com temperaturas mínimas de 11,9 oC e 11,5 oC, caracterizado pelo 
clima de altitude. 
12 
 
A distribuição dos totais mensais de precipitação na região no período de 1980-
2010 observa-se que a menor ocorrência de chuvas é registada entre os meses de Agosto 
e Setembro onde a precipitação é próximo a zero, ao passo que o maior valor foi registado 
no mês de 205,8 mm. Esses valores de precipitação ressaltam uma alta variabilidade anual 
entre os períodos secos e chuvoso. TALACUECE (2014) afirma que devemos destacar 
uma grande variação na precipitação anual de 725 mm a 1149 m, sendo 90% acontecendo 
o final de Novembro ao princípio de Abril. 
 
Figura 3 - Precipitação e Temperaturas máximas e mínimas, entre os anos de 1980 – 
2019. 
FONTE: CPC (2021). 
3.3 Material 
Na materialização do presente trabalho, usou-se os seguintes materiais: 
computador, tinta, blocos de nota e Papéis A4. 
3.4 Tipo de Pesquisa 
3.4.1 Quanto a natureza: Aplicada 
A pesquisa aplicada, segundo APPOLINÁRIO (2011), é realizada com o intuito 
de “resolver problemas ou necessidades concretas e imediatas”. Muitas vezes, nessa 
modalidade de pesquisa, os problemas emergem do contexto profissional e podem ser 
sugeridos pela instituição para que o pesquisador solucione uma situação-problema. 
 
0
5
10
15
20
25
30
0
50
100
150
200
250
300
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Te
m
p
er
at
u
ra
 (
⁰C
)
P
re
ci
p
it
aç
ão
 (
m
m
)
Meses
Angónia 1980-2019
Prec. Tmin Tmax
13 
 
3.4.2 Quanto a Abordagem: Pesquisa Quantitativa 
Segundo Knechtel (2014), a pesquisa quantitativa é uma modalidade de pesquisa 
que actua sobre um problema humano ou social, é baseada no teste de uma teoria e 
composta por variáveis quantificadas em números, as quais são analisadas de modo 
estatístico, com o objectivo de determinar se as generalizações previstas na teoria se 
sustentam ou não. 
3.4.3 Quanto a Objectivo: Pesquisa Exploratória 
Segundo GIL (2007), tem a finalidade de ampliar o conhecimento a respeito de 
um determinado fenómeno. Segundo o autor, esse tipo de pesquisa, aparentemente 
simples, explora a realidade buscando maior conhecimento, para depois planejar uma 
pesquisa descritiva. 
3.5 Base de dados 
3.5.1 Meteorológicos 
O presente trabalho considerou como entrada no software RClimdex, dados 
diários de Temperatura máxima e mínima do ar (oC) precipitação (mm) para o cálculo de 
índice dos extremos climáticos que compreendem o período de 2010 a 2019 da região de 
Angónia, pertencentes ao Centro de Previsão Climática de NOAA - PCP Global 
temperature and Precipitation data product (provided by NOAA\OAR\ESRLPSL, Boulder, 
Colorado). 
3.5.2 Produção de Milho 
Foram utilizados dados da produção de milho do distrito de Angónia no período 
de 2010-2019 fornecidos pelo Serviço Distrital de Actividades Económica de Angónia 
(SDAE) de modo que estabeleça se a correlação com os Índices extremos climáticos. 
A figura 5 ilustra a produção anual da cultura de milho durante dez (10) anos em 
estudo no distrito de Angónia, que demonstra uma tendência de crescimento da produção 
ao nível do distrito pese embora com algumas oscilações ao logo do período em analise. 
Com base na figura 5, no período em estudo a média em termo de produção foi de 
267741,1 toneladas. Os anos 2014, 2017, 2018 e 2019 foram os que tiveram o registo de 
maior produção, com registo de 9%, 14%, 43% e 64% da produção acima da média 
respectivamente e foram nestes anos onde se registou a intensificação dos extremos 
climáticos principalmente o padrão de precipitação. Em contraste, os anos 2010, 2011, 
14 
 
2012, 2013, 2015 foram os que registaram baixa produção, com registo de 44%, 38%, 
29%, 7%, 8%, 4% da produção abaixo da média respectivamente. 
 
Figura 4 - Produção Anual da cultura de milho. 
FONTE: SDAE, 2021 
3.5.3 Pacote RClimdex 
O RClimdex foi desenhado para proporcionar uma interface amigável para 
calcular índices de extremos climáticos. Calcula todos os 27 índices básicos 
recomendados pela equipe de peritos do CCI/CLIVAR para “Climate Change Detection 
Monitoring and Índices” (ETCCDMI), assim como, outros índices de temperatura e 
precipitação com limites definidos pelo usuário (DOS SANTOS, 2006). 
3.5.4 Índices Extremos Climáticos 
Para calcular os índices de Extremos climáticos existentes em Angónia foi 
utilizado o software RCLIMDEX (versão 1.9.3) para o processamento dos dados 
meteorológicos. 
 
 
 
 
 
0.0
100000.0
200000.0
300000.0
400000.0
500000.0
P
ro
d
u
çã
o
 A
n
u
al
 (
To
n
)
Anos
Tendência = 28278 | R² = 0,875 | P-Valor = 0,0000687| Média = 267741,1 
Produção de Milho
Produção
Linear (Produção)
15 
 
Tabela 1 - Lista de índices ETCCDMI calculados neste estudo. 
NOME DO ÍNDICE ID DEFINIÇÃO UNIDADE 
 
 
Índices de Precipitação 
 
 
Dias consecutivos 
com chuva 
CWD 
Número máximo de dias 
consecutivos com RR≥ 
1mm 
Dias 
Dias consecutivos 
secos 
CDD 
Número máximo de dias 
consecutivos com RR≤ 
1mm 
Dias 
Precipitação totalanual 
PRCPTOT 
Precipitação total anual nos dias 
húmidos (RR ≥ 1mm) 
Mm 
Quantidade máxima 
de precipitação em 
cinco dias 
RX5Day 
Máximo anual de precipitação 
em 5 dias consecutivos 
Dias 
Índices de Temperatura 
Dia mais quente TXx 
Valor máximo mensal da 
Tmáx diária 
⁰C 
Noite mais fria TNn 
Valor máximo mensal da 
Tmin diária 
⁰C 
Variação de 
temperatura diária 
DTR Tmáx diária - Tmin diária ⁰C 
Ondas de Calor WSDi Duração do período quente Dia 
Fonte: ZHANG & YANG (2004) 
3.5.5 Análise de dados 
Após o processamento dos índices de extremos climáticos, os dados foram 
armazenados em arquivos que contêm informações anuais sobre cada um deles para 
serem correlacionados com a produção Anual de Milho. 
O método de correlação usado neste trabalho foi o de Pearson (p) que é uma 
medida de associação linear entre duas variáveis expressa pela fórmula (FILHO e SILVA 
JÚNIOR, 2009): 
 
 
Legenda: 
n – numero de amostra 
Yi e Xi – duas variáveis observadas em cada observação, a cada passo de tempo i 
Y e X – Somatório da variável 
 �̅�𝑒�̅� – Médias Amostrais das variáveis 
 
 𝑝 =
1
𝑛−1
∑(
𝑥𝑖−�̅�
𝑥
) (
𝑥𝑖−�̅�
𝑦
) 
16 
 
Tabela 2 - Interpretação de valores da correlação de Person (p) 
Valor p Interpretação 
0,00 a 0,19 Uma correlação bem fraca 
0,20 a 0,39 Uma correlação fraca 
0,40 a 0,69 Uma correlação moderada 
0,70 a 0,89 Uma correlação forte 
0,90 a 1,00 Uma correlação muito forte 
Fonte: SHIMAKURA, 2006 
Após a determinação dos coeficientes de correlação, foi utilizado o teste t que é 
um teste de hipótese que usa conceitos estatísticos para rejeitar ou não uma hipótese nula 
quando a estatística de teste segue uma distribuição t de Student que para este trabalho 
foi utilizado para determinar a significância estatística dos coeficientes de correlação 
(LEVINE e STEPHAN, 2005) 
Fórmula matemática usada para a realização do teste t (t): 
𝑡 = 𝑟 (√
𝑛 − 2
1 − 𝑟2
) 
Legenda: 
r – correlação entre as variáveis 
n - amostra 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
4.1 Aplicação dos Extremos Climáticos Para a Região de Angónia 
Com os cálculos efectuados a partir do RClimdex no RStudio (tabela 3), dos 
índices provenientes da precipitação (mm), todos apresentaram seus valores sobre a 
região de estudo. Assim como, dos índices provenientes da temperatura (oC) 
apresentaram seus valores, diferentemente do índice WSDi em que não apresentou 
nenhum valor ao longo do período em estudo, isto é, a série do estudo é curta (referente 
a 10 anos), esses índices foram pensados para séries iguais ou maiores que 30 anos, deste 
modo, o índice WSDi foi impactado e como resultado não foi gerado nenhum valor. Estes 
resultados foram confirmados nos trabalhos de Maluza (2020) e de Sara (2021), 
relacionados com o mesmo período de estudo e com objectivos de estudos de culturas 
diferentes. 
Dos índices com valores gerados, estes serão aplicados na correlação e teste de 
significância com a produção anual do milho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 Tabela 3 - Valores dos Índices Calculados 
Ano 
ÍNDICE DE PRECIPITAÇÃO ÍNDICE DE TEMPERATURA Ocorrência (Magnitude) 
CWD 
(Dias) 
CDD 
(Dias) 
RX5DAY 
(Dias) 
PRCPROT 
(mm) 
DTR 
(oC) 
TXx 
(oC) 
TNn 
(oC) 
WSDi 
(Dias) 
El Nino Lã Nina 
2010 9,0 99,0 95,6 644,8 6,8 31,3 8,1 0,0 
Moderado 
 Forte 
2011 5,0 151,0 61,4 423,3 6,7 32,3 7,8 0,0 
 Moderado 
2012 9,0 127,0 111,0 810,2 7,0 30,8 7,0 0,0 
 
2013 8,0 116,0 109,71 727,4 6,3 31,4 8,0 0,0 
 
2014 9,0 190,0 86,3 747,2 6,4 32,1 5,9 0,0 
Fraco Moderada 
2015 14,0 163,0 134,5 728,9 6,2 33,6 8,4 0,0 
Muito Forte 
2016 8,0 109,0 100,5 599,7 6,6 32,3 8,6 0,0 
 Fraco 
2017 15,0 165,0 122,2 865,8 6,5 33,4 9,2 0,0 
 Fraco 
2018 17,0 156,0 115,50 858,5 7,8 32,1 7,1 0,0 
Fraco 
2019 12,0 151,0 94,1 947,3 7,8 32,0 7,3 0.0 
 
 Fonte: Autor (2021); Golden Gate Weather Services (2021).
19 
 
As zonas com mais dias de precipitação encontram-se nas províncias da Zambézia 
e Niassa, bem como nas zonas de Tete vizinhas do Malawi. A variação interanual do 
número de dias de precipitação é maior na província de Tete e na zona centro. As 
províncias do centro, em Dezembro e, em particular, em Janeiro, têm tendência acentuada 
para aumento dos dias de precipitação. O El Niño aumenta a pluviosidade na África 
Oriental até à Tanzânia, norte de Moçambique e ao norte de Tete. A precipitação na região 
centro, a pluviosidade de Outubro, Novembro e Dezembro (OND) permanece 
significativamente próxima do normal mais com uma ligeira tendência de aumento 
durante os anos do El Niño. Em Janeiro, Fevereiro e Março (JFM), o efeito El Niño leva 
a condições mais secas na maior parte do distrito de Angónia (WFP, 2018). 
No caso do La Niña, o quadro inverte-se, porque a pluviosidade nesta fase da 
ENSO tende a ser superior à das estações neutras. Em OND, na região de Angónia a 
pluviosidade no início da estação é de cerca de 10-20% superior à das estações neutras, 
onde a pluviosidade no início da estação é de cerca de 10-20% superior à das estações 
neutras (WFP, 2018). 
Em JFM, a influência do La Niña é mais evidente do que em OND, mas mais fraca 
do que a do El Niño. Para Angónia existe tendência moderada para o aumento da 
pluviosidade (WFP, 2018). 
4.2 Significância das tendências dos índices extremos climáticos de Angónia 
no período 2010-2019 
Na tabela 4 são apresentados as significâncias das tendências dos extremos 
climáticos sobre a região de Angónia no período de 2010-2019. 
Estes resultados foram confirmados nos trabalhos de Maluza (2020) e de Sara 
(2021), relacionados com o mesmo período de estudo e com objectivos de estudos e 
culturas diferentes. 
 
 
 
 
20 
 
Tabela 4 - Valores correspondentes a cada índice seleccionado para o presente estudo 
Índices Tendência R2 P-Valor Erro Padrão Conclusão 
Precipitação 
CWD 0,884 0,511 0,02015 1,19 Significativo 
CDD 3,9091 0,1689 0,1807 13,99 Não Significativo 
RX5DAY 2,676 0,156 0,2574 6,47 Não Significativo 
PRCPOT 34,21 0,466 0,02943 47,95 Significativo 
Temperatura 
DTR 0,092 0,236 0,1539 0,18 Não Significativo 
TXx 0,13 0,20 0,195 0,28 Não Significativo 
TNn 0,018 0,20 0,8671 0,30 Não Significativo 
WSDi 0 - - 0 Não Significativo 
FONTE: Autor, 2021 
4.3 Correlações dos Índices Extremos Climáticos e a Produção do milho 
Para responder um dos principais objectivo específicos traçado logo no início do 
presente trabalho, correlacionar a influência dos índices extremos climáticas 
especificamente, Número máximo de dias consecutivos com chuva no ano (CWD), 
Número máximo de dias consecutivos sem chuva no ano (CDD), Amplitude anual média 
da temperatura diurna (DTR), Precipitação anual total dos dias Húmidos (PRCTOT), 
Precipitação acumulada em 5 dias, máxima ocorrida em um ano (RX5day), Maior 
temperatura máxima Anual (TXx), Menor temperatura mínima anual (TNn) e Maior 
temperatura máxima anual (WSDi) com a produção de milho registada no distrito de 
Angónia no período em estudo, os resultados encontram-se resumidos na tabela 4. 
Tabela 5 - Correlação dos índices dos extremos climáticos com a produção de milho e a 
sua significância. 
Índices Milho Classificação 
t 
Calculado 
t 
Tabela 
Significância 
 Índice de Precipitação 
CWD 0,6440063 Cor. Moderada 2,381 
2,306 
Significativo 
CDD 0,460267 Cor. Moderada 1,4664 Não Significativo 
RX5DAY 0,2335993 Cor. Fraca 0,680 Não Significativo 
PRCPTOT 0,7517276 Cor. Forte 3,224 Significativo 
Índices de Temperatura 
DTR 0,6138968 Cor. Moderada 2,200 Não Significativo 
TXx 0,2374188 Cor. Fraca 0,691 Não Significativo 
TNn 
-0,2007862 
Cor. Inversa 
Fraca 
-0,580 Não Significativo 
WSDi 0 Cor. Bem fraca 0,000 Não Significativo 
Fonte: Autor, 2021 
21 
 
a) Correlação do índice CWD e produção de milho 
Este índice apresentouuma correlação significativa e positiva moderada, isso 
pode traduzir-se da seguinte maneira, quando uma variável aumenta, a outra variável 
também aumenta, ou ainda, quando os dias consecutivos com chuva aumentam, regista-
se também um aumento na produção e vice e versa podendo haver alguma excepção como 
é o caso do ano 2015 onde os CWD em comparação ao ano anterior, houve um aumento 
dos dias mais isso não reflectiu na produção (SHIMAKURA, 2006). 
 
Figura 5- Correlação entre o índice CWD e Produção de Milho 
FONTE: Autor, 2021 
BERGAMASCHI & MATZENAUER (2004) estudando a distribuição hídrica no 
período crítico do milho e produção de grãos afirmam que, foi observada uma relação 
linear entre as duas variáveis nomeadamente, aumento de dias consecutivos com chuvas 
e o rendimento de milho, utilizando diferentes variedades. 
b) Correlação do índice CDD e produção de milho 
Este índice refere-se a duração, em dias, de período de estiagem e apresentou uma 
correlação não significativa positiva e bem fraca, isso pode traduzir-se da seguinte 
maneira: quando uma variável aumenta, a outra variável também aumenta mas em 
proporções não significativas, ou ainda, quando os dias consecutivos sem chuva 
aumentam, regista-se também um aumento na produção mas em quantidade não 
significativas e vice e versa podendo haver alguma excepção como é o caso do ano 2015 
22 
 
onde os CDD em comparação ao ano anterior, houve um aumento dos dias mais isso não 
reflectiu na produção. 
 
Figura 6 - Correlação entre o índice CDD e Produção de Milho 
FONTE: Autor, 2021 
O mau tempo, com chuvas em excesso faz com que as raízes não cresçam o 
suficiente e os caules também sofra de acamamento, provocando a quebra na produção 
(MASSOQUIM & AZEVEDO, 2010). 
O excesso de humidade nas folhas e raízes aumentam os riscos de pragas e 
doenças e as geadas podem matar as plantas causando grandes prejuízos (CARAMORI, 
2003) 
O milho precisa de uma precipitação bem distribuída durante o período de 
crescimento, com CDD e CWD a intercalarem; para a manutenção do pleno 
funcionamento da planta, precisa-se acima de tudo água e não menos importantes da luz 
solar e esta ultima só se dá em dias sem chuvas. 
Através da absorção da radiação solar que a planta de milho produz seus 
fotoassimilados por via do processo designado de fotossíntese e este processo é de 
extrema importância para os vegetais e o milho não é excepção. 
Dias excessivos de chuvas associados a baixa drenagem dos solos cultivados 
podem ocasionar o alagamento; por outro lado, alagamentos podem matar a planta em 
23 
 
poucos dias, principalmente quando combinados com elevadas temperaturas (RITCHIE 
et al., 1993). 
c) Correlação do índice DTR e a produção de Milho 
Este índice refere-se a Amplitude anual média da temperatura diurna e reflecte a 
diferença entre a temperatura mínima e a máxima do dia e apresentou uma correlação não 
significativa e positiva moderada, isso pode traduzir-se da seguinte maneira; quando uma 
variável aumenta, a outra variável também aumenta, ou ainda, quando a diferença entre a 
temperatura mínima e a máxima do dia aumenta, regista-se também um aumento na 
produção e vice e versa (SHIMAKURA, 2006). 
 
Figura 7- Correlação entre o índice DTR e Produção de Milho 
FONTE: Autor, 2021 
O rendimento de grãos em milho é determinado basicamente pelo número de grãos 
por unidade de área. O número de grãos é associado à taxa de crescimento da planta no 
período de pendoamento (SANS, 2009). A massa de grãos é função da taxa de enchimento 
de grãos e do tempo de acúmulo de massa seca (WANG et al., 1999). 
Esse período de enchimento de grãos, considerado crítico para a determinação do 
número de grãos, é também o mais susceptível às condições de estresse (SANS, 2009). 
O ideal é ter temperaturas em torno de 25 °C e 30 °C durante o dia e com noites 
frias, em torno de 16 °C e 19 °C. Noites e dias quentes aceleram o ciclo e perda de 
24 
 
rendimento, enquanto noites e dias frios aumentam em muito o ciclo, sem no entanto 
trazer nenhuma vantagem para o rendimento final (EMBRAPA, 2017). 
O aumento do ciclo acontece porque, com a temperatura mais baixa, o 
metabolismo decresce e há um menor ganho de matéria seca diária. Importante frisar que 
temperaturas nocturnas altas podem comprometer seriamente o rendimento dos grãos, 
uma vez que a planta passa a ter altas taxas de respiração e vai consumir boa parte do 
fotoassimilados acumulados durante o dia. A planta para respirar utiliza como substrato 
os carbohidratos que foram metabolizados pela fotossíntese (EMBRAPA, 2017). 
PEACOCK & HEINRICH (1984) fez uma revisão sobre a relação 
desenvolvimento foliar e mostrou que a taxa de emergência das folhas (folhas/dia) 
aumentava quando a temperatura crescia de 13 para 23°C. 
Com relação a temperatura diurna/nocturna observaram que quando a temperatura 
(dia/noite) crescia de 20/15 °C para 35/30°C que havia um aumento da emergência de 
folhas. 
Com relação a expansão foliar, esses autores constataram que ela cresce a medida 
que a temperatura cresce até 34 °C, a partir desse valor começa a decrescer a taxa de 
expansão. Esses autores mostram que a temperatura base para extensão foliar é da ordem 
de 15,5°C. 
SANS (2009), verificou que temperaturas elevadas aumentam mais o crescimento 
vegetativo que crescimento floral. Vale a pena ressaltar que crescimento vegetativo pode 
ser um forte dreno que vai, com isso, restringir o desenvolvimento floral. 
d) Correlação do índice PRCPTOT e produção de Milho 
Este índice refere-se a Precipitação anual total dos dias húmidos e fornece a 
precipitação acumulada durante o ano, apresentou uma correlação significativa positiva 
forte e isso pode traduzir-se da seguinte maneira; quando uma variável aumenta, a outra 
variável também aumenta, ou ainda, quando a precipitação anual total aumenta, regista-
se também um aumento na produção e vice e versa (SHIMAKURA, 2006). 
25 
 
 
Figura 8 - Correlação entre o índice PRCTOT e Produção de Milho 
FONTE: Autor, 2021 
Segundo MALDANER et al. (2014), o milho necessita de no mínimo 350 a 500 
mm de chuva por ciclo, pluviometria menores irá exigir o uso de irrigação, sendo que a 
precipitação ideal gira em torno de 500 a 800 mm. 
Porém, de acordo com MALDANER et al. (2014), a necessidade hídrica do milho 
varia de 200 a 400 mm para o ciclo completo, mas estes valores variam com os diferentes 
locais e épocas de plantio. 
Devido à grande influência deste fenómeno MALDANER et al. (2014), analisou 
a produção do milho sob o efeito dos dois fenómenos, o autor observou que a média do 
estado foi 2.422 em condição de La Niña e 3.750 em condição de El Niño. 
Segundo BERGAMASCHI et al. (2004), a produtividade é muito variável sob 
acção dos fenómenos La Niña e El Niño, pois mesmo que o milho esteja em um período 
de seca, mas receba a quantidade correcta de chuva nos períodos de desenvolvimento 
crítico (emissão inflorescência masculina até enchimento do grão), a planta irá ter uma 
boa produção. O mesmo autor observou produção 8000 Kg/ha em condição de La Niño 
e 2000 Kg/ha em condição de El Niño, porém plantas com maior produção não tiveram 
défice hídrico no período crítico de produção. 
 
26 
 
e) Correlação do índice RX5day e produção de Milho 
Através da correlação feita entre a máxima precipitação anual em 5 dias 
consecutivos (RX5day) e a produção de milho observou-se uma correlação fraca, mas 
que é positiva. 
 
Figura 9 - Correlação entre o índice RX5DAY e Produção de Milho 
FONTE: Autor, 2021 
Com relação a exigência por água, as fases mais críticas são a de emergência, 
florescimento e formação do grão. No período compreendido entre 15 dias antes e 15 dias 
após o aparecimento da inflorescência masculina, o requerimento de um suprimento 
hídrico satisfatório aliado a temperaturas adequadas tornam tal período extremamente 
crítico (EMATER-GM, 2008).A cultura exige um mínimo de 350-500 mm de precipitação no Verão para que 
produza a contento, sem a necessidade da utilização da prática de irrigação. O consumo 
de água por parte do milho, em um clima quente e seco, raramente excede 3,0 mm/dia, 
enquanto a planta estiver com altura inferior a 30 cm. Todavia, durante o período 
compreendido entre o espigamento e a maturação, o consumo pode se elevar para 5,0 a 
7,5 mm diários (EMATER-GM, 2008). 
 
 
 
27 
 
f) Correlação do índice TXx e produção de Milho 
Este índice refere-se a Maior temperatura máxima anual e fornece a temperatura 
máxima anual, apresentou uma correlação não significativa positiva fraca de 0,691, isso 
pode traduzir-se da seguinte maneira; quando uma variável aumenta, a outra variável 
também aumenta mas em quantidades não muito significativas, ou ainda, quando a 
temperatura anual total aumenta, regista-se também um aumento na produção e vice e 
versa (SHIMAKURA, 2006). 
 
Figura 10- Correlação entre o índice TXx e Produção de Milho 
FONTE: Autor, 2021 
A temperatura na qual a maioria dos processos fisiológicos ocorre, varia de 
aproximadamente 0 a 47 ºC (WANG, 1999). 
A temperatura mais quente afecta a produtividade do milho directamente. A 
temperatura mais alta aumenta as taxas de crescimento da cultura, encurtando sua vida 
útil. Isso acaba em uma campanha de período de tempo menor e reduzida para o 
desenvolvimento de grãos, afectando o potencial de produção da cultura (RASHEED, 
2021). 
A polinização é igualmente afectada pelo aumento da temperatura, à medida que 
a temperatura aumentava o pólen masculino se torna estéril devido à perda excessiva de 
água e ao acúmulo de assimilas produzidas como resultado da perda da fotossíntese 
(RASHEED, 2021). 
28 
 
 A fertilização no milho ocorre quando o pólen caiu no estilete da planta de milho 
recebida pela seda (RASHEED, 2021). 
Temperatura acima de 32oC reduzir consideravelmente a capacidade do pólen de 
anexar à seda e a ocorrência de seda na espiga, o que reduz o período de co-ocorrência 
tanto do pólen quanto da espiga. O aumento da temperatura do ar também afecta o pólen 
de milho para se tornar estéril e antiaderente para a espiga devido à perda de água do 
pólen durante seu voo (RASHEED, 2021). 
g) Correlação do índice TNn e produção de Milho 
Este índice refere-se a Menor temperatura mínima anual e indica a temperatura 
mínima anual, apresentou uma correlação não significativa negativa fraca de, isso pode 
traduzir-se da seguinte maneira; quando uma variável aumenta, a outra variável diminui 
mas em quantidades não muito significativas, ou ainda, quando a temperatura mínima 
anual aumenta, regista-se também uma redução na produção e vice e versa 
(SHIMAKURA, 2006). 
 
Figura 11 - Correlação entre o índice TNn e Produção de Milho 
FONTE: Autor, 2021 
O milho é uma cultura sensível ao frio e sofre danos em temperaturas entre 0º e 
10 ° C se exposto à luz normal, e em temperaturas entre 10º e 15ºC quando exposto à luz 
intensa, dependendo das variedades estudadas. Os efeitos das baixas temperaturas 
manifestam-se tanto nas funções enzimáticas como nas propriedades das membranas e 
29 
 
são evidenciados pela redução da fotossíntese, crescimento, extensão foliar e pela 
absorção de água e nutrientes (UNAM, 2010). 
Temperaturas entre 0º e 10ºC também podem resultar no desenvolvimento 
anormal da raiz e perda do turgor (UNAM, 2010). 
h) Correlação do índice WSDI e produção de Milho 
Este índice refere-se a Maior temperatura máxima anual e indica a duração das 
ondas de calor no ano, apresentou uma correlação não significativa positiva Bem fraca de 
0, isso pode traduzir-se da seguinte maneira; a ocorrência de ondas de calor em um ano 
durante o período em estudo é zero ou seja é nula. O que não pode ser afirmar como sendo 
verdade; recorrendo à TXx mostra uma clara tendência de aumento da temperatura 
durante o período em estudo, tendo como prováveis causas desse aumento da temperatura 
a crescente urbanização, desflorestamento das florestas nativas para uso doméstico (lenha 
e/ou carvão vegetal), queimadas descontroladas entre outros factores (ADZ. 2015). 
 
Figura 12 - Correlação entre o índice WSDi e Produção de Milho 
FONTE: Autor, 2021 
 
 
30 
 
5 CONCLUSÃO 
Os resultados apresentados neste trabalho em relação a pergunta da pesquisa 
foram verificados que os índices de Extremos Climáticos tiveram uma influência 
significativa na produção da cultura de milho durante o período de 2010-2019 no distrito 
de Angónia, mediante os índices de Número Máximo de Dias Consecutivos com Chuvas 
(CWD) e Precipitação Anual Total (PRCPTOT). 
Foram escolhidos 8 índices, 4 para índices de precipitação e 4 para temperatura, 
destes 7 foram determinados e 1 (WSDI relacionado com a temperatura) não foi gerado 
devido a serie dos dados serem muito curta (referente a 10 anos), isto é, esses índices 
foram pensados para series iguais ou maiores que 30 anos. A determinação e aplicação 
dos índices extremos climáticos sobre a região favorecera nas políticas de tomada de 
decisão e acompanhamento da produção aos agricultores. 
Efectivamente, em relação as tendências dos 7 índices, destes apenas dois 
relacionados com a precipitação foram significativas sobre a região de estudo, 
nomeadamente CWD (valor-p foi de 0,020) e PRCPTOT (valor-p foi de 0,029). Com esta 
informação ajuda aos pesquisadores, tomadores de decisão e agricultores a pensarem em 
alternativas de práticas agrícolas porque a tendência de precipitação é de aumentar por 
cada ano que passa. 
Em fim, a influência directa na região de Angónia em relação aos resultados da 
correlação dos 7 índices extremos climáticos sobre a Produção da Cultura de Milho, 
apenas apresentaram para o índice CWD uma correlação significativa moderada (0,644) 
e Precipitação Anual Total dos Dias Húmidos (PRCPROT) uma correlação significativa 
forte (0,752). Aqui procurou-se validar a pergunta de pesquisa e com o teste realizado foi 
verificado a significância de correlação da influência dos índices extremos climáticos 
sobre a produção de milho na região durante o período em estudo. 
 
 
 
 
 
31 
 
6 RECOMENDAÇÕES 
Tomando como base dos resultados apresentados neste trabalho, aqui vai algumas 
sugestões para trabalhos futuros: 
 Avaliar os resultados de outros trabalhos sobre extremos Climáticos do IPCC, 
regionalizando a sua influência em todo o Moçambique. 
 Estudar os mesmos índices escolhidos para este trabalho com base nas projecções 
de cenários climáticos futuras do IPCC 
 Estudar as tendências climáticas para os principais elementos climáticos de maior 
interesse agronómico com base nas projecções de cenários climáticos futuras do 
IPCC 
 Testar modelos agro-meteorológicos que considerem os efeitos ambientais aos 
processos fisiológicos determinantes para a produtividade do milho; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 
1. ABREU, C. T., BANZE, A., VAZ, KUUYUOR, T. 2012. Mudanças climáticas 
e seus desafios - O caso de Moçambique. Avaliação de risco no contexto da 
mudança climática global, Conferência Internacional das Nações Unidas sobre 
Tecnologias Baseadas no Espaço para gerenciamento de desastres. 7 ao 9 de 
Novembro. 
2. Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze (ADZ), 2015. Perfil 
Ambiental Distrital de Angónia In Avaliação Ambiental Estratégica, Plano 
Multissectorial, Plano Especial de Ordenamento Territorial do Vale do Zambeze 
e Modelo Digital de Suporte a Decisões. Ministério da Terra, Ambiente e 
Desenvolvimento Rural. 
3. APPOLINÁRIO, F., 2011. Dicionário de Metodologia Científica. 2. ed. São 
Paulo: Atlas. 
4. ASSAD, E. D.; OLIVEIRA, A. F.; NAKAI, A. M.; PAVÃO, E.; PELLEGRINO, 
G.; MONTEIRO, J. E. 2016. Impactos e vulnerabilidades da agricultura 
brasileira às mudanças climáticas. In: TEIXEIRA, B. S.; ORSINI, J. A. M.; 
CRUZ,M. R. (Ed.). Modelagem climática e vulnerabilidades sectoriais à 
mudança climática no Brasil. Brasília: Brasil. Ministério da Ciência, Tecnologia 
e Inovação. 
5. BERGAMASCHI, H. et al., 2004. Distribuição hídrica no período crítico do 
milho e produção de grãos. Brasília, Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 
v.39, n. 9, p. 831-839. 
6. CARAMORI, P. H., 2003. O clima e a agricultura. In: XII Semana de Geografia. 
In: Anais: Clima e Organização do Espaço Geográfico. Maringá: Universidade 
Estadual de Maringá. 
7. CARVALHO, L., 2020. USDA reduz previsão da safra norte-americana e 
mundial de milho. Equipe Mais Soja - Agência SAFRAS. Disponível em 
<http://www2.safras.com.br/2020/11/13/usda-reduz-previsao-da-safranorte-
americana-e-mundial-de-milho/> Acesso [16 Mai 2021] 
8. DARÓS, R. 2008. CULTURA DO MILHO - manual de recomendações 
técnicas; AGRAER - Agência Regional de Dourados, CREA 868/D - ES. Visto 
445 – MS. Disponível <http://www.agraer.ms.gov.br/wp-
content/uploads/2015/05/Manual_de_recomenda%C3%A7%C3%B5es_t%C3%
A9cnicas_cultura_do_milho.pdf> [Acesso: 11 Jan 2021] 
http://www.agraer.ms.gov.br/wp-content/uploads/2015/05/Manual_de_recomenda%C3%A7%C3%B5es_t%C3%A9cnicas_cultura_do_milho.pdf
http://www.agraer.ms.gov.br/wp-content/uploads/2015/05/Manual_de_recomenda%C3%A7%C3%B5es_t%C3%A9cnicas_cultura_do_milho.pdf
http://www.agraer.ms.gov.br/wp-content/uploads/2015/05/Manual_de_recomenda%C3%A7%C3%B5es_t%C3%A9cnicas_cultura_do_milho.pdf
33 
 
9. DEBORTOLI, N. S.; CAMARINHA, P. I. M.; RODRIGUES, R. R. An index of 
Brazil’s vulnerability to expected increases in natural flash flooding and land 
slide disasters in the context of climate change. Nat Hazards, v. 86, p. 557 – 
582, 2017 
10. DOS SANTOS, C. A. C., 2006 Estimativa e tendências de índices de detecção 
de mudanças climáticas com base na precipitação diária no Rio Grande do 
Norte e na Paraíba. Campina Grande. 
11. ECODEBATE, 2019. Os extremos climáticos explicam 18% a 43% das 
variações globais do rendimento das culturas. Disponível em: 
<https://www.ecodebate.com.br/2019/05/06/os-extremos-climaticos-explicam-
18-a-43-das-variacoes-globais-do-rendimento-das-culturas/> [Acesso: 11 Jan 
2021] 
12. EMATER-GM., 2008. O milho e o clima. In: Bergamaschi, H. e Ronaldo, M. - 
Porto Alegre: Emater/GM-Ascar. 84 p. : il 
13. EMBRAPA, 2017 - Relações com o clima. Disponível 
<https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_17_1
68200511157.html> [Acesso: 11 Jan 2021] 
14. FAO. 2020. Statistical Databases. Agricultura. Disponível em: <http:// 
www.fao.org/faostat>. Acesso [10 Mar 2021]. 
15. FILHO, D. B. F., SILVA JÚNIOR, J. A., 2009. Desvendando os Mistérios do 
Coeficiente de Correlação de Pearson (r). Revista Política Hoje, Vol. 18, n. 1 
16. GIL, A. C. 2007. Como elaborar projectos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas. 
17. IITA. 2020. Maize. Disponível em 
<https://www.iita.org/cropsnew/maize/#1620923190212-7c9ed661-81d8> 
Acesso [16 Mai 2021] 
18. IPCC (2007) Summary for policy makers. In: Climate change 2007: Impacts, 
adaptation, and vulnerability. Part A: Global and sectoral aspects. 
Contribution of Working Group II to the Fifth Assessment Report of the 
Intergovermental Panel on Climate Change. Cambridge University Press, 
Cambridge, UK and New York, USA. pp 1–32 
19. IPCC, I. P. O. C. C. Climate Change 2014: Synthesis Report. In: 
Contributions of Working Group I, II, II to the Fifth Assessment Report of 
the Intergovernmental Panel on Climate Change.[S.l.: s.n.], 2014. Disponível 
em <https://www.greenclimate.fund/sites/default/files/document/24760-
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_17_168200511157.html
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_17_168200511157.html
https://www.greenclimate.fund/sites/default/files/document/24760-integrated-low-emission-approach-efficient-use-reclaimed-wastewater-agricultural-sector-jordan.pdf
34 
 
integrated-low-emission-approach-efficient-use-reclaimed-wastewater-
agricultural-sector-jordan.pdf> [Acesso: 03 Fev 2021] 
20. ITAÚ, 2018. Relatório Anual consolidado. GRI 103-2 | 103-3 Antecipação de 
cenários. 
21. KARL, T.; EASTERLING, D. R.1999.Climate extremes: selected review and 
future research direction. Climatic change, v. 42, p. 309 – 325. 
22. KNECHTEL, P. 2014. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas 
23. LEVINE, D. M.; BERENSON, M. L.; STEPHAN, D. et al. Estatística: Teoria e 
Aplicações – Usando Microsoft Excel. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005 
24. MAHARJAN, K. L.; JOSHI, N. P. Climate change, Agriculture and Rural 
Livelihoods in Developing Countries.[S.l.]: Springer Japan, 2013. Disponível 
em <https://sg1lib.org/book/2145057/ebed4f?id=2145057&secret=ebed4f> 
[Acesso: 11 Jan 2021] 
25. MALDANER, L., Horing, K., SCHNEIDER, J., FRIGO, J., DE AZEVEDO, K. 
e GRZESIUCK, A., 2014. Exigência agroclimática da cultura do milho (zea 
mays). Revista Brasileira de Energias Renováveis, [online], pp.13-23. Disponível: 
<https://revistas.ufpr.br/rber/article/download/36915/pdf_11> [Acesso: 18 Abril 
2021]. 
26. MALUZA, G. C, 2020. Influência dos Extremos Climáticos na região de 
Angónia no período de 2010-2019 na cultura de Soja. Universidade Zambeze 
27. MASSOQUIM, N. G.; AZEVEDO, T. R., 2010 Interferência de fenómenos 
climáticos em culturas temporárias na microrregião de Campo Mourão. In: 
Revista GEOMAE - Geografia, Meio Ambiente e Ensino. Campo Mourão. vol. 
01, nº 01, p. 13 – 28. 
28. MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL - MAE. Perfil do Distrito de 
Angónia, Província de Tete. Edição 2014. Disponível em: 
<http://www.portaldogoverno.gov.mz/Informacao/distritos/tete/Angonia.pdf > 
[Acesso 17 Abr 2021] 
29. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E SEGURANÇA ALIMENTAR (MASA); 
Anuário de Estatísticas agrárias 2015; Departamento de Estatística; Maputo, 
2015; Disponível em: <https://www.agricultura.gov.mz/wp-
content/uploads/2017/12/Anuario_Estatistico2016.pdf> [Acesso: 21 Jan 2021] 
https://www.greenclimate.fund/sites/default/files/document/24760-integrated-low-emission-approach-efficient-use-reclaimed-wastewater-agricultural-sector-jordan.pdf
https://www.greenclimate.fund/sites/default/files/document/24760-integrated-low-emission-approach-efficient-use-reclaimed-wastewater-agricultural-sector-jordan.pdf
https://sg1lib.org/book/2145057/ebed4f?id=2145057&secret=ebed4f
https://www.agricultura.gov.mz/wp-content/uploads/2017/12/Anuario_Estatistico2016.pdf
https://www.agricultura.gov.mz/wp-content/uploads/2017/12/Anuario_Estatistico2016.pdf
35 
 
30. PEACOCK, J.M. & HEINRICH, G.M., 1984. Light and temperature response 
in sorghum. Proc. Intern. Symposium Agrometeology. Of sorghum and millet in 
the semi-arid tropics. ICRISAT/INTSORMIL. P. 143-158. 
31. PLANTON, S.; DEQUE, M.; CHAUVIN, F.; TERRAY, L. 2008.Expected 
impacts of climate change on extreme climate events. C. R. Geoscience, v. 340, 
p. 564 – 574. 
32. RASHEED, U., 2021. Climate Change Limiting Maize Productivity In 
Pakistan. [online] Technology Times. Disponível em: 
<https://www.technologytimes.pk/2021/01/18/climate-change-limiting-maize-
productivity-in-pakistan/> [Acesso 18 Abril 2021]. 
33. RITCHIE, S. W.; HANWAY, J. J.; BENSON, G. O. 1993. How a corn plant 
develops. Special Bulletin, Iowa, n. 48. Disponível em: 
<http://www.ipni.org.br/ppiweb/brazil.nsf/87cb8a98bf72572b8525693e0053ea7
0/7759ddc6878ca7eb83256d05004c6dd1/$FILE/Encarte103.pdf>. [Acesso: 20 
Mai 2008] 
34. SANCHEZ, C., FISCHER, H., VASCONCELOS, C., MASON, M., 2011. O 
milho - uma cultura de Boa Nutrição e de Muita Energia. USAID, Fevereiro, 
Moçambique. 
35. SANS, L., 2009. Influência dos atributos climáticos na implantação do milho 
e sorgo em safrinha. Agroconsult Ltda, [online] (1), p.1. Disponível: 
<http://www.abms.org.br/eventos_anteriores/milhosafrinha2009/palestras/palest
ra06.pdf> [Acesso 19 Abr 2021]. 
36. SARA, N., 2021. Influência dos Extremos Climáticos na regiãode Angónia 
no período de 2010-2019 na cultura de Feijão Vulgar. Universidade Zambeze 
37. SHIMAKURA, S. E., 2006. Linearidade e normalidade. UFPR. Disponível em: 
<http://leg.ufpr.br/~silvia/CE003/node74.html> [Acesso: 22 Mai 2021] 
38. TALACUECE, M. A., 2014. Modelagem da relação clima-produtividade da 
soja em Moçambique: perspectivas actuais e futuras. Universidade Federal de 
Viçosa. 
39. UNIVERSIDADE NACIONAL AGRÁRIA LA MOLINA (UNAM). 2010. 
Avaliação do efeito do clima na produção e produtividade de milho amarelo 
duro na costa central do peru; Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia, 
Direcção Geral de Agrometeorologia, Lima-Peru. Disponível 
36 
 
<https://www.senamhi.gob.pe/load/file/01401SENA-10.pdf> [Acesso: 19 Abr 
2021] 
40. VAN DER VELDE, M.; TUBIELLO, F. N.; VRIELING, A.; BOURAOUI, F. 
2012. Impacts of extreme weather on wheat and maize in france: evaluating 
regional crop simulations against observed data. Climatic Change, v. 113, p. 
751 – 765. 
41. WANG, J.Y. et al., 1999. A critique of the heat unit approach to plant response 
studies – ecology 41:785-790 
42. WORLD FOOD PROGRAMME (WFP) 2018. Moçambique: Análise do 
Clima. Food Security Analisys. Disponível em: 
<https://fscluster.org/sites/default/files/documents/mozclimateanalysisl_pt.pdf> 
Acesso: 25/07/2021. 
43. WOSSEN, T.; BERGER, T.; SWAMIKANNU, N.; RAMILAN, T.2014. Climate 
variability, consumption risk and poverty in semi-arid northern ghana: 
Adaption options for poor farm house holds. Environmental Development, v. 
12, p. 2 – 15. Disponível em 
<https://www.researchgate.net/publication/264123420_Climate_variability_cons
umption_risk_and_poverty_in_semi-
arid_Northern_Ghana_Adaptation_options_for_poor_farm_households> 
[Acesso: 11 Jan 2021] 
44. ZHANG, X., YANG, F., 2004. RClimDex (1.0) Manual de Usuario. Climate 
Research Branch, Environment Canada Downsview, Ontatio Canada. 
https://www.senamhi.gob.pe/load/file/01401SENA-10.pdf
https://www.researchgate.net/publication/264123420_Climate_variability_consumption_risk_and_poverty_in_semi-arid_Northern_Ghana_Adaptation_options_for_poor_farm_households
https://www.researchgate.net/publication/264123420_Climate_variability_consumption_risk_and_poverty_in_semi-arid_Northern_Ghana_Adaptation_options_for_poor_farm_households
https://www.researchgate.net/publication/264123420_Climate_variability_consumption_risk_and_poverty_in_semi-arid_Northern_Ghana_Adaptation_options_for_poor_farm_households

Continue navegando