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Fisiologia- Sistema nervoso autônomo

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FISIOLOGIA – 28/04/2021 
Sistema nervoso autônomo 
DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO 
 A lógica do sistema nervoso é baseado na 
funcionalidade de 5 componentes: receptor, 
centro integrador, via aferente, via eferente e 
órgão efetor 
 Do ponto de vista eferente, é possível fazer 
uma nova divisão do sistema nervoso: leva em 
consideração a que parte o sistema nervoso se 
dirige 
 Por exemplo: o sistema nervoso pode 
se dirigir ao meio ambiente, tentando 
fazer com que o ser humano possa 
reconhecer o que está ao seu redor  
parte do sistema nervoso dedicado ao 
meio ambiente é chamado de S.N. 
SOMÁTICO ou S.N. VIDA DE 
RELAÇÃO 
 Outra parte está relacionado com o 
meio interno, a reconhecer esse meio, 
mesmo que não seja consciente  
S.N. VEGETATIVO, S.N. 
VISCERAL ou S.N. AUTÔNOMO 
 Posição do 1º neurônio: 
 No somático, ele está localizado no 
telencéfalo (córtex cerebral) 
 No autônomo, está localizado no 
diencéfalo (hipotálamo) 
 
“Sistema nervoso é hierarquizado, ou seja, da 
capacidade de resposta. O nível mais elementar 
(antigo e simples) é a medula, acima encontra-se o 
tronco (mais recente e evoluído, apresenta respostas 
mais completas), diencéfalo (bem mais evoluído) e, 
acima dele, encontra-se o telencéfalo (formado pelos 
núcleos da base e o córtex cerebral).” 
 
 Ligação do neurônio central com o órgão 
efetor: 
 Somático: um neurônio faz a ligação 
(moto neurônio alfa) 
 Autônomo: dois neurônios fazem a 
ligação (neurônio pré-ganglionar e 
pós-ganglionar) 
 Basta observar a inervação para 
saber diferenciar!! 
 
“A ordem vai sair de um neurônio localizado no SNC, 
órgão efetor.” 
 
 
 Órgão efetor: vai executar a ação tomada 
 No somático: órgão efetor é o músculo 
estriado esquelético 
 No autônomo: órgão efetor pode ser o 
músculo estriado cardíaco, músculo 
liso ou glândulas 
 
 
 Volição (autonomia): ser voluntário, 
consciente 
 No autônomo: ação sempre será 
involuntária 
 No somático: ação pode ser voluntária 
ou involuntária  exemplo 
inconsciente: reflexo de retirada 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: 
 Pode ser chamado de: sistema nervoso 
autônomo/autonômico, visceral ou 
vegetativo 
 Durante a evolução, para controlar as 
vísceras, foram criadas duas áreas de 
comando: 
1. Sistema nervoso simpático 
2. Sistema nervoso parassimpático 
 
 Cada víscera do corpo deve receber, 
simultaneamente, inervação do simpático e 
do parassimpático 
 Uma vai estimular e, outra, vai inibir 
 a ação, de inibição ou estímulo, 
depende da víscera 
 Em cada víscera, os dois sempre serão 
antagônicos  se em uma víscera o 
simpático estimula, o parassimpático 
vai inibir 
 
 Localização do neurônio pré-
ganglionar: não há mistura entre os 
neurônios pré-ganglionares do simpático com 
os do parassimpático 
 Simpático: está localizado na medula 
espinhal, de T1-L2 
 Parassimpático: pode estar localizado 
no tronco encefálico ou na medula 
espinhal (S2-54) 
 
“Os neurônios pré-ganglionares (de T1-L2 e de S2-S4) 
encontrados na medula estão na coluna lateral. 
Na coluna lateral, são encontrados os neurônios pré-
ganglionares do sistema nervoso autônomo” 
 
 
 Posição do gânglio autonômico: espécie 
de uma bolha protetora onde vão ser 
armazenados os corpos dos neurônios 
 Simpático: gânglio autonômico está 
localizado próximo ao SNC 
 Parassimpático: localizado próximo 
da víscera 
 
 
“Cadeia do simpático, ao lado da coluna vertebral, 
mostra exatamente os gânglios autonômicos do S.N. 
autonômico simpático. Já os gânglios parassimpáticos 
encontram-se mais afastados da coluna vertebral.” 
 
 
 
 Neurotransmissor localizado na sinapse 
entre o neurônio pós-ganglionar e o 
órgão efetor: 
 Em qualquer sinapse entre o neurônio 
pré-ganglionar e o pós-ganglionar, o 
neurotransmissor, seja ele simpático 
ou parassimpático, vai ser a 
acetilcolina 
 O receptor que está na membrana do 
neurônio pós-sináptico é também um 
receptor nicotínico, ou seja, vai ser 
também um canal iônico 
 No simpático: o neurotransmissor é a 
noradrenalina  age nos órgãos 
liberando noradrenalina 
 No parassimpático: neurotransmissor 
é a acetilcolina  age nos órgãos 
liberando acetilcolina 
 EXCEÇÃO: as glândulas sudoríparas 
recebem, unicamente, inervação 
simpática e, o neurotransmissor 
liberado, é a acetilcolina 
 
 
 
 
 
 Conjunto de respostas fisiológicas e 
comportamentais que são construídas para 
ajudar a enfrentar situações de perigo 
 Resposta é gerada para proteger 
 A resposta, muitas vezes, no lugar de gerar 
uma adaptação, pode gerar problemas 
 Há um descompasso entre o estímulo 
que provoca perigo e a resposta 
 A resposta é indiscriminada, provoca 
reações desnecessárias no corpo 
 Outra condição que deve ser levada em 
conta: é um perigo imaginário ou subjetivo? 
 Estresse é dividido em dois, que podem ser 
diferenciados de acordo com o agente: 
1. Agudo: agente causador é transitório 
2. Crônico: é desencadeado por um 
fator duradouro 
 
 Existe uma glândula no corpo que é 
responsável por desencadear situações de 
estresse: suprarrenal 
 Responsável pelo estresse agudo e 
crônico 
 Ela é dividida em duas partes: córtex 
adrenal (parte mais externa) e 
medula adrenal (parte mais interna) 
 Córtex adrenal: responsável pelo 
estresse crônico, liberando cortisol na 
circulação 
 Medula adrenal: responsável pelo 
estresse agudo, liberando adrenalina e 
noradrenalina na circulação 
 Hipotálamo é o responsável por diferenciar o 
estresse agudo e o estresse crônico 
 Se ele percebe que o perigo é agudo, 
vai estimular os neurônios pré-
ganglionares do simpático e, o 
simpático, estimula a medula adrenal 
para liberar adrenalina e 
noradrenalina na circulação  
hipotálamo ativa a glândula através 
do simpático  resposta é uma 
reação de susto 
 Se o hipotálamo percebe que o perigo 
é uma coisa mais duradoura, crônica, 
haverá liberação de hormônios 
liberadores, os quais vão até a hipófise 
e estimulam suas células específicas, 
produzindo hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH). Na 
circulação, o ACTH vai até o córtex 
adrenal e estimula a liberação de 
cortisol  cortisol modifica o 
metabolismo, para liberar glicose 
(energia) no corpo e, essa energia, faz 
com que as células machucadas 
possam se recompor 
 
 Os hormônios adrenalina e noradrenalina são 
os responsáveis por gerar a resposta de um 
estresse agudo 
 Proporção da liberação dos 
hormônios: 80% de adrenalina e 20% 
de noradrenalina 
 Resposta que tentam executar: 
reação de luta ou fuga 
 Tudo que acontece em uma reação 
de luta ou fuga, como em um susto, 
está vinculado a uma estimulação do 
simpático 
 
 Diante de um perigo agudo, o indivíduo pode 
apresentar como resposta: 
1. Congelamento 
2. Correr 
3. Lutar 
4. Fingir de morto 
 
 
Quando as células são lesionadas elas precisam de 
energia para conseguirem se recompor, nesse caso, há 
bloqueio de aminoácido nas vísceras para que o 
aminoácido fique no sangue e, o local que precisa de 
aminoácido, possa se reconstruir 
 Corticoides diminuem a produção de anticorpos, 
são medicamentos utilizados como 
antiinflamatórios  indivíduo que toma 
corticoides, em muitos casos, morre por infecções 
banais 
 Cortisol é um hormônio energético importante 
para proteger do perigo 
 
O que acontece com uma víscera em uma situação 
de luta ou fuga? 
 Vai ser estimulado pela adrenalina ou 
noradrenalina  ação do simpático 
 Se o simpático estimula, o parassimpático 
inibe 
 
 DIÂMETRO DA PUPILA: utilizado para 
controlar a quantidade de luz que chega até 
a retina 
 Simpático: midríase 
 Parassimpático: miose 
 Pupila dilata (midríase) quando tem 
pouca luz e contrai (miose) quando 
tem muita 
 GLÂNDULAS SALIVARES: produção de saliva 
 Simpático: diminui  “boca seca” 
 Parassimpático: aumenta 
 Simpático e parassimpático 
apresentam um efeito muito grande 
nosvasos sanguíneos, os quais vão 
para as glândulas 
 Noradrenalina provoca 
vasoconstrição dos vasos que vão para 
as glândulas e, se não chega sangue, 
não tem água para produzir saliva 
 PULMÕES/BRONQUÍOLOS: sistema nervoso 
autônomo não interfere em nada nas trocas 
gasosas (na membrana respiratória), acaba 
influenciando pelo efeito nos brônquios 
(controla o diâmetro dos brônquios) 
 Simpático: broncodilatação 
 Parassimpático: broncoconstrição 
 Brônquios podem dilatar 
(broncodilatação) ou contrair 
(broncoconstrição) 
 Efeito do sistema nervoso autônomo é 
mais específico no bronquíolo 
terminal, uma vez que ele não 
apresenta cartilagem, apenas 
músculo liso  há controle do fluxo 
alveolar 
 CORAÇÃO/FREQUÊNCIA CARDÍACA: 
sistema nervoso autônomo tem muita 
importância na modulação do coração, 
controla a frequência cardíaca e a força de 
contração do ventrículo 
 Simpático: taquicardia  aumenta a 
frequência 
 Parassimpático: bradicardia  
diminui a frequência 
 Frequência cardíaca deve ser 
aumentada para aumentar o débito 
cardíaco 
 Aumentando o débito cardíaco, os 
músculos que precisam contrair vão 
receber mais sangue, levando mais 
oxigênio e nutrientes 
 Frequência normal: 60-100bpm 
 Frequência acima de 100: taquicardia 
 Frequência abaixo de 60: bradicardia 
 CORAÇÃO/FORÇA DE CONTRAÇÃO: 
 Simpático: aumenta 
 Parassimpático: --- 
 Força de contração deve aumentar 
para aumentar o volume sistólico 
 Aumentando o volume sistólico, há 
aumento do débito cardíaco para 
chegar mais sangue no músculo 
 Ventrículos não recebem inervação do 
parassimpático 
 FÍGADO: participação do fígado na regulação 
da glicemia 
 Simpático: liberação de glicose 
 Parassimpático: captação de glicose 
 Fígado é conhecido como um 
“tampão da glicemia”: quando a 
glicemia está muito alta, as células 
hepáticas captam a glicose, retirando-
a do sangue; quando a glicemia está 
baixa, o fígado libera glicose na 
corrente sanguínea  efeito depende 
do glucagon, noradrenalina e 
adrenalina 
 Glicemia aumenta para que chegue 
combustível no cérebro e o indivíduo 
possa tomar decisões 
 TRATO GASTROINTESTINAL/MOTILIDADE: 
controle da motilidade, secreção e esfíncter 
 Simpático: inibição da motilidade 
 Parassimpático: estimula a 
motilidade 
 Parede do trato gastrointestinal tem 
músculos que servem para juntar os 
alimentos com as secreções produzidas 
pelo órgão  há mistura e secreção 
 TRATO GASTROINTESTINAL/SECREÇÃO: 
 Simpático: diminui 
 Parassimpático: aumenta 
 Quanto maior a quantidade de 
secreção, maior a possibilidade de 
eliminação 
 TRATO GASTROINTESTINAL/ESFÍNCTER: 
sistema nervoso autônomo controla o esfíncter 
através de uma contração ou relaxamento 
 Simpático: contração dos esfíncters 
 Parassimpático: relaxamento dos 
esfíncters 
 Antes do esôfago existe o esfíncter 
esofágico superior e, entre o esôfago e 
o estômago, existe o esfíncter 
esofágico inferior 
 Entre o estômago e o intestino 
delgado encontra-se o piloro e, entre 
o intestino delgado e grosso, existe o 
esfíncter íleo-cecal 
 Entre o intestino grosso e o reto existe 
uma espécie de válvula 
 Entre o reto e o meio externo existem 
dois esfíncters: anal interno e anal 
externo 
 
 
 
 
 
 
 
 BEXIGA/MUSCULATURA DA PAREDE: 
contração da musculatura da parede e o 
esfíncter uretral 
 Simpático: relaxa 
 Parassimpático: contrai 
 Os rins produzem, o tempo todo, 
fluidos urinários, resultado da filtração 
urinária  fluido desce através da 
ureter e enche a vesícula 
 Quando a vesícula está cheia, 
desencadeia o reflexo  quando vai 
urinar, ocorre a contração da parede 
da bexiga e o relaxamento do 
esfíncter uretral 
 Contração da parede aumenta a 
pressão e, se o esfíncter estiver 
relaxado, a urina sai 
 Reflexo depende do sistema nervoso 
autônomo: um contrai e outro relaxa 
 BEXIGA/ESFÍNCTER URETRAL: 
 Simpático: contrai 
 Parassimpático: relaxa 
 ÓRGÃOS SEXUAIS: pênis e clitóris 
 Simpático: contrai o esfíncter pré-
cavernoso e relaxa o esfíncter pós-
cavernoso 
 Parassimpático: relaxa o esfíncter pré-
cavernoso e contrai o esfíncter pós-
cavernoso 
 Para que o ato sexual seja perfeito e 
agradável é importante que os dois 
órgãos sofram um processo de ereção 
 Ereção depende do acúmulo de 
sangue dentro dos órgãos 
(ingurgitamento) 
 Tecido cavernoso, no homem, é como 
se fosse uma esponja e, cada uma das 
cavernas, pode acumular sangue  
um vaso leva sangue até a caverna e 
outro que drena o sangue lá dentro, 
entre eles está o esfíncter pré-
cavernoso e, depois da caverna, 
encontra-se o esfíncter pós-cavernoso 
 Para que aja ereção, o esfíncter pré-
cavernoso tem que relaxar (sangue 
possa invadir a caverna) e o pós-
cavernoso deve se contrair (não deixa 
que o sangue saia)  mesma coisa 
acontece na mulher 
 Se o clitóris fica ingurgitado, facilita 
que a mulher atinja o orgasmo (tem 
que ter a ereção do clitóris) 
 Quando as cavernas são preenchidas 
por sangue elas comprimem a veia 
dorsal profunda (local onde o sangue 
é drenado) e o sangue não sai do pênis 
 ajuda a deixar o membro mais 
rígido e facilite a penetração 
 Parassimpático provoca a ereção 
 Ao atingir o orgasmo, há uma grande 
liberação de adrenalina e 
noradrenalina  simpático provoca a 
ejaculação 
 
 Noradrenalina e adrenalina apresentam 
efeito importante nos vasos sanguíneos: 
dilatar ou contrair 
 Se ativar o simpático, a função dele 
nos vasos sanguíneos é contração 
 Em uma situação de emergência, há 
liberação de adrenalina e 
noradrenalina, causando efeitos 
diferentes nos vasos 
 Essas catecolaminas podem agir em 
dois tipos de receptores: 
1. Alfa: quando ativado, 
provoca vasoconstrição 
2. Beta: quando ativado, 
provoca vasodilatação 
 Noradrenalina tem afinidade grande 
pelo receptor alfa e, a adrenalina, 
pelo receptor beta 
 Nos vasos sanguíneos da pele e 
vísceras a maioria é composta por 
receptores alfa  noradrenalina se 
liga 
 Nos vasos sanguíneos dos músculos vai 
ter predomínio de receptores beta  
adrenalina se liga 
 Quando se tem um susto, deve ser levado 
sangue para os músculos, fornecendo 
nutrientes para contração 
 Adrenalina liberada faz com que 
dilate os vasos dos músculos e chegue 
mais sangue até eles 
 No caso da noradrenalina, ela contrai 
os vasos da pele e vísceras, fazendo 
com que a pessoa fique pálida 
 
 
 
 
 
Existem medicamentos que imitam a função do sistema 
nervoso autônomo simpático: drogas 
simpaticomiméticas 
 As drogas que imitam o parassimpático são 
chamadas de drogas parassimpatomiméticas 
 Indivíduo está com problema no olho, por 
exemplo, e para que seja feito o exame pra 
visualizar o fundo do olho, deve ser 
administrado um remédio que dilate a pupila 
 droga simpaticomimética 
 Drogas simpaticolíticas bloqueiam a ação do 
simpático 
 Drogas parassimpatolíticas bloqueiam a ação 
do parassimpático 
 A atividade de uma víscera depende da ação 
simultânea do simpático e parassimpático e, o 
equilíbrio entre eles, define o estado da víscera

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