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PROJETO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL PARA JOVENS AO MERCADO DE TRABALHO

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PROJETO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL PARA JOVENS AO MERCADO DE TRABALHO
Leonardo Figueiredo Marinho
TÍTULO
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL 
DATA: 09/03/2011
INTRODUÇÃO:
No início da adolescência, o jovem sente-se descompromissado com o seu projeto de vida, vivendo muitas vezes, apenas a ilusão, a fantasia e o sonho. Mas ao passo em que vai conquistando sua própria identidade e compreendendo suas próprias singularidades, tem a necessidade de definir-se, conhecer-se e de escolher sua profissão com base na sua realidade pessoal e sociocultural. Assim antes de chegar ao vestibular é necessário que o estudante tenha claro quais são seus reais interesses, habilidades e competências e amplie sua visão sobre as possibilidades oferecidas, conheça os cursos e seus campos de atuação e perceba quais são os caminhos que terão que ser percorridos para chegar a ser um profissional de sucesso.
JUSTIFICATIVA: 
A adolescência é uma fase em que há o desprendimento da infância e a entrada progressiva no mundo e no papel adulto. É nesta fase conturbada que os jovens precisam assumir uma postura diante da sociedade, tendo que optar por uma carreira profissional a ser seguida. Torna-se um desafio estar preparado para este momento de escolha.
Preparar o estudante para o vestibular, através do ensino médio e cursos complementares, não significa que se está oferecendo tudo o que ele necessita para ingressar em uma boa faculdade.
O jovem se vê diante de uma multiplicidade de profissões, áreas de estudos, cursos, chegando a ficar muitas vezes confuso diante de tal complexidade. Inicialmente, ele se guiará a partir do referencial construído por si próprio com base na sua posição sociocultural e financeira. Na maioria dos casos, quando os jovens são chamados a refletir sobre as dificuldades e possibilidades do mercado de trabalho e de escolher uma profissão, usam meios não muito seguros, recorrendo a crenças baseadas em estereótipos que
sem dúvida os tranqüilizam e diminuem suas ansiedades, mas não são verdadeiras saídas.
Levando em consideração que na adolescência os jovens passam por um período conturbado em relação a aspectos maturacionais e de ordem psicológica, em que dúvidas emergem provocando confusões e conflitos, o trabalho proposto pela Orientação Vocacional visa ajudar o jovem a se conhecer melhor, dando, consequentemente, subsídios para que ele faça a escolha mais adequada.
O processo de Orientação Vocacional surge como um meio facilitador, que além de auxiliar os jovens a escolher e se preparar para entrar em uma ocupação, propicia o desenvolvimento do autoconhecimento. 
REFERENCIAL TEÓRICO: 
ERGOLOGIA- para estabelecer uma base teórica de abordagem do trabalho como lugar de emergência do sujeito, suas experiências, seus conhecimentos, saberes e valores.
TEORIA DA “RELAÇÃO COM O SABER” DE BERNARD CHARLOT- para estabelecer uma base teórica metodológica que possibilite elucidar as condições e as formas da mobilização do sujeito na sua relação com a aprendizagem, com a apropriação e produção de saberes.
Apoiando-nos nesta fundamentação teórica, apresentaremos uma estratégia clínica de orientação profissional para os alunos do Ensino Médio. Denominamos de estratégia clínica porque, conforme sustenta a “Clinica da Atividade” proposta por CLOT, Y (1999), esta metodologia de orientação profissional considera a singularidade de cada caso e visa o autoconhecimento de cada sujeito.
OBJETIVOS:
GERAIS: 
Orientar estudantes do Ensino Médio, oferecendo-lhes, uma visão global e detalhada sobre os diversos cursos de formação profissional, considerando seus interesses, valores, personalidade, habilidades (aspirações) e seus limites (possibilidades.
ESPECÍFICOS:
	Compreender a centralidade do trabalho na construção de saberes, valores e na construção da identidade do sujeito.
	 Conscientizar o grupo sobre suas motivações, desejos e esperanças, suas angustias e temores; Instigar o grupo a pensar sobre as demandas sociais, econômicas, políticas em relação às profissões;
	 Auxiliar no autoconhecimento grupal e individual; Criar e desenvolver nos participantes a capacidade de equilíbrio e a maturidade suficiente para aceitar críticas, superar impasses, pessimismos, desânimos, censuras sociais e outros;
 Instigar o pensamento crítico sobre a escolha profissional relacionada a valores, importância e necessidade ou não desta opção para os indivíduos;
 Levar os participantes a refletirem sobre si mesmos, analisando suas características, explorando sua personalidade e aprendendo a escolher e abordar situações conflitavas;
 Oportunizar uma escolha mais assertiva sobre o curso que farão;
 Ampliar o leque de opções dos cursos que podem ser escolhidos
e as principais faculdades que os oferecem;
	 Experimentar ou vivenciar a rotina da vida acadêmica através de atividades oferecidas;
 Propiciar a compreensão de que a escolha que farão será decisiva para seu sucesso pessoal e profissional;
 Levar o estudante a compreender que é necessário planejar sua carreira e que este planejamento deve iniciar-se no Ensino Médio.
PÚBLICO ALVO:
	Estudantes da 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio
METODOLOGIA:
Estabelecimento da base teórico-metodológica.
Construção de roteiro e realização de entrevistas semi-estruturadas individuais com cada aluno, buscando relacionar os interesses, as experiências, limitações, conhecimentos, saberes e valores desenvolvidos na trajetória de vida de cada um. 
Processo de Orientação Profissional será realizado com cada aluno, através de 05 encontros de aproximadamente 1(uma) hora, preferencialmente, sendo um encontro por semana. 
Construção de roteiro e realização de entrevistas individuais de avaliação do processo de Orientação Profissional com cada um dos alunos que passaram pelo referido processo. A entrevista de avaliação poderá ter uma duração de, em torno, de 1(uma ) hora.
Sistematização dos dados das entrevistas de avaliação do processo de Orientação Profissional.
Os grupos serão formados conforme demanda, nos períodos manhã, tarde e manhã dos sábados. Terão até 12 componentes, sendo 8 o número mínimo.
	Cada programa terá carga horária de 20 horas, sendo 10 encontros semanais de 2 horas, que serão divididos em dois momentos:
Aspectos pessoais que embasam a escolha profissional: processo decisório e autoconhecimento.
Conteúdos: relacionamento interpessoal, valores pessoais e laborais, interesses, estilo de tomada de decisão, tapas de um processo de escolha, projeto de vida.
	Aspectos ambientais que embasam a escolha profissional: mundo do trabalho e mundo da educação.
Conteúdo: Mercado de trabalho (o que exige e o que oferece), relações de trabalho, profissões da moda, sucesso, tendências, tipos de ambientes de trabalho, pesquisa das profissões cursos técnicos,
superiores e livres, postura profissional
	Construção e elaboração de modelo de relatório descritivo e analítico do trabalho desenvolvido.
ATIVIDADES
CRONOGRAMA
ATVIDADE DO TRABALHO
PERÍODO DE EXECUÇÃO DO TRABALHO
RESPONSÁVEIS
Apresentação do Projeto de Orientação profissional
Introdução aos conceitos 
básicos em Orientação
Profissional / Apresentação
do Modelo Clínico em
Orientação Profissional
Estabelecimento da base teórico-metodológica:
- O trabalho como lugar onde o sujeito aprende, produz saberes e valores.
- Concepção de sujeito/Concepção de saber/ O sujeito na sua “relação com o saber”/ O trabalho como o “trabalho de um saber”.
- A centralidade do trabalho no processo de construção da identidade.
- O Orientador Profissional: função, habilidades, competências e ética profissionais.
 Aspectos históricos e
ideológicos do trabalho /
Processos de construção da
identidade social / Relações
de trabalho.
Avaliação
O aluno será avaliado em campo, pelo supervisor de campo, e será avaliado pelo supervisor da Escola, conforme metodologia de avaliação prescrita pela Coordenação do Projeto.
ENTREVISTAS DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Objetivo do processo de Orientação Profissional: Conhecer os interesses,as experiências, os saberes, os valores e limitações que o trabalhador adquiriu e produziu na sua trajetória profissional e em outras praticas sociais (educacionais, familiares, etc. ) buscando relacionar esses interesses, experiências, limitações, saberes e valores às opções de reinserção profissional oferecidas pelo mercado de trabalho. 
As perguntas devem possibilitar deslocar o sujeito do discurso da falta, da deficiência, da incapacidade, da ausência de si mesmo enquanto protagonista das suas escolhas e do próprio projeto de vida, levando-o a produzir uma leitura mais positiva de si mesmo, através do auto-reconhecimento das suas possibilidades, dos seus desejos e interesses, bem como da sua implicação e responsabilidade sobre todas as suas escolhas. Para captar e fazer emergir este sujeito, a cada resposta que o trabalhador suscite uma negação do próprio protagonismo, projetando para fora de si a responsabilidade pelas suas escolhas e pelo seu próprio destino, invocar este sujeito, através de questões como: o que você pensa disso, como se sentiu diante desta situação, como agiu, como reagiu? O que pode fazer a respeito?
Outros aspectos relativos à posição do orientador profissional: deve levantar informações independente das informações que tem. No momento da entrevista interessa o ponto de vista do entrevistado e não o do orientador.
Lembrar que a Orientação Profissional deve promover auxílio para a tomada de decisão do sujeito, que é pessoal e intransferível, portanto não tem a pretensão de indicar uma resposta absoluta e definitiva para o orientando.
OBJETIVOS DAS 5 ENTREVISTAS
1ª Entrevista:
Objetivo: levantamento da situação atual do trabalhador e estabelecimento do Termo de Compromisso para a Orientação Profissional.
2ª Entrevista
Objetivo: contribuir para o auto-conhecimento do trabalhador, através do levantamento dos conhecimentos, saberes e valores que ele adquiriu e produziu ao longo da sua experiência escolar, de formação profissional e de trabalho.
3ª Entrevista 
Objetivo: contribuir para o auto-conhecimento do trabalhador, através do levantamento dos conhecimentos, saberes e valores que ele adquiriu e produziu ao longo da sua experiência escolar, de formação profissional e de trabalho.
4ª Entrevista
Objetivo: contribuir para que o trabalhador estabeleça uma relação entre os seus conhecimentos, saberes, valores e interesses e as possibilidades colocadas pela rede de serviços públicos disponível:
- cursos de formação profissional,
- retorno à educação básica – Educação de Jovens e Adultos/EJA ou Ensino Regular Noturno
- elaboração e envio de currículo pela internet,
- intermediação de mão de obra,
- entrada em processo de qualificação ou de requalificação na condição de segurado do INSS, que habilite o trabalhador a requerer o auxílio doença.. 
5ª Entrevista
Objetivo: Avaliação do processo de Orientação Profissional. Considerações finais.
ROTEIRO DAS 5 ENTREVISTAS
Roteiro da 1ª Entrevista:
Objetivo: levantamento da situação atual do trabalhador e estabelecimento do Termo de Compromisso para a Orientação Profissional
Iniciar a 1ª entrevista estabelecendo o objetivo de todo o processo de Orientação profissional: Conhecer os interesses, as experiências, os saberes, os valores e limitações que o trabalhador adquiriu e produziu na sua trajetória profissional e em outras praticas sociais (educacionais, familiares, etc. ) buscando relacionar esses interesses, experiências, limitações, saberes e valores às opções de reinserção profissional oferecidas pelo mercado de trabalho. 
Dados relativos á identidade pessoal e profissional
-	Sexo: 
-	Idade:
-	Qual a composição familiar:
Formação profissional:
- Escolaridade:
-	Quais os cursos de formação profissional que realizou, onde, quando, duração dos cursos:
Experiências de trabalho:
-	Trabalho assalariado
nome da empresa:
ocupação exercida:
-	Com carteira
-	Sem carteira
por quanto tempo:
motivo da demissão: 
- Trabalho como autônomo
ocupação exercida:
por quanto tempo:
Porque não exerce mais esta atividade de trabalho?
 Ocupação Atual
- Trabalha? 
- Assalariado com carteira?
- Assalariado sem carteira de trabalho?
- Autônomo? 
- Tempo nesta Ocupação
- Jornada de trabalho – horas diárias e horas semanais
- Renda Atual
- Renda familiar total
Queixas do aluno
Queixas relativas à saúde física (onde sente dor, em quais dias da semana, quais os remédios que toma, está sendo acompanhado por um médico?) 
Relação destas queixas com o trabalho (quando começaram as dores, quem procurou,)
Queixas em relação à saúde mental (qual a qualidade do sono? Tem preocupações? Sente depressão? Chora? Por quê? Sente medos? De que? Faz uso de bebida alcoólica? Com que freqüência? Faz uso de drogas? Quais? Com que freqüência? 
Demanda do Trabalhador
- Vamos tentar compreender aonde você quer chegar com o processo de Orientação profissional?O que espera da Orientação Profissional? 
- Mudar de ocupação ou de profissão? Tem algum interesse por alguma outra profissão?
- Quais os planos e perspectivas para o futuro? Expectativas? Desafios? Qual a importância do trabalho considerando a viabilização destes planos para o futuro?
IMPORTANTE: Antes de apresentar o Termo de Compromisso informar ao orientando que o processo de Orientação profissional deve durar em torno de 5 encontros. As datas dos 5encontros devem ser estabelecidas no Termo de Compromisso
TERMO DE COMPROMISSO PARA A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
- Tipo de atendimento: Orientação Profissional
- Origem do Encaminhamento:
- Nome do aluno a ser atendido:
- Nome do responsável:
- Nome do(a) responsável pela Orientação profissional
- Local da realização da Orientação Profissional- 
- Previsão do número de atendimentos:
- Relação dos dias, horários e datas dos atendimentos:
- Assinatura do aluno:
- Assinatura do responsável pelo atendimento:
Roteiro da 2ª Entrevista e da 3ª Entrevista
Objetivo: contribuir para o auto-conhecimento do trabalhador, através do levantamento dos conhecimentos, saberes e valores que ele adquiriu e produziu ao longo da sua experiência escolar, de formação profissional e de trabalho.
EXPERIÊNCIA ESCOLAR, DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DE TRABALHO.
Nesta etapa, as perguntas devem levar o sujeito a falar das suas experiências escolares, de formação profissional e de trabalho com o intuito de elucidar para o próprio sujeito as condições e as formas pelas quais ele se mobiliza: o porquê ( o motivo) e o para que ( a finalidade, onde ele quer chegar) e a postura que ele assume ( na relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo).
 	O importante aqui é captar o processo vivenciado pelo sujeito ( portador de desejos, interesses, possibilitado/limitado por condições sociais ou pessoais) e as relações que estabelece nesse processo, consigo mesmo, com os outros e com o mundo ( mundo que é estruturado nem sempre em favor do sujeito, uma vez que as relações sociais, econômicas, culturais, educacionais são desiguais).
 	Compreender o processo e as relações é identificar os elementos que nutrem, sustentam, contrariam e desviam este processo e estas relações. Estes elementos podem ser sociais, culturais, econômicos, escolares, relacionados ao mercado de trabalho, do contexto da empresa onde o trabalhador atuou e ligados a sua história familiar e pessoal. Todos estes elementos agem pela INTERPRETAÇÃO POSITIVA OU NEGATIVA que o sujeito produz sobre eles.
PROCESSO DE TRABALHO DOS ESTAGIÁRIOS COM OS DADOS COLETADOS NAS ENTREVISTAS
Transcrição dos dados das entrevistas: A construção do “Inventário de saberes, valores e interesses” de cada trabalhador 
Os dados da 2ª e da 3ª entrevista devem ser transcritos e organizados conforme as seguintes categorias de análise:
1-	Saberes teóricos e intelectuais: saberes legalmente e formalmente reconhecidos, saberes técnico-científicos incorporados a livros, nível de escolaridade, currículos dos diferentes cursos/profissões e ocupações técnico-científicas, saberes culturais incorporados à obrasde arte ou monumentos.
2-	Saberes relacionados ao domínio de objetos: ferramentas e outros diversos tipos de máquinas que o trabalhador sabe operar, tais como computador, um torno, etc.
3-	Saberes relacionados ao domínio de atividades: saber ler, escrever, contar, redigir um texto, realizar uma pesquisa, nadar, montar e desmontar um motor, consertar eletrodomésticos, vender, tecer, cozinhar, costurar, pintar, construir uma casa, ministrar uma aula ou uma palestra, etc.
4-	Saberes relacionados ás formas relacionais: saber respeitar os outros, saber manipular, saber escutar, saber acolher, saber coordenar uma equipe, saber liderar, saber trabalhar em equipe, saber cooperar, saber mentir, saber controlar os outros, saber cumprir normas, saber descumprir normas, etc.
5- Além dos saberes, os dados devem ser analisados indicando:
- as situações que nutrem, apóiam e sustentam os interesses do sujeito tendo em vista as relações que esse sujeito estabelece consigo mesmo, com os outros e com o mundo do trabalho.
- as situações que contrariam e desviam os interesses do sujeito tendo em vista em vista as relações que esse sujeito estabelece consigo mesmo, com os outros e com o mundo do trabalho.
 	Esse material será chamado “Inventário de saberes, valores e interesses” e será devolvido ao aluno na 4ª Entrevista quando o objetivo será contribuir para que o trabalhador estabeleça uma relação entre os seus conhecimentos, saberes, valores e interesses e as possibilidades colocadas pela rede de serviços públicos disponível.
Bibliografia Básica:
ALMEIDA, F.H. Avaliação de um Serviço de Orientação Profissional: a Perspectiva dos Ex Usuários. IN: Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2006. 
CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 91p.
LASSANCE, M.C.P. Competências do Orientador Profissional: uma Proposta Brasileira com vistas à Formação e à Certificação. IN: Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2007.
ROCHAEL, K.R. O Trabalho como Lugar de Produção de Saberes e Valores. IN: A Implicação dos Formadores com a Formação Sócio-Profissional dos Usuários da Assistência Social. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da UFMG.
ROSIN-PINOLA, A. R. Implicações Psicossociais para o Acidentado de Trabalho reinserido no Mercado de Trabalho e Desempregado. IN: Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2004, 5 (2), pp. 53-62
Bibliografia Complementar
ARANHA, A.V.S., O conhecimento tácito e a qualificação do trabalhador. Trabalho & Educação. Belo Horizonte: NETE. n.2. p.12-29, ago./dez., 1997.
CHARLOT, B. (org.). Os jovens e o saber, perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda., 2001a.
CHARLOT, B.(org.) Os jovens e a educação: perspectivas mundiais. Artmed Editora, Porto Alegre, 2001b,152p.
CLOT, Y. La fonction psychologique du travail. Presses Universitaires de France. Paris: Boulevard Saint-Germain, 1999. 243p.
DINIZ, M. Do saber e da relação com o saber. Revista Estilos da Clínica. Publicação no prelo.
SPARTA. M. Modelos e instrumentos de avaliação em orientação profissional: perspectiva histórica e situação no Brasil. IN: Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2006.

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