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1 Aline David – ATM 2025/B SEMIOLOGIA – AULA 01 Introdução à Semiologia O que é método clínico? ❖ É o método onde a gente vai ouvir o paciente, examinar e solicitar exames se necessário. O que é história natural da doença? ❖ É a doença em si e seus métodos de tratamento ou de controle. Agentes nocivos → desequilíbrio → período patogênico → doença precoce → avançada→ DESFECHO. DECISÃO DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA PAPEL DO MÉDICO ❖ Promoção, proteção, diagnóstico precoce (se possível), tratamento, reabilitação. ❖ Prevenção primária, secundária e terciária. FÓRMULA PARA SER UM BOM MÉDICO ❖ Coletar uma história ❖ Através de uma boa relação médico-paciente ❖ Examinar o paciente ❖ Formular hipótese diagnóstica ❖ Se necessário, solicitar exames ❖ Tomar decisões (medicar, internar ou somente atenuar) DEFINIÇÕES IMPORTANTES ❖ Diagnóstico: através do conhecimento, chegamos a formulação de uma patologia. COMO CHEGA-SE AO DIAGNÓSTICO? ❖ História clínica + exame físico ❖ Documentação e prontuário ❖ Realizar uma lista de problemas ❖ Uso racional dos exames complementares ❖ Revisão sistemática SINAIS E SINTOMAS ❖ Sintoma → subjetivo. ❖ Sinal → objetivo. - Sinal de lesão de base de crânio. - Hemorragia periperitonial. 2 Aline David – ATM 2025/B - Hipocalcemia. - Melasma, lúpus, rosácea. RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO ❖ Identificação da entidade nosológica ❖ Processo de resolver problemas médicos ❖ Probabilidades – ciência que não é exata ❖ Como: intuição médica + raciocínio + formação médica + aprendizado prático. TIPOS DE DIAGNÓSTICO ❖ Diagnóstico anatômico – histopatológico ❖ Diagnóstico etiológico ❖ Diagnóstico radiológico ❖ Hipóteses diagnósticas – formulada no consultório. ❖ Diagnóstico diferencial – paciente que tem vários sinais e sintomas que conferem a mais de uma doença. O que é diferencial que vai definir o diagnóstico. Conferir o perfil epidemiológico do local em que estamos trabalhando, pois isso pode auxiliar no diagnóstico. Ir eliminando as alternativas por conta dos sintomas que diferenciam uma da outra, ou realizar exames laboratoriais para a confirmação, desde que seja o exame correto. ❖ Diagnóstico principal – é o que paciente está sentindo no dia da consulta, mesmo tendo outras enfremidades. ❖ Diagnóstico secundário – seria a causa secundária da consulta. PROGNÓSTICO ❖ É a probabilidade de cura. Usado principalmente para tipos de cânceres. ❖ Estatística. ❖ História natural da doença. ❖ Intercorrências. RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE ❖ A anamnese / entrevista médica é uma conversa com um propósito clínico. ❖ Enquanto ouve a história do paciente, o médico formula uma série de hipóteses que serão testadas com perguntas mais detalhadas e específicas. ❖ Objetivos da conversa: # Estabelecer uma relação de confiança e apoio; # Coletar informações; # Fornecer informações. ❖ Colher uma anamnese é muito mais do que fazer uma série de perguntas. ALGUMAS QUESTÕES PRÁTICAS ❖ REVISÃO DO PRONTUÁRIO ❖ DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS PARA A ENTREVISTA ❖ APARÊNCIA E POSTURA DO MÉDICO ❖ ADEQUAÇÃO DO AMBIENTE ❖ ANOTAÇÕES ❖ CUMPRIMENTAR O PACIENTE E ESTABELECER UM VÍNCULO: ❖ Os primeiros momentos do contato com o paciente estabelecem as fundações para o relacionamento. ❖ Cumprimente o paciente pelo nome e se apresente. ❖ Sempre que possível, aperte sua mão. ❖ Se for o primeiro contato, explique a sua situação ali. ❖ Repita a parte da apresentação nas visitas subsequentes até ter certeza que o paciente já reconhece o médico. ❖ É sempre bom usar uma maneira formal para referir-se ao paciente (Sr. / Sra.). 3 Aline David – ATM 2025/B ❖ Essa formalidade pode ser abandonada com crianças / adolescentes ou quando o paciente autorizar. ❖ Evite os termos “vovô”, “mãe”, “pai” (a menos que esteja em uma conversa direta com as crianças). ❖ Se não tiver certeza do nome do paciente (ou da pronúncia), não tenha medo de perguntar novamente. ❖ Se houver outras pessoas presentes, não deixe de descobrir quem são e sua relação com o paciente. ❖ Sempre que houver visitas, é importante preservar o tom de confidência. - Deixe que o paciente decida se as visitas ou familiares devem permanecer durante a entrevista. ❖ É importante estar afinado com o bem-estar do paciente. ❖ Em consultório: local para guarda de casacos / pertences. ❖ No leito: - Pergunte se há algum inconveniente em conversar naquele momento; - Fique atento às posições de conforto do paciente; - Respeite a privacidade em momentos como o uso da comadre. - Ofereça um lenço ou papel em momentos de “emoção”. ❖ Dedique algum tempo a conversas triviais para deixar o paciente relaxado. ❖ Convide o paciente a contar sua história: - O início sempre deve se dar com perguntas abertas - Perguntas focadas, com resposta “sim” ou “não” devem ser evitadas no início da conversa. - É importante acompanhar as preocupações do paciente durante a entrevista. ❖ Evite usar termos técnicos com o paciente. ❖ Esses termos podem confundir e costumam bloquear a comunicação. ❖ No entanto, quando utilizados, os termos devem ser explicados nas palavras do paciente. ❖ A anamnese precisa levar em conta as percepções de realidade do paciente: - Doença – é a explicação que o médico dá aos sintomas. - Enfermidade – é a forma como o paciente experimenta seus sintomas. - Ex.: dor de garganta = amigdalite X câncer de esôfago ❖ Resumir a situação e a narrativa do paciente ao longo da entrevista pode demonstrar entendimento para o paciente e confirma o seu conhecimento sobre a história. ❖ O resumo pode ser feito nos momentos de transição. ❖ Sempre informe o paciente sobre os momentos de transição (mudança na direção da anamnese e troca de momento para o exame físico). ❖ Encerrando a anamnese: ❖ Os pacientes costumam ter muitas perguntas e, se você tiver feito bem seu trabalho, sentirão prazer em conversar com você. ❖ Podemos dizer algo como: “Precisamos parar agora. O senhor tem alguma pergunta que gostaria de fazer?” ❖ Um plano de acompanhamento pode ser discutido ou a indicação da permanência com a equipe. ❖ Lembre-se da comunicação não-verbal: → Pode facilitar ou atrapalhar a entrevista → Tente aproximar-se do paciente (empatia) ❖ Promover a comunicação não-verbal para o nível consciente é a primeira etapa para o uso dessa forma crucial de interação com o paciente. ASPECTOS ESPECIAIS DA ENTREVISTA: ❖ Abuso de álcool ou drogas 4 Aline David – ATM 2025/B ❖ Práticas sexuais ❖ Interações familiares ❖ Violência doméstica ❖ Doença psiquiátrica ❖ Deformidades físicas ❖ A morte e o morrer ❖ A regra mais importante é não permitir pré- julgamentos. ❖ Sempre devemos explicar aos pacientes o motivo dessas perguntas e, nesses casos, usar os termos mais corretos possíveis dentro dos conceitos médicos. ❖ Ex.: ao referir-se à genitália, usar palavras explícitas como “pênis” ou “vagina”. ❖
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