Empresas lucros, investimentos, ágio e deságio

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Empresas: lucros, investimentos, ágio e 
deságio
APRESENTAÇÃO
Os investimentos se referem ao valor em dinheiro que será recebido em período futuro, ou seja, 
são entendidos como recursos aplicados no momento atual que representam expectativas de 
recolhimento do valor aplicado no futuro. Quando a organização não tem interesse em preservar 
dentro da sua atividade, e o outro tipo de investimento reflete a participação societária, os 
investimentos podem ser temporários. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar os 
critérios de contabilização para os investimentos e os resultados do ágio e deságio na tributação. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os diferentes tipos de investimentos.•
Reconhecer a conceituação de ágio e deságio.•
Analisar o processo de amortização e contabilização do ágio e deságio na aquisição de 
investimentos.
•
DESAFIO
 A empresa Motta adquiriu, por meio da entrega de recursos que tinha em caixa, 65% das ações 
que representam o capital da investida Garden em 10 de janeiro de 2015, com o objetivo de 
passar a ter controle sobre a investida. O preço da transação foi determinado com base no valor 
de avaliação da empresa, com base em laudo emitido por perito especializado. O referido laudo 
estimou que o patrimônio líquido da empresa Garden tinha valor de mercado de R$ 320.000,00 
na data da transação. Lembra-se que a empresa Motta adquiriu apenas 65% desse valor. 
O patrimônio líquido registrado na contabilidade da empresa Garden, que tinha a seguinte 
composição na data da transação: 
Capital Social: R$ 250.000,00 
Reservas de lucros: R$ 20.000,00 
Total do Patrimônio Líquido: R$ 270.000,00 
A diferença existente entre o valor líquido contábil referente ao valor de mercado dos bens do 
ativo imobilizado da empresa. No balanço patrimonial da empresa Garden, os bens do ativo 
imobilizado estavam avaliados ao custo histórico. Avaliação realizada por perito especializado 
identificou que o valor de mercado dos referidos bens era maior que o valor contábil em R$ 
50.000,00, que representam uma mais valia de bens na aquisição. 
Apresente a contabilização inicial da aquisição da empresa Garden nas demonstrações contábeis 
da empresa Motta 
INFOGRÁFICO
Existem diversos tipos de investimentos que as empresas podem fazer, desde em instituições 
financeiras a investimentos em outras empresas. Os investimentos em outras empresas 
envolvem a aquisição de ações a tributação específica e a contabilização desse tipo de 
movimentação, que precisam seguir as devidas normas. 
Confira o Infográfico e observe os tipos de investimentos, os métodos de cálculo do ágio e 
deságio e os critérios de tributação.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Investimentos se referem a valores aplicados no presente e que representam expectativas futuras 
de valores que serão recebidos. O investidor somente realiza uma aplicação se o retorno for 
positivo. Na aquisição dos investimentos, o valor pago é diferente do valor estimado através da 
equivalência patrimonial, evidenciando o ágio e deságio.
Acompanhe um trecho da obra "Contabilidade avançada", base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem. Inicie seus estudos no tópico Conceituação dos investimentos e finalize no 
tópico Investimento e os critérios de contabilização.
Boa leitura.
CONTABILIDADE 
AVANÇADA
Aline Alves 
Empresas: lucros, 
investimentos, ágio e deságio
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os diferentes tipos de investimentos.
 � Reconhecer a conceituação de ágio e deságio.
 � Analisar o processo de amortização e contabilização do ágio e de-
ságio na aquisição de investimentos
Introdução
Os investimentos se referem ao valor em dinheiro que será recebi-
do em período futuro. Ou seja, eles são entendidos como recursos 
aplicados no momento atual que representam expectativas de re-
colhimento do valor aplicado no futuro. Quando a organização não 
tem interesse em preservar dentro da sua atividade, e o outro tipo 
de investimento reflete a participação societária, os investimentos 
podem ser temporários. Neste texto, você vai estudar os critérios de 
contabilização para os investimentos e os resultados do ágio e desá-
gio na tributação.
Conceituação dos investimentos
Os investimentos se referem ao valor em dinheiro que será recebido em pe-
ríodo futuro. Ou seja, são entendidos como recursos aplicados no momento 
atual que representam expectativas de recolhimento do valor aplicado no fu-
turo. Para que você compreenda melhor, reflita sobre este exemplo: um em-
presário realiza a compra de uma quota de ações com a perspectiva de rendi-
mentos monetários dessas ações. Esses rendimentos devem justificar o risco 
e o tempo pelo qual o dinheiro ficou retido.
Os investimentos representam a aplicação de recursos disponíveis nas 
contas de ativo. Esses recursos podem ser financeiros ou não. O investidor só 
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realiza uma aplicação se o retorno for positivo, correspondendo a benefícios 
representados por juros e lucros. Qualquer item apresentado no ativo da orga-
nização que represente retorno aos acionistas pode ser aplicado.
Os investimentos podem ser temporários, caso a organização não tenha inte-
resse em preservá-los como parte das suas atividades. O outro tipo de inves-
timento reflete a participação societária, como empresa coligada ou contro-
ladora. Nos dois tipos de investimento existe a submissão do planejamento 
estratégico da empresa.
A empresa coligada é definida por uma sociedade que participa com 20% 
(vinte por cento) ou acima disso sobre o capital de outra, sem possuir controle 
ou influência desta outra. De acordo com o CPC 18, ela é uma entidade que 
não foi constituída mediante uma sociedade, e sim como uma parceria, sobre 
a qual o investidor possui atuação de forma expressiva, mas não possui con-
trole.
Uma empresa controlada se refere a um tipo de empresa no qual a contro-
ladora, de forma direta ou por intermédio de outras empresas controladas, 
pode escolher grande parte dos administradores e possuir a titularidade que 
dá direitos de sócios de forma duradoura.
Veja um exemplo em que o objetivo do investimento possui vínculo com o planeja-
mento estratégico da organização:
 � Empresa A
 � Empresa B
 � Empresa C
A empresa A quer vender suas mercadorias para a empresa B, mas não consegue. 
Já a empresa C vende normalmente para a empresa B e pretende vender uma fração 
do seu capital. O que ocorre é que a empresa A realiza a compra de uma parcela da 
empresa C. Mediante esse processo, a empresa A inicia a venda de suas mercadorias 
para a empresa B, por meio da coligada C.
O Método de Equivalência Patrimonial consiste na contabilização. Nela, o 
investimento é identificado por meio do custo e após é reparado pelo reconhe-
cimento da participação destinada ao investidor nas modificações de ativos 
líquidos da empresa investida. Nesse caso, a investida terá rendimentos, e 
uma parcela desse resultado deve ser destinada ao investidor.
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Espécie de investimentos
Os investimentos realizados por meio de ações podem ser de espécie indi-
vidual ou coletiva. Na realização de investimentos individuais, o investidor 
deve contratar uma empresa que preste serviço específico, como uma corre-
tora. Ela realizará as negociações de acordo com as exigências do cliente. No 
investimento coletivo, as quotas de fundo de ações ou também de clubes de 
investimentos são adquiridas pelos investidores.
As sociedades anônimas são responsáveis pela emissão das ações, que 
correspondem a um valor mobiliário e que representam uma fração do capital 
social da empresa.
A Lei 6.404/76 indica, no art. 248, que valor contábil investido se refere 
ao custo de aquisição:
I – o valor do patrimônio líquido da coligadaou da controlada 
será determinado com base em balanço patrimonial ou balance-
te de verificação levantado, com observância das normas desta 
Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes 
da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líqui-
do não serão computados os resultados não realizados decor-
rentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades 
coligadas à companhia, ou por ela controladas;
II – o valor do investimento será determinado mediante a apli-
cação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no número 
anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada 
ou controlada;
III – a diferença entre o valor do investimento, de acordo com 
o número II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; 
somente será registrada como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou con-
trolada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efe-
tivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
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§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos 
casos deste artigo, serão computados como parte do custo de 
aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas 
e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela compa-
nhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verifi-
cação previsto no número I.
Ágio e deságio mediante a aquisição de 
investimentos
Na aquisição de investimentos, o valor que é pago diverge do valor que é 
apurado mediante equivalência patrimonial. Isso demonstra a existência do 
ágio e do deságio.
O valor que é pago pode ser entendido como o de custo pela aquisição, que 
é compreendido como equivalência patrimonial. A equivalência patrimonial 
representa uma parcela referente à atuação da investida na investidora por 
meio do patrimônio líquido da empresa investida.
Um fator considerado essencial ao adquirir um investimento é o método 
de contabilização para o ágio e o deságio na aquisição de investimentos.
O ágio desperta opiniões diversas entre os profissionais contábeis em 
relação à interpretação financeira na aquisição de um investimento. Alguns 
profissionais denominam o ágio como um fundo de comércio. Ele também é 
denominado de tempo de amortização, goodwill ou teste de recuperabilidade. 
No entanto, você pode compreender o ágio ou o deságio como a diferença 
existente entre o valor líquido contábil e o total negociado no processo.
Na aquisição, o ágio ou o deságio se referem às divergências existentes entre o valor pa-
trimonial de investimento e o valor apresentado para custo de aquisição. Essa diferença 
pode ser para mais, representando o ágio, ou para menos, identificando o deságio.
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Ágio e deságio
Se uma organização possui o patrimônio líquido avaliado em R$ 2.500,00 e ele for ad-
quirido por outra organização por R$ 2.800,00, isso representa um ágio de R$ 300,00.
Se a mesma empresa que possui o patrimônio líquido pelo valor justo de R$ 2.500,00 
vendê-lo para outra empresa por R$ 1.000,00, a operação será identificada pelo de-
ságio de R$ 1.500,00.
O valor representado pelo deságio precisa ser identificado como uma receita da 
Demonstração do Resultado do Exercício. Ele é considerado uma perda em relação à 
empresa investida e um ganho ao investidor.
O valor justo se refere ao valor que representa um ativo para negociação, 
ou também a um passivo que foi liquidado entre as partes interessadas, com a 
inexistência de elementos que venham a comprimir a liquidação da operação.
O valor justo se refere ao valor que representa um ativo para negociação, ou também 
a um passivo que foi liquidado entre as partes interessadas, com a inexistência de ele-
mentos que venham a comprimir a liquidação da operação.
Ágio e deságio – amortização
A amortização do ágio é classificada no ativo não circulante. No balanço in-
dividual de uma empresa investidora, o ágio que representar perspectiva de 
lucratividade deve ser evidenciado junto aos investimentos. O ágio terá uma 
nova classificação somente no balanço consolidado, no qual fará parte do 
grupo intangível e estará disposto na conta Fundo de Comércio Adquirido. 
A baixa no grupo do ativo resulta em discussões. Por esse motivo, o me-
lhor seria realizar a baixa em outras despesas ou receitas operacionais. Essas 
contas estão dispostas abaixo de resultado financeiro, em perdas e ganhos.
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Contabilização da amortização do ágio e do deságio.
 � Na amortização do ágio, são envolvidas as contas de despesas com amortização 
e ágio com participação na empresa XX. Na ocorrência de despesa operacional
não dedutível, você deve registrá-la como adição na Parte A do LALUR, na apu-
ração do lucro real.
 � Na amortização do deságio, as contas envolvidas se referem a deságio com par-
ticipação em YY e receita de amortização de deságio. Na ocorrência de receita
operacional considerada não tributável na apuração do lucro real, essa receita
poderá ser identificada como exclusão na Parte A do LALUR.
É mediante a diferença existente entre os valores pagos na obtenção de in-
vestimentos e o valor de mercado de ativos e passivos de empresas controladas 
ou coligadas surge o ágio e o deságio que devem ser amortizados no período 
estipulado, de no máximo 10 anos. O processo de amortização deve ocorrer 
conforme os valores dos bens correspondentes forem sendo realizados.
A efetuação econômica do bem acontecerá na baixa, mediante alienação 
ou término. Ela também pode ocorrer por meio dos processos de depreciação, 
exaustão ou amortização. Os processos de ágio ou deságio possuem normas 
rígidas estabelecidas pela CVM, que devem ser observadas pelas companhias 
abertas, nas quais também poderão ser escolhidos por organizações diversas. 
Não apenas as normas emitidas pela CVM, mas também existem leis 
específicas e pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis que 
também devem ser seguidos.
Resultado do ágio e do deságio na tributação
Em relação às regras ditadas pela CVM, os critérios apresentados para o ágio 
e o deságio demonstram os ajustes por meio da apuração do lucro real e da 
administração do LALUR. Nelas, as contrapartidas do ágio e do deságio não 
são consideradas para fins de definição do lucro real. Por esse motivo, a 
investidora que estimar a amortização pelo tempo de apuração pre-cisa usar a 
“Parte A” do LALUR. Nela, realizará a adição referente ao valor de 
amortização do ágio considerado como despesa operacional e a exclusão 
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na ocorrência do valor de amortização do deságio que representa a receita 
operacional.
Por meio do registro da amortização, a empresa investidora precisará re-
alizar um monitoramento referente à amortização. Esse processo de controle 
ocorre na Parte B do LALUR com o objetivo de identificar ganho ou perda de 
capital referente à liquidação do investimento ou alienação. Lá, sofrerá influ-
ência do ágio ou do deságio sobre a definição do lucro real.
Esse tratamento tributário não acontecerá para fins de indicação da base 
de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), observando 
que não existe previsão legal que defina esses ajustes. Dessa maneira, se não 
existe a obrigatoriedade de adicionar ao lucro líquido o valor que representa 
a amortização do ágio pela aquisição dos investimentos que foram avaliados 
pela equivalência patrimonial, não é admissível a exclusão do valor da amor-
tização de deságio registrada no prazo de apuração referido.
O investimento na aquisição de ações pode ser contabilizado de duas maneiras: me-
diante método de custo, no qual a empresa investidora é avaliadapelo custo de aqui-
sição, e pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP).
Pelo método de custo, os resultados não são considerados relevantes para a 
empresa investidora. Já pelo MEP, os resultados são significativos para a em-
presa investidora e a tributação, de acordo com a lei, exige que você faça o 
desdobramento do custo de aquisição em outras contas disponíveis em sub-
grupos do ativo não circulante.
Os métodos de avaliação dos investimentos se referem ao método de custo 
e ao MEP, como você pôde verificar. A seguir, analise os conceitos para 
ambos.
Método de custo: nele são avaliados os investimentos temporários. Seu 
registro é feito mediante o valor de aquisição, e a organização poderá decidir 
se eles possuem natureza circulante ou não circulante. O registro é realizado 
da seguinte forma: lançado a crédito na conta denominada banco e a débito na 
conta de investimentos. Nesse grupo, você encontra:
 � Certificados de depósitos bancários (CDB);
 � Aplicações de liquidez imediata;
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 � Compra de títulos;
 � Compra de ações;
 � Compra de debêntures;
 � Poupança.
Método de Equivalência Patrimonial: se refere ao valor contábil relativo 
a participações societárias modificado. Esse valor é considerado de natureza 
permanente e de classificação do ativo não circulante, de acordo com a alte-
ração do patrimônio líquido da investida, variando para mais ou para menos. 
Sua aplicação é realizada em concordância com a Lei 6.404/76 nas exigências 
do artigo 248. Essa lei foi atualizada posteriormente pela Lei 11.941/2009.
A Lei 12.973/14 surgiu por meio de uma conversão da medida provisória 
627/2013. Ela trouxe alterações referentes ao ágio e ao deságio resultantes de 
aquisição de investimento considerável em uma empresa coligada ou contro-
lada que tenha refletido de modo considerável no planejamento fiscal.
O deságio não influencia a receita e não é tributável. Por consequência, 
o contribuinte precisará monitorar o valor que não é tributável, ou seja, o 
valor excluído na Parte B do LALUR. Isso é feito para adição na definição 
do lucro real do intervalo em que acontecer a alienação ou baixa do investi-
mento. A partir desse processo, a tributação referente ao deságio é transferida 
para o período em que o investimento sofrer baixa ou for alienado. Existe 
exceção nas situações de fusão, cisão ou incorporação da sociedade investida, 
e também no caso de o deságio possuir fundamentação na expectativa do 
resultado futuro.
Investimento e os critérios de contabilização
Uma organização que seja obrigada a avaliar seus investimentos em coligadas 
e controladas utilizando os critérios da equivalência patrimonial necessita di-
vidir os valores referentes ao total de custo da aquisição.
A seguir você vai verificar, a partir de um exemplo, como é realizada a 
contabilização das empresas investidas e investidoras.
As empresas Atributo e Bolton são proprietárias de um Patrimônio Líquido 
(PL) de mesmo valor. Cada uma delas possui seu PL de R$ 2.000.000,00.
A empresa investidora Palace contrai um percentual de 20% referente às 
ações que correspondem ao capital de cada uma das empresas, em que foram 
pagos:
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 � R$ 700.000,00 para as ações da empresa Atributo.
 � R$ 550.000,00 para as ações da empresa Bolton.
A contabilização na empresa investidora Palace deve ser realizada da se-
guinte forma:
Registro correspondente às ações da empresa Atributo
Caixa R$ 700.000,00
Participação societária na empresa Atributo R$ 600.000,00
Ágio de participação na empresa Atributo R$ 100.000,00
Registro correspondente às ações da empresa Bolton
Caixa R$ 550.000,00
Participação societária na empresa Bolton R$ 600.000,00
Deságio de participação na empresa Bolton R$ 50.000,00
Se a organização investidora for de companhia aberta, é essencial que 
o ágio ou o deságio possua motivo econômico. Você pode observar alguns
exemplos que representam esse fundamento econômico:
 � Perspectiva de rentabilidade futura;
 � Bens intangíveis;
 � Diversidade dos bens da empresa investida em correlação ao valor con-
tábil. As diferenças se referem ao valor de mercado;
 � Fundo de comércio.
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COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Lei 6404/76. Brasília, DF: 1976. Disponível em: 
<http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/leis/anexos/Lei6404-76.pdf>. 
Acesso em: 15 set. 2016.
Leituras recomendadas
BODIE, Z.; KANE, A.; MARCUS, A. J. Investimentos. 10. ed. São Paulo: AMGH, 2015.
COAD. Avaliação de investimentos: ágio ou deságio na aquisição. Disponível em: <http://
www.coad.com.br/files/trib/html/pesquisa/ir/em26415.htm>. Acesso em: 01 ago. 2016.
COSTA, R. N. Contabilidade avançada: uma abordagem direta e atualizada. Curitiba: In-
tersaberes, 2012.
JUS. Aspecto fiscal e contábil do deságio. Disponível em: <https://jus.com.br/arti-
gos/44311/aspecto-fiscal-e-contabil-do-desagio>. Acesso em: 01 ago. 2016.
PEREZ JUNIOR, J. H. Contabilidade avançada: texto e testes com as respostas. 7. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL TRIBUTÁRIO. Entenda o ágio e suas novas alterações. Disponível em: <http://
www.portaltributario.com.br/artigos/agio-novas-alteracoes.htm>. Acesso em 01 ago. 
2016. 
NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 15. ed. São 
Paulo: Frase Editora, 2007.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada. São Paulo: Saraiva, 2005.
Referência
Contabilidade avançada
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DICA DO PROFESSOR
Assista ao vídeo e confira alguns conceitos sobre os investimentos e sua abrangência, 
demonstrando como eles podem ser aplicados. Você pode visualizar os conceitos de ágio e 
deságio e compreender mais sobre esse assunto!
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EXERCÍCIOS
1) Uma organização que realizar um investimento em uma entidade coligada ou 
controlada usando o método de equivalência patrimonial. Precisará, na ocorrência da 
aquisição da participação, distribuir o custo referente à aquisição. De que forma esse 
custo deve ser distribuído? Analise as alternativas e escolha a correta.
A) Em uma conta do grupo de investimentos, referente à divergência entre o valor de custo e 
o valor justo referente aos ativos apontados.
B) Deverá ser registrado o valor que representa somente a participação da investida no 
patrimônio líquido da controlada.
C) O custo deve ser lançado em conta patrimonial representando a diferença para mais entre o 
registrado no investimento e o de custo de aquisição.
D) O valor do custo poderá ser desdobrado em uma conta do grupo de investimentos, em que 
será registrado o valor referente ao deságio referente a perspectivas de valores futuros.
E) O valor de ajuste do custo é fundamentado nos bens do ativo em empresa controlada e 
dividido no ativo.
Os investimentos podem ocorrer mediante a compra de ações. Analise as alternativas 2) 
a seguir e escolha a correta em relação aos investimentos.
A) Representam aplicações de recursos indisponíveis que podem ser financeiros ou não.
B) O investimento realizado no período atual será resgatado em um período futuro, estipulado 
anteriormente.
C) Os investimentos são apresentados nas contas de resultado da empresa.
D) O investidor deve realizar aplicações, independentemente do retorno.
E) O investimento temporário representa sua permanência dentro da empresa.
3) Quanto ao ágio e deságio em relação à aquisição de investimentos, marque a 
alternativa correta.
A) Na aquisição do investimento, o valor pago é igual ao apurado pela equivalência 
patrimonial.
B) Um fator considerado importante na aquisição de um investimento é a forma de 
pagamento do deságio.
C) O ágio e deságio representam a diferença entre o valor patrimonial de investimento e o 
valorde custo de aquisição.
D) O ágio representa uma receita da DRE e é classificado como perda.
E) O valor considerado justo remete ao valor que representa um ativo na negociação ou um 
passivo recém adquirido.
4) Referente ao ágio e ao deságio, escolha a alternativa correta em relação à tributação.
A) Os métodos para ágio e deságio que sofrerem alterações demonstram os ajustes na 
apuração do lucro presumido e não têm regras para sua contabilização.
B) A contabilização do ágio e deságio representa informações relevantes para fins de 
determinação do lucro real.
C) A investidora que estimar a amortização pelo tempo de apuração deve usar a Parte B do 
LALUR, em que será realizada a adição do valor amortizado do ágio.
D) O processo de controle da amortização, realizado pela empresa investidora, ocorre na Parte 
A do LALUR.
E) O controle realizado no LALUR, referente ao registro da amortização, tem como objetivo 
identificar o ganho ou a perda de capital referente à liquidação do investimento ou sua 
alienação.
5) No que se trata a situação tributária no resultado do ágio e deságio e contabilização 
de investimentos?
A) O investimento na aquisição de ações pode ser registrado somente mediante método de 
custo.
B) O tratamento tributário não ocorrerá para fins de indicação de base de cálculo da CSLL, 
pois não existe previsão legal que defina esses ajustes.
C) O deságio influencia diretamente a receita e tem tributação.
Uma empresa que necessite realizar avaliação dos investimentos em coligadas e 
controladas e que utilize os critérios da equivalência patrimonial, não necessita dividir os 
D) 
valores que representem o montante de custo de aquisição.
E) No caso da organização investida pertencer a uma companhia de capital aberto, torna-se 
fundamental que o ágio e o deságio tenham motivo econômico.
NA PRÁTICA
A empresa Santos e Silva possui 65% da empresa Vitória Régia, que apresentou o lucro do 
exercício referente ao último período de R$ 80.000,00. Observe como devem ser contabilizados 
os dividendos na organização Vitória Régia:
Neste outro exemplo, você pode verificar a contabilização referente aos dividendos a distribuir 
na empresa Santos e Silva.
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Investimentos Ágio e Deságio Tratamento Contábil e Tributário antes/depois Lei 12.973/14
No vídeo a seguir, você verá sobre o tratamento tributário do ágio e do deságio na aquisição de 
investimentos antes da criação das Leis 11.638/07 e 12.973/14 e do CPC 15.
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Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em 
Conjunto
No link a seguir, você lerá o pronunciamento do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 
18) que trata dos investimentos em coligadas, controladas e empreendimento controlado em 
conjunto.
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