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Formação Continuada

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FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ DE CURITIBA - FARESC 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
FABIULA TELES BERKENBROCK 
MARCIA BORGES LEMOS 
MAYARA DE OLIVEIRA ORTENER DA SILVA 
SABRINA BIANCA DOMINGUES 
STELI SIQUEIRA KUDLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A FORMAÇÃO CONTINUADA NA PERSPECTIVA DE UM 
ENSINO NA ATUALIDADE BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2017 
 
 
 
FABIULA TELES BERKENBROCK 
MARCIA BORGES LEMOS 
MAYARA DE OLIVEIRA ORTENER DA SILVA 
SABRINA BIANCA DOMINGUES 
STELI SIQUEIRA KUDLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A FORMAÇÃO CONTINUADA NA PERSPECTIVA DE UM 
ENSINO NA ATUALIDADE BRASILEIRA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Licenciatura Plena em 
Pedagogia das Faculdades Integradas Santa 
Cruz de Curitiba – FARESC, como requisito 
parcial à obtenção do título de Licenciado em 
Pedagogia. 
 
Orientadora: Profa. Me. Andréa Garcia 
Furtado 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2017 
 
 
 
FABIULA TELES BERKENBROCK 
MARCIA BORGES LEMOS 
MAYARA DE OLIVEIRA ORTENER DA SILVA 
SABRINA BIANCA DOMINGUES 
STELI SIQUEIRA KUDLA 
 
A FORMAÇÃO CONTINUADA NA PERSPECTIVA DE UM 
ENSINO NA ATUALIDADE BRASILEIRA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em 
Pedagogia das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba – FARESC, como 
requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Pedagogia. 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
____________________________________ 
Profa. Me. Andréa Garcia Furtado 
Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba - FARESC 
 
 
_____________________________________ 
Prof. Me. Daniel Markowicz 
Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba - FARESC 
 
 
_____________________________________ 
Profa. Me. Heloisa Pereira Pinto 
Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba - FARESC 
 
 
Curitiba, 06 de Julho de 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho aos nossos 
familiares, amigos, professores e 
orientadores todos aqueles que estiveram 
por perto em toda essa nossa trajetória 
diretamente ou indiretamente. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Eu, Fabiula, agradeço em especial a Deus por ter mе dado saúde е força para 
superar as dificuldades. Agradeço todos que tiveram presente nessa fase da minha 
vida, principalmente minha filha Cecilia, que de alguma maneira puderam estar 
somando comigo, que tiveram paciência em momentos de tensão e de desespero, e 
que me ajudaram em tudo que conquistei até hoje. Aos meus pais Nelson e Jurema 
que sempre me apoiaram em tudo que sonhei conquistar e me incentivavam a 
seguir em frente por mais difícil que fosse. Ao meu esposo Rafael por toda atenção 
e concelhos durante esses anos de faculdade. As minhas amigas qυе fizeram parte 
da minha formação е qυе vão continuar presentes em minha vida com certeza. 
 
Eu, Marcia agradeço em primeiro lugar а Deus qυе iluminou о mеυ caminho durante 
esta caminhada, a todos os professores do curso, qυе foram tão importantes na 
minha vida acadêmica е no desenvolvimento desta monografia, as minhas amigas, 
pelas alegrias, tristezas е dores compartilhadas. Em especial ao meu filho Matheus 
que sempre teve presente nesse momento me ajudando e dando força para 
continuar. A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte da minha formação, о 
mеυ muito obrigado. 
 
Eu, Mayara agradeço em primeiro lugar a Deus por me guardar e me manter firme 
até aqui, que com toda sua bondade e seu amor me deu forças para ultrapassar 
qualquer obstáculo que encontrei em meu caminho nestes 4 anos de curso. 
Agradeço especialmente com muito amor a minha filha Emanuelly que foi e é a 
minha motivação, a minha mãe Rosana, que é para mim uma grande referência e 
minha maior inspiração para ser uma mulher forte e conquistar todos os meus 
sonhos, ao meu pai Abel que sempre me amou e acreditou em mim, aos meus 
irmãos Maycon e Mylena e ao meu marido Jonathan que estiveram ao meu lado me 
apoiando e me incentivando a concluir esta etapa da minha vida que sem dúvidas é 
uma grande conquista. Enfim agradeço as minhas amigas de faculdade que 
estiveram e sempre vão estar presentes em minha vida e a todos os professores e a 
todas as pessoas que fizeram parte desta jornada. 
 
 
 
Eu, Sabrina Bianca, agradeço primeiramente a Deus, que sempre atendeu as 
minhas orações, e que me permitido chegar até aqui com saúde e sabedoria, para 
enfrentar todos os obstáculos que surgiram durante esses 4 anos. Agradeço 
também a minha família, que sempre me apoiou, e se orgulharam da minha 
trajetória. E agradeço, as minhas amigas de faculdade, que nunca desistiram de 
mim, sempre estivemos juntas apoiando uma a outra, obrigada por estarem comigo 
nesses 4 anos. Agradeço, em especial, a minha mãe, Adriana Timóteo, que foi a 
base de tudo durante toda a minha vida, que mais me ajudou e me deu forças para 
continuar lutando e seguindo meu caminho, foi a pessoa que sempre esteve ao meu 
lado, tanto em momentos bons, quanto nos difíceis, foi quem me sustentou nas 
horas de angústias e desespero. E por fim, obrigada a todos aqueles que, de alguma 
forma, somaram na minha vida, nesses 4 anos de faculdade. 
 
Eu, Steli agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, que em sua infinita 
bondade e sabedoria me abençoou para que eu pudesse concluir mais esta etapa 
tão importante da minha vida. Agradeço aos meus pais Nelson e Maria Marli, que 
estiveram sempre ao meu lado me apoiando, incentivando e me dando forças para 
que eu chegasse até aqui. Devo tudo a vocês! Agradeço aos meus irmãos e suas 
respectivas famílias, que sempre me apoiaram direta ou indiretamente nesta 
caminhada. Agradeço ao meu noivo Otávio, que sempre me ajudou dando dicas e 
apoio moral para o desenvolvimento deste trabalho. Agradeço as minhas amigas 
Fabiula, Márcia, Mayara e Sabrina, pois sem vocês nada disso seria possível. Um 
agradecimento especial a Nossa Senhora Aparecida que me cobriu com seu Manto 
Sagrado de Amor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que é escrito sem esforço em geral é 
lido sem prazer. 
(SAMUEL JHONSON, 1709/1784) 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente estudo tem como objetivo compreender a formação continuada dos 
professores na perspectiva de ensino na atualidade brasileira. Adotamos uma 
metodologia de pesquisas bibliográficas e artigos. As leituras se deram a partir de 
escolhas criteriosas. A formação continuada de professores precisa ser entendida 
como um processo reflexivo, necessário para garantir uma prática pedagógica 
significativa. Posto isso, é de total importância que o profissional da educação 
perceba a necessidade de buscar novos conhecimentos para desenvolver uma 
metodologia que visa ampliar os conhecimentos dos seus estudantes. O professor 
que opta por continuar seus estudos e aprimorar seus conhecimentos domina com 
mais propriedade sua própria metodologia, exercendo, desta maneira, a melhor 
mediação entre o conhecimento e seus alunos dentro da sala de aula. É entendida 
como um caminho para a evolução, onde encontra-se um acesso ao processo de 
formador e de aperfeiçoamento de suas práticas pedagógicas, pois um docente 
atualizado tem competência necessária para um ensino constante em sala de aula. 
A formação continuada necessita de melhores condições. Os professores muitas 
vezes se sentem desmotivados para aperfeiçoar seus conhecimentos, os maiores 
problemas e dificuldades na organização da formação incluem falta de verbas, entre 
outros aspectos. A importância do investimento na formação continuada oferece 
uma formação que estimula a criatividade e a reflexão, proporcionando aos 
professores autonomia em seus pensamentos, estimulando a auto formação. Nesse 
contexto percebe-se que a formação continuada não vem somente de acúmulos de 
cursos técnicos, mas sim de alimentar-se de conhecimento e demétodos de ensino. 
Para uma formação de qualidade é necessário verificar a necessidade do grupo de 
docentes e contemplar essa demanda e tornar a formação atraente e eficaz, 
atingindo todo o grupo. Sendo assim, percebe-se que atualizar-se em sala de aula 
torna-se um passo fundamental, pois apenas desta maneira, as ideias se abrem a 
fim de acompanharem então os avanços sociais. 
 
 
Palavras-chave: Formação Continuada. Professores. Conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
FARESC - Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba 
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Me - Mestre 
MEC - Ministério da Educação 
p. - Página 
Profa - Professora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 
2 FORMAÇÃO CONTINUADA NA EDUCAÇÃO .................................................... 14 
2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA ............................ 14 
2.2 A FORMAÇÃO CONTINUADA E SUA IMPORTÂNCIA ...................................... 17 
3 A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES ....................................... 21 
3.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO PROFESSOR .... 21 
3.2 PROFESSOR: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ...................................................... 23 
3.2.1 Professor reflexivo ....................................................................................... 27 
3.2.2 Professor ivonador ....................................................................................... 28 
3.2.3 Professor mediador de conhecimento ........................................................ 28 
4 FORMAÇÃO CONTINUADA SEUS DESAFIOS E DIFICULDADES 
ENFRENTADAS ....................................................................................................... 30 
4.1 DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PELO PROFESSOR ............. 30 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 39 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho pretende contribuir com informações que possam somar-
se com as já existentes, visando fazer uma articulação de como a formação 
continuada interfere na da sala de aula e torna o professor reflexivo e atualizado em 
sua prática pedagógica. 
A articulação desse referencial justifica-se pois a formação continuada de 
professores precisa ser entendida como um processo reflexivo necessário para 
assegurar uma prática pedagógica eficiente. Sendo assim, é importante que o 
profissional da educação perceba a necessidade de buscar novos conhecimentos 
para desenvolver uma metodologia que visa ampliar os conhecimentos dos alunos. 
Dessa forma visa-se também refletir sobre a importância da formação inicial 
do professor. O professor que opta por continuar seus estudos e aprimorar seus 
conhecimentos domina com mais propriedade sua própria metodologia, 
promovendo, desta maneira, a melhor mediação entre o conhecimento e seus 
alunos. 
O processo de formação dos profissionais da educação é um desafio cada 
vez maior para as grandes redes de ensino, tendo em vista a diversidade dos grupos 
encontrados, ou seja, cada profissional tem sua história. Para uma formação de 
qualidade é necessário verificar a necessidade do grupo de docentes e contemplar 
essa demanda e tornar a formação atraente e eficaz, atingindo todo o grupo. Sendo 
assim, percebe-se que atualizar-se em sala de aula torna-se um passo fundamental, 
pois apenas desta maneira, as ideias se abrem a fim de acompanharem então os 
avanços sociais. 
Esta monografia teve como questão problematizadora: Como a formação 
continuada dos professores pode interferir na prática pedagógica? 
A formação continuada é entendida como um caminho para a evolução, onde 
faz parte de um processo de formação e de aperfeiçoamento de suas práticas 
pedagógicas, pois um docente atualizado tem competência necessária para um 
ensino constante em sala de aula. De acordo com Nóvoa (1992, p. 12), “[...] 
percebeu-se uma função social no professor, como também uma necessidade de 
investir em sua formação e promover sua profissionalização”. 
 
 
12 
 
A formação continuada é debatida há muitos anos, mas ainda é alvo de 
críticas e necessita de melhores condições. Os professores muitas vezes se sentem 
desmotivados para se habilitar de novos conhecimentos, onde Romanowski (2012, 
p.5) destaca que “Os maiores problemas na organização desta formação incluem 
dificuldade para liberação do professor, falta de verbas, falta de local, horários 
incompatíveis, dificuldade de avaliar a prática pedagógica, etc.”. Assim os 
professores necessitam de melhores condições de trabalho e de formação 
continuada, para trazer qualidade na educação. 
Percebe-se a importância de se trabalhar a formação continuada, olhando as 
condições educacionais como curso de qualidade e aperfeiçoamento dentro das 
salas de aula. Segundo Nóvoa (1992, p.32) ressalta “A importância do investimento 
na formação continuada. Uma formação que estimula a criatividade e a reflexão, 
proporcionando aos professores autonomia em seus pensamentos, estimulando a 
auto formação”. 
Diante das constantes mudanças, e necessário que o professor busque uma 
formação atualizada dentro do contexto que está inserido para que ele possa 
oferecer uma educação de qualidade. Candau (1996, p.137), traz que, deve-se 
adequar ás diferentes etapas em que os profissionais se encontram, propiciando 
uma formação realmente desafiadora aos professores iniciantes, os que se 
encontram na metade de sua carreira, como também aqueles que buscam sua 
iminente aposentadoria. Assim fixando a importância da formação continuada dentro 
da carreira da educação, em suas diferentes etapas e níveis de conhecimento. 
Candau (1996, p.144) relata “A formação continuada não pode ser concebida 
como um processo de acumulação [...], mas sim como um trabalho de reflexibilidade 
crítica sobre a prática de (re)construção permanente de uma identidade pessoal e 
profissional, em intersecção mútua”. Nesse contexto percebe-se que a formação 
continuada não vem somente de acúmulos de cursos técnicos, mas sim de 
alimentar-se de conhecimento e de métodos de ensino. 
A pesquisa teve como objetivo geral compreender como a formação 
continuada dos professores pode interferir na prática pedagógica; e como objetivos 
específicos: conhecer a formação continuada na educação; entender a formação 
 
 
13 
 
continuada dos professores e identificar na formação continuada seus desafios e 
dificuldades enfrentadas. 
Optou-se por um estudo bibliográfico buscando-se o aprofundamento 
necessário para compreensão da formação continuada na perspectiva de um ensino 
na atualidade brasileira, discutindo e apontando os estudos dos principais autores da 
área, onde as leituras se deram a partir de escolhas criteriosas, seguindo uma linha 
de pensamento pedagógica segundo Saviani (2000). Além de complementações de 
outros autores da área da educação. Assim como aponta Lakatos (1982, p. 150) “[...] 
O conhecimento científico não resulta das investigações isoladas de um cientista, 
mas do trabalho de inúmeros investigadores”. 
A monografia está assim organizada: o primeiro capítulo apresentou-se a 
formação continuada na educação, suas principais funções e um breve histórico 
sobre ela, no segundo capítulo procurou-se demonstrar a formação continuada dos 
professores, seu desenvolvimento profissional ao longo da carreira, suas práticas 
pedagógicas e como isso afeta dentro de sala de aula, também é possível identificar 
o perfil dos professores que buscam pela formação continuada e no terceiro capítulo 
foi abordado a formação continuadaseus desafios e dificuldades enfrentadas onde é 
relatado de um modo geral como o cotidiano do professor que busca 
especializações ou até mesmo aqueles que já tem uma formação continuada 
sentem dificuldades em estar colocando em prática o que foi absorvido de 
conhecimento. Por último encontram-se as considerações finais apontando aspectos 
relevantes para a compreensão do tema proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 FORMAÇÃO CONTINUADA NA EDUCAÇÃO 
Será discutido, a seguir, que historicamente, tem sido recorrente, o destaque 
à formação continuada de professores em serviço. É apontada como um dos 
principais fatores que podem propiciar a melhoria, mudança e até a mediação de 
ensino. Freire (2008, p. 71) defende que “é preciso que o formando, desde o 
princípio da sua experiência formadora, se assuma como um sujeito da produção do 
saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimentos, 
mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. 
A formação continuada estabelece no professor a principal função de 
estimular as habilidades reflexivas de seus alunos; o professor em processo de 
formação tem a percepção para criar e melhorar sua prática pedagógica, mediante 
avaliação de resultados. 
Coloca-se evidentemente, que a formação continuada é de suma importância 
na carreira de um profissional da educação e à medida que é analisado o papel do 
professor em sua prática, pois torna-se o ato principal nas transformações de 
pensamentos de seus estudantes. 
Para que se intenda melhor como surgiu a formação continuada, no próximo 
capítulo relata-se um breve histórico. 
 
2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA 
 
Historicamente, a igreja era responsável pelo ensino, de acordo com Nóvoa 
(1992), a profissão do professor originou-se na substituição de tutela do ensino que 
o Estado provocou. A partir de então, percebeu-se uma função social do professor, 
como também, uma necessidade de investir em sua formação e promover sua 
profissionalização. 
Seguindo a ideia de Nóvoa (1992), no século XIX, uma nova imagem é 
concedida aos professores, devendo-se a eles obediência profunda. Entretanto, tal 
postura superior não lhes atribuía tudo, de fato. Um dualismo imbuiu a profissão, 
permitindo-lhes um saber limitado (nem muito, nem pouco), uma convivência 
indolente (sem envolver-se com o povo, ou com a burguesia), um status social 
 
 
15 
 
mediano (não ser pobre, nem rico), entre outros. Contudo, é neste século que as 
bases do sistema educacional enraizaram-se e, simultaneamente, a formação do 
professor teve grande importância. 
Nesse contexto, segue o autor, o Estado produziu as escolas normais, 
objetivando uma instrução em massa, na qual os professores são os detentores do 
conhecimento. As práticas são também refletidas, portanto, o professor é visto 
indistintamente como um produtor do conhecimento, do saber e do fazer. 
É neste período, entre o final do século XIX e início do século XX, que Nóvoa 
(1992, p. 21) destaca que se determinaram alguns aspectos nesta profissão, como: 
“a estabilização das instituições formadoras de professores, a prática vista como um 
movimento organizado, o efeito de efeminação da profissão e as mudanças relativas 
aos elementos sociais e econômicos do grupo de professorado”. 
O século XX veio para revolucionar a profissão do professor, com instituições 
de ensino mais capacitadas para auxiliar em sua formação. 
O objetivo da I República Europeia, o de formar um novo homem, propiciou 
aos professores uma autonomia ainda maior, controlando, além dos aspectos 
administrativos os aspectos ideológicos. A responsabilidade exigiu uma acentuação 
nas perspectivas educativas e ideológicas na formação que o Estado ensejava aos 
profissionais da educação por meio das instituições de formação, referentes ao 
poder e ao saber (NÓVOA, 1992). 
Seguindo as ideias do autor, foi nesta fase governamental da Europa que o 
Estado Novo percebeu que a formação de professores vai além de apropriações de 
saberes e técnicas, sendo, portanto, o momento crucial em que a representação 
profissional se configura. Percepção esta que trouxe prejuízo à profissão, pois o 
Estado Novo passa a controlar os professores, retirando-lhe sua autonomia e, 
simultaneamente, obriga-se a condicionar aos professores dignidade social, 
mantendo sua imagem e seus prestígio. (NÓVOA, 1992) 
No Brasil, no final da década de 1980, aconteceu uma série de reformas na 
educação. O término da ditadura impulsionou alguns movimentos e, dentre eles, 
houve o movimento dos educadores em busca de novos rumos do rompimento de 
tendências predominantes, denominada tecnicista. (BRASIL, 2006) 
 
 
16 
 
De acordo como o documento oficial nacional de Orientações Gerais1 
(BRASIL, 2006), o principal objetivo, neste período, era de formar profissionais com 
um alto padrão de criticidade, com o intuito de que seus conhecimentos 
contribuíssem para a transformação do ambiente escolar. 
A partir de então, o movimento progrediu buscando superar as diferenças 
existentes na formação acadêmica dos profissionais da área educacional (pedagogia 
e licenciatura, especialistas e generalistas), pretendendo democratizar as relações 
de poder e construir projetos coletivos. Tal posição originou diferentes debates e 
experiências na área da formação continuada de professores, as quais 
intensificaram a participação nos debates suscitando a Constituição Brasileira de 
1988, conhecida também como “Constituição Cidadã”. A Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (9394/1996, p. 100), também contribui para a formação 
continuada: 
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em 
nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação 
mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco 
primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na 
modalidade normal. (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017) 
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de 
colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a 
capacitação dos profissionais de magistério. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 
2009). 
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério 
poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância. (Incluído 
pela Lei nº 12.056, de 2009). 
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao 
ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias 
de educação a distância. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009). 
§ 4o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão 
mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação 
de docentes em nível superior para atuar na educação básica pública. 
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 5o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a 
formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica 
pública mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a 
estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, 
nas instituições de educação superior. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
1 Orientações Gerais é um documento para tornar pública a Rede Nacional de Formação Continuada aos 
sistemas estaduais e municipais de ensino, às universidades, aos professores e a todos os envolvidos no 
processo de formação de profissionais da educação no País. Brasília: A Secretaria, 2006. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Rede/catalg_rede_06.pdf. Acessado em 27/05/2017. 
 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Rede/catalg_rede_06.pdf
 
 
17 
 
§ 6o O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em exame 
nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para 
oingresso em cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o 
Conselho Nacional de Educação - CNE. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 8 º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência 
a Base Nacional Comum Curricular. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, 
de 2016) (Vide Medida Provisória nº 746, de 2016) 
§ 8o Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência 
a Base Nacional Comum Curricular. (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017) 
(Vide Lei nº 13.415, de 2017) 
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61 
far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível 
médio ou superior, incluindo habilitações tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 
12.796, de 2013) 
Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a 
que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação 
básica e superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos 
superiores de graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação. 
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
Nesse cenário, afirma ainda o documento oficial de Orientações Gerais 
(BRASIL, 2006), estava em composição à educação do país e a formação do 
professor, tornando-se uma disputa entre as políticas sociais e a reformulação 
político econômica do sistema. Dessa maneira, o Governo Federal respondeu às 
novas exigências com sua adequação nas políticas educacionais. 
No documento oficial nacional de Orientações Gerais do Ministério da 
Educação (MEC) de 2006, a reforma foi estratégica, pois desta maneira foram 
descritas alterações na estrutura do sistema superior de ensino, como também 
houve importações nas concepções relacionadas à identidade e a formação do 
professor. A principal proposta das políticas efetivas era a garantia de articular a 
formação inicial, a formação continuada e a profissionalização, propiciando 
melhorias nas várias modalidades educacionais. 
Com isto surge uma grande importância de especialização dos professores 
que será retratada no próximo capítulo. 
2.2 A FORMAÇÃO CONTINUADA E SUA IMPORTÂNCIA 
A formação continuada necessita de momentos heterogêneos, evitando a 
padronização que não conta com os variados períodos de jornada profissional. De 
 
 
18 
 
acordo com Candau (1996), precisa-se adequar as diferentes etapas em que os 
profissionais se encontram, propiciando uma formação realmente desafiadora aos 
professores iniciantes e aos que estão na metade de sua carreira, como também 
aqueles que buscam sua iminente aposentadoria. 
Nesse contexto Nóvoa (1992) ressalta a importância do investimento na 
formação continuada. Uma formação que estimula a criticidade e a reflexão, 
proporcionando aos professores autonomia em seus pensamentos, estimulando a 
autoformação. A formação não se caracteriza por uma série de acumulações de 
cursos ou técnicas, mas é um momento de reconstruir-se, alimentando-se de 
modelos educativos. 
Segundo Perrenoud (2002, p. 70) “nem todas as experiências profissionais 
proporcionam uma aprendizagem no calor do momento. A rotina não permite um 
eficaz questionamento, ao contrário, ela traz um conforto nas ações, por sua 
estrutura”. Contudo, é a reflexão (individual e/ou coletiva) que tem seu papel 
fundamental para que o contexto seja uma autoinformação, que propicia uma ação 
com eficácia. 
 Conforme o professor avalia se suas práticas pedagógicas estão sendo 
eficazes e significativas no processo de ensino-aprendizagem ele pode avaliar a 
efetividade de seu trabalho. É válido ressaltar que não se pode avaliar uma 
educação com igualdade mas sim com equidade2. 
 Nesse sentido é ainda mais fácil de entender como precisa ser proveitosa a 
formação continuada, pois ela pode auxiliar nessa questão, onde o professor precisa 
analisar e se necessário interferir na linha de ensino na qual ele havia trabalhado e 
entender como cada aluno recebeu aquelas informações de conhecimento, filtrar e 
dar ou não continuidade ao raciocínio. 
 A qualidade da formação continuada define a qualidade na equidade na 
educação e metodologia do professor em sala de aula, assim como o deixa 
preparado para novas escolhas. Freitas (2007, p. 44), 
[...] A formação continuada transforma-se em recurso estratégico para que 
as “inovações” sejam materializadas nas salas de aula. Em outra lógica, a 
 
2 Equidade para Carlos Jamil Cury (2013) é reconhecer a imparcialidade do direito de cada indivíduo. 
 
 
19 
 
dinâmica da formação continuada consiste em um caminho para a 
reapropriação da experiência adquirida, tendo em vista adequá-la com as 
novas situações vividas pelos docentes na atualidade. 
 A formação continuada estabelece no professor a principal função de 
estimular e capacitar às habilidades reflexivas de seus alunos, o professor em 
processo de formação tem a percepção para criar e melhorar sua prática 
pedagógica, mediante avaliação de resultados. Para Garcia (1999, p. 22): 
A formação continuada de professores favorece questões de investigação e 
de propostas teóricas e práticas que estudam os processos nos quais os 
professores se implicam, e que lhes permite intervir profissionalmente no 
desenvolvimento do seu ensino, do currículo e da escola. 
Em meio à iminentes mudanças no âmbito educacional, a formação 
continuada passa a ser interpretada como uma “[...] exigência da atividade 
profissional no mundo atual” (BRASIL, 2006, p. 2), a qual não pode se resumir a um 
ato que supra as faltas da formação inicial, pois os atos profissionais são 
reelaborações diárias dos conhecimentos que desenvolvem uma postura reflexiva 
do comportamento pedagógico. Tal postura permite ao professor ser sujeito de sua 
ação, dar significação às suas experiências e práticas, compreendendo suas 
dificuldades diárias a fim de enfrentá-las da melhor maneira possível. (BRASIL, 
2006) 
Partindo da ideia de que para uma educação qualificada e comprometida com 
a formação de cidadãos críticos, é fundamental pensar nos agentes formadores e 
em sua formação, tanto inicial, quanto continuada (CANDAU, 1996). Quanto a 
formação inicial, torna-se um requisito básico de atuação. Entretanto, a formação 
continuada requer uma atenção especial e crucial para o acompanhamento dos 
avanços sociais. 
A formação inicial precisa passar por reformulações profundas. Isso implica 
em garantir ao profissional um conhecimento básico para a sua atuação no âmbito 
escolar, pois a aprendizagem ocorre quando por meio de uma experiência onde se 
observa o conhecimento anterior sobre uma ideia, comportamento ou conceito. 
Segundo Libâneo (2004, p. 227): 
O termo formação continuada vem acompanhado de outro, a formação 
 
 
20 
 
inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e 
práticos destinados à formação profissional, completados por estágios. A 
formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o 
aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de 
trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além 
do exercício profissional. 
 Nesse sentido procura-se sempre adquirir conhecimentos seja por meio de 
uma graduação, pós-graduação, seminários, palestras, encontros pedagógicos 
enfim, todos os cursos que venham contribuir para a formação pessoal e 
profissional. 
 Além disso, coloca-se em prática o que é aprendido no exercício da profissão 
com o desejo de contribuir para um melhor desempenho e uma melhor 
aprendizagem dos alunos. Nesse sentido para Nóvoa (1992, p. 139-158). “A troca 
de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços de formação mútua, 
nos quais cada professor é chamado a desempenhar simultaneamente, o papel de 
formador e de formando”. 
Sendo assim, o professor não somente transmite o que sabe, mas tambémrecebe novas experiências de aprendizagem. Com isso, no próximo capítulo 
abordar-se-á sobre a formação continuada dos professores, para compreender 
melhor seu trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
3 A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES 
 
 A formação continuada do professor precisa ser compreendida como um 
processo de evolução, pois tudo o que o professor adquire em suas formações ele 
transforma em conhecimento, e, tudo que ele transforma em conhecimento ele 
transfere para seus alunos. Para Nóvoa (1992, p. 27) “[...] valorização de 
paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, 
que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que 
participem como protagonistas na implementação das políticas educativas”. 
 As formações continuadas, abrem um leque para o professor, pois, ele se 
torna cada vez mais reflexivo e crítico, onde procura sempre estar em constante 
aprendizado, fazendo que suas aulas sejam inovadoras. De acordo com Elliott 
(1998), na pesquisa-ação o lugar de trabalho dos professores configura-se em 
contexto de aprendizagem para especialistas (pesquisadores) e práticos 
(professores). 
No próximo capítulo será exposto o desenvolvimento profissional do professor 
e a construção de sua carreira. 
3.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO PROFESSOR 
 A formação básica do professor e como ele se constrói ao longo da sua 
carreira profissional são fundamentais para que se compreendam as suas práticas 
pedagógicas. Ser professor, é uma prática que exige muita dedicação e estudo 
constante com novas tecnologias e metodologias de ensino-aprendizagem. Com 
base nisso, a formação continuada, pode ser compreendida como parte do 
desenvolvimento profissional que acontece durante o da carreira de um professor. 
 É de extrema relevância que o professor esteja adaptado em seu ambiente 
profissional de forma que as instabilidades do dia a dia não sejam desgastantes e 
possam prejudicar sua didática. Isso só é possível com a formação continuada e 
todas as facilidades que ela proporciona. O professor que alinha conhecimento e 
prática com toda certeza obtém melhores resultados em sala de aula e assim sua 
carreira profissional se torna satisfatória e realizadora. 
 
 
22 
 
 O desenvolvimento profissional de um professor garante além de um lugar no 
mercado de trabalho, um resultado de excelência. Para Freitas (2007, p. 44): 
A formação continuada transforma-se em recurso estratégico para que as 
“inovações” sejam materializadas nas salas de aula. Em outra lógica, a 
dinâmica da formação continuada consiste em um caminho para a 
reapropriação da experiência adquirida, tendo em vista adequá-la com as 
novas situações vividas pelos docentes na atualidade. 
 O profissional da educação tem como missão a relação com a prática 
educativa e suas modificações constantes ao longo de sua carreira. O educador que 
reconhece suas limitações e busca superá-las tem sucesso em seus objetivos, a 
partir do momento em que ele pode identificar o contexto social em que está 
inserido, e qual a melhor maneira de se adequar a ele, o seu trabalho se torna mais 
fácil e seus resultados são qualitativos. 
A formação continuada estabelece no professor a principal função de 
estimular e capacitar atitudes reflexivas de seus alunos, o professor em processo de 
formação tem a percepção para criar e melhorar sua prática pedagógica, mediante 
avaliação de resultados. 
 O professor precisa estar cada vez mais qualificado buscando a formação 
continuada como forma de aprimorar a sua prática docente. Assim ele pode usar de 
suas varias habilidades para poder acompanhar a educação. Ser um profissional 
pesquisador e mediador de pesquisas e estudos onde ele dá a oportunidade para 
que seus alunos entendam a importância da descoberta, de ir além daquilo que está 
dentro da sala de aula e buscar outros meios de conhecimento. 
Além disso, é necessário o envolvimento da família, escola e comunidade, 
pois pode afetar no ambiente escolar e sua aprendizagem. Todos esses fatores, o 
modo como a família vê a escola e fala dela é um dos principais fatores no processo. 
Segundo Perrenoud (2002, p. 75), “[..] o valor que a família dá à unidade de ensino, 
a forma como os pais vivenciaram a própria escolarização e as expectativas em 
relação aos filhos influenciam muito no sucesso das crianças”. 
 Dessa forma, é necessário um trabalho em equipe onde a escola envolva 
família, comunidade, professores e alunos. Para uma boa educação não se possa 
deixar somente nas mãos dos professores e sim precisa-se ser um trabalho em 
 
 
23 
 
conjunto, o que pode ser entendido no capítulo seguinte o professor e sua prática 
pedagógica. 
3.2 PROFESSOR: PRÁTICA PEDAGÓGICA 
Ser um professor, não é tão fácil quanto parece, quando se quer ser um 
professor responsável e comprometido com o seu trabalho, é preciso ir à busca de 
novas possibilidades de incluir em sua prática metodologias significativas ao 
processo de ensino-aprendizagem. 
O professor necessita unir a teoria e a prática de ensino, visto que um 
depende do outro, buscando estar sempre se aprimorando para oferecer um ensino 
de boa qualidade, sua formação teórica e prática ajudam na qualidade de ensino, 
visto que as mudanças sociais poderão gerar uma transformação ao ensino-
aprendizagem, onde será necessário um bom profissional e pessoal. 
Compreende-se que há uma grande preocupação com a formação continuada 
dos professores, pois, de acordo com Nóvoa (1992, p. 20), “não existe qualidade ao 
ensinar, reestruturação educativa e pedagógica sem estabelecer uma formação 
além da inicial, a formação continuada”. 
A formação continuada permite substituir e aprimorar a forma linear do pensar 
na educação, ampliando os horizontes dentro de sala de aula, os quais se refletirão 
socialmente e propiciarão ao professor uma forma de pensar com mais liberdade e 
independência intelectual, facilitando o conjunto de ações coletivas que 
desenvolverão os professores em suas atuações individuais (NÓVOA, 1992). 
 A formação e o trabalho docente são questões importantes para quem deseja 
estar em constante processo de aprendizagem, buscando novas metodologias que 
irão reinventar e inovar a qualidade de ensino. Segundo Nóvoa (2002, p. 23). “O 
aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, 
como agente, e a escola como lugar de crescimento profissional permanente”. 
 Assim, quando o docente busca se desenvolver e se atualizar na prática 
pedagógica ele está criando condições favoráveis tanto na formação continuada 
quanto na sua valorização no meio educacional para melhorar o desempenho do 
seu trabalho. As universidades vêm ocupando um papel essencial, mas não são as 
 
 
24 
 
únicas, para a formação de professores. 
O desenvolvimento profissional não corresponde só a cursos de formação de 
professores, mas soma ao conhecimento adquirido ao longo da vida. A formação 
não conduz só no saber na sala de aula é preciso garantir uma gestão escolar de 
qualidade, com diversas práticas pedagógicas, na perspectiva histórica e 
sociocultural. Percebe-se que os docentes precisam de qualificação tanto na área 
pedagógica como nos campos específicos do conhecimento. 
A busca pela formação continuada é o melhor caminho a ser seguido 
decorrente de qualquer conhecimento. O desenvolvimento profissional começa pela 
sua formação inicial e continuada, havendo um processo em conjunto com sua vida, 
escola, pedagógico e sua prática. Para Tura (2002, p. 170): 
Crenças, aptidões, valores, atitudes e disposições adquiridas em outros 
ambientes culturais se articulam aos novos saberes aprendidos no colégio, 
pois são os sujeitos educacionais, entendidos como sujeitos culturais, que 
irão conferir significado aos conhecimentos escolares, e por isso se realiza 
em um processo de interação entreculturas que produz outro discurso, por 
vezes estranho para os mestres e mestras. 
 O professor, não pode parar de estudar, para ser um professor reflexivo em 
sua prática pedagógica, ganhando seus conhecimentos, tornando-se crítico. 
Imbernón afirma (2001, p. 48-49): 
A formação terá como base uma reflexão dos sujeitos sobre sua prática 
docente, de modo a permitir que examinem suas teorias implícitas, seus 
esquemas de funcionamento, suas atitudes etc., realizando um processo 
constante de auto avaliação que oriente seu trabalho. A orientação para 
esse processo de reflexão exige uma proposta crítica da intervenção 
educativa, uma análise da pratica do ponto de vista dos pressupostos 
ideológicos e comportamentais subjacentes. 
Diante disso, se fala muito em educação de qualidade, para que isso ocorra é 
preciso do comprometimento de todos. Segundo Freire (1996, p. 96) “[..] o bom 
professor é o que consegue, enquanto falar, trazer o aluno até a intimidade do 
movimento do seu pensamento”. 
Sua aula se torna um desafio para manter o aluno em sintonia com o que está 
mediando na sala de aula, muito já mudou na educação, especialmente aos 
professores, onde precisa-se ter uma formação adequada com os requisitos da LDB 
 
 
25 
 
(9394/96), mas já consegue-se ver essas modificações. A formação nem sempre é o 
suficiente para ter uma prática de ensino de qualidade, é necessário que as políticas 
públicas definam maneiras de melhorias de trabalho e que envolvam mais a escola e 
comunidade. 
As práticas de formação continuada tem sido uma medida de reconhecimento 
necessária, embora tenha uma enorme discrepância entre o volume de recurso 
humano, financeiros investidos e o resultado da qualidade da aprendizagem dos 
alunos. O objetivo da formação continuada dos professores seria voltado à melhoria 
da qualidade do trabalho dos professores e à qualidade da educação, porém não há 
valorização suficiente. A realidade da educação brasileira, complexa e heterogênea, 
não permite que a formação de professores seja compreendida como um processo 
linear, simples e único. Segundo Sousa (2008, p. 42): 
Ser professor, hoje, significa não somente ensinar determinados conteúdos, 
mas sobretudo um ser educador comprometido com as transformações da 
sociedade', oportunizando aos alunos o exercício dos direitos básicos à 
cidadania. 
Há um conjunto de circunstâncias político-administrativas, organizativas e 
metodológicas que geram impasses no campo da formação continuada. As questões 
político-administrativas são as relacionadas ao papel desempenhado pelos 
governantes e gestores do sistema educacional. Assim, fica evidente a falta de 
articulação entre as instâncias de gestão do sistema, a descontinuidade dos projetos 
e programas de um governo para o outro, a falta de incentivos salariais ou 
institucionais para que os professores possam participar de programas de formação. 
Segundo Rosa Maria Torres, (1985), “se faz necessário promover as transformações 
necessárias nas instituições responsáveis por formar professores, para que o 
processo de formação aconteça num contexto favorável ao desenvolvimento de 
diferentes competências profissionais”. 
A formação continuada sempre foi necessária, pois esse processo de 
aperfeiçoamento permite assegurar uma ação docente significativa, assim permite 
ao professor saber lidar com as gerações interativas e tecnológicas, além de outras 
dificuldades que se deparam em seu cotidiano. Ainda é visto que há desinteresse 
dos professores em buscar programas de formação continuada, isso porque, muitas 
 
 
26 
 
vezes, acham que estes programas não contribuem para seu desenvolvimento 
profissional, o que na verdade estes acrescentem muito em suas necessidades do 
cotidiano escolar e valorização da sua experiência e saber, assim agregando a sua 
teoria com a prática pedagógica. A formação continuada não só ajuda a 
compreender que a teoria e a prática se completam como também proporciona o 
entendimento da necessidade de nela fundamentar-se. 
 Os professores precisam estar em constante crescimento e estar sempre 
atualizados com relação ao que ensinam, logo, um aspecto fundamental da 
formação continuada é manter a formação docente íntegra, tomando como base a 
questão científica, esta abrange o desenvolvimento e atualização dos 
conhecimentos, a pedagógica que seria os métodos e técnicas em função do avanço 
tecnológico e recursos de ensino, logo o pessoal permite que o professor reflexionar 
sobre os valores, crenças e atitudes que fazem parte da ação docente. Para Lino 
Macedo, (2010, p. 36-37): 
A valorização dos processos de aprendizagem dos próprios professores, ou 
seja, no investimento pessoal e institucional de seu aperfeiçoamento 
continuo, segundo a criação ou produção de diferentes contextos de 
aprendizagem também par ao professor e não só para o aluno. 
Nessa perspectiva, a formação continuada possibilita ao professor a obtenção 
de conhecimentos específicos, capacitando-os a atender as demandas e exigências 
impostas pela sociedade, as quais foram modificadas com o passar do tempo, 
portanto o professor deve estar em constante crescimento para sua atualização 
profissional. 
 Para Guterres (1990, p. 72) o "primeiro momento que denuncia alguma coisa 
que precisa ser reformulada ou transformada", onde é colocado que todo 
investimento dentro da formação continuada é para a transformação do professor 
critico e reflexivo e assim poderão mudar dentro das salas de aula. 
 Contudo, alguns perfis de professores podem ser entendidos, assim sendo 
será destacado apenas três: Professor reflexivo, inovador e mediador de 
conhecimento. 
 
 
27 
 
3.2.1 Professor reflexivo 
O professor precisa se tornar reflexivo para uma melhor condição de trabalho 
com seus alunos, pois, quanto mais buscamos conhecimento, mais podemos 
oferecer a eles. O professor precisa ser incentivado a buscar facilidade de 
conhecimento, assim colocando estratégias em seus pensamentos e organizações 
de sala de aula. Segundo, Imbernón (2000, p. 39) 
Trata-se de formar um profissional prático-reflexivo que se defronta com 
situações de incerteza, contextualizada e únicas, que recorre à investigação 
como forma de decidir e de intervir praticamente em tais situações, que faz 
emergir novos discursos e concepções alternativas de formação. 
 Uma formação de qualidade é fundamental para o processo de um 
professores. Ele precisa refletir a respeito de suas práticas educativas e suas ações 
dentro de sala de aula. De acordo com Schön (2000) é importante que o professor 
reflita sobre o seu ensino fazendo assim uma autoaprendizagem por meio de análise 
e interpretação da sua própria atividade. Quando o professor pesquisa sobre a sua 
aula, ele está refletindo a ação pedagógica olhando o seu trabalho e a atuação de 
seus alunos. O professor tornar-se-á o produtor de seu conhecimento profissional e 
pedagógico à luz de teorias escolhidas. 
 O professor tem que ser produtor de suas próprias aulas, ele precisa ser 
confiante diante de suas ações e sempre estar preparado para novos desafios 
postos em sala de aula. Para Maciel Neto (2002, p. 38) “Um docente despreparado 
cata fórmulas feitas, imita autores, precisa de receitas. Prefere teorias oficiais, para 
esconder-se atrás delas”. 
 Perrenoud (2002, p. 90) trás que “os saberes advindos da experiência e da 
ação dos profissionais e desenvolver uma forte articulação teoria-prática e uma 
verdadeira profissionalização”. Ação reflexiva pedagógica do professor é de extrema 
importância, é, onde eles ensinam a pensar e valorizam suas práticas. 
 Para Mendes (2012, p. 17) “[...] é preciso dar uma formação que leve crianças 
e jovens a terem um papel ativo na construção do seu corpo de conhecimento [...]”. 
Contudo, fazem com que seus alunos sejam participantes do processo de 
aprendizagem, deixando-os construir suas próprias pesquisas, transformando suas28 
 
aulas em uma troca de conhecimento. 
3.2.2 Professor inovador 
 A carência de professores qualificados tem se constituído num dos marcos 
mais importantes para a expansão da inovação da educação. O professor se depara 
com o desafio de envolver sua turma ao dar seu conteúdo preparado, assim sendo 
necessário ter estratégias que o auxilie neste momento, até porque na sala de aula 
cada aluno tem sua característica. Assim, a inovação tem característica importante 
na melhoria e renovação da qualidade educativa. O conceito de inovação é bastante 
abrangente do que os conceitos de mudança, renovação ou de reforma. Para 
Cardoso (1992, p. 85): 
A inovação pedagógica traz algo de "novo", ou seja, algo ainda não 
estreado; é uma mudança, mas intencional e bem evidente; exige um 
esforço deliberado e conscientemente assumido; requer uma ação 
persistente; tenciona melhorar a prática educativa; o seu processo deve 
poder ser avaliado; e para se poder constituir e desenvolver, requer 
componentes integrados de pensamento e de ação. 
O papel do professor nos projetos inovadores são amplos e avançados. 
Precisam ultrapassar as informações específicas, sendo mentores profissionais na 
vida dos alunos. A formação inicial e continuada de professores em instituições 
inovadoras segue a ideologia de processos de ensinar como se aprende, dando 
ênfase na orientação em tecnologias digitais presenciais e online. 
3.2.3 Professor mediador de conhecimento 
O professor tradicional, que somente transmite conhecimentos, perde seu 
espaço na sociedade contemporânea. Entra em ação um novo docente “o mediador 
do conhecimento”. Segundo Libâneo (1999, p. 29): 
O que se afirma é que o professor media a relação ativa do aluno com a 
matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas 
considerando os conhecimentos, a experiência e os significados que os 
alunos trazem à sala de aula, seu potencial cognitivo, suas capacidades e 
interesses, seus procedimentos de pensar, seu modo de trabalhar. Ao 
mesmo tempo, o professor ajuda no questionamento dessas experiências e 
significados, provê condições e meios cognitivos para sua modificação por 
 
 
29 
 
parte dos alunos e orientando-os, intencionalmente, para objetivos 
educativos. 
 O Educador precisa respeitar o aluno, suas experiências anteriores 
estabelecendo diálogos, questionamentos e abrindo espaço para os mesmos 
exporem sues pontos de vista e sentimentos. Ou seja, o professor desempenhará o 
papel de facilitador da aprendizagem. Segundo Loureiro (2004, p. 84): 
Contudo, essa mediação se dá como atividade relacional no ensino, ou 
seja, o professor surge como mediador da relação ativa do aluno com o 
saber, considerando seus conhecimentos e experiências prévios. Nesse 
sentido, toda aprendizagem requer mediação e o professor tem um 
importante papel na mediação da relação epistemológica, assim como 
constituição da identidade da criança ao levar em consideração os 
elementos do universo vivencial do aluno. 
 O docente precisa mediar os conhecimentos existentes, levando em 
consideração as experiências e conhecimento anteriores dos alunos e articulá-los 
com conhecimentos atuais, de forma que a aprendizagem se torne relevante para o 
aluno. 
 Dessa maneira, o docente é percebido como o mediador da escola, pois tem 
função de fazer elo entre a escola e a comunidade. Atuando dentro e fora de sala de 
aula, relacionando conteúdos pedagógicos com acontecimentos atuais que ocorrem 
no mundo. Levando em consideração o contexto no qual está inserido. 
 O próximo capítulo traz a formação continuada dos professores e seus 
desafios e dificuldades, que muitas vezes enfrentam dentro de sala de aula, assim 
percebendo como são infinitos seus obstáculos, para se dar uma educação digna a 
seus alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
4 FORMAÇÃO CONTINUADA SEUS DESAFIOS E DIFICULDADES 
ENFRENTADAS 
 Neste capítulo será tratado dos desafios encontrados pelos professores 
dentro de sala de aula como docente, e citar dentre várias, as dificuldades que eles 
enfrentam para dar continuidade em seus conhecimentos nas formações 
continuadas. 
 As transformações dentro da docência que invade transitoriamente nas 
escolas e nas vidas de seus alunos, parecem estar presas em um grande debate, 
segundo Ens (2011, p. 11) “[...] percebe-se que os docentes estão encurralados 
entre tensões e incertezas para desempenhar a função de ensinar graças às 
transformações da sociedade que têm provocado significativas alterações no mundo 
do trabalho.” Assim mostra como a situação da sociedade interfere dentro das 
escolas e principalmente na vida dos docentes em suas práticas. 
 Neste contexto percebe-se as dificuldades enfrentadas pelos professores na 
formação continuada. Ens (2011, p. 13): 
Investir numa proposta de formação continuada de professores, que 
conduza a sua profissionalização, estruturada a partir da reflexão, de forma 
sistemática, implica assegurar condições de trabalho que favoreçam, 
mediante a interconexão da auto e heteroformação, a parceria colaborativa, 
o conhecimento em redes dinâmicas e uma formação que, efetivamente, 
resinifique e potencialize a revisão, a reconstrução da prática pedagógica, 
consolidando saberes, constituindo identidades e favorecendo a valorização 
da docência pela superação dos desafios enfrentados na atualidade. 
 Contudo, a formação continuada pelos professores, é decorrente de um 
grande desafio, para estar ampliando o conceito real da importância que é 
desenvolvida pelos docentes dentro de sala de aula, porém, ainda há muitos 
desafios e dificuldades a serem enfrentadas. 
4.1 DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PELO PROFESSOR 
 Os professores enfrentam várias dificuldades, que interferem diretamente na 
prática pedagógica, frente a sociedade parece ser tarefa árdua, onde se aceita a 
possibilidade de uma crítica responsável e aberta, que permite uma visibilidade da 
 
 
31 
 
função do professor perante a comunidade, mas o que se registra frequentemente 
nas instituições é um corporativismo e radicalismo exagerados, esvaziados de 
alternativas ágeis e criativas para resolver o problema da qualificação do docente. 
Segundo Nóvoa (1992, p. 12): 
Um novo movimento a nível internacional aponta para a possibilidade de um 
restabelecimento de função do professor no meio social, através da 
construção da profissão do professor. Esta proposição passa pela 
necessidade de pensar a formação de professores a partir de uma reflexão 
fundamental sobre a profissão docente. 
Cunha e Fernandes (1994), relata que no passado os educadores 
responsáveis pela formação de docentes preocupavam-se em passar suas 
experiências para que os futuros professores pudessem reproduzi-las. A cópia não 
se reproduzia no momento da prática, pois os alunos eram outros e a realidade não 
se encaixava no que o professor havia aprendido. 
 Ao encerrar a graduação, a ideia era de sair “formados” profissionalmente 
para os graduando, prontos e acabados para enfrentar a sala de aula. Essa ideia 
permaneceu por muitas décadas. Nesta perspectiva, o licenciando enfrentava a 
força de trabalho, acreditando estar totalmente capacitado para ser professor. A 
realidade no entanto, era outra, encararam a difícil visão de que teriam que aprender 
sozinhos e encontrar na metodologia do ensaio e do erro, a solução para os desafios 
encontrados no meio escolar (CUNHA e FERNANDES, 1994). 
 Durante um bom tempo, houve uma abordagem sistêmica com o modelo da 
racionalidade técnica. Com o estabelecimento do diálogo, houve a possibilidade de 
reflexão conjunta aluno e professor, estabeleceram uma nova relação no meio 
escolar. Com as manifestações da comunidade estudantil, o docente passou a 
enxergar que era um profissional como outro, portanto merecia remuneração digna, 
respeito social, mas, em contrapartida, precisava apresentar um trabalho 
competente (CUNHA e FERNANDES, 1994).A forma como o professor desempenha sua função, de um modo geral, vem 
dificultando o trabalho coletivo e participativo. A fragmentação do trabalho, a 
centralização burocrática, a falta de parceria, atuam significativamente de modo a 
neutralizar a criação de um docente profissionalizado. Basta observar uma 
 
 
32 
 
assembleia de professores, para verificar a dificuldade em discutir os problemas que 
afetam a classe, os docentes ainda não estão preparados para debater suas 
próprias dificuldades. 
 A maior dificuldade que o docente encontra é observar o professor como um 
profissional especializado, assim, ele produz o desejo do conhecimento. Cunha e 
Fernandes (1994, p. 01), apresentam uma reflexão que alerta: 
O ensino reprodutivo dá ênfase à repetição e à memória. Nele o aluno é 
induzido a não questionar, a perseguir um único caminho para aprender e a 
repetir o professor e o livro. Os métodos privilegiam a concepção de que o 
professor é a principal fonte de informação e pela palavra, passa aos 
estudantes este estoque que acumulou. Não há lugar para dúvidas neste 
paradigma de ensino e sim a prática de certezas, da resposta única, da 
estrutura do saber acabado, descontextualizado e histórico. 
Muito se discute sobre a capacitação dos docentes, mas os mecanismos 
encontrados advêm sempre de situações de fora da escola: do Ministério da 
Educação, das Secretarias Estaduais e Municipais, enfim, dos órgãos de controle. 
Os professores não são ouvidos sobre as suas dificuldades e expectativas, as 
propostas são autoritárias e, quando muito, propõem discussões sobre ele e não 
com eles. Segundo Nóvoa (1992, p. 23 - 24): 
A profissionalização é um processo através do qual os trabalhadores 
melhoram o seu estatuto, elevam os seus rendimentos e aumentam a sua 
autonomia. Ao invés, a proletarização provoca uma degradação do estatuto, 
dos rendimentos e do poder. É útil sublinhar quatro elementos deste último 
processor. A separação entre a concepção e a execução, a 
estandardização das tarefas, a redução dos custos necessários à aquisição 
da força de trabalho e a intensificação das exigências em relação à 
atividade laboral. 
 A formação continuada propõe olhar para nossas ações de forma reflexiva-
ativa. Ela consiste em ações de formação dentro e fora da jornada de trabalho, 
sendo de responsabilidade das secretarias de Educação e também das instituições, 
mas a busca intensa e mais importante será sempre a do professor. O que acontece 
na prática da formação continuada, é que na participação em cursos pelos docentes 
a participação dos professores municipais em cursos de formação continuada é 
frequente, a dos professores de escolas estaduais é pouca e a dos professores das 
escolas particulares varia entre frequente e menos assídua. (BEHRENS, 1996). 
 
 
33 
 
 Os cursos são oferecidos pelas secretarias para os professores da rede 
Municipal e Estadual, mas não se pode dizer que estes estão sendo disponibilizados 
a todos. A formação continuada exerce um papel importante para o professor por ser 
motivadora, sendo necessário que seja levantado temas junto aos professores, que 
sejam próximos das atividades pedagógicas, para que possa ser realmente 
transformadora na prática. 
 É preciso que haja um esforço não só do professor, mas também do gestor-
pedagogo para o desafio de despertar para uma escola de qualidade com 
identidade, fazendo com que as propostas de formação continuada tenham êxito 
efetivo na qualificação dos profissionais envolvidos no fazer pedagógico, de forma 
que a participação nos cursos, oficinas e palestras seja para todo o corpo docente e 
não apenas para alguns privilegiados. Paulo Freire (1982, p. 96): 
Eu agora diria a nós, como educadores e educadoras: ai daqueles e 
daquelas, entre nós, que pararem com a sua capacidade de sonhar...ai 
daqueles e daquelas que, em lugar de visitar o amanhã, o futuro, pelo 
profundo engajamento com o hoje, se atrelem a um passado de exploração 
de rotina. 
 A sociedade está em constante transformação e a formação continuada leva 
às mudanças e abre caminhos que orientam e dão suporte frente a novos desafios. 
 Não se pode ignorar os problemas advindos das dificuldades dentro da 
formação continuada, como no caso a insatisfação com as condições de trabalho, a 
desvalorização social, sentimentos de insegurança em seu trabalho afetando 
profundamente na suas práticas pedagógicas. Contudo, são grandes as dificuldades 
encontradas pelos professores, e agora irá ser discutido alguns desses pontos 
 Por conta das grandes transformações sociais principalmente na educação, 
as pessoas acabaram tendo um olhar mais aprofundado para as instituições de 
ensino, submetendo-a a uma análise constante, e os professores acabaram ficando 
com uma tarefa cada vez mais exigente e de responsabilidade, pois educar não é 
tão simples como se pensa. E para isso requer que os profissionais tenham uma 
formação e uma orientação pedagógica voltada a realidade em que vivemos, assim 
não pode-se esquecer que a formação continuada é o melhor caminho para um bom 
exercício de novos formadores. 
 
 
34 
 
 Para Antunes (2004, p. 47) “Vê-se necessidade de despertar a consciência de 
que todo ser humano é sempre agente transformador do mundo e que essa ação 
deve ser dirigida no sentido de uma busca pela melhoria do ambiente e das 
pessoas”. A formação continuada do profissional é processo constante, assim 
desenvolvendo um senso critico sobre suas práticas. 
 Mas percebe-se uma grande dificuldade dos profissionais da educação 
estarem se aperfeiçoando em sua área, segundo Morosov (2008), as práticas em 
sala de aula em geral não ocorrem tão “perfeitas” quanto na teoria, fazendo com que 
uma mistura de métodos e abordagens se torne necessária, dependendo da 
realidade do professor. 
 Em meio às dificuldades dos professores em desenvolver sua formação, tem 
que primeiramente perceber como é a realidade em sala da aula, assim como 
também dos métodos e recursos existentes. A necessidade de uma formação 
continuada de professores está relacionada com sua realidade das práticas 
educacionais, por isso Bernardo (2004) enfatiza que as políticas educacionais tem-
se tornado o foco da implementação da formação docente por meio de reformas que 
visam a melhoria da qualidade da educação básica. 
 Gatti (2010) sugere é que as licenciaturas devem se preocupar não só com as 
estruturas que suas instituições oferecem, mas, também devem propor alternativas 
na reformulação de seus currículos e conteúdos formativos, visando principalmente 
a reestruturação de uma nova identidade docente que valorize a construção do 
saber. Percebe-se a preocupação quanto à formação continuada de professores 
uma necessidade dentro das instituições de aprendizagem, pois o próprio sistema 
de ensino torna isso como uma exigência dentro de seu âmbito de trabalho. Porém 
não dão subsídios de trabalho e organização pedagógica para o mesmo. 
Um dos desafios a ser enfrentado na formação da docência é mostrar que 
existe vários modelos de práticas de ensino. Portanto, é um momento de reflexão no 
processo da formação e das práticas de ensino. Por este motivo temos que estar 
atentos a mudança dentro da profissão, fortalecendo seus vínculos com a sala de 
aula e a estratégias de aprendizagem sempre. O professor deve estar em constante 
aprendizado, onde a formação continuada deve estar continua em sua vida. Para 
 
 
35 
 
Carvalho e Perez (2001, p. 111): 
Um dos resultados significativos provenientes das pesquisas em formação 
de professores é o que indica um dos obstáculos para o professor adotar 
uma atividade docente inovadora e criativa, além da já discutida falha no 
mínimo de conteúdo, são suas ideias, sobre ensino e aprendizagem, “as 
ideias do senso comum”. 
 Contudo, percebe-se que a função do professor é proporcionar uma 
educação de qualidade e garantir aos seus alunos na sua formaçãode cidadãos 
críticos nesse novo tempo de contemporaneidade. Kenski (2001, p. 103) afirma que: 
O papel do professor em todas as épocas é ser o arauto permanente das 
inovações existentes. Ensinar é fazer conhecido o desconhecido. Agente 
das inovações por excelência o professor aproxima o aprendiz das 
novidades, descobertas, informações e noticias orientadas para a efetivação 
da aprendizagem. 
 Desta forma, o professor é colocado diante de grandes desafios, começando 
pelas transformações tecnológicas de informação em sala de aula, onde tem que se 
estar aberto a grandes mudanças e é necessário ser um bom planejador, pois, as 
tecnologias são de grande valia para um processo de formação. Para Moran (2007, 
p. 103): 
As tecnologias nos ajudam a encontrar o que está consolidado e a organizar 
o que está confuso, caótico, disperso. Por isso é tão importante dominar 
ferramentas de busca da informação e saber interpretar o que se escolhe, 
adaptá-lo ao contexto pessoal e regional e situar cada informação dentro do 
universo de referências pessoais. 
Diante dos desafios que permeiam a função docente, na atualidade e com 
tantas dificuldades inerente a educação, requer do professor ações e conhecimento 
além de suas práticas. Para Demo (2004, p. 25): 
[...]ser profissional da educação hoje é acima de tudo saber continuamente 
renovar sua profissão. Entende-se então que o professor enquanto 
profissional deve ser um eterno aprendiz e sendo capaz de refletir sobre sua 
prática diária, pois na verdade, não só no trabalho, mas em todos os 
aspectos da vida. Com isso constata-se que o professor nunca está pronto, 
acabado, mas, sempre em processo de (re) construção de saberes. 
 Assim, o professor, consegue estar em constante aprendizado e 
desenvolvimento da sua formação, onde procura meios para buscar seu 
 
 
36 
 
aperfeiçoamento profissional dentre outras tendências educacionais e recursos de 
aprendizagem. 
Para o desenvolvimento social e profissional do professor é necessário 
pensar nas condições de educação e entre essas está a formação de professores. A 
formação implica em cursos de qualidade, no atendimento das necessidades do 
ensinar e do aprender. De acordo com Nóvoa (1992) não existe qualidade ao 
ensinar, reestruturação educativa e pedagógica sem estabelecer uma formação 
além da inicial, a formação continuada. 
 Apesar da formação continuada não ter subsídios suficientes que possibilitem 
por si só a formação e preparação dos professores, Lima (2011) afirma que esta 
ainda ocupa um lugar importantíssimo no processo de formação e que, do ponto de 
vista da racionalidade prática, é imprescindível. 
 Percebe-se como os professores tem dificuldade em dar continuidade a sua 
formação. Altenfelder (2005, p. 15) cita, em suas experiências com professores que: 
[..]uma das principais dificuldades encontradas na formação continuada é o 
cansaço e a falta de disposição dos professores para buscar novas 
possibilidades no processo de construção do saber em sua área de 
atuação, desse modo isso acaba se tornando uma barreira que impede 
investimento na qualificação da formação deste profissional. Em 
contrapartida, para aqueles professores que ainda se sentem 
entusiasmados com as novas propostas de formação continuada,promovida 
por programas federais, as dificuldades também não são menores, pois o 
acesso a estes programas ainda é restrito e as condições financeiras 
desses professores não permitem o engajamento dos mesmos nessas 
novas propostas.Problema ainda maior é o vínculo empregatício, que 
muitos professores mantém com até três escolas diferentes para poderem 
receber um salário melhor, e o número excessivo de aulas dadas, que faz 
com que o professor se torne desmotivado dentro dessa expectativa. 
 Com esses elementos colocados pelo autor os professores buscam sempre 
de alguma maneira, mesmo com tantas dificuldades, estar atendendo seus alunos 
da melhor forma possível. 
 O professor tem a missão e o desafio de formar cidadãos críticos e pensantes 
capazes de refletir sobre a cultura da sociedade e educação. 
 Isso implica na importância dos professores trabalharem com a 
interdisciplinaridade, e no investimento que ele faz em sua carreira, reformulando 
seu curriculum e avaliando quais as melhores alternativas que possam ajuda-lo a 
 
 
37 
 
melhorar forma de ensino aprendizagem. Segundo, Grillo (2001, p. 78) 
A docência realizada pelo professor para dar conta do ensino apresenta-se 
desde logo como uma atividade complexa, pela convergência concomitante 
de questões teóricas e praticas, com origens no enfrentamento do cotidiano 
escolar – a dimensão interna da docência – e ainda na reflexão pedagógica 
sobre o homem e suas finalidades. 
 A formação continuada do professor está sendo cada vez mais exigida, e o 
mesmo necessita assumir o compromisso de estar sempre em constante 
conhecimento e aliar didática qualitativa a sua capacitação, assim como por em 
prática cada uma de suas novas técnicas e teorias para que isso possa ser 
analisado se realmente esta sendo produtivo. 
 A construção do professor se da durante um longo processo de conhecimento 
e interação com o novo, o professor deve estar sempre em posição de pesquisador 
buscando novas alternativas e novos caminhos. 
 É uma estratégia muito sabia que professores possam trabalhar juntos e unir 
experiências vividas e conhecimentos distintos. Segundo, Nóvoa (1992, p. 23) 
A formação não se constrói por acumulação de cursos, de conhecimento ou 
de técnicas, mas assim através de um trabalho de reflexibilidade crítica 
sobre práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal. 
A formação vai e vem, avança e recua, construindo-se num processo de 
relações ao saber e ao conhecimento. 
 É necessário refletir se realmente todos estão envolvidos por uma educação 
em prol da formação de professores críticos, que conheçam sua área de atuação e 
que estejam engajados na melhoria do conviver em coletividade. 
Pode-se dizer que é com os alunos que o conhecimento científico se torna 
conteúdo de aprendizagem. A sala de aula é o espaço onde são realizadas todas 
experiências, onde é possível observar a capacidade de reflexão e absorção do 
conhecimento que estamos querendo transmitir. 
 O professor precisa conduzir suas aulas com segurança, assim, despertando 
em seus alunos a curiosidade, entusiasmo e disposição para o estudo, sendo que 
nem sempre será uma tarefa fácil, por isso podemos considerar que um professor 
tem que estar continuamente em busca de novas perspectivas de ensino. Segundo, 
Libâneo (2006, p. 42): 
 
 
38 
 
O professor deve ser visto, numa perspectiva que considera sua capacidade 
de decidir e de, confrontando suas ações cotidianas com as produções 
teóricas, rever suas práticas e as teorias que as informam, pesquisando a 
prática e produzindo novos conhecimentos para a teoria e a prática de 
ensinar... assim as transformações das práticas docentes, só se efetivam na 
medida em que o professor amplia sua consciência sobre a própria prática, 
a da sala de aula e a da escola como um todo, o que pressupõe os 
conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade. 
 De acordo com Souza (2005), os professores iniciantes estão preocupados 
com domínio dos conteúdos, metodologias de ensino, tempo de aula e disciplina dos 
alunos. Obviamente uma preocupação que pode ser sanada com a rotina e vivência 
em sala de aula, porém além destas viram as preocupações maiores como, por 
exemplo, os avanços tecnológicos e a busca incessável por novos saberes. 
 A formação continuada do espaço ao professor para adquirir maior 
consciência das suas ações e avanço em sua reflexão e análise que o ajude a 
compreender a melhor maneira se colocar sobre suas metodologias. 
 Autores como Nóvoa, Perrenoud, Freire, Libâneo e entre outros, têm ajudado 
no processo educacional, muitos deles têm procurado solucionar problemas que 
para muitos profissionaisda educação não sabiam como resolver e lidar com 
determinados problemas enfrentados na prática pedagógica. 
Souza (2005) indica duas concepções sobre a profissão do professor, uma 
em que são valorizados os conhecimentos formais, codificados e transmissíveis, 
atestados por títulos universitários, e outra em que a profissão é construída no 
processo de trabalho, experiência, qualidades pessoais, trabalho em grupo e 
solidariedade nas relações de trabalho. As duas dimensões resultam em formas 
indenitárias distintas com relação ao ser professor. A forma como o docente 
reconhece a profissão difere entre a própria categoria. Contudo mostra-se que o 
professor ele tanto faz uma formação continuada didática como ele também faz uma 
formação continuada flexível dentro de suas próprias aulas 
Precisa-se criar condições de trabalho em equipe, professores e a escola, 
onde é possível obter espaço para seu crescimento, além de bom salário e de 
formação adequada é preciso garantir uma gestão escolar competente, onde acabe 
com o isolamento da sala de aula. Muito se fala em educação de qualidade, mas 
para que isso aconteça é necessário o comprometimento de todos 
 
 
39 
 
 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 A partir destes estudos foi possível compreender que a formação continuada 
tem a principal função de estimular as habilidades reflexivas e abrir novos horizontes 
para que seus alunos tenham a possibilidade de aprender e se identificar com o 
conteúdo que pretende ser passado pelo professor. 
Este que em processo de formação tem a percepção para criar e melhorar 
sua prática pedagógica, de maneira eficaz onde se pode inovar de forma 
significativa suas metodologias de ensino-aprendizagem por meio da autoavaliação, 
com base nos resultados do seu trabalho, e ainda ser instrumento de transformação, 
pois o profissional dedicado alcança com facilidade seus objetivos finais. 
É de extrema importância que este papel seja desempenhado com todo 
cuidado quando trata-se de plantar a semente do conhecimento, seja em crianças 
jovens e até mesmo em adultos, o profissional da educação tende a ser um 
referencial em cultura e visão de mundo. Muitos alunos estão habituados com o 
ambiente que convivem em casa e com a família, e a escola pode lhe trazer uma 
nova forma de pensar. 
Portanto, com todo o respeito a individualidade de cada aluno, o professor 
tem a função de lhe trazer uma nova forma de pensar, assim com todo 
conhecimento que ele já possui, a metodologia e o conteúdo consegue-se formar 
cidadãos reflexivos e críticos. Eis então a importância de uma formação continuada 
de qualidade. 
A partir do momento que foi percebida a importância da formação continuada 
pelo governo o professor se tornou detentor do conhecimento, do saber e do fazer. 
Porém, o Estado dominava tudo que seria ensinado de maneira que tinha o controle 
sobre a sociedade e sobre os próprios professores que tinham um status neutro, um 
saber limitado assim como seus ganhos, não podiam se envolver com o povo, mas 
também não conviviam entre os burgueses. Houve uma revolução nesta profissão 
onde surgiram novas instituições de ensino que proporcionaram aos professores 
mais capacitação e qualidade para ajudar em sua formação. 
Nesta fase percebeu-se que a importância do professor vai além de saberes e 
métodos, e foi o momento crucial para consolidação desta profissão, o Estado não 
 
 
40 
 
viu desta forma e resolveu manter o controle sobre suas atividades. Após o fim da 
Ditadura houveram várias reformas e uma delas foi a dos educadores, onde 
puderam impor algumas questões, uma delas e talvez a mais importante foi a de 
atribuir criticidade e que seus conhecimentos contribuíssem para a transformação do 
ambiente escolar, o que contribui significativamente para a formação continuada dos 
professores. 
Dar continuidade em seus conhecimentos oferece ao profissional da 
educação uma oportunidade de avaliar sua postura, e assim, respectivamente 
melhora-la de forma significativa. 
Uma formação continuada pode estimular sua criticidade e sua reflexão o que 
proporciona autonomia, o importante não é anexar cursos ao seu curriculum, mas 
sim tirar o professor de sua zona de conforto e alimentar de novos meios educativos 
que podem lhe proporcionar melhores resultados. Conforme os professores avaliam 
se seus resultados estão sendo eficazes ele pode medir a efetividade de seu 
trabalho, ou seja, se seus alunos estão absorvendo o conhecimento e se sua 
metodologia de ensino está seguindo um resultado satisfatório, caso contrário é o 
momento de pensar em outras estratégias. 
Vendo por este ângulo é mais simples de entender como uma formação 
continuada pode ser importante para a carreira de um professor; assim ele pode ter 
vários caminhos que o ajudam a analisar se sua linha de ensino está de acordo ou 
não, e qual a melhor forma de seguir em frente para ter um resultado de qualidade. 
Entende-se a importância do papel a ser desempenhado pelo professor, que 
se dedica à formação continuada, a importância da reflexão na formação destes 
profissionais. Para isso, foram realizadas leituras que pudessem nos dar amplo 
conhecimento sobre o assunto e nos dar uma visão crítica. Esta deve contemplar 
conhecimentos específicos das necessidades educacionais especiais de seus 
alunos e o respeito à diversidade. Além disso, as exigências e responsabilidades 
para com a qualidade do processo educacional não devem ficar a cargo 
exclusivamente dos professores, mas de todos os envolvidos, incluindo as próprias 
instituições de ensino. 
 
 
41 
 
 Compreende-se que projetos que possibilitam a formação continuada de 
professores viabilizam discussões coletivas envolvendo profissionais de áreas 
diversas, para que estejam em constante crescimento, percebe-se a importância de 
não se ater apenas ao ensino mas também as tecnologias inovadoras e aos 
assuntos que estão inseridos na realidade em que seus alunos vivem, isto é um 
diferencial do profissional que quer se destacar em seu trabalho. 
Ressalta-se também a importância de o professor ser considerado como 
construtor de uma práxis que possibilite a reflexão e a ação no contexto em que 
atua, tendo condição de efetivar as adaptações pedagógicas necessárias. A 
formação continuada modifica a postura do professor diante do aluno, transforma a 
pratica docente a partir do senso crítico, assim não impondo limite ao conhecimento. 
Os professores encontram muitos desafios dentro de sala de aula e, entre 
estes, estão as dificuldades enfrentadas para dar continuidade em seus estudos. As 
condições de trabalho dos professores estão cada vez mais desvalorizadas, eles se 
sentem inseguros em seu trabalho, os afetando profundamente em suas práticas 
pedagógicas. 
O professor está diante de muitos desafios, como as transformações 
tecnológicas em sala de aula, pois eles tem que estarem abertos a mudanças em 
seus planejamentos, para que introduza um processo de formação de grande valia 
para seus alunos. 
Requer do professor práticas além de seu conhecimento, somente assim, 
conseguirão enfrentar esses desafios e exercer sua função docente com êxito. O 
professor tem a missão e o desafio de formar cidadãos críticos e pensantes capazes 
de refletir sobre a cultura da sociedade e educação, buscando sempre de alguma 
maneira, mesmo com tantas dificuldades, estar atendendo seus alunos da melhor 
forma possível. 
Quando se quer ser um professor responsável e comprometido, é preciso ir á 
busca de novas possibilidades e incluir em sua prática metodologias significativas ao 
processo de ensino-aprendizagem. O que o professor adquire em suas formações 
ele transforma em conhecimentos, e o que ele transforma em conhecimento ele 
passa para seus alunos. As formações continuadas abrem um leque para o 
 
 
42 
 
professor, pois, ele se torna cada vez mais reflexivo e crítico, onde procura sempre 
estar em constante

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