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CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS CISTOS Lesão que cresce por pressão osmótica e tende a crescer com destruição da cortical MARSUPIALIZAÇÃO: Objetiva diminuir a pressão interna da lesão e como consequência promover a diminuição da lesão e favorecer a neoformação óssea ENUCLEAÇÃO: Remoção da lesão PUNÇÃO SEMPRE NECESSÁRIA– BIOPSIA Odontogênicos - Cistos inflamatórios - Cistos de desenvolvimento Não odontogênicos - Cistos de desenvolvimento 1. CISTO PERIAPICAL Mais comum – 50-60% Etiologia: Endotoxinas Teoria de crescimento: Proliferação dos restos epiteliais de Mallasez Localização: Mais frequente na região anterior da maxila Atinge dentes não vitais Indolores (em processos de agudização do processo – dor) Punção OBS: Pode ser necessário um tratamento baseado em punção dupla, quando a pressão dentro do cisto é tão grande que o liquido citrino não sai na punção Características Radiográficas: Ausência de lâmina dura ao longo da raiz adjacente Radiolucidez arredondada em região apical CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Reabsorção radicular Halo radiopaco Tratamento: Marsupialização Baseado na: Cistotomia Cistotomia = Remoção da ‘’janela’’ óssea da lesão, objetivando a comunicação do cisto com a cavidade bucal, e a diminuição da pressão osmótica de dentro da lesão VANTAGENS Tratamento mais conservador (a lesão não é totalmente removida) Procedimento simples Tratamento único em jovens – marsupialização posssui a capacidade de estimular a produção óssea DESVANTAGENS A neoformação óssea pode ser uma desvantagem, pois pode ‘’fechar’’ a marsupialização Pouco material coletado para encaminhamento a biópsia Demanda um longo acompanhamento Recomendado para pacientes mais velhos 2. CISTO RESIDUAL Cisto de origem periapical associado a dentes já extraídos Lesões antigas e indolores Radiolucidez ovalada + halo radiopaco Tratamento: Marsupialização – Lesões extensas enucleação – Lesões até 3 cm que não estejam relacionadas com estruturas nobres 3. CISTO PARADENTÁRIO Lesões menos frequentes Acomete pacientes novos 3º molares (distal) 1º ou 2º molares permanentes em crianças (vestibular) Acomete faces distais e Histórico de pericoronarite CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Tratamento: Enucleação + exodontia Obs: Deverá ser avaliado a necessidade de exdontia (1º e 2º molares e lesões que acometem a face vestibular) 4. CISTO PERIODONTAL LATERAL Lesão rara sem predileção por sexo Acomete pacientes mais velhos (50- 70 anos) Dentes vitais (importante realizar teste de vitalidade dos dentes envoltos) Acomete com maior prevalência os pré molares inferiores (interradicular) Radiolucidez ovalada Tratamento: enucleação (lesões pequenas) 5. CISTO DENTÍGERO Associado a um dente incluso Relativamente comum Mais prevalente nos dentes: 3º molar inferior, canino superior e 3º molar superior Expansão do folículo dentário 20-30 anos Variante: Cisto folicular inflamatório (molar decíduo cariado – inflamação – pré molares – cisto folicular inflamatório) Pode causar expansão indolor das corticais Area radiolúcida rente a JCE Grau de descolamento da lesão X Tamanho da Lesão deve ser considerado Relação cisto-coroa: Lesão pode ser: central, lateral ou circunferencial Tratamento: Marsupialização + Enucleação 6. CISTO DE ERUPÇÃO CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Erupção do dente permanente Tratamento: lotomia – incisão na região 7. CISTO ODONTOGÊNICO GLANDULAR Lesão rara Lesão com potencial biológico agressivo Achados histológicos semelhantes ao CME Promove expansão da cortical óssea bem evidente Não tende a reabsorção radicular Atinge principalmente a região anterior da mandíbula (79,7%) Radiolucidez multilocular bem definida Tratamento: Enucleação + Ostectomia de parede Enucleação + outra terapia (crioterapia, solução de carnoy ...) OBS: Não se faz marsupialização nesse tipo de lesão (agressiva) TUMORES ODONTOGÊNICOS Grupo heterogêneo de lesões Derivados dos componentes formadores do dente – processo neoplásico/hemartomatoso 1-30% das lesões orais 1. AMELOBLASTOMA Tumor odontogênico de maior significado clinico Alta prevalência Localmente invasivo Com habilidade de perfurar cortical Crescimento lento Alto índice de recidiva Necessidade de tratamentos mais radicais (principalmente em ameloblastomas sólidos) Diagnóstico: - Caracteristicas clinicas - Caracteristicas radiográficas CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS - Punção Aspirativa - Biópsia incisional Apresentação clinica e radiográfica: 1) Sólido ou multicistico (mais grave e mais comum) 2) Unicistico 3) Periférico (mais raro) 1) Ameloblastoma sólido ou multicistico Afeta qualquer faixa etária Não tem predileção por sexo Lesão intraóssea Tumefação ‘’dura’’- assimetria Região posterior de mandíbula Pode atingir grandes proporções Caracteristicas radiográficas: - Radiolucidez multilocular: favos de mel/ bolhas de sabão - Reabsorção radicular característica OBS: NÃO se trata com marsupialização 2) Ameloblastoma Unicistíco Pacientes mais jovens (20-40 anos) Região posterior de mandíbula Aumento de volume clinico Caracteristicas radiográficas: - Radiolucidez unilocular associdada a dente incluso - Reabsorção radicular Tratamento: Tipo de Ameloblastoma - Sólido: Marsupialização é descartada, o tratamento é baseado na enucleação com ressecção cirúrgica com uma técnica adicional -Unicistico: Marsupialização, seguida de uma enucleação seguida de uma técnica adicional Região anatômica acometida - Relação com o nervo alveolar inferior CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Preferência e habilidade do cirurgião TRATAMENTO PODE SER RADICAL OU CONSERVADOR RADICAL: Ressecção cirúrgico com mais de 1 cm como margem de segurança - Sólido/ multicistico (tratamento conservador gera MUITA recidiva) -Crescimento rápido - Fácil acesso (anterior de mandíbula) CONSERVADOR: Enucleador + curetagem - Unicistico Luminal e intraluminal: enucleação + curetagem Intraluminal: curetagem + criocirurgia; curetagem + cauterização química; curetagem + osteoctomia periférica - Crescimento lento - Pacientes jovens 2. CERATOCISTITO Tumor x Cisto Comportamento agressivo Cresce por pressão osmótica mas também tem capacidade de crescer sozinho Produção de enzimas 2 picos etários (24-34 anos) e (55- 64 anos) Leve predileção pelo sexo masculino Não causa assimetria facial – não tem expansão da cortical óssea Ângulo/ramo mandibular (3º, 1º, 2º molar – anterior) Região posterior da maxila – anterior Punção aspirativa – liquido esbranquiçado Cápsula fibrosa delgada Potencial de crescimento Dificuldade de acesso Recidiva Tratamento: - Marsupialização - Enucleação + Terapia complementar (Solução de Carnoy, Crioterapia, Osteotomia da parede... ) CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS 3. ODONTOMA Hamartomas dentais Tumor oral mais comum Não mostra preferência por sexo Pacientes entre 10-20 anos Aspecto clinico:tumefação Recobrimento normal Assintomático Ausência dentária Consistência dura Tratamento: -Conservador - Remoção simples – enucleação - Viabilidade do dente - Não recidiva Variantes: 1. Composto 2. Complexo 3. Erupcionado 4. Periférico 1. Odontoma Composto Semelhante ao dente Mais comum Idade média: 14,8 anos Região anterior da maxila Canino superior Radiopaco Halo radiográfico 2. Odontoma complexo Massa de esmalte e dentina Média de idade: 20,3 anos Região posterior de mandíbula 3º molar inferior Radiopaco 4.MIXOMA Neoplasia ectomesenquimal Idade 25-30 anos CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Sem predileção por sexo Maxila e mandíbula (maior predileção pela mandíbula) Crescimento pode ser rápido Tumefação Assimetria facial Recobrimento normal Assintomático Consistência dura Radiolucidez uni ou multilocular Deslocamento dentário Reabsorção radicular Mal delimitada Tratamento: - Conservador: muita recidiva (não capsulado e infiltrativo) - Radical: RESSECÇÃO ENUCLEAÇÃO + TERAPIA COMPLEMENTAR (Curetagem, osteotomia periférica e criocirurgia)
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