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THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS CISTOS ODONTOGÊNICOS Cistos odontogênicos = cistos revestidos por epitélio derivado de epitélio odontogênicos Enquanto nos cistos inflamatórios a inflamação representa o estímulo para a proliferação do epitélio odontogênico, os mecanismos de formação dos cistos odontogênicos de desenvolvimento são ainda pouco conhecidos. Cisto dentígero - origem da separação do folículo que fica ao redor da coroa de um dente incluso; - é o tipo mais comum - envolve a coroa de um dente impactado e se conecta ao dente pela junção amelocementária - patogênese incerta, mas se desenvolve aparentemente pelo acumulo de fluido entre epitélio reduzido do esmalte e coroa do dente - também pode estar relacionado como parte inflamatória, surgindo a partir de inflamação periapical. Características clinicas e radiográficas - principalmente em jovens ou adultos jovens - envolve mais o terceiro molar inferior, também os pré-molares e molares superiores - radiograficamente, área radiolúcida com limites bem definidos, associada com a coroa de um dente impactado; - pode ter deslocamento de dentes e reabsorção radicular; Características histopatológicas - cápsula conjuntiva revestida por epitélio estratificado pavimentoso, espessura variável, com áreas de hiperplasia - capsula com infiltrado inflamatório discreto ou denso; - como o cisto dentígero pode estar relacionado com outros tumores odontogenicos (tipo o ameloblastoma), áreas de espessamento podem ser visualizadas macroscopicameante. - pode possuir variantes: * central = + comum, cisto envolve coroa * lateral = associada geralmente a terceiros molares inferiores impactados com inclinação mesioangular e parcialmente erupcionados /envolve parcialmente a coroa * circunferencial = circunda coroa e se estende por alguma distancia ao longo da raiz, de forma que uma parte da raiz parece estar dentro do cisto; difícil distinção radiográfica entre pequeno cisto e um folículo coronária aumentado sobre coroa de um dente ncluso. Tratamento - depende do tamanho da lesão; - pequenas = enucleação e remoção dente; se a erupção for possível, o dente pode ser deixado - maiores = marsupialização seguida ou não de enucleação, conforme evolução; - prognóstico bom O diagnóstico do cisto dentígero precisa de exame histopatológico, visto que o ameloblastoma e o queratocisto podem apresentar aspectos clínicos e imaginológicos semelhantes THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Cisto de erupção - é o análogo, nos tecidos moles, do dentígero - resultado da separação do folículo dentário da coroa de um dente em erupção que já está posicionado nos tecidos moles que recobrem o osso alveolar; - também chamado de hematoma de erupção Características clínicas - aumento de volume de consistência mole, frequentemente translúcido, na mucosa gengival que recobre a coroa de um decíduo ou permanente em erupção - geralmente em menores de 10 anos de idade - comum em incisivos centrais decíduos inferiores, primeiros molares permanentes e incisivos decíduos superiores - trauma pode gerar em grande quantidade de sangue Características histopatológicas - epitélio oral de superfície na porção superior - infiltrado inflamatório variável - fina camada de epitélio escamoso não ceratinizado Tratamento e prognóstico - geralmente rompe espontaneamente e o dente erupciona - ou simples excisão do teto do cisto Ceratocisto odontogênico - antes era nomeado como TUMOR (devido agressividade), e voltou a ser CISTO - surge a partir dos restos celulares da lâmina dental; - mecanismo de crescimento e comportamento biológico diferentes daqueles do dentígero e radicular; - o dentígero e radicular continuam a crescer como consequência do aumento da pressão osmótica dentro do lúmen cístico - no ceratocisto seu crescimento pode estar relacionado a fatores desconhecidos; Características clinicas e radiográficas - comportamento potencialmente agressivo e invasivo - geralmente de 10-40 anos - mandíbula acometida em 60-80% dos casos, com grande tendência no corpo posterior e do ramo - cistos pequenos geralmente assintomáticos, grande causam dor, edema... podendo ser até assintomático quando muito grande - múltiplos ceratocistos podem estar presentes = podendo ser síndrome do carcinoma nevoide basocelular (gorlin) - área radiolucida com margens escleróticas bem definidas; lesões grandes, podendo ser uni ou multilocular; Características histopatológicas - cápsula delgada, friável, que pode aprsentar dificuldade em ser enucleada do osso em um único pedaço - lúmen com liquido claro ou material caseoso - parede fibrosa delgada sem infiltrado inflamatório Tratamento e prognóstico - enucleação e curetagem - a remoção completa em uma única peça é difícil por causa da parede cística ser delgada e friável - grande recidiva - Muitos cirurgiões recomendam a osteotomia periférica da cavidade óssea com uma broca para osso para reduzir a frequência de recidivas. Outros advogam uma cauterização química da cavidade óssea com solução de Carnoy após a remoção do cisto. - a injeção intraluminal de solução de carnoy também é usada para liberar o cisto de sua parede óssea, facilitando sua excisão THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Cisto odon. ortoceratinizado - não é um tipo específico de cisto, mas se refere a um cisto odontogenico que microscopicamente apresenta um revestimento epitelial ortoceratinizado; - é + comum que o ceratocisto; é uma variante dele. Características clinicas e radiográficas - adultos jovens, ocorre geralmente na mandíbula - imagem radiolúcida unilocular, ou multilocular - envolve frequentemente terceiro molar inferior não erupcionado; - lesões de menos de 1cm ou até maiores que 7cm Características histopatológicas - revestimento cístico composto por epitélio escamoso estratificado, com uma superfície ortoceratinizada de espessura variada Tratamento e prognóstico - enucleação e curetagem - recidiva baixa Síndrome do carcinoma nevoide de células basais (síndrome de gorlin) - condição autossômica dominante de alta penetrância e expressividade variável - causada por mutação no gene patched - principais achados: * múltiplos carcinomas de células basais na pele, queratocistos múltiplos, defeitos esqueléticos como costela bífica, foice cerebral calcificada, cistos epidérmicos... Cisto gengival do récem-nascido - pequenos, superficiais, com conteúdo de ceratina, encontrados na mucosa alveolar de crianças - se originam dos remanescentes da lamina dental - são comuns; desaparecem espontaneamente através da ruptura dentro da cavidade oral Características clínicas - pequenas pápulas esbranquiçadas, geralmente múltiplas, na mucosa que recobre o processo alveolar dos neonatos - não medem mais que 2-3mm - comum em rebordo alveolar superior Características histopatológicas - revestimento epitelial delgado e achatado, com superfície luminal paraceratótica. O lumen contem fragmentos de ceratina Tratamento e prognóstico - não indica tratamento - as lesões involuem espostaneamente como consequência da ruptura dos cistos e resultante contato com superfície da mucosa oral Cisto gengival do adulto - origem nos restos da lamina dentária (restos de serres) - é incomum - representa a contraparte em tecidos moles do cisto periodontal lateral Características clínicas - predileção para ocorrência em canino a pré- molares inferiores - 50-60 anos - comum na gengiva vestibular ou mucosa alveolar - maxila = geralmente em incisivos, caninos e pré - nódulo indolor, forma de cúpula, menos de 0,5cm, cor azulada/cinza-azulada- pode apresentar reabsorção em taça do osso alveolar, não visto na radiografia. Se for grande, pode-se afirmar que é o cisto periodontal lateral. THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Características histopatológicas - similares as do cisto periodontal lateral - revestimento epitelial delgado e achatado com ou sem placas focais que contêm células claras Tratamento e prognóstico - simples excisão cirúrgica, prognóstico excelente Cisto periodontal lateral - incomum; ocorre tipicamente ao longo da superfície radicular lateral de um dente - surge de restos da lamina dental e represente a contraparte intra-óssea do cisto gengival do adulto Características clínicas e radiográficas - diagnóstico diferencial com cisto periapical (no periapical o dente tem necrose, no periodontal tem vitalidade) - idade 50-70 anos - PM, C e IL inferiores - variante botrióide - ocorre em dentes com vitalidade - área radiolúcida arrendoda ou ovóide; localiza ao longo da superfície radicular de um dente Características histopatológicas - capsula fibrosa delgada, geralmente sem inflamação, com revestimento epitelial Tratamento - enucleação e remoção do dente Cisto odont.. calcificante - Cisto de gorlin; tumor dentinogênico de células fantasmas; tumor odontogênico cístico calcificante; cisto odontogênico calcificante de células fantasmas - pode estar associado a odontomas, tumores odontogenicos adenomatoides e ameloblastomas; Características clínicas e radiográficas - predominantemente intra-ósseo; - lesão radiolúcida unilocular, multilobular, focos radiopacos; reabsorção radicular ou divergência das raízes; Tratamento - enucleação Cisto odontogênico glandular - raro e pode apresentar comportamento agressivo - também exibe características glandulares ou salivares. - epitélio odontogênico Características clínicas e radiográficas - raro, comportamento agressivo, idade 40-50 anos; - região anterior da mandíbula - imagem radiolúcida uni ou multilocular bem definida Tratamento - enucleação e curetagem - lesões extensas – tratamento mais agressivo Cisto periapical - O mais comum; a necrose pulpar faz com que seja um dos mais comuns (inflamatório) - o dente tem que estar desvitalizado - etiologia = restos epiteliais de malassez - características = crescimento lento; assintomático; dente desvitalizado; área radiolúcida unilocular no periápice do dente - tratamento = endo ou enucleação do cisto CISTO RESIDUAL = quando o cisto não é enucleado após a remoção do dente que o originou; residual pq não tem periápice THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS TUMORES ODONTOGÊNICOS - Sua origem é creditada à proliferação de remanescentes dos tecidos moles e duros que originam os dentes, mas sua patogênese exata ainda é desconhecida. Como os dentes são formados no interior dos ossos gnáticos, os TOs são entidades preferencialmente intraósseas, muito embora alguns possam surgir nos tecidos moles da gengiva e do rebordo alveolar TUMORES DE EPITÉLIO ODONTOGÊNICO Ameloblastoma - é o mais comum; - tumores de origem epitelial odontogênica; - teoricamente, podem surgir dos restos da lamina dentária de um órgão do esmalte em desenvolvimento, do revestimento epitelial de um cisto odontogenico ou das células basais da mucosa oral - CRESCIMENTO LENTO, INVASIVO, que apresentam um curso benigno na maior parte dos casos; - possui três formas: * sólido convencional ou multicístico (86%) * unicístico (13%) * periférico – extraósseo (1%) Ameloblastoma intraósseo sólido convencional ou multicístico Características clínicas e radiográficas - em ampla variação etária (prevalência na 3ª e 7ª década de vida) - sem predileção por gênero; - mais frequente em negros; - 80-85% em mandíbula, frequentemente em ramo e corpo - 15-20% em maxila - frequentemente assintomático e lesões menores são detectadas somente durante exame radiog. - apresentação clinica usual = tumefação indolor ou expansão dos ossos gnáticos - se não tratar, lesão cresce lentamente até atingir proporções grandes ou grotescas - dor e parestesia incomum, mesmo nos grandes. - RADIOGRAFICAMENTE = lesão radiolúcida multilocular; * aspecto frequentemente descrito como bolhas THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS de sabão (quando grandes) ou favos de mel (quando pequenas) - expansão vestibular e lingual das corticais geralmente está presente - reabsorção das raízes é comum - em muitos casos um dente não erupcionado (geralmente 3ºMI) está associado ao defeito radiolúcido - podem ser unilocular... mas as margens dessas lesões frequentemente mostram festonamento irregular - DESMOPLÁSICO = predileção pelas regiões anteriores, principalmente maxila. Lembra uma lesão fibro-óssea devido ao seu aspecto misto radiolúcido e radiopaco. Características histopatológicas - notável tendência para desenvolver alterações císticas; - possui diversos subtipos microscópicos: * folicular ou plexiforme (mais comum) * acantomosatoso * células granulares * desmoplasico * células basais Apesar de existir uma classificação de variantes, é importante observar que, na maioria dos AMEs sólidos, principalmente em lesões extensas, é comum identificar mais de uma variante histológica em uma mesma lesão Tratamento e prognóstico - desde simples enucleação seguida por curetagem até ressecção em bloco - recidiva comum após curetagem - ressecção marginal é o mais usado, diminuindo recidiva; - a remoção do tumor seguida por osteotomia periférica reduz a necessidade de cirurgia reconstrutiva extensa - o ameloblastoma convencional é uma neoplasia persistente, infiltrativa, que pode matar o paciente devido a sua progressiva disseminação de modo a envolver estruturas vitais Ameloblastoma unicístico - ou pode ser uma neoplasia ou resultado de transformação neoplásica do epitélio de cistos não neoplásicos; Características clínicas e radiográficas - comum em jovens, segunda década de vida - comum em mandíbula, posteriores - assintomática, mas se for grande pode causar dor - imagem radiolúcida circunscrita que envolve a coroa de um terceiro molar inferior não erupcionado, lembrando um cisto dentígero - pode ter área radiolúcida com margens festonadas... mas não deixa de ser unicístico THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Características histopatológicas - três variantes: * ameloblastoma unicístico luminal * ameloblastoma unicístico intraluminal * ameloblastoma unicístico mural Tratamento e prognóstico - enucleação - cirurgiões acreditam que a ressecção local da área está indicada como medida profilática; outros preferem manter o paciente sob rígido controle radiográfico e adiar o tratamento adicional até que haja evidência de recidivas Ameloblastoma periférico - extraósseo; incomum; - surge dos restos da lamina dentária sob a mucosa oral, ou das células basais do epitélio de superfície - histologicamente apresenta mesma característica que a variante intraóssea Características clínicas - geralmente indolor, não ulcerada, séssil ou pedunculada; - acomete mucosa gengival ou alveolar - as vezes considerada como fibroma ou granuloma piogênico - menos de 1,5cm - idade média 50 anos - mais comum em mandíbula do que maxila Características histopatológicas - Os ameloblastomas periféricos apresentam ilhas de epitélio ameloblástico que ocupam a lâmina própria sob o epitélio superficial Tratamento e prognóstico - comportamento clínico inócuo; - paciente responde bem a excisão cirúrgica local; - pode ter recidiva, mas uma nova excisão local quase sempre resulta em cura; Ameloblastomamaligno e carcinoma ameloblástico - - raramente o ameloblastoma exibe comportamento maligno, com metástase; mas debilita o paciente de uma forma... - ameloblastoma maligno = tumor que mostra características histopatológicas de um ameloblastoma, tanto no tumor primário quanto nos depósitos metastáticos - carcinoma ameloblástico = deve ser reservado para um ameloblastoma que apresenta características citológicas de malignidade no tumor primário, em uma recidiva ou em qualquer depósito metastático; pode ter um curso local agressivo, mas metástases não ocorrem... Características clínicas e radiográficas - média de idade 30 anos - Para os pacientes com metástases documentadas, o intervalo entre o tratamento inicial do ameloblastoma e a primeira evidência de metástase varia de 1 a 30 anos. Em praticamente um terço dos casos, as metástases não se tornam aparentes até que seja atingido um período de 10 anos após o tratamento do tumor primário. Carcinomas ameloblásticos, por outro lado, tendem a se desenvolver em uma fase mais tardia da vida, com a idade média ao diagnóstico tipicamente na sexta década de vida. Os achados radiográficos dos ameloblastomas malignos podem ser essencialmente os mesmos daqueles encontrados nos típicos ameloblastomas que não formam metástases. Os carcinomas ameloblásticos são mais frequentemente lesões agressivas, com margens mal definidas e destruição cortical Tratamento e prognóstico - prognóstico p/ ameloblastoma maligno parece desfavorável THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Carcinoma odontogênico de células claras - tumor raro; pode ser odontogenico ou não Características clínicas e radiográficas - comum em mandíbula; - pode ser sintomático ou não - a lesão costuma perfurar o osso - radiograficamente radiolúcido uni ou multiloculares, margens indefinidas ou irregulares Tratamento e prognóstico - curso clínico agressivo, com invasão de estruturas contíguas e tendência para recidiva - A maioria dos pacientes requer cirurgia razoavelmente radical Tumor odontogênico adenomatóide - surge de remanescentes da lamina dentária Características clínicas e radiográficas - comum em jovens - geralmente pequenas, não excedem 3cm; - volume séssil na gengiva vestibular de maxila - assintomáticos - lesão radiolúcida circunscrita, unilocular, que envolve a coroa de um dente não erupcionado, mais frequentemente o canino; Tratamento e prognóstico - benigno; devido a presença de cápsula, pode ser enucleado do osso; - comportamento agressivo não foi documentado e recidiva após enucleação é incomum... Tumor odontogênico epitelial calcificante (Pindborg) - comum 30-50 anos; - + comum em mandíbula - aumento de volume indolor, crescimento lento; - radiograficamente defeito radiolúcido uni ou multilocular, com padrão unilocular encontrado mais comum em maxila - geralmente contem estruturas calcificadas, THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS esparsas dentro do tumor - Eles surgem como aumentos de volume gengivais sésseis não específicos, que acometem com maior frequência a gengiva anterior. Alguns deles estão associados a erosões do osso subjacente em forma de taça Tratamento e prognóstico - ressecção local conservadora com uma fina faixa de osso circunjacente Tumor odontogênico escamoso - transformação neoplásica dos restos da lamina dentária ou talvez dos restos epiteliais de malassez - parece se originar a partir do LP associado à superfície radicular lateral de um dente erupcionado Características clínicas e radiográficas - distribuídos aleatoriamente por todo processo alveolar da maxila e mandíbula - aumento de volume indolor ou levemente dolorido na gengiva, frequentemente associado a mobilidade do dente envolvido - consistem em um defeito radiolúcido triangular lateral à raiz ou raízes de um dente; Tratamento e prognóstico - A excisão local conservadora ou a curetagem parecem ser efetivas para os pacientes com tumores odontogênicos escamosos, e a maioria dos casos relatados não apresentou recidivas após a excisão local. TUMORES ODONTOGÊNICOS MISTOS - compostos por epitélio odontogênico em proliferação em um ectomesênquima que lembra a papila dentária, apresenta problemas em sua classificação Fibroma ameloblástico - tumor misto verdadeiro - tanto tecido epitelial quanto mesenquimal são neoplásicos Características clínicas e radiográficas - pequenos são assintomáticos; maiores associados a aumento do volume nos ossos gnáticos - comum em mandíbula posterior - lesão radiolúcida uni ou multilocular, com lesões menores tendendo a ser uniloculares - margens definidas e podem ser escleróticas - pode ter um dente não erupcionado associado Tratamento e prognóstico - raramente em recidiva em excisão local simples ou curetagem Fibro-odontoma ameloblástico - também contém esmalte e dentina; Características clinicas e radiográficas - frequente em porção posterior; assintomática; - defeito radiolúcido unilocular ou multilocular (raro), bem circunscrito, com quantidade variável de material calcificado, com radiodensidade compatível com estrutura dentária THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS - essa calcificação pode ser múltiplas, pequenas ou volume conglomerado - pode ter um dente não erupcionado na margem da lesão ou a coroa Tratamento e prognóstico - curetagem conservadora, e em geral facilmente destacada de seu leito ósseo. Bem circunscrito e não invade osso adjacente - prognóstico excelente, recidiva incomum Fibrossarcoma ameloblástico - Interessantemente, na maioria dos casos, somente a porção mesenquimal da lesão mostra características de malignidade; o componente epitelial permanece benigno - geralmente em mandíbula, dor, aumento de volume e rápido crescimento - radiograficamente lesão radiolúcida mal definida que sugere processo maligno Tratamento e prognóstico - excisão cirúrgica radial; Odontoameloblastoma - raro; contém um componente ameloblasmatoso e elementos semelhantes ao odontoma; - comum em jovens, maxila e mandíbula; dor, atraso na erupção dentária e expansão de osso afetado - radiograficamente, processo destrutivo radiolúcido que contém estruturas calcificadas; - podem apresentar a radiodensidade de estruturas entárias e podem lembrar dentes em miniatura, ou ocorrer na forma de grandes aumentos de volume de material calcificado similar ao odontoma complexo Tratamento e prognóstico - mesmo tratamento do ameloblastoma, visto que curetagem local leva a múltiplas recidivas Odontoma - (COMPOSTO) - os tipos mais comuns de tumores odontogenicos - são considerados anomalias do desenvolvimento (hamartomas) em vez de neoplasias verdadeiras - quando totalmente desenvolvidos = esmalte e dentina com quantidades de polpa e cemento - estágios precoces = quantidades variáveis de epitélio odontogenico em proliferação e mesênquima Composto = múltiplas estruturas pequenas, semelhantes a dentes Complexo = massa conglomerada de esmalte e dentina, sem parecer um dente Odontomas compostos são diagnosticados com maior frequência do que os complexos; Características clínicas e radiográficas - primeiras duas décadas de vida; assintomática; - pequenos, raramente excedem o tamanho de um dente da região onde estão localizados - se for maior que 6cm são observados... podem expandir ossos gnáticos - mais frequente em maxila; - o composto é mais comum na maxila anterior, e THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS complexos mais em molares de maxila ou mandíbula Radiograficamente, o odontoma composto aparece como uma coleção de estruturas semelhantes a dentes de variados tamanhose formas, cercados por uma delgada zona radiolúcida. O odontoma complexo aparece como um aumento de volume calcificado com a radiodensidade da estrutura dentária, que também está cercada por uma delgada margem radiolúcida (COMPLEXO) Um dente não erupcionado frequentemente se mostra associado ao odontoma, e o odontoma evita a erupção desse dente Tratamento e prognóstico - excisão local simples e prognostico excelente TUMORES DE ECTOMESÊNQUIMA ODONTOGENICO Fibroma odontogênico central - incomum; folículos dentários hiperplásicos, sendo que não deveriam ser considerados como neoplasias Características clínicas e radiográficas - comum em maxila, a maioria em região anterior ao primeiro molar - na mandíbula, posteriormente ao primeiro molar - 1/3 associado a dentes não erupcionados - menores = assintomáticos / maiores = expansão óssea localizada ou mobilidade dental - radiograficamente = * menores = lesões bem definidas, uniloculares, radiolúcidas, associada a região perirradicular de dentes erupcionados * maiores = radiolúcida, multiloculares Muitas apresentam margem esclerótica Tratamento e prognóstico - normalmente tratados por enucleação e curetagem vigorosa - não tem capsula definida, mas parece possuir um potencial de crescimento limitado Fibroma odontogênico periférico - aumento de volume gengival firme, de crescimento lento, séssil geralmente, coberto por mucosa de aparência normal - frequentemente na gengiva vestibular da mandíbula - 0,5-1,5cm - aumento de volume de tecido mole, em alguns casos mostra áreas de calcificações, mas não envolve osso subjacente Tratamento e prognóstico - excisão cirúrgica local, prognóstico bom, pode ter recidiva Tumor odontogênico de células granulares - frequente em região de molares e pré, mandíbula - assintomáticas ou com expansão indolor localizada; - radiograficamente uma imagem radiolúcida bem demarcada, que pode ser uni ou multi e com pequenas calcificações Tratamento e prognóstico - curetagem THAINARA STEFANELLI CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS Mixoma odontogênico - origem no ectomesenquima odontogenico - grande semelhança microscópica com porção mesenquimal de um dente em desenvolvimento; Características clínicas e radiográficas - mandíbula mais acometida que maxila - menores =assintomáticas - maiores = expansão indolor - Em alguns casos, o crescimento clínico do tumor pode ser rápido, o que provavelmente está relacionado ao acúmulo de substância fundamental mixoide no tumor - Radiograficamente = lesão radiolúcida uni ou multilocular, que pode deslocar ou causar a reabsorção dos dentes na região do tumor; - margens irregulares ou festonadas - pode ter trabéculas delgadas de osso residual, que se arranjam em ângulo reto com as outras; - grandes mixomas podem ser como bolhas de sabão... Tratamento e prognóstico - pequenos = curetagem, mas avaliação or 5 anos - maiores = ressecções extensas Cementoblastoma - cementoma verdadeiro; alguns patologistas consideram como tumor odontogenico, outros dizem que seus aspectos histológicos são idênticos aos do osteoblastoma.
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