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resumo Historia-unidade 5-volume 3-9 ano

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História
Período Entreguerras:regimes autoritários e totalitários:
--Os regimes totalitários são aqueles marcados pelo totalitarismo, um sistema político caracterizado pelo controle absoluto de uma pessoa ou de um partido sobre toda uma nação. No sistema totalitarista, a pessoa (no cargo de líder) ou o partido político — ambos representando o Estado — detém um controle total e absoluto sobre a vida pública e privada por meio de um governo autoritário.Os regimes totalitários, em geral, sustentavam um forte militarismo — muito útil para calar as vozes dissidentes — e eram acompanhados por um forte aparato de propaganda ideológica, cujo principal objetivo era promover o culto ao líder e ressaltar os feitos do regime. O terror era outra arma utilizada pelos regimes totalitários e seu objetivo era amedrontar os opositores.Os regimes totalitários tiveram seu auge durante as décadas de 1920 e 1930, e seu surgimento está relacionado a todas as consequências do pós-guerra ou, nesse caso, à Primeira Guerra Mundial. A destruição da guerra aliada com os ressentimentos causados pelo conflito, o temor do comunismo e os efeitos devastadores das crises econômicas fizeram com o autoritarismo fosse visto como a solução para os problemas enfrentados.Com a defesa do autoritarismo, a maioria dos países liberais e democráticos viu seus sistemas políticos ruírem e serem substituídos por governos autoritários. Uma evidência disso foi dada pelo historiador Eric Hobsbawm, ao apontar que, no período entreguerras, somente cinco nações na Europa permaneceram com suas instituições políticas democráticas funcionando: Grã-Bretanha, Finlândia, Irlanda, Suécia e Suíça.|1|
O termo “totalitarismo” surgiu na década de 1920 e foi criado para referir-se ao fascismo italiano — o primeiro regime de caráter totalitarista que foi implantado na Europa. Por meio do fascismo italiano é que o fascismo, enquanto alternativa política, popularizou-se na Europa. Após o exemplo italiano, uma série de países europeus optou pela saída autoritária. O totalitarismo consolidou sua força quando os nazistas tomaram o poder na Alemanha, em 1933.
=>Salazarismo:
No início do século XX, Portugal sofreu uma reforma política que instituiu um governo de caráter republicano. A nova forma de organização do cenário político não foi capaz de resistir a todos os problemas sofridos no continente europeu com a Primeira Guerra e a crise de 1929. A situação calamitosa da população trabalhadora acabou instaurando um cenário politicamente instável aproveitado pelos militares, que realizaram um golpe de Estado em 1926. Esse golpe resultou em uma das mais duradouras ditaduras da Europa, o Salazarismo, iniciado em 1932 com a ascensão de Salazar ao poder.
Salazar e o fascismo italiano
Inspirado em idéias de extrema direita, o governo ditatorial impunha suas ações e realizava franca oposição aos movimentos socialista e comunista do país. Esse processo de cisão política alcançou seu auge quando o general Antônio Carmona assumiu o poder do governo lusitano. Fortemente influenciado pelo ideário nazi-fascista, ele elaborou a constituição de um Estado forte aclamado pelas elites nacionais.Ao ocupar o cargo de primeiro-ministro em Portugal, Carmona convocou Antônio de Oliveira Salazar para assumir a pasta do Ministério da Fazenda. Durante o tempo em que esteve nessa função, Salazar promoveu um conjunto de ações econômicas que favorecia diretamente a grande burguesia lusitana. O apoio concedido a esse setor acabou por conduzi-lo ao governo português em 1932.Na condição de chefe de governo, Antônio Salazar impôs uma nova carta constitucional com traços explicitamente inspirados nos princípios do fascismo italiano. O novo documento estabeleceu a censura dos meios de comunicação, a proibição dos movimentos grevistas e a criação de um sistema político unipartidário. A partir de então, instalava-se uma das mais duradouras ditaduras criadas na Europa.Somente com a morte de Salazar, acontecida em 1970, um movimento revolucionário de caráter liberal tomou conta do cenário português. Em 1974, o movimento de transformação política atingiu seu auge com a deflagração da chamada Revolução dos Cravos. Somente após esse episódio, Portugal conseguiu dar fim a um dos mais trágicos momentos de sua história.
=>Guerra Civil Espanhola:
A chamada Guerra Civil Espanhola teve início em 1936 e durou até 1939, ano em que teve início a Segunda Guerra Mundial. O período que se seguiu ao fim da guerra civil ficou conhecido como Franquismo, haja vista que o general Francisco Franco, líder da Frente Nacionalista – o polo vencedor da guerra civil – assumiu o comando do país.Até 1936, a Espanha passou por um período de tribulações e tensões no âmbito político. Miguel Primo Rivera, um ditador ligado ao conservadorismo espanhol, governou o país entre os anos de 1923 e 1930. Seu regime ficou conhecido pelo autoritarismo de viés nacionalista e pelas perseguições aos comunistas e aos anarquistas que procuravam se articular dentro da Espanha.Em 1931, foi instituída a II República, tendo como presidente eleito Niceto Alcála-Zamora, que permaneceu no poder até o ano de 1936. Niceto foi sucedido por Manuel Azaña Díaz, que teve como primeiro-ministro Largo Caballero, um conhecido político socialista. Logo houve uma crescente insatisfação com relação ao governo da II República. Essa insatisfação partia dos setores conservadores espanhóis, os mesmos que apoiavam o governo de Primo Rivera na década de 1920.Esses setores tentaram promover um golpe de Estado e novamente conduzir um líder autoritário ao poder. No entanto, dessa vez, a tentativa de golpe não teve o mesmo êxito obtido no caso de Rivera. As forças conservadoras espanholas tiveram que enfrentar forte resistência das organizações anarquistas e do Partido Comunista Espanhol (PCE), que, por sua vez, era auxiliado internacionalmente por Moscou, o maior centro de difusão do comunismo na época.Nessa ambiência, constituíram-se as duas principais linhas de combate da guerra civil: a Frente Popular, que concentrou as forças da esquerda, e o Movimento Nacional, que concentrou, por sua vez, grande parte das forças da direita, lideradas pelo general Francisco Franco. A inspiração e o apoio de Franco vinham do fascismo italiano e do nazismo alemão, que serviam de referência para sua perspectiva política. Os nacionalistas tinham uma posição contrária ao liberalismo e à democracia representativa, por eles considerados modelos ultrapassados e frágeis de política e, doravante, incompatíveis com a situação que a Espanha vivia nos anos 1930.Durante a guerra, os nacionalistas partidários de Francisco Franco tiveram apoio dos fascistas e nazistas, enquanto os republicanos da Frente Popular receberam apoio do comunismo internacional, sobretudo da URSS. O fornecimento de armas, combatentes treinados e equipamentos sofisticados para o combate e para as estratégias de guerras estava na lista dos apoiadores do conflito.Além disso, vários voluntários de várias regiões do mundo também participaram da Guerra Civil Espanhol, como foi o caso do escritor George Orwell. O conflito resultou em enorme destruição dos principais centros urbanos espanhóis e serviu de “anúncio” da catástrofe que viria com a Segunda Guerra Mundial

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