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CONTROLE DO MOVIMENTO CORPÓREO

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SISTEMA MUSCULAR
Prof. Dra. Déborah Praciano de Castro
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ- UECE
FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS- FAFIDAM
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA
Para que servem os músculos?
Quando a homeostase é ameaçada pelo frio, nosso cérebro faz com que os músculos tremam, gerando calor adicional. 
2
Funções
Geram movimentos e força.
Geram calor
Contribuem para a homeostase corporal. 
Os tipos de músculos
Tipos de músculos
Músculos esqueléticos
Músculo liso
Músculo estriado cardíaco
Sistema Muscular
Maior parte unida aos ossos do esqueleto Controle dos movimentos do corpo.
Sistema Muscular
Encontrado somente no Coração Movimento do sangue pelo sistema circulatório. 
Os músculos esquelético e cardíaco são classificados como músculos estriados em função das bandas claras e escuras alternadas que podem ser visualizadas no microscópio óptico. 
5
Sistema Muscular
Principal músculo dos órgãos e tubos internos Determina o movimento dos materiais dentro do corpo e para dentro e para fora do corpo.
Um exemplo de controle do músculo liso é a passagem de alimento pelo trato gastrintestinal. 
Quando visto ao microscópio óptico, o músculo liso não apresenta as bandas transversais evidentes nos músculos estriados. A ausência das bandas resulta de um arranjo menos organizado das fibras contráteis dentro das células musculares. 
6
Sistema muscular
	Tipo de Músculo	Contração
	Esquelético	Voluntário
	Liso	Involuntário
	Cardíaco	Involuntário
Classificação precisa?
Músculos esqueléticos podem contrair-se sem um controle consciente, e podemos aprender a exercer um certo grau de controle consciente sobre alguns músculos lisos e o cardíaco. 
Os músculos esqueléticos são os únicos que se contraem somente em resposta a um sinal de um neurônio motor somático. Eles não podem iniciar sua própria contração, e sua contração não é influenciada diretamente por hormônios. 
Os músculos liso e cardíaco apresentam múltiplos níveis de controle. Embora o principal controle extrínseco decorra da inervação autonômica, alguns tipos de músculos liso e cardíaco podem se contrair de forma espontânea sem os sinais do SNC. Além disso, a atividade do músculo cardíaco e de parte da musculatura lisa está sujeita à modulação pelo sistema endócrino. Apesar destas diferenças, o músculo liso e o cardíaco compartilham muitas propriedades com o músculo esquelético. 
7
Músculo Esquelético
Constituem a maior parte da musculatura do corpo 40% do peso corporal total. 
Usualmente, prendem-se aos ossos por tendões constituídos de colágeno. A origem do músculo corresponde à sua extremidade fixada mais perto do tronco ou do osso mais fixo. A inserção do músculo é fixação mais distal ou com maior mobilidade. 
8
Função
Posicionamento do esqueleto
Movimentação do esqueleto.
Músculo Esquelético
Origem e Inserção
Flexor e extensor
Maioria das articulações no corpo possuem músculos flexores e extensores grupos musculares antagonistas
A origem do músculo corresponde à sua extremidade fixada mais perto do tronco ou do osso mais fixo. A inserção do músculo é fixação mais distal ou com maior mobilidade. 
Quando os ossos fixados a um músculo estão conectados por uma articulação flexível, a contração do músculo movimenta o esqueleto.
Se as porções centrais dos ossos conectados se aproximam quando o músculo contrai, o músculo é denominado flexor, e o movimento é chamado de flexão. 
Se os ossos se afastam um do outro quando o músculo contrai, o músculo é denominado extensor, e o movimento é chamado de extensão. 
Antagonistas exercem efeitos opostos. 
Quando você faz uma flexão do braço com um peso na mão, o bíceps contrai e a mão e o antebraço se movem em direção ao ombro. Quando você baixa o peso o tríceps contrai e o antebraço flexionado se afasta do ombro. Em cada caso, quando um músculo contai e encurta, o músculo antagonista relaxa e alonga. 
9
Músculo Esquelético
Grupos musculares antagonistas. 
 Flexão do braço com um peso na mão bíceps contrai e a mão e o antebraço se movem em direção ao ombro. 
Extensão Peso baixa, tríceps contrai e o antebraço flexionado se afasta do ombro.
 
Em cada caso, quando um músculo contai e encurta, o músculo antagonista relaxa e alonga. 
10
Músculo Esquelético
Músculo funcionam em conjunto como uma unidade. 
Músculo esquelético Conjunto de células musculares ou fibras musculares. 
Cada fibra muscular esquelética é uma longa célula cilíndrica com até várias centenas de núcleos próximos da sua superfície. 
As fibras musculares esqueléticas são as células mais longas do corpo, criadas pela fusão de muitas células musculares embrionárias. 
11
Músculo Esquelético
As fibras de cada músculo se organizam com seus eixos longitudinais dispostos em paralelo. Cada fibra muscular esquelética é envolta por tecido conectivo, com grupos de fibras adjacentes formando uma unidade denominada fascículo. Fibras colágenas e elásticas, nervos e vasos sanguíneos dispõem-se entre os fascículos. O músculo inteiro é recoberto por uma bainha de tecido conectivo, contínua com o tecido conectivo que envolve as fibras musculares e os fascículos, e também com os tendões que prendem os músculos aos ossos associados. 
12
Músculo Esquelético
A membrana celular de uma fibra muscular é denominada sarcolema
O citoplasma é denominado sarcoplasma. 
As principais estruturas intracelulares nos músculos estriados são as miofibrilas feixes extremamente organizados de proteínas contráteis e elásticas que executam o trabalho de contração. 
Os músculos esqueléticos também contém um extenso retículo sarcoplasmático (RS), uma forma de retículo endoplasmático modificado que envolve cada miofibrila como uma peça de renda. 
O retículo sarcoplasmático é formado por tubos longitudinais que liberam íons Ca2+ e pelas cisternas terminais, regiões alargadas nas extremidades dos túbulos, que concentram e sequestram o Ca2+.
O cálcio tem um papel chave na contração de todos os tipos de músculo. 
13
Músculo Esquelético
A membrana celular de uma fibra muscular é denominada sarcolema
O citoplasma é denominado sarcoplasma. 
As principais estruturas intracelulares nos músculos estriados são as miofibrilas feixes extremamente organizados de proteínas contráteis e elásticas que executam o trabalho de contração. 
Os músculos esqueléticos também contém um extenso retículo sarcoplasmático (RS), uma forma de retículo endoplasmático modificado que envolve cada miofibrila como uma peça de renda. 
O retículo sarcoplasmático é formado por tubos longitudinais que liberam íons Ca2+ e pelas cisternas terminais, regiões alargadas nas extremidades dos túbulos, que concentram e sequestram o Ca2+.
O cálcio tem um papel chave na contração de todos os tipos de músculo. 
14
Músculo Esquelético
Cisternas terminais são adjacentes e intimamente associadas com uma rede ramificada de túbulos transversos  túbulos T
Cada túbulo T com suas duas cisternas terminais adjacentes é denominado tríade. As membranas dos túbulos T são uma continuação da membrana da fibra muscular, o que torna o lúmen dos túbulo T contínuo com o líquido extracelular. 
15
Músculo Esquelético
túbulos T Conduzem rapidamente os potenciais de ação da superfície celular para o interior da fibra. 
Sem os túbulos T, o potencial de ação chegaria ao centro da fibra muscular somente pela difusão de cargas positivas pelo citosol, um processo mais lento que retardaria o tempo de resposta da fibra muscular. 
16
Músculo Esquelético
Citosol entre as miofibrilas contém muitos grânulos de glicogênio e mitocôndrias. 
Glicogênio Reserva energética
Mitocôndrias Fornecimento de ATP para a contração muscular
ATP por meio da fosforilação oxidativa da glicose e outras biomoléculas. 
17Músculo Esquelético
Cada fibra muscular contém milhares de miofibrilas que ocupam a maior parte do volume intracelular, deixando pouco espaço para o citosol e organelas. 
Cada miofibrila é composta por vários tipos de proteínas: as proteínas contráteis miosina e actina, as proteínas regulatórias tropomiosina e troponina e as proteínas acessórias gigantes titina e nebulina. 
18
Músculo Esquelético
Miosina
Proteína motora com capacidade de gerar movimento
Cada molécula de miosina é composta por cadeias de proteínas que se entrelaçam formando uma longa cauda e um par de cabeças. 
Há várias isoformas de miosina em diferentes tipos de músculo. 
Forma da miosina semelhante a um girino. 
A cauda do filamento grosso assemelha-se a um bastão de consistência rígida, mas as cabeças de miosina que se projetam dela têm uma região elástica flexível (em dobradiça) onde as cabeças se unem ao bastão. Esta região de dobradiça permite o giro das cabeças em torno do seu ponto de fixação. 
19
Músculo Esquelético
Cerca de 250 moléculas de miosina se unem para formar um filamento grosso
Cada filamento grosso se organiza de tal modo que as cabeças de miosina ficam agrupadas em suas extremidades, e a região central do filamento é um feixe de caudas de miosina. 
. 
20
Músculo Esquelético
Actina filamentos finos da fibra muscular.
Molécula de actina é uma proteína globular (actina G)
Longas moléculas de actina G polimerizam-se formando longas cadeias denominadas actina F. 
No músculo esquelético, dois polímeros de actina F enrolam-se como um colar de contas duplo, formando os filamentos finos da miofibrila. 
22
Na maior parte do tempo, os filamentos grossos de finos paralelos de cada miofibrila são conectados por pontes cruzadas de miosina distribuídas no espaço entre os filamentos. Cada molécula de actina G possui um único sítio de ligação para a miosina e cada cabeça de miosina tem um sítio de ligação para a actina e um sítio de ligação para o ATP. As pontes cruzadas formam-se quando as cabeças de miosina dos filamentos grossos se ligam à actina dos filamentos finos. 
23
Disco Z Um sarcômero é composto por dois discos Z e filamentos situados entre eles. 
Visto ao microscópio óptico, o arranjo dos filamentos grossos e finos em uma miofibrila gera um padrão repetido de bandas claras e escuras alternadas. Cada repetição do padrão forma um sarcômero, o qual contém alguns elementos. 
Os discos Z são estruturas protéicas em ziguezague que atuam como sítios de fixação para os filamentos finos. A abreviatura Z vem de zwischer , a palavra alemã para entre. 
24
Banda I Banda mais clara do sarcômero, região ocupada somente por filamentos finos.
A abreviatura I vem de isotrópico, uma descrição dos primeiros microscopistas, que significa que esta região reflete a luz de modo uniforme sob um microscópio polarizado. Um disco Z atravessa o centro de cada banda I, de modo que cada metade de uma banda I pertence a um sarcômero diferente. 
25
Banda A Mais escura de todas as bandas de um sarcômero e engloba todo o comprimento de um filamento grosso.
Nas bordas externas da banda A, os filamentos grossos e finos se sobrepõem. O centro da banda A é ocupado apenas por filamentos grossos. A abreviatura A vem de anisotrópico, significando que as proteínas fibrosas nesta região dispersam a luz de modo irregular. 
26
Zona H Região central da Banda A 
Mais clara do que as bordas externas da banda A, pois é ocupada somente pelos filamentos grossos. A abreviatura H vem de helles, palavra alemã para claro. 
27
Linha M Banda representa as proteínas que formam o sítio de ancoragem para os filamentos grossos, equivalente ao disco Z para os filamentos finos. 
Cada linha M divide uma banda A ao meio. A abreviatura M vem de mittel, palavra alemã para meio. 
Em um arranjo tridimensional, as moléculas de actina e miosina formam uma treliça de filamentos finos e grossos sobrepostos e paralelos, mantidos no lugar por suas ligações às proteínas do disco Z e da linha M, respectivamente. Quando visto em uma secção transversal, cada filamento fino é rodeado por três filamentos grossos, e seis filamentos finos circundam cada filamento grosso. 
28
Músculo Esquelético
O alinhamento adequado dos filamentos dentro de um sarcômero é garantido por duas proteínas: Titina e Nebulina. 
Titina Molécula elástica enorme, maior proteína conhecida. 
A titina é composta por mais de 25000 aminoácidos. Uma única molécula de titina se estende desde um disco Z até a linha M vizinha. Para ter uma ideia do imenso tamanho da titina, imagine que uma molécula de titina é um pedaço de 2,4 metros de uma corda muito grossa usada para amarrar navios aos ancoradoutros. Para comparação, uma molécula de actina teria o comprimento e o peso semelhantes a um único cílio. 
29
Músculo Esquelético
O alinhamento adequado dos filamentos dentro de um sarcômero é garantido por duas proteínas: Titina e Nebulina. 
Titina tem duas funções: 
Estabilizar a posição dos filamentos contráteis;
Fazer com que os músculos estirados retornem ao seu comprimento de repouso. 
A titina é composta por mais de 25000 aminoácidos. Uma única molécula de titina se estende desde um disco Z até a linha M vizinha. Para ter uma ideia do imenso tamanho da titina, imagine que uma molécula de titina é um pedaço de 2,4 metros de uma corda muito grossa usada para amarrar navios aos ancoradoutros. Para comparação, uma molécula de actina teria o comprimento e o peso semelhantes a um único cílio. 
30
Músculo Esquelético
O alinhamento adequado dos filamentos dentro de um sarcômero é garantido por duas proteínas: Titina e Nebulina. 
Titina é auxiliada pela Nebulina
Nebulina proteína gigante não elástica que se dispõe lado a lado com os filamentos finos e se prende ao disco Z. A nebulina auxilia no alinhamento dos filamentos de actina do sarcômero. 
31
Contração Muscular gera força
Tensão muscular Força criada pela contração do músculo.
Carga peso ou força que se opõe à contração do músculo;
Contração Criação de tensão no músculo. Processo ativo que requer ATP.
Relaxament0 Liberação da tensão criada por uma contração. 
A contração das fibras musculares é um processo notável que nos permite gerar força para mover ou resistir a uma carga. 
Eventos na junção neuromuscular convertem um sinal de acetilcolina de um neurônio motor somático em um sinal elétrico na fibra muscular.
Acoplamento excitação-contração processo no qual os potenciais de ação no músculo iniciam os sinais de cálcio que, por sua vez, ativam um ciclo de contração-relaxamento. 
Ciclo de contração-relaxamento (nível molecular) pode ser explicado pela teoria do deslizamento dos filamentos. Em músculos intactos, um ciclo de contração-relaxamento é denominado abalo muscular. 
32
Músculo Esquelético
A membrana celular de uma fibra muscular é denominada sarcolema
33
Teoria do Deslizamento
Primeiras observações
Quando músculos movem uma carga, eles encurtam. 
Por que?
Músculos eram constituídos por moléculas que se enrolavam e encurtavam quando em atividade, e relaxavam e se esticavam quando em repouso, como um elástico ao contrário. 
34
Teoria do Deslizamento
1954 Comprimento da Banda A de uma miofibrila permanece constante durante a contração. 
Andrew Huxley
Rolf Niedeigerke
Uma vez que a banda A representa o filamento de miosina, eles perceberam que o encurtamento da molécula de miosina não poderia ser responsável pela contração. 
35
Teoria do Deslizamento
Modelo alternativo Teoria da contração do deslizamento dos filamentos. 
Andrew Huxley
Rolf Niedeigerke
Razão pela qual a carne encolhe ao ser cozida. 
36
Teoria do Deslizamento
Filamentos sobrepostos de miosina e actina, de comprimento fixo, deslizam uns sobre os outros em umprocesso que requer energia e que resulta na contração do músculo. 
Teoria do Deslizamento
Se você examinar uma miofibrila no seu comprimento de repouso, você vê que, dentro de cada sarcômero, as extremidades dos filamentos finos e grossos estão levemente sobrepostas. Quando o músculo contrai, os filamentos finos e grossos deslizam uns sobre os outros, aproximando os discos Z do sarcômero. Este fenômeno pode ser observado em micrografias ópticas do músculo contraído e relaxado. No estado relaxado, o sarcômero tem uma banda I grande (somente filamentos finos) e uma banda A cujo comprimento equivale ao comprimento de filamentos grossos. Quando ocorre a contração, o sarcômero encurta. Os dois discos Z em cada extremidade se aproximam, ao passo que a banda I e a zona H- regiões onde a miosina e a actina não se sobrepõem no músculo relaxado- quase desaaparecem. Apesar do encurtamento do sarcômero, o comprimento da banda A permanece constante. Essas modificações são consistentes com o deslizamento dos filamentos finos de actina ao longo dos filamentos grossos de miosina, á medida que os filamentos finos se movem em direção à linha M no centro do sarcômero. O nome da teoria da contração pelo deslizamento dos filamentos deriva deste processo. 
38
Teoria do Deslizamento
Explica como um músculo pode contrair e gerar força sem criar movimento. 
A tensão gerada em uma fibra muscular é diretamente proporcional ao número de pontes cruzadas de alta-força entre os filamentos finos e grossos. 
Por exemplo, se você tentar empurrar uma parede, você está criando tensão sobre vários músculos do corpo sem movimentar a parede. 
39
Pontes cruzadas de Miosina movem os filamentos de Actina. 
A rotação das pontes cruzadas de miosina fornecem a força que empurra os filamentos de actina durante a contração. 
O processo pode ser comparado a uma equipe competitiva de vela, com pessoas segurando a corda que levanta um pesado mastro. Quando a ordem pra levantar o mastro é dada, cada pessoa da equipe começa a puxar a corda, uma mão após a outra, agarrando, puxando e soltando repetidamente à medida que a corda se move. No músculo, as cabeças de miosina se ligam às moléculas de actina, as quais são a corda. Um sinal de cálcio inicia o movimento de força, quando as pontes cruzadas de miosina giram e empurram os filamentos de actina em direção ao centro do sarcômero. No final do seu movimento de força, cada cabeça de miosina solta a actina, inclina-se para trás e se liga a uma nova molécula de actina, ficando pronta para iniciar um novo ciclo.. Durante a contração, as cabeças não se soltam ao mesmo tempo- ou as fibras deslizariam de volta para sua posição inicial, do mesmo modo como o mastro cairia se todos os marinheiros soltassem a corda ao mesmo tempo. 
O movimento de força se repete muitas vezes enquanto uma fibra muscular contrai. As cabeças de miosina se prendem, empurram e soltam as mpléculas de actina repetidas vezes à medida que os filamentos finos se movem em direção ao centro do sarcômero. 
40
ATPase de Miosina
No movimento de força o que faz as pontes cruzadas de miosina girarem?
A miosina converte a energia das ligações químicas do ATP na energia mecânica do movimento das pontes cruzadas. 
A miosina é uma ATPase, de modo que ela hidrolisa ATP formando ADP e fosfato inorgânico (Pi). A energia liberada pela hidrólise do ATP é capturada pela miosina e armazenada como energia potencial no ângulo formado entre a cabeça da miosina e o eixo longitudinal do filamento de miosina. As cabeças de miosina nesta posição são ditas engatilhadas, ou prontas para girar. A energia potencial das cabeças engatilhadas torna-se energia cinética no movimento de força que move a actina. 
41
Sinais de Cálcio iniciam a contração
No músculo esquelético em repouso, a tropomiosina se enrola em torno dos filamentos de actina e cobre parcialmente os sítios de ligação da miosina na actina. Esta é a posição de bloqueio da tropomiosina ou posição desligada. Ainda pode ocorrer uma ligação actina-miosina fraca, com pouca força, mas o bloqueio da miosina impede que esta complete seu movimento de força, como a trava de segurança de um revólver impede que o gatilho seja puxado. Antes que a contração possa ocorrer, a tropomiosina deve ser deslocada para a posição ligada, que expõe o restante dos sítios de ligação da miosina na actina. 
O posicionamento ligado-desligado da tropomiosina é regulado pela troponina. Quando a contração começa em resposta a um sinal de cálcio, uma proteína do complexo- troponina C- liga-se reversivelmente ao Ca 2+. O complexo troponina C-cálcio puxa a tropomiosina, afastando-a completamente dos sítios de ligação da miosina na actina. Esta posição “ligado” permite que as cabeças de miosina formem pontes cruzadas fortes e executem seus movimentos de força, movendo o filamento de actina. Os ciclos de contração se repetem enquanto os sítios de ligação estão expostos. 
42
Cabeças de miosina caminham ao longo dos filamentos de actina
O ATP se liga e a miosina desliga uma molécula de ATP se liga à cabeça de miosina. A ligação do ATP diminui a afinidade da ligação da actina com a miosina, e a miosina se desliga da actina. 
A hidrólise do ATP fornece energia para a cabeça de miosina rotar e voltar a se ligar na actina O sítio de ligação do ATP na cabeça de miosina se fecha em torno do ATP na cabeça de miosina se fecha em torno do ATP e o hidrolisa, formando ADP e fosfato inorgânico. ADP e Pi permanecem ligados à miosina enquanto a energia liberada pela hidrólise do ATP gira a cabeça da miosina até que ela forme um ângulo de 90º com o eixo longitudinal dos filamentos. Nessa posição engatilhada, a miosina se liga a uma nova actina que está 1 a 3 moléculas adiante de sua posição inicial. 
O movimento de força Começa após o Ca2+ se ligar à troponina para expor o restante dos sítios de ligação da miosina. As pontes cruzadas tornam-se ligações fortes, quando a miosina libera Pi. A liberação de Pi permite que a cabeça de miosina gire.. 
43
Rigor Mortis
Após a morte o metabolismo cessa, e o suprimento de ATP se esgota, músculos não podem mais se ligar ao ATP e por isso permanecem no estado de ligação de forte rigidez. 
Músculos congelam em decorrência das pontes cruzadas que permanecem imóveis. A ligação forte entre a miosina e a actina persiste por um dia ou mais após a morte, até que as enzimas dentro da fibra em decomposição começam a degradar as proteínas musculares. 
44
Acoplamento Excitação-Contração
A acetilcolina (Ach) é liberada do neurônio motor somático;
A Ach gera um potencial de ação na fibra muscular
O potencial de ação muscular desencadeia a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático;
O cálcio se liga com a troponina, dando início à contração. 
O Ca2+ é o sinal para a contração, e não o potencial de ação Cálcio atua como um mensageiro dentro das células. Inicialmente pensava-se que os sinais de cálcio ocorriam somente nos músculos, mas agora sabe-se que o cálcio é um segundo mensageiro quase universal. 
45
Acoplamento Excitação-Contração
Sequencia temporal dos eventos elétricos e mecânicos durante o acoplamento excitação-contração. Após o potencial de ação no neurônio motor somático, ocorre um potencial de ação muscular, seguido da contração muscular. Cada ciclo de contração-relaxamento em uma fibra muscular esquelética é denominado abalo. Há um pequeno retardo- o período de latência- entre o potencial de ação muscular e o início do desenvolvimento da tensão muscular. Este atraso representa o tempo necessário para que o acoplamento excitação-contração possa ocorrer. 
Uma vez iniciada a contração, a tensão muscular aumenta continuamente até um valor máximo à medida que as interações das pontes cruzadas aumentam. A tensão então diminui na fase do relaxamento do abalo. Durante o relaxamento, os elementos elásticos do músculo fazem com que o sarcômero retorneao seu comprimento de repouso. 
Um único potencial de ação em uma fibra muscular provoca um único abalo. Os abalos musculares variam de fibra para fibra na velocidade com que eles desenvolvem a tensão (a porção ascendente da curva do abalo), na tensão máxima que elas atingem (a altura da curva do abalo) e na duração da contração (a largura da curva do abalo). 
46
Contração= suprimento contínuo de ATP
O uso do ATP pela fibra muscular é uma característica essencial da fisiologia do músculo. O músculo requer energia constantemente: durante a contração, para gerar o movimento das pontes cruzadas e para desligar as pontes cruzadas; durante o relaxamento, para bombear o Ca2+ de volta ao retículo sarcoplasmático, e após o acoplamento excitação-contração, para restituir o Na+ e o K+ nos compartimentos extracelular e intracelular, respectivamente. Onde os músculos obtêm o ATP de que necessitam para seu trabalho?
A quantidade de ATP presente em uma fibra muscular em um determinado momento é suficiente para apenas cerca de 8 abalos. Como fonte de energia de reserva, o músculo contém o fosfato de creatina, uma molécula cujas ligações fosfato de alta energia são criadas a partir da creatina e do ATP quando o músculo se encontra em repouso. 
Quando o músculo entra em atividade, como durante o exercício, os grupos fosfato de alta energia do fosfato de creatina são transferidos para o ADP, gerando mais ATP para abastecer os músculos. 
47
Tipos de fadiga
Fadiga Condição reversível na qual um músculo não é mais capaz de gerar ou manter a potência esperada. A fadiga é muito variável. É influenciada pela intensidade e pela duração da atividade contrátil, pelo fato de a fibra muscular estar usando o metabolismo aeróbio ou anaeróbio, pela composição do músculo e pelo nível de condicionamento do indivíduo. 
Mecanismos de fadiga central Origem no SNC
Mecanismos de fadiga periférica Origem em algum lugar entre a junção neuromuscular e os elementos contráteis do músculo. 
A maior parte das evidências experimentais sugere que a fadiga muscular surge de uma falha na excitação-contração da fibra muscular, ao invés de uma falha nos neurônios controladores ou na transmissão neuromuscular. 
Fadiga central sensações subjetivas de cansaço e um desejo de cessar a atividade; Fadiga psicológica precede a fisiológica nos músculos (Mecanismo de proteção). 
48
Classificação das fibras musculares esqueléticas
Fibras musculares esqueléticas têm sido tradicionalmente classificadas com base na sua velocidade de contração e sua resistência à fadiga decorrente de estimulação repetida. 
Músculos têm plasticidade e podem mudar seu tipo dependendo da sua atividade. Os tipos de fibra muscular aceitos atualmente incluem as fibras de contração lenta, as fibras glicolítico-oxidativas de contração rápida e as fibras glicolíticas de contração rápida. 
Fibras de contração rápida desenvolvem a tensão duas a três vezes mais rápido do que as de contração lenta. A velocidade com a qual uma fibra muscular contrai é determinada pela isoforma da ATPase da miosina presente nos filamentos grossos da fibra. 
As fibras de contração rápida clivam o ATP mais rapidamente, e podem assim completar múltiplos ciclos contráteis com maior velocidade do que as fibras de contração lenta. 
A duração da contração também varia de acordo com o tipo de fibra. 
Capacidade de resistir a fadiga fibras glicolíticas dependem da glicólise anaeróbia para produzir ATP. Fibras glicolíticas entram em fadiga mais facilmente do que as fibras oxidativas, as quais não dependem do metabolismo anaeróbio. 
49
Classificação das fibras musculares esqueléticas
Aumento ou diminuição da tensão
Aumento ou diminuição da tensão
Mecânica corporal
Mecânica corporal
Mecânica corporal
Disfunções musculares
Podem ser oriundas de:
Problemas com os sinais emitidos pelo SN
Falhas na comunicação da junção neuromuscular 
Defeitos do músculo. 
Em muitos dos qaudros de disfunção muscular, mesmo nos mais simples, não compreendemos plenamente o mecanismo causador do defeito primário. Podemos tratar os sintomas, não podemos curar o problema. 
56
Disfunções musculares
Cãimbra muscular 
Hiperexcitabilidade dos neurônios motores somáticos que controlam os músculos. 
O trauma mais grave sofrido pelo músculo pode resultar no rompimento das fibras musculares, da bainha do tecido conectivo ou da união entre o tendão e o músculo. 
Quando o neurônio dispara repetidamente, as fibras musculares da sua unidade motora entram em um estado de contração dolorosa sustentada. Algumas vezes, as cãimbras musculares podem ser aliviadas forçando o alongamento do músculo. O alongamento envia informação sensorial para o sistema nervoso central, que inibe o neurônio motor somático, aliviando a cãimbra. 
57

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