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Defensoria Pública - Constitucional II

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA – DIREÇÃO GERAL 
GESTÃO DO CURSO DE DIREITO - CAMPUS NITERÓI 
 
 
 
 
 
 
DEFENSORIA PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Niterói 
2019 
2 
 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA – DIREÇÃO GERAL 
GESTÃO DO CURSO DE DIREITO - CAMPUS NITERÓI 
 
 
DEFENSORIA PÚBLICA 
 
 
 
RENATO DOS SANTOS FONSECA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Niterói 
2019 
Trabalho apresentado como requisito 
parcial para obtenção de nota para 
segunda avaliação da disciplina Direito 
Constitucional II. 
4º Período (manhã) 
Prof: Soniárlei Vieira Leite 
3 
 
SUMÁRIO 
CONCEITO................................................................................................................4 
ORIGEM....................................................................................................................5 
ATRIBUIÇÕES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS ......................................................5 
PRERROGATIVAS....................................................................................................6 
QUESTAO POLÊMICA..............................................................................................7 
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 – CONCEITO 
 O conceito de Defensoria Pública se encontra no “caput” do art. 134 da 
Constituição Federal, vejamos: 
“Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, 
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como 
expressão e instrumento do regime democrático, 
fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos 
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, 
dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, 
aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta 
Constituição Federal”. 
 A defensoria pública visa garantir o acesso à justiça pelas pessoas necessitadas, 
prestando assistência jurídica integral e gratuita. A defensoria pública, juntamente 
com Ministério Público, Advocacia Pública e a Advocacia Privada estão incumbidos 
de prestar assistência jurídica a população carente. Prestam orientação jurídica e 
defesa em todas as instâncias por meio de seus defensores públicos. No Brasil 
existe a defensoria pública federal da União e a defensoria pública dos estados, em 
nível estadual. 
1.1 – Quem são os Defensores Públicos? 
São bacharéis em direito que possuem inscrição na ordem dos advogados do 
Brasil e passaram em concurso para defensoria pública da União ou de qualquer 
Estado. 
1.2 – Defensoria Pública da União 
A defensoria pública da União atuará nos Estados, no Distrito Federal e nos 
Territórios, junto as Justiças Federal, do Trabalho, Eleitoral, Militar, Tribunais 
Superiores e instâncias Administrativas da União. 
1.3 – No que tange a defensoria pública Estadual a mesma tem a sua atuação nos 
graus e instâncias estaduais. 
5 
 
1.4 – Atuação da Defensoria Pública 
1.4.1 A defensoria Pública da União (DPU) é uma instituição que está 
vinculada ao poder judiciário federal. A ideia é que esta defensoria esteja onde tenha 
varas e tribunais federais. Assim, acompanhar as demandas que correm nesses 
órgãos. Ela atua também no campo extrajudicial, ou seja, ela não se limita somente 
a juízo, a defesa ou a abertura de novos processos. Eles trabalham com a 
orientação jurídica, promoção dos direitos humanos que vai no sentido de estar 
orientando as pessoas, assim, diante de uma justiça tão morosa, a defensoria busca 
meios extrajudiciais para ajudar as pessoas de forma mais rápida. Desta forma, as 
atuações são: i) Previdenciário (aposentadoria, acidente de trabalho); ii) Pedidos de 
medicações; 
1.4.2 Em relação a Defensoria Pública do Estado (DPE), sua área de atuação 
são: i) Direito de família em pedidos de pensão alimentícia, separação judicial, 
divórcio, guarda de filhos (maior número de casos); ii)Causas da área cível, como 
pedidos de indenização, alvarás; iii) Direito do consumidor em ações de indenização 
por vício do produto; iv) Infância e juventude em processos de adoção, destituição 
do poder familiar; v) Direito criminal em defesa de pessoa que cometeu com crime 
ou que cumpre pena. 
A defensoria também prestará assistência para pessoas que desejem entrar 
em acordo antes de entrar com uma ação. 
2 – ORIGEM 
A atividade estatal de assistência jurídica teve origem em importante estudo 
internacional acerca do acesso à uma ordem jurídica justa. Desse estudo, concluiu-
se ser fundamental a prestação desse serviço pelo poder público, de forma integral e 
gratuita, aos menos favorecidos. 
No Brasil, a assistência jurídica aos necessitados adquiriu status 
constitucional pela primeira vez na Constituição de 1934. Seu texto previa que a 
União e os Estados concederiam aos necessitados assistência judiciária, criando, 
para esse efeito, órgãos especiais e assegurando a isenção de emolumentos, 
custas, taxas e selos. 
6 
 
Essa previsão foi retirada na Constituição seguinte, de 1937, reaparecendo na 
Constituição de 1946 e sendo mantida na de 1967. 
A Constituição de 1988 aprimorou e ampliou esse direito, concedendo 
assistência integral e gratuita, mas não somente de natureza judiciária, mas jurídica. 
Dessa forma, é direito dos necessitados a assistência não somente na esfera 
judicial, mas em todo e qualquer ato jurídico, incluindo processos administrativos, 
atos notariais, consultorias e aconselhamentos em assuntos jurídicos. 
3 – ATRIBUIÇÕES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS 
As atribuições da Defensoria Pública estão elencadas no art. 134, ss., da 
CF/1988. 
“Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime 
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos 
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos 
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do 
inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal”. 
 “§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito 
Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos 
Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso 
público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da 
inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições 
institucionais”. 
 “§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e 
administrativa, e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 
99, § 2º”. 
 “§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito 
Federal”. 
7 
 
 “§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o 
disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal”. 
4 PRERROGATIVAS 
A Lei Complementar n° 132/2009 alterou as prerrogativas da Defensoria 
Pública, oferecendo maior autonomia ao órgão e dando ênfase a uma atuação 
descentralizada, com atendimento interdisciplinar. 
Com essa autonomia, a Defensoria Pública tem sido alvo da atenção de 
muitos advogados interessados na carreira de defensor público, levando 
profissionais mais gabaritados a pensar na profissão, uma vez que se trata de uma 
atividade que permite maior desenvolvimento na carreira, por atuar nas mais 
diversas áreas. 
Um dos fatores mais interessantes é o estudo da viabilidade de atendimento, 
que deve ser feito individualmente, atendendo normas legais, principalmente, para 
aquelas pessoasque não têm possibilidade de arcar com as custas do processo, 
situação que leva o advogado a proceder análises mais detalhadas de cada caso. 
Para a Defensoria Pública, o atendimento deve ser direcionado para pessoas 
que possam comprovar que sua situação econômica não permite levar adiante uma 
demanda sem prejuízo de si mesmo e de sua família, exigindo do advogado não 
apenas a atuação como profissional de Direito, mas como um ser sensível às 
condições de outros seres humanos, não tão privilegiados. 
Diante de tantos problemas apresentados na sociedade, o defensor público 
tem a oportunidade de tratar pessoas em situação de vulnerabilidade específica, o 
que o leva a conseguir grande experiência em sua carreira, atendendo situações 
que, normalmente, não lhe estariam acessíveis. 
Para o cidadão que procura a Defensoria Pública, existe a vantagem de não 
fazer qualquer pagamento, sendo atendido de forma gratuita em qualquer caso, 
desde que possa comprovar sua incapacidade de arcar com as despesas de um 
processo. Além disso, ele vai ter a certeza de que será atendido por um profissional 
que lhe oferece segurança na condução do processo, uma vez que o concurso para 
8 
 
defensor público é um dos mais rigorosos, exigindo que o advogado tenha profundos 
conhecimentos das mais diversas matérias jurídicas. 
5 – QUESTÃO POLÊMICA 
Em 2014 os ministros, por unanimidade, reconheceram a legitimidade da 
Defensoria Pública para propor ação civil pública em defesa da coletividade. Para 
que se possa entender o tamanho da complexidade da questão, não foram poucos 
tribunais e acórdãos que enterraram ações e estudos inteiros com o argumento de 
que competia à Defensoria apenas a defesa de hipossuficientes, os quais não 
estariam discriminados em pólos coletivos. 
No entanto, não só Tribunais refutaram a defesa da coletividade pela 
Defensoria, como o Ministério Público sempre foi um opositor da legitimidade. A 
ação direta de inconstitucionalidade, que visava derrubar de vez a possibilidade de 
causas coletivas serem propostas pela Defensoria, foi proposta pela Associação 
Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp). 
O argumento processual sobre legitimidade foi rechaçado pela Suprema 
Corte. A relatora da ADI na época, ministra Carmen Lúcia, em seu voto, defendeu 
que o aumento de atribuições da instituição amplia o acesso à Justiça, sendo 
perfeitamente compatível com a Lei Complementar 132/2009 e com as alterações à 
Constituição Federal promovidas pela Emenda Constitucional 80/2014, que 
estenderam as atribuições da Defensoria Pública e incluíram a de propor ação civil 
pública. A relatora argumentou que não há qualquer vedação constitucional para a 
proposição desse tipo de ação pela Defensoria, nem norma que atribua ao Ministério 
Público prerrogativa exclusiva para ajuizar ações de proteção de direitos coletivos. 
Segundo a ministra, a ausência de conflitos de ordem subjetiva decorrente da 
atuação das instituições, igualmente essenciais à Justiça, demonstra inexistir 
prejuízo institucional para o Ministério Público. 
E relação ao caso supracitado, o Supremo Tribunal Federal reafirmou em 
2018 que a Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública. A 
decisão foi tomada ao serem rejeitados os embargos de declaração opostos pela 
Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), no 
julgamento virtual da ADI 3.943. 
9 
 
Assim, após a decisão unanime do STF que legitimou a Defensoria Pública 
para propor ações coletivas, o Conamp —diz que a lei em questão afeta os poderes 
do Ministério Público, responsável por propor ações em nome de interesses coletivo 
— pediu que sejam esclarecidos pontos no voto da ministra relatora do caso, 
Carmen Lúcia. 
Entretanto, em seu voto, a ministra diz que, para que a Defensoria possa 
propor ação coletiva, é necessário que se prove a hipossuficiência dos afetados para 
justificar a atuação do órgão. Portanto, ela afirma que "condicionar a atuação da 
Defensoria Pública à comprovação prévia de pobreza do público-alvo diante de 
situação justificadora do ajuizamento de ação civil pública parece-me incondizente 
com princípios e regras norteadoras dessa instituição permanente e essencial à 
função jurisdicional do Estado, menos ainda com a norma do artigo 3º da 
Constituição”. 
Bibliografia 
http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/defensoria-publica.htm 
http://direitoconstitucional.blog.br/defensoria-publica-origem-estrutura-e-evolucao/ 
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_03.07.2019/art_134_.a
sp 
https://blog.juridicocerto.com/2018/02/defensoria-publica-e-suas-prerrogativas.html 
https://www.conjur.com.br/2018-mai-13/stf-julga-virtualmente-adi-questiona-
competencias-defensoria 
https://www.conjur.com.br/2018-mai-18/stf-mantem-decisao-autoriza-defensoria-
propor-acoes-coletivas

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