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saude da mulher

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Doenca da Membrana Hialina.ppt
Doença da Membrana Hialina do Neonato
Professora Cosete Rodrigues
Conceito
		Também conhecida como Síndrome de Desconforto Respiratório, é uma patologia relacionada à deficiência de surfactante que leva ao colapso alveolar gerando um quadro de insuficiência respiratória.
		Acomete principalmente RNPT.
Incidência
		Atinge cerca de 50% dos RNs entre 26 e 28 semanas;
		A produção adequada de surfactante, em quantidade e em qualidade se dá a partir da 33ª semana.
		Então a doença da membrana hialina está relacionada à imaturidade pulmonar. 
Etiologia
		Fatores pré e perinatais: gemelaridade, eritroblastose fetal, DPP, Diabetes materna, asfixia perinatal;
		Fatores pós-natais: hipovolemia, choque, hipotermia, alterações metabólicas e hipóxia prolongada.
Etiologia
		O principal fator predisponente está relacionado com a prematuridade, quanto mais recente a IG, maiores são os riscos da DMH.
Fisiopatologia
		O surfactante é uma lipoproteína que reveste internamente os alvéolos, diminuindo a tensão superficial na interface líquido-ar, mantendo a estabilidade alveolar.
		Com a sua falta ou diminuição temos:
Fisiopatologia
		aumento da tensão superficial » microatelectasias difusas »diminuição da complacência pulmonar»extravasamento de plasma sangüíneo » formação de fibrinas (membrana hialina).
Quadro Clínico
		O principal achado no QC é a instalação precoce da insuficiência respiratória; com isso o RN apresenta :
		Dispnéia com aumento progressivo da FR
		Tiragens e BAN
		Gemido expiratório
		Cianose
		Ausculta pulmonar com MV normal ou diminuído e com estertores;
Tratamento
		As medidas terapêuticas da DMH visam fundamentalmente conservar uma oxigenação adequada (PaO2 >ou=50mmHg), ventilação adequada (PaCO2< 45 mmHg) e medidas gerais de manutenção térmica, calórica e hídrica.
		Inicialmente deve ser realizado controle da temperatura, oferta de líquidos, suporte hemodinâmico e oferta calórica. A principal medida terapêutica é a administração exógena de surfactante, que é realizada através do tubo traqueal, duas a quatro doses com intervalo de 12-24 horas.
Assistência de Enfermagem
		Manter as vias respiratórias desobstruídas
		Manter o RN em decúbito discretamente elevado, cabeça lateral e tórax expandido
		Manuseá-lo o mínimo possível
		Avaliar e registrar Freqüência, ritmo, características da respiração
		Estimular o RN, Oferecer Oxigênio
		Detectar sofrimento respiratório, dispnéia, gemido;
		Comprimir suavemente o tórax com os dedos
		Cuidados rigorosos com sondagens, soroterapia e medicação
		Realizar cuidados higiênicos, conforto, monitorização dos SSVV
ATRESIA DE ESÔFAGO
Professora Cosete Rodrigues
ATRESIA DE ESÔFAGO
Em qualquer parte do trato gastrointestinal podem produzir-se defeitos congênitos (o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso, o reto ou o ânus).
 
Na maioria dos casos, este defeito supõe um desenvolvimento incompleto de algum órgão, o que costuma causar uma obstrução. 
Em geral, deve recorrer-se a uma cirurgia corretora para estes defeitos.
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ATRESIA DE ESÔFAGO
Na atresia esofágica, o esôfago não está ligado ao estômago como deveria, já que se estreita ou acaba num beco sem saída. 
A maioria dos recém-nascidos com atresia esofágica também apresenta uma fístula traqueoesofágica, uma ligação anormal entre o esôfago e a traqueia.
Na maioria dos casos, um recém-nascido com atresia esofágica tem grande quantidade de saliva, tosse quando tenta engolir e está cianótico (tem a pele de cor azulada). 
A fístula traqueoesofágica permite que a saliva entre nos pulmões quando o bebê engole. Isto expõe-no a contrair uma pneumonia por aspiração.
ATRESIA DE ESÔFAGO
Quando o estado do bebê é estável, pratica-se uma operação para corrigir a atresia esofágica e fechar a fístula traqueoesofágica.
Antes de corrigir o problema cirurgicamente, o médico tenta evitar a pneumonia por aspiração suspendendo a alimentação por via oral e colocando uma sonda de aspiração contínua na parte superior do esôfago para sugar a saliva antes que chegue aos pulmões. 
O bebê é alimentado por via endovenosa.
Na atresia do esôfago, este estreita-se ou fecha-se como num fundo de saco; não se liga com o estômago como devia. 
Uma fístula traqueoesofágica é uma ligação anormal entre o esôfago e a traqueia.
ATRESIA DE ESÔFAGO
Suspeita:
		USG: bolha gástrica pequena + poliidrâmnio
Neonatal:
		Salivação excessiva
		Dificuldade de sucção
		Cianose
		Tosse excessiva
DIAGNÓSTICO
		Diagnostico:
		Cateter não progride ate o estomago
		Rx: cateter em fundo cego
		Presença ou não de ar no restante do tubo digestivo
		Broncoscopia rígida
		Abordagem cirúrgica
Obrigada!
Obrigada!
DOENCAS RESPIRATORIAS PREVALENTES NA INFANCIA.pptx
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS PREVALENTES NA INFANCIA
Profª Msc Cosete Rodrigues
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DA INFANCIA
A partir do século XX, as doenças respiratórias tornaram-se a principal causa de mortalidade infantil, acometendo crianças menores de cinco anos;
Os motivos estão associados à falta de conhecimento durante os primeiros sintomas, às más condições básicas de saúde e à adoção de medidas inadequadas ao tratamento.
As doenças respiratórias classificam-se como a primeira causa de internações no Sistema Único de Saúde (SUS), e também contribuem com o índice de morbidade e mortalidade de crianças menores de 5 anos. 
No âmbito nacional, tornam-se um grande desafio e exigem ações como pesquisas e estratégias governamentais para lidar com essa problemática.
Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped. | v.14, n.1, p 33-9 | Julho 2014
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DA INFANCIA
Salienta-se que as doenças respiratórias constituem um grave problema de saúde pública mundial, sendo responsáveis pela morte de crianças que poderiam ser evitadas.
 
No entanto, tem forte fator de impacto, sobretudo nos países com baixo e médio níveis socioeconômicos. 
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DA INFANCIA
Para desenvolver atividades de cuidado e promover a saúde da criança, a família torna-se célula fundamental na manutenção dos cuidados em doenças respiratórias. 
A enfermagem deve atuar junto aos familiares de crianças com doenças respiratórias, considerando que a presença da doença aguda ou crônica, interfere diretamente no cotidiano das crianças e de suas famílias. 
Salienta-se a carência de uma educação permanente e uma assistência de qualidade nos hospitais e unidades básicas de saúde, para que os profissionais da saúde possam atuar junto à família, a fim de transformar a realidade para além do âmbito hospitalar e da atenção básica.
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DA INFANCIA
INFECÇÕES DAS VIAS AEREAS SUPERIORES
As infecções da VAS e suas complicações são motivo de mais da metade das consultas ao pediatra e idas ao serviço de puericultura.
São viroses autolimitadas, com cura espontânea em cerca de uma semana, independentemente de tratamento.
Entretanto, causam preocupação pela frequência com que evoluem com complicações bacterianas (otite, sinusite, bronquite, pneumonia) que exigem tratamento com antibiótico.
Resfriado comum e Gripe
A infecção ocorre por partículas aéreas ou através das mãos e o período de incubação é de 1 a 3 dias para o resfriado e de 1 a 4 dias para a gripe;
Nos primeiros 3 anos, as crianças têm em média 6 a 10 episódios de IVAS por ano e algumas, sobretudo aquelas que frequentam escolinhas e creches, chegam a apresentar de 12 a 20 episódios por ano, frequentemente emendando uma ocorrência com a próxima;
Resfriado comum (rinofaringite ou rinosinusite viróticas)
É uma infecção viral benigna caracterizada por sintomas nasais proeminentes ( congestão, obstrução nasal, rinorréia) com pouca ou nenhuma repercussão sistêmica como febre, prostração, mialgia.
Gripe ou Influenza
É uma virose respiratória mais grave, com maior repercussão sobre o estado geral e maior risco de comprometimento das vias aéreas baixa e de complicações bacterianas (otite, sinusite, pneumonia).
Quando Suspeitar
Os pais geralmente referem que a criança está “resfriada” ou “gripada”, relatando sintomas como: coriza, rinorreia, fungor, espirros, congestão com obstrução nasal, tosse, irritação ou dolorimento na garganta, congestão ocular e lacrimejamento.
Outros sintomas que podem estar presentes são: tosse seca ou produtiva (“peito cheio”), rouquidão e comprometimento das VAI.
Os bebês e lactentes pequenos se tornam irritados, inquietos, choro fácil, dificuldade de dormir e pouco apetite.
Podem ocorrer vômitos espontâneos relacionados à tosse.
Quando Suspeitar
Mais raramente há queixa de dor de garganta
Crianças asmáticas podem apresentar broncoespasmo associado;
A febre está presente em menos de um terço dos resfriados e em quase todos os casos de gripe (influenza). 
É importante avaliar se a febre faz parte do quadro virótico ou se já é uma manifestação de uma complicação bacteriana que exija tratamento.
Como Tratar
O tratamento é apenas sintomático e tem o objetivo de reduzir o desconforto da criança causado por cefaleia, mialgia, coriza, obstrução nasal.
É importante ensinar aos pais que não é preciso prescrever medicamentos, exceto um analgésico-antitérmico quando for necessário,
Hidratar bem a criança, a gripe é curada pela própria imunidade da criança.
Nos lactentes, a obstrução nasal leva o bebê a respirar pela boca, torna-se irritado, não dorme, parece sufocado.
Como Tratar
Hidratação: oferecer líquidos com frequência: agua, chás, sucos. Respeitar a falta de apetite e tranquilizar os pais , afirmando que o apetite voltará assim que a gripe passar.
Analgésicos e antitérmicos: se a criança apresentar febre (acima de 37,8°C) ou se demonstrar sentir dor usar paracetamol (acetaminofeno) na dose de 10-15mg/kg/dose, ou dipirona (meia a uma gota/kg ou um ml para cada 2 a 4 kg, por dose). O ibuprofeno (10mg/kg/dose).
Obstrução nasal: nos bebês pode ser aliviada com soro fisiológico morno ou soluções fisiológicas, pingando meio conta-gotas em cada narina sempre que necessário, sobretudo antes de dormir e antes das mamadas.
Monitorar sinais de complicações: o principal papel dos pais na gripe é vigiar o aparecimento de sinais de complicações que precisam ser tratadas (otites, sinusites, bronquites, pneumonias). Por isso é necessário rever a criança em consulta de puericultura se ela apresentar: febre alta de difícil controle que dure mais do que 5 dias; choro forte parecendo dor, cansaço, respiração ofegante, ruidosa ou difícil.
Como Tratar
Vaporização: o uso de vaporizador para umidificar secreções não altera a evolução e, geralmente, não reduz os sintomas da doença, exceto quando há laringite (com rouquidão e afonia). No entanto alguns pacientes referem melhora com essa medida.
Gripe Pandêmica por H1N1/ Influenza A
Gripe pandêmica, iniciada em 2009, com maior risco de casos graves e fatais com pneumonia, SARA e choque.
A gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (inicialmente chamada de gripe suína) é uma doença transmitida de pessoa a pessoa através de secreções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou espirro de pessoas infectadas. 
A transmissão pode ocorrer quando houver contato próximo (aproximadamente um metro), principalmente em locais fechados, com alguém que apresente sintomas de gripe (febre, tosse, coriza nasal, espirros, dores musculares). 
Caso ocorra transmissão os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após o contato. Não há registro de transmissão da Influenza A/H1N1 para pessoas por meio da ingestão de carne de porco e produtos derivados. 
Este novo vírus não resiste a altas temperaturas (70ºC). 
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Sintomas suspeitos da H1N1
Apresentar febre alta de maneira repentina (> 38ºC) E tosse podendo ser acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória.
A) Ter apresentado sintomas até 10 dias após voltar de viagens ao exterior, de países que reportaram casos pela Influenza A(H1N1). OU
 
B) Ter tido contato próximo , nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de Influenza A(H1N1). 
Outros quadros Viróticos das VAS
Diversas viroses podem produzir quadros mais localizados como faringite, laringite, várias delas podem comprometer as vias aéreas inferiores com bronquite ou pneumonias virais.
Faringite e Amigdalite
Uma queixa de dor de garganta, com ou sem febre, é o motivo de mais de 10% das consultas com escolares.
Pelo menos metade dos casos são por faringoamigdalites viróticas e os demais por infecções bacterianas.
Dessas, a maioria são amigdalites streptocócicas, importantes pela alta frequência em crianças maiores que 3 anos.
Faringite e Amigdalite
As mais comuns são:
Estreptocócica (Estreptococo beta-hemolítico A)
Viróticas
Bacterianas
Quando Suspeitar
Em todo paciente com dor de garganta, febre, dor para engolir. A diferença entre amigdalite virótica e bacteriana é sempre um desafio, pois apesar das diferenças, nenhum conjunto de achados é suficientemente sensível para dar certeza absoluta.
Os casos mais sugestivos de amigdalite estreptocócica seriam: febre acima de 38°C, secreção branca ou purulenta nas amigdalas e aumento de linfonodos regionais. 
Tratamento
Faringite Virótica: deve ser tratada sintomaticamente como as gripes e os resfriados, aumentando a hidratação, analgésicos e antitérmicos. Gargarejos com soro fisiológico morno.
Antibioticoterapia nas amigdalites estreptocócicas: O tratamento deve ser mantido por 10 dias para reduzir o risco do paciente continuar portador do streptococo e a infecção se repetir em pouco tempo: Penicilina V, amoxilina, Penicilina Benzatina, Azitromicina, Eritromicina.
Otite
É uma inflamação com coleção de líquido no ouvido médio. É a infecção bacteriana mais comum em pediatria, a segunda maior causa de consulta ao serviço de puericultura e a principal causa do uso de antimicrobianos em crianças. 
Na maioria das vezes surge de uma complicação de uma gripe ou resfriado, devido à congestão ou obstrução da tuba auditiva (trompa de Eustáquio).
Pode ser purulenta ou só a persistência de uma efusão serosa ou catarral no ouvido médio.
Quando Suspeitar
Em lactentes e crianças a apresentação mais típica é otalgia, febre, irritabilidade e choro, após alguns dias de sintomas gripais. O sintoma mais importante é a dor de ouvido.
Qualquer criança com febre deve ser, obrigatoriamente, submetida a uma otoscopia cuidadosa.
Tratamento
Tratamento sintomático: trata-se com antitérmicos e analgésicos e medidas de desobstrução do nariz.
Antibioticoterapia
Sinusite
Uma infecção bacteriana aguda dos seios nasais da face. 
Gripes e resfriados provocam sinusites virais na maioria dos casos.
Fatores de Risco para Sinusite
Resfriados e gripes
Rinite alérgica
Fumaça de cigarro
Asma
Desvios de septo
Refluxo
Poluição ambiental
Natação em piscina com cloro
Quando Suspeitar
Persistência dos sintomas residuais de uma gripe por mais de 10 dias.
Febre alta, rinorreia, congestão nasal e tosse.
A tosse geralmente é diurna, mas piora à noite, seca e não produtiva.
Pode haver dor, sensibilidade ou sensação de pressão sobre os seios da face, referidas abaixo dos olhos, sobre a base do nariz, face, mandíbula ou dentes.
Tratamento
Antibioticoterapia
Antitérmicos
Rinite Alérgica
A rinopatia crônica ou em crises recorrentes é caracterizada por sintomas de congestão e obstrução nasal, prurido nasal e ocular e coriza clara, causada por alergia respiratória (IgE→histamina, eosinófilos). 
Os alergenos causadores mais comuns são ácaros da poeira doméstica, mofo, barata, pólen, cães, gatos e fumaça de cigarro.
É predominante no escolar.
A doença pode prejudicar seriamente a qualidade de vida social e a performance escolar do paciente.
Aumenta a frequência de otite, rinite e sinusites bacterianas e é agravada por elas e por viroses respiratórias.
Principais Fatores de Risco
História Familiar 
Asma associada
Quarto e casa mal ventilados ou em que não bate sol
Poluição exagerada do ar
Animais dentro de casa
Pais fumantes
Ar condicionado central
Quando Suspeitar
Em pacientes com episódios repetidos de obstrução nasal acompanhados de coriza clara, fungor, espirros e coceira no nariz e olhos.
Chama atenção as queixas de coceira, “nariz pinicando”, “dá vontade de arrancar o nariz” e de “nariz entupido que a gente assoa e não sai nada”.
Pode haver tosse, cefaleia e crises de asma.
A obstrução nasal piora à noite.
Tratamento
O tratamento vai depender da gravidade da doença, frequência e duração dos sintomas e resposta ao tratamento.
Anti-histamínicos via oral: deve ser usado ao primeiro sinal de uma crise. Loratadina, Cetirizina, Clemastina, Hidroxizina, Levocabastina.
Descongestionantes tópicos nasais: Fenoxazolina, Oximetazolina podem proporcionar um alívio rápido.
Descongestionantes sistêmicos: Podem aliviar a congestão nasal e o incômodo de crianças maiores. Em crianças menores tendem a provocar mais efeitos colaterais do que alívio.
Corticosteroides tópicos nasais: São as drogas mais úteis para os casos intermitentes: Fluticasona, mometasona, budesonida.
Corticosteroides sistêmicos: Predinosona ou predinosolona
Pneumonia
É um processo inflamatório, geralmente infeccioso que envolve o parênquima pulmonar( bronquíolos , alvéolos e interstício), podendo ser causado por bactérias, vírus e outros agentes atípicos.
A infecção geralmente ocorre a partir das vias aéreas superiores.
Se manifesta por febre, tosse e dificuldade respiratória associada à presença de alterações atípicas na radiografia de tórax ou ausculta respiratória característica.
É uma doença frequente, ocorrendo a cada ano em 3 a 4% das crianças abaixo de 4 anos.
A maioria dos casos são leves e podem ser tratados ambulatoriamente.
Fatores de Risco para Pneumonia
Gripes e resfriados
Baixo nível socioeconômico
Aglomeração
Falta de aleitamento materno
Prematuridade
Causas da Pneumonia
Streptococcus pneumonie
Haemophylus
Staphylococcus aureus
Quando Suspeitar
Nos casos de febre, prostração, associada a tosse, taquipnéia e dificuldade respiratória com esforço e tiragem subcostal ou intercostal.
Na maioria dos casos existe um caso prévio de resfriado ou gripe com coriza, obstrução nasal, espirros, tosse, rouquidão, “peito cheio”, dor de garganta e febre.
Tratamento
Hidratação venosa, corrigir acidose, analgésicos, antitérmicos.
Oxigenoterapia
Broncodilatadores
Antibioticoterapia
Asma
Doença inflamatória crônica que cursa com episódios recorrentes de tosse, sibilância e dispneia devido a obstrução generalizada e variável das vias aéreas que é desencadeada por estímulos alérgicos e não alérgicos.
O quadro obstrutivo se deve principalmente a broncoconstricção, mas, quando se prolonga, apresenta um componente importantes de inflamação, edema de mucosa e aumento da secreção brônquica.
Os episódios de broncoespasmos variam de muito leves, quase imperceptíveis, até graves e potencialmente fatais. São deflagrados por diferentes tipos de estímulos.
Estímulos para Asma
Alergenos de ácaros
Infecções viróticas
Fumaça de cigarro
Piora da poluição
Pólen
Medicamentos
Induzida por excesso de exercício físico
Poeira
Ar frio e seco
Doença do refluxo
Problemas emocionais
Quando Suspeitar
A crise se manifesta por tosse seca, curta e irritativa, bastante característica, seguida de dispneia, chiado e sibilos (predominantemente expiratórios) podendo evoluir para dificuldade respiratória de intensidade variável.
O sibilo na criança manifesta-se como um chiado mais rude e polifônico. Os sintomas tendem a piorar à noite. Os sibilos são os sintomas mais importantes.
Nas crises graves a dispneia é intensa, com uso de musculatura acessória, um marcador importante da gravidade.
A fala torna-se entrecortada, o tórax hiperinsuflado.
Pode haver cianose, agitação, ansiedade, dor abdominal, taquicardia, pulso paradoxal, palidez e sudorese fria.
				
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Tratamento
O tratamento inicial deve ser em casa, ao primeiro sinal da crise como tosse seca curta, irritativa e produtiva, chieira. Deve-se usar imediatamente β-agonistas de ação curta.
A droga mais usada é o sabutamol por via inalatória com aerossol pressurizado.
Essas doses precisam ser usadas apenas enquanto durarem os sintomas.
 β-agonista em forma de xarope via oral não devem ser usados como rotina, pois são menos eficazes: salbutamol, fenoterol, terbutalina.
Corticoterapia oral: é feita com predinosolona, apenas quando há persistência nos sintomas.
Nas crises graves recomenda-se o internamento, onde o paciente fará uso intensivo de β-inalatório e uma dose de corticoide oral ou parenteral, corrigir as desidratações, realizar oxigenoterapia.
Bronquiolite e Bronquite 
O chiado é um ruído rude e polifônico causado pelo fluxo de ar por vias aéreas semiobstruídas e de diferentes calibres.
Bronquiolite: É uma infecção virótica autolimitada, mas potencialmente grave, com inflamação e obstrução predominante em bronquíolos terminais em lactentes pequenos (entre 2 e 6 meses) podendo ocorrer até 2 anos de idade. São geralmente causadas por vírus respiratório e também pela Influenza A, adenovírus, Mycoplasma, rinovírus.
 Bronquite: É a extensão aos brônquios de infecções viróticas de vias aéreas superiores. Têm pouco potencial para complicações e se resolvem em cerca de duas semanas.
Quando Suspeitar
 Bronquiolite: deve ser suspeitada em lactentes pequenos que, após alguns dias com coriza, obstrução nasal e tosse, evoluem com taquipnéia, tiragens, tosse, sibilo, hipoxemia e irritabilidade, febre e dificuldade para alimentar.
Bronquite: Sintomas de virose respiratória alta, que por volta do 4º dia de evolução, evolui com tosse produtiva, expectoração e roncos grosseiros no tórax (“peito Cheio”). Pode haver broncoespasmo.
Tratamento da Bronquite
Afastada a possibilidade de pneumonia, os pacientes com bronquite são tratados com hidratação oral, analgésicos e antitérmicos.
É importante garantir aos pais que o quadro vai melhorar independentemente de qualquer tratamento. 
Sedativos da tosse, mucolíticos ou expectorantes não alteram a evolução da doença e devem ser evitados.
Descongestionantes com anti-histamínicos não devem ser usados pois ressecam as secreções. 
Se houver broncoespasmos, usar salbutamol inalatório.
Tratamento da Bronquiolite
Os casos leves podem ser tratados ambulatoriamente com hidratação oral frequente, controle da febre. Na maioria dos casos os sintomas desaparecem em 7 a 12 dias.
A internação só está indicada com: Apneia, cianose, prostração, hipoxemia, dificuldade para mamar e beber, desidratação.
Nessa situação, o tratamento envolve: Oxigenoterapia e uso de broncodilatadores, corticoterapia, antibioticoterapia e antivirais.
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HOSPITAL PEDIÁTRICO
Professora Msc Cosete Rodrigues
HOSPITALIZAÇÃO
		A situação de doença e conseqüentemente a hospitalização, representa para qualquer pessoa uma realidade desconhecida, que acaba por provocar sentimentos de medo e angústia.
HOSPITALIZAÇÃO
		A hospitalização para a criança pode apresentar-se de forma mais intensa e variar em função da idade, experiências prévias de doença/hospitalização, além das habilidades individuais do enfrentamento.
HOSPITALIZAÇÃO
		A criança é extremamente sensível à situações que lhe tragam desconforto de ordem física ou emocional.
		A internação é vista não apenas como um agravo psicológico na criança como também como um possível trauma para a família.
HOSPITALIZAÇÃO
		Durante sua permanência no hospital a criança
deverá ser atendida em todas as suas necessidades biopsicossiais;
		A abordagem centrada na patologia caracteriza-se por ter como foco de assistência a criança com uma determinada patologia, sinal ou sintoma que necessitam de cuidados profissionais;
HOSPITALIZAÇÃO
		Neste caso, a equipe de enfermagem centra seus esforços para obter dados que se relacionam com os problemas de saúde da criança, com o diagnóstico da patologia e com a instalação das medidas terapêuticas.
Quais são os sintomas que a criança está apresentando?
Deixe a mãe contar à sua maneira quais são os problemas do filho.
Descubra outros sintomas perguntando: E o que mais?. 
Você precisa de três dados sobre cada sintoma: 
 1. Há quanto tempo a criança apresenta o sintoma? (Tempo)
 2. Em que intensidade o sintoma se apresenta? (Quantidade).
 3. Como são os sintomas? Qual a gravidade deles? (Qualidade).
Que outros sintomas importantes apareceram?
Para cada queixa, existem outros sintomas que precisamos indagar
Não esqueça de anotar os sintomas importantes que a criança não teve, além dos sintomas que ela teve. 
UNIDADE DE INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA
		É a área que é destinada a acomodar e prestar serviços de apoio á criança que facilitam a realização de um atendimento adequado.
UNIDADE DO PACIENTE PEDIÁTRICO
		É o conjunto de espaços e móveis destinados a cada criança.
UNIDADE DO PACIENTE PEDIÁTRICO
		Na unidade, as crianças são geralmente agrupadas nas enfermarias conforme o diagnóstico médico. 
		Já na abordagem centrada na criança o foco de assistência passa a ser a criança em sua unidade biopsicossocial. 
		O objetivo dessa assistência é amenizar as repercussões psicológicas provenientes da hospitalização.
NECESSIDADES DE UMA CRIANÇA DOENTE, FACE A INTERNAÇÃO
Reações da criança à hospitalização
Adaptação da criança à hospitalização
	Nem sempre é fácil a adaptação da criança a essa situação.  São comuns as seguintes atitudes:
		Choro;
		Revolta;
		Agressividade;
		Silêncio;
		Aceitação;
		Recusa na alimentação;
		Apatia;
		Depressão.
EFEITOS DA HOSPITALIZAÇÃO SOBRE AS CRIANÇAS
		Dor e desconforto;
		Retardo do crescimento e do desenvolvimento;
		Idas freqüentes a médicos e hospitais;
		Necessidade de cuidados médicos diários (algumas vezes com tratamentos dolorosos ou desagradáveis);
		Menos oportunidades de brincar com outras crianças.
PERFIL DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM EM PEDIATRIA
O enfermeiro em pediatria deve ser um ser profissional humanístico, equilibrado emocionalmente, sendo capaz de lidar com situações diversas como:
		Conflitos familiares; 
		Agressividade; 
		Medo e inconformismo . 
Para tanto, o profissional deve conter um conjunto de fatores capacitantes:
		Conhecimentos;
		Habilidades;
		Atitudes + Interesse
VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS
		Pulso e freqüência cardíaca:
Nas crianças maiores: 
-artéria braquial;
-artéria radial ; 
-artéria femoral;
-artéria carótida;
-artéria temporal;
-artéria pediosa.
		IDADE		BATIMENTOS/MINUTO
		RN		120 - 160
		Até 3 meses		80 - 220
		3 meses a 2 anos		70 - 150
		2 a 12 anos		60 - 110
		12 anos a idade adulta		60 - 100
VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS
		Freqüência Respiratória:
		IDADE		FREQUENCIA/MINUTO
		RN		35 IRP/ M
		PREMATUROS		50 IRP/M
		LACTENTES		30-40IRP/M
		1ANO		25-30IRP/M
		PRÉ- ESCOLAR		20-25IRP/M
		10 ANOS		+20IRP/M
VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS
		Pressão arterial:
Locais para medição da P.A em pediatria
- artéria braquial.
- artéria radial.
- artéria poplítea.
- artéria tibial posterior.
		IDADE		FREQUENCIA/MINUTO
		0-3 MESES		75/50MMHG
		3 MESES-6 MESES		85/65 MMHG
		6 MESES-9 MESES		85/65 MMHG
		9 MESES-12 MESES		90/70 MMHG
		1 ANOS-3 ANOS		90/65 MMHG
		3 ANOS-5 ANOS		95/60 MMHG
		5 ANOS-7 ANOS 		95/60 MMHG
		7 ANOS- 9 ANOS		95/60 MMHG
		9 ANOS- 11 ANOS		100/60 MMHG
		11 ANOS- 13 ANOS		105/65 MMHG
PRINCIPAIS PATOLOGIAS INFANTIS
MOTIVO DE HOSPITALIZAÇÃO
DIARRÉIA
EPIDEMIOLOGIA NO MUNDO 
		Maior causa de morbidade e mortalidade em menores de 5 anos;
		1,4 bilhões de episódios anuais;
		1,29 bilhões necessitam de cuidados domiciliares;
		124 milhões de visitas hospitalares;
		 9 milhões de hospitalizações e uma estimativa de 2,1 milhões de mortes ao ano.
CONCEITO
Diarréia é geralmente definida como a ocorrência de 4 ou 5 evacuações amolecidas ou líquidas em um período de 24 horas.
 A diarréia aparece quando a perda de água e eletrólitos nas fezes é maior do que a normal, resultando no aumento do volume e da freqüência das evacuações e diminuição da consistência das fezes.
É um sintoma que pode resultar de distúrbios que comprometem a digestão, a absorção e a secreção.
Diarréia e desidratação
Diarréia Aguda: 
		Correspondente a evacuações liquidas ou aquosas, em média 4 a 5 vezes por dia, com duração de 5 a 14 dias.
Diarréia persistente:
		 Se prolonga por mais 14 dias, podendo chegar à 30 dias, que leva o indivíduo a instabilidade hidroeletrolitica e ao comprometimento do estado geral, principalmente em lactentes.
Diarreia Persistente Aguda
		Resulta da ação de diversos patógenos como: vírus, bactéria e parasitas;
		A infecção por rotavirus é a principal causa da diarreia aguda grave.
		Bacterias como Shigella, Salmonella Escherichia coli, também são grandes causadoras da diarreia aguda;
		Protozoários como Giardia lamblia Ameba histolytica
Diarréia e desidratação
Características da diarreia Crônica: 
		É a mais preocupante, pois dificulta a recuperação da criança; 
		Seu período de duração é de mais de trinta dias, podendo retornar, e é provocada por diversos fatores como:
		Síndromes que causam má-absorção, (síndrome do intestino irritável), colite, CA intestinal;
		irregularidades intestinais, 
		intolerâncias, 
		reações alérgicas por respostas inflamatórias.
FATORES PREDISPONENTES
Idade;
Desnutrição ou debilitação por doenças;
Deficiência imunológica;
Falta de água potável; 
Doença inflamatória intestinal;
Diarréia e desidratação
Tratamento:
		Diarréia aguda – Sintomático;
		Diarréia crônica – Etiológico;
		Diarréia infecciosa – Medicamentoso.
Diarréia Aguda
		DIARRÉIA INFECCIOSA AGUDA - É causada por uma variedade de patógenos virais, bacterianos e parasitários. 
		Rotavírus - é o agente causador mais comum de diarréia com desidratação, sendo responsável por 50% a 80% dos casos de diarréia infecciosa. 
Diarréia e desidratação
 Etiologia:
As causas mais freqüentes das diarreias Agudas são: 
as infecções (vírus,bactérias e protozoários) 
as intoxicações alimentares e os medica-mentos (antibióticos, anti-inflamatórios, antiácidos e laxantes). 
Uma outra causa de diarreia aguda é a intolerância e alergia a determinados alimentos.
Sintomas 
		Cólicas; 
		Aumento de flatulências; 
		Dores abdominais e/ou retais; 
		Mal-estar; 
		Náuseas; 
		Em grau mais avançado pode se encontrar estados febris e desidratação, esta pode levar ao óbito. Também há a possibilidade de disenteria.
DISENTERIA
		A Disenteria é uma infecção do intestino grosso que provoca normalmente fortes dores abdominais, ulceração das mucosas, tenesmo e diarréia, sempre acompanhada de sangue, com ou sem muco, após estágio inicial de diarréia aquosa.
		Causas principais:
Disenteria amébica: Entamoeba histolytica. 
Disenteria bacteriana: Também freqüentemente devido às bactérias do gênero Shigella. 
Os distúrbios diarréicos podem comprometer:
		Estômago e intestino – gastroenterite
		Intestino delgado – enterite
		Cólon – colite 
		Cólon e intestino – enterocolite 
Diarréia e desidratação
Diarréia e desidratação
Diarréia e desidratação
Avaliação do estado de hidratação:
		Condição
geral
		Bom
Alerta		Irritado intranqüilo		Comatoso
Hipotônico
		Olhos		Normais		Fundos		+ fundos
		Lágrimas		Presentes		Ausentes		Ausentes
		Boca e língua		Úmidos		Secos		+ secos
		Sede		Bebe normal		Sedento, bebe rápido		Bebe mal ou não é capaz de beber
		Tratar		Plano A		Plano B		Plano C
Diarréia e desidratação
Explorar:
		Sinal de prega		Desaparece rapidamente		Desaparece lentamente		Desaparece + lentamente
		Pulso		Cheio		Rápido, débil		Muito débil ou Ausente
		Enchimento capilar		Normal até 03 seg.		Prejudicado (03 à 05) seg.		Muito prejudicado mais de 5 seg.
		Tratar		Plano A		Plano B		Plano C
Diarréia e desidratação
Decidir:
		Hidratado		Desidratado		Muito desidratado
		Tratar		Plano A		Plano B		Plano C
Diarréia e desidratação
Diarréia e desidratação
Diarréia e desidratação
Diarréia e desidratação
Diarréia e desidratação
Diarréia e desidratação
Tratamento
Tratamento
►
►
Objetivos:
Objetivos:


Prevenir e repor as perdas fecais de 
Prevenir e repor as perdas fecais de 
á
á
gua e 
gua e 
eletr
eletr
ó
ó
litos
litos


Reestabelecer o equil
Reestabelecer o equil
í
í
brio hidroeletrol
brio hidroeletrol
í
í
tico
tico


Proporcionar um aporte prot
Proporcionar um aporte prot
é
é
ico suficiente para 
ico suficiente para 
impedir instala
impedir instala
ç
ç
ão ou agravo da desnutri
ão ou agravo da desnutri
ç
ç
ão
ão


Maioria dos casos: TRO + realimenta
Maioria dos casos: TRO + realimenta
ç
ç
ão 
ão 
precoce.
precoce.
Tratamento
Tratamento
►
►
Primeiro passo:
Primeiro passo:


AVALIAR O ESTADO DE HIDRATA
AVALIAR O ESTADO DE HIDRATA
Ç
Ç
ÃO
ÃO
Plano APlano A
Plano A
Criança com diarréia sem sinais de desidratação:
•Aumentar a ingestão de líquidos: soro caseiro, chás, cozimento 
de cereais, sopas e sucos.
•Soro caseiro: mantêm a criança com diarréia hidratada, 
mas não reidrata uma criança desidratada.
Em desuso, OMS não recomenda, alternativa em locais 
mais pobres.
•A mãe deveráser orientada a oferecer após cada evacuação:
Até12 meses: 
-100 a 200 ml (1/2 a 1 copo) 
-50 a 100 ml (1/4 a ½copo)
Acima de 12 meses:
Manter dieta habitual
Adolescentes
-A quantidade que desejar 
-LM: aumentar a freqüência das mamadas.
-Pequenos volumes, curtos intervalos. 
-
-Criança com diarréia e com sinais de desidratação
•50 a 100ml/kg no período de 4 a 6 horas
•Alimentação durante a hidratação (somente LM)
* Uso de antieméticos * Uso de anti-térmico
Após hidratação, alta com orientação de usar SRO após cada 
evacuação:
•Criança até12 meses: 50 a 100 ml
•Criança maior de 12 meses: 100 a 200 ml
•>10anos: a quantidade que a criança desejar
TRO* A quantidade dependeráda sede da criança
Plano BPlano B
Plano B
Plano CPlano C
Plano C
Criança com diarréia e desidratação grave


Indica
Indica
ç
ç
ões para hidrata
ões para hidrata
ç
ç
ão venosa:
ão venosa:
•Alteração do estado de consciência
•Vômitos persistentes após uso de SNG
•Ausência de ganho ou perda de peso após 2h de SNG
•Incapacidade de ingestão oral
•Íleo paralítico (distensão abdominal e ausência de RHA)
•Sinais sugestivos de septicemia
•Concomitância com infecções graves
Hidratação Venosa
Fase 1:Expansão (rápida): estabelecimento do estado normal de hidratação 
em curto período de tempo.
Fase 2:Manutenção: cobrir necessidades diárias de água e eletrólitos.
Fase 3: Reposição de perdas anormais que ocorrem durante todo o episódio 
diarréico (diarréia e vômitos).
Fases 2 e 3 são feitas concomitantemente.
Plano CPlano C
Plano C
Preven
Preven
ç
ç
ão
ão
►
►
Aleitamento materno
Aleitamento materno
►
►
Pr
Pr
á
á
ticas adequadas de desmame
ticas adequadas de desmame
►
►
Saneamento B
Saneamento B
á
á
sico
sico
►
►
Imuniza
Imuniza
ç
ç
ão
ão


Rotav
Rotav
í
í
rus: 2 doses (2 e 4 meses)
rus: 2 doses (2 e 4 meses)
►
►
Monovalente: G1
Monovalente: G1
►
►
V
V
í
í
rus vivos atenuados
rus vivos atenuados
►
►
Lavagem das mãos
Lavagem das mãos
►
►
Educa
Educa
ç
ç
ão em sa
ão em sa
ú
ú
de
de
Obrigada!
Obrigada!
MICROCEFALIA.pptx
MICROCEFALIA
Prof. Msc Cosete Rodrigues
Microcefalias
As microcefalias constituem em um achado clínico e podem decorrer de anomalias congênitas ou ter origem após o parto. 
As anomalias congênitas são definidas como alterações de estrutura ou função do corpo que estão presentes ao nascimento e são de origem pré-natal. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a microcefalia é caracterizada pela medida do crânio realizada, pelo menos, 24 horas após o nascimento e dentro da primeira semana de vida (até 6 dias e 23 horas), por meio de técnica e equipamentos padronizados, em que o Perímetro Cefálico (PC) apresente medida menor que menos dois (-2) desvios-padrões abaixo da média específica para o sexo e idade gestacional. 
Microcefalias
A microcefalia é uma condição em que a circunferência do crânio é menor que o considerado normal para a idade do feto ou da criança. No nascimento a medida adequada é de 33 cm ou mais.
A identificação da microcefalia se dá principalmente pela medição do Perímetro Cefálico (PC), procedimento comum no acompanhamento clínico do recém-nascido, visando à identificação de doenças neurológicas. 
A medida do PC é um dado clínico fundamental no atendimento pediátrico, pois pode constituir-se na base do diagnóstico de um grande número de doenças neurológicas e para isso os médicos e outros profissionais de saúde devem estar familiarizados com as doenças mais frequentes que produzem a microcefalia e devem conhecer os padrões de normalidade para o crescimento do crânio. 
Microcefalias/Por que ocorre/Causa
O tamanho reduzido da cabeça ocorre em consequência de um atraso do desenvolvimento cerebral e, por conseguinte, da caixa craniana.
Quando causada por quadros infecciosos, no caso do zika vírus, por exemplo, a alteração é agravada pela destruição do tecido cerebral e por calcificações em uma parte específica do cérebro, os ventrículos.
A microcefalia pode ocorrer devido a síndromes genéticas, exposição materna a substâncias tóxicas, consumo de drogas, alcoolismo materno ou infecções congênitas, como citomegalovírus, toxoplasmose, rubéola e varicela.
Sintomas 
A microcefalia pode ser percebida na avaliação do bebê logo após o parto, momento em que costuma ser medido o perímetro da cabeça. 
Mas também existem sinais que indicam a condição no dia a dia da família, entre eles estão a dificuldade na amamentação e alimentação, a espasticidade (distúrbio muscular que causa rigidez) e convulsões.
Muitas dessas características permanecem nos anos seguintes, quando também poderá ser notada deficiência intelectual e cognitiva e outros atrasos neuropsicomotores, como comprometimento da visão, da fala e da locomoção.
A microcefalia pode ser acompanhada de epilepsia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e fala, além de problemas de visão e audição.
Tratamento
Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
Como cada criança desenvolve complicações diferentes, entre elas, respiratórias, neurológicas e motoras, o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender das funções que ficarem comprometidas.
Devem estar disponíveis serviços de atenção básica, serviços especializados de reabilitação, serviços de exame e diagnóstico e serviços hospitalares, além de órteses e próteses aos casos em que se aplicar.
Tratamento
Com
o aumento de casos no ano de 2015, o Ministério da Saúde elaborou o “Protocolo de atenção e resposta à ocorrência de microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central (SNC)”, em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Este protocolo visa orientar as ações para a atenção às mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e recém-nascidos com microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central, além de apoiar a identificação de serviços de saúde de referência no tratamento e o fluxo de atendimento necessários para essa população.
O Brincar Terapeutico (1).pptx
O Brincar Terapêutico: Inovação e Ética
Prof. Msc Cosete Rodrigues
O Brincar
O brincar e a importância para o desenvolvimento infantil;
 Intelectual Social Emocional Físico
O Brincar
Para Piaget (Apud NICOLAU, 1987 p. 49), “[...] a criança é um ser dinâmico que a todo o momento interage com a realidade, fazendo com que construa estruturas mentais organizadas”.
A palavra "lúdico" provém do latim “Ludus” que, do ponto de vista etimológico, significa jogos, brinquedos e brincadeiras.
Miranda (2001), faz uma inferência ao lúdico em que este abrange todas as atividades, as quais têm sentido de jogos, divertimentos e brinquedos. 
O Brincar
“Na brincadeira a criança assume e exercita os vários papéis com os quais interage no cotidiano.” (OLIVEIRA, 1992). 
A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. 
O Brincar
O brincar permite à criança vivenciar o lúdico e descobrir a si mesma, apreender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver seu potencial criativo.
É também colocado como um dos princípios fundamentais, defendido como um direito, uma forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação entre as crianças. 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC, 1998) estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a define como um direito da criança que garante seu desenvolvimento, sua interação social, além de situá-la na cultura que está inserida. 
O Brincar
Segundo Cordazzo e Vieira (2008), as crianças têm diversas razões para brincar. 
Uma destas razões é o prazer que podem usufruir enquanto brincam. 
Elas podem também exprimir a sua agressividade, dominar sua angústia, aumentar as suas experiências e estabelecer contatos sociais. 
O brincar é considerado como um comportamento que gera prazer, possui um fim em si mesmo, é uma oportunidade para a criança expressar suas fantasias internas e, dependendo da idade e do contexto da criança, possui regras que o conduzem. 
O Brincar
Ainda, segundo Conti e Sperb (2001), a brincadeira da criança é estruturada conforme os sistemas de significado cultural do grupo a que ela está inserida.
 Mas, ao mesmo tempo, a brincadeira é reorganizada no próprio ato da criança de acordo com um sentido particular que ela atribui às suas ações, em interação com seus pares ou com seus pais.
E nesse processo, os significados coletivos e culturais, quanto os sentidos pessoais são remodelados e redefinidos continuamente. 
O Brincar
O bebê humano vê o objeto como um todo impartível.
 
Além disso, por um valor de sobrevivência, interessa-lhe a mãe ou quem dele cuida, quem oferece o próprio corpo para o contato, acalento, aplaca-lhe a dor, o frio e a fome. 
Ele dirige sua atenção a essa pessoa e sente-a como uma espécie de extensão do seu próprio corpo.
 
O que move a criança em direção aos objetos, como brinquedos, nessa fase, é, originalmente, a necessidade de contato próximo com outras pessoas, especialmente aquelas que estão profundamente ligadas com os seus cuidados. 
O Brincar
É importante salientar que a brincadeira possui um lugar fundamental no desenvolvimento infantil, seja por seus benefícios imediatos ou de longo prazo.
 
A importância da brincadeira pode estar relacionada a aspectos do desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e físico.
Cordazzo e Vieira (2008) discutem que a criança não brinca para se desenvolver, mas ao brincar acaba por ter influências no seu desenvolvimento e na sua aprendizagem. 
HOSPITALIZAÇÃO
Hospitalização
Dor
Procedimentos invasivos
Exames
Quebra da rotina familiar
Medo
Fantasia
Hospitalização
Segundo Roza (1997), a Hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência potencialmente traumática.
 
Afasta a criança do seu cotidiano, do ambiente familiar e promove um confronto com a dor, com a limitação física e com a passividade.
Hospitalização
 
 É possível transformar a experiência ? 
O Brincar x O Brincar Terapêutico
Adaptações ao serviço hospitalar
“O brincar passa a ser visto como uma etapa terapêutica capaz de promover não só a continuidade do desenvolvimento infantil, como também a possibilidade de, através dele, a criança melhor elaborar esse momento específico que vive” (MITRE, 200, p. 03).
Inserção da ludicidade na Unidade Hospitalar
Brinquedoteca
Conceito
Função
Quem usa?
Quem coordena?
Contra- indicações
Resolução
Brinquedoteca
Espaço destinado à brincadeira, onde a criança brinca sossegada, sem cobrança e sem sentir que está perdendo tempo, estimulando sua autoestima e o processo sócio-cognitivo. Cunha (2001)
Objetivo: atender a criança hospitalizada através da terapia, com atividades lúdicas e de estimulação Psicomotora, visando atenuar as sequelas emocionais decorrentes da hospitalização.
Brinquedoteca
Aspectos Legais
A Constituição da República de 1988, no artigo 227, destaca que: “É dever da Família, da Sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, a saúde, a alimentação, à educação, ao lazer (...)”.
E.C.A
Aspectos Legais
 Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.104, DE 21 DE MARÇO DE 2005.
 Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
        Art. 1o Os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico contarão, obrigatoriamente, com brinquedotecas nas suas dependências.
        Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se a qualquer unidade de saúde que ofereça atendimento pediátrico em regime de internação.
        Art. 2o Considera-se brinquedoteca, para os efeitos desta Lei, o espaço provido de brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar.
        Art. 3o A inobservância do disposto no art. 1o desta Lei configura infração à legislação sanitária federal e sujeita seus infratores às penalidades previstas no inciso II do art. 10 da Lei no 6.437, de 20 de agosto de 1977.
        Art. 4o Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação
        Brasília, 21 de março de 2005; 184o da Independência e 117o da República.
 LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Humberto Sérgio Costa Lima
Instrumentos do Brincar
Brinquedoteca
Desenhos
Pinturas ( atenção com alergias e quadro clínico)
Massinha (atenção com alergias e quadro clínico)
Representação Teatral
Grupos de discussão
Família e Hospitalização
Inserção familiar
Papel da mãe / cuidador / acompanhante
Hospitalização como fator de estresse familiar
Referências
http://www.agapo.com.br/site2011/index.php?option=com_content&view=article&id=59:brinquedoteca-hospitalar&catid=39:artigos&Itemid=58
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm
http://monografias.brasilescola.com/educacao/brinquedoteca-hospitalar-contribuicao-criancas-hospitalizadas.htm
http://www.facenf.uerj.br/v18n1/v18n1a25.pdf
WONG, Donna, Fundamentos de enfermagem Pediátrica, 2011
“ Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a." 
 Johann Goethe
Simp7_Parada cardiaca em criancas.pdf
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
PPPPParararararada carada carada carada carada cardíaca em criançasdíaca em criançasdíaca em criançasdíaca em criançasdíaca em crianças
Cardiac arrest in children
Alessandra Kimie Matsuno
RESUMO
Este texto apresenta uma revisão da epidemiologia, das causas, do diagnóstico e do manejo da parada
cardíaca em crianças. Ao contrário do adulto, a parada cardíaca súbita de origem cardíaca é um evento
raro na criança. Geralmente, é causada por insuficiência respiratória e/ou choque. Portanto, o reconhe-
cimento precoce e o tratamento imediato destas condições podem evitar a parada cardíaca e melhorar
o desfecho desses pacientes.
Palavras-chave: Parada Cardíaca. Criança. Diagnóstico. Tratamento.
Correspondência:
Avenida dos Bandeirantes 3900
14049-900 / Ribeirão Preto - SP.
matsuno@fmrp.usp.br
Artigo recebido em 11/04/2012
Aprovado para publicação em 20/06/2012
Professora Colaboradora do Departamento de Puericultura e
Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Univer-
sidade de São Paulo
DefiniçãoDefiniçãoDefiniçãoDefiniçãoDefinição
Ritmo de colapso, parada cardiopulmonar ou
simplesmente parada cardíaca são situações clínicas
caracterizadas pela interrupção da circulação do san-
gue causada por ausência ou ineficácia da atividade
mecânica cardíaca.
IncidênciaIncidênciaIncidênciaIncidênciaIncidência
A parada cardíaca súbita em crianças é pouco
comum. O que ocorre nas crianças, geralmente, é a
parada cardíaca decorrente da progressão da insufi-
ciência respiratória e/ou do choque, associada à hipo-
xemia e acidose, sendo bem menor a incidência de
parada cardíaca por arritmias cardíacas na faixa etária
pediátrica do que no adulto. O colapso súbito devido à
fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular
(TV) sem pulso ocorre como manifestação clínica ini-
cial em aproximadamente 5-15% de todas as paradas
cardíacas pediátricas pré-hospitalares; esta incidên-
cia deve ser um pouco mais alta em pacientes acima
de 12 anos. Nos pacientes internados que sofreram
parada cardíaca, haverá um ritmo chocável (TV/ FV)
em algum momento durante a tentativa de ressuscita-
ção em aproximadamente 27% das crianças, sendo
que 10% apresentarão estes ritmos como manifesta-
ção inicial.1,2
Sobrevivência à alta hospitalarSobrevivência à alta hospitalarSobrevivência à alta hospitalarSobrevivência à alta hospitalarSobrevivência à alta hospitalar
As taxas de sobrevivência estão relacionadas
à localização onde ocorreu a parada cardíaca e o tipo
de ritmo de colapso presente. A sobrevivência à alta
hospitalar na parada cardíaca dentro do hospital é maior
quando comparada à parada cardíaca fora do hospi-
tal, assim como a sobrevivência sem sequelas neuro-
lógicas. Nos últimos 30 anos, a sobrevivência dentro
do hospital aumentou de 9 para 27%, enquanto que a
sobrevida em pacientes tratados fora do hospital se
Simpósio: EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
Capítulo VII
224
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
http://www.fmrp.usp.br/revistaMatsuno AK. Parada cardíaca em crianças
mantém a mesma, 6% (3% para lactentes e 9% para
crianças e adolescentes). A sobrevivência também é
maior quando o ritmo inicial é chocável (25%-33%)
comparado ao ritmo não-chocável à apresentação
(7%-11%). Entretanto, quando um ritmo chocável se
desenvolve durante a parada cardíaca em crianças
hospitalizadas, o prognóstico é pior (sobrevida de 11%
vs. 27% com ritmo não-chocável). De qualquer for-
ma, a sobrevida é baixa e, portanto, enfoque maior
deve ser dado à prevenção, pelo reconhecimento das
situações de emergência que potencialmente podem
levar à parada cardíaca.1,3,4,5
Apresentação da parada cardíacaApresentação da parada cardíacaApresentação da parada cardíacaApresentação da parada cardíacaApresentação da parada cardíaca
De acordo com a etiologia, a apresentação da
parada cardíaca em crianças pode ser de dois tipos:
parada cardíaca hipóxica ou por afixia e parada car-
díaca súbita. A parada hipóxica é o mecanismo
fisiopatológico mais comum de parada cardíaca na
criança e ocorre como evento terminal de hipóxia te-
cidual progressiva e acidose, secundárias à insufici-
ência respiratória, choque ou insuficiência cardiopul-
monar. A parada cardíaca súbita em crianças é geral-
mente associada a arritmias cardíacas, especificamen-
te a FV e a TV sem pulso. As causas de parada car-
díaca estão relacionadas na Figura 1.
Qualquer que seja o evento inicial ou o proces-
so patológico envolvido no tipo de parada, os pacien-
tes desenvolvem falência cardiopulmonar imediata-
mente antes da parada cardíaca. A falência cardio-
pulmonar se caracteriza por oxigenação, ventilação e
perfusão tecidual inadequadas, e clinicamente o paci-
ente se apresenta cianótico, com respiração agônica
ou irregular e bradicardia. O modelo de avaliação
pediátrica permite que se reconheça e trate a falência
cardiopulmonar imediatamente. A parada cardíaca é
reconhecida por ausência de sinais da função cardior-
respiratória (sem movimentação, sem ventilação e sem
pulso). Clinicamente, o paciente em parada cardíaca
se apresenta com apneia ou respiração agônica, sem
pulsos detectáveis e não responsivo (inconsciente). A
monitorização do ritmo cardíaco não é mandatória para
o reconhecimento clínico da parada cardíaca, mas
serve para direcionar a terapêutica.6
Os ritmos de colapso ou de parada cardíaca
são: assistolia, atividade elétrica sem pulso (AESP),
FV e TV sem pulso. Enquanto que a assistolia e a
AESP são os ritmos iniciais mais comumente obser-
vados na parada cardíaca em crianças abaixo de 12
anos, a FV e a TV são os ritmos iniciais observados
em crianças que apresentam colapso súbito.7
Identificação dos ritmos de colap-Identificação dos ritmos de colap-Identificação dos ritmos de colap-Identificação dos ritmos de colap-Identificação dos ritmos de colap-
so no eletrocardiograma (ECG)so no eletrocardiograma (ECG)so no eletrocardiograma (ECG)so no eletrocardiograma (ECG)so no eletrocardiograma (ECG)
• Assistolia: Ritmo de parada cardíaca associado à
ausência de atividade elétrica detectável pelo ECG
e representado por uma linha reta (Figura 2). Deve-
se confirmar clinicamente este diagnóstico para
descartar artefato ou derivações mal-fixadas do
ECG.8
• Atividade Elétrica sem Pulso (AESP): Qualquer
atividade organizada observada no monitor cardía-
co ou no ECG em paciente sem pulso central pal-
pável; esta definição exclui FV, TV e assistolia. O
ECG pode mostrar a presença de complexo QRS
normal ou alargado, ou outras anormalidades como
Figura 1: Tipos de apresentação e causas de parada cardíaca em crianças.
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
http://www.fmrp.usp.br/revista
225
Matsuno AK. Parada cardíaca em crianças
onda T com baixa ou alta amplitude, intervalo PR e
QT prolongados e dissociação atrioventricular ou
bloqueio cardíaco total. O ECG pode fornecer da-
dos importantes para determinar a etiologia da pa-
rada cardíaca. Geralmente, quando o QRS é inici-
almente normal, a AESP pode ter sido causada por
problemas de curta duração, como hipovolemia ou
hemorragia, embolia pulmonar maciça, pneumotó-
rax hipertensivo ou tamponamento cardíaco. Por
outro lado, a AESP com ritmo lento e com comple-
xos QRS largos é observada em processos de mai-
or duração, como hipóxia tecidual e acidose. A AESP
pode ser causada por condições reversíveis e, por-
tanto, durante a reanimação cardíaca deve-se sem-
pre procurar e tratar suas causas.8
• Fibrilação ventricular: O coração não apresenta
ritmo organizado, não tem contrações coordenadas
e a atividade elétrica é caótica; portanto, o coração
tremula e não bombeia sangue (Figura 3). A FV
pode ser causada por doenças cardíacas, intoxica-
ções,
choques elétricos, acidentes por submersão e
traumas, e geralmente se associa com colapso sú-
bito. Os pacientes que apresentam FV ou TV sem
pulso como ritmo de colapso inicial têm taxa de so-
brevivência maior do que aqueles com assistolia e
AESP, principalmente se o diagnóstico for precoce
e o tratamento iniciado o mais rápido possível. Se
houver demora no reconhecimento da FV ela pode
evoluir para fibrilação de baixa voltagem, que apre-
senta um pior prognóstico com menor resposta ao
tratamento (Figura 4).8
• Taquicardia ventricular (TV) sem pulso: Carac-
teriza-se por complexos QRS organizados e largos.
Ao ECG, apresenta-se com frequência ventricular
Figura 2: Assistolia
Figura 3: Fibrilação ventricular de alta voltagem.
Figura 4: Fibrilação ventricular com atividade elétrica reduzida ou de baixa voltagem.
226
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
http://www.fmrp.usp.br/revistaMatsuno AK. Parada cardíaca em crianças
de pelo menos 120/min, QRS > 0,08 segundos de
duração, ondas P geralmente não identificadas, ou
quando presentes, podem não estar correlaciona-
das ao QRS, e ondas T geralmente de polaridade
oposta ao QRS. As causas podem estar associadas
à doença cardíaca de base (ou pós-operatório de
cardiopatia), síndrome do QT longo, miocardite,
miocardiopatias, distúrbios hidroeletrolíticos
(hiperpotassemia, hipocalcemia, hipomagnesemia)
e intoxicações (antidepressivos tricíclicos e cocaí-
na). A TV sem pulso pode ser monomórfica, quan-
do os complexos QRS têm aparência uniforme (Fi-
gura 5) ou polimórfica, quando os complexos QRS
não são uniformes (Figura 6). Um exemplo de TV
polimórfica é a chamada torsades de pointes (“tor-
ção dos pontos”), caracterizada por uma alteração
de polaridade e de amplitude dos complexos QRS,
que parecem rodar ao redor de uma linha isoelétrica
do ECG. As condições que predispõem à torsades
de pointes incluem a síndrome do QT longo, hipo-
magnesemia, intoxicação por antiarrítmicos (Clas-
se IA: quinidina, procainamida e disopiramida; Clas-
se III: sotalol, amiodarona), intoxicação por antide-
pressivos tricíclicos, bloqueadores de canais de cál-
cio e fenotiazina.8
Em todos os ritmos de colapso é necessário,
além do tratamento do ritmo, procurar as causas pro-
váveis e tratá-las. Há um método mnemônico que aju-
da a lembrar das causas mais comuns dos ritmos car-
díacos de colapso. São os 6 Hs e os 5 Ts 7:
• Hipovolemia
• Hipóxia
• Hidrogênio (distúrbios do H+ – o mais comum é a
acidose)
• Hipo/hiperpotassemia
• Hipoglicemia
• Hipotermia
• Tóxicos (intoxicações em geral)
• Tamponamento cardíaco
• Tensão no tórax (Pneumotórax)
• Trombose coronariana
• Trombose pulmonar
TTTTTrrrrraaaaatamento dos ritmos de colatamento dos ritmos de colatamento dos ritmos de colatamento dos ritmos de colatamento dos ritmos de colapsopsopsopsopso
A alta qualidade da ressuscitação cardiopulmo-
nar (RCP) e a sistematização do atendimento são ba-
ses fundamentais para o sucesso do tratamento da
parada cardíaca, tanto no suporte básico como no su-
porte avançado de vida.7
Suporte básico de vida
O suporte básico de vida (suporte dado fora do
hospital) inclui o reconhecimento dos sinais de parada
Figura 5: Taquicardia ventricular monomórfica.
Figura 6: Taquicardia ventricular polimórfica.
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
http://www.fmrp.usp.br/revista
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Matsuno AK. Parada cardíaca em crianças
cardíaca, a realização da RCP de qualidade e o uso da
desfibrilação com desfibrilador externo automático
(DEA). Na recomendação de 2010, os profissionais
de saúde e leigos devem considerar no atendimento
das crianças as seguintes faixas etárias: lactentes como
aqueles menores que 1 ano e crianças como aquelas
de 1 ano até a idade do início da puberdade (adoles-
cência) definida como desenvolvimento de mamas nas
meninas e pelos axilares nos meninos; a partir daí, o
tratamento é igual ao ofertado aos adultos.3
Considerando o cenário fora do hospital
Cenário 1. Se um paciente pediátrico estiver
com sinais de parada cardíaca (inicialmente inconsci-
ente, em apneia ou com respirações agônicas) e a
parada não foi testemunhada, deve-se realizar a RCP,
da seguinte maneira: “CAB”, ou seja: C - checar o
pulso, se ele não for palpável ou for difícil a sua
palpação (não demorar mais do que 10 segundos
com as tentativas de sentir o pulso) iniciar ime-
diatamente a massagem cardíaca e, subse-
quentemente, faz-se o A e o B.
A- Posicionar e garantir a abertura das vias aé-
reas, usando manobra de extensão do pesco-
ço e elevação da mandíbula.
B- Fornecer duas ventilações e continuar a mas-
sagem cardíaca, conforme relação descrita a
seguir.
A relação deve ser de 30 compressões: 2
ventilações, se houver um socorrista; caso mais
um socorrista esteja ajudando, esta relação é de
15:2 em crianças. Estudos demonstraram que a
qualidade da massagem cardíaca é imprescindí-
vel para o retorno da circulação; portanto, a par-
tir das recomendações das diretrizes de 2005 e
2010 tem-se dado ênfase à qualidade da técnica
da massagem, que deve ser feita da seguinte for-
ma:9
- Local: Terço inferior do esterno, evitando o
apêndice xifoide ou as costelas. Nas crian-
ças abaixo de 1 ano, o local recomendado é
1 cm abaixo da linha inter-mamilar (Figura
7) e nas crianças acima de 1 ano, o local
recomendado é na linha inter-mamilar (Figu-
ra 8).3
- Profundidade: No mínimo, 1/3 do diâmetro
anteroposterior ou 4 cm em lactentes e 5 cm
em crianças.3
- Técnica: Em crianças abaixo de 1 ano, a melhor
técnica é a aquela que usa os dois polegares com
as mãos circundando o corpo; se houver apenas
um profissional, pode-se tentar a técnica dos dois
dedos (segundo e terceiro dedos da mão). Em
crianças maiores, deve-se realizar a massagem
com a palma de uma mão (região tênar e
hipotênar) na região intermamilar ou com a se-
gunda mão por cima.
- Frequência da compressão: 100/min.
- Relação compressão: ventilação: Como dito
anteriormente, deve ser de acordo com o número
de socorristas, o conhecimento do socorrista e a
faixa etária do paciente. Se os socorristas forem
leigos (1 ou 2) ou se for um profissional de saúde
sozinho, esta relação será sempre 30:2 para to-
das as faixas etárias. Se forem 2 socorristas e
um deles for profissional de saúde, esta relação
Figura 8: Técnica de massagem cardíaca em crianças maiores de 1 ano.
Figura 7: Técnica de massagem cardíaca em lactentes.
228
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
http://www.fmrp.usp.br/revistaMatsuno AK. Parada cardíaca em crianças
será 15:2 até adolescentes, e 30:2 acima desta
faixa etária. A quantidade maior de ventilações
na faixa etária pediátrica decorre do fato de que
a hipóxia é causa comum de parada cardíaca nes-
tes pacientes.
- Interromper a massagem cardíaca, o míni-
mo possível, apenas durante a ventilação, pois
estudos demonstram que toda a vez que se para
a massagem cardíaca, ao reiniciá-la, demora-se
um tempo para chegar novamente em uma pres-
são ótima para a perfusão coronariana (necessá-
ria para o retorno da circulação).3
- Trocar as funções de compressor e fornece-
dor da ventilação a cada 2 minutos, pois have-
rá um cansaço natural do compressor, prejudican-
do a qualidade da massagem. Caso haja apenas
um socorrista neste cenário (colapso súbito não
testemunhado), deve-se fazer um ciclo de RCP
(massagens cardíacas e ventilações) por 2 minu-
tos antes de chamar o serviço de emergência ou
de conseguir um DEA; se houver mais de uma
pessoa, deve-se pedir a ela que chame o serviço
de resgate ou que busque o DEA imediatamente,
após verificar que o paciente está inconsciente.3
Cenário 2. Se o paciente tiver um colapso sú-
bito testemunhado e se encontrar com sinais de para-
da cardíaca, antes de iniciar a RCP na sequência cita-
da anteriormente, deve-se acionar o serviço de emer-
gência ou conseguir um DEA, se você estiver sozi-
nho. O DEA é programado para avaliar o ECG da
vítima e verificar se o ritmo é chocável ou não; se for
um ritmo chocável, ele orienta o
socorrista em rela-
ção ao momento ideal para dar o choque por meio de
mensagens sonoras e visuais. Nas novas diretrizes
de 2010 sobre o DEA, recomenda-se utilizar um
atenuador de carga elétrica pediátrico para crianças
de 1 a 8 anos, mas na ausência deste, pode ser utiliza-
do o DEA com carga padrão. Em crianças menores
de 1 ano, recomenda-se em primeiro lugar a utilização
do desfibrilador manual, mas na ausência deste, pode
ser utilizado o DEA com atenuador de carga elétrica
pediátrico e se caso este também faltar, pode-se usar
o DEA com carga padrão. Esta mudança ocorreu, pois
não se sabe a carga mínima eficaz nem a carga máxi-
ma prejudicial na desfibrilação das crianças, mas sabe-
se, por estudos de modelos animais pediátricos, que
cargas acima de 4 J/kg (até 9 J/kg) não têm efeitos
adversos significativos. 3
Observação: Nos casos de parada cardíaca
fora do hospital, se o socorrista for leigo, assim que
detectar inconsciência, ausência de respiração ou res-
piração agônica da vítima, ele deverá iniciar a massa-
gem cardíaca sem verificação do pulso.
Suporte avançado de vida
No cenário intra-hospitalar, provavelmente o
atendimento não será feito por um único profissional.
Portanto, assim que se detectar que o paciente apre-
senta parada cardíaca, deve-se pedir para que se tra-
ga o carrinho de emergência com o desfibrilador e a
monitorização e, enquanto isso, inicia-se a RCP. A meta
das intervenções terapêuticas é o retorno da circula-
ção espontânea, definido como a restauração de rit-
mo cardíaco espontâneo (ao monitor é o aparecimen-
to de atividade elétrica organizada) com perfusão (pul-
sos centrais palpáveis e pressão arterial mensurável).
O tratamento dos ritmos de colapso inicia-se sempre
com o “CAB”:
C- Se houver ausência de pulso central, inicia-se a
massagem cardíaca de alta qualidade seguindo as
mesmas recomendações anteriormente expostas
e depois, faz-se o A e o B. 7
A- Abertura de vias aéreas pelo posicionamento cor-
reto da cabeça e aspiração.
B- Oferta de oxigênio, que neste caso será através da
bolsa-valva e máscara, pois o paciente em parada
cardíaca não apresenta respiração espontânea ou
quando apresenta, ela é totalmente ineficaz (respi-
ração agônica). A intubação orotraqueal deverá ser
feita assim que possível, quando diminuir a efetivi-
dade da ventilação com bolsa-valva e máscara. O
momento adequado para a intubação dependerá
da experiência do socorrista, pois ela deve ser fei-
ta rapidamente e durante a sua realização, é ne-
cessário parar as manobras de RCP.
Se dois socorristas estiverem atendendo crian-
ças até a adolescência, a relação compressão: venti-
lação deve ser 15:2 e em adolescentes e adultos, 30:2.
Após a intubação, a maneira como se ventila e mas-
sageia muda, deixando de ser sincronizada e passa a
ser 8-10 ventilações por minuto (6 segundos entre uma
ventilação e outra) e a massagem se torna contínua
sem interrupções. Esta mudança se deve a estudos
que mostram que durante a parada cardíaca, o fluxo
sanguíneo para os pulmões é de somente 25% a 33%
do normal; isso significa que durante a ressuscitação
é necessário menos ventilação para satisfazer a per-
fusão.
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
http://www.fmrp.usp.br/revista
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Matsuno AK. Parada cardíaca em crianças
As manobras de abertura de vias aéreas e ven-
tilação, principalmente na parada cardíaca em crian-
ças, cuja principal causa é a hipóxia, são extrema-
mente importantes e não podem ser retardadas, pois
um estudo recente com pacientes pediátricos mostrou
que há melhor desfecho, nestes casos, quando se com-
bina a massagem cardíaca com a ventilação do que
apenas com a massagem cardíaca. Teoricamente, o
início da ventilação não poderá demorar mais que 18
segundos após o início da massagem com um socorrista
e se forem dois socorristas, este tempo deverá ser
ainda menor (18 segundos é o tempo que o socorrista
leva para aplicar 30 compressões, a 100/min).
O acesso venoso deve ser estabelecido as-
sim que se detectar uma situação de emergência. A
prioridade para o estabelecimento do acesso vascular
deve ser na seguinte sequência: intravenoso, intraós-
seo e endotraqueal.8
- Veia periférica: Este acesso é preferível como
primeira tentativa, pois além de ser mais fácil de
ser obtido que o acesso central (que precisa de
habilidades específicas), durante a sua aquisição
não é necessário interromper as manobras de RCP.
Caso o paciente já esteja com um acesso central
antes do início das manobras de RCP, esta via
deve ser utilizada para medicações, porque pos-
sibilita início de ação mais rápido e concentra-
ções mais elevadas do que a veia periférica.
- Via intraóssea: Caso não se consiga o acesso
periférico, deve-se dar preferência à via intraós-
sea (IO), que pode ser estabelecida em qualquer
faixa etária, inclusive nos pacientes adultos. Cons-
titui acesso fácil, frequentemente obtido em 30 a
90 segundos, onde podem ser feitos quaisquer ti-
pos de medicação ou de fluido administrados nor-
malmente por via endovenosa, pois a canulação
IO fornece um acesso não colapsável para o plexo
venoso da medula óssea.
- Via endotraqueal: Deve ser utilizada apenas na
impossibilidade de obtenção da via intravenosa
ou intraóssea, pois ela possui algumas restrições:
1) Só podem ser administradas medicações
lipossolúveis como atropina, naloxona, epinefrina
e lidocaína (“ANEL”); 2) a dose ideal da maioria
das medicações é desconhecida; 3) a absorção
das medicações pela árvore traqueobrônquica é
imprevisível e, portanto, seus níveis e efeitos tam-
bém serão imprevisíveis; 4) a administração
endotraqueal das medicações resulta em níveis
sanguíneos inferiores quando se compara com as
mesmas doses administradas por via intravenosa
ou intraóssea; 5) a dose recomendada de epine-
frina por via endotraqueal é dez vezes maior que
aquela administrada por via intravenosa e para
as outras medicações, é duas a três vezes maior.
A técnica de administração consiste em instilar
as drogas no tubo traqueal diluídas em 5 ml de
solução fisiológica, aplicando-se 5 ventilações com
pressão positiva após a instilação.
Após a identificação do ritmo pelo ECG, deve-
se iniciar o tratamento apropriado de acordo com o
tipo de ritmo (chocável ou não-chocável).
Tratamento dos ritmos não-chocáveis
Constituem ritmos não-chocáveis a assistolia e
a AESP. Assim que se detectar a ausência de pulso
central, deve-se iniciar a massagem cardíaca de alta
qualidade e administrar epinefrina durante as mano-
bras de RCP, ou seja, enquanto se faz a massagem
cardíaca. A cada 5 ciclos ou 2 minutos de RCP, verifi-
ca-se o ritmo. A dose de epinefrina por via intravenosa
ou intraóssea é de 0,01 mg/kg ou 0,1 mL/kg da solu-
ção 1:10.000 (1 ampola diluída para 10 mL), podendo
ser repetida em intervalos de 3 a 5 minutos. A dose
pela via endotraqueal deve ser 10 vezes maior, ou seja,
0,1 mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:1.000). Não exis-
tem benefícios quanto à sobrevivência que justifiquem
o uso de altas doses de epinefrina (0,1 a 0,2 mg/kg);
isto pode ser até mesmo prejudicial, principalmente
em casos de parada hipóxica.10 No entanto, o uso de
altas doses pode ser considerado em algumas situa-
ções especiais, como na intoxicação por β-bloquea-
dores. Ressalta-se que a epinefrina é a única droga
indicada na RCP dos ritmos não-chocáveis em crian-
ças. Após iniciar a massagem cardíaca, devem-se as-
segurar as vias aéreas e fornecer oxigenação rapida-
mente. É necessário também tratar as condições re-
versíveis associadas a estes ritmos (pensar nos 6Hs e
5Ts). Os ritmos assistolia e AESP nunca devem ser
tratados com choque elétrico.3
Tratamento dos ritmos chocáveis
Constituem ritmos chocáveis a FV e a TV sem
pulso. Inicialmente, faz-se a sequência de massagem
cardíaca, abertura das vias aéreas e oxigenação apro-
priada.7 Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP, verifica-
se o ritmo.
Ao chegar o desfibrilador, que no cenário intra-
hospitalar provavelmente será um desfibrilador ma-
230
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2):
223-33
http://www.fmrp.usp.br/revistaMatsuno AK. Parada cardíaca em crianças
nual, faz-se a preparação e a aplicação do choque da
seguinte forma:7,8, 11
• Escolha das pás adequadas: Para crianças < 10
kg ou menores de 1 ano recomendam-se pás pe-
quenas ou pediátricas, enquanto que para crianças
> 10 kg ou maiores de 1 ano, recomenda-se o uso
de pás grandes ou de adultos. Os locais apropria-
dos para a colocação das pás são o lado superior
direito do tórax, abaixo das clavículas e à esquerda
do mamilo esquerdo, na linha axilar anterior (no ápice
do coração); as pás devem estar distantes pelo
menos 3 cm e nunca devem se tocar. Caso só este-
jam disponíveis pás de tamanho grande e seja ne-
cessário desfibrilar uma criança menor de 10 kg,
deve-se utilizar uma posição alternativa, que con-
siste em colocar uma pá na região anterior do tórax
(à esquerda do esterno) e a outra posterior, nas cos-
tas.
• Podem-se utilizar pás autoadesivas ou conven-
cionais. Caso sejam utilizadas pás convencionais,
deve-se colocar gel, pasta ou creme condutor entre
as pás e a pele do paciente para reduzir a impedância
transtorácica. As pás NÃO DEVEM SER embebi-
das em solução salina ou gel para ultrassom, muito
menos em compostos à base de álcool.
• A desfibrilação não deve ser sincronizada.
• Escolher a carga: Inicialmente deve ser de 2 J/kg.
• Colocar as pás na posição adequada.
• Carregar o aparelho.
• Para garantir a segurança da desfibrilação, deve-
se realizar uma verificação visual do paciente e da
equipe de ressuscitação, avisando com voz firme e
forte antes de cada choque: “Vou aplicar o cho-
que no três: um, estou fora (afastado do contato
físico com o paciente, com a maca e com outro
equipamento; dois, vocês estão fora; e três, oxi-
gênio fora (que deve estar fora da área ao redor
do tórax durante a desfibrilação).” Há outras si-
tuações especiais, além do uso de oxigênio, que exi-
gem cuidados durante a desfibrilação: se o paciente
estiver molhado, ele deve ser secado; na presença
de marca-passo, deve-se colocar as pás a 2,5 cm
de distância dos dispositivos; e na presença de me-
dicamentos em adesivos transdérmicos, as pás não
devem ser colocadas diretamente sobre estes ade-
sivos (se necessário, devem ser removidos).
• O tempo desde o preparo do desfibrilador até a ad-
ministração do choque não deve ultrapassar 10 se-
gundos; enquanto se prepara a desfibrilação, deve-
se continuar a RCP. Após aplicação do choque,
reiniciam-se imediatamente as manobras de ressus-
citação, começando pela massagem cardíaca, que
deve ser feita por dois minutos. Subsequentemente,
verifica-se o pulso central e o ritmo, e se este ainda
for chocável, prepara-se para um novo choque com
4 J/kg. A partir do terceiro choque, esta carga será
de 4 J/kg, ou poderá ser aumentada até 9 J/kg, de-
vendo-se considerar a administração de epinefrina.
• Administração de medicamentos: Assim que se
detecta que o ritmo chocável não reverteu após o
primeiro choque e dois minutos de RCP, deve-se
administrar epinefrina. Embora não tenha sido de-
terminado um momento exato para a administração
de epinefrina, recomenda-se que ela deva ser feita
durante as compressões torácicas ou imediatamen-
te antes do início das compressões, pois a droga
deve “circular” para agir. As doses da epinefrina
são as mesmas utilizadas no tratamento dos ritmos
não-chocáveis.
• Outras medicações: Logo após o segundo choque,
inicia-se a massagem cardíaca e faz-se a RCP por
dois minutos, verificando-se novamente o pulso e o
ritmo. Se a TV sem pulso ou a FV ainda persisti-
rem, prepara-se um novo choque com 4 J/kg, po-
dendo-se usar novamente a epinefrina ou algum
antiarrítmico como amiodarona, lidocaína ou sul-
fato de magnésio (para torsades de pointes), cujas
doses recomendadas são: Amiodarona 5 mg/kg IV
ou IO (dose máxima única 300 mg); lidocaína 1mg/
kg IV ou IO, sendo que por via endotraqueal deve
ser feita 2-3 vezes esta dose; sulfato de magnésio
25 a 50 mg/kg IV ou IO, dose única máxima de 2 g.
O algoritmo da parada sem pulso encontra-se na
Figura 9.
Motivos da mudança da abordagem “ABC”
para “CAB”
Durante a parada cardíaca, a RCP de alta qua-
lidade e, particularmente as compressões torácicas são
essenciais para enviar fluxo sanguíneo para os órgãos
vitais e, desta forma, fazer com que retorne a circula-
ção espontânea. Os argumentos a favor de começar
pela massagem cardíaca são os seguintes: 1) A maio-
ria das paradas cardíacas ocorre em adultos e o ritmo
mais frequente é a fibrilação ventricular, em que a
compressão torácica é mais importante que a ventila-
ção; estes casos têm um melhor desfecho quando a
massagem cardíaca se inicia o mais precocemente
possível. 2) Para todos os socorristas é mais fácil e
rápido iniciar com a massagem cardíaca, do que ini-
Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
http://www.fmrp.usp.br/revista
231
Matsuno AK. Parada cardíaca em crianças
*Se assistolia, vá para a Caixa 10
*Se atividade elétrica, cheque o pulso.
 Se não houver pulso, vá para a Caixa 10
*Se houver pulso, inicie cuidados
 pós- ressuscitação
Vá para a
Caixa 4
PARADA SEM PULSO
Algoritmo de BLS: “CAB”: C – Iniciar a massagem cardíaca,
A – Vias aéreas e B – Ventilação.
Conecte o monitor/desfibrilador, quando disponível
Chocável Cheque o ritmo Não Chocável
Ritmo Chocável ?
 FV/TV Assistolia/AESP
Dê 1 choque
 *Manual: 2 J/kg
 *DEA: todas as idades
 Use sistema pediátrico, se
 disponível, até 8 anos
Reinicie a RCP imediatamente
Reinicie a RCP imediatamente
Dê epinefrina
*IV/IO: 0,01 mg/kg
 (1:10.000: 0,1 mL/kg)
*Tubo endotraqueal: 0,1 mg/kg
 (1:1.000: 0,1 mL/kg)
Repita a cada 3 a 5 min
Faça 2 minutos de RCP
Cheque o ritmo
Ritmo Chocável ? Cheque o ritmo
Ritmo Chocável ?
Não Chocável
Chocável
Não Chocável Chocável
Continue a RCP enquanto o desfibrilador carrega
Aplique 1 choque
* Manual: 4 J/kg
* DEA: todas a idades
Reinicie a RCP imediatamente
Dê epinefrina
* IV/IO: 0,01 mg/kg
 (1:10.000: 0,1 mL/kg)
* Tubo endotraqueal: 0,1 mg/kg
 (1:1.000: 0,1 mL/kg)
Repita a cada 3 a 5 minutos
Faça 2 minutos de RCP
Cheque o ritmo
Ritmo Chocável ?
Não Chocável
Chocável
Faça 2 minutos de RCP
Continue a RCP enquanto o desfibrilador carrega
Aplique 1 choque
*Manual: 4 J/kg
*DEA: todas as idades
Reinicie a RCP imediatamente
Considere antiarrítmicos
(p.ex., amiodarona 5 mg/kg IV/IO ou
lidocaína 1 mg/kg IV/IO)
Considere magnésio 25 a 50 mg/kg IV/IO, máx
2 g para torsades de pointes
Aplique 2 minutos de RCP*,
vá para a Caixa 5 acima
Durante a RCP
* Comprima forte e rápido (100/min)
* Garanta o retorno completo do tórax
* Minimize as interrupções nas
 compressões torácicas
* Um ciclo de RCP: 15 compressões e
2 ventilações: 5 ciclos ~ 1 a 2 min
* Evite hiperventilação
* Assegure a via aérea e confirme a posição
* Após assegurar a via aérea, os socorristas
não mais realizam “ciclos” de RCP
 Faça compressões torácicas contínuas
sem pausas para ventilar. Faça 8 a 10
ventilações por minuto
 Cheque o ritmo a cada 2 minutos
* Rodizie o compressor a cada 2 min, na
verificação do ritmo
Algoritmo de Parada sem Pulso do PALS
Procure e trate possíveis
causas associadas:
- Hipovolemia
- Hipóxia
- Hidrogênio (acidose)
- Hipo/hipercalemia
- Hipoglicemia
- Hipotermia
- Tóxicos
- Tamponamento cardíaco
- Tensão no tórax
(pneumotórax)
- Trombose coronária
- Trombose pulmonar
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Algoritmo de Parada sem Pulso do PALS
1
2
3
9
4
5
6
10
12
11
13
7
8
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Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 223-33
http://www.fmrp.usp.br/revistaMatsuno AK. Parada cardíaca em crianças
ciar com as manobras de abertura de vias aéreas e
técnicas de ventilação; em muitos casos, houve retardo
do início da massagem em decorrência de dificuldade
técnica nos primeiros passos. 3) Ainda não se sabe se
para as crianças, esta sequencia “CAB” tem diferen-
ças em relação à abordagem antiga “ABC”, mas ela
está sendo recomendada

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