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1 AMEC Ana Carolina De Alvarez MED103 Embriologia do genital As características sexuais são definidas a partir da fecundação do espermatozoide x ou y no ovócito. As características masculinas e femininas só começam a se desenvolver a partir da sétima semana. Os sistemas iniciais de ambos os sexos são parecidos, é um estágio indiferenciado do desenvolvimento sexual As gônadas (testículos ou ovários) são órgãos que produzem as células sexuais (espermatozoides ou oócitos). Elas são derivadas de três fontes: ▪ Mesotélio (epitélio mesodérmico) revestindo a parede abdominal posterior; ▪ Mesênquima subjacente (tecido conjuntivo embrionário); ▪ Células germinativas primordiais (primeiras células sexuais indiferenciadas). Ocorrem durante quinta semana quando uma área de espessamento do mesotélio subjacente, forma uma adjacência próximo ao mesonefro, as cristas gonodais. Os cordões gonodais, crescem para dentro do mesênquima subjacente. Agora as gônadas indiferenciadas são formadas por um córtex externo e da medula interna. Nos embriões cromossômicos XX, o córtex se diferencia em ovários e a medula ira regredir, enquanto em embriões XY, a medula ira se diferenciar em testículos e o córtex regride. São células sexuais grandes e esféricas. Podem ser identificadas a partir dos 24 dias de gestação, entre as células endodermics de vesícula umbilical (perto da origem do alantoide). Quando o embrião se dobra, a parte dorsal da vesícula, umbilical é incorporada no embrião. Com isso, as cédulas germinativas primordiais migram ao longo do mesentério dorsal do intestino posterior para as cristas gonadais. Na sexta semana, elas penetram no mesênquima subjacente, sendo incorporadas aos cordões gonodais. O fator determinante dos testículos, faz com que os cordões seminíferos se condensem e irão se deslocar para dentro da medula da gônada indiferenciada, logo. eles se ramificam e se anastomosam para formarem a rede testicular(rede de canais). Os cordões seminíferos se desenvolvem em túbulos seminíferos, túbulos retos e rede testicular. Os túbulos seminíferos serão separados pelo mesênquima que dá origem às células intersticiais (células de Leydig). Na oitava semana, essas células começam a secretar hormônios androgênicos (testosterona e Androstenediona), que irão induzir a diferenciação masculina dos ductos mesonéfricos e da genitália externa. A gonadotrofina coriônica, estimula a produção de testosterona, atingindo valores de pico entre a oitava e decima segunda semanas. O desenvolvimento gonadal feminino é mais lento. Os ovários não podem ser histologicamente identificados ate a decima semana. Os cordões gonadais não são proeminentes no ovário em desenvolvimento, porem eles se estendem adentro da medula e formam um ovário rudimentar . a rede de canais e os cordões, se degeneram e desaparecem. cordões corticais estendem-se do epitélio de superfície do ovário em desenvolvimento para dentro do mesênquima subjacente durante o período fetal inicial. Esse epitélio é derivado do mesotélio do peritônio. Conforme os cordões corticais vao aumentando de tamanho, as células germinativas iniciais vao se incorporando a ele. Com 16 semanas, esses cordões começam a se romper em grupos de células foliculares achatadas derivadas do epitélio de superfície. A mitose ativa das oogônias ocorre durante a vida fetal, produzindo todos os folículos primários de uma mulher, não havendo produção após o nascimento. Durante a quinta e sexta semana, o sistema genital não se diferencia e estão presentes dois pares de ductos genitais. • Ductos de Wolf (ductos mesonéfricos): Desempenham uma parte importante no desenvolvimento do sistema reprodutor masculino • Ductos de Muller (ductos paramesonéfricos): Têm um papel condutor no desenvolvimento do sistema reprodutor feminino. Os ductos paramesonéfricos se desenvolvem laterais às gônadas e aos ductos mesonéfricos em cada lado a partir de invaginações longitudinais do mesotélio nos aspectos laterais dos mesonefros. As bordas se fundem formando os ductos paramesonefricos. O ducto paramesonéfrico vai se degenerar e o ducto mesonéfrico vai se transformar em epidídimo, ducto deferente e ducto ejaculatório. 2 AMEC Ana Carolina De Alvarez MED103 O ducto paramesonéfrico vai formar as trompas, o útero e a vagina e o ducto mesonéfrico vai se degenerar A Testosterona é a responsável por estimular os ductos mesonefricos em formar os ductos genitais masculinos. O hormônio antimuleriano faz com que os paramesonefricos regridam. Na oitava semana, sob influencia da testosterona, parte proximal de cada ducto mesonéfrico se torna altamente enrolada, para formar o epidídimo. Conforme o mesonefro vai se regenerando, alguns tubos ainda persistem, sendo transformados em ductos eferentes. Esses ductos se abrem em direção ao ducto do epidídimo. Distal ao epidídimo, o ducto mesonéfrico adquire um revestimento espesso de musculo liso e se torna o ducto deferente. Se originam a partir das invaginações das laterais da extremidade caudal dos ductos mesonéfricos. Essas, irão produzir um liquido que formara a maior parte do volume ejaculado, e nutre os espermatozoides. Parte do ducto mesonéfrico entre o ducto dessa glândula e da uretra se torna o ducto ejaculatório O epitélio glandular da próstata se diferencia a partir dessas células endodérmicas e o mesênquima associado diferencia- se no estroma. Desenvolvem-se a partir de evaginações derivadas da parte esponjosa da uretra. Com a ausência de testosterona em embriões femininos, os ductos mesonéfricos regridem. Permanecem alguns remanescentes Os ductos paramesonefricos desenvolvem- se devido à ausência de SIM (Substância Inibidora Mulleriana). O desenvolvimento sexual feminino durante o período fetal não depende da presença de ovários ou hormônios. Mais tarde, estrogênios produzidos pelos ovários maternos e pela placenta estimulam o desenvolvimento das tubas uterinas, do útero e da parte superior da vagina Os ductos paramesonéfricos formam a maior parte do trato genital feminino As tubas uterinas se desenvolvem a partir das partes craniais não fundidas desses ductos partes caudais fusionadas dos ductos paramesonéfricos formam o primórdio uterovaginal, o qual dá origem ao útero e a parte superior da vagina O estroma endometrial e o miométrio são derivados do mesênquima esplâncnico. O falo primordial no feto feminino gradualmente se torna o clitóris, que ainda é grande com 18 semanas. As pregas uretrais não se fusionam, exceto posteriormente, quando elas se juntam para formar o frênulo dos pequenos lábios As partes não fusionadas das pregas urogenitais formam os pequenos lábios. As pregas labioescrotais se fundem posteriormente para formar a comissura labial posterior e anteriormente para formar a comissura labial anterior e o monte do púbis. A maior parte das pregas labioescrotais permanecem não fusionadas, mas se desenvolvem em duas grandes pregas de pele, os grandes lábios. 3 AMEC Ana Carolina De Alvarez MED103 A masculinização da genitália externa indiferenciada é induzida pela testosterona produzida pelas células intersticiais dos testículos fetais. À medida que o falo primordial se aumenta e se alonga para formar o pênis, as pregas uretrais formam as paredes laterais do sulco uretral na superfície ventral do pênis. As pregas uretrais se fundem uma com a outra ao longo da superfície ventral do pênis para formar a uretra esponjosa. O ectoderma superficial se funde no plano mediano do pênis, formando a rafe peniana e confinaa uretra esponjosa dentro do pênis. A linha de fusão das pregas é visível como a rafe escrotal. Patologias B) Útero duplo e vagina dupla C) Útero duplo com vagina única D) Útero bicórneo (dois cornos uterinos) E) Útero bicórneo com um corno esquerdo rudimentar F) Útero septado G) Útero unicórneo (existe apenas um corno lateral) Essa parte da vagina não forma um canal, permanecendo fechada ou ausente. O clitóris aumentado e o seio urogenital persistente foram Induzidos por androgênios produzidos pelas glândulas Suprarrenais hiperplásticas. 4 AMEC Ana Carolina De Alvarez MED103 As pregas se fundiram dando uma falsa ideia de bolsa escrotal Também conhecida como aderência dos pequenos lábios, é uma situação frequente (entre 2 a 5%) nas crianças do sexo feminino antes da puberdade, sobretudo entre os três meses e os seis anos, em que ocorre fusão dos pequenos lábios entre si,ao redor do orifício externo da vagina, formando uma estreita membrana brilhante, que se pensa ser devida aos baixos níveis de estrogénio que são próprios desta idade, inflamações locais ou contacto com substâncias irritantes é o ectoderma que estava entre o prepúcio e a glande não desaparece, ou seja, o excesso de pele que recobre o pênis dificultando que a glande seja exposta. Esta condição tende a desaparecer com o passar do tempo, mas se na adolescência o problema persistir pode ser necessária uma intervenção cirúrgica simples para remoção da pele. É o defeito mais comum em recém-nascidos; Ocorre em cerca de 30% dos meninos prematuros e 3% a 5% dos meninos nascidos a termo. Isso reflete o fato de que os testículos começam a descer para o escroto em torno do final do segundo trimestre. O criptorquidismo pode ser unilateral ou bilateral. Na maioria dos casos, os testículos que não desceram, descem para o escroto até o fim do primeiro ano. Se não for corrigido, esses meninos têm um risco significativamente mais alto de desenvolver tumores de células germinativas, especialmente em casos de criptorquidismo abdominal As pregas uretrais se fecharam e retraíram o pênis, pênis curto pela retração do ponto da rafe peniana que acaba puxando, retraindo e dobrando o pênis. 5 AMEC Ana Carolina De Alvarez MED103 Nesta condição, o pênis é tão pequeno que fica quase oculto pelo coxim adiposo suprapúbico. O micropênis resulta de falha testicular fetal e é comumente associado ao hipopituitarismo (atividade diminuída do lobo anterior da hipófise. A uretra se desemboca no reto ao em vez de seguir em direção ao pênis. Resulta da produção inadequada de androgênios pelos testículos fetais ou receptores inadequados para os hormônios. Esses defeitos resultam em falta de canalização do cordão ectodérmico na glande peniana ou falta de fusão das pregas uretrais; como consequência há formação incompleta da uretra esponjosa A uretra se abre na superfície dorsal do pênis, embora possa ocorrer como uma entidade separada, ela é muitas vezes associada com extrofia da bexiga; A bolsa escrotal se encheu de líquido da cavidade peritoneal Condição congênita do trato reprodutivo das mulheres, caracterizando-se pela ausência de desenvolvimento do canal vaginal.