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AV1 DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II TURMA 1004

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AV1 – DIREITO TRIBUTÁRIO I – TURMA 1004 - Cada questão valerá 
1,6 
Aluno: Klaus de Oliveira Carvalho 
 
1ª questão: 
Disponível em: http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29163 
Fazenda Nacional exclui R$ 5 bilhões da dívida ativa 
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) cancelou 621 mil 
inscrições na dívida ativa da União que estavam prescritas, em um 
valor total de aproximadamente R$ 5 bilhões. Essa foi a primeira 
exclusão feita por cruzamento de dados, de forma eletrônica. 
“Até então, fazíamos a exclusão manualmente, olhando caso a caso. 
Não conseguiríamos limpar nem mil casos”, afirma o procurador João 
Grognet, coordenador-geral de Estratégias de Recuperação de 
Créditos da PGFN. 
As inscrições prescreveram, segundo ele, por não terem sido 
encontrados bens para penhora. “Se o juiz suspende a execução 
fiscal sem localizar bens do devedor, depois de cinco ou seis anos ele 
chama a PGFN e extingue o processo”, diz. “O momento é de 
higienizar a carteira e evitar cobrança indevida.” Observando o trecho 
da notícia acima, aponte o instituto tributário presente, acompanhado 
do dispositivo legal em que se encontra e esclareça o objetivo de 
chamar a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional), antes de 
extinguir o processo de execução fiscal. 
R: Trata-se de uma prescrição intercorrente, prevista no Art. 40 § 4 
da lei 6830/80. Quando ocorre a perda do direito para ajuizar ação de 
execução fiscal por tempo superior ao que está previsto em lei. 
Por se tratar de um órgão competente de controle administrativo da 
legalidade, o órgão foi chamado. Art. 2º §3 da lei 6830/80 
 
 
2ª questão: 
Disponível em: http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29164 
Valor real de venda de imóvel deve ser considerado para fins de ITBI 
Se o real valor de venda de um imóvel for menor que o valor venal, 
deve prevalecer sobre o considerado pela Administração para efeitos 
de cálculo de Impostos de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Com 
essa premissa, o 4º Juizado Especial da Fazenda Pública do Distrito 
http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29163
http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29164
Federal condenou o governo distrital a restituir um cidadão por valor 
pago a mais, indevidamente, a título de ITBI. A restituição será na 
quantia de R$ 5.195,91, corrigida monetariamente... De acordo com 
o processo, a Secretaria de Fazenda do DF emitiu a guia para 
pagamento do tributo utilizando a base de cálculo de R$ 348.197,29, 
sendo que o valor real de venda do imóvel correspondia a R$ 
175.000,00. 
Conforme a juíza Marcia Regina Araújo Lima, para chegar à base de 
cálculo, a administração deveria ter considerado a declaração do 
sujeito passivo. 
Assim, segundo o artigo 148 do Código Tributário Nacional, o Fisco 
até pode arbitrar o valor do bem, mediante processo regular, sempre 
que as declarações feitas pelo contribuinte forem omissas ou não 
mereçam fé... Assim, decidiu que o contribuinte faz jus à restituição, 
pois considerou que o Fisco não trouxe elementos que comprovassem 
o valor de mercado do imóvel em mais de R$ 340 mil. À luz dos fatos 
narrados acima, comente, de forma resumida, sobre qual modalidade 
de lançamento a juíza se baseou para garantir a repetição do indébito 
e explique o que significa essa repetição. 
R: A magistrada utilizou a modalidade de lançamento por Declaração 
ou mista, prevista no Art. 147 do CTN. Onde o próprio contribuinte 
entrega ao fisco um formulário preenchido com as informações 
necessárias, oportunidade em que este analisa os dados e apura o 
valor do tributo devido, ato contínuo, notificando aquele para que o 
mesmo realize o pagamento. 
A repetição de indébito é a possibilidade de o contribuinte pleitear a 
devolução de tributo pago indevidamente junto às autoridades 
fazendárias. 
 
3ª questão: 
Disponível em: http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29161 
Bolsonaro veta parte do perdão a dívidas tributárias de igrejas 
O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar, parcialmente, uma 
proposta aprovada no Congresso que perdoava dívidas tributárias de 
igrejas. A lei foi publicada na edição desta segunda-feira (14) do 
“Diário Oficial da União”. 
O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional mas, com o veto 
parcial, nem tudo entrará em vigor. O projeto previa, para as igrejas: 
isenção do pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
(CSLL). 
anistia das multas recebidas por não pagar a CSLL. 
anistia das multas por não pagamento da contribuição previdenciária. 
Desses três pontos, Bolsonaro manteve apenas o item 3. Com base 
http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29161
no trecho da notícia aqui trazido, destaque os três pontos de perdão 
contidos na notícia, dizendo se suspendem, extinguem ou excluem o 
crédito tributário, além do conceito correspondente de cada instituto 
presente. 
R: No caso em tela os três pontos da notícia tratam-se de causas de 
exclusão do crédito tributário, previstas no Art. 175, I e II do CTN. 
A isenção não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
dependentes da obrigação tributária principal que o crédito tenha sido 
excluído ou dela consequente conforme costa no art. 175, I do CTN. 
A anistia é o perdão das penalidades pecuniárias, o mesmo será 
sempre concedido por lei, isso antes da constituição do crédito 
tributário. Somente pode ser aplicada a infrações cometidas antes da 
vigência da lei que a tiver concedido, operando efeito retrospectivo. 
Conforme dispõe no art. 175, II do CTN. 
 
 
4ª questão: 
Disponível em: http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29157 
Pagamento indevido de FUNRURAL por exportadores 
O governador Camilo Santana sancionou a Lei 17.277, que cria o 
Programa Especial de Parcelamento de Dívidas Tributárias, o Refis, 
para os contribuintes cearenses. A legislação foi publicada na edição 
dessa quinta-feira (10/09) do Diário Oficial do Estado (DOE). 
A medida permite o refinanciamento de débitos do Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), contraídos entre 1º de 
janeiro e 31 de maio deste ano, e do Imposto sobre a Propriedade de 
Veículos Automotores (IPVA) 2020, com redução de até 100% em 
multas e juros, além de outros benefícios... Veja os principais pontos 
da lei 
1. O programa prevê parcelamento do débito de ICMS, que poderá 
ser pago de três formas: 
> Em até três parcelas mensais e sucessivas, com redução de até 
100% das multas punitivas e moratórias e dos juros de mora; 
> Em até oito parcelas mensais e sucessivas, com redução de até 
85% das multas punitivas e moratórias e dos juros de mora; 
> Em até 12 parcelas mensais e sucessivas, com redução de até 70% 
das multas punitivas e moratórias e dos juros de mora; 
> O valor de cada parcela não poderá ser inferior a R$ 200,00. 
2. Também poderá ser parcelado em até três vezes o débito de IPVA 
2020, com redução de 100% das multas e dos juros de mora. O valor 
de cada parcela não pode ser inferior a R$ 50,00; 
3. Os contribuintes do ICMS serão dispensados do pagamento de 
http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29157
80% da multa relativa ao descumprimento da obrigação de utilizar o 
MFE; 
4. Serão perdoados os débitos de ICMS e IPVA cadastrados na dívida 
ativa do Estado há mais de 15 anos; 
5. Também serão perdoados os débitos inscritos na dívida ativa até 
31 de agosto de 2015, até o limite de R$ 500. 
Sabemos que o parcelamento é a fragmentação do débito. Explique, 
de forma resumida, qual a modalidade de parcelamento da notícia, se 
ordinário ou incentivado e comente a diferença entre eles. 
R: Trata-se de um parcelamento incentivado! Onde o contribuinte 
tem algumas facilidades e descontos para quitação da obrigação. Já 
no parcelamento ordinário o débito pode ser dividido em até 60 
meses, porém, diferente do parcelamento incentivado que a parcelamínima é de R$200,00, no ordinário esse parcelamento é sem 
qualquer desconto, e com parcela mínima de R$ 500,00 por 
parcelamento. No parcelamento ordinário não tem o condão de dar 
benefício no crédito tributário, mas o parcelamento incentivado é 
aquele que o ente público concede descontos que muitas vezes são 
bastantes significativos. 
O parcelamento não exclui a incidência de juros de mora e multa e 
tem, subsidiariamente as normas aplicadas a moratória a ele 
conforme o art.155-A §1 e §2 do CTN. 
Em ambas modalidades o contribuinte pode exigir a certidão positiva 
com efeito de negativa conforme Art. 206 do CTN. 
 
5ª questão: 
Disponível em: http://www.apet.org.br/2019/noticias-tributarias.asp?not_id=29152 
Malha fiscal: Receita começa operação que visa contribuições do SPED 
(Sistema Público de Escrituração Digital) 
A Receita Federal anunciou o início da operação malha fina da pessoa 
jurídica 2020 para identificar falta de escrituração de receitas no SPED. 
A operação prevê análise de dados e cruzamento de informações prestadas 
pela própria pessoa jurídica e por terceiros, objetivando a regularização 
espontânea das divergências identificadas... Será concedido ao contribuinte 
o prazo para efetuar a autorregularização, mediante retificação da ECF e da 
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais-DCTF, evitando, 
assim, o procedimento de lançamento ofício pela Receita Federal, mediante 
a exigência das diferenças apuradas, com acréscimo de multas de ofício. 
Com base na notícia, justifique se está presente o instituto da denúncia 
espontânea (CTN, 138), e aponte a modalidade de lançamento, indicando 
um inciso que se enquadre no caso, se o contribuinte não retificar suas 
declarações no tempo dado pela Fazenda. 
R: Com base no parágrafo único do Art. 138 do CTN não será aplicada a 
denúncia espontânea. Segundo o Art. 150, do CTN a modalidade de 
lançamento é por homologação. E o inciso que se enquadra no caso é o 
inciso III do Art. 149 do CTN onde o ato de ofício só ocorrerá se o 
contribuinte não retificar suas declarações no tempo dado pela Fazenda.

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