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1-Compreender sífilis (exames treponemicos e não treponemicos, tudo...) Definição • Infecção sexualmente transmissível (IST); • Exclusiva do ser humano; • Curável; • Causada pela bactéria Treponema Pallidum; • Pode se apresentar através de varias manifestações clinica e diferentes estágios; • É transmitida através de relação sexual sem uso de preservativo, pode também ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto. Sinais e Sintomas Sífilis Primária • Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria: è Pênis; è Vulva; è Vagina; è Colo uterino; è Anus; è Boca; è Outros locais da pele. • Costuma aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de “cancro duro”. • Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. • Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento. • Sífilis Secundária • Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. è Primaria è Secundaria è Latente è Terciaria • Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. • Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo. • As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura. Sífilis Latente • Fase assintomática • Não aparecem sinais ou sintomas. • É dividida em: è Fase latente recente - Até um ano de infecção; è Fase latente tardia (mais de um ano de infecção). • A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária. Sifilis Terciária • Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção. • Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. Diagnostico • Existem 2 tipos de testes para o diagnóstico da sífilis: è Testes diretos; è Testes imunológicos. Testes Diretos para a Sífilis • São exames que detectam o Treponema pallidum (bactéria causadora da sífilis) diretamente na lesão, seja ela uma úlcera (sífilis primária), ou lesão de pele (sífilis secundária). • São exemplos de testes diretos: è Exame em campo escuro; è Pesquisa direta com material corado. Testes Imunológicos para a Sífilis • Este tipo de teste detecta anticorpos que o nosso organismo produz ao entrar em contato com T. pallidum. Embora o tempo para o seu surgimento varie de pessoa a pessoa, geralmente eles já podem ser detectados no sangue 10 dias após o aparecimento da úlcera sifilítica. • Existem 2 tipos de testes imunológicos: è Testes não treponêmicos: anticorpos não específicos do treponema; è Testes treponêmicos: anticorpos específicos do treponema. Cada um deles tem um papel importante para o diagnóstico, controle de cura e avaliação de reinfecção, como veremos a seguir. Testes Não Treponêmicos • Os testes não treponêmicos mais usados são: è VDRL (Venereal Disease Research Laboratory); è RPR (do inglês, Rapid Test Reagin); è TRUST (do inglês, Toluidine Red Unheated Serum Test) – este pouco encontrado no Brasil. • O resultado positivo quantitativo é dado através de titulações que significam diluições (1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32 etc). Não se pode inferir o tempo de infecção e nem gravidade de doenças por estas titulações. Estes testes são ótimos para rastreio e devem ser os primeiros a ser solicitados. Eles são muito sensíveis, mas por não serem específicos, seu resultado positivo pode ser um falso positivo e por isso, deve ser sempre realizado um teste treponêmico específico confirmatório. Ele também é o teste indicado para controle de cura e avaliação de reinfecção. Testes Treponêmicos Detectam anticorpos específicos contra componentes celulares do Treponema, eles são os primeiros a ficar positivos após a primeira infecção, cerca de 7 a 10 dias após a úlcera sifilítica. Os testes treponêmicos mais usados são: • FTA-abs (Teste de anticorpos treponêmicos fluorescentes com absorção); • ELISA (Ensaio imunossorvente ligado à enzima), teste de quimioluminescência; • Testes de hemaglutinação e aglutinação; • Testes rápidos, etc. Eles são usados para a confirmação diagnóstica quando o teste não treponêmico dá positivo, mas não servem para controle de tratamento nem para diagnóstico de reinfecção pois uma vez positivo, geralmente não voltam a ficar negativos, mesmo que a pessoa esteja curada. Tratamento • E tratada com antibiótico como a Penicilina benzatina, que esta disponivel no SUS; • A dosagem vai depender do estágio clinico da Sifilis; • Após o tratamento completo, é importante continuar o seguimento com coleta de testes não treponêmicos para ter certeza da cura Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a penicilina benzatina. Esse é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical (passagem da sífilis da mãe para o bebê). A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante que foi tratada. São critérios de tratamento adequado da gestante: • Administração de penicilina benzatina. • Início do tratamento até 30 dias antes do parto. • Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis. • Respeito ao intervalo recomendado das doses (a cada 7 dias, de acordo com o esquema terapêutico). Importante!!! TODA gestante diagnosticada com sífilis, após o tratamento, realize o seguimento mensal, com teste não treponêmico, para controle terapêutico. Mecanismo de ação da Penicilina Benzatina USO ADULTO E PEDIÁTRICO. Pacientes com insuficiência renal (mau funcionamento dos rins): É necessário ajuste de dose, segundo a função renal. Recomendam-se, a critério médico, as seguintes dosagens: A – Infecções estreptocócicas (grupo A) do trato respiratório superior e da pele: • Injeção única de 300.000 a 600.000 unidades de Benzetacil® (benzilpenicilina benzatina) para crianças até 27 kg. • Injeção única de 900.000 unidades para crianças maiores. • Injeção única de 1.200.000 unidades para adultos. B – Sífilis primária, secundária, latente e terciária (exceto neurossífilis): • Sífilis primária, secundária e latente precoce: injeção única de 2.400.000 unidades de Benzetacil®. • Sífilis latente tardia (incluindo as de “tempo não definido”) e terciária, exceto neurossífilis: 3 injeções de 2.400.000 unidades de Benzetacil® , com intervalo de 1 semana entre as doses. • Sífilis congênita (pacientes assintomáticos): 50.000 U/kg de Benzetacil® em dose única para crianças menores de 2 anos de idade e dose única ajustada de acordo com a tabela de adultos, para crianças entre 2 e 12 anos. • Bouba, bejel (sífilis endêmica) e pinta: injeção única de 1.200.000 unidades de Benzetacil®. • Recomenda-se a utilização periódica de Benzetacil® a cada 4 semanas, na dose de 1.200.000 unidades. Embora a taxa de recorrência de febre reumática seja baixa, utilizando-se este procedimento, pode-se considerar a administração a cada 3 semanas, caso o paciente tenha história de múltiplas recorrências, possua lesão valvar grave, ou tenha apresentado recorrência com a administração a cada 4 semanas. O médico deve avaliar os benefícios de injeções mais frequentes contra a possibilidade de reduzir a aceitação do paciente a este procedimento.
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