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Lucas Alves Medeiros 
Resumo do Artigo: 
 
Águas urbanas Carlos E. M. Tucci 
 
No inicio do século XX houve uma grande aglomeração de populações em centros urbanos 
competindo por recursos naturais e energéticos, ocasionando na destruição de uma parte da 
biodiversidade. Segundo Tucci, no presente artigo, o meio ambiente natural em convívio com 
o meio antropológico, é um ser vivo dinâmico com interligações de efeitos, que se não 
controlados pode levar ao caos, com a necessidade de uma linha de desenvolvimento 
sustentável, que tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida do ser humano e preservar o 
meio ambiente. 
Os principais componentes da gestão das cidades são: Planejamento e gestão do uso do solo – 
que é previsão de ocupação em respeito ao PDU, e considerando as ocupações passadas e 
seus efeitos e correções para o futuro; Infraestrutura viária, água, energia, comunicação e 
transporte – implantação da infraestrutura por meio publico ou privado mas gerido pelo 
município; Gestão socioambiental – podendo ser de escala federal, estadual ou municipal, com 
avaliação e aprovação de projetos, monitoramento e pesquisa para que a ocupação seja social 
e ambientalmente sustentável. 
A população urbana tem aumentado consideravelmente nas ultimas décadas, tornando 
imprescindível os estudos para que o meio urbano seja sustentável e com reduzidos impactos 
nos biomas naturais, para a análise de desenvolvimento urbano é apresentado os seguintes 
indicadores: População – taxa de crescimento, migração e densidade; Econômico – renda, 
produto bruto e perfil de produção; Uso do solo - residencial, comercial e industrial, áreas 
públicas. 
Dentre os fatores que urbanizam a população está o crescimento econômico, relacionado ao 
deslocamento dos empregos da agricultura para as industrias e serviços, Nas ultimas décadas o 
crescimento urbano levou o Brasil a ser um país essencialmente urbano com 80% de sua 
população nas zonas urbanas. Os polos regionais que se tornam cidades acabam tendo uma 
taxa maior de crescimento quando comparado a outros centros urbanos. Todos os processos 
inadequados da urbanização e de impacto ambiental realizados nas Regiões Metropolitanas 
(RM) estão sendo reproduzidas nas cidades de médio porte. Nas grandes cidades do Brasil 
ocorreu uma descentralização da população, deixando seus centros despovoado e degradado. 
A população em localidade irregular ou informal chega a 50%(MMA,200). As populações de 
favelas e de pessoas de baixa renda cresce gradativamente refletindo no déficit de moradia. Os 
principais problemas de infraestrutura em países em desenvolvimento com foco na américa 
latina são: Grande concentração populacional em pequena área – reduzindo os recursos 
naturais e suas qualidades e a qualidade de vida em geral; Aumento da periferia – devido ao 
êxodo rural, ocasionando uma população desprovida da integralidade de seus direitos básicos 
de saneamento e qualidade de vida precária; A conveniência de prioridade pelo status – 
normalmente, os planos de urbanização contemplam a população de maior renda, deixando as 
pessoas de baixa renda sujeitas a construírem moradias em locais de risco e sem a estrutura 
adequada, gerando assim uma cidade formal e uma cidade informal, onde o plano de 
urbanização só atende a primeira. 
Os principais problemas relacionados com infraestrutura em ambientes urbanos são: Falta de 
tratamento de esgoto que são lançados como escoamento pluvial chegando aos mananciais; 
esgotamento sanitário com a inexistência de sistema de drenagem de aguas pluviais; ocupação 
de leito de inundação ribeirinha, ocasionando inundações; impermeabilização dos rios urbanos 
aumentando sua vazão e a frequência transportando resíduos e contaminando aguas no 
entorno da urbanização; Deterioração da qualidade da água por falta de tratamento dos 
efluentes . 
Em relação a gestão integrada do solo urbano para a presente analise destaca-se os seguintes 
aspectos: Falta de conhecimento tanto pela população quanto pelos profissionais, 
ocasionando decisões com graves consequências, as vezes oportunizadas pelo capitalismo 
predatório; Uma concepção inadequada dos profissionais de engenharia para o planejamento 
e controle dos sistemas, gerando soluções apenas estruturais ocasionando ainda mais 
impermeabilização e consequentemente aumento de temperatura e inundações, etc. ; Visão 
setorizada do planejamento urbano; Falta de capacidade gerencial com municípios 
desprovidos de capacidade técnica de gestão de águas urbanas. 
Até o início do século XX, as preocupações em relação a urbanização se resumia a erradicação 
de doenças ocasionadas pela ausência de saneamento básico, principalmente de tratamento 
de esgoto, que era simplesmente lançado no curso d’água sem tratamento a jusante, após a 
segunda guerra mundial com o chamado boom da população urbanizada, os problemas de 
saúde relacionados a doenças infecciosas cresceram correspondentemente, essa era a 
denominada fase higienista. Por volta de 1970 aconteceu o que se chama a fase de correção 
das águas urbanas, onde se evitava obras de drenagem que aumentavam o escoamento pela 
verificação de sua insustentabilidade, optando por obras de amortecimento. Ainda assim os 
problemas de inundação permaneceram, quando em 1990 esses países optaram por uma 
metodologia de desenvolvimento sustentável baseado no tratamento de águas pluviais 
urbanas e rurais, conservação do escoamento pluvial e tratamento parcial do esgoto antes de 
seu lançamento, e preservando áreas de infiltração, esta fase foi chamada de desenvolvimento 
sustentável. 
No brasil, o saneamento básico se encontra ainda na fase higienista, onde se capta a água para 
consumo em determinado manancial próximo a zona urbana, o esgoto(quando existe), escorre 
por drenagem, podendo contaminar a água de abastecimento levando doença á população, a 
falta de direcionamento de inundações e falta de controle de resíduos sólidos. Os serviços de 
abastecimento de água ainda possuem problemas crônicos como a degradação dos mananciais 
urbanos, perdas de água na distribuição e falta de racionalização domestica e industrial. Com o 
tempo cresce a necessidade de tratamento de água para abastecimento devido a maior 
poluição dos mananciais, por tanto, mesmo que haja serviço de abastecimento no Brasil hoje, 
este pode estar comprometido se os ciclos de contaminação não forem interrompidos. 
Na maioria dos estados do Brasil, existem leis vigentes que protegem áreas de bacias que são 
destinadas ao abastecimento da população, não podendo desenvolver estruturas que 
comprometam a qualidade dessa água, essas áreas normalmente são invadidas para ocupação 
por uma população de baixa renda, as vezes guiada pelo proprietário para consequente venda 
para o estado, aumentando a poluição. Essas áreas deveriam ser adquiridas pelo estado ou 
ser valorizada mediante criação de valor econômico indireto. 
No Brasil, a taxa de cobertura de abastecimento de água é alto, porém, possuem problemas 
crônicos como a degradação de mananciais, as perdas no sistema e a falta de racionalização 
domestica e industrial, e ainda a cobertura de coleta e tratamento de esgoto é baixa, criando 
um ciclo de contaminação que ocorre em função de despejos sem tratamento de esgoto 
sanitário nos rios, o esgoto pluvial transporta grande quantidade de resíduos sólidos para os 
efluentes principalmente em épocas chuvosas, contaminação de aguas subterrâneas por 
vazamentos em sistemas de esgotamento ou fossas sépticas, depósitos indevidos de resíduos 
sólidos e ocupação de solo indevida. 
As inundações frequentes nas zonas urbanas estão associadas a dois fatores que ocorrem 
isolados ou em conjunto; esses são as inundações de áreas ribeirinhas, que ocorre onde a zona 
urbana invade a área do leito maior do rio, normalmente as planos diretores das cidades não 
proíbem a ocupação dessa área observando apenas as cheiasde poucos anos anteriores, em 
razão dos recursos após decreto de calamidade pública, os gestores não se preocupam em 
sanar esses problemas, que seria com medidas não estruturais e envolveria politicamente 
proprietários das áreas de risco; inundações em razão da urbanização, que ocorre em função 
da impermeabilização e canalização dos cursos d’água aumentando a sua vazão. Á medida que 
a cidade se desenvolve, ocorrem os seguintes impactos: aumento das vazões máximas, 
aumento dos sedimentos juntamente com resíduos sólidos e infraestrutura obstruem a 
infiltração e o curso natural da água. 
Os sólidos totais são a soma dos sedimentos e os resíduos sólidos gerados e descartados de 
forma que atingem o sistema pluvial urbano, esses sólidos são analisados segundo fases de 
avanço de urbanização que são o estágio de pre-desenvolvimento, que possui os sólidos 
naturais do ciclo hidrológico; o estagio inicial de desenvolvimento urbano, onde a cobertura 
vegetal é retirada, aumentando a quantidade dos sedimentos; estágio intermediário, onde 
existe muita movimentação de terra, e a população já estabelecida gerando resíduos sólidos 
que se incorporam aos sedimentos; estagio de área desenvolvia, onde a maior parte da área 
esta ocupada e impermeabilizada, com pico de geração de resíduos sólidos. 
As vazões de água pluvial possuem uma carga de poluição alta principalmente nos primeiros 
25 mm de escoamento superficial, uma das formas de quantificar essa poluição é a análise de 
parâmetros orgânicos e metais. Acontece muito nos municípios do brasil, a rede de 
esgotamento sendo despejada na rede de drenagem pluvial, apesar da legislação estabelecer a 
utilização de um sistema separador, mas por falta de capacidade financeira as prefeituras tem 
permitido a utilização da rede pluvial para transportar o esgoto não tratado, como uma 
solução não viável, pois afeta drasticamente os mananciais. 
A gestão de recursos hídricos de um centro urbano, depende da relação de dependência da 
água daquela região, ou da jurisdição que cabe a cada projeto, mas há uma tendência válida 
dessa gestão ser organizada por subdivisões de região de bacia hidrográfica. Na gestão de 
bacias hidrográfica, as medidas nem sempre sã o adotadas em todas as cidades da bacia, mas 
se deve ter condicionantes externos a cidade, que controle e mantenha a qualidade da agua 
dos mananciais, para os planos de gestão de bacias externos a cidade existe, por exemplo o 
enquadramento do rio nos padrões do Conama, porém não é estabelecido aumento de vazão 
devido á urbanização. 
O Brasil evoluiu com os planos de gestão de recursos hídricos com a implantação da Lei de 
Recursos Hídricos, instrumentos como a outorga, cobrança e enquadramentos dos rios, com 
condições de contorno da cidade para parâmetros de qualidade de mananciais. Concluiu em 
2006 pelo MMA, o Plano Nacional de Recursos Hídricos, com a Agencia Nacional de Águas, e o 
inicio de criação de agencias estaduais de conselhos e comitês de bacias. 
Tucci(2005) apresentou a necessidade de investimento na gestão de aguas pluviais, 
controlando os impactos de drenagem e inundações das cidades, que poderia ser concluído 
em 24 anos e custar 21 bilhões de reais(0,2% do PIB). Para resolução de problemas de 
saneamento, estima-se a necessidade de 0,8% do PIB, sendo aplicadas, os problemas citados 
nesse trabalho seriam solucionados em poucos anos, respeitando a ordem de aplicação das 
grandes cidades para as menores. Os principais obstáculos para esses planos são aspectos 
institucionais de gestão das companhias, mudanças na legislação, e uma integração efetiva das 
microrregiões nas metas de gestão de recursos hídricos conjunta ao saneamento básico.

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