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PROVA DO CRIME DE ESTUPRO

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PROVA DO CRIME DE ESTUPRO: 
MATERIALIDADE E AUTORIA 
 
Nem sempre o estupro deixa 
vestígios, mas caso aconteça o 
descobrimento de vestígios na cena 
do crime, será indispensável o exame 
de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a 
confissão do acusado. Essa regra 
legal excepciona o princípio da livre 
apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, bem como o 
da verdade real. 
Trata-se de adoção excepcional 
do sistema da prova legal, não 
podendo o julgador buscar a verdade 
por nenhum outro meio de prova, seja 
pela confissão do acusado, robusta 
documentação ou documentos 
testemunhais idôneos, pois a lei se 
apega ao formalismo de exigir a 
prova pericial como único meio de 
comprovar a materialidade delitiva. 
Assim, quando possível a 
realização da perícia, onde sua falta 
implica a nulidade de qualquer 
prova produzida em sua substituição 
e, por conseguinte, a absolvição do 
imputado com fundamento no 
art. 167, somente se aplica aos casos 
em que o exame direto já não era 
possível ao tempo do descobrimento 
do delito, em face do 
desaparecimento dos vestígios. 
Se havia a possibilidade de 
realizar o exame de corpo de delito 
direto, a omissão da autoridade em 
determiná-lo não pode ser suprida 
por nenhuma outra prova, sob pena 
de afronta à determinação expressa 
da lei . 
Nota-se, contudo, uma tendência 
da jurisprudência dos tribunais 
superiores a atenuar os rigores dessa 
regra, sob o argumento de que, não 
sendo ilícitas, as demais provas 
podem ser valoradas pelo juiz como 
admissíveis. 
Já decidiu o Supremo Tribunal 
Federal no sentido de que «o fato de 
os laudos de conjunção carnal e de 
espermatozoide resultarem negativos 
não invalida a prova do 
estupro, dado que é irrelevante se a 
cópula vagínica foi completa ou 
não, e se houve ejaculação. 
A existência de outras provas. Não 
basta, para a constatação de que 
houve o crime de estupro, a mera 
prova da conjunção carnal, pois ela 
não é capaz de demonstrar a 
resistência da vítima à prática do 
ato sexual. 
Importa notar que é comum 
mulheres, para se vingarem de seus 
parceiros, por inúmeros 
motivos, denunciarem-nos por crime 
de estupro. 
Daí por que a tão só prova da 
conjunção carnal não é apta para a 
comprovação do crime. Ocorre, por 
vezes, que a vítima, ante a 
abordagem do agente, pode quedar-
se inerte, desmaiar, não 
manifestando assim nenhum ato de 
resistência ao ato sexual. 
Em tais casos, o juiz deverá levar 
em conta outras provas, dentre as 
quais a palavra da vítima e a prova 
testemunhal . 
Corroborada por harmônica 
prova testemunhal conduzem o 
magistrado a um seguro juízo de 
condenação, não se mostra idônea 
para se pretender a absolvição do réu 
por insuficiência de provas . 
Será cabível no caso o exame de 
corpo de delito indireto, ou seja, a 
prova testemunhal, isto é, se 
houver, pois o crime de estupro é, em 
regra, praticado às escondidas. 
Nessa hipótese, somente é cabível o 
exame de corpo de delito indireto, ou 
seja, a prova testemunhal, pela 
ausência de vestígios materiais do 
crime. 
Trata-se de prova da 
materialidade do 
crime. Contudo, na atualidade, com 
o avanço da medicina, é possível 
colher o material genético do suposto 
estuprador e comparar com o 
material contido nos vestígios do 
crime, tais como esperma e 
pelos, presentes no corpo da vítima. 
Embora isso seja possível, caso a 
acusação venha a solicitar o citado 
exame a fim de comprovar a autoria 
do réu, este não estará obrigado a 
realizá-lo, ainda que tenha sido 
preso em flagrante, em face do 
princípio de que ninguém é obrigado 
a produzir prova contra si 
mesmo. Contudo, a recusa do réu na 
realização do exame poderá, junto 
com as demais provas colhidas, servir 
para formar a convicção do juiz, que 
possui liberdade para apreciar as 
provas produzidas em contraditório 
judicial . 
O exame de DNA, dessa forma, não 
é essencial à conclusão da autoria do 
estupro, conforme já decidiu o 
Supremo Tribunal Federal. Na 
realidade esse exame poderá servir de 
instrumento para a comprovação da 
negativa de autoria. 
Embora constitua importante 
meio probatório, não pode ser 
considerado o único hábil à 
comprovação da negativa de 
autoria, uma vez que, segundo o 
art. 155 do CPP, o juiz formará sua 
convicção pela livre apreciação das 
provas produzidas em contraditório 
judicial, e, ainda, de acordo com o 
art. 167 do CPP, não sendo possível o 
exame de corpo de delito por haverem 
desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhal poderá suprir-lhe a 
falta. 
Contudo, nos crimes praticados às 
ocultas, sem a presença de 
testemunhas, como nos delitos contra 
a dignidade sexual, a palavra da 
vítima, desde que corroborada pelos 
demais elementos probatórios, deve 
ser aceita. 
Nessas condições, é muito evidente 
que suas declarações, apontando o 
autor do crime que lhe 
vitimou, assumem caráter 
extraordinário, frente às demais 
provas. 
Não seria razoável e nem é comum 
que a pessoa com essas qualidades 
viesse a juízo cometer 
perjúrio, acusando um inocente de 
lhe haver constrangido à conjunção 
carnal ou a ato libidinoso outro 
qualquer. 
Por isso, sua palavra, enquanto 
não desacreditada por outros meios 
de prova, digamos, vale como bom 
elemento de convicção. 
Isso, entretanto, não impede seja ele 
fonte de prova, devendo seu relato ser 
apreciado em confronto com os outros 
elementos 
probatórios, podendo, então, confor
me a natureza do crime, muito 
contribuir para a convicção do juiz. 
 
Crime de estupro e atentado 
violento ao pudor. Condenação 
fundada em outros elementos de 
prova. 
 
Na hipótese de crime de estupro e 
atentado violento ao pudor, a 
palavra da vítima, corroborada por 
prova testemunhal idônea, têm 
relevante valor probante e autorizam 
a condenação quando em sintonia 
com outros elementos de provas. 
Em se tratando de delito contra os 
costumes, a palavra da ofendida 
ganha especial relevo. Importa 
mencionar que, nos delitos contra a 
dignidade sexual, a palavra da 
vítima menor de idade também tem 
importante valor como 
prova, quando estiver em 
consonância com os demais 
elementos probatórios.

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