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0566_Sistema de Gestão Integrado_Sistema Integrado de Gestão_Auditoria e Certificação Ambiental (1)

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Núcleo de Educação a Distância
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Sistema de Gestão Integrado / Sistema Integrado de Gestão / Auditoria e Certificação Ambiental
	
Créditos e Copyright
PIRES, Antônio Jorge Ferreira.
                   Sistema Integrado de Gestão. Antônio Jorge Ferreira Pires. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES. (Material didático. Curso de Logística).
                 Modo de acesso: www.unimes.br
                  1. Ensino a distância.  2. Logística.   3. Sistema Integrado de Gestão. 
CDD 658
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
Copyright (c) Unimes Virtual
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, COMERCIAIS, CONTÁBEIS E ECONÔMICAS
PLANO DE ENSINO
CURSO: Tecnologias em: Logística / Gestão Ambiental
COMPONENTE CURRICULAR: Sistema de Gestão Integrado / Sistema Integrado de Gestão
SEMESTRE: 2º / 4º 
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas
 
EMENTA
Normas de Gestão; Evolução dos sistemas de gestão; Gestão Integrada; Requisitos do sistema; Requisitos Legais; Política, Objetivos e Metas, Programas; Documentação; Atribuições e responsabilidades. Comunicação; Competência e treinamento; Gestão de Recursos; Auditorias; Análise Crítica da gestão; Gestão por Processos. Norma ISO 9001; ISO 14001; OHSAS 18001; SA 8000; NBR 16001.
 
OBJETIVO GERAL
Fornecer informações sobre a importância dos sistemas integrados de gestão para as organizações da atualidade
 
UNIDADE I - Conceito de Gestão; Normas de Gestão; Documentação de um sistema de Gestão.
Objetivos específicos: Conhecer os conceitos de Gestão e Documentação.
UNIDADE II- Identificação das partes interessadas; Gestão de Processos; Estratégia nos Sistemas de Gestão.
Objetivos específicos: Identificar os processos de gestão.
UNIDADE III - Aspectos impactos, perigos e riscos; Requisitos Legais e Outros; Gestão de Recursos; Treinamento, Conscientização e Competências.
Objetivos específicos: Conhecer os procedimentos de aspectos e impactos.
UNIDADE IV- Comunicação; Controle de Documentos; Controle Operacional; Preparação e atendimento à emergências.
Objetivos específicos: Conhecer os procedimentos de controle operacional.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I
Conceitos de Gestão
Normas de Gestão
Documentação de um Sistema de Gestão
Identificação das Partes Interessadas
UNIDADE II
Gestão por Processos
A Estratégia no Sistema de Gestão
UNIDADE III
Aspectos e Impactos Ambientais, e Perigos e Riscos à Saúde e à Segurança do 
Trabalhador
Requisitos Legais e Outros
Gestão de Recursos
Treinamento, Conscientização e Competência
Comunicação
UNIDADE IV
Controle de Documentos
Controle Operacional
Preparação e Atendimento a Emergências
Aquisição de Produtos e Serviços
Realização do Produto
Controle na Gestão Integrada
Monitoramento e Medição
Monitoramento e Anomalias
Controle de Produto não Conforme
Controle de Registros
Auditoria 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
MELLO, C, H , P. Gestão da Qualidade. Prentice Hall, Pearson, São Paulo. 2011. 
PILGER, R, R. Administração e Meio Ambiente. Editora Intersaberes, Curitiba. 2013. 
WACHOWICZ, M, C. Segurança, Saúde, Economia. Editora Intersaberes, Curitiba. 2012. (E-book).
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
JORDAN, L. Gerenciamento de Projetos com DotProject. Prentice Hall. Pearson. 2010. (E-book). 
CERTO, C, S. Administração Moderna. Prentice Hall, Pearson. 9º edição. 2003 (E-BOOK). 
SCHEUNEMANN, A, V. Administração do Terceiro Setor. Editora Intersaberes. Curitiba. 2013. (E-BOOK). 
SOBRAL, F. Teoria da administração Prentice Hall, Pearson. 2012. (E-BOOK).
VALERIANO, D. L. Gerenciamento Estratégico e Administração por projetos. Makron Books. 2005. (E-book). 
 
METODOLOGIA:
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo ensino/aprendizagem.
AVALIAÇÃO:
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
Sumário
Aula 01_Conceitos de Gestão	8
Aula 02_Normas de Gestão	13
Aula 03_Documentação de um Sistema de Gestão	21
Aula 04_Identificação das Partes Interessadas	24
Aula 05_Gestão por Processos	28
Aula 06_A Estratégia no Sistema de Gestão	33
Aula 07_Aspectos e Impactos Ambientais, e Perigos e Riscos à Saúde e à Segurança do Trabalhador	36
Aula 08_Requisitos Legais e Outros	41
Aula 09_Gestão de Recursos	45
Aula 10_Treinamento, Conscientização e Competência	48
Aula 11_Comunicação	52
Aula 12_Controle de Documentos	55
Aula 13_Controle Operacional	57
Aula 14_Preparação e Atendimento a Emergências	59
Aula 15_Aquisição de Produtos e Serviços	61
Aula 16_Realização do Produto	63
Aula 17_Controle na Gestão Integrada	67
Aula 18_Monitoramento e Medição	71
Aula 19_Monitoramento e Anomalias	74
Aula 20_Controle de Produto não Conforme	77
Aula 21_Controle de Registros	79
Aula 22_Auditoria	81
Aula 23_Auditorias Internas	84
Aula 24_Ética e Conflitos de Interesse	86
Aula 25_Análise de Indicadores	89
Aula 26_Condução de Reuniões	94
Resumo_Unidade III	97
Aula 27_Brainstorming – Tempestade de ideias	99
Aula 28_Análise Crítica pela Alta Administração	102
Aula 29_Certificação	104
Aula 30_Melhoria Contínua	106
Aula 31_Excelência	108
Aula 32_Gestão de Mudanças	111
Aula 01_Conceitos de Gestão
Antes de começarmos a descrever as normas, iremos analisar os principais conceitos de gestão, importantes para o entendimento e manutenção de um sistema de gestão com melhorias consideráveis.
Produto, como a própria ISO 9000:2005 define, é o resultado de um processo.
Processo é o conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos em produtos, e agregam valor ao negócio. 
Sistema é o conjunto de processos definidos, e Sistema de Gestão é o sistema para estabelecer política e objetivos, e as formas de se atingir esses objetivos. 
Para melhor definir, uma organização é composta por ações, as quais chamamos de atividades, tarefas, instruções. Estas atividades são organizadas de forma a atingir os objetivos da empresa, e são realizadas de forma ordenada, com insumos e produtos conhecidos, regras estabelecidas e recursos definidos. Um conjunto de atividades é denominado Processo. As atividades que compõem um processo interagem entre si, e essas inter-relações são definidas e negociadas. Ao conjunto de processos denominamos Sistema. 
Chiavenatto define Sistema como um conjunto integrado de partes, íntima e dinamicamente relacionadas, que desenvolve uma atividade ou função e destinado a atingir um objetivo específico. 
 Logo, o Sistema de Gestão Integrado é o conjunto de atividades inter-relacionadas, que tem objetivos definidos, e foco em melhoria contínua dos seus processos.
  
 
De acordo com a Norma ISO 9000, Sistema é um conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos, e Sistema de Gestão é o sistema para estabelecer política e objetivos, e para atingir estes objetivos. 
Alta direção, ou Alta administração, é a pessoa, ou grupo, que dirige e controla uma organização no mais alto nível.Melhoria contínua é a atividade recorrente para aumentar a capacidade de atender requisitos. 
Eficácia é a extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os produtos planejados, alcançados. Já Eficiência, é a execução dos objetivos com os melhores, mas nem sempre mínimos, recursos planejados. 
Parte interessada é a pessoa ou grupo que tem interesse no desempenho ou no sucesso de uma organização. São exemplos de partes interessadas: cliente, acionistas, fornecedores, proprietários, comunidade, sociedade, entre outros. 
Evidência objetiva são dados que apoiam a existência ou a veracidade de alguma coisa. 
Análise crítica é a atividade realizada para determinar a pertinência, adequação e eficácia do que está sendo examinado para alcançar os objetivos estabelecidos.
Alguns elementos de gestão são considerados fatores primordiais para o sucesso do sistema. Abaixo, seguem os principais. 
Para que um sistema de gestão seja sólido e dinâmico, deve existir, na organização, o Comprometimento da Alta Administração. Sem este comprometimento, a consequência é a falta de recursos, e o sistema para de evoluir, sendo que, em muitos casos, sequer “anda com as próprias pernas”, culminando com a descredibilidade e a resistência da força de trabalho na conformidade aos requisitos normativos. É certo dizer que um sistema de gestão começa de cima para baixo (top – down), com o comprometimento da alta administração. Sua participação, na estratégia da implementação, vai além de somente garantir recursos. Seu total envolvimento nas definições de política, objetivos, metas, representantes, demonstram a importância de sua participação desde cedo. A garantia de recursos assegura a manutenção do sistema, e seu envolvimento nas análises críticas garante a melhoria contínua do sistema. 
Um segundo fator, importante para a manutenção e melhoria do sistema de gestão, é a Competência. Sem ela, não há entendimento dos requisitos e dos processos da empresa, culminando com as lacunas de competência e consequente fragilização do sistema. O profissional que exerce suas funções na empresa deve ter conhecimento não apenas nas atividades a qual desempenha, mas nas ferramentas e recursos necessários à manutenção do sistema. Tais competências são conhecidas e implantadas, segundo os conhecimentos, habilidades e atitudes do indivíduo, mas este não é o foco desta disciplina. 
O terceiro fator, preponderante para se atingir a eficácia na produção dos serviços e/ou produtos da empresa, é a Abordagem por Processos. Os processos devem ser mapeados na empresa segundo a norma ISO 9001, como veremos mais adiante. Mas a abordagem por processos é a gestão pós mapeamento, e que requer conhecimento, liderança e comprometimento. Os gestores dos processos devem garantir a aplicabilidade das tarefas e etapas da empresa, e ainda buscar a excelência na execução delas, culminando com a eficiência no desempenho. Para tal, várias são as formas de gerenciamento dos processos, que vão desde metodologias de avaliação e auditorias à verificação do desempenho através de indicadores de processo. 
Um pilar importantíssimo, considerado o fator principal para que um sistema de gestão seja maduro e duradouro é a garantia da Melhoria Contínua. Sem este o sistema perde desempenho, e aos poucos fica em descrédito perante os funcionários da empresa. Uma melhoria contínua é perceptível quando a alta administração analisa criticamente os processos, culminando com ações que vão desde a mudança de metas e objetivos até mesmo à mudança cultural da empresa, culminando com modificações na política de gestão integrada. 
Antes de abordarmos as normas e seus requisitos, temos de conhecer os princípios básicos do Sistema de Gestão Integrado. Tais princípios são importantes para o sucesso do sistema e devem fazer parte do dia a dia dos funcionários e colaboradores da organização. Os princípios são: 
Foco nas Partes Interessadas; 
Adequação ao uso socioambiental;
Ter Sustentabilidade socioambiental; 
Qualidade intrínseca;
Custo (aquisição, operação e manutenção); 
Prazo (quando estará disponível);
Segurança (pessoal e ambiental); 
Ética (imagem e valor).
Tais princípios são fundamentados pelo que o consumidor, ou cliente final, espera ao receber seu produto final, e pelo que as demais partes interessadas esperam que sejam cumpridos, em requisitos declarados e não declarados. Nos dias atuais, a falta de um destes no produto causa impactos à imagem da empresa. 
As normas, quando implantadas, agregam valor à empresa, oferecendo benefícios, tais como:
· Redução de custos. Esta redução está relacionada à eliminação de retrabalho e de atividades que não agregam valor ao negócio da empresa. Também se podem considerar os custos que seriam envolvidos nos casos de acidentes com trabalhadores e ambientais, e que, com a implantação das normas, os riscos são reduzidos drasticamente.
· Unificação de entendimentos. Com isto, elimina-se a duplicidade de informações e conhecimentos dentro da própria organização.
· Melhoria da imagem da empresa. Com a implantação das normas, a empresa passa a controlar e minimizar os aspectos ambientais e os riscos a saúde e segurança do trabalhador, além dos requisitos sociais, vinculados à implantação da norma de responsabilidade social.
· Maior satisfação do cliente e das partes interessadas. Com o levantamento e tratamento dos requisitos declarados e não declarados do cliente e partes interessadas, a um aumento em sua satisfação.
Exercícios
1)   Existem muitos outros benefícios com a implementação de um sistema Integrado de gestão. Quais são? Cite pelo menos dois. 
2)  As empresas possuem grupos que são afetados pelo desempenho de suas atividades, e pelas ações da alta administração. Tais grupos são denominados PARTES INTERESSADAS. Quais, das abaixo relacionadas, são partes interessadas comuns a qualquer organização? 
a) Cliente.
b) Diretoria.
c) Associação para reciclagem de papelão. d) Comunidade. 
e) ONG.  
3)  Melhoria contínua pode ser entendida como: 
a)  Processo que aumenta a capacidade de conhecimento do trabalhador. 
b)   Processo desencadeado no sistema de gestão, onde, com participação da alta administração, temos a análise do sistema e acréscimo de valor agregado.
c)   Processo desencadeado no sistema de gestão, que demonstra como as auditorias são importantes para a empresa. 
d)  Produto de uma atividade dos consultores que implementam um sistema de gestão. 
e)  Acréscimo de conhecimento dos consultores que implementaram o sistema de gestão numa empresa. 
As respostas dos testes estão no final da Unidade I.
 Acabamos de conhecer alguns conceitos de gestão, que nos seguirão ao longo de todas as Unidades desta disciplina. Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas. Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre as normas de gestão.
Aula 02_Normas de Gestão
De uma forma geral, a falta de padronização das atividades de uma empresa torna a qualidade de seus produtos inconstante. Além disso, os impactos adversos ao meio ambiente passam a ser desconhecidos, e muitas das vezes constantes, sem esquecer na saúde e segurança dos trabalhadores. A falta de conhecimento dos requisitos do cliente torna o produto menos específico, também culminando com um acréscimo na insatisfação do mesmo. 
Ao longo dos anos, várias foram as pressões, internas e externas, à organização, que tornaram a padronização uma exigência do cliente e da sociedade. Mas, logicamente, isso não foi de um dia para o outro. 
O aumento da conscientização do cliente e da sociedade tornou a administração das empresas, de gestão reativa para preditiva. Desde 1910, a gestão empresarial evolui de reativa, onde o grau de incerteza era elevado e somente havia ação para mitigar o problema depois de ocorridas as falhas, para corretivas, onde, apesar de ainda tratarem as falhas depois de sua ocorrência, passaram a focar nas causas evitando reincidências. Mas, em torno de 1950, começaram a surgir os controles de qualidade, e com isso a visão preventiva, onde eram avaliadas as atividadese descobertos problemas antes que ocorressem. O tratamento desses problemas evitava a falha. 
Mas somente depois da primeira versão da norma ISO 9001, em 1994, é que surgiu a gestão preditiva, agindo com a previsão de ocorrência de problemas, e soluções para o aumento da qualidade dos serviços. O foco da gestão empresarial também sofreu modificações ao longo do tempo. Em 1910, o foco era o produto, mas, ao longo do tempo, passamos a focar os processos, sistemas e, finalmente, o negócio. 
Esta evolução também pode ser percebida com a criação de normas de gestão específicas. Antes, a visão era apenas na qualidade dos produtos, depois dos processos de negócio, e ao longo da percepção dos clientes e da sociedade, passaram e existir pressões externas, principalmente, que culminou com a criação de uma norma de gestão ambiental (ISO 14001), e logo depois uma focada em Segurança e Saúde do trabalhador (a atual OHSAS 18001). Enquanto as empresas se voltavam para as normas de gestão internacionais de qualidade, meio ambiente, segurança e saúde, o mundo também mostrava preocupação com requisitos sociais. Surgem vários indicadores e requisitos para este assunto, tais como os indicadores do grupo Ethos, e a SA 8000, primeira norma de gestão internacional voltada para Responsabilidade Social. Aqui no Brasil, a ABNT desenvolveu a ISO 16001, com requisitos de Responsabilidade Social para nosso cenário político e social. 
Todas as normas de gestão existentes são baseadas no ciclo do PDCA (plan-do-check-act). 
Planejamento (Plan): Estabelecimento de objetivos e processos necessários para obter os resultados desejados, conforme requisitos das partes interessadas. 
Realização (do): Implementação dos processos e controles. 
Avaliação (check): Monitoramento e medição dos processos mapeados e produtos, em relação aos requisitos e padrões definidos no planejamento. 
Ação (act): Execução de ações para retomar a qualidade de gestão e promover a melhoria contínua do sistema. 
Figura 1: Ciclo PDCA
Mas, quais as normas de gestão existentes? 
As principais normas de gestão aplicáveis são: 
Série ISO 9000: A Organização de normalização ISO – International Standardization for Organization elaborou a norma internacional ISO 9001, que apresenta os requisitos para um sistema de gestão de qualidade. Esta é a norma certificável, que deve ser implementada na organização. Ainda existem duas outras normas que auxiliam muito na aplicação da ISO 9001, que são a ISO 9000, com os conceitos do sistema de gestão de qualidade, e a ISO 9004, com as diretrizes para implementação do Sistema de Gestão da qualidade. 
Série ISO 14000: Das diversas normas desta série, apenas a ISO 14001 apresenta os requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, a qual pode ser certificado. A norma ISO 14004 apresenta diretrizes para a implementação do sistema de gestão ambiental. 
Série OHSAS 18000: A norma OHSAS 18001, da entidade BSI – Brittish Standards Institution, apresenta os requisitos e especificações para a implementação de um sistema de gestão em segurança e saúde do trabalhador, e pode ser certificada. A norma OHSAS 18002 apresenta as diretrizes para aplicação da OHSAS 18001. 
SA 8000: Os requisitos de Responsabilidade Social são estabelecidos através desta norma internacional, da entidade SAI – Social Accountability International. Existe ainda um documento orientador, divulgado pelo site da entidade. Desde a aplicação desta norma, houve discussões sobre sua aplicabilidade no Brasil, em função de ser genérica e possuir apenas requisitos explicitados na OMS (organização Mundial de Saúde). Durante muitos anos, esta norma foi implementada muita das vezes em parceria com os requisitos do Instituto Ethos, que tornavam a empresa mais comprometida com o assunto. Hoje em dia, com a criação da NBR 16001, as empresas buscam a implementação desta norma.
NBR 16001: Norma brasileira que contém os requisitos de um sistema de gestão baseado em responsabilidade Social, elaborada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Muito mais restritiva que a SA 8000, mostra comprometimento com o assunto no cenário político e social do Brasil. 
E qual a aplicação do PDCA nas normas de gestão? 
Como veremos a seguir, cada evento do PDCA possui requisitos de gestão correspondentes para cada norma acima apresentada. São realizados no planejamento (Plan): 
• Mapeamento dos processos de negócio, de apoio e recursos, e de gestão e controle. São identificados todos os processos necessários para a padronização das atividades, e para gestão do sistema, incluindo sua sequencia, interação, controle, recursos, monitoramento e medição, insumos e produtos. 
• Levantamento de Aspectos e Perigos e identificação de impactos e riscos. Neste passo, são levantados todos os aspectos ambientais relacionados às atividades mapeadas, bem como os perigos a saúde e segurança do trabalhador, e a seguir, identificados os respectivos impactos ambientais positivos e negativos, bem como os riscos inerentes aos perigos apurados. 
• Requisitos Legais e Outros Requisitos. São identificadas todas as legislações pertinentes, na esfera federal, estadual e municipal, e disponibilizadas a força de trabalho. Neste momento, também são mapeadas as partes interessadas, e identificados os seus requisitos, que devem ser considerados e aplicados durante a execução das atividades. 
• Objetivos e Metas de SMS. De acordo com a Política de gestão definida, são extraídos Objetivos e estabelecidas metas para seu cumprimento, levando-se em consideração os requisitos do produto, das partes interessadas, os aspectos e impactos, perigos e riscos identificados, e os requisitos legais e outros requisitos. 
• Programas de Gestão. São elaborados de forma a apresentarem como os objetivos e metas serão cumpridos, com a definição das responsabilidades, autoridades, os meios, e o prazo para execução. 
• Requisitos para Produtos e Serviços. São identificadas as especificações e requisitos relacionados aos produtos e serviços, bem como os explicitados pelos clientes. São realizados na implementação (do): 
• Estrutura e Responsabilidade, e Gestão de Recursos. São identificadas as funções, responsabilidades e autoridades envolvidas no sistema, e é definido o Representante da Alta Administração, e dos Empregados, distintos. Neste momento, deve ser provido o recurso necessário para a implementação e manutenção do sistema. 
• Treinamento, Conscientização e Competência. Com as funções definidas, são levantadas as competências necessárias para o desempenho das atividades, e as lacunas existentes. De posse das lacunas, são realizados treinamentos, com posterior averiguação da eficácia. 
• Comunicação Interna e Externa. Um dos maiores pesadelos em gestão de projetos deve ser tratado de forma especial, para garantir a conformidade com os requisitos de comunicação. Todas as informações do sistema de gestão devem ser comunicadas à força de trabalho, e dependendo, às partes interessadas. Deve ficar claro quais são as ferramentas e canais de comunicação para que possa haver comunicação tanto de cima para baixo, quanto de baixo para cima, garantindo que reclamações, comentários, dúvidas, entre outras, sejam atendidas, tanto junto aos funcionários, quanto também junto às partes interessadas. 
• Controle de Documentos. Este é o tormento dos sistemas de gestão. Por experiência própria, é onde existe o maior número de não conformidades durante as auditorias do sistema. Os documentos elaborados devem seguir um padrão estabelecido pela organização, e devem ser elaborados, aprovados e revisados de forma controlada, sendo disponibilizados para toda a força de trabalho no local de execução das suas atividades. • Controle Operacional. Neste momento, são identificadas quais atividades possuem interação com o Meio ambiente, com aspectos e impactos, e perigos e riscos identificados, de forma a garantir medidas de controle nas atividades, para minimizar os impactos e riscos, e para garantir que as atividades sejam executadas de forma segura.• Preparação e Atendimento de Emergências. Nesta fase, são identificadas, e documentadas as ações que orientam o atendimento a emergências, visando prevenir e mitigar impactos ambientais e os riscos de danos pessoais associados. Sempre que possível, deve ser realizados simulados para estas ações. 
• Aquisição de Produtos e Serviços. A empresa deve sempre avaliar e selecionar seus fornecedores, estabelecendo critérios e requisitos de qualidade, meio ambiente, segurança e saúde. 
• Realização do produto. Os produtos devem ser realizados conforme os procedimentos escritos e aprovados, através de equipes capacitadas e sob condições controladas, mapeadas e identificadas nos procedimentos específicos. Esta realização deve contemplar análise crítica e validação de projeto, o uso de procedimentos específicos, verificação de produtos adquiridos, equipamentos, dispositivos e medição adequados, validação daqueles processos que não podem ser monitorados ou medidos durante sua execução, identificação e rastreabilidade, preservação do produto e partes constituintes, cuidado com os produtos fornecidos pelo cliente. São realizadas na Avaliação (check): 
• Monitoramento e Medição. A empresa deve estabelecer critérios para assegurar o atendimento aos objetivos, metas e indicadores estabelecidos, o monitoramento proativo da gestão de Segurança e Saúde do trabalhador, atendimento aos requisitos legais e outros requisitos mapeados, satisfação dos clientes e desempenho dos fornecedores, controle de serviços adquiridos e produtos gerados, validação dos processos de produção, preservação do produto, controle dos dispositivos de monitoramento e medição utilizados, e análise de dados apropriados para demonstrar eficácia e melhoria contínua do SGI. 
• Acidentes, incidentes, não conformidades, ações corretivas e preventivas. Devem ser estabelecidos os meios para tratamento das anomalias encontradas, com definição de responsabilidades e autoridades, assegurando o adequado tratamento através da verificação da eficácia. 
• Controle de Produto Não conforme. Esse controle deve ser sistematizado e documentado, a fim de evitar o uso ou entrega não intencional, e impactos em SMS, e garantir a aplicação de ações corretivas e preventivas.  
• Controle de Registros. Os documentos que evidenciam o SGI e a aplicação de requisitos legais devem ser controlados de forma a assegurar sua identificação, armazenamento, rastreabilidade, proteção, recuperação, tempo de retenção e descarte. 
• Auditoria. Um programa de auditorias internas deve ser estabelecido para assegurar conformidade com o planejado, e para avaliar se o que foi implementado é mantido de forma eficaz. São realizados na Ação (Act):
• Análise Crítica pela Alta Administração. Periodicamente, deve ser envolvida a alta administração em uma análise crítica do sistema de gestão, para avaliar sua eficácia, e deve incluir a avaliação da estratégia, com base em resultados de monitoramento e medição e nas auditorias internas e externas. 
• Certificação. Quando identificadas como necessária pela empresa, deve ser realizada a auditoria de certificação, externa, por organismo certificador acreditado. 
Com isso, aquela figura do PDCA pode ser interpretada e redesenhada. 
A implementação de uma norma de gestão apresentada acima, é considerada como Sistema de Gestão da Qualidade, no caso da implantação da ISO 9001, Sistema de Gestão Ambiental, no caso da ISO 14001, Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalhado, no caso da OHSAS 18001, e Sistema de Gestão de Responsabilidade Social, nos casos da SA 8000, ou NBR 16001. 
A integração de duas ou mais dessas normas é nomeada como SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO – SIG, ou SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO – SGI. Isto é possível, pois as normas apresentam requisitos comuns, que tornam a integração das normas mais eficiente do que implementar os sistemas de forma independente.
Exercícios 
1) Cite pelo menos uma diferença clara entre as normas de responsabilidade social, SA 8000 e NBR 16001. 
2) Qual das normas abaixo é certificável? 
a) ISO 9000 
b) OHSAS 18002 
c) ISO 14004 
d) ISO 16000 
e) ISO 9001 
3) Faz parte do Planejamento, no ciclo do PDCA aplicado nas normas de gestão: 
a) Realização das Auditorias Internas 
b) Treinamento em softwares do Sistema de Gestão 
c) Monitoramento e Medição 
d) Análise crítica 
e) Levantamento de aspectos e identificação de impactos ambientais.
As respostas dos testes estão no final da Unidade I. 
Nesta aula, conhecemos as normas que integram um sistema de gestão. Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas. Na próxima aula, vamos conhecer as Fases de um Sistema de Gestão baseado no ciclo do PDCA.
Aula 03_Documentação de um Sistema de Gestão
Os documentos de um sistema de gestão são classificados de acordo com o nível de atuação, conforme ilustrado na pirâmide abaixo:
A nomenclatura da documentação varia de acordo com o Manual Organizacional, ou de Gestão, ou de acordo com o documento orientativo de elaboração destes documentos.    Todos estes são documentos elaborados pela empresa durante a implementação do sistema de gestão. 
Outro tipo de documento importante no Sistema de Gestão são os Registros, que comprovam, evidenciam, o atendimento aos requisitos normativos, ou os da Organização, ou outros que a empresa possa ter se comprometido em atender. São geralmente estes tipos de documentos os solicitados por auditores na comprovação do atendimento aos requisitos das normas de gestão. Assim como no caso dos documentos normativos, os registros devem ser gerenciados para garantir sua disponibilidade, preservação, acesso e descarte. Tais documentos devem ser manuseados conforme esses procedimentos, que definem como os documentos normativos e os registros devem ser geridos. De tais documentos normativos, o Manual de Gestão, ou Organizacional, é o que apresenta “o que” a organização faz, com clara definição das partes da organização, seus processos, as interfaces, as atribuições, e os documentos que norteiam o sistema. 
Este documento consolida a estratégia de empresa, com foco em gestão. Seu conteúdo é composto pelos elementos das normas de gestão, explícitos em seus requisitos. Depois do Manual, o documento mais importante é o procedimento gerencial, ou tático, que apresenta o que deve ser feito para que a atividade seja executada dentro dos padrões definidos no manual. 
É um documento baseado em diretrizes para a execução das atividades e complementado por documentos operacionais, que apresentam como a atividade deve ser executada. O importante é que tais documentos devem ser interligados e devem possuir coerência em suas execuções, atentando ao fato de não haver conflitos entre eles. 
Podem existir ainda documentos mais específicos, dependendo da criticidade de uma determinada atividade, ou da importância do produto de alguma atividade, tais como especificações, instruções de uso de equipamentos, ou outros. Logo, podemos verificar que os requisitos organizacionais e das normas são atendidos através da execução destes documentos normativos, comprovados através dos registros gerados durante as execuções. 
Os Requisitos das partes interessadas, incluindo os clientes, devem estar claramente apresentados no Manual Organizacional / de gestão, ou ainda, caso sejam variáveis, através de contratos, ou acordos específicos, como nos casos de gestão de projetos em um sistema de gestão integrado. 
Fato importante é que, independente de existir requisitos normativos a serem executados, uma vez determinado um cumprimento de uma determinada tarefa, ou geração de um produto, através de um documento normativo, este será cobrado durante a avaliação do sistema de gestão. O que está escrito deve ser cumprido, e passa a ser lei.
E por falar em lei, os requisitos legais vigentes devem ser cumpridos, independente de documentação normativa, e serão cobrados conforme norma de gestão, tais como a ISO 14001, e a OHSAS 18001, que definem a exigência de cumprimento das mesmas. 
Esses registros devem ser geridos de mesma formaque os demais registros existentes para comprovação do atendimento aos requisitos de gestão. Já a ISO 14001, em seu item 4.4.4, documentação, apenas define que a documentação do sistema de gestão ambiental deve incluir política, objetivos e metas ambientais, a descrição do escopo do sistema da gestão ambiental, a descrição dos principais elementos do sistema da gestão ambiental e sua interação e referência aos documentos associados, documentos, incluindo registros, requeridos por esta Norma, e documentos, incluindo registros, determinados pela organização como sendo necessários para assegurar o planejamento, operação e controle eficazes dos processos que estejam associados com seus aspectos ambientais significativos. A SA 8000 define, em seu item 9.14, que a empresa deve manter registros apropriados para demonstrar conformidade com os requisitos desta norma.
Exercícios
1. Por que a documentação de um sistema de gestão é a parte mais frágil do
SGI?
2. É um Documento de nível estratégico, num SGI implantado:
a) Norma de Gestão ISO 9001
b) Manual de Gestão
c) Instrução operacional
d) Especificação técnica de produto
e) Registro
3. O que deve conter um Manual de Gestão?
As respostas dos testes estão no final da Unidade I.
Nesta aula, conhecemos a documentação de um sistema de gestão.
Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre a Identificação das Partes
Interessadas.
Aula 04_Identificação das Partes Interessadas
Como vimos até o momento, este é um ponto importantíssimo no Sistema de Gestão, visto que a organização deve realizar diversas atividades tomando como base os requisitos deste grupo. Mas, quem afinal é a parte interessada numa organização? Como podemos definir quais são as partes interessadas? Primeiramente, vamos dividir as partes interessadas em dois: o público interno e o público externo.
Público interno - Composto por toda a força de trabalho, contratados e subcontratados, acionistas e diretores.
Público externo - Formado por todas as comunidades que direta e indiretamente serão atingidas pela atividade fim da organização, incluindo clientes, visitantes, órgãos públicos, associações de moradores, escolas, proprietários, imprensa, representações religiosas e organizações não governamentais.
A identificação deve ser feita para todas as fases, ou processos, da organização, pois o nível de comunicação pode variar ao longo das atividades da empresa. Geralmente, é adotada uma escala para demonstrar o nível de comunicação na referida fase, que pode ser nenhuma, pouca, média ou alta necessidade de comunicação.
Para cada público existem requisitos específicos que devem ser também identificados. Com o mapeamento das partes interessadas, e os devidos graus de comunicação definidos, a próxima etapa é a definição dos requisitos de cada parte interessada identificada.
Os acionistas, investidores e proprietários da organização esperam ver os resultados da empresa, que se refletem em seus valores realizados. Tais requisitos, também definidos como outros requisitos, como veremos mais adiante, são explicitados e documentados em políticas organizacionais, missão e visão, definição e mapa estratégico, código de ética.
Para os clientes, os requisitos são geralmente expostos através das especificações contidas no pedido do produto, bem ou serviço. Para o sucesso da organização, a empresa deve ter foco constante nos requisitos dos clientes, de forma a controlar todo seu processo produtivo, e evitar a possibilidade de insatisfação. Como veremos mais adiante, existe uma interligação entre cliente e fornecedor, com uma dependência entre os dois, e a falha na avaliação de um fornecedor por culminar com a insatisfação do cliente, em virtude de falhas no processo produtivo. Este vínculo é facilmente exemplificado pela definição de processos, onde para se gerar um produto depende de insumos, e, logicamente, se este insumo não possuir a qualidade necessária e devida, o produto possui uma grande possibilidade de apresentar falhas na mão do cliente final.
Como exemplo, uma fábrica de automóveis. Ao comprar um automóvel, você especifica cor, acessórios, tipo, marca etc. Você espera que aqueles requisitos não declarados, mas essenciais, sejam cumpridos, tais como prazo de entrega, qualidade intrínseca do produto, entre outros. Ao receber e andar poucos quilômetros o pneu estoura. Esse transtorno pode custar a satisfação do cliente na compra do veículo. Neste caso, o problema foi causado por um fornecedor para a fábrica de automóveis, e impactou diretamente ao cliente. Isso pode ocorrer também na demora para entrega do veículo. Como acertado na compra do mesmo, esse requisito pode não ser atendido em decorrência de um problema com o fabricante de vidros, que fornece para a fábrica de automóveis. Dessa forma, a importância dos requisitos declarados pelo cliente deve ser refletida nos requisitos para os fornecedores, culminando com ações de controle, tanto de especificação técnica, como também prazo.
Para os trabalhadores, o bem estar dele e da sua família interfere nitidamente no desempenho de suas atividades, e na sua qualidade de vida. Os direitos declarados do trabalhador são os requisitos a serem atendidos, além, claro, daqueles constantes em sua carteira de trabalho, como horário e remuneração. Outros fatores contribuem para a qualidade de vida e impactam na saúde e segurança do trabalhador, como exposição a aspectos e perigos, sem os equipamentos de segurança necessários.
A sociedade, atualmente mais consciente, cada vez aumenta mais suas exigências ambientais e de responsabilidade sociais junto às empresas. Quando falamos sociedade, englobamos a comunidade de uma forma geral, mais as entidades governamentais, associações de classe, empresas seguradoras, ONGs e a mídia.
Logo, ao final de um mapeamento das partes interessadas, teremos:
• Identificação de todas as partes interessadas;
• Grau de comunicação com as partes interessadas em cada fase dos processos de negócios;
• Requisitos declarados e não declarados das partes interessadas.
Mas, qual a diferença entre requisitos declarados e não declarados?
Requisitos declarados são aqueles relacionados ao produto, processo, a gestão organizacional, a política organizacional, a cultura, explicitados de alguma forma em acordos, especificações, procedimentos, legislações, estudos, entre outros. Já os não declarados, são aqueles implícitos, que geralmente não são definidos pelo cliente, fornecedor, sociedade, acionistas, entre outros. São aqueles que cada um espera obter.
Por exemplo, ao ir a uma lanchonete e pedir um hambúrguer, existem os requisitos declarados a serem atendidos, tais como receita, valor, ingredientes, e os não declarados, como prazo para preparo do hambúrguer.
Cada requisito deve ser analisado e processado para que a organização possa verificar como e se consegue atendê-lo, seu custo, o porquê, e definir estratégias para que seja cumprido. Dependendo da Organização, as partes interessadas e seus requisitos podem ser constantes, ou variáveis, como, por exemplo, os casos de empresas de Engenharia, onde cada construção possui requisitos próprios a serem atendidos, cabendo ao sistema de gestão da organização definir como é feita a identificação das partes interessadas, como é feito o plano de comunicação para elas, e a identificação de tais requisitos declarados.
Exercícios
1) Defina Partes Interessadas.
2) Dos públicos listados abaixo, qual pode ser classificado como público Interno?
a) Sociedade.
b) Paisdo Funcionário.
c) O Contratado para realizar um serviço na empresa.
d) ONGs.
e) Imprensa.
3) Cite exemplos de requisitos não declarados voltados à Indústria do Petróleo e Gás.
As respostas dos testes estão no final da Unidade I.
Acabamos de conhecer a Identificação das Partes Interessadas.
Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas. Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre a Gestão por Processos.
Aula 05_Gestão por Processos
Resgatando a primeira aula, na qual analisamos os conceitos de produto, processo e sistema, percebemos queum processo é composto por um conjunto de atividades, ou tarefas, ou etapas. Bem, agora veremos com um pouco mais de detalhe como isso é feito e as influências num sistema integrado de gestão.
Esta fase é de suma importância para todo o desenvolvimento do sistema de gestão, pois nela são identificadas todas as atividades, em nível estratégico, tático e operacional, que asseguram a correta padronização na organização.
Quando falamos em mapeamento de processos numa empresa, sabemos que este será único, diferente de todas as demais empresas que possuem o mesmo tipo de atividade, e dependendo do tamanho da empresa, até mesmo dentro da mesma organização, em setores diferentes. O modelo de processos pode ser detalhado, com ações estratégicas e operacionais, ou menos detalhado, apenas com ações que representem de maneira genérica como a empresa atua. Atualmente, existem diversas ferramentas para a modelagem e gestão dos processos, com interface amigável, e simulação de processos.
Um modelo de processos eficaz apresenta as ações interligadas, com as interfaces internas e externas definidas, as atribuições e responsabilidades mapeadas, os produtos e insumos mapeados, as ferramentas e recursos necessários descritos.
Produção QSMS Comunicação Vendas
 
Os processos mapeados definem a padronização da atividade e permite a elaboração de procedimentos gerenciais e específicos, bem como medidas de controle, monitoramento e medição, tal como a criação de indicadores de processo. Dessa forma, fica muito mais fácil a execução das atividades e seu gerenciamento. Esta fase é o pontapé inicial para a padronização das atividades.
Lembre-se: Com a competência mapeada, sem lacuna alguma, e com o modelo de processos em mãos, o profissional pode executar a ação sem que necessite de auxílio.
Dependendo do tamanho da organização, documentar todos os processos é demorado, custoso e torna o sistema burocrático, pesado. Nestes casos, muitas organizações optam por definirem uma metodologia de identificação de atividades críticas, sendo apenas estas documentadas. Geralmente, as atividades críticas são aquelas que impactam no produto final, nos requisitos legais, nos requisitos das partes interessadas, ao meio ambiente, ou a Saúde e Segurança do trabalhador. Logo, são mapeadas todas as ações macro, ficando apenas detalhadas quando consideradas crítica.
Mas, quais os principais elementos de um processo?
Um processo agrega valor ao negócio, e para que isso seja possível, ele transforma um determinado insumo, disponibilizado por um fornecedor, em um produto, que será entregue a um cliente, interno ou externo à organização. Essa ação, ou processo, é desempenhado seguindo regras e controles previstos, e precisa de ferramentas e recursos para que seja desempenhado com eficácia.
Os processos podem ser apresentados nos procedimentos operacionais, ou em sistemas próprios, especializados em gestão por processos, como o ARIS, BPWIN, entre outros, e podem ser mapeados utilizando como metodologia as definições e conceitos IDEF, UML, EPC, entre outros. Independente da forma como será mapeado e o grau de detalhamento, os objetivos são os mesmos, identificar as atividades críticas passíveis de padronização, definir com clareza a razão do processo, os clientes e fornecedores, especificar os produtos, identificar os insumos, as ferramentas e os recursos necessários e estabelecer controles para garantir a qualidade no desempenho das ações.
Os processos podem ser classificados, também, conforme sua posição:
1) Processos de Negócio. São os processos presentes na cadeia de valor principal e os desempenhados para atingir o objetivo final da empresa. São aqueles que agregarão valor e finalmente entregarão o produto ao cliente final. Todos os processos constantes nesta cadeia são considerados críticos e devem ser padronizados.
2) Processos de Apoio ou de Recursos. São os processos da cadeia de valor secundário, e, apesar de possuírem energia semelhante aos processos da cadeia de valor principal, são ações desempenhadas para auxiliar a execução de outros processos.
3) Processos de Gestão ou de Controle. Assim como os de Apoio, ou Recursos, estes processos são inseridos na cadeia de valor secundária e definem e controlam as regras para que as atividades da cadeia de valor principal realizem suas tarefas, considerando os requisitos legais e da organização, entre outras igualmente importantes.
Exercícios
1) Relacione alguns benefícios no detalhamento dos processos, num mapeamento.
2) São elementos num modelo de processos:
a) Insumos.
b) Fornecedores.
c) Procedimentos.
d) ONGs.
e) Diretoria.
3) Qual a diferença entre Cadeia de Valor Principal e Cadeia de Valor Secundária?
As respostas dos testes estão no final da Unidade I.
Conhecemos a Gestão por Processos. Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas. Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre a Estratégia no Sistema de Gestão.
Aula 06_A Estratégia no Sistema de Gestão
A primeira grande etapa na implantação de um sistema de gestão é a definição da estratégia da organização, na gestão de seu negócio. Neste momento, Macro processos, diretrizes organizacionais, código de ética, BSC e outros documentos estratégicos são levados em consideração durante o processo de definição da POLÍTICA DE GESTÃO, primeiro grande documento estratégico da organização, no sistema de gestão. Nele estão descritos as intenções e princípios da empresa e disponibilizados ao público de interesse. No caso de um sistema de gestão integrado, as políticas de gestão podem ser estabelecidas de forma separada, de acordo com cada norma de gestão associada, ou em conjunto, considerando todos os requisitos específicos de cada norma.
Os Objetivos da Organização são extraídos da Política de Gestão e definidos como aonde a organização quer chegar. Logo, reduzir a emissão de poluentes, satisfazer os requisitos do cliente, realizar campanhas de saúde, todos estes são exemplos de objetivos, que são sempre acompanhados de Metas onde são estabelecidos valores a qual a empresa deseja chegar. Um objetivo não define o quanto devemos alcançar nem quando, e por isso deve ser complementado com as metas. São exemplos de metas, reduzir 70% da emissão de poluentes (fumaça preta) dos veículos à diesel em até 1 ano, ou, ainda, realizar 3 programas de saúde por mês, ou, ainda, ter 90% de aderência da força de trabalho nas campanhas de segurança do trabalho ao mês.
Os Programas, ou Planos de ação, são as formas que a organização irá atingiras metas determinadas. Constam nestes programas: quem irá fazer (responsabilidade), quando (de acordo com e meta), como (a ação em si), onde (setor da organização ou unidade organizacional), e quanto irá custar essa tarefa específica (poucas empresas custeiam essas atividades). Na verdade é um plano de ação baseado na técnica 5W2H (who, when, what, why, while, how, e how much), como apresentaremos mais adiante.
Todos estes documentos estratégicos são relacionados e declarados no Manual da Organização ou de Gestão. Neste documento são respondidas as questões aonde a Organização quer chegar, e até onde pode chegar. Os Macro processos também constituem, dentro de uma mapeamento de processos, o nível estratégico do modelo, que define todas as atividades da empresa e suas inter-relações, devendo estar inserido no Manual Organizacional ou de Gestão. Enfim, no Manual de Gestão devem estar relacionados todos os elementos de gestão apresentados nas normas implantadas.
O que, ou quem é a Alta Administração, ou Alta Direção?
Conforme definido pela ISO 9000, é a pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma Organização no mais alto nível.
Mas, qual o papel da Alta Administração ou Alta Direção?
Consiste em:
- estabelecer e manter a política de gestão e seus objetivos;
- promover a política de gestão em toda a Organização;
- assegurar foco nos requisitos do cliente e das partes interessadas;
- assegurar o desempenho dos processos, de forma a atingir as necessidades
  dos clientes e partes interessadas;
- garantirque o sistema de gestão seja estabelecido, implementado e mantido;
- garantir a disponibilidade de recursos;
- analisar criticamente o sistema de gestão periodicamente;
- decidir sobre ações a serem adotadas no nível estratégico da Organização;
- decidir sobre ações para a melhoria contínua do sistema de gestão.
De acordo com as normas de gestão, uma definição estratégica importante é a nomeação do REPRESENTANTE DA ADMINISTRAÇÃO, ou da DIREÇÃO.
Mas, quem é essa figura no Sistema Integrado de Gestão?
Um RA, ou RD, como chamaremos a partir de agora, é indicado pela Alta Administração, e, independente de suas funções normais, tem responsabilidade e autoridade para:
- assegurar que os processos estabelecidos para a manutenção do Sistema de
Gestão sejam estabelecidos, aplicados, e mantidos.
- relatar à alta administração o desempenho do sistema de gestão e qualquer
necessidade de melhoria por ele identificado.
- assegurar a promoção da conscientização sobre os requisitos dos clientes e
das partes interessadas em toda a Organização.
Exercícios
1) Qual o conteúdo de uma Política de Gestão?
2) Qual a diferença entre Objetivo, Meta e Programa?
3) Qual a função de um Representante da Direção?
As respostas dos testes estão no final da Unidade I.
Acabamos de conhecer a Estratégia no Sistema de Gestão. Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas. Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre Aspectos e Impactos ambientais, e Perigos e Riscos à saúde e à segurança do trabalhador.
Aula 07_Aspectos e Impactos Ambientais, e Perigos e Riscos à Saúde e à Segurança do Trabalhador
As normas ISO 14001 e OHSAS 18001 determinam, em seus requisitos, o levantamento de aspectos ambientais e os perigos ao trabalhador. Esses levantamentos são realizados tomando como base as atividades e áreas da organização. Mas, o que são aspectos e impactos ambientais, e perigos e danos?
Aspectos ambientais são todas as interações no desempenho das atividades com o meio ambiente, e os impactos ambientais são os efeitos que esses aspectos identificados podem ocasionar, na sua ocorrência, podendo ser positivo ou negativo. Uma atividade pode ter um ou mais aspectos, e cada aspecto pode ter um ou mais impacto ambiental.
Polos Industriais e/ou grandes indústrias degradam o meio ambiente, com os aspectos de poluição do ar, da água e do solo, geração de resíduos e conflitos de interesse com a comunidade. Ainda, na atividade de prospecção e exploração de petróleo e gás natural, podemos ter contaminação de águas subterrâneas e desmatamento. Veremos mais abaixo uma tabela com exemplos de aspectos e impactos ambientais relacionados à Indústria do Petróleo e Derivados.
Assim como os aspectos e impactos ambientais, os perigos e danos são identificados, mas com foco no trabalhador, meio ambiente interno e organização. Perigo é a fonte, situação ou atividade com potencial para provocar danos em termos de lesões pessoais ou doenças das pessoas. Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência de um determinado evento ou exposição e a severidade das lesões pessoais ou doenças que podem ser causadas por este evento ou exposição. Dano é a consequência do efeito da atividade.
São exemplos de Aspectos e impactos, perigos e danos:
A Organização deve manter um procedimento para levantamento e identificação desses aspectos, impactos, perigos e danos, devendo considerar:
a. atividades rotineiras e não rotineiras;
b. atividades de todas as pessoas que têm acesso aos locais de trabalho (incluindo contratados e visitantes);
c. conduta, competências e outros fatores humanos;
d. identificação dos perigos com origem externa ao local de trabalho capazes de afetar adversamente a saúde e à segurança das pessoas sob controle da organização nos locais de trabalho;
e. perigos originados nas cercanias do local de trabalho a partir de atividades
relacionadas sob controle da organização, e aspectos relacionados à interação das atividades com o meio ambiente externo;
f. infraestrutura, equipamentos e materiais nos locais de trabalho, disponibilizados pela organização ou terceiros;
g. alterações ou propostas de alterações na organização, em suas atividades ou materiais;
h. modificações no sistema de gestão, incluindo-se alterações temporárias e seus impactos nas operações, processos e atividades;
i. qualquer obrigação legal aplicável relacionada;
j. o projeto das áreas de trabalho, processos, instalações, maquinários, equipamentos procedimentos operacionais e organização do trabalho, incluindo-se suas adaptações às capacidades humanas.
Neste procedimento, além da identificação, os impactos ambientais e danos devem ser mensurados e classificados de forma a apresentarem um grau de significância. Cada empresa define, em seu sistema de gestão, sua metodologia para classificação dessa significância, devendo apenas considerar uma matriz de tolerabilidade, que meça a importância do Impacto/Dano, a associação com os requisitos legais aplicáveis, e outros que a organização tenha definido. Abaixo dois exemplos dessa classificação, sobre um impacto ambiental comum às organizações, não significativo, e outro, significativo:
Quando o registro for classificado como significativo, a organização deve estabelecer as medidas de controle cabíveis, que possam minimizar os impactos e danos. Geralmente, são implementados procedimentos de controle operacional, que padronizam a atividade, com diretrizes para diminuição do aspecto, ou, caso seja inviável, o controle dos impactos gerados. Mas, o que é certo é a manutenção das evidências de aplicação das medidas de controle, garantindo o comprometimento com os requisitos da Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde do trabalhador.
Com o procedimento em mãos, a organização então prepara a sua Planilha de Aspectos e Impactos, Perigos e Riscos, e, por boa prática e organização, divide tal planilha conforme a área, ou setor, ou processo, facilitando a disponibilização e comunicação dos aspectos e impactos, perigos e riscos de cada atividade desempenhada pelo colaborador.
Como veremos na próxima aula, podem existir requisitos legais associados aos aspectos e perigos das atividades desempenhadas, cabendo ao gestor o tratamento e evidência de tais requisitos.
Exercícios
1) O que são Aspectos Ambientais e Perigos?
2) Cite exemplos de aspectos e impactos ambientais, perigos e danos, não presentes nos exemplos citados neste livro.
3) Seria uma medida de controle, para o aspecto CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA:
a) Realizar coleta seletiva.
b) Elaborar um Plano de Manutenções preditivas da Estação de Tratamento de
Efluentes.
c) Realizar uma Campanha de redução de consumo.
d) Diminuir a iluminação dos locais de execução de atividades da organização.
e) Não pagar a conta de luz.
As respostas dos testes estão no final da Unidade I.
Conhecemos Aspectos e Impactos ambientais, e Perigos e Riscos à saúde e à segurança do trabalhador. Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas. Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre Requisitos Legais e Outros.
Aula 08_Requisitos Legais e Outros
As normas ISO 14001, e OHSAS 18001, estabelecem, em seu requisitos, a necessidade de identificação e acesso aos requisitos legais aplicáveis as atividades desempenhadas pela empresa. Além de identificar, a empresa deve monitorar o cumprimento, visando garantir a conformidade com esses requisitos. Conforme visto no capítulo anterior, os requisitos legais devem ser associados aos aspectos ambientais e perigos a saúde e segurança do trabalhador.
O que muitas organizações fazem é procurar empresas especializadas nessa identificação de requisitos legais, visto que o conjunto de leis é muito vasto, e engloba as esferas Federal, Estadual e Municipal.
Como existe o requisito nas normas de gestão para essa identificação, faz-se necessária a documentação formal da sistemática de identificação, e monitoramento, tanto da aplicação de tais requisitos legais, como da verificação das atualizações, e novas leis.
Fato! Os requisitos legais devem ser atendidos, e caso aindanão estejam, devem ser acordados com os órgãos públicos para que sejam.
No caso da Gestão de segurança e saúde do trabalhador, existem normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, além de Portarias, Resoluções e Instruções Normativas de outros Ministérios e Órgãos Federais.
Segue abaixo exemplo de tais normas regulamentadoras:
A Responsabilidade Civil Ambiental
Dano Ambiental e o dever de reparação – Dano Ambiental é o prejuízo ao meio ambiente, incluindo os recursos ambientais, com o impacto ambiental adverso, produzido pela ação ou omissão de terceiros. Os infratores estarão sujeitos as sanções penais e administrativas, independente de ter que reparar o dano causado. No Brasil, o dano ambiental é classificado como público ou privado, sendo o público cobrado por ação civil pública, com indenização destinada a um fundo, e o privado, onde a indenização é voltada à recomposição do patrimônio individual. Valorar tal dano é muito difícil, pois é complicado mensurar a extensão dos danos causados ao meio ambiente.
Independência de culpa: Modalidade de Risco Integral – Quando há um dano ambiental, o princípio a ser aplicado é o da responsabilidade objetiva, ou seja, a Independência de culpa. O ponto a ser focado é o risco integral envolvido no dano. Conforme Constituição Federal, não se verifica a conduta do poluidor, mas sim o impacto adverso causado. A responsabilidade objetiva é baseada em três fatos: a ação ou omissão do poluidor; a existência do evento causador do dano; e por último, a relação entre a ação do poluidor, e o evento causador do dano.
A Inversão do ônus da prova na ação civil – esta é consequência da aplicação da responsabilidade objetiva. Como não há discussão do culpado, mas sim do risco, o ônus da prova passa a ser de quem sofre a ação, ou seja, do acusado. Cabe ao poluidor provar que sua atividade não foi a causadora do impacto adverso.
A Irrelevância da Licitude – esta é outra consequência da responsabilidade objetiva, sem a busca de culpados. Neste caso, defende-se a causa ao apresentar a autorização de funcionamento da organização, incluindo a atividade causadora do impacto adverso, emitida pela Administração Pública. Com a atividade sendo executada dentro dos parâmetros legais, e devidamente autorizada, impede-se que seja aberta uma ação civil publica contra a organização. Neste caso, somente é considerada a potencialidade do dano no sentenceamento da ação, e não sua licitude.
Irrelevância do caso fortuito, força maior, ou fato de terceiro – esta é mais uma consequência da responsabilidade objetiva. A modalidade risco integral não permite excludentes. Logo, o dano ambiental adverso constatado, seja por
falha humana ou técnica, própria ou de terceiros, por obra do acaso, ou por força maior, o empreendedor responde pelos danos causados. Este, por sua vez, pode envolver o verdadeiro causador, quando envolver terceiros. Como visto, o poluidor assume todos os riscos de suas atividades, de forma integral.
A Solidariedade Passiva – Bem, como vimos até o momento, a responsabilidade primária é do empreendedor que executou a atividade geradora do impacto ambiental adverso. O empreendedor deve cuidar para que o desempenho de sua atividade não gere tal impacto. Quando há mais de um empreendedor envolvido, pode ser exigida a reparação por mais de um empreendedor. Quando num pólo industrial acontece um dano ambiental, sem a identificação do causador, pode ser exigida que todas as empresas reparem o dano, de forma solidária.
A Responsabilidade Civil pessoal do profissional - conforme resolução 1 do CONAMA, de 23/01/98, ao cuidar dos Estudos de Impacto Ambientais (EIAs), estabeleceu que estes devem ser executados por equipes multidisciplinares
habilitadas, não dependentes direta ou indiretamente dos proponentes dos projetos, que responderão tecnicamente pelos resultados apontados.
Os Outros requisitos, a qual as normas determinam que sejam apontados e seguidos, são os requisitos a qual a organização tenha compromisso no atendimento, ou aqueles definidos em acordos com clientes, órgãos públicos, ONGs, etc. São exemplos de Outros requisitos, o código de ética e conduta da organização, os requisitos do cliente, acordos específicos com clientes, ou órgãos, Compromissos de atendimento, como o de redução de emissão de CO2, compromisso no atendimento da Agenda 21, entre outros. Tais requisitos também devem ser relacionados aos aspectos ambientais e perigos, e podem, tornar um registro significante.
Exercícios
1) O que define as normas de gestão quando o assunto é Requisitos Legais?
2) Quais as consequências da modalidade de Risco Integral?
3) Cite exemplos de outros requisitos.
As respostas dos testes estão no final da Unidade I.
Conhecemos Requisitos Legais e Outros. Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas. Chegamos ao Final da Primeira Unidade!
Aula 09_Gestão de Recursos
Este item deve ser considerado importantíssimo na manutenção de um sistema de gestão, pois aqui são definidos todos os recursos, seja material, financeiro, humano, instalação ou infraestrutura, e estes devem ser definidos e garantidos pela Alta administração.
Tais recursos são baseados principalmente na identificação de Competências necessárias para desempenhar as atividades mapeadas, nas Conscientizações necessárias na implementação e ao longo da manutenção do sistema de gestão, nos Treinamentos, quando identificadas lacunas de competência, na garantia da Comunicação; item mais problemático numa gestão de projetos, como, por exemplo, nas Ferramentas necessárias, tais como os sistemas (softwares) significativos para a garantia da aplicação de alguns requisitos, como ferramentas de tratamento de não conformidades, de realização de reuniões, de gestão de processos, entre muitas outras existentes no mercado, nos Equipamentos a serem adquiridos e mantidos, como microcomputadores, sistemas de comunicação, etiquetadoras, entre outros, na necessidade de Instalações e Ambientes adequados para o desempenho das atividades mapeadas.
As normas de gestão definem em seus requisitos:
Item 4.4.1 da ISO 14001:
A administração deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema da gestão ambiental. Esses recursos incluem recursos humanos e habilidades especializadas, infra-estrutura organizacional, tecnologia e recursos financeiros.
Já a OHSAS 18001, em seu item 4.4.1, define que a responsabilidade final pelo sistema de gestão de SST é da alta administração, cabendo a mesma assegurar a disponibilização dos recursos necessários.
A ISO 9001 define em seu item 5.1 – Comprometimento da direção, que: “A Alta Direção deve fornecer evidência do seu comprometimento com o desenvolvimento e com a implementação do sistema de gestão da qualidade, e com a melhoria contínua de sua eficácia (...)”, ,completando com a alínea e): “assegurando a disponibilidade de recursos.”
Na NBR 16001, em seu item 3.3.4, define:
A Alta Administração deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema da gestão da responsabilidade social. Os recursos abrangem recursos humanos, qualificações específicas, tecnologia, recursos de infraestrutura e recursos financeiros.
Vale ressaltar que devem estar incluídas, na definição dos recursos, as atividades inerentes ao controle operacional, tanto de Meio Ambiente, quanto de Saúde e Segurança e Responsabilidade Social, e os recursos necessários à garantia da satisfação dos clientes e partes interessadas.
Exercícios
1. Marque a resposta correta. Os recursos são baseados principalmente:
a) No dinheiro investido pela alta administração.
b) Nos lucros advindos da venda dos produtos.
c) Na identificação de Competências necessárias.
d) Nas Auditorias de Certificação.
2. Das alternativas abaixo, qual é a melhor opção para completar a frase:
Devem estar incluídas na definição dos ________, as atividades inerentes ao controle operacional, tanto de Meio Ambiente, quanto de Saúde e Segurança eResponsabilidade Social, e os recursos necessários à garantia da _______________ e ________________.
a) Clientes, Qualidade, Sustentabilidade.
b) Treinamentos, Competência, Lucratividade.
c) Equipamentos, Conformidade, Sucesso.
d) Recursos, Clientes, Partes Interessadas.
e) Recursos, Lucratividade, Sustentabilidade.
As respostas dos testes estão no final da Unidade II.
Acabamos de conhecer a Gestão de Recursos.
Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas.
Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre Treinamento, Conscientização e Competência.
Aula 10_Treinamento, Conscientização e Competência
Quando falamos em execução de atividades, pensamos em pessoas. Ainda que exista uma automação de determinados processos, haverá a relação das atividades com pessoas, responsáveis pela execução, com conhecimentos e habilidades satisfatórias para esta execução, e, em muitos casos, até mesmo são consideradas as atitudes, necessárias para garantir o sucesso do processo.
Como estabelece as normas de gestão, a organização deve definir as atribuições, responsabilidade, e autoridades para as atividades mapeadas e constantes do sistema de gestão. Paralelamente, deve haver um mapeamento das competências necessárias para o desempenho dessas atividades identificadas e relacionada com as funções existentes na empresa. Ao final desses levantamentos, a organização será capaz de identificar quais profissionais devem ser treinados, de forma a eliminar as lacunas identificadas nesse relacionamento entre a competência necessária e a competência levantada, inerentes às atividades e funções.
Durante este mapeamento de competências, a organização já identifica quais são os treinamentos necessários para assegurar a conscientização da força de trabalho nos itens críticos do sistema de gestão, tais como as práticas de SMS e de Responsabilidade Social pertinentes às atividades de cada um. Além disso, a Política de gestão da companhia deve ser entendida por todos que participam das atividades mapeadas no sistema de gestão.
Não há como negar que este capítulo e o anterior têm ligação, pois a falta de recursos inviabiliza a execução das atividades. Aliás, qual item não dependeria de Recursos garantidos pela alta administração? Se respondeu Nenhum, parabéns! Assim, você pode notar o quão importante é a participação e envolvimento da alta administração no sistema.
Logo, e evidentemente, a organização precisa documentar todas estas necessidades em matriz de competências, de atribuições e responsabilidades, de treinamento, de identificação de lacunas de competência.
Pense sempre, e leve consigo: a eficácia do sistema de gestão implementado na organização depende de minha competência, e do meu empenho. E, por isso, a organização, além de manter os registros definidos acima, mantém também os procedimentos que padronizam esta atividade, de forma a assegurar a identificação das competências, o treinamento, quando necessário, a identificação de lacunas de competência, e, por fim, a manutenção dos registros adequados, de treinamentos e capacitações.
A norma OHSAS 18001 define em seu item 4.4.1 os requisitos para responsabilidades e autoridades, envolvendo a alta administração, que deve assegurar a definição de funções, obrigações e responsabilidades, além de delegar autoridades, para facilitar a gestão de SST, devendo estar documentados e comunicados. Além disso, é neste momento que é nomeado formalmente o Representante da Administração, ou da Direção, discutido na Unidade anterior, e o Representante dos Empregados, conforme item 4.4.3.2 da OHSAS 18001, que define que os trabalhadores devem ser informados sobre os seus acordos de participação, incluindo-se quem é seu representante de SST. Já em seu item 4.4.2, define que a organização deve assegurar que qualquer pessoa que esteja sob seu controle e realize tarefas seja competente com base na formação, treinamento ou experiência, devendo reter os registros associados.
A organização deve identificar as necessidades de treinamento associadas com seus riscos de SST e seu sistema da gestão de SST, prover treinamento ou tomar outra ação para atender a essas necessidades, avaliar a efetividade destes treinamentos e ações tomadas, e manter os registros associados. Deve ainda estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para conscientização dos riscos das atividades e atitudes realizadas pelo trabalhador, de suas funções e responsabilidades, e da importância de atender o Sistema de Gestão.
A SA 8000, em seu item 9.5, define:
A empresa deve assegurar que os requisitos desta norma sejam entendidos e implementados em todos os níveis da organização; os métodos devem incluir, mas não estão limitados à clara definição de papéis, responsabilidades e autoridade; treinamento de empregados novos e/ou temporários quando da contratação; treinamento periódico e programas de conscientização para os empregados existentes.
A ISO 14001 define em seu item 4.4.1: “Funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e comunicadas visando facilitar uma gestão ambiental eficaz.”. Ainda neste item, formaliza a necessidade de um representante da administração, e em seu item 4.4.2 define:
A organização deve assegurar que qualquer pessoa que, para ela ou em seu nome, realize tarefas que tenham o potencial de causar impacto(s) ambiental(is) significativo(s) identificados pela organização, seja competente com base em formação apropriada, treinamento ou experiência, devendo reter os registros associados.
E assim, como definido pela OHSAS 18001, também deve identificar as necessidades de treinamento, só que associadas aos aspectos ambientais e requisitos ambientais do sistema de gestão, sendo igualmente necessária a elaboração de procedimento de conscientização. Estes procedimentos são geralmente integrados, para atender a todas as normas de gestão.
Já a ISO 9001 define em itens separados a responsabilidade e autoridade (5.5.1), a necessidade de um Representante da Direção (5.5.2) e a Gestão dos recursos humanos (6.2), estabelecendo os requisitos de competência, treinamento e conscientização em seu item 6.2.2. Dos requisitos, parecidos com os das demais normas de gestão, destacamos apenas a necessidade de avaliação da eficácia das ações executadas em Competência, treinamento e conscientização. Este requisitos são importantes e dificilmente executados com efetividade nas organizações.
A NBR 16001 define estes requisitos no item 3.3.4 (recursos, regras, responsabilidade e autoridade), e 3.4.1 (competência, treinamento e conscientização).
Exercícios
1. Como estabelecido nas normas de gestão, o que deve ser definido para cada atividade mapeada?
a) Atribuições, Responsabilidade e Autoridades.
b) Recursos, Controles e Treinamentos.
c) Atribuições e Representantes.
d) Gestores.
e) Profissionais, Competências e Gestores.
2. Qual das funções abaixo é nomeada nesta fase do sistema de gestão?
a) Diretor de Gestão.
b) Líder de Gestão.
c) Representante do Sindicato.
d) Representante da Direção.
e) Auditores Internos.
As respostas dos testes estão no final da Unidade II.
Nessa aula, conhecemos Treinamento, Conscientização e Competência.
Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas.
Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre Comunicação.
Aula 11_Comunicação
Num sistema de gestão, assim como em gestão de projetos, a comunicação deve estar bem definida, em todas as fases do sistema de gestão e em todos os níveis da organização. Uma falha no processo, ou fluxo, de comunicação pode ocasionar consequências adversas, que vão desde uma simples não conformidade a um acidente de imagem da organização.
Outra definição importante no sistema de gestão é como devem ser tratadas as reclamações de todas as partes interessadas, interna ou externa à organização. Um sistema eficaz de recebimento e resposta deve ser definido para que não haja insatisfação.
A NBR 16001 apresenta estas diretrizes em seu item 3.4.2 (comunicação), ressaltando que a organização deve estabelecer, implementar e manterprocedimentos que assegurem a comunicação, conforme parágrafos anteriores.
Já a ISO 9001, define em seu item 5.5.3 a comunicação interna, com necessidade de eficácia na comunicação, e em seu item 7.2.3 a comunicação com o cliente. A norma define que a organização deve determinar e implementar providências eficazes para se comunicar com os clientes com relação a informações sobre o produto, tratamento de consultas, contratos ou pedidos, incluindo emendas, e realimentação do cliente incluindo suas reclamações.
Na ISO 14001, o item 4.4.3 (comunicação), além de definir a necessidade de tratamento das comunicações oriundas das partes interessadas externas e comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização, define que a organização deve decidir se realizará a comunicação externa de seus aspectos ambientais significativos, cabendo documentar sua decisão. Se decidir comunicar, a organização deve definir a sistemática para esta comunicação externa.
A SA 8000 trata sua comunicação externa em seu item 9.12, definindo que sejam estabelecidos e mantidos procedimentos para comunicar regularmente as partes interessadas, com peculiaridade, para que quando solicitado em contrato, informações similares e acesso devem também ser oferecidos aos fornecedores e subcontratados da empresa, através da incorporação de tal requisito aos contratos de compra da empresa.
A norma OHSAS 18001 traz uma peculiaridade, além dos requisitos de comunicação definidos em seu item 4.4.3.1. Primeiramente, o procedimento deve contemplar a comunicação com contratados e outros visitantes ao local de trabalho, mas a peculiaridade referida é seu item 4.4.3.2, que define Participação e Consulta.
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para:
a) Participação dos trabalhadores através de:
· envolvimento apropriado na identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de controles;
· envolvimento apropriado na investigação de acidentes;
· envolvimento e análise crítica das políticas e objetivos de SST;
· consulta onde houver quaisquer alterações que afetem a sua SST;
· representação em questões de SST.
Os trabalhadores devem ser informados sobre os seus acordos de participação, incluindo-se quem é o seu representante em assuntos de SST.
b) consulta a contratados onde houver quaisquer alterações que afetem a sua SST.
A organização deve assegurar que, quando apropriado, as partes interessadas externas relevantes sejam consultadas sobre assuntos pertinentes de SST.
Exercícios
1. Como devem ser tratadas as reclamações das partes interessadas?
a) Através de um sistema eficaz de recebimento e resposta, com responsabilidades e autoridades definidas.
b) Devem ser respondidas sem necessidade de registros.
c) Devem ser registradas e respondidas quando pertinentes.
d) Através de um programa de respostas automáticas aos problemas conhecidos pela organização.
e) Através de um sistema eficaz de atendimento ao consumidor.
2. Conforme OHSAS 18001, item 4.4.3.2, Participação e Consulta, os trabalhadores devem participar no seguinte processo:
a) Comunicação externa.
b) Auditoria Interna.
c) Investigação de acidentes.
d) Vendas.
e) Definição da Política de Gestão.
As respostas dos testes estão no final da Unidade II.
Conhecemos, nesta aula, Comunicação.
Participe do espaço interativo e esclareça possíveis dúvidas.
Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre Controle de Documentos.
Aula 12_Controle de Documentos
O principal e mais crítico elemento de um sistema de gestão é a sua documentação escrita. Vários são os fatores que afetam a qualidade de tal documentação, dentre as quais destacamos o controle desses documentos, desde a elaboração ao descarte, o conhecimento dos colaboradores e a padronização e modelo de elaboração de documentos do sistema.
A gestão dos documentos é a base de um sistema consistente, envolvendo elaboração, aprovação, revisão, distribuição, disponibilização e comunicação, não podendo esquecer da garantia de uso destes documentos em sua revisão mais atual, ou quando obsoletos, de forma instrutiva apenas.
Esta é a parte mais frágil de um SGI. Mas por quê? Um Sistema de Gestão é composto por Documentos que evidenciam o atendimento aos requisitos das normas de gestão. Estes documentos devem ser disponibilizados nos locais de realização das atividades, na revisão mais atual. O que acontece na realidade é a existência de documentos obsoletos nos locais de trabalho, não para uso de agregação de conhecimento, mas para uso no desempenho da atividade. Nos sistemas de controle de documentos informatizados, os usuários geralmente imprimem os documentos e o utilizam. Quando há uma revisão neste documento, apesar de o usuário receber a mensagem de revisão, ele continua a usar o procedimento impresso anteriormente, culminando em uma Não conformidade. Quando o sistema possui documentação física, pode ocorrer também uma falha na distribuição dos documentos em sua última revisão, gerando, da mesma forma, uma não conformidade por controle de documentos.
A ISO 9001, através do item 4.2.3, a ISO 14001, através do item 4.4.5, a OHSAS, através do item 4.4.5, e a NBR 16001, através do item 3.5.3, controle de documentos, define que os documentos requeridos pelo sistema de gestão devem ser controlados. Um procedimento documentado deve ser estabelecido para definir os níveis de controles necessários para aprovar, analisar criticamente e atualizar, assegurar que as alterações e a situação da revisão atual sejam identificadas, assegurar que as versões pertinentes estejam disponíveis nos locais de uso, assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis, assegurar que documentos de origem externa determinados pela organização como necessários sejam identificados e controlados, e evitar que sejam utilizados documentos obsoletos, quando não há pretensão de usá-los como agregação de conhecimento.
Registros, como vimos na unidade anterior, são estabelecidos para prover evidência de conformidade aos requisitos das normas de gestão e a legislação vigente, e devem ser controlados, como veremos mais adiante.
Exercícios
1. Das alternativas abaixo, qual não reflete a gestão de documentos?
a) Disponibilização.
b) Comunicação.
c) Elaboração.
d) Aprovação.
e) Transferência.
2. De acordo com as normas de gestão, um procedimento documentado
deve ser elaborado para:
a) Definir os níveis de controle necessários.
b) Garantir o descarte dos documentos.
c) Escolher o representante do controle de documentos.
d) Dar permissão de leitura a todos os documentos ao auditor interno.
e) Garantir a revisão dos registros.
As respostas dos testes estão no final da Unidade II.
Conhecemos Controle de Documentos.
Na próxima aula, discutiremos um pouco sobre Controle Operacional.
Aula 13_Controle Operacional
As organizações, no desempenho de suas atividades, interagem com o meio ambiente interno e externo, onde identificamos os aspectos ambientais e de responsabilidade social, e os perigos à saúde e à segurança do trabalhador. Estas atividades associadas aos aspectos e perigos devem ser planejadas para que não haja impactos e danos significativos. Este planejamento é feito através da implementação e manutenção de procedimentos documentados, das atividades críticas, da definição de critérios operacionais nos procedimentos documentados, e da definição e revisão periódica de planos de contingência para as situações em que houver potencial de danos e impactos.
Em SST, ainda deve haver controle sobre a compra de bens, equipamentos e serviços, e controles relacionados a contratados e outros visitantes ao local de trabalho.
Como exemplo de atividades, temos o acesso de visitantes à organização, à entrada e saída de fornecedores, a execução de serviços terceirizados, o tratamento de efluentes industriais, o controle de manutenção de veículos automotores, fiscalização de obras, construção de estruturas metálicas, trabalho em altura, entre outros.
Das normas de gestão, apenas a ISO 9001 e a SA 8000 não possuem requisitos

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