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Anatomia da Coluna Vertebral - Medicina Veterinária

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- A coluna vertebral é formada por uma série de ossos 
chamados vértebras. Ela consiste em uma cadeia 
mediana, ímpar, sólida e flexível de ossos curtos e 
irregulares que se estendem do crânio (fornece os 
movimentos da cabeça) até a extremidade da cauda (tem 
início no forame magno no crânio e término no canal 
sacral); 
- Sustenta o tórax e os órgãos principais da circulação, 
da respiração e da digestão; assume a função central 
como parte do sistema locomotor ao formar uma ponte 
entre os membros torácicos e os membros pélvicos; 
- As modificações apresentadas pelas vértebras e a 
parte do corpo na qual estão inseridas permitem a divisão 
da coluna vertebral em cinco regiões: cervical, torácica, 
lombar, sacral e caudal; 
 
- Embora as vértebras das diferentes regiões cumpram 
funções diferentes e apresentem características 
próprias, todas elas compartilham uma estrutura básica: 
corpo, arco e processos; 
 
 
CORPO 
- O corpo é a massa ventral prismática ou cilíndrica sobre 
a qual se assentam as outras partes; 
- Apresenta uma extremidade cranial convexa e uma 
extremidade caudal côncava, que se inserem nas 
vértebras adjacentes por discos intervertebrais 
fibrocartilaginosos; 
- A face dorsal do corpo da vértebra é marcada por 
sulcos longitudinais, forames nutrícios e uma ondulação 
mediana para a fixação de ligamentos (entra na formação 
do canal vertebral). A face ventral possui a crista ventral, 
que varia em tamanho dependendo da região da coluna 
vertebral; 
 
ARCO 
- O arco vertebral ou arco neural se forma sobre a face 
dorsal do corpo vertebral e, desse modo, delimita um 
forame vertebral; 
- Os forames vertebrais de cada vértebra constituem o 
canal vertebral, que abrange a medula espinal, suas 
meninges, os nervos espinais, os vasos sanguíneos e o 
tecido conectivo; 
- Cada arco é composto por dois pedículos laterais. As 
bases dos pedículos apresentam incisuras. Quando 
vértebras sucessivas se articulam, as incisuras de cada 
um dos lados das vértebras adjacentes delineiam os 
forames intervertebrais; 
- No sentido dorsal, a maior parte dos arcos vertebrais 
se encaixa sem deixar espaços, mas há três locais na 
coluna vertebral onde se forma um espaço interarcos 
(entre os arcos das vértebras adjacentes). Tais espaços 
têm importância clínica, pois possibilitam acesso ao canal 
vertebral para injeções ou para obter amostras do líquido 
cerebrospinal; 
 
- Esses espaços são o espaço atlanto-occipital (entre o 
osso occipital e o atlas), espaço atlantoaxial (entre o atlas 
e o áxis) e o espaço lombossacral (entre a última vértebra 
lombar e o sacro); 
PROCESSOS 
- Cada vértebra apresenta uma determinada quantidade 
de processos para a fixação de músculos e ligamentos e 
para a articulação com as vértebras adjacentes. Os 
seguintes processos podem estar presentes: 
- Um processo dorsal ou espinhoso na linha mediodorsal 
do arco vertebral; 
- Quatro processos articulares, dois na extremidade 
cranial e dois na extremidade caudal. Apresentam 
superfícies articulares adaptadas àquelas das vértebras 
adjacentes e a superfície restante é rugosa; 
- Dois processos transversos que se projetam 
lateralmente a partir da base do arco vertebral; 
- Dois processos mamilares entre os processos 
articulares transverso e cranial das vértebras torácicas 
e lombares; 
 
- Das sete vértebras que compõem a base do pescoço, 
as duas primeiras recebem nomes especiais; 
- A primeira (atlas) e a segunda (áxis) vértebras cervicais 
são extremamente modificadas para permitir a livre 
movimentação da cabeça; 
ATLAS 
- Aparentemente não possui corpo, mas consiste em 
duas massas laterais unidas por um arco dorsal e outro 
ventral, os quais constituem um anel ósseo; 
- Um processo transverso prolongado se projeta 
lateralmente de cada massa, esses processos planos são 
chamados de asas do atlas (propiciam fixação para a 
musculatura dorsal e ventral, a qual é responsável pela 
movimentação da cabeça para cima e para baixo, e 
compõem a conexão muscular entre a coluna e a face 
nucal do osso occipital); 
- A face ventral da asa é escavada para formar a fossa 
do atlas. Sua base é perfurada pelo forame alar, ou em 
carnívoros pela incisura alar. O forame vertebral lateral 
se abre na parte craniodorsal do arco vertebral. O 
forame transverso é um canal curto que atravessa a 
parte caudal da asa do atlas e não está presente em 
ruminantes; 
- A face cranial do arco ventral do atlas é escavada para 
se articular com os côndilos occipitais. A face dorsal do 
arco ventral apresenta uma face articular côncava 
transversa caudal, a fóvea do dente, a qual se articula 
com o dente do áxis; 
ÁXIS 
- Forma o eixo sobre o qual o atlas, e consequentemente 
a cabeça, giram. Seu corpo cilíndrico apresenta uma 
crista ventral bem-desenvolvida. A extremidade cranial do 
corpo se caracteriza pelo dente situado centralmente, o 
qual é visto como o corpo deslocado do atlas com base 
em seu desenvolvimento. Ele é semelhante a um bastão 
em carnívoros e a um bico em outras espécies; 
- O arco do áxis possui o processo espinhoso alongado e 
protuberante, o qual se projeta sobre a extremidade 
cranial e caudal do corpo vertebral em carnívoros e 
apenas na extremidade caudal no suíno. Ele é uma lâmina 
óssea retangular em ruminantes e se bifurca 
caudalmente no equino; 
- O processo espinhoso conflui com os processos 
articulares caudais em carnívoros e equinos, mas 
permanece separado em ruminantes e no suíno; 
- Os processos transversos pares são perfurados na 
direção da base pelo forame transverso. A incisura 
vertebral cranial, presente em carnívoros, é substituída 
por um forame vertebral lateral nos outros mamíferos 
domésticos; 
RESTANTE 
- Os corpos das vértebras cervicais restantes se tornam 
cada vez mais curtos do sentido cranial ao caudal. As 
faces ventrais da 3ª para a 5ª vértebra cervical 
possuem uma crista ventral firme, a qual se torna 
indistinta ou ausente na 6ª e 7ª vértebras. A 
extremidade cranial é convexa e a extremidade caudal é 
correspondentemente côncava, exceto em carnívoros e 
no suíno; 
- Os processos espinhosos aumentam em comprimento 
gradualmente em direção à parte torácica da coluna. No 
equino, apenas a 7ª vértebra cervical possui um 
processo espinhoso distinto; 
- A 7ª vértebra cervical é facilmente identificada. Ela se 
caracteriza por um processo espinhoso elevado e 
pequenos processos transversos, pela ausência de uma 
crista ventral (com exceção do cão), e um forame 
transverso; 
- 13 vértebras nos carnívoros, 18 nos equinos, 13 nos 
bovinos e 14 nos suínos; 
- As vértebras torácicas formam, parcialmente 
justapostas, um bastão ósseo ligeiramente dorsoconvexo, 
o qual se caracteriza por sua flexibilidade limitada; 
- As vértebras torácicas craniais transmitem o peso do 
corpo para os membros torácicos e são sustentadas 
pelas costelas, as quais se unem ao tórax por meio de 
músculos e tendões. Essa disposição anatômica propicia 
estabilidade e mobilidade para a coluna vertebral; 
- Possuem corpos curtos com extremidades planas, mas 
aumentam de comprimento gradualmente no sentido 
caudal, ondem também há uma crista ventral; 
- Processos articulares curtos, arcos vertebrais de 
encaixe muito próximo, processos espinhosos bastante 
longos, fóveas costais nas duas extremidades para as 
cabeças da costela e nos processos transversos para os 
tubérculos da costela; 
- Enquanto as incisuras vertebrais craniais são 
superficiais, as incisuras caudais são muito mais 
profundas. O forame intervertebral é comparativamente 
maior para permitir a passagem dos nervos e vasos 
espinais, e costuma ser dividido em dois por uma ponte 
óssea em ruminantes; 
- Os processos espinhosos são bastante proeminentes e 
os processos espinhosos mais elevados das três ou 
quatro primeiras vértebras torácicas compõem a base 
óssea para a cernelha do equino; 
- A vértebra torácica cujo processo espinhoso é quase 
perpendicular ao eixo longo do osso é denominada 
vértebradiafragmática ou anticlinal: ela é a 10ª vértebra 
torácica no cão, a 12ª no suíno e no caprino, a 13ª no 
bovino e a 16ª no equino; 
- Os processos mamilares estão presentes apenas nas 
vértebras torácicas e lombares; 
- Dois processos acessórios entre os processos 
articulares transverso e caudal das últimas vértebras 
torácicas (carnívoros e suínos); 
- O corpo de cada vértebra torácica possui uma fóvea 
costal cranial e outra caudal lateral à base do arco 
vertebral. As fóveas das vértebras adjacentes, 
complementadas pelos discos intervertebrais, formam 
cavidades para as cabeças das costelas; 
- As duas fóveas costais são mais profundas e situadas 
mais distantes uma da outra na região torácica cranial, 
mas se tornam progressivamente menos profundas e 
mais próximas, o que resulta em maior estabilidade das 
costelas craniais e maior mobilidade caudal; 
- 7 vértebras nos carnívoros, 6 nos equinos, 6 nos 
bovinos e 6 nos suínos; 
- As vértebras lombares diferem das vértebras 
torácicas por serem mais longas e apresentarem um 
formato de corpo mais uniforme; 
- As fóveas costais inexistem, os processos espinhosos 
são mais curtos e voltados craniodorsalmente, os 
processos transversos são longos (eles representam 
costelas rudimentares e, portanto, são denominados 
processos costais), achatados e sua projeção lateral é 
maior. Em carnívoros e no suíno, eles apresentam 
inclinação cranioventral, enquanto em ruminantes e no 
equino eles se orientam horizontalmente; 
- Os processos transversos e espinhosos, bem como a 
crista ventral pronunciada, fornecem amplas superfícies 
para a fixação dos músculos lombares internos e das 
musculaturas abdominal, axial e pélvica; 
- A primeira vértebra lombar apresenta os processos 
transversos mais curtos. A vértebra lombar mais longa 
costuma ser a 3ª ou 4ª na maioria dos mamíferos 
domésticos, exceto em carnívoros, nos quais o processo 
transverso mais longo encontra-se na 5ª ou 6ª vértebra 
lombar; 
- Em carnívoros, as primeiras quatro ou cinco vértebras 
lombares se tornam progressivamente mais longas. No 
bovino, elas apresentam uma inclinação caudal, enquanto 
em pequenos ruminantes elas se orientam 
perpendicularmente ao eixo longo das vértebras; 
- As extremidades cranial e caudal dos corpos 
apresentam faces articulares planas. Os arcos 
vertebrais formam um canal vertebral mais largo para 
acomodar o inchamento da medula espinal na região 
lombar, a intumescência lombar; 
- Os espaços interarcos são estreitos na região lombar, 
mas largos entre a última vértebra lombar e a 1ª 
vértebra sacral, formando o espaço interarcos 
lombossacral, que pode ser usado como ponto de acesso 
ao canal vertebral; 
- 3 vértebras nos carnívoros, 5 nos equinos, 5 nos 
bovinos e 4 nos suínos; 
- As vértebras sacrais e seus discos intervertebrais 
ossificados unem-se firmemente para formar um único 
osso, o sacro, em todas as espécies domésticas; 
- A fusão de elementos isolados geralmente se completa 
até 1,5 anos de idade em carnívoros e suínos, de 3 a 4 
anos em ruminantes, e de 4 a 5 anos em equinos. A 
ossificação das articulações vertebrais resulta em uma 
perda de flexibilidade da coluna vertebral sacral, o que 
aumenta a eficácia da transmissão do ímpeto de avanço 
na locomoção dos membros pélvicos para a coluna 
vertebral; 
- A 1ª vértebra sacral com suas asas prolongadas forma 
uma articulação firme com a cintura pélvica, através da 
qual o impulso dos membros pélvicos se transmite ao 
tronco; 
- O sacro é um quadrilátero em carnívoros, mas 
triangular em outros mamíferos domésticos. Ele se divide 
em uma base ampla cranialmente, duas partes laterais, 
aumentadas pelas asas do sacro e uma extremidade 
caudal.; 
- Sua face dorsal apresenta processos espinhosos, que 
podem estar presentes apenas em forma residual em 
algumas espécies, e várias ondulações. Fornece fixação 
para a musculatura ilíaca, da garupa e do membro pélvico, 
e apresenta aberturas para a passagem dos nervos 
espinais dorsais do plexo lombossacral; 
- A face ventral é voltada para a cavidade pélvica, lisa e 
ligeiramente côncava. Sua margem ventral apresenta 
uma projeção cranioventral, o promontório; 
- As partes laterais são formadas pelos processos 
transversos unidos das vértebras sacrais e são 
ampliadas pelo prolongamento das asas do sacro, as quais 
se projetam lateralmente e se originam da 1ª vértebra 
sacral. A 2ª vértebra sacral contribui para a formação 
das asas do sacro em carnívoros, suínos e pequenos 
ruminantes; 
- Na face dorsal de cada asa encontra-se uma área oval, 
recoberta com cartilagem, para a articulação com a asa 
do ílio, com a qual ela forma uma articulação rígida. A 
margem dorsal da asa do sacro é rugosa para a fixação 
dos ligamentos sacroilíacos; 
- A face dorsal possui processos espinhosos inclinados 
caudalmente. Eles apresentam grandes diferenças entre 
as espécies domésticas. Em carnívoros e no equino, as 
terminações livres dos processos espinhosos 
permanecem separadas, enquanto suas bases são unidas. 
Em ruminantes, as espinhas dorsais se unem para 
formar a crista sacral mediana (em outros mamíferos 
domésticos, essa crista é substituída por pequenos 
tubérculos). No suíno os processos espinhosos são 
substituídos por uma crista não definida; 
- Os processos transversos se unem para formar uma 
crista sacral lateral, a qual é diferenciada no suíno e no 
equino, mas irrelevante nos outros mamíferos 
domésticos; 
- 20-23 vértebras nos carnívoros, 15-21 nos equinos, 
18-20 nos bovinos e 20-23 nos suínos; 
- O tamanho das vértebras caudais diminui gradualmente 
da primeira à última vértebra. Elas apresentam uma 
simplificação progressiva quanto a seu formato ao 
perderem aspectos vertebrais característicos, como 
arcos e processos. As últimas vértebras caudais se 
parecem com bastões cilíndricos cujo tamanho se reduz 
paulatinamente; 
- No equino, os processos espinhosos da segunda 
vértebra caudal são bifurcados e o arco da terceira 
vértebra caudal já se apresenta incompleto; desse modo, 
o canal vertebral é aberto dorsalmente; 
- Os processos transversos se reduzem a pequenas 
elevações e, a partir da 7ª vértebra caudal em diante, 
não há mais processos, e o indício de sua posição anterior 
se reduz a pequenas ondulações ósseas; 
- Para a proteção dos vasos caudais (coccígeos), a face 
ventral de algumas vértebras caudais (da 1ª à 8ª em 
ruminantes, da 5ª à 15ª em carnívoros) apresenta 
processos paramedianos, os processos hemais. Esses 
processos hemais formam arcos hemais ventrais sobre 
determinadas vértebras caudais (2ª e 3ª no bovino, 3ª a 
8ª em carnívoros); 
- Os espaços interarcos entre o sacro e a 1ª vértebra 
caudal e entre as primeiras vértebras caudais são 
alargados e propiciam acesso ao canal vertebral; 
- As vértebras caudais de gatos, cães e ruminantes 
apresentam resquícios de um arco ventral;

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