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23 PROVA DE TÍTULO DE ESPECIALISTA EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

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Após a visualização do vídeo 1, responda às questões de 1 a 5.
 
Diálogo – Vídeo 1
 
Mãe da paciente: Então Dra. É ... eu trouxe a minha filha de 7 anos,
porque eu tô preocupada, ela tá ali fora brincando, ela tá com uma
coceirinha na periquita ... sabe?
Médica: Na periquita ... a Sra. quer dizer na vagina?
Mãe da paciente: Isso. E aí, eu tô muito preocupada, já fazem 7 dias.
Médica: Certo. E a Sra. percebeu algum corrimento na calcinha dela?
Mãe da paciente: Não, não. Médica: Uhum ... e vocês moram com quem
na mesma casa?
Mãe da paciente: Mora eu, meu marido, ela e o irmão. Ele é meu segundo
marido, é padrasto deles. Médica: Hum ... Mãe da paciente: Não Dra. Fica
tranquila, ele é um ótimo padrasto, ele é um ótimo marido e ele cuida
muito bem deles.
Médica: Ok então. Vamos ali fora pegar sua filha pra examinar? .... Olha
mãezinha ... eu fiz o exame na tua filha, né? Realmente tem uma irritação
na área da vagina. Tá vermelho ... Mas não tem odor, não tem corrimento.
É ... tá tudo direitinho, o hímen tá íntegro, os pelos compatíveis com a
idade, tá tudo certo, não é nada grave, nada que a Sra. precise se
preocupar. Tá?
Mãe da paciente: Mas eu acho que ela tinha que ser avaliada por um
especialista, eu tô preocupada ...
Médica: Mas preocupada? Eu já falei pra Sra. Pode ficar tranquila. Ela já
foi examinada por mim, eu vou dar uma receita e ela vai ficar boa. Mãe da
paciente: Mas eu exijo que ela seja avaliada por um especialista.
Médica: Especialista?! Olha ... eu já falei pra Sra. que ela não precisa de
um especialista.
Mãe da paciente: Mas eu quero que ela seja avaliada por um especialista.
Médica: Qual foi a parte que eu falei pra Sra. que ela não precisa de um
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especialista que a Sra. não entendeu?
Mãe da paciente: Então a Sra. chama a coordenação dessa porcaria,
porque eu quero um especialista para avaliar minha filha.
Médica: Olha ... a Sra. fala com quem a Sra. quiser, Coordenador, Papa,
Presidente, com quem a Sra. quiser, mas especialista não precisa. Já avaliei
sua filha.
Mãe da paciente: Mas eu tenho direitos.
Médica: Não precisa de especialista ...
 
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1. Sobre o uso que a médica fez dos componentes do Método Clínico
Centrado na Pessoa, durante consulta, assinale a alternativa correta.
(A) O componente “entendendo a pessoa como um todo” foi usado
parcialmente pois ela não fez um genograma / ecomapa que seriam
necessários já nessa consulta.
(B) O componente “explorando a doença e a experiência da pessoa
com a doença” não foi usado adequadamente pois ela não aprofundou
o entendimento da mãe sobre o problema da filha.
(C) O componente “fortalecendo a relação entre a pessoa e médico”
não foi usado adequadamente pois a consulta foi muito curta e seria
necessária uma consulta longa para isso.
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(D) O componente “elaborando um plano conjunto de manejo dos
problemas” não foi usado adequadamente por causa da insistência da
mãe em encaminhar a filha para outro médico
 
 
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Comentário:
ALTERNATIVA A ERRADA! Não seriam necessários fazer um
genograma / ecomapa nessa consulta.
ALTERNARTIVA C ERRADA! A consulta não foi curta.
ALTERNATIVA D ERRADA! O plano conjunto de manejo dos
problemas não foi usado, pois a médica não deu a oportunidade de
participação da mãe na tomada de decisão.
ALTERNATIVA B CORRETA! Primeiramente faltou a médica
informar o diagnóstico de Candidíase Vaginal. E em seguida levar em
consideração os sentimentos, ideias e expectativas da mãe da paciente.
Talvez esta foi a origem da motivação pela solicitação de um
especialista. Devido à pouca confiança no diagnóstico e por receio de
uma patologia mais grave.
[ FUZIKAWA 2011
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2. Sobre a forma como a médica lidou com a discordância da paciente
sobre o plano de não encaminhar a criança para outro profissional,
assinale a alternativa correta.
(A) Bater na mesa de forma firme e negar o encaminhamento é uma
técnica efetiva.
(B) Continuar enfatizando seus argumentos de que não iria
encaminhar é uma técnica pouco efetiva.
(C) Insistir repetidamente na recusa em não encaminhar é uma
técnica efetiva.
(D) Permitir que a mãe argumentasse sobre o desejo do
encaminhamento seria uma técnica pouco efetiva
 
 
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Comentário:
Quando houver desacordo, o profissional deve evitar conflitos pelo poder,
preferindo ao invés, escutar as preocupações e opiniões da pessoa, e não
simplesmente rotulá-la de desobediente. No caso, a médica deveria tentar
restabelecer a confiança da paciente propondo um plano conjunto para o
manejo do problema. Continuar enfatizando seus argumentos de que não
iria encaminha é uma técnica pouco efetiva.
 
Resposta Letra B
 
[ FUZIKAWA 2011 ]
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3. Sobre a habilidade de negociação com a paciente, assinale a
alternativa que apresenta uma ação mais efetiva que a médica deveria
ter tomado.
(A) Avaliado as dúvidas e opiniões da mãe, estando mais aberta às
suas sugestões.
(B) Explicado qual o papel do médico de família e comunidade e suas
competências.
(C) Cedido já num primeiro momento, ganhando confiança para uma
segunda consulta.
(D) Explicado o que significa prevenção quaternária então os motivos
de não encaminhar.
 
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Comentário:
O Método Clínico Centrado na Pessoa propõe um plano conjunto de
manejo dos problemas. Nesse processo, a pessoa atendida e o profissional
de saúde procuram alcançar um entendimento mútuo e estabelecer uma
concordância na definição dos problemas, o estabelecimento de
prioridades e metas para o tratamento ou manejo da doença e a
identificação dos papéis a serem assumidos por cada um.
 
Resposta Letra A
 
[ FUZIKAWA 2011 ]
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4. Sobre o caso acima, assinale a alternativa que apresenta a conduta
correta que a médica deve realizar.
(A) Notificar o conselho tutelar por possível violência sexual
intrafamiliar.
(B) Solicitar exame de cultura de secreção vaginal.
(C) Solicitar um exame parasitológico de fezes.
(D) Orientar sobre medidas de higiene e vestimenta.
 
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Comentário:
A falta de higiene, muito comum nessa faixa etária, também é outra razão
que justifica a elevada incidência das vulvovaginites especialmente por
propiciar a proliferação bacteriana local. A criança expõe muito
frequentemente seus órgãos genitais, sentando-se em qualquer local e de
maneira descuidada. Essas pacientes se limpam de trás para frente,
arranham-se com mãos sujas e brincam em caixas de areia contaminadas.
A vulva muitas vezes fica em contato com roupas ou até fraldas que
causam maceração e não permitem adequada transpiração. Outros fatores
predisponentes incluem a lavagem inadequada das mãos, inserção de
corpos estranhos, uso de roupas intimas apertadas e pouco absorventes,
irritantes químicos como sabonetes e banho de espuma, permanência de
roupas de banho úmidas são fatores aliados para o aparecimento das
vulvovaginites.
 
O estudo de Jones ao avaliar crianças com quadro de vulvovaginites
demonstrou que a do tipo não-específica com flora bacteriana mista foi o
tipo mais comum, estando associada à higiene pós-miccional e
principalmente anal deficitárias ou realizadas de forma incorreta, vestuário
inadequado e, em crianças pré- púberes, à presença de atrofia normal da
mucosa vaginal. Neste tipo de vulvovaginite o tratamento incluiria a
melhora da higiene local, o uso de roupas íntimas de algodão branco,
evitar o uso de roupas apertadas e sintéticas, fazer banhos de assento com
benzidamida, chá de camomila ou permanganato de potássio (substâncias
antiinflamatórias) e afastar agentes irritantes. Caso a secreção permaneça,
realizar exame bacterioscópico e culturas da secreção vaginal e tratar
conforme o antibiograma. As recidivaspodem ser freqüentes.
 
Resposta Letra D
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5. Assinale a alternativa que apresenta o tratamento correto para o
problema apresentado pela criança.
(A) Banho de assento com chá de camomila, 2 vezes ao dia, por 10
dias.
(B) Albendazol 400 mg, 1 comprimido por dia, por 5 dias.
(C) Loratadina suspensão 5 mg, 1 vez ao dia, por 10 dias.
(D) Metronidazol 15 mg/Kg/dia, 3 vezes ao dia, por 10 dias
 
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Comentário:
Conforme o comentário anterior, o tratamento incluiria a melhora da
higiene local, o uso de roupas íntimas de algodão branco, evitar o uso de
roupas apertadas e sintéticas, fazer banhos de assento com benzidamida,
chá de camomila ou permanganato de potássio (substâncias
antiinflamatórias) e afastar agentes irritantes.
 
Resposta Letra A
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Após a visualização do vídeo 2, responda às questões de 6 a 10.
 
Diálogo – Vídeo 2
 
Paciente: Então ... eu ... vim trazer o resultado do preventivo. Eu não
entendo o que deu, mas ... parece que deu alguma coisa alterada e eu fiquei
preocupada. Médica: Vamos ver o que é que deu então .... É ... de fato,
deu uma alteração, tá ... é uma lesão intraepitelial de baixo grau aqui na
citologia oncótica. Não é nada preocupante. Então, pode ficar tranquila tá
... Paciente: Mas ... o que isso quer dizer?
Médica: Só um pouquinho ... me explica um pouquinho melhor. O que é
que aconteceu contigo?
Paciente: Há uns 2 meses eu tava com uma coceira e com um corrimento
branco ... parecia uma coalhada, mas passou sozinho. E ... eu marquei o
preventivo e vim fazer.
Médica: Tá. Mas tu ainda tá sentido alguma coisa?
Paciente: Não ... desde de que eu vim fazer o preventivo eu não tinha mais
nada. Mas eu fiquei preocupada.
Médica: Não ... tá tudo bem. Fica tranquila. Não precisa ficar preocupada.
Não tá sentindo mais nada. A citologia foi só isso que eu te falei mesmo,
então ... tá tudo bem.
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6. Sobre como a médica lidou com a preocupação da paciente, assinale
a alternativa correta.
(A) Ela fez seu papel técnico ao avaliar o resultado do exame e
explicou que não se tratava de algo grave.
(B) Ela fez seu papel técnico ao avaliar o resultado do exame, mas
deveria explorar melhor as ideias e sentimentos da paciente.
(C) Ela fez seu papel técnico ao avaliar o resultado do exame, mas
deveria chamar a enfermeira da equipe para reforçar a explicação.
(D) Ela fez seu papel técnico ao avaliar o resultado do exame e usou
termos apropriados para comunicar o resultado
 
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Comentário:
Faltou a médica fortalecer a relação médico paciente exercendo
compaixão, explorando melhor as ideias e os sentimentos da paciente.
 
Resposta Letra B
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7. Sobre a forma com que a médica explicou o resultado do exame
para a paciente, assinale a alternativa correta.
(A) Ela foi simpática e cordial ao querer saber mais sobre a história
da queixa da paciente.
(B) Ela deveria ter evitado palavras como “não é nada”, pois podem
prejudicar a credibilidade da explicação.
(C) Ela foi assertiva e demonstrou confiança e segurança,
transmitindo isso para a paciente.
(D) Ela deveria ter destacado a sua formação acadêmica e experiência
no assunto para dar segurança à paciente.
 
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Comentário:
É importante atentar ao fato de que diversos comportamentos, tais como a
hesitação em expressão algo, respostas genéricas como “não é nada”, ou a
repetição de determinada palavra ou termo podem prejudicar a
credibilidade da explicação.
 
Resposta Letra B
 
 
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8. Sobre as técnicas informativas que a médica poderia ter utilizado na
consulta para que sua habilidade de comunicação com a paciente fosse
mais eficaz, assinale a alternativa correta.
(A) Aprofundar a vida sexual da paciente para descobrir problemas
de abuso sexual antes de explicar o resultado.
(B) Explicar que o ideal seria que a paciente mostrasse o resultado do
exame somente para o profissional que o solicitou.
(C) Verificar os dados do prontuário antes de iniciar a consulta e
então saberia que a paciente tem um transtorno ansioso e depressivo.
(D) Conhecer primeiro o que a paciente sabia sobre o exame e explicar
o resultado utilizando-se de metáforas de fácil compreensão.
 
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Comentário:
O método clínico centrado na pessoa propõe que se elabore um plano
conjunto de manejo dos problemas. Dessa maneira o médico e o paciente
devem alcançar um entendimento mútuo. Para que isso seja possível, é
importante que que o profissional utilize uma linguagem para que o
paciente possa entender. Assim, deve-se evitar termos técnicos
complicados. O paciente deve ter tempo e se sentir à vontade para
esclarecer as suas dúvidas, de maneira a não se sentir envergonhado pela
sua falta de conhecimento técnico acerca do seu estado de saúde.
 
Resposta Letra D
 
 
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9. Segundo a recomendação do INCA, assinale a alternativa que
apresenta a correta indicação para este paciente.
(A) Realizar colposcopia em até 3 meses.
(B) Encaminhar à unidade de referência para conização a frio.
(C) Repetir citologia em 12 meses.
(D) Repetir citologia em 6 meses.
 
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Comentário:
Se a colposcopia for satisfatória e negativa para Neoplasia Intraepitelial
Cervical (NIC), orienta-se a repetição do exame citopatológico após 6
meses.
 
Se o exame citopatológico de NIC I persistir por mais de um ano e
associado a colposcopia sugestiva de NIC I deve ser indicado a CAF
(cirurgia de alta frequência).
 
Resposta Letra D
 
 
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10. Sobre o caso anterior, assinale a alternativa que apresenta uma
conduta médica adicional.
(A) Independente da melhora dos sintomas tratar a paciente com
Fluconazol 150 mg, dose única.
(B) Independente da melhora dos sintomas solicitar uma cultura de
secreção vaginal para descartar infecções.
(C) Orientar a paciente sobre os sintomas percebidos e a influência do
ciclo menstrual no desequilíbrio da flora vaginal.
(D) Orientar a paciente que faça banhos de assento com benzidamina
por 15 dias, antes de deitar.
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Comentário:
O desequilíbrio da flora vaginal, pode causar prurido, eritema, corrimento
e disúria. Para diminuir o risco desses problemas, a mulher deve evitar
ficar muito tempo com a roupa de banho molhada e, na hora de dormir,
ficar sem calcinha. Evitar o compartilhamento de roupas ou deixar várias
juntas, diminuem as chances de contaminação. Além disso, usar um creme
vaginal ajuda a reequilibrar a flora, assim como o banho de assento com
bicarbonato, diminuindo as chances de infeção por Gardinerella vaginalis.
 
Resposta Letra C
 
 
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Após a visualização do vídeo 3, responda às questões de 11 a 15.
 
Diálogo – Vídeo 3
 
Enfermeira: Dr., a Júlia tá aí. Aquela gestante de 42 anos gemelar, que
teve um aborto ano passado, lembra? Ela e o marido fizeram inseminação
artificial. Ela tá precisando de um encaixe com o Dr.
Médico: Encaixe agora? Mas .... Eu já dei 3 hoje. Nem almocei direito.
Não tô aguentando mais. Acho que não vai dar.
Enfermeira: Então ... a pressão dela tá 160 por 110 agora. Ontem ... tava
17 por 11. Eu orientei ela repousar e retornar hoje.
Médico: Ai meu Deus. Parece grave. Passa, passa o caso.
Enfermeira: Então ... os dois BCF estão 144. A altura de fundo uterino tá
33 cm. Mas ela tá muito inchada, principalmente, das pernas para baixo.
Umas 3 cruzes em 4.
Médico: Ai ... muito grave isso. Eu vou ter que atender. Pede para ela
entrar.
Enfermeira: Tá. Júlia?!
Gestante: Obrigada.
Médico: Oi, Júlia.
Gestante: Bom dia, Dr.
Médico: O que é que tá acontecendo?
Gestante: Só um pouco. Ai Dr. Nãotô bem. Tô com muita dor de cabeça.
Umas luzes no meu olho. Sabe .... Eu abro e fecho o olho e vejo muita
luzinha.
Médico: Ai meu Deus ... aí, isso é muito grave ... que difícil.
Gestante: Ai Dr. não me assusta não ... a minha avó ... morreu no sexto
parto por causa da pressão alta.
Médico: Ai meu Deus ...
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11. Ao oferecer acesso rápido da paciente à avaliação da sua equipe,
devido a uma demanda aguda, os profissionais do vídeo demonstram
estarem alinhados com princípios da equipe de:
(A) Atenção Primária à Saúde.
(B) Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
(C) Consultório Privado.
(D) Rede Cegonha.
 
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Comentário:
De acordo com a Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006 A Atenção
Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua
organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. A
Atenção Básica tem como fundamentos:
1. Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de
qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada
preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma a
permitir o planejamento e a programação descentralizada, e em
consonância com o princípio da equidade;
2. Efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração
de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das
ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à
saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e
em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços;
3. Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as
equipes e a população adstrita garantindo a continuidade das ações
de saúde e a longitudinalidade do cuidado;
4. Valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do
acompanhamento constante de sua formação e capacitação;
5. Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados
alcançados, como parte do processo de planejamento e
programação; e
6. Estimular a participação popular e o controle social.
 
Resposta Letra A
 
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12. Em relação às habilidades do médico para lidar com o estresse,
assinale a alternativa correta.
(A) Ele poderia conscientemente tentar uma postura positiva, como
sorrir, para receber um eco emocional favorável.
(B) Ele poderia organizar sua agenda priorizando ações
programáticas com atendimentos de rotina em dias fixos.
(C) Ele poderia pactuar pelo menos 2 dias por mês com coordenação
do Centro de Saúde para folgas programadas.
(D) Ele poderia estabelecer um limite de 12 consultas por turno e um
tempo mínimo de 20 minutos cada como normatizado pelo CFM.
 
******ebook converter DEMO Watermarks*******
Comentário:
A relação médica paciente assim como todo e qualquer relacionamento
entre pessoas, é único e pode ser visto como uma troca que ocorre com
estes indivíduos. Esta troca envolve atenção, sentimentos, confiança, poder
e sensação de objetivo. Na relação médico paciente, o propósito é ajudar o
enfermo. O relacionamento tem dimensões terapêuticas e pode promover
melhoria do senso de auto eficácia das pessoas (isto é, senso de
autocontrole e sobre o seu mundo) ou mesmo cura, desde que bem
trabalhado. Certos atributos como a empatia, a compaixão e o cuidado
devem ser cultivados, devem ser cultivados na relação médico paciente
pois aumentam as chances de que a relação contribua para o projeto
terapêutico acordado entre elas. O cuidado inclui os conceitos: Estar
presente, Conversar, Sensibilidade, Agir no melhor interesse do outro,
Sentimento, Ação e Responsabilidade (Tarlow, 1996 e Stewart, 2010).
 
Ou seja, o cuidado implica a total presença e envolvimento do profissional
com a pessoa. E a alternativa que melhor responde questão é a alternativa
A. O médico poderia tentar uma postura positiva, como sorrir, para
receber um eco emocional favorável.
 
Resposta Letra A
 
 
******ebook converter DEMO Watermarks*******
13. Sobre a forma como o médico comunicou a paciente sobre a
gravidade do seu caso, assinale a alternativa correta.
(A) Ele deveria deixar transparecer seu nervosismo alertando a
paciente que se ela não fizer algo pode ser perigoso.
(B) Ele deveria demonstrar segurança e assertividade transmitindo
segurança à paciente.
(C) Ele deveria utilizar palavras como “isso é muito grave” motivando
a paciente a ir à emergência.
(D) Ele deveria criar um ambiente favorável para que a paciente
chorasse e assim se sentisse aliviada.
 
******ebook converter DEMO Watermarks*******
Comentário:
A relação médica paciente assim como todo e qualquer relacionamento
entre pessoas, é único e pode ser visto como uma troca que ocorre com
estes indivíduos. Esta troca envolve atenção, sentimentos, confiança, poder
e sensação de objetivo. Na relação médico paciente, o propósito é ajudar o
enfermo. O relacionamento tem dimensões terapêuticas e pode promover
melhoria do senso de auto eficácia das pessoas (isto é, senso de
autocontrole e sobre o seu mundo) ou mesmo cura, desde que bem
trabalhado. Certos atributos como a empatia, a compaixão e o cuidado
devem ser cultivados, devem ser cultivados na relação médico paciente
pois aumentam as chances de que a relação contribua para o projeto
terapêutico acordado entre elas. O cuidado inclui os conceitos: Estar
presente, Conversar, Sensibilidade, Agir no melhor interesse do outro,
Sentimento, Ação e Responsabilidade (Tarlow, 1996 e Stewart, 2010).
 
Ou seja, o cuidado implica a total presença e envolvimento do profissional
com a pessoa. E a alternativa que melhor responde questão é a alternativa
A. O Médico deveria demonstrar segurança e assertividade
transmitindo segurança à paciente.
 
Resposta Letra B
 
******ebook converter DEMO Watermarks*******
14. Sobre o caso apresentado anteriormente, assinale a alternativa que
apresenta a conduta recomendada.
(A) Encaminhar a gestante para centro especializado.
(B) Solicitar proteinúria de 24h e retorno com o exame em até uma
semana.
(C) Solicitar exame de contagem de plaquetas e retorno em no
máximo 48h.
(D) Recomendar controle da PA de 12 em 12 horas e retorno em 48h.
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Comentário:
De acordo com o Protocolo de encaminhamento para Obstetrícia (Pré-
Natal de Alto Risco) elaborado em 03 de fevereiro de 2016.
 
Protocolo 1 – Hipertensão em Gestantes
Considerar Hipertensão Arterial Sistêmica gestantes com pressão
arterial sistólica > 140 mmHg ou pressão arterial diastólica > 90
mmHg medida de maneira adequada
 
Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para
Obstetrícia (Pré-Natal de Alto Risco):
 
1) Hipertensão crônica (previamente hipertensa ou diagnosticada antes
da 20º semana gestacional) com:
1. Lesão em órgão alvo (presença de microalbuminúria ou doença
renal crônica, hipertrofia de ventrículo esquerdo, retinopatia); ou
2. Uso de dois ou mais fármacos anti-hipertensivos; ou
3. Suspeita de hipertensão secundária;
4. Tabagismo; ou
5. Idade materna > 40 anos; ou
6. Diagnóstico de diabetes mellitus ou diabetes gestacional; ou
7. Mau resultado obstétrico e/ou perinatal em gestação prévia
(interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina,
síndrome HELLP, eclampsia, parada cardiorrespiratório ou
internação em CTI durante a gestação).
******ebook converter DEMO Watermarks*******
2) Hipertensão gestacional: 
1. Diagnosticada após 20º semana (após excluída suspeita de pré-
eclâmpsia); ou
2. Diagnóstico de pré-eclâmpsia (após estratificação de gravidade em
serviço de emergência obstétrica); ou
3. Em gestação prévia com mau resultado obstétrico e/ou perinatal
(interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina,
síndrome HELLP, eclampsia, parada cardiorrespiratório ou
internação em CTI durante a gestação).
 
Conteúdo descritivo mínimo que o encaminhamento deve ter:
1) Idade gestacional;
2) Diagnóstico de hipertensão prévio a gestação (sim ou não). Se não,
idadegestacional no diagnóstico;
3) Duas medidas de pressão arterial, com data;
4) Resultado de proteinúria (microalbuminúria ou relação proteinúria
/creatinúria em amostra) com data;
5) Medicamentos em uso para hipertensão;
6) Descrição dos antecedentes obstétricos e/ou perinatais relevantes
(interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome
HELLP, eclampsia, parada cardiorrespiratório ou internação em CTI);
7) Número da teleconsultoria, se caso discutido com
TelessaúdeRS/UFRGS
 
Resposta Letra A
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15. Assinale a alternativa que apresenta um fator que diminui a
probabilidade de Pré-Eclâmpsia no caso.
(A) Gestação gemelar.
(B) Idade maior que 40 anos.
(C) Aborto prévio.
(D) Fetos concebidos por inseminação artificial.
 
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Comentário:
Os fatores de risco para pré-eclâmpsia incluem:
- Histórico familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia;
- Primeira gravidez;
- Gestante com etnia negra;
- Gravidez gemelar;
- Intervalo de 10 anos ou mais entre as gestações;
- Gestantes com sobrepeso;
- Gestantes com mais de 35 anos;
- Diabetes;
- Hipertensão Crônica;
- Colagenoses;
- Trombofilias;
- História familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia;
- Gravidez durante a adolescência.
 
Há evidências que sugerem que a Maior duração atividade sexual e o
Aborto prévio reduzem o risco de pré-eclâmpsia
Resposta Letra C
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Após a visualização do vídeo 4, responda às questões de 16 a 20.
Diálogo – Vídeo 4
 
Gestante: então ... eu vim ... trazer os exames ...
Médica: Ok. Helena, né?
Paciente: Aham ... Helena.
Médica: Eu vejo que você tá com ... 16 semanas de gravidez ... é isso?
Gestante: É … uhum ...
Médica: Até agora tudo bem, como é que você tá?
Gestante: Ah ... tô bem.
Médica: Hum ... deixa eu dar uma olhada nesses exames então, bom ... o
VDRL deu negativo, que é o de sífilis. O HIV também deu negativo. O
HBsAg também deu não reagente, que é o de hepatite. O exame de urina tá
normal, felizmente. Agora ... o exame da secreção vaginal deu uma
candidíase. E esse exame da toxoplasmose ... um deu bom ... e o outro deu
ruim ... tá?! O teu IgG para toxoplasmose tá não reagente e o IgM tá
reagente, não entendeu, né? Depois eu te explico esses exames aqui.
Helena, antes de mais nada, você ainda tá fumando?
Gestante: Tô.
Médica: Sério, Helena? Você sabe que você não pode mais fumar, né? A
gente tem remédio aqui pra ajudar você.
Gestante: Ai ... mas ... eu tô estressada. Assim ... a gestação tá me
deixando ... eu não quero parar de fumar ... eu não vou parar de fumar.
Não tô pensando nisso.
Médica: Sério, Helena?! Você não tá ... você não quer nem tentar parar?
Como assim?!
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16. Sobre o estágio de mudança de comportamento que a gestante se
encontra em relação ao tabagismo, assinale a alternativa correta.
(A) Pré-contemplação.
(B) Contemplação.
(C) Preparação.
(D) Ação.
 
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Comentário:
A EM consiste em 5 estágios:
Pré-contemplação
Contemplação
Preparação
Ação
Manutenção
 
1) Pré-contemplação
Consiste na entrada da pessoa para o processo de mudança, a pessoa ainda
não está considerando a mudança, a pessoa não encara seu comportamento
como um problema. Este estágio pode ser entendido como 'resistente' ou
'em negação'
 
2) Contemplação
Surge a consciência sobre o problema. O contemplador considera a
mudança, mas ao mesmo tempo a rejeita, nesta fase a ambivalência
(dúvida) está no seu ápice. Neste Estágio é feito o trabalho rumo à decisão
de mudar.
 
3) Preparação
O paciente está pronto para mudar. Ele está comprometido com a
mudança. Aumenta na pessoa a responsabilidade pela mudança, fase a qual
é deve ser elaborado um plano específico de ação.
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4) Ação
A pessoa muda e usa a terapia como meio de assegurar-se do seu plano, e
para ganhar auto eficácia*. Ela cria condições externas para a mudança. O
processo todo pode durar de 3 a 6 meses, já que o novo comportamento (o
de abstinência geralmente) demora um tempo para se estabelecer.
 
*Auto eficácia: é a crença na habilidade pessoal de desempenhar com
sucesso determinadas tarefas ou de apresentar determinados
comportamentos para produzir um resultado desejável
 
5) Manutenção
Momento para comprovar a efetividade da mudança. Deve ser verificada a
estabilidade da mudança.
 
6) A Recaída
A recaída consiste na recorrência dos sintomas da dependência, após um
período de melhora. A recaída seria então um retorno a níveis anteriores de
uso, seguido de uma tentativa de parar ou diminuir este uso, ou apenas o
fracasso de atingir objetivos estabelecidos por um indivíduo após um
período definido de tempo.
 
Resposta Letra A
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17. Sobre o tabagismo, assinale a alternativa que apresenta a
abordagem correta no caso apresentado.
(A) Focar no hábito a ser mudado demonstrando empatia.
(B) Focar nos prós e contras do padrão atual de comportamento.
(C) Focar nas estratégias e plano de ação para parar de fumar.
(D) Focar nas consequências negativas que o cigarro pode causar para
o bebê.
 
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Comentário:
A empatia por parte do médico adquire um papel essencial na relação com
o paciente. A atitude empática permite que este, juntamente com o
paciente, identifique que elementos estão colaborando para a decisão, no
estágio atual de motivação. A empatia terá ainda a função de permitir ao
médico efetivamente compreender porque, para aquele indivíduo, deixar o
cigarro é importante e que elementos dificultam desta decisão. A tomada
de perspectiva empática pelo médico permite que este genuinamente
compreenda as dificuldades enfrentadas pelo paciente, e que possa, a partir
de seus conhecimentos, focar no hábito a ser mudado. Por último, a
expressão da empatia, em que o médico demonstra para o paciente que
entende que elementos estão sendo ponderados e que valor estes
representam para o sujeito, permite uma relação médica marcada pela
segurança, apoio e confiança, minimizando a resistência interpessoal
 
Resposta Letra A
 
 
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18. Caso a paciente aceite iniciar o tratamento para cessar o
tabagismo, assinale a alternativa que apresenta a opção terapêutica
mais indicada.
(A) Apenas grupo de tabagismo.
(B) O médico deverá avaliar o risco-benefício do uso de uma terapia
de reposição de nicotina.
(C) Prescrever Bupropiona, por 12 semanas, conforme avaliação de
risco individual.
(D) Associar adesivo, bupropiona e grupo de tabagismo.
 
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Comentário:
A terapia de reposição de nicotina (TRN) tem como objetivo reduzir os
sintomas de abstinência que surgem quando se tenta parar de fumar,
através da reposição da nicotina dos cigarros. A TRN existe na forma de
adesivos cutâneos que liberam nicotina lentamente, e também na forma de
goma de mascar, sprays orais e nasais, inaladores, e pastilhas/tabletes, que
são formas que liberam nicotina para o cérebro mais rapidamente do que
os adesivos, porém mais lentamente do que quando se fuma.
 
De acordo com o recém-publicado “Manual para Cessação de Fumar na
Prática Clínica” do Agency for Health Care Policy and Research
(AHCPR), a TRN é o tratamento de primeira linha para a dependência ao
tabaco. Neste manual, através da metanálise de 42 ensaios clínicos
controlados com as diversas formas de reposição de nicotina, Fiore e seus
colegas concluíram que a TRN é eficaz, seja utilizada isoladamente ou em
conjunto com outras abordagens terapêuticas. Embora as taxas de
abstinência variem de acordo com o contexto, esta terapia costuma dobrar
as chances de sucesso na cessação de fumar.
 
Resposta Letra B
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19. Sobre o caso, assinale a alternativa que apresenta uma condutainicial adequada.
(A) Orientar a paciente que ela está imune à toxoplasmose.
(B) Solicitar teste de avidez do IgG para toxoplasmose.
(C) Solicitar pesquisa de toxoplasmose IgM específica no sangue do
cordão umbilical.
(D) Prescrever doxiciclina associada à sulfadiazina de imediato.
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Comentário:
A medida da avidez baseia-se no grau de maturação dos anticorpos IgG no
decurso da resposta humoral. Quanto mais avançado o grau de maturação
tanto mais elevada é a proporção de anticorpos altamente ávidos. Ou seja,
o teste de avidez de anticorpos permite estimar o período aproximado em
que ocorreu a primo-infecção. Sendo assim:
Avidez baixa de IgG é indicativa de Infecção Primária ao passo que
avidez elevada é sugestiva de infecção pregressa.
 
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA:
Percentagem de avidez inferior a 30% sugere que a infeção seja aguda e
tenha ocorrido há menos de dois meses. Na reinfecção e reativação o
exame não se aplica, pois, os anticorpos IgG podem apresentar diferentes
afinidades. Percentagens maiores que 30% não permitem identificar o
provável período em que a infecção ocorreu.
Referência
 
< 50%: Baixa avidez
50% - 60%: Avidez Moderada
60%: Alta avidez
 
AVIDEZ BAIXA sugere infecção recente adquirida a menos de 4 meses.
AVIDEZ MODERADA não exclui uma infecção recente.
AVIDEZ ELEVADA pode excluir que a infecção primária foi adquirida
em menos de 4 meses antes.
Resposta Letra B
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20. Sobre o caso anterior, assinale a alternativa que apresenta uma
conduta adicional para a gestante.
(A) Prescrever Fluconazol 150 mg, dose única.
(B) Solicitar dosagens mensais de VDRL, até o fim da gestação.
(C) Solicitar cultura para Estreptococo do Grupo B a serrealizado,
antes da 20ª semana.
(D) Indicar a vacinação para hepatite B.
 
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Comentário:
Nos resultados dos exames Pré-natal da gestante, o HBsAg deu não
reagente, logo indica-se a vacinação da gestante para Hepatite B.
 
Resposta Letra D
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Após a visualização do vídeo 5, responda às questões de 21 a 25.
 
Diálogo – Vídeo 5
 
Médica: Jonas, como eu vou poder te ajudar hoje?
Paciente: Então Dra., eu ... eu vim aqui ... pedir um checkup.
Médica: Hum ... tá. Você tem algum problema de saúde ... Jonas?
Paciente: Não. Não. Problema de saúde não tenho.
Médica: Tá sentindo alguma coisa? Paciente: Não, Dra.
Médica: E na família? Tem algum problema de saúde importante?
Paciente: Ah ... o meu pai tem pressão alta. Meu irmão ... não ... ele é
novo. E ... a minha mãe também não tem nenhum problema de saúde.
Médica: Hum ... vamos dar uma examinada em você, então?
Paciente: Tá bom.
Médica: Bom ... teu exame tava normal, tá Jonas? Eu vou te pedir uns
exames.
Paciente: Tá bom Dra., eu faço os exames e trago aqui pra te mostrar?
Médica: Isso. Perfeito. Bom dia, Jonas.
Paciente: Dra. … na verdade ... eu tô ... sentindo ... uma bola ali na região
... que tá doendo pra ir no banheiro ali.
Médica: Tá ... o que é que aconteceu?
Paciente: Então ... eu tô sentindo que tem alguma bolinha ali na região do
... do ânus ali ... e... e tá doendo pra ir no banheiro.
Médica: Tá ... vamos ter que te examinar de novo.
Paciente: Tá bom.
Médica: Jonas ... o que você tem é hemorroida. Tá em, aproximadamente,
1 cm. A gente classificaria como grau 2.
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21. Em relação às possibilidades de prevenção do chamado “sinal da
maçaneta” demonstrado pelo paciente no vídeo, assinale a alternativa
que apresenta as habilidades de entrevista que a médica poderia ter
usado, neste caso, para evitar que o paciente trouxesse novos motivos
de consulta apenas quando estivesse saindo do consultório facilitando,
assim, a abordagem da chamada “demanda oculta”.
(A) Delimitação das demandas do paciente no início da entrevista.
(B) Revisão de todos os sintomas por aparelho no final.
(C) Perguntas mais abertas sobre o motivo de consulta inicial.
(D) Não há como a médica ter prevenido porque as ações do paciente
fogem ao controle médico.
 
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Comentário:
O “sinal da maçaneta” ocorre quando a pessoa, no final da consulta, no
momento que o médico vai abrir a porta, o paciente, relata uma nova
queixa clínica que não havia mencionado. Uma forma para diminuir a
incidência deste fenômeno é fortalecer a relação médico paciente
delimitando com atenção e empatia às demandas do paciente no início da
consulta.
 
Resposta Letra A
 
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22. Assinale a alternativa que apresenta a habilidade de comunicação
que a médica demonstrou no vídeo.
(A) Cordialidade e expressão verbal de empatia.
(B) Abordagem da comunicação não verbal do paciente.
(C) Reenquadramento da entrevista.
(D) Decisão compartilhada.
 
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Comentário:
Durante praticamente toda a consulta (trechos em destaque abaixo) a
médica demonstrou a habilidade de reenquadramento da entrevista para o
contexto clínico propiciando a assertividade.
(...)
Paciente: Então Dra., eu ... eu vim aqui ... pedir um checkup.
Médica: Hum ... tá. Você tem algum problema de saúde ... Jonas?
Paciente: Não. Não. Problema de saúde não tenho.
Médica: Tá sentindo alguma coisa?
Paciente: Não, Dra.
Médica: E na família? Tem algum problema de saúde importante?
Paciente: Ah ... o meu pai tem pressão alta. Meu irmão ... não ... ele é
novo. E ... a minha mãe também não tem nenhum problema de saúde.
(...)
Paciente: Dra. … na verdade ... eu tô ... sentindo ... uma bola ali na região
... que tá doendo pra ir no banheiro ali.
Médica: Tá ... o que é que aconteceu?
Paciente: Então ... eu tô sentindo que tem alguma bolinha ali na região do
... do ânus ali ... e... e tá doendo pra ir no banheiro.
Médica: Tá ... vamos ter que te examinar de novo.
Paciente: Tá bom.
(...)
 
Resposta Letra C
 
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23. Se a médica de um caso como esse sentisse algum constrangimento
ao examinar a região anal, poderia levar a questão para um grupo
Balint. Assinale a alternativa que apresenta o objetivo desses grupos.
(A) Desenvolvimento de terapia de grupo.
(B) Resolução de casos clínicos.
(C) Discussão de temas específicos, como sexualidade.
(D) Compreensão da relação médico-paciente.
 
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Comentário:
O grupo Balint surgiu em Londres no início dos anos 1950. Seu fundador
Michael Balint criou uma modalidade grupal composta por médicos
clínicos e psiquiatras, na qual os profissionais discutiam sobre as
dificuldades e emoções vivenciadas na relação médico-paciente, visando
rever as formas de relacionar-se com os pacientes e identificar os erros
cometidos durante esta relação terapêutica.
 
Resposta Letra D
 
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24. Assinale a alternativa que apresenta qual seria a conduta inicial
mais indicada para o caso.
(A) Conduta expectante com banhos de assento, analgesia e
suplementação de fibras.
(B) Realizar ligadura elástica na base da lesão e solicitar retorno em
48 horas para reavaliação.
(C) Encaminhar para o especialista visando realização de ablação da
lesão com anestesia local.
(D) Indicar o uso de pomada de arnica 3, vezes ao dia, e evitar o uso de
papel higiênico.
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Comentário:
Para as hemorroidas sintomáticas de qualquer grau, a primeira medida a
ser tomada é a melhora do hábito intestinal com uma dieta rica em fibras e
aumento da ingesta de água.
Os laxantes formadores de bolo fecal ajudam a controlar os sintomas de
sangramento e dor à evacuação, o psílio (Plantago ovata), na em dose de 5
gramas diária, é recomendado pelo FDA (Food and Drug Administration,
para ajudar na regulação intestinal; dar preferência ao seu uso em forma de
pó, comprimidos ou barras. Pode ser utilizado em todos os estágios da
doença, já que um dos motivos de recorrência da hemorroida é a
manutenção de um hábito intestinalpobre.
O banho de assento com água morna ajuda a diminuir a pressão
esfincteriana anal, e com isso, reduzir o sintoma de dor, sendo
recomendado a todos os sintomáticos.
O tratamento tópico com as diversas pomadas existentes no mercado com
anestésicos e corticosteroides podem ser úteis. Porém deve-se ter cuidado
com o uso indiscriminado de tais medicamentos, pois podem levar a
doenças secundárias. Resposta Letra A
(Gustavo 1411)
 
Gustavo, GUSSO,, LOPES, José Mauro Ceratti organizadores. Tratado de
Medicina de Família e Comunidade – princípios, formação e prática -
2volumes. ArtMed, 01/2012. VitalBook file.
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25. Na primeira parte da consulta a conduta que a médica esqueceu
foi:
(A) orientar que o paciente não necessita nenhum exame ou
procedimento de rastreamento.
(B) realizar a mensuração da PA do paciente.
(C) solicitar um teste de esforço, tendo em vista as queixas do paciente.
(D) solicitar colesterol total, hemograma e parcial de urina.
 
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Comentário:
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica
multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão
arterial (PA > ou = 140/90 mmHg). Associa-se frequentemente a alterações
funcionais e/ou estruturais dos órgãos alvo (coração, encéfalo rins e vasos
sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco
de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
Toda pessoa deve ter a PA aferida. Na primeira avaliação, a medida deve
ser realizada em ambos os braços e, nas medidas subsequentes, deve-se
utilizar o braço com maior valor pressórico aferido. Alguns cuidados na
aferição da pressão devem ser seguidos, assim como a técnica correta de
aferição.
Especial atenção deve ser dada às situações em que não se dispõe de
manguitos de tamanhos diversos, como para adultos obesos, quando,
então, pode ser utilizado um manguito padrão (13 × 24 cm), com o
cuidado de se corrigir o valor obtido conforme a circunferência do braço.
 
Resposta Letra B
 
(Gustavo 1306)
 
Gustavo, GUSSO,, LOPES, José Mauro Ceratti organizadores. Tratado de
Medicina de Família e Comunidade – princípios, formação e prática -
2volumes. ArtMed, 01/2012. VitalBook file.
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Após a visualização do vídeo 6, responda às questões de 26 a 30.
 
Diálogo – Vídeo 6
 
Médica: Então ... como eu posso ajudar o Sr. hoje?
Paciente: Eu vim trazer os exames do diabetes.
Médica: Uhum ... e mais alguma coisa?
Paciente: Então ... tem aquela sensação ... do coração que fica acelerando
... eu já fui no cardiologista. Fiz todos os exames. Mas ele disse que ... que
tá tudo normal com os exames. Mas continua acelerando e parece que vai
me dar um treco.
Médica: Uhum ... e mais alguma coisa?
Esposa do paciente: Então, Dra. eu tô preocupada ... por que ... às vezes
ele tá esquecendo de aplicar a insulina. Ele anda tão nervoso. Que ele
esquece. Desde que ele ficou desempregado ele tá assim.
Médica: Entendi. Posso ver os exames? Então ... a hemoglobina
glicosilada deu 6,5%. E a glicemia de jejum deu 116. Da parte do diabetes
tá tudo controlado.
Paciente: Mas ... o que eu faço, Dra.? Esses dias eu passei tão mal ... que
eu cheguei a pensar em ... chamar o SAMU. Tô muito preocupado com
isso. Parece que eu vou morrer ... e se eu morrer, Dra.?
Médica: Da parte do coração, o Sr. pode ficar tranquilo. Isso
é só emocional, né?
Paciente: Mas ... e essa sensação ... vai ficar assim? O que
eu faço para resolver isso?
******ebook converter DEMO Watermarks*******
26. Sobre a comunicação clínica nesta entrevista, é correto afirmar
que a médica
(A) explorou o “illness” do paciente.
(B) realizou prevenção de demanda aditiva.
(C) tem um estilo emocional reativo.
(D) tem um estilo de relação clínica heterocentrado
 
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Comentário:
A médica realizou a prevenção de demanda aditiva. Após a acompanhante
da paciente explicitar uma nova queixa que no início da consulta o
paciente não havia relatado, a médica decidiu ver os exames para avaliar o
controle da doença e evitar futuras complicações.
 
(...)
Médica: Então ... como eu posso ajudar o Sr. hoje?
Paciente: Eu vim trazer os exames do diabetes.
Médica: Uhum ... e mais alguma coisa?
Paciente: Então ... tem aquela sensação ... do coração que fica acelerando
... eu já fui no cardiologista. Fiz todos os exames. Mas ele disse que ... que
tá tudo normal com os exames. Mas continua acelerando e parece que vai
me dar um treco.
Médica: Uhum ... e mais alguma coisa?
Esposa do paciente: Então, Dra. eu tô preocupada ... por que ... às vezes
ele tá esquecendo de aplicar a insulina. Ele anda tão nervoso. Que ele
esquece. Desde que ele ficou desempregado ele tá assim
Médica: Entendi. Posso ver os exames? Então ... a hemoglobina
glicosilada deu 6,5%. E a glicemia de jejum deu 116. Da parte do diabetes
tá tudo controlado.
(...)
Resposta Letra B
 
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27. Em relação à abordagem de sintomas médicos inexplicáveis no
vídeo, é correto afirmar que a médica
(A) utilizou entrevista motivacional na abordagem.
(B) tranquilizou o paciente ao explicar o resultado de exames normais.
(C) explicou as associações entre queixas físicas e sofrimento psíquico.
(D) explicou prematuramente que os sintomas são emocionais.
 
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Comentário:
O diagnóstico de quadro psicossomático deve ser considerado sempre de
exclusão em queixas cardiovasculares. A médica deveria ter solicitados
mais dados da história patológica pregressa e familiar do paciente e
realizado um exame físico criterioso com aferição da pressão arterial,
frequência e ausculta cardíaca em todos os focos antes de sugerir um
Distúrbio Neurovegetativo.
 
(...)
Médica: Entendi. Posso ver os exames? Então ... a hemoglobina
glicosilada deu 6,5%. E a glicemia de jejum deu 116. Da parte do diabetes
tá tudo controlado.
Paciente: Mas ... o que eu faço, Dra.? Esses dias eu passei tão mal ... que
eu cheguei a pensar em ... chamar o SAMU. Tô muito preocupado com
isso. Parece que eu vou morrer ... e se eu morrer, Dra.?
Médica: Da parte do coração, o Sr. pode ficar tranquilo. Isso
é só emocional, né?
Paciente: Mas ... e essa sensação ... vai ficar assim? O que
eu faço para resolver isso?
(...)
 
Resposta Letra D
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28. Assinale a alternativa que apresenta a melhor conduta para o caso
do vídeo.
(A) Pedir mais exames até que o paciente se tranquilize
completamente.
(B) Focar na remissão dos sintomas ao invés da cura.
(C) Encaminhar para as especialidades médicas relacionadas.
(D) Agendar retornos regulares para o paciente
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Comentário:
Estamos diante de um paciente Diabetes Mellitus Insulinodependente com
o relato da acompanhante de administração irregular de insulina, com uma
queixa cardiovascular ainda não bem dissecada pela médica da ESF. A
melhor conduta para o caso seria agendar retornos regulares para o
paciente. Nestes retornos regulares deve ser solicitado o mapa glicêmico
do paciente. Em todas as consultas devem ser checadas a pressão arterial,
frequência cardíaca e realização de ausculta cardíaca. E analisar os exames
solicitados pelo médico cardiologista e avaliar a necessidade de solicitar
novos exames laboratoriais. O estado emocional do paciente também não
pode ser ignorado. Nas consultas fazer questionamento referente a
qualidade de vida, realizando investigação para doenças mentais e se
necessário, discutir caso com a equipe de saúde mental do NASF.
 
Resposta Letra D
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29. Considere que o paciente retratado no vídeo, faz tratamento para
diabetes tipo 2 com metformina 850 mg, três vezes ao dia, junto com
as refeições e com insulina NPH 10 UI, antes do jantar. Ele não tem
aplicado
regularmente a insulina há 2 meses, desde que ficou desempregado.
Nesse período, vem apresentando palpitações, mas continuase
cuidando, sem comer doces e açúcar, porém tem se alimentado muito
pouco. Seu peso
anterior era de 77 kg e, nesta consulta, ele está com 74 kg. Sua altura é
1,75 m.
Assinale a alternativa que apresenta a conduta mais adequada.
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(A) Checar a adesão ao uso de metformina, suspender insulina e
solicitar uma nova hemoglobina glicosilada e glicemia de jejum, em 3
meses.
(B) Solicitar um retorno breve com controle de glicemia capilar para
avaliar possível redução na dose de insulina e orientar sobre risco e
manejo de hipoglicemia.
(C) Reforçar a necessidade do uso regular de insulina e de
metformina, renovar a prescrição e agendar retorno, em 3 meses.
(D) Orientar controle de glicemia capilar antes do jantar para
verificar necessidade de ajuste na dose de insulina e agendar retorno,
em 1 semana.
 
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Comentário:
O paciente apresenta quadro de Diabetes aparentemente estável, mesmo
com o uso irregular de insulina. É recomendado o retorno breve com
controle de glicemia capilar para avaliar possível redução na dose de
insulina e orientar sobre risco e manejo de hipoglicemia. A sintomatologia
inespecífica relatada pelo paciente pode ter relação com os episódios de
hipoglicemia, o paciente deve receber orientações nutricionais pelo médico
e a orientação da nutricionista do NASF se disponível é recomendada para
este caso.
 
Resposta Letra B
 
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30. Considere que na consulta de retorno o mesmo paciente do vídeo
refere que continua com palpitações, associadas à sensação de falta de
ar, perda de apetite e desconforto no peito. A esposa diz que ele
costuma apresentar esses sintomas quando senta para fazer as contas
da família ou quando recebe alguma conta para pagar. Ele não tem
história prévia pessoal e nem familiar de transtorno mental. Assinale a
alternativa que apresenta o diagnóstico mais provável.
(A) Transtorno do pânico.
(B) Transtorno dissociativo / conversivo.
(C) Transtorno de ansiedade generalizada.
(D) Somatização por sofrimento mental inespecífico
 
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Comentário:
Trata-se de um caso de Somatização e Sofrimento Mental Inespecífico
Mental (Distress) – Trata-se de um quadro de sofrimento psíquico,
sofrimento mental, sofrimento difuso causador de quadros
“subsindrômicos” dos transtornos mentais que não preenchem critérios
diagnósticos. Estão associados a sofrimento, incapacitação social e busca
por serviços de saúde. Estão relacionados a crises vitais esperadas
(adolescência, início de idade reprodutiva, senescência, etc) ou não
(rompimento de relacionamentos, mortes inesperadas, mudanças de status
social, problemas financeiros como no caso desta questão, etc).
 
Resposta Letra D
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A partir da questão 31 não serão mais exibidos vídeos.
 
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31. Mulher, com 28 anos de idade, mãe de um filho de 5 anos, retorna
conforme combinado para inserção do DIU TCu380A. Ela menstruou
há 2 dias. Costuma ter ciclos regulares, com fluxo moderado e
duração de 4 dias. Teve um parto normal sem intercorrências, nunca
abortou e não
tem história de cirurgia ou infecção uterina. Realizou preventivo de
colo uterino há 5 meses, que estava normal. O médico de família e
comunidade explica o procedimento. Ela reafirma o interesse no DIU.
Ele então realiza o exame ginecológico, coloca o espéculo e faz a
assepsia do colo, vagina e períneo. Apreende o colo do útero com a
pinça de Pozzi, retifica-o e insere lentamente o histerômetro, até
perceber uma resistência, que interpreta como tendo chego ao fundo
do útero. Ao retirar o histerômetro, percebe que a distância medida
entre a entrada do colo e o fundo uterino é de 6 cm. Diante deste
achado, assinale a alternativa que apresenta a conduta correta.
(A) Parar o procedimento, orientar a paciente que o tamanho
encontrado está abaixo do mínimo necessário para inserir o DIU e
encaminhá-la para
avaliação com a ginecologia.
(B) Demarcar no aplicador do DIU a medida encontrada, inseri-lo,
agendar retorno para revisão em 1 semana e orientar diante de quais
sinais e sintomas ela deveria retornar antes desse prazo.
(C) Interromper o procedimento e solicitar ultrassonografia
transvaginal para verificar se há miomas intrauterinos ou flexão
uterina exagerada que
possam dificultar a medida adequada da cavidade uterina.
(D) Interromper o procedimento, orientar a paciente que o tamanho
encontrado está abaixo do mínimo necessário para colocar o DIU,
contraindicar sua inserção e discutir métodos anticoncepcionais
alternativos.
 
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******ebook converter DEMO Watermarks*******
Comentário:
Para se considerar um DIU BEM POSICIONADO, a distância do ápice
do DIU ao fundo uterino não deve ultrapassar 2,5 cm, assim como a
distância do ápice ao fundo da cavidade uterina não deve ser superior a 5
mm. No caso a distância medida entre a entrada do colo e o fundo uterino
é de 6 cm (DIU MAU POSICIONADO!). Dessa maneira a alternativa B
é CORRETA! Demarcar no aplicador do DIU a medida encontrada, inseri-
lo e agendar retorno para revisão em 1 semana e orientar diante de quais
sinais e sintomas ela deveria retornar antes desse prazo.
Atenção: O DIU também é considerado também mal posicionado quando
uma de suas partes penetra no miométrio (incrustado) ou tem localização
ectópica (além da serosa). Independente das distâncias mencionadas,
atualmente o que é mais aceito para um DIU ser considerado com posição
inadequada é a sua penetração total ou parcial na endocérvix.
Resposta Letra B
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32. Paciente chega para mostrar resultado de lipidograma.
Triglicerídeos 880 mg/dL, HDL 80 mg/dL e LDL 90 mg/dL. Assinale a
alternativa que apresenta qual conduta farmacológica o médico
deveria sugerir frente a este caso.
(A) Ciprofibrato.
(B) Ciprofibrato + ezetimiba.
(C) Ciprofibrato + sinvastatina.
(D) Ciprofibrato + ácido nicotínico.
 
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Comentário:
O uso clínico do Ciprofibrato é indicado em casos de hiperglicemia severa
isolada e hiperlididemia mista quando a estatina ou outro tratamento eficaz
são drogas.
 
Atenção: Em casos de pacientes portadores de insuficiência Renal
moderada portadores de hiperglicemia severa, seu uso deve ser em dias
alternados (100mg). Em caso de INSUFICIÊNCIA RENAL GRAVE e
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Severa o seu uso é
CONTRAINDICADO!
 
Resposta Letra A
 
 
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33. Uma mulher de 52 anos que tem diabetes tipo 2 e está em uso de
insulina NPH e de insulina regular comparece para consulta de
retorno. Ela traz hemoglobina glicada de 7,8% e glicemia de jejum de
128 mg/dL. Seu esquema de insulina NPH é 20 UI, pela manhã, e 08
UI, à noite, e de insulina
regular é de três doses de 04 UI, antes das principais refeições. Sua
dieta é baseada em carboidratos processados, frituras e carne
vermelha. Sua PA estava 120x80 mmHg e IMC 22. Não consome
frutas nem verduras, não usa adoçante, nem nenhum tipo de
suplemento alimentar e é sedentária. Traz controle de glicemia capilar
da última semana, conforme a tabela.
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Controle de glicemia capilar da última semana
Antes do café Antes do almoço Antes do jantar
 
137 285 161
62 180 264
185 177 202
226 71 157
128 283 312
215 194 66
 
Assinale a alternativa que apresenta a medida que deve ser adotada
inicialmente.
(A) Aumentar insulina NPH.
(B) Associar metformina.
(C) Orientar alimentação.
(D) Aumentar insulina regular.
 
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Comentário:
Trata-se de um caso muito comum nas consultas ambulatoriais, os maus
hábitos alimentares acabam prejudicando o controle glicêmico do paciente
Diabetes Insulinodependente. No mapa glicêmico não há aferição de
nenhuma aferição de hipoglicemia e existem aferições com valores
adequadosintercalando com aferições elevadas, sugerindo que a
prescrição de insulina está adequada e confirmando a dieta inadequada
referida pela paciente. Não é caso para um ajuste da medicação de insulina
injetável ou hipoglicemiante oral (metformina), mas para mudanças de
hábitos alimentares e prática de atividade física. A Alternativa C é a
correta!
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34. Paciente masculino de 50 anos começa a usar um fármaco
prescrito pelo seu MFC, com o objetivo de diminuir seu risco
cardiovascular. Duas semanas depois, em sua consulta de retorno, o
paciente queixa-se de estar apresentando fortes dores musculares, que
o impediram até de trabalhar.
Assinale a alternativa que apresenta a condição clínica que deve ter
sido evidenciada, no início do acompanhamento, pelo MFC.
(A) Obesidade.
(B) Dislipidemia.
(C) Diabetes Mellitus.
(D) Hipertensão Arterial Sistêmica.
 
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Comentário:
As estatinas são um grupo de substâncias afins, denominadas
lipoproteínas, são empregadas em medicina para tratar os altos níveis de
Colesterol, LDL-colesterol e VLDL-colesterol no sangue. Deste grupo
destacam-se a Sinvastatina pela sua disponibilidade no SUS. Estes
medicamentos comumente podem causar quadros de miopatia, câimbras
musculares e mialgia. Na ocorrência destes sintomas, recomenda-se a
substituição da medicação.
 
Resposta Letra B
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35. O secretário de saúde de um município de 10 mil pessoas está
avaliando se deve implantar um teste de rastreamento para uma
doença com prevalência de 2% na comunidade. A sensibilidade do
teste é 80% e a especificidade 90%. Com a implantação deste teste, um
acerto diagnóstico (verdadeiro-positivo) é acompanhado de,
aproximadamente,
(A) 6 alarmes falsos (falso-positivo).
(B) 10 alarmes falsos (falso-positivo).
(C) 12 alarmes falsos (falso-positivo).
(D) 16 alarmes falsos (falso-positivo).
 
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Comentário:
Prevalência corresponde a todos os casos da doença, ou seja (verdadeiros
positivos + falso negativos) = 2 % de 1000 = 200 pessoas.
 
Sensibilidade é a probabilidade de um teste dar positivo na presença da
doença. Ou seja, verdadeiro positivo. Significa que dos 200 pacientes
doentes, 160 (80%) foram detectados pela sensibilidade do teste.
 
Especificidade = é probabilidade de um teste dar negativo na ausência da
doença. Ou seja, verdadeiro negativo. Sendo assim, das 9800 pessoas sem
a doença, 8820 (90%), foram detectados pela especificidade do teste.
 
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Doença
Teste Presente Ausente
Positivo Verdadeiro Positivo Falso Positivo
Negativo Falso Negativo Verdadeiro Negativo
Total 200 9800
Doença
Teste Presente Ausente
Positivo 160 Falso Positivo
Negativo Falso Negativo 8820
Total 200 9800
Agora vamos construir a tabela:
 
 
Falta
descobrir o
número de
falsos
negativos e
falsos positivos para
completar a tabela.
 
Falsos Negativos: Se
200 é o total de
número de casos da
doença, e a sensibilidade do exame detecta 80% (160), descobrimos que
40 corresponde ao total de falsos negativos.
 
Falsos Positivos: Se 9800 correspondem ao total de número de pacientes
não doentes, e a especificidade do exame detecta 90% (8820), logo
descobrimos que 980 corresponde ao total de falsos positivos.
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Doença
Teste Presente Ausente
Positivo 160 980
Negativo 40 8820
Total 200 9800
 
 
 
 
 
 
 
 
O autor da questão deseja saber: Com a implantação deste teste, um acerto
diagnóstico (verdadeiro-positivo) é acompanhado de, aproximadamente,
quantos verdadeiros negativos? Calcula-se:
 
980 (Falso positivos) / 160 (verdadeiro positivos) = 6,125
 
Resposta Letra A
 
 
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36. O médico é desafiado a ajudar o secretário de saúde de seu
município a decidir o custo benefício em se rastrear 3 doenças (A, B e
C) presentes na comunidade local. A tabela abaixo contém a
mortalidade das três doenças no grupo controle e no grupo rastreado.
Doença
 
Mortalidade
 
Grupo controle (%) Grupo rastreado
(%)
 
A 5 4
 
B 0,5 0,4
 
C 0,05 0,04
 
 
Assinale a alternativa que apresenta a orientação correta em relação
ao rastreamento que o médico daria ao secretário de saúde.
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(A) Para a doença A, a cada 100 pessoas rastreadas é possível salvar
uma vida.
(B) Para a doença B, a cada 10.000 pessoas rastreadas é possível salvar
uma vida.
(C) Para a doença C, a cada 1.000 pessoas rastreadas é possível salvar
uma vida.
(D) As doenças B e C têm maior custo benefício de seres rastreadas
que a doença A.
 
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Comentário:
Alternativa B Errada! Na doença B, a diferença de mortalidade entre grupo
controle (0,5%) e rastreado (0,4%) é de 0,1 %. Isso significa, se
considerarmos 10.000 pessoas rastreadas (100%), teríamos a mortalidade
de 5000 no grupo controle e 4000 no grupo rastreado. Ou seja, salvaremos
1000 vidas a cada 10 mil pessoas rastreadas.
 
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Alternativa C Errada! Na doença C, a diferença de mortalidade entre grupo
controle (0,05%) e rastreado (0,04%) foi de 0,01 %. Isso significa que, se
considerarmos 1.000 pessoas rastreadas (100%), teríamos a mortalidade de
50 no grupo controle e 40 no grupo rastreado. Ou seja, salvaremos 10
pessoas a cada mil pessoas rastreadas.
 
Alternativa D Errada! Na doença B e C, a diferença de mortalidade entre
grupo controle e rastreado foram de respectivamente 0,1 e 0,01. Como na
doença A esta mesma diferença foi maior, de 1%. Conclui-se que a doença
A têm maior custo benefício do que as doenças B e C.
 
Alternativa A CORRETA! Na doença A, a diferença de mortalidade
entre grupo controle (5%) e rastreado (4%) é de 1 %. Isso significa, se
considerarmos 100 pessoas rastreadas (100%), teríamos a mortalidade de 5
pessoas no grupo controle e 4 pessoas no grupo rastreado. Ou seja,
salvaremos 1 vida a cada 100 pessoas rastreadas.
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37. Uma jovem de 24 anos, estudante, queixa-se de abaulamento
cervical há 10 dias, quando sentiu mal-estar durante por 2 dias. A
jovem nega febre, emagrecimento ou qualquer outra queixa. Ao
exame físico, constatam-se linfonodos aumentados na região referida
pela paciente, assim como em região inguinal e axilar, bilateralmente.
Os linfonodos são indolores e de consistência fibro-elástica, medindo, o
de maior de diâmetro, 1,5 cm. Ao exame do abdome, percebe-se
discreta hepatoesplenomegalia. Dentre as alternativas abaixo, assinale
a que apresenta a melhor conduta para este caso.
(A) Solicitar hemograma.
(B) Praticar demora permitida de 3 a 4 semanas.
(C) Realizar biópsia excisional do maior linfonodo.
(D) Realizar punção aspirativa por agulha fina do maior linfonodo.
 
Comentário:
O achado de abaulamento cervical sugere um processo infeccioso dos
espaços cervicais profundos que embora raras, associam-se com alta
morbimortalidade. Estes podem cursar com linfonodomegalia cervical,
axilar, inguinal e mesmo uma discreta hepatoesplenomegalia. Entre as
mais frequentes causas de Infecções Dos Espaços Cervicais Profundos
(IECP) estão os focos sépticos dentários (a origem mais comum em
adultos) e as infecções faríngeas e amigdalianas (predominantes em
crianças). Como se trata de uma suspeita de um processo infecioso grave,
não se pode praticar demora de 3 a 4 semanas. O tratamento dos Espaços
Cervicais Profundos (IECP) consiste na instituição de antibióticos tão cedo
quanto possível e, muitas vezes, na abordagem cirúrgica. Sendo assim, a
melhor conduta entre as opções seria solicitar um hemograma e não uma
punção aspirativa ou biópsia.
Resposta Letra A
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38. Uma mulher de 42 anos chega para buscar aconselhamento quanto
ao melhor método contraceptivo, pois está com namorado fixo e
ambos não desejammais usar preservativos masculinos. Ela conta ao
médico que tem enxaqueca sem aura. Dos métodos abaixo, assinale
aquele que é melhor indicado para esta paciente.
(A) Tabelinha.
(B) Minipílula.
(C) Injetável trimestral.
(D) DIU de cobre.
 
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Comentário:
Vamos analisar cada alternativa, para escolher o melhor método de
contracepção para o caso relatado. Temos uma mulher de 42 anos,
portadora de enxaqueca sem aura em relacionamento com um único
parceiro, e ambos não desejam fazer o uso de preservativos masculinos.
Saiba que os métodos anticoncepcionais são classificados em 4 categorias:
C1- Não há restrição alguma ao uso do método nesta situação.
C2- Há um baixo risco, mas os benefícios se sobrepõem aos riscos
nesta situação.
C3- Há relevante risco, que se sobrepõe aos possíveis benefícios nesta
situação.
C4- Há um risco muito elevado e o método é contraindicado nesta
situação.
 
Vamos agora analisar cada opção de contraceptivo:
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Método Acima de 40 anos Enxaqueca sem aura
 
Tabelinha C2 C1
Minipílula C2 C2
Injetável
trimestral
C2 C2
DIU de
cobre
C1 C1
 
Opção A errada! O uso de métodos naturais (tabelinha) depende muito da
regularidade do ciclo menstrual e da motivação da pessoa e possui um 
índice de falha 10% a 20%, considerado bastante alto.
 
Opção B errada! A Minipílula é um método contraceptivo eficaz, não este
contraindicada em uma paciente portadora de enxaqueca sem aurea, mas
não é isenta de riscos. A troca por um método considerado categoria C1
não é obrigatória, mas pode ajudar
 
Opção C errada! O uso de Anticoncepcional injetável hormonal como o
Depo-Provera, não é completamente isento de riscos, mas os benefícios
são maiores que os riscos nesta situação (categoria C2). A troca por um
método considerado categoria C1 não é obrigatória, mas pode ajudar.
 
Opção D correta! A melhor escolha para uma paciente de 42 anos,
portadora de enxaqueca sem aura, que não quer usar preservativo é o DIU
de Cobre. Opção de melhor benefício para a paciente (C1), menor risco e
boa eficácia no método anticoncepcional.
 
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(Gustavo 1001)
Gustavo, GUSSO,, LOPES, José Mauro Ceratti organizadores. Tratado de
Medicina de Família e Comunidade – princípios, formação e prática -
2volumes. ArtMed, 01/2012. VitalBook file.
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39. Leia a situação clínica abaixo.
“Um paciente de 60 anos está com medo de ter câncer de próstata. Ele
não tem sintoma nenhum, mas seu compadre de longas datas acaba de
padecer da doença, o que o deixou impressionado. Ele vai ao seu MFC
pedir para fazer um checkup para esse problema. O médico não
aborda o medo do paciente e, com autoridade, tenta convencê-lo a não
realizar o PSA, pois não haveria custo-benefício. Encerra a consulta.
O paciente decide procurar um urologista”. Agora, observe no gráfico
abaixo os quatro tipos de atividades preventivas na prática da
Medicina de Família. A situação clínica descrita revela características
dos campos do gráfico
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
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Comentário:
Na Figura, os quatro campos da atividade Clínica Geral/Medicina de
Família correspondem a quatro tipos de atividade (de prevenção).
 
No caso o paciente se encontra com boa saúde e seu médico não encontra
nada de errado com ele, mas o paciente demonstra muito medo da doença
que o seu compadre de longas datas acaba de falecer.
A situação a qual o médico (no caso, seria a postura que o paciente
desejaria que o médico tivesse), que usa de todos os meios em seu poder
para descobrir uma enfermidade no indivíduo que se sente saudável,
implica na prevenção secundária (II). Esse é o objetivo de triagens e de
outros exames preventivos secundários, tais como rastreios para escoliose,
doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e câncer (como Câncer de
Próstata).
 
A situação a qual o paciente tem medo e sofre, mas a ciência não oferece
qualquer ajuda, implica no quarto campo a prevenção quaternária (IV).
Esse é os campos da descrença e muitas vezes do escárnio, em que surgem
medos ancestrais. Com frequência, é o resultado da medicalização de
medos. Por isso, há uma grande demanda de pessoas com queixas
cardíacas na manhã̃ de segunda-feira, por terem visto um site ou programa
de tevê sobre cardiopatias na noite de domingo; mulheres com
cancerofobia como resultado de todas as mensagens que ouvem sobre o
câncer de mama; e pacientes “normais” patologizando tudo que desvie da
“normalidade”. Fica claro que a prática médica em si pode ser a causa de
questões graves, seja qual for o setor primário, secundário ou terciário.
 
Resposta Letra D
 
 
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(Gustavo 231, 232)
 
Gustavo, GUSSO,, LOPES, José Mauro Ceratti organizadores. Tratado de
Medicina de Família e Comunidade – princípios, formação e prática -
2volumes. ArtMed, 01/2012. VitalBook file.
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40. Mãe de primeiro filho, chega a consulta queixando-se que seu peito
direito está endurecido em uma área do quadrante superior externo, e
que a região está muito dolorida. Ela mostra o problema e acha que
foi o leite que “empedrou”. O médico confirma o problema. Assinale a
alternativa que apresenta a recomendação correta que pode ser dada
a ela.
(A) Aplicação de gelo, antes das mamadas.
(B) Ordenha manual da aréola, antes das mamadas.
(C) Compressas mornas ou banho quente, após as mamadas.
(D) Massagens delicadas, com movimentos retilíneos,
sobre a região afetada.
 
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Comentário:
Observa-se que, quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa
e endurecida dificultando a pega. Nesses casos, recomenda-se, antes da
mamada, retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada.
(Gustavo 873)
 
A ingurgitação geralmente ocorre no 3º ao 5 ] dia após o parto, por estase
linfática e obstrução dos ductos lactíferos, mas pode acometer gestantes
que cuja produção de leite é superior à demanda. Se as mamas não forem
esvaziadas, as mamas ingurgitadas se tornam edemaciadas e dolorosas.
Conduta:
Orientação sobre a descida do leite
Analgesia Oral
Ordenha manual da aréola antes das mamadas.
 
Resposta Letra B
 
 
Gustavo,
 
GUSSO, LOPES, José Mauro Ceratti organizadores. Tratado de Medicina
de Família e Comunidade – princípios, formação e prática - 2volumes.
ArtMed, 01/2012. VitalBook file.
 
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41. Gestante de 23 anos, com 25 semanas de idade gestacional e
assintomática, traz resultado de exames, previamente solicitados. O
exame de VDRL mostrou-se reagente: 1:4. O médico então pergunta
se ela tem algum exame de VDRL prévio e se tem um parceiro fixo.
Ela mostra a ele um resultado de VDRL de 9 meses antes, não
reagente, e diz que será mãe solteira, pois o pai não desejou a criança.
A conduta correta para este caso é solicitar FTA-ABS
(A) para confirmação diagnóstica e tomada de decisão segura sobre o
tratamento.
(B) e iniciar tratamento para sífilis com 2 doses de 1.200.000 UI de
penicilina benzatina.
(C) e iniciar tratamento para sífilis com 1 dose de 4.800.000 UI de
penicilina benzatina.
(D) e iniciar tratamento para sífilis com 1 dose de 7.200.000 UI de
penicilina benzatina.
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Comentário:
No caso de Sífilis adquirida em menos de 1 ano de evolução, se trata com:
1º. Opção: Penicilina Benzatina 2.400.000 UI (IM)
2º. Opção: Doxiciclina 100 mg 12 / 12 horas por 15 dias.
 
Se a Sífilis foi adquirida há mais de 1 ano de evolução, se trata com:
1º. Opção: Penicilina Benzatina 2400.000 UI (IM) durante 3 semanas
2º. Doxiciclina 100 mg 12 / 12 horas por 30 dias.
 
Resposta Letra B
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42. Uma paciente de 22 anos, G1P0A0, com 32 semanas degestação, é
Rh negativo e seu marido tem tipo sanguíneo B positivo. A MFC, que
a acompanha, vem solicitando testes seriados de coombs indireto e o
último resultado, o qual a paciente traz na consulta de hoje, mostrou-
se positivo. A conduta para este caso é
(A) encaminhá-la para o pré-natal de alto risco.
(B) solicitar novo coombs indireto para descartar falsopositivo.
(C) manter solicitação de coombs indireto mensalmente até o parto.
(D) orientar que ela receberá imunoglobulina anti-D no pós-parto
imediato.
 
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Comentário:
Para a avaliação de uma gestante com história de Rh negativo é
fundamental ter um exame confirmatório, saber o fator Rh do pai da
criança e acompanhar, se necessário, por meio da verificação do exame de
Coombs indireto, a situação sorológica da paciente. É muito importante
avaliar se houve alguma das principais formas de exposição materna ao
sangue fetal, como:
Deslocamento prematuro de placenta;
Abortamento espontâneo;
Morte fetal intraútero;
Gestação ectópica;
Mola hidatiforme;
Amniocentese;
Biópsia de vilosidades coriônicas;
Cordocentese;
Abortamento induzido;
Transfusão sanguínea intrauterina; versão externa;
Manipulação obstétrica e
Trauma abdominal.
 
É imprescindível que o diagnóstico se antecipe à Doença Hemolítica
Perinatal (DHP). Isso significa que, ao se firmar o diagnóstico de DHP,
reconhecemos que medidas importantes deixaram de ser tomadas antes da
atual gestação. São recomendadas as seguintes atitudes preventivas:
Período Pré-Gestacional: detecte a mulher com risco de desenvolver
isoimunização materno fetal, pela solicitação da tipagem sanguínea com
definição do fator Rh. Caso se identifique fator Rh negativo, deve-se
pesquisar a presença do anticorpo anti-D, por meio do teste de Coombs
indireto;
 
Período pré-natal: A preocupação nesta fase é a instalação da DHP. Se
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forem identificados anticorpos anti-D (Coombs indireto positivo), as
gestantes devem ser encaminhadas ao pré-natal de alto risco, no qual se
determinará a intensidade da hemólise provocada no feto e poderão ser
indicados procedimentos invasivos com maior brevidade. Caso o Coombs
indireto resulte negativo, seguindo as recomendações do Ministério da
Saúde ele deve ser novamente solicitado a cada 4 semanas, após a 24ª
semana gestacional.
 
Período Pós-Natal: tem o objetivo de proteger as gestações futuras.
Promove-se, na gestante com Rh negativo, a pesquisa do grupo sanguíneo
e do fator Rh no sangue do recém-nascido, assim como o teste de Coombs
direto para verificar a presença de anticorpos maternos anti-D no seu
sangue. Se o recém-nascido for Rh positivo e seu Coombs direto for
negativo, a mãe deverá receber a imunoglobulina protetora.
 
Resposta Letra A
 
 
NUTES Pernambuco
http://aps.bvs.br/aps/como-proceder-na-ubs-com-uma-gestante-que-relata-
ser-rh-negativo-apenas-na-sua-5a-gestacao/
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http://aps.bvs.br/aps/como-proceder-na-ubs-com-uma-gestante-que-relata-ser-rh-negativo-apenas-na-sua-5a-gestacao/
43. José, de 58 anos de idade, procura sua médica de família, com
dificuldade para urinar. Relata que, há 5 dias, apresenta disúria,
urgência miccional e dor à ejaculação. Ao toque retal apresenta
próstata endurecida, aumentada de voluma e dolorosa. Relata 3
episódios semelhantes nos últimos 4 meses. O medicamento que
representa a primeira escolha para o problema do paciente é
(A) Doxazosina, por 3 a 6 meses.
(B) Finasterida, por 6 meses a 1 ano.
(C) Ciprofloxacino, por 2 a 6 semanas.
(D) Sulfametoxazol/trimetoprima, por 4 a 12 semanas.
 
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Comentário:
Paciente de meia idade, com quadro de disúria, infecção do trato urinário
de repetição e dor à ejaculação. O caso é um clássico quadro clínico de
Prostatite Bacteriana Crônica.
A medicação de primeira linha é o sulfametoxazol/trimetoprima. O
tratamento deve ser realizado por 4 a 12 semanas. As fluoroquinolonas são
mais caras e, portanto, seria recomendável que fossem consideradas a
segunda escolha. Embora ofereçam taxas de cura melhores, os estudos são
estrangeiros, e não se sabe sua aplicabilidade aos perfis de resistência
nacionais.
 
Resposta Letra D
(Gustavo 1125)
Gustavo, GUSSO,, LOPES, José Mauro Ceratti organizadores. Tratado de
Medicina de Família e Comunidade – princípios, formação e prática -
2volumes. ArtMed, 01/2012. VitalBook file.
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44. João, de 43 anos de idade, procura seu médico de família e relata
que há 9 meses tem dificuldade para manter a ereção. Há 3 meses não
consegue realizar a penetração, porém mantém a ereção matinal,
antes da micção. Está desempregado há 1 ano e mantém conflito
constante com a esposa por causa da situação financeira. Nega
tabagismo, etilismo, doenças crônicas ou outras queixas. Sente-se bem
e mantém encontro semanal com os amigos para jogar futebol.
Assinale a conduta terapêutica inicial recomendada.
(A) Inibidor da fosfodiesterase-5.
(B) Reposição hormonal com testosterona.
(C) Injeção intrapeniana de prostaglandina.
(D) Antidepressivo inibidor da recaptação de serotonina.
 
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Comentário:
Paciente portador de Transtorno Erétil. O tratamento consiste em:
Mudança no estilo de vida; alimentação e prática de atividade física
regular;
Se houver diabetes, dislipidemia, alterações cardiovasculares, trata-
los;
Prescrição de Inibidor da fosfodiesterase-5 (Sildenafila).
Estes medicamentos atuam promovendo o relaxamento da
célula muscular do tecido cavernoso, condição necessária
para a obtenção da ereção.
 
Resposta Letra A
 
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45. Maria, 35 anos de idade, cozinheira, procura o seu médico de
família com queimadura no braço direito, ocorrida há 1 dia, em seu
ambiente de trabalho. Afirma que a empresa, para qual trabalha,
recusou-se a emitir a comunicação de acidente de trabalho (CAT). A
conduta correta do médico de família, em relação ao preenchimento
da CAT, é
(A) preencher o campo médico da comunicação de acidente de
trabalho e encaminhar ao INSS.
(B) encaminhar para centro de referência de assistência social para
médico do trabalho preencher a CAT.
(C) elaborar nexo técnico-epidemiológico previdenciário e encaminhar
para o perito médico preencher a CAT.
(D) redigir atestado médico e orientar a paciente a agendar perícia no
INSS para preenchimento da CAT.
 
A comunicação de acidente de trabalho (CAT) é um documento emitido
para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como
uma doença ocupacional. De acordo com a Lei no 8.213/1991 ,todo o
acidente de trabalho deve ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena
de multa em caso de omissão. Entretanto, caso isso não ocorra, pode ser
emitida pela pessoa, incluindo o próprio acidentado, seus dependentes, a
entidade sindical competente, qualquer autoridade pública ou o médico
responsável pelo atendimento.
 
Nesse sentido, em relação ao preenchimento da CAT, o médico de família
pode preencher e deve encaminhar a paciente para o INSS. No órgão
governamental será possível estabelecer o nexo técnico epidemiológico da
lesão com a sua atividade ocupacional.
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Observações: Quando o médico de família e comunidade se deparar com
situações que envolvam a necessidade de emissão da CAT, tendo em vista
os aspectos legais envolvidos, deve tomar as seguintes precauções: não
assinar a CAT em branco, verificar se todos os itens de identificação foram
preenchidos e evitar deixar campos em branco. Atentar que o atestado
médico da CAT é de competência única e exclusiva do médico
 
Resposta Letra A
 
(Gusso, 11/2018)
Gusso, Gustavo. (11/2018). Tratado de Medicina de Família e
Comunidade: Princípios, Formação e Prática, 2nd Edition [VitalSource
Bookshelf version]. 
 
 
 
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46. J.J, dois anos, sexo feminino,

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