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Caso 1 : Rompendo Barreiras É constituída de tecido epitelial, cujas células apresentam diferentes formatos e funções. Elas são originadas na camada basal, e se movem para cima, tornando-se mais achatadas à medida que sobem. Quando chegam na camada mais superficial (camada córnea) as células estão mortas (e sem núcleo) e são compostas em grande parte por queratina. Entre a camada basal (mais interna) e a córnea (mais externa), há a camada granulosa, onde as células estão repletas de grânulos de queratina e a espinhosa, na qual as células possuem prolongamentos que as mantêm juntas, dando-lhe esse aspecto. A epiderme é composta por epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. Ela contém quatro tipos principais de células: queratinócitos, melanócitos, macrófagos intraepidérmicos e células táteis. Cerca de 90% das células epidérmicas são queratinócitos, que são organizados em quatro ou cinco camadas e que produzem a proteína queratina. Lembre-se que a queratina é uma proteína fibrosa rígida que ajuda a proteger a pele e os tecidos subjacentes de abrasões, calor, microrganismos e substâncias químicas. Os queratinócitos também produzem grânulos lamelares, que liberam uma substância que repele a água, diminuindo a entrada e a perda de água e inibindo a entrada de material estranho. Cerca de 8% das células epidérmicas são melanócitos, que se desenvolvem a partir do ectoderma do embrião em desenvolvimento e que produzem o pigmento melanina. Suas projeções longas e delgadas se estendem entre os queratinócitos e transferem grânulos de melanina para eles. A melanina é um pigmento amarelo avermelhado ou castanho-escuro que contribui para a cor da pele e absorve os raios ultravioleta (UV) perigosa. Uma vez dentro dos queratinócitos, os grânulos de melanina se agrupam, formando um véu protetor sobre o núcleo, no lado voltado para a superfície da pele. Desse modo, eles protegem o DNA nuclear do dano causado pelos raios UV. Embora seus grânulos de melanina protejam efetivamente os queratinócitos, os melanócitos em si são particularmente suscetíveis aos danos causados pelos raios UV. Camada mais profunda, composta por uma camada única de queratinócitos cúbicos ou colunares que contêm filamentos intermediários de queratina (tonofilamentos) esparsos; células-tronco sofrem divisão celular para produzir novos queratinócitos; melanócitos e células epiteliais táteis (Merkel) associados aos discos táteis se encontram espalhados entre os queratinócitos. Caracteriza-se por ser rica em células-tronco, por isso é também chamada de camada germinativa. É essa camada a principal responsável pela renovação da epiderme. Nela, encontramos ainda os melanócitos, células produtoras de melanina, um pigmento responsável por dar cor à pele e aos pelos. • Oito a dez camadas de queratinócitos poligonais com feixes de filamentos intermediários de queratina; contém projeções de melanócitos e macrófagos intraepidérmicos (Langerhans). Caracteriza-se pela Ambiente e Hereditariedade CDP presença de desmossomos, que garantem a união das células dessa camada. Devido à presença dessas estruturas, observa-se um aspecto espinhoso. • Três a 5 camadas de queratinócitos achatados, com organelas começando a se degenerar; as células contêm a proteína querato- hialina (que converte os filamentos intermediários de queratina em queratina) e grânulos lamelares (que liberam uma secreção rica em lipídios que repele a água). Tem apenas de três a cinco fileiras de células achatadas e possui grânulos de querato-hialina. • Encontrada apenas nas pontas dos dedos das mãos e nas palmas das mãos e plantas dos pés; é formada por 4 a 6 camadas de queratinócitos achatados, claros e mortos ricos em queratina. • Entre poucas a 50 ou mais camadas de queratinócitos achatados e mortos que contêm basicamente queratina. células mais abundantes da epiderme. Formam as cinco camadas morfologicamente distintas: germinativa (basal), espinhosa, granulosa, lúcida e córnea; também chamadas de células dendríticas, originam-se da medula óssea e são responsáveis por estimular o sistema imunológico contra agentes invasores da pele, captando-os, processando-os e apresentando-os às células imunitárias; presentes em maior número na palma das mãos e planta dos pés, áreas em que a epiderme é mais espessa. São os mecanorreceptores da epiderme responsáveis pela sensibilidade tátil; células especializadas na produção de melanina, proteína responsável pela pigmentação e cor da pele e dos pelos. Desempenham importante papel na absorção da radiação ultravioleta, neutralizando os radicais livres, prejudiciais à pele. A quantidade de melanócitos é praticamente a mesma em todas as pessoas, independentemente da cor da pele. Apenas a quantidade de melanina produzida varia. Tais células têm prolongamentos que penetram nas diversas camadas da epiderme, inclusive nas células precursoras do pelo, alterando a cor da pele e do pelo. A derme é constituída de tecido conjuntivo fibroso, vasos sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas e fibras musculares lisas. É uma camada de espessura variável que une a epiderme ao tecido subcutâneo, ouhipoderme. Sua superfície é irregular com saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias da epiderme. A segunda porção mais profunda da pele, a derme, é composta por um tecido conjuntivo denso não modelado contendo fibras elásticas e colágenas. Essa rede enovelada de fibras possui grande resistência elástica (resiste às forças de tração ou de estiramento). A derme também tem a capacidade de se esticar e de retornar ao estado original facilmente. Ela é muito mais espessa que a epiderme e essa espessura varia em cada região do corpo, chegando às suas maiores espessuras nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. O couro, que é utilizado para a fabricação de cintos, sapatos, luvas de beisebol e bolas de basquete é a derme seca e tratada de animais. As poucas células presentes na derme incluem predominantemente fibroblastos, com alguns macrófagos e pouco adipócitos próximos à fronteira com a tela subcutânea. Vasos sanguíneos, nervos, glândulas e folículos pilosos (invaginações epiteliais da epiderme) se encontram inseridos na camada dérmica. A derme é essencial para a sobrevivência da epiderme e essas camadas adjacentes formam muitas relações funcionais e estruturais importantes. Com base em sua estrutura tecidual, a derme pode ser dividida em uma região papilar superficial e fina e em uma região reticular profunda e espessa. A região papilar contribui em cerca de um quinto da espessura da camada total. Ela contém fibras elásticas e colágenas finas. Sua área https://www.todamateria.com.br/hipoderme/ de superfície aumenta muito por causa das papilas dérmicas, pequenas estruturas com formato de mamilo que se projetam para a superfície abaixo da epiderme. Todas as papilas dérmicas contêm alças capilares (vasos sanguíneos). Algumas também contêm receptores táteis chamados de corpúsculos táteis ou corpúsculos de Meissner, terminações nervosas sensíveis ao toque. Outras papilas dérmicas também contêm terminações nervosas livres, dendritos que não possuem especialização estrutural aparente. Diferentes terminações nervosas livres iniciam sinais que dão origem a sensações de calor, frio, dor, cócegas e prurido. • Porção superficial da derme (cerca de um quinto); consiste em tecido conjuntivo areolar com fibras elásticas e colágenas finas; contém cristas dérmicas que abrigam capilares sanguíneos, corpúsculos táteis e terminações nervosas livres. • Porção mais profunda da derme (cerca de quatro quintos); consiste em tecido conjuntivo denso não modelado com feixes de colágeno e algumas fibras elásticas, ambos espessos. Os espaços entre as fibras contêm alguns adipócitos, folículos pilosos,nervos e glândulas sebáceas e sudoríferas. Localiza-se logo abaixo da derme. É formada por tecidos conectivos frouxo e adiposo e representa entre 15% e 30% do peso corporal de um indivíduo adulto. Não é considerada uma camada da pele, mesmo mantendo uma relação funcional com a derme. Portanto, sua nomenclatura mais adequada é tela subcutânea. A principal função da tela subcutânea é atuar como reserva energética, uma vez que é rica em células adiposas. Além disso, participa da defesa contra choques físicos e funciona como isolante térmico (regulação da temperatura corporal) e como conector da derme com os músculos e os ossos. São estruturas anexas que auxiliam nas atividades e funções da pele. A seguir, veremos cada uma delas. Estão presentes em toda a pele. Nesse tipo de glândula, há dois tipos de células secretoras: células escuras (que contêm muitos grânulos de secreção de glicoproteínas) e células claras (sem grânulos de secreção). As porções secretoras dessas glândulas estão localizadas na derme, na tela subcutânea e nos ductos responsáveis por exteriorizarem as secreções do tipo merócrina (sem perda de material celular). Podem emergir diretamente na superfície da pele (glândulas écrinas) ou nos folículos pilosos (glândulas apócrinas). Associadas às células secretoras estão as células mioepiteliais, cuja atividade contrátil auxilia na liberação das secreções. As glândulas sudoríferas produzem o suor, que é composto de água, sais, ureia, amônia, ácido úrico e outros componentes. O suor atua na regulação da temperatura corporal, resfriando o organismo quando a temperatura interna ou do ambiente está elevada. As glândulas sudoríferas também estão relacionadas à secreção de substâncias inúteis ao organismo, uma vez que se identifica a presença de catabólicos no suor. Estão associadas aos folículos pilosos, muito abundantes no couro cabeludo. Situam-se na derme e são definidas como glândulas exócrinas alveolares ramificadas holócrinas. As glândulas sebáceas apresentam ducto curto, epitélio estratificado pavimentoso de extremidade no folículo piloso ou diretamente na superfície da epiderme. Essas glândulas expelem sebo, secreção oleosa formada por ésteres de cera e ácidos graxos. Sua principal função é lubrificar a superfície da pele e dos pelos, protegendo-os e conferindo a essas estruturas um caráter hidrofóbico. A atividade secretora das glândulas sebáceas é fortemente influenciada pelos hormônios sexuais. Até a puberdade, a secreção é mínima e passa a ser estimulada quando os hormônios sexuais se tornam bastante ativos. A acne é formada por obstruções nos folículos pilosos, o que impede a drenagem do sebo para fora da pele. Normalmente essa obstrução é causada pela produção excessiva de sebo associado às células mortas da pele. Durante a puberdade, a produção de hormônios sexuais cresce, o que estimula a produção de sebo pelas glândulas sebáceas. Consequentemente, há aumento da incidência de acne nesse período da vida. Além dos hormônios, predisposição genética, bactérias, estresse, ambiente, medicamentos, alimentação e alguns cosméticos podem aumentar a incidência da acne. Glândulas sebáceas e sudoríferas Na imagem observam-se as glândulas sebáceas e sudoríferas e a formação da acne em virtude da obstrução dos folículos pilosos. Isso impede a eliminação do sebo presente na pele humana. Os pelos são estruturas anexas do sistema tegumentar originados nos folículos pilosos, invaginações na epiderme, cuja estrutura lamentosa delgada é composta de queratina. Os pelos humanos atuam na recepção tátil, diferentemente dos pelos animais, que também auxiliam no isolamento térmico. O crescimento do pela deriva da intensa síntese de queratina e da multiplicação, da morte e da compactação de células localizadas na porção mais basal dos folículos. A nutrição dessas células é realizada pelos vasos sanguíneos associados à base do folículo. Músculos eretores dos pelos, dispostos obliquamente e inseridos na região da papila dérmica e outras regiões, são capazes de se contrair e, assim, tracionarem o pelo, que adota uma posição mais vertical, o que o torna eriçado. Melanócitos, presentes entre a papila e o epitélio que reveste a raiz, conferem coloração característica ao pelo, uma vez que essas células transferem melanina às células do córtex (região externa) e da medula (região interna) do pelo. Glândulas sebáceas conjugadas aos folículos pilosos secretam substâncias cuja função é lubrificar os pelos. As unhas são placas de células queratinizadas e rígidas localizadas na superfície das extremidades da falange, nas pontas dos dedos. Originam-se de dobras da epiderme localizadas na ponta dos dedos. É nessa área que múltiplas células gradualmente se proliferam, diferenciam-se, acumulam queratina, morrem e se compactam firmemente, originando as unhas. A cutícula, derivada do estrato córneo da epiderme, reveste as unhas externamente. atinge a epiderme (camada superficial da pele). Apresentação com vermelhidão sem bolhas e discreto inchaço local. A dor está presente; atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada da pele). Há presença de bolhas e a dor é acentuada; atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Ocorre necrose da pele (morte do tecido), que se apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa todas as terminações nervosas responsáveis pela condução da sensação de dor. As queimaduras superficiais de primeiro grau provocam dores ao longo de dois ou três dias, seguidas por escamação da pele nos dias posteriores. As pessoas com queimaduras mais graves podem-se queixar de desconforto ou de sentir pressão em vez de dor. leva esse nome devido a sua curta duração (0,1 segundos) após o estímulo doloroso, sendo chamada também de "dor aguda", "dor pontual" ou "dor em agulhada". Esse tipo de dor é sentida, por exemplo, quando uma agulha é introduzida na pele, ou quando temos um corte acidental. Essa dor pontual rápida não é sentida nos tecidos mais profundos do corpo, sendo restrita a regiões mais superficiais como a pele. Já a é conhecida também como "dor em queimação", "dor crônica" ou "dor pulsátil", e está associada a uma lesão mais grave dos tecidos. Ela pode levar a um sofrimento prolongado, e pode ocorrer tanto na pele quanto em órgãos mais profundos. Esse tipo de dor pode demorar até 1 segundo para iniciar após o estímulo doloroso, aumentado lentamente durante vários segundos ou minutos. 1 – Fase inflamatória: Caracterizada pela presença de exsudato (secreção), que dura de um a quatro dias, dependendo da extensão e natureza da lesão. Nesse período ocorre a ativação do sistema de coagulação sanguínea e a liberação de mediadores químicos, podendo haver edema, vermelhidão e dor. 2 – Fase proliferativa: É a fase da regeneração, que pode durar de 5 a 20 dias. Nela ocorre a proliferação de fibroblastos, que dão origem ao processo chamado “fibroplasia”. Nesse período, as células endoteliais se proliferam, resultando em rica vascularização e infiltração de macrófagos. Esse conjunto forma o tecido de granulação. 3 – Fase de reparo: É a última fase do processo e que pode durar meses. A densidade celular e a vascularização são diminuídas, resultando na remodelação do tecido cicatricial (formado na fase anterior). As fibras são realinhadas para aumentar a resistência do tecido e melhorar o aspecto da cicatriz. Nessa fase, a cicatriz altera progressivamente sua tonalidade, passando do vermelho escuro a um tom rosa claro. ª ª ª 1ª intenção ou primária – a cicatrização primária envolve a reepitelização, na qual a camada externa da pele cresce fechada; 2ª intenção ou secundária – é uma ferida que envolve algum grau de perda de tecido; 3ª intenção ou terciária – ocorrequando intencionalmente a ferida é mantida aberta para permitir a diminuição ou redução de edema ou infecção ou para permitir a remoção. Existem dois tipos de fatores que influenciam a cicatrização, que são os que estão ligados diretamente ao local afetado (intrínsecos) e os que estão ligados à condição do paciente com a lesão (extrínsecos). Entre os Fatores Intrínsecos estão: • Dimensão e profundidade da lesão; • Tipo de tecido lesado; • Localização da lesão; • Infecção local e grau de contaminação; • Presença de secreções; • Necrose tecidual; • Falta de oxigenação; • Tensão na ferida; • Hemorragia; • Corpos Estranhos; • Hematomas. Vamos citar agora os Fatores Extrínsecos: • Idade; • Estado nutricional; • Estado imunológico; • Diabetes e outras doenças crônicas; • Uso de medicamentos (principalmente de esteroides) e/ou Terapias medicamentosas associadas; • Quimioterapia; • Alcoolismo; • Tabagismo.
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