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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
Lara Camila | 4º Semestre 
Os sistemas eferentes são aqueles que levam a 
propagação do estímulo do sistema nervoso central 
para os órgãos efetores; 
Os sistemas eferentes são divididos em: via motora 
somática (que irá inervar os músculos estriados 
esqueléticos) e via motora autonômica/visceral (que 
irá controlar as vísceras juntamente com o sistema 
neuroendócrino). 
O sistema motor somático possui o corpo celular do 
motoneurônio inferior localizado no corno ventral da 
medula espinal. Além disso, o neurônio motor somático 
segue com o seu prolongamento de axônio direto para 
o órgão-alvo que irá inervar. Por fim, na musculatura 
estriada esquelética, libera ACh nos receptores 
ionotrópicos do tipo nicotínico. 
➢ Doença do motoneurônio inferior a 
sintomatologia principal hipotonia – paralisia 
flácida. 
As vias autonômicas exigem a participação de dois 
neurônios: pré-ganglionar e pós-ganglionar. 
O neurônio pré-ganglionar, que possui o corpo celular 
no SNC, irá fazer sinapse com outro neurônio cujo 
corpo celular está unido a outros corpos celulares, 
formando um gânglio autonômico. Por isso, o neurônio 
que sai do gânglio para inervar a víscera é pós-
ganglionar. 
cada neurônio pré-ganglionar que chega em um gânglio 
faz sinapse com 8-9 neurônios pós-ganglionares 
(alguns podem fazer a´te com 32), e cada neurônio 
pós-ganglionar pode inervar um alvo diferente. Assim, 
um único sinal do SNC pode afetar, simultaneamente, 
um grande número de células-alvo. 
Além disso, as vias autonômicas são divididas em: 
simpática (relacionadas com a mediação de luta e 
fuga) e parassimpática; 
Os neurônios pré-ganglionares simpáticos possuem o 
corpo celular na porção toracolombar da coluna. Seus 
gânglios ficam próximos à essa porção (por isso, são 
chamados de gânglios paravertebrais), formando a 
coluna lateral de corpos celulares, e por isso, os 
prolongamentos dos axônios dos neurônios pré-
ganglionares são curtos. Ocorrerá, então, a sinapse 
entre o neurônio pré-ganglionar e pós-ganglionar com 
a liberação de ACh nos receptores colinérgicos 
nicotínicos. 
Em seguida, é iniciada uma cascata de despolarização 
e ativação do neurônio pós-ganglionar (que possui um 
longo prolongamento axonal). Ao chegar no órgão 
efetor, esse neurônio libera NA nos receptores 
adrenérgicos. 
OBS -> os neurônios pré-ganglionares simpáticos são 
curtos, mas há algumas exceções, como o neurônio que 
inerva a medula da suprarrenal. a qual irá liberar um 
neuro-hormônio na corrente sanguínea: adrenalina. 
Receptores adrenérgicos: podem ser alfa e beta; 
sendo que o alfa é o mais comum e pode responde 
melhor à noradrenalina que à adrenalina; beta I 
responde igualmente a NA e adrenalina; beta II não 
são inervados por NA; beta III são inervados e mais 
sensíveis à NA que à adrenalina. 
Os receptores adrenérgicos são metabotrópicos, ou 
seja, são acoplados à proteína G. Assim, a resposta 
celular apesar de ser mais lenta, será mais duradoura. 
 
 
No coração: beta 1 
➢ Noradrenalina em receptores beta-1 do 
coração irão causar taquicardia; 
Na maioria dos vasos periféricos: alfa 1 (em alguns 
vasos tem alfa 2) 
Nos bronquíolos: beta 2 
➢ Noradrenalina em receptores beta-2 causa 
broncodilatação. Pacientes com asma, tomam 
uma medicação simpaticomimética, ou seja, 
que irão atuar nos receptores 
noradrenérgicos para causar a 
broncodilatação. 
Os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos 
possuem o corpo celular na porção crânio-sacral da 
coluna. Seus prolongamentos de axônios percorrem um 
longo percurso até atingirem os gânglios (que se 
localizam próximo ou, até mesmo, no próprio órgão 
efetor). Quando ocorre a sinapse entre o pré e o pós-
ganglionar, há a liberação de ACh que irá se ligar a 
receptores colinérgicos nicotínicos. 
Em seguida, haverá uma cascata de despolarização e 
ativação do neurônio pós-ganglionar, que no órgão 
efetor (na junção neuro-efetora) liberará ACh que irá 
se ligar a receptores colinérgicos muscarínicos. 
Receptores colinérgicos muscarínicos: são receptores 
acoplados à proteína G. 
M1, M3 e M5: são acoplados à proteína Gq e ao ativá-
la, haverá ativação da atividade da fosfolipase C, 
causando aumento do AMPc = contração da 
musculatura lisa e relaxamento da musculatura lisa 
endotelial; 
M2 e M4: são acoplados à proteína Gi que ao ativá-
la, haverá inibição da adenililciclase = relaxamento; 
 
OBS1: independente se for via simpática ou 
parassimpática, a transição entre o pré e o pós-
ganglionar será através da liberação ACh em 
receptores nicotínicos. 
OBS2: A emergência parassimpática é crânio-sacral; 
já a emergência simpática é toraco-lombar. Na porção 
mais cranial do parassimpático as inervações seguem 
os seus percursos através dos nervos cranianos que 
possuem atividade parassimpática ( NC III, VII, 
IX, X), enquanto o SNS se distribui ao longo de toda a 
medula espinal. Assim, se a miose (contração da 
pupila) é parassimpática e sai pelo par craniano (NC 
III), a midríase (dilatação) sairá por um neurônio da 
medula espinal. 
CONTROLE AUTONÔMICO 
As vísceras são controladas por mecanismos 
autonômicos, ou seja, não conscientes. Isso porque o 
centro de comando não é cortical, e sim as áreas mais 
primitivas do encéfalo: tronco encefálico e hipotálamo. 
No hipotálamo e no tronco encefálico, encontramos 
diversos núcleos que irão controlar as funções 
relacionadas ao sistema nervoso autônomo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um exemplo de controle 
autonômico são os 
barorreceptores: uma 
menor distensão dos vasos 
envia o sinal de que a 
pressão está baixa para o 
bulbo; assim, o bulbo, para 
aumentar a pressão, irá 
reduzir o parassimpático e aumentar o 
parassimpático. Ou seja, reduzir ACh no coração e nos 
vasos e aumentar noradrenalina. Assim, haverá 
vasoconstrição periférica e aumento do débito 
cardíaco. 
Diferente do músculo esquelético, onde encontramos a 
junção neuromuscular, no músculo liso encontramos a 
junção neuroefetora – transmissão sináptica entre o 
neurônio pós-ganglionar e o músculo do órgão alvo. 
As terminações axonais dos neurônios pós-
ganglionares possuem uma série de áreas alargadas 
chamadas de varicosidade, e contém vesículas com 
neurotransmissores. Com um potencial de ação, o 
neurotransmissor é liberado no líquido intersticial 
para se difundir até os receptores. Assim, há uma 
comunicação menos direta que a comunicação que 
ocorre no sistema nervoso somático. Essa liberação 
difusa permite que um único neurônio pós-ganglionar 
possa afetar uma grande área de tecido alvo. 
 A noradrenalina liberada na junção neuroefetora 
possui três destinos: 
1- Alcançar a corrente sanguínea, difundindo-se 
para além da fenda sináptica; 
2- Ligar-se ao receptor adrenérgico (metabotrópico 
– Proteína G). 
3- Ser degradada por enzimas e reutilizadas pelo 
neurônio pós-ganglionar, para que sua ação seja 
interrompida. 
1- O potencial de ação chega na varicosidade; 
2- A despolarização abre canais de Ca2+ voltagem 
dependentes; 
3- O influxo de Ca2+ desencadeia a exocitose das 
vesículas sinápticas; 
4- A NA liga-se ao receptor adrenérgico na célula-
alvo; 
5- A ativação do receptor cessa quando a NA se 
difunde para longe da sinapse; 
6- A NA é removida da sinapse; 
7- A NA pode ser recolocada dentro das vesículas 
para ser liberada novamente; 
8- A NA é metabolizada pela monoaminoxidase 
(MAO) 
Para que a musculatura lisa responda aos estímulos, 
é necessário aumentar os níveis de cálcio intracelular 
– caso o estímulo seja para contrair – ou reduzir os 
níveis de cálcio intracelular – caso o estímulo seja para 
relaxar. 
Na musculatura lisa há várias vias que favorecem a 
liberação de cálcio no citosol: 
➢ A ligação do ligante com o receptor pode 
aumentar a quantidade de IP3 e, 
consequentemente, aumentar os níveis de 
cálcio;pode abrir canais de membrana; há 
canais de cálcio que se abrem quando há 
redução dos níveis de cálcio. 
Diferente do músculo estriado esquelético, é possível 
regular a tensão no músculo liso proporcionalmente 
aos níveis de cálcio. Quanto mais cálcio, mais forte 
será a contração do músculo liso. No entanto, se 
quisermos aumentar a força no músculo estriado 
esquelético, é necessário fazer somação. 
 
A musculatura lisa não é organizada em sarcômeros; 
possui actina e miosina, mas não têm a tropomiosina. 
Nesse caso, o cálcio é importante porque irá se ligar à 
calmodulina formando um complexo que irá ativar uma 
fosfatase presente na cabeça da miosina, permitindo 
a ligação e deslizamento da actina sobre a miosina. 
Esse mecanismo irá desenvolver o processo de 
contração.

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