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Aula 1 Fisiologia do SNA

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Fisiologia 3 
Aula 1 – Fisiologia do SNA 
 
O sistema nervoso 
 
Como vimos anteriormente, o Sistema Nervoso Central recebe, analisa e integra as informações vindas da periferia. Essas 
informações chegam ao SNC por meio dos nervos periféricos, que são responsáveis por captar e transmitir as informações 
para o SNC e deste para os órgãos efetores. Lembrando que quando falamos em SNC estamos nos referindo ao encéfalo 
e à medula espinal, e quando falamos em SNP nos referimos aos nervos e aos gânglios. 
Portanto, temos a divisão do Sistema Nervoso 
em central e periférico, sendo o central 
composto por encéfalo e medula espinal e o 
periférico dividido em SNP somático e SNP 
autônomo. O SN autônomo, por sua vez, é 
ainda dividido em SNA simpático e 
parassimpático. 
Temos que todo o conjunto de SNP, seja somático ou autônomo, recebe influencia de informações superiores, sejam 
elas de córtex, das estações mais basais de tálamo e hipotálamo (muito importante para o controle autonômico, assim 
como o tronco encefálico). 
O sistema nervoso simpático, então, é o que garante ao organismo a sua atuação no 
meio ambiente externo, sendo responsável pela motricidade somática. Quando falamos 
de sistema nervoso autônomo, também chamado de visceral, é o responsável pelo 
controle sobre o meio interno do corpo, como os movimentos peristálticos e o 
bombeamento do coração. 
No esquema é possível observar algumas características que possibilita a diferenciação 
dos sistemas nervosos. O sistema motor somático está diretamente relacionado com 
a musculatura estriada esquelética, sendo um sistema monossináptico. Já quando 
observamos o sistema motor visceral, temos que existem duas conexões, com duas 
sinapses, até chegar ao órgão efetor. 
 
Sistema nervoso somático X Autônomo 
 
Lembrando que quando falamos que o SNC envia suas informações por meio dos nervos periféricos (eferência), também 
temos que pensar que ele recebe informações pelos mesmos (aferência). Portanto, quando estamos falando de aferência 
nos referimos a sensibilidade, sendo assim, temos os neurônios sensitivos, sendo os de sentidos somáticos (dor, 
temperatura, tato, etc.) e os de sentidos especiais (visão, paladar, equilíbrio, etc.). Quando falamos de via efetora temos os 
neurônios motores com a musculatura esquelética, sendo que mesmo os reflexos involuntários fazem parte dessa via. 
Essa passagem de informações por neurônios motores sempre é por meio excitatório, utilizando acetilcolina e seus 
receptores nicotínicos. 
O sistema nervoso autônomo também possui receptores sensitivos, chamados de interoreceptores, que são 
quimiorreceptores, mecanorreceptores, etc. e que detectam algumas variações que estão presentes nos órgãos internos, 
sendo na maioria das vezes inconscientes, como o ajuste da pressão arterial, por exemplo. A eferência do SNA possui 
diversas eferências, como no músculo cardíaco, liso e glândulas. Essa eferência pode ser excitatório ou inibitório, não 
existindo apenas a acetilcolina nas junções, mas também a noradrenalina, um outro neurotransmissor. 
 
Sendo assim, temos que no sistema nervoso 
somático um único neurônio motor do SNC até a 
unidade motora. 
Já quando pensamos em SNA simpático, temos duas 
possibilidades, que podem funcionar em conjunto. Na 
primeira possibilidade temos que um neurônio 
catecolaminérgico lança seu axônio mielinizado a 
partir da coluna intermédio lateral até um gânglio 
autônomo simpático, fazendo sinapse para o 
neurônio pós-ganglionar amielinizado que faz ligação 
com a periferia. 
A segunda possibilidade pode ocorrer por meio da 
glândula suprarrenal. Na medula da glândula suprarrenal 
temos células chamadas de cromafins, que são 
responsáveis pela produção e pelo armazenamento 
de adrenalina e, uma vez que essa glândula é 
estimulada pelos neurônios mielinizados presentes na 
medula espinal, essas células cromafins lançam nos 
vasos sanguíneos adrenalina, efetuando uma ação 
sistêmica do sistema nervoso simpático. 
No sistema parassimpático encontraremos um 
esquema parecido, em que um neurônio pré-ganglionar parte da medula espinal até um gânglio parassimpático que faz 
sinapse para um neurônio pós-ganglionar amielinizado, que fará sua ligação com os órgãos internos. 
Comentamos também sobre alguns neurotransmissores que fazem parte desses sistemas. Quando falamos do sistema 
somático, temos que o principal neurotransmissor é a 
acetilcolina, que agirá em receptores nicotínicos em 
musculatura estriada esquelética. No sistema nervoso simpático 
temos três neurotransmissores que são importantes para o 
processo, sendo que quando há ação no gânglio autônomo 
temos a secreção de acetilcolina para o neurônio pós-
ganglionar, que por sua vez pode secretar noradrenalina ou 
acetilcolina nos locais de ação; quando há ação sobre a glândula 
suprarrenal temos que o neurônio pré-ganglionar secretam 
acetilcolina para a glândula e as células cromafin, por sua vez, 
secretam adrenalina e/ou noradrenalina. 
Quando nos referimos ao sistema nervoso parassimpático, o neurônio pré-ganglionar secreta acetilcolina no gânglio 
autônomo, fazendo sua ação para o neurônio pós-sináptico que secretará 
acetilcolina também. 
Vimos então que, em sua grande maioria, a acetilcolina é responsável pela 
comunicação entre os neurônios que estão nos gânglios autônomos. A 
sinapse entre os neurônios é colinérgica, que também é nicotínica, portanto, 
temos canais ionotrópicos presentes. Porém, nos gânglios autônomos há 
outras sinapses também, existindo interneurônios nos gânglios autônomos 
que modulam a ação dos neurônios pós-ganglionares. Temos na imagem o 
exemplo de uma sinapse dopaminérgica, que age no neurônio pós-
ganglionar e inibem a sua atividade. Essa ação serve para modular a atividade 
desses neurônios efetores para que não seja uma atividade intermitente. 
Quando fazemos referência ao sistema nervoso somático temos que o seu neurônio motor parte da região do corno 
ventral da medula espinal em direção ao músculo 
estriado esquelético, terminando como um botão 
sináptico na placa motora. Já quando nos referimos 
tanto sobre o sistema nervoso simpático quanto 
para o parassimpático já temos uma diferença, onde 
o neurônio parte do SNC e faz uma primeira 
conexão nos gânglios autônomos, porém, as 
informações podem ser diversas, uma vez que esse 
neurônio pré-ganglionar pode fazer conexões com 
vários neurônios dentro do gânglio, fazendo com 
que uma maior região do órgão efetor seja atingida. 
Além disso, o sistema nervoso autonômico possui 
em seus terminais uma série de varicosidades, que 
se assemelham a contas de um colar de pérola, que 
são cheias de vesículas de neurotransmissores. 
 
Placa Motora – Fendas Sub-neurais 
 
Quando falamos do sistema somático, nos referimos a ação 
da musculatura estriada esquelética, com a presença da fenda 
sináptica presente na placa motora. Essas possuem 
receptores nicotínicos do tipo 1, que são canais iônicos que 
permitem a entrada de sódio para a despolarização da célula 
muscular estriada esquelética. 
Já no sistema nervoso autonômico temos as varicosidades, onde 
temos as vesículas de receptor, que são espalhadas pelo órgão 
e, com o estímulo do neurônio pós-ganglionar, há grande 
liberação dessas vesículas de neurotransmissor. 
 
Função do Sistema Nervoso Autônomo 
 
O SNA é responsável por auxiliar o corpo a manter um ambiente interno ou um balanço fisiológico global das funções 
corpóreas (homeostase), através de comandos que levam a ações compensatórias à estímulos internos e externos, como 
por exemplo no aumento súbito da pressão arterial ou na regulação do tamanho da pupila mediante variações de 
luminosidade. Ajuda também a propiciar ajustes (neurovegetativos) que dão suporte a execução de comportamentos 
motivados: comportamento defensivo, alimentar, sexual, que são importantes para a sobrevivência do indivíduo e para a 
manutenção da espécie. 
Sendoassim, tanto o sistema simpático quanto o 
parassimpático são responsáveis pelo balanço dinâmico 
entre as suas atividades. Quando falamos nesses sistemas 
temos que há um certo antagonismo entre as suas 
ações, porém, em alguns casos há uma ação sinérgica. 
O sistema parassimpático é um sistema que tem sua 
função principal direcionada para a conservação de 
energia durante o repouso e digestão. Já o sistema 
simpático tem sua função direcionada para a 
intensificação da vigília e atividades metabólicas. 
 
 
 
Organização do Sistema Nervoso Autônomo 
 
Quando falamos em sistema nervoso simpático e parassimpático temos a divisão crânio-sacral, que faz parte do sistema 
parassimpático, e uma divisão medular, que é a que faz parte do sistema nervoso simpático. Sendo assim, temos alguns 
nervos cranianos que partem do tronco encefálico para alguns ajustes, tanto nas vísceras do crânio quanto na maioria 
das vísceras presentes no tórax, abdômen e ventre baixo; temos também nervos espinhais sacrais que farão essa 
regulação mais efetiva de órgãos do baixo ventre. Quando falamos da divisão simpática temos que partem da coluna 
torácica 1 até próxima da lombar 2 e 3, se comunicando por meio de gânglios paravertebrais (ao lado das vértebras), 
existem também outros gânglios que fazem parte dessa cadeia simpática, como os celíacos, inferior e superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diferenças Anatômicas 
 
 
As diferenças anatômicas quanto à 
localização dos neurônios pré-
ganglionares se apresentam como: 
Simpático: neurônios pré-
ganglionares simpáticos encontram-
se na coluna intermédio-lateral da 
medula espinhal, nos níveis tóraco-
lombar. 
Parassimpático: neurônios pré-
ganglionares parassimpáticos 
encontram-se nos níveis crânio-sacral. 
As diferenças anatômicas quanto à 
localização dos neurônios 
autonômicos e tamanho das fibras 
simpáticas e parassimpáticas se 
apresentam como: 
Simpático: neurônios pré-ganglionares simpáticos possuem fibras pré-ganglionares curtas e as fibras pós-ganglionares são 
longas. 
Parassimpático: neurônios pré-ganglionares parassimpáticos possuem fibras pré-ganglionares longas e as fibras pós-
ganglionares são curtas. 
 
Organização dos neurônios simpáticos pós-ganglionares em cadeia 
 
Na coluna intermédio lateral encontraremos as saídas desses 
neurônios que fazem parte do sistema catecolaminérgico, ou 
seja, simpático, formando os nervos pré-ganglionares e os pós-
ganglionares serão encontrados na cadeia ganglionar 
paravertebral. Além dos gânglios paravertebrais temos também 
os gânglios pré-vertebrais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eferências pré-ganglionares simpática 
 
Existem também, como dito antes, os gânglios pré-vertebrais, que 
se encontram um pouco mais próximo das vísceras e que também 
fazem parte do sistema simpático. O axônio do neurônio pré-
ganglionar segue o caminho do nervo espinal e, ao chegar à cadeia 
ganglionar pode fazer sinapse com o gânglio da mesma altura ou 
ainda subir, fazendo então sinapse com o neurônio pós-ganglionar 
e realizar sua função. Porém, alguns axônios podem não interagir 
com os neurônios pós-ganglionares dos gânglios paravertebrais, se 
dirigindo, então, para os gânglios pré-vertebrais. 
 
 
 
Eferência pré-ganglionares parassimpáticas 
 
Quando falamos das fibras parassimpáticas e de suas eferências pré-ganglionares, temos que estão localizadas em um 
nível crânio-sacral, logo, tanto no tronco encefálico quanto na medula espinal na região sacral. No tronco encefálico, temos 
presente no mesencéfalo o núcleo de Edinger-Westphal, de onde partem fibras que serão responsáveis por controlar o 
diâmetro de nossa pupila em resposta à iluminação (nervo oculomotor). Um pouco para baixo, temos no bulbo superior 
a presença dos núcleos salivatórios, de onde partem fibras via nervo facial e glossofaríngeo para mediar a salivação e o 
lacrimejamento. Além desses, em regiões mais inferiores do bulbo encontraremos o núcleo motor dorsal do vago, que 
tem uma função secretomotor, controlando a secreção glandular e uma função visceromotor, acarretando em resposta 
motora do coração, pulmão e intestino. Encontramos também no bulbo o núcleo ambíguo, que também se apresenta 
como responsável pela salivação. 
Além desses do tronco encefálico, fazem parte da cadeia parassimpática os neurônios da coluna intermédio lateral sacral, 
que inervam cólon, reto, bexiga e genitais. 
 
Inervação Parassimpática das glândulas lacrimais, salivares e mucosas nasal e oral 
 
Temos alguns exemplos da atuação antagônica do sistema nervoso simpático e parassimpático. O sistema simpático 
promove ligeira secreção de lágrimas e saliva mais espessa, justamente pela vasoconstrição que esse sistema aplica sobre 
essas regiões. Já a ação do parassimpático apresenta-se como antagônica nesse caso, uma vez que promove uma 
secreção lacrimal, salivar e nasal mais fluida, uma vez que há uma sinalização para essa ação, além de um aporte sanguíneo 
maior. 
 
 
 
 
 
 
Inervação autonômica do coração 
 
Além desse, temos o exemplo do coração. O coração é comandado por células específicas em locais determinados no 
coração, chamadas de marca-passos, que possuem frequências de disparos e auto despolarização. Porém, essas células 
sofrem influencia do SNA simpático e parassimpático, 
também havendo uma ação antagônica nesse caso. 
No coração, a atividade simpática aumenta a atividade das 
células marca-passos e aumenta a força de contração 
muscular, ou seja, aumenta a atividade cardíaca em geral. 
Já o sistema nervoso parassimpático diminui a atividade do 
marcapasso, diminuindo a atividade cardíaca. 
 
Como os nervos autonômicos (simpático e parassimpático) propiciam efeitos antagônicos num determinado alvo? 
Na verdade, dando como exemplo a inervação cardíaca, temos que esse antagonismo é propiciado principalmente pelos 
mediadores, ou seja, os neurotransmissores que são liberados nos locais. A acetilcolina diminui a atividade cardíaca, sendo 
assim utilizada pelo sistema parassimpático. Já o sistema nervoso simpático recorre à liberação de adrenalina e 
noradrenalina, que promovem um aumento da atividade cardíaca. Portanto, existem diferenças farmacológicas e 
bioquímicas devido à diversidade de neurotransmissores e receptores. 
No musculo estriado esquelético, a liberação de acetilcolina promove a despolarização das células e a contração muscular, 
porém, podemos observar que no coração ocorre uma ação inversa, em que a acetilcolina promove a diminuição da 
atividade cardíaca. Veremos com mais profundidade posteriormente que isso se deve, principalmente, pelo tipo de receptor 
presente no órgão efetor. No músculo estriado esquelético temos a presença de receptores nicotínicos de tipo 1, já na 
atividade cardíaca temos a presença de receptores do tipo muscarínicos do tipo 2, que são receptores acoplados a uma 
proteína G inibitória. 
 
Diferenças farmacológicas 
 
Vimos que em uma situação de neurônios pré-
ganglionares para neurônios pós-ganglionares, ou 
seja, nos gânglios autônomos, haverá a secreção 
de acetilcolina tanto no simpático quanto no 
parassimpático, sendo assim, o neurotransmissor 
utilizado nos gânglios autônomos é a acetilcolina que 
irá interagir com os receptores nicotínicos de tipo 
2 presentes, que irá propiciar uma ação excitatória. 
Já no contexto dos neurônios pós-ganglionares, 
teremos que no sistema nervoso simpático haverá 
a liberação de adrenalina ou noradrenalina, e no 
sistema nervoso parassimpático há a liberação de 
acetilcolina. 
 
 
 
Tipos de receptores: Ionotrópicos e Metabotrópicos 
 
Falaremos agora dos tipos de receptores que podem ser encontrados nesse sistema, sendo os de tipo ionotrópicos, que 
são os nicotínicos, e os metabotrópicos, que podem ser de diferentes formas. 
Relembrando um pouco os receptores 
nicotínicos, temos que eles são verdadeiros 
canais iônicos, onde determinado 
neurotransmissor se ligaao receptor, que atua 
abrindo ou fechando canais específicos que 
podem causar despolarização ou 
hiperpolarização da célula. 
Já quando falamos de receptores 
metabotrópicos temos que um 
neurotransmissor se liga a ele e após essa 
ligação ser efetuada há a ativação de uma 
proteína G, que culminará ações metabólicas 
celulares, fechando ou abrindo canais específicos. 
 
Receptores colinérgicos e adrenérgicos 
 
Os receptores colinérgicos, ou seja, os que se ligam à acetilcolina, podem ser de dois tipos: os receptores ionotrópicos, 
que são os nicotínicos e que tem relação com a excitação, e os receptores metabotrópicos, que estão acoplados a uma 
proteína G e que podem promover a abertura ou fechamento de canais específicos, excitando ou inibindo a célula. 
Os receptores colinérgicos do tipo nicotínicos, quando ativos, provocam uma rápida despolarização e efeito excitatório 
rápido. Esses receptores ionotrópicos estarão presentes no sistema nervoso simpático e parassimpático nos gânglios 
autônomos, sendo o receptor nicotínico do tipo 2. 
Quando falamos em receptores colinérgicos muscarínicos, temos os 
receptores metabotrópicos, sendo presentes os tipos M1-M5. Quando 
dividimos esses receptores temos que os receptores ímpares se 
acoplam com a proteína Gq, induzindo a ativação da fosfolipase C, que 
por sua vez promove a hidrólise de fosfoinosítideos e a produção de 
segundos mensageiros (DAG e IP3). Já os receptores de números 
pares, quando 
ativados, 
acoplam-se à 
proteína G 
inibitória Gi que inibe a atividade da adenilato ciclase e reduz os níveis 
intracelulares de AMP cíclico. 
 
 
 
 
 
Efeitos da Acetilcolina no Sistema Nervoso Autônomo 
 
Receptores nicotínicos estão presentes nos gânglios autônomos e são responsáveis pelo efeito excitatório rápido, uma 
vez que propiciam uma rápida abertura de canais de sódio. Com a liberação da acetilcolina no gânglio autonômico teremos 
a sua ação nos receptores nicotínicos de neurônios pós-sinápticos, permitindo a abertura desses canais e promovendo a 
despolarização dessas células. 
Existe também no gânglio autônomo um tipo de receptor 
metabotrópico, que é o M1, e uma vez a acetilcolina ligada a esse 
receptor, culmina na ativação da subunidade alfa da proteína G e a 
ativação da fosfolipase C que promoverá a hidrólise de fosfoinositídeos. 
Além disso, também haverá a ativação de segundos mensageiros, 
culminando no fechamento dos canais de potássio. O fechamento do 
canal de potássio promove um acúmulo de cargas positivas na célula, 
causando despolarização celular, porém, possuindo esse efeito 
excitatório moderado-lento. 
Um outro exemplo de receptores metabotrópicos é o de tipo 3, presentes no músculo detrusor da bexiga e participando 
do sistema colinérgico. Essa musculatura faz a contração da bexiga e a expulsão da urina. Quando a acetilcolina se liga a 
esses receptores há a ativação da proteína Gq, culminando no acúmulo de cargas positivas nas células e despolarização, 
sendo dessa forma feita a contração da musculatura e a expulsão da urina 
 
Regulação do esvaziamento da bexiga 
 
Sabemos que a formação da urina é dependente da ação do sistema renal, sendo que esse filtrado renal irá ser 
armazenado na bexiga para a futura eliminação. A bexiga tem uma musculatura lisa chamada de detrusor e também 
alguns esfíncteres na comunicação com a uretra. O armazenamento de urina na bexiga irá depender da complacência 
vesical, que é a capacidade da bexiga se adaptar progressivamente ao aumento dos volumes de urina, sem um aumento 
correspondente da pressão intravesical. O armazenamento eficaz da urina é passivo e apenas depende do reflexo da 
bexiga e dos esfíncteres. 
A micção é o processo de esvaziamento da 
bexiga através da uretra, pelo controle da ação 
de músculos, incluindo esfíncteres (interno e 
externo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inervação da bexiga 
 
O sistema nervoso simpático atua tanto na musculatura lisa do esfíncter interno quanto na musculatura detrusora, 
promovendo um relaxamento da musculatura detrusora e uma contração do esfíncter interno. Já o sistema parassimpático 
irá possuir ação na musculatura detrusora da bexiga, contraindo-a, além de 
haver uma ação do sistema nervoso somático na musculatura estriada do 
esfíncter externo, permitindo o esvaziamento ou não da bexiga. 
É justamente a ação do sistema nervoso simpático que irá promover a 
inibição da contração da musculatura lisa do corpo da bexiga e aumentar a 
contração do esfíncter uretral interno pela ação da noradrenalina, permitindo 
assim o enchimento da bexiga. 
Esse enchimento da bexiga acarreta em uma dilatação da musculatura que 
acaba por estimular mecanorreceptores presentes na parede da bexiga, 
gerando PA que trafegarão pelo sistema sensitivo até o corno posterior da 
medula, fazendo sinapse com neurônios presentes na coluna intermédio 
lateral que fazem parte do sistema parassimpático, de onde saem fibras 
colinérgicas para os gânglios autônomos, estimulando os neurônios que estão em contato com as fibras musculares da 
bexiga, liberando acetilcolina e promovendo a contração do músculo e esvaziamento da bexiga urinária. A ação simpática 
é diminuída, portanto, também haverá o relaxamento do esfíncter interno. Entretanto, temos ainda o esfíncter externo, 
que possui controle somático e voluntário, sendo assim, somente a cognição que permitirá ou não o esvaziamento da 
bexiga (como análise de locais adequados). 
 
Sistema respiratório 
 
Na mucosa respiratória e também na musculatura lisa das vias 
aéreas encontraremos dois tipos de receptores para 
acetilcolina, o tipo M1 e M3. O tipo M1 tem um efeito excitatório 
de certa forma moderado, já o M3 possui uma ação mais 
forte. Portanto, a presença de agentes irritantes, por exemplo 
a fumaça de cigarro, provoca estímulos de receptores 
presentes na mucosa respiratória, que são levadas ao SNC, 
gerando alguns reflexos relacionados ao SNA parassimpático, 
sendo estimulado via acetilcolina e receptores M1 e M3, 
promovendo a atividade de células e mediadores inflamatórios 
e agindo nas glândulas submucosas da arvore brônquica, 
fazendo com que haja grande secreção de muco. Além disso, 
irão propiciar uma bronco constrição. 
 
 
 
 
 
 
Receptor tipo M2 – presentes no marcapasso cardíaco 
 
Falamos anteriormente dos receptores nicotínicos do tipo N1 que estavam presentes nas junções neuromusculares das 
placas motoras e também fizemos uma comparação pensando em o porquê de a acetilcolina ter um caráter ativador no 
musculo esquelético e uma ação inibitória no coração. Isso tem relação com o tipo de receptor que encontramos no 
coração. Os receptores que se relacionam com as células marca-
passos são os receptores de tipo M2 que estão acoplados a uma 
proteína G inibitória. 
Toda vez que a acetilcolina tem ação nesse receptor M2, essas 
proteínas G inibitórias guia seus mensageiros a inibir a ação da 
adenilato ciclase e consequentemente diminuindo a quantidade de 
AMP cíclico e toda sua cascata final. Como o canal de potássio 
não é mais fosforilado, há a abertura de canais de potássio 
chamados de retificadores de potássio, perdendo o potássio 
intracelular, hiperpolarizando, diminuindo a frequência e a força de 
contração cardíaca. 
Além disso, os canais de sódio e cálcio não irão abrir, pois dependem da fosforilação da célula. 
 
Receptores Metabotrópicos 
 
Existem também os receptores metabotrópicos que terão ação a frente da atividade noradrenérgica e adrenérgica, 
portanto, todas as vezes que forem secretadas noradrenalina e adrenalina teremos ação nesses receptores 
metabotrópicos, diferente da ação dos receptores nicotínicos. 
Os receptores adrenérgicos são divididos em alfa e beta, sendo o alfa principalmente para a noradrenalina, porém, também 
podendo agir em receptores beta. Vamos ter principalmente para ação dos receptores adrenérgicos receptores do tipo 
beta. 
Os receptores betas,no caso da noradrenalina, estão acoplados a proteína G estimulatória, Gs. No caso da noradrenalina 
ligada aos receptores do tipo alfa1, temos a ação da proteína Gq, que culmina com a atividade do cálcio intracelular. E 
quando falamos do receptor alfa2 para noradrenalina, temos a relação com a proteína G inibitória, ou seja, aquela que 
diminui as concentrações de cAMP e diminui a atividade da proteína quinase e a fosforilação de outras proteínas. 
Entre os receptores adrenérgicos, temos os tipos Beta 1, 2 e 3. Na imagem temos um exemplo das atividades adrenérgicas 
que podem acontecer. Temos um receptor beta que, uma vez ligado ao neurotransmissor, ativa a proteína G que 
consequentemente culmina na atividade da adenilato ciclase, aumentando a cAMP e a atividade cardíaca, dilatação dos 
vasos sanguíneos e quebra de glicose, por exemplo. 
Quando falamos de receptores adrenérgicos do musculo liso, 
em um contexto do uso de noradrenalina, temos que esse 
neurotransmissor tem ação tanto no receptor alfa1 quanto no 
alfa2. Quando a noradrenalina se liga com o receptor alfa1 ela 
ativará a proteína Gq, que culminará na ação do cálcio 
intracelular, levando à contração. Já no receptor alfa 2, a 
noradrenalina ativará a proteína G inibitória, diminuindo a 
fosforilação proteica e fechando os canais de potássio e 
causando uma PA que irá contrair a musculatura lisa presente 
nos vasos. 
Receptores adrenérgicos de artérias 
 
O sistema adrenérgico proveniente do sistema nervoso 
simpático possui ações diferentes quando pensamos nos vasos 
sanguíneos, tendo efeito excitatório ou inibitório, conforme a 
ação dos neurotransmissores em seus receptores, como o alfa 
1 e 2 e o beta. 
Nos receptores alfa 1 e 2 temos a ação principal de noradrenalina, 
que ativam tanto a proteína Gq quanto a Gi para a constrição 
das células da parede de vasos. A adrenalina ligada aos receptores 
do tipo beta promove justamente a ação contrária, dilatando os 
vasos, uma vez que ativa a proteína Gs que atua na atividade da 
adenilato ciclase, aumentando a fosforilação e abrindo os canais 
de potássio, hiperpolarizando as células. 
 
Receptores Adrenérgicos no coração 
A noradrenalina tem ação excitatória em receptores adrenérgicos 
cardíacos de tipo beta 1, principalmente. Ou seja, o sistema nervoso 
simpático irá aumentar a atividade do marcapasso e aumentará a força 
de contração muscular. Isso ocorre via receptores do tipo beta, que 
ativam a adenilato ciclase através da proteína Gs, aumentando os cAMP 
e despolarizando a célula mediante abertura de canais de sódio e cálcio. 
 
 
Receptores Adrenérgicos no Brônquio 
Na musculatura lisa da via aérea nós 
temos a ação contrária àquela que 
mostramos com o efeito da 
acetilcolina. Portanto, a ação 
adrenérgica em receptores do tipo B-
2 permite um relaxamento da 
musculatura lisa da árvore bronquea. 
Teremos então um aumento do 
calibre dos brônquios, sendo essa 
causada pela ativação de proteína G 
estimulatória, que ativa a via de 
adenilato ciclase e permite o 
relaxamento. 
 
Receptores adrenérgicos no tecido adiposo 
Temos também o efeito da adrenalina e da noradrenalina em um tipo de receptor adrenérgico beta 3. Esse tipo de 
receptor está presente no adipócito e irá receber como neurotransmissor tanto a noradrenalina quanto a adrenalina. Esses 
neurotransmissores irão aumentar a atividade da adenilato ciclase, que culmina com o aumento da atividade de uma lipase 
triglicerídea, quebrando triglicerídeos e fornecendo energia para o corpo e auxiliando na termogênese. Sendo assim, o 
sistema nervoso parassimpático tem a função de armazenar a energia, enquanto o simpático tem a função de consumir 
a energia. 
 
A glândula suprarrenal 
 
Como já comentado no início da aula quando falamos nas diferenças anatômicas e farmacológicas entre os dois sistemas, 
mas que é importante reiterar é uma das ações do simpático que é muito importante quando falamos de glândula 
suprarrenal. 
Sendo assim, na medula da glândula suprarrenal existe as células cromafim que são responsáveis pela produção e liberação 
de adrenalina e noradrenalina, sendo essa ultima em grande parte de sua liberação. Toda a vez que esse SN simpático é 
ativado de forma maciça temos uma atividade muito grande da medula adrenal, liberando esses neurotransmissores na 
circulação sistêmica do organismo, portanto, evidenciando que temos estímulos noradrenergico e adrenérgico muito 
grande no corpo inteiro. 
 
SNA: diferenças fisiológicas

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