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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA I

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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA I 
EXAME FÍSICO: 
 Critérios: 
 Apresentar-se 
 Lavar as mãos antes e depois do exame físico 
 Estar em local calmo, bem iluminado e reservado 
 Respeitar o pudor do paciente, despindo somente a 
área a ser examinada 
 Explicar de maneira fácil e clara o exame a ser 
realizado 
 Manter-se a direita do paciente 
1. AVALIAÇÃO DO PESCOÇO E DA COLUNA 
A) Avaliação vascular das artérias do pescoço 
 Irrigação do encéfalo ocorre pelas artérias 
vertebrais e pelas carótidas internas em que elas 
vão formar na base do crânio o polígono de Willis 
 Realizar a palpação e ausculta , buscando frêmitos 
e sopros -> podem indicar a possibilidade de um 
acidente vascular encefálico 
B) Busca por limitações de movimento 
 Paciente em pé 
 Coluna cervical e lombossacra 
 Inspeção e movimentação ativa 
 
C) Avaliação dos sinais Meningorradiculares 
 Sinais de irrigação meníngea: rigidez na nuca, 
Bruzinski e Kernig; 
 Meningismo : meningite e HSA 
 Sinais de estiramento da raiz nervosa: Kernig, 
Lásegue e Teste das Pontas de Séze 
 Lombociatalgia: Lombalgia + 
acometimento neurológico: dor irradiada 
para a face posterior da coxa, parestesia, 
déficit esficteriano, redução da força e 
sensibilidade 
 LOMBALGIA : dor na parte inferior da 
coluna lombar. 
 Pode ter causa osteomuscular, 
urinário e neurológico -> 
lombocitalgia 
OBS: KERNIG: Com a pessoa em decúbito dorsal (deitada 
de barriga para cima), o profissional de saúde segura a coxa 
do paciente, fletindo-a sobre o quadril e depois esticando-a 
para cima, enquanto a outra se mantém esticada e depois 
faz o mesmo com a outra perna. 
Se no movimento em que a perna é esticada para cima, 
ocorrer a flexão involuntária da cabeça ou a pessoa sentir 
dor ou limitações para executar este movimento, pode 
significar que tem meningite. 
 
BRUDZINSKI: Também com a pessoa em decúbito dorsal, 
com os braços e pernas esticadas, o profissional de saúde 
deve colocar uma mão no peito e com a outra tentar fletir a 
cabeça da pessoa em direção ao peito. 
Se ao realizar este movimento, ocorrer a flexão involuntária 
das pernas e, em alguns casos, dor, pode significar que a 
pessoa tem meningite, o que se deve à compressão nervosa 
causada pela doença. 
 
LASÉGUE: Com a pessoa em decúbito dorsal e os braços e 
pernas esticadas, o profissional de saúde realiza a flexão da 
coxa sobre a bacia, 
O sinal é positivo se a pessoa sentir uma dor na face 
posterior do membro que está a ser examinado (atrás da 
perna). 
Estes sinais são positivos a determinados movimentos, 
devido aos processos inflamatórios característicos da 
meningite, que levam à ocorrência de espasmos dos 
músculos paravertebrais, sendo, por isso, um bom meio de 
diagnóstico 
 
2. AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO 
 Equilíbrio dinâmico: 
 Avaliação da marcha: marcha 
eubásica(normal) e disbásica -> marcha 
pé antepé 
 Paciente descalço 
 Médico avalia a marcha do 
paciente como um todo 
 Teste de Fukuda: 
 Deslocamento 1m 
 Rotação >30° 
 Elevação dos braços, mais ou 
menos, na altura do ombro -.> 
paciente marcha parado 
 Marcha 1 min a priori de olhos 
abertos e depois de olhos 
fechados 
 Equilíbrio estático 
PROVA DE ROMBERG ( não avalia o cerebelo) 
 Avalia Propriocepção e Sistema Vestibular 
 Manobra de Tandem 
 Na presença de alteração, realizar 3 vezes: 
 Romberg negativo: normal; não ocorre 
nenhuma queda para nenhum dos lados 
 Romberg positivo: 
o grandes oscilações posturais; 
paciente cai -> alteração no 
sistema proprioceptivo 
o Queda ocorre imediatamente 
quando o paciente fecha os 
olhos, já que a propriocepção 
está ligada à visão 
o Paciente quando fecha os olhos, 
perde a noção da posição do 
próprio corpo e cai 
 
 Psedoromberg ou sinal de romberg 
estereotipado: 
o Paciente com lesão vestibular 
o Paciente cai somente para um 
lado e esse local indica o 
vestibular lesionado 
o Existe um peridodo de latência 
entre o fechamento dos olhos e a 
queda 
CEREBELOPATAS: distasia + dança dos tendões 
 
3. AVALIAÇÃO DA MOTRICIDADE 
 MOTRICIDADE INVOLUNTÁRIA 
Inspeção: coréias, tremores, fasciculações, tiques 
 MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA 
 Movimentação ativa: amplitude, 
velocidade e coordenação; ataxia, 
limitações 
 Força muscular e manobras deficitárias 
Estimação: movimentação ativa -> 
contrarresistencia 
 Tônus muscular: estado de tensão de um 
músculo 
Normotonia 
Hipotonia: síndrome do motoneuronio 
inferior ou Síndrome da paralisia flácida 
Hipertonia: Síndrome do motoneuronio 
superior ou Síndrome da paralisia 
espástica 
Tônus é avaliado de 3 maneiras: 
I. Inspeção 
II. Palpalção 
III. Movimentação passiva: manobras 
punho-ombro e calcanhar-nádega 
Quando o paciente é hipotônico, essas 
estruturas tendem a se encontar 
Quando o paciente é hipertônico, essas 
estruturas tendem não se encostar e terão 
uma distancia muito maior que um 
paciente normotonico 
Evidencia-se duas características da musculatura: 
 Passividade 
 Extensibilidade (amplitude) 
 Hipertonia: hiperpassividade e 
hipoextensibilidade 
 Hipotonia: hipopassividade e 
hiperextensibilidade 
 Sinal da roda denteada: lesões extrapiramidais 
(Parkison) -> resistência constante, seguidas de 
interrupções para realização do movimento 
 Sinal do canivete : lesões piramidais ( AVE) -
>resistência exorbitante ao inicio do movimento e 
posteriormente essa resistência exorbitante vai 
cessar de forma abrupta, permitindo uma 
movimentação rápida daquele segmento. 
 
IV. Balanço Passivo Articular: 
Examinador irá segurar o antebraço do 
paciente e a sua perna de forma que a 
mão e o pé fiquem relaxados e 
pendulados 
Hipotonia: balanço excessivo 
Hipertonia: balanço reduzido 
4. AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO 
Controlado pela propriocepção e pelo cerebelo 
Propriocepção faz parte da sensibilidade profunda e tem a 
função de avisar constantemente o cerebelo e o córtex 
cerebral do posicionamento corporal para auxiliar na 
manutenção do equilíbrio quanto do tônus muscular 
Cerebelo: regula e planeja os movimentos delicados. 
Ataxia: déficit de coordenação. Pode ser de origem: 
1. Cerebelar: sem melhora com controle visual 
2. Sensitiva: melhora com controle visual 
3. Mista 
Coordenação Axial: relacionado ao tronco 
 Prova de assinergia de tronco-membros: 
paciente em decupido dorsal, cruza os 
braços na frente do corpo e tenta sentar 
sem o auxilio dos braços. 
 Manobras de Fournier: comandos ao 
paciente 
Coordenação apendicular: manobras para os membros 
superiores 
 Manobra índex-nariz 
 Manobra index-nariz-index: feita em 3 etapas: 
O paciente deve extender os braços ao lado do 
corpo e tentar encostar a ponta do dedo indicador 
no seu nariz 
Primeiro de um lado e depois do outro e depois os 
dois ao mesmo tempo 
Primeiro de olhos abertos e depois de olhos 
fechados 
 
 Prova calcanhar-joelho: paciente tenta encostar o 
calcanhar no joelho contra-lateral. Fazer isso dos 
dois lados 
 Manobra hálux-dedo 
 Prova dos movimentos alternados: 
 Prova do Rechaço 
5. AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS 
Arco reflexo: 
 Detecção do estímulo: receptor 
 Aferência: neurônio sensitivo 
 Centro motor: substancia cinzenta medular 
 Eferencia: neurônio motor 
 Ação: órgão efetor 
Reflexos são divididos em: 
1. Proprioceptivos(profundos): receptores em 
músculos e tendões -> uso do martelo neurológico. 
Testado quando o paciente está distraído 
2. Extereoceptivos(superficiais): receptores em pele e 
mucosas. Objeto de ponta-romba 
Graduação: 
1. Arreflexiva: zero 
2. Hiporreflexiva: + 
3. Normoreflexiva: ++ 
4. Reflexo vivo: +++ : fisiológico 
5. Hiperreflexiva: ++++ : patológica 
6. AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE 
Primárias: (comparativa) 
 Superficial: tátil, térmica e dolorosa 
 Profunda: cinético-postural e vibratória 
Secundárias: 
 Grafestesia: capacidade de identificar a escrita por 
meiotátil. Examinador pode escrever uma letra ou 
um número na palma da mão do paciente 
 Estereognosia: capacidade de identificar objetos a 
partir de estímulos do tato/toque 
7. AVALIAÇÃO DOS 12 PARES DE NERVOS 
CRANIANOS 
I. Nervo olfatório: 
Sensitivo: sentido do olfato 
Possíveis achados: 
 Anosmia 
 Hiposmia: diminuição do olfato 
 Parosmia: paciente troca os cheiros 
 Cacosmia: sensação de estar constantemente 
sentindo odores fedidos 
 Agnosia olfativa: paciente não consegue identificar 
o cheiro 
II. Nervo óptico: 
Sensitivo: sentido da visão 
Avaliação em 3 etapas: 
1. Acuidade visual (tabela de Snellen) 
2. Campimetria: avaliação do campo visual do 
paciente 
Examinador e paciente estejam no mesmo nível de 
visão 
Examinador pede ao paciente que tampe um lado 
dos olhos com a parte hipotênar da mão. 
Examinador faz a mesma coisa 
Examinador pede ao paciente que fixe o olhar em 
uma parte do seu rosto, pode ser a ponta de seu 
nariz, de tal forma que o examinador 
movimentando o objeto em várias direções 
pergunta ao paciente se ele está enxergando, 
comparando seu campo visual com a do paciente 
3. Fundoscopia: observa-se a estrutura interna do 
olho 
II e III par – nervos ópticos e oculomotor 
Reflexo fotomotor 
 Aferencia: II par 
 Eferencia: III par 
Reflexo fotomotor direto e consensual 
III (N. oculomotor), IV (N. troclear) e VI (N. Abducente)- 
nervos motores oculares 
Musculatura ocular intrínseca: músculos lisos responsáveis 
pelo controle do diâmetro pupilar e acomodação do cristalino 
Musculatura ocular extrínseca: músculos estriados 
esqueléticos responsáveis pela movimentação do globo 
ocular 
V. Nervo trigêmeo 
 Misto: sensibilidade facial + inervação dos 
músculos da mastigação 
 Avaliação do ramo sensitivo 
 Teste da sensibilidade facial (V1-ramo 
oftálmico, V2-ramo maxilar, V3-ramo 
mandibular) 
 Reflexo córneo palpebral 
 Avaliação do Ramo motor 
 Inspeção 
 Palpação dos músculos de mastigação 
 Teste de força – tração das espátulas 
VII. Nervo facial: 
 Misto: sensibilidade gustativa + motricidade dos 
músculos da face 
 Ramo sensitivo: gustação dos 2/3 anteriores da 
língua 
 Avaliação do Ramo motor: 
 Inspeção da simetria da face (rima labial) 
 Mímica facial + M. platisma 
Paralisia facial 
 Periférica – acometimento de uma Hemiface 
completa, ipsilateral à visão 
 Local da lesão: nervo facial 
 Possível causa: vírus herpes zoster 
 Central – acometimento apenas do andar inferior, 
contraletral á visão 
 Local da lesão: hemisfério contralateral 
 Possível causa: AVE 
VIII. Nervo vestibulococlear 
Sensitivo: equilíbrio e sentido da audição 
 Avaliação do Ramo Vestibular: exame do 
equilíbrio e coordenação 
 Avaliação do ramo coclear: 
 Fala do examinador ou Atrito dos dedos 
 Teste de Rinne 
 Teste de Weber 
 
IX e X par – nervo Glossofaríngeo e vago 
 Mistos: relacionados à motricidade do palato mole , 
úvula e músculos da deglutição 
 Ramo sensitivo: inervação da faringe e 
laringe, viscerocepção e gustação do 1/3 
posterior da língua e da faringe 
 Ramo motor: inervação dos M. da faringe 
e da faringe. Sinal da cortina: lateralização 
da úvula para o lado contraletal da lesão 
XI. Nervo acessório 
 Motor: inervação do M. Trapézio e M. 
esternocleidomastóideo 
 Movimentação ativa e Teste de força ( 
contrarresistencia) 
Elevação do ombro – trapézio 
Rotação cervical – esternocl. 
XII. Nervo Hipoglosso 
 Motor: inervação do M. Genioglosso 
o Inspeção da língua – atrofias e desvio 
o Palpação – consistência 
o Movimentação interna e externa

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