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Semiologia Neurológica

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1 
 
 
Anatomia e Fisiologia 
• SN é revestido por pele→ crânio→ dura máter→ aracnoide→ pia máter→ cérebro 
 
 
• Cérebro: 
o Lobo frontal: motricidade, função executiva, tomada de decisões e controle dos esfíncteres 
o Lobo parietal: sensibilidade (integração das sensibilidades), principalmente tátil e dolorosa 
e interpretação dos estímulos sensoriais 
o Lobo occipital: visão e noção visual-espacial 
o Lobo temporal: linguagem, memória e função viso-espacial 
 
o Corpo caloso: estrutura central do cérebro que faz comunicação dos 2 hemisférios. 
o Vascularização: 
▪ Circulação anterior: irriga quase 70% de todo o tecido encefálico (lobo frontal, 
parietal e temporal) por meio das 2 artérias carótidas internas. 
▪ Circulação posterior: irriga o restante do tecido encefálico (occipital, tronco 
encefálico e cerebelo) por meio das 2 artérias vertebrais e basilar 
 Semiologia Neurológica 
2 
 
 
• Células do SN: 
o Neurônios: 
▪ Corpo celular, com dendritos e axônios 
▪ Corpo celular fica na substância cinzenta (mais externa) e axônios ficam na 
substância branca (mais interna) 
▪ Mielina é produzida por oligodendrócitos no SNC e pelas células de Schwann no SNP, 
que fornecem mielina para os neurônios dos nervos periféricos 
▪ Comunicação entre os neurônios ocorre por meio de outros axônios ou sinapses. São 
revestidos de mielina para condução nervosa mais eficiente 
o Células da Glia: oligodendrócitos, células de Schwann, células ependimárias e astrócitos 
 
• Sistema Nervoso Central 
o Encéfalo 
▪ 4 regiões: telencéfalo, diencéfalo, tronco encefálico e cerebelo 
▪ 2 hemisférios divididos em lobos frontal, parietal, temporal e occipital 
▪ SNC do encéfalo é uma vasta rede de neurônios interconectadas, formadas por 
corpos celulares e axônios (longa fibras únicas que conduzem impulsos para outras 
partes do sistema nervoso. 
▪ Substância Cinzenta: 
• Agregados de corpos celulares de neurônios 
• Localização: bordas dos hemisférios cerebrais, formando o córtex cerebral 
▪ Substância Branca: 
• Axônios neuronais recobertos por mielina 
• Bainhas de mielina (coloração branca)→ tornam possível o avanço rápido 
dos impulsos nervosos 
▪ Outros agregados de substância cinzenta 
• Núcleos da base→ influenciam no movimento 
• Tálamo e hipotálamo→ diencéfalo 
o Tálamo: processa impulsos sensoriais e os retransmite para córtex 
cerebral. 
3 
 
o Hipotálamo: influencia o sistema endócrino e governa os 
comportamentos emocionais. 
 
▪ Cápsula interna: parte da substância branca 
• Lugar onde fibras mielinizadas vindas de todas as partes do córtex cerebral 
convergem e descem para o tronco encefálico. 
o Tronco encefálico 
▪ Conecta parte superior do encéfalo com a medula espinal 
▪ 3 seções: mesencéfalo, ponte e bulbo (medula oblonga) 
▪ A consciência depende da interação dos hemisférios cerebrais com o sistema 
ativador reticular que está no diencéfalo e na parte superior do tronco encefálico 
o Cerebelo 
▪ Na base do encéfalo 
▪ Coordena todos os movimentos e ajuda a manter o corpo na posição ortostática no 
espaço 
o Medula Espinal: 
▪ Abaixo do bulbo, o SNC se estende para a medula espinal, envolta pela coluna 
vertebral e termina no nível de L1 ou L2. 
▪ Espessura é maior no segmento cervical, pois contém tratos nervosos para os 
membros superiores e inferiores 
▪ Cauda equina: raízes lombares e sacrais percorrem a maior distância intraespinhal e 
se abrem, de modo semelhante ao rabo de um cavalo, em LI a LII 
▪ Punções lombares: realizadas nos espaços entre as vértebras LIII e LIV ou LIV e LV. 
• Sistema Nervoso Periférico 
o Nervos cranianos e nervos periféricos que se projetam para o coração, vísceras, pele e 
membros 
o Controla sistema nervoso somático→ regula movimentos musculares e respostas às 
sensações táteis e álgicas 
o Controla sistema nervoso autônomo→ conecta com órgãos internos e gera as respostas 
reflexas autônomas 
▪ SNA simpático: mobiliza órgãos durante estresse e estimulação 
▪ SNA parassimpático: conserva energia e recursos durante períodos de repouso e 
relaxamento 
o Medula espinal contém substância cinza e branca 
▪ Cinzenta→ agregados de núcleos de células nervosas e dendrito circundados por 
tratos brancos de fibras nervosas que conectam o encéfalo ao SNP 
4 
 
 
• Divisão somatotópica 
o Homúnculos separados pelo sulco central 
o Homúnculo Motor: 
▪ Representação dos músculos no giro pré-central 
▪ Músculo da boca, face e língua→ região lateral do lobo frontal 
▪ Músculos do tronco, perna e mão→ mais mediais 
▪ Lesão mais medial pode causar fraqueza na perna→ lesão crural 
o Homúnculo Sensitivo 
▪ Giro pós central 
▪ Lesão mais lateral provoca perda de sensibilidade da face 
▪ Lesão mais medial pode causar perda da sensibilidade dos MMII ou do tronco 
 
• Via Motora 
o Córtex motor (1º neurônio motor)→ trato piramidal (axônio do neurônio motor passando pela 
substância branca)→ 2º neurônio motor na região do tronco (trato córtico-nuclear) ou na 
medula (trato córtico espinhal)→ 2º neurônio motor emite raízes espinais→ plexos→ nervos 
 
o Padrão de distribuição de Fraqueza: 
5 
 
▪ Uni ou bilateral 
▪ Unilateral→ irá envolver fibras nervosas que controlam os músculos da metade 
contralateral do corpo. 
• Isso ocorre devido ao cruzamento das fibras do trato corticoespinhal (decussação 
a nível das pirâmides bulbares). Assim, o córtex motor direito controla os 
músculos do hemicorpo esquerdo. 
• Existe uma pequena porção de fibras que não cruzam, as quais participam do 
controle motor do tronco (músculos axiais) 
• Via sensitiva 
o Neurônio sensitivo possui receptores mais distais, que se comunicam com a terminação 
nervosa, seguindo como um nervo 
o O nervo se junta a um plexo, que segue para as raízes espinhais→ medula espinhal→ trato 
sensitivo→ encéfalo. 
o Cada nervo sensitivo possui uma representação cutânea (dermátomo), que permite rastrear a 
raiz espinhal afetada no paciente 
o Dérmatomo: território cutâneo inervado por fibras da raiz dorsal e recebe o nome da raiz que a 
inerva. Representação sobre a sensibilidade cutânea de lesões que acometem as raízes dorsais 
o Hipoestesia: diminuição da sensação do tato→ tátil, dolorosa ou térmica 
 
Anamnese 
• Forma de instalação dos sintomas: 
o Aguda (seg-min) 
▪ Indicativo de doença vascular→ AVE, trombose venosa, ruptura de aneurisma 
o Subaguda (horas-dias) 
▪ Infecções, doenças autoimunes, intoxicações. 
o Crônica (semanas) 
▪ Neoplasias, doença neurodegenerativas e carenciais 
• Evolução dos sintomas: 
o Doença remitente-recorrente: 
6 
 
▪ O paciente possui uma doença, piora, volta ao normal e depois recomeça o ciclo 
o Doença progressiva (primária): tende a só piorar 
o Doença secundariamente progressiva: piora, depois melhora, depois piora de novo, porém, 
essa piora ocorre com progressão a cada episódio 
o Doença de progressão recorrente: paciente apresenta surto de piora sobrepostos a uma 
progressão continuada dos sintomas. 
• ISDAS 
o Alteração de comportamento, memória e humor 
o Mudança de fala, tom de voz, compreensão e/ou fluência 
o Alterações da visão: borrada, dupla, falhas nos campos de visão 
o Fraqueza: dificuldade de subir escadas, pegar algo no alto, abrir garrafas 
o Desequilíbrio: quedas e tonturas 
o Dificuldade de caminhar 
o Movimentos anormais→ crises convulsivas, tremor, postura anormal 
o Controle sobre a bexiga e evacuação 
o Dor cefaleia 
o Febre 
• HMP 
o HAS, tabagismo, aterosclerose, dislipidemia→ doença cerebrovascular 
o DM: doença cerebrovascular, demência e neuropatia periférica 
o Etilismo: deficiências vitamínicas, neuropatia periféricas doenças demenciais 
o Uso de drogas ilícitas 
o Imunossupressão→ neuro-infecção 
o Doenças reumáticas→ esclerose múltipla, neuro-lúpus doença de Devic (neuromieliteóptica) 
o DRC: alterações metabólicas, neuropatia, AVC 
o Hepatopatia→ encefalopatia hepática 
o TCE→ pode causar epilepsia e hidrocefalia 
o Uso de medicações→ intoxicações 
o Neoplasias→ metástase e síndrome paraneoplásicas 
o Vacinação e infecções→ síndromes pós vacinais e pós infecciosa, como encefalomielite 
difusa aguda 
o História do periparto e gestão: encefalopatias crônicas, nas quais as causas podem ser, por 
exemplo, hipóxia perinatal ou hemorragia intracraniana perinatal 
o Dificuldade escolar→ déficit intelectual 
o Medicamentos em uso: 
▪ Anti-eméticos: sintomas extrapiramidais 
▪ Neuroepilepticos: sintomas extrapiramidais 
▪ Antidepressivos→ pernas inquietas 
▪ Analgésicos: cefaleia crônica 
▪ Anticolinérgicos→ delirium e demência 
▪ Corticoides: miopatias 
▪ Obs.: questionar sobre tratamentos tentados no passado e as doses, assim, 
identificar doses incorretas e ver se vale a pena tentar novamente ou não. 
• HF 
o Doenças hereditárias 
o Cefaleia 
o Epilepsia 
7 
 
o DCV 
o Demências 
o Internação psiquiátrica 
o Consanguinidade 
o Pais oriundos da mesma cidade 
o Morte inexplicável/esclerose/atrofia 
• Cefaleia: 
o Primárias: enxaqueca, cefaleia tensional, cefaleia em salvas e cefalalgias autônomas 
trigeminais 
o Secundárias: consequentes a causas estruturais, sistêmicas ou infecciosas subjacentes e 
potencialmente fatais 
o Avaliar intensidade, localização, duração e manifestações associadas. 
o Fatores de piora e melhora→ piora com espirro ou tosse, movimentos abruptos, que podem 
alterar as dinâmicas da pressão intracraniana 
o Febre, rigidez de nuca ou foco parameníngeo como otite, sinusite ou infecção da faringe→ 
meningite 
o Investigar sintomas incomuns: instalação abrupta, ocorrência após 50 anos de idade, 
paliedema e sinais neurológicos focai 
o Obs.: Hemorragia subaracnóidea →“a pior cefaleia que a pessoa já sentiu” com início 
instantâneo. 
o Tumores ou abcessos cerebrais→ cefaleia surda que se exacerba por tosse e espirros, 
especialmente quando recorrente na mesma localização, ocorre em lesões expansivas. 
o Enxaqueca → precedida por uma aura ou pródromo. 
▪ altamente provável se existirem três dessas cinco condições: cefaleia pulsátil; 
duração de 1 dia, ou dura 4 a 72 h se não for tratada; unilateral; náuseas ou vômitos; 
incapacitante ou intensidade que compromete a atividade diária 
• Tontura ou vertigem 
o Pesquisar história medicamentosa, principalmente em idosos 
o O paciente sente como se fosse desmaiar (pré-síncope)? Ou apresenta desequilíbrio 
(ataxia)? Ou existe vertigem verdadeira, uma sensação de rotação do próprio paciente ou 
do ambiente? 
o Se o paciente apresentar vertigem verdadeira, estabeleça a cronologia dos sinais e 
sintomas, o que ajuda a distinguir entre os tipos diferentes de transtornos vestibulares 
periféricos 
o A vertigem frequentemente reflete doença vestibular, geralmente de causas periféricas na 
orelha interna, como vertigem posicional benigna, labirintite ou doença de Ménière 
o Se houver sintomas ou sinais de localização, tais como diplopia (visão 
dupla), disartria (dificuldade de formar palavras) ou ataxia (transtorno da marcha ou do 
equilíbrio), investigue causas centrais de vertigem. 
o Ataxia, diplopia e disartria fazem suspeitar de AIT ou AVC vertebrobasilar 
▪ Considere, também, tumor da fossa posterior e enxaqueca com aura do tronco 
encefálico. 
• Fraqueza muscular: 
o É importante elucidar o que o paciente quer dizer – fadiga, apatia, tontura ou perda 
verdadeira da força muscular 
o Fraqueza motora verdadeira pode surgir do SNC, de um nervo periférico, da junção 
neuromuscular ou de um músculo. 
o A cronologia e a localização são especialmente relevantes. 
8 
 
▪ A ocorrência da fraqueza muscular foi súbita, gradativa ou subaguda, ou crônica (ao 
longo de um período prolongado de tempo)? 
o Ocorre início abrupto dos déficits motor e sensorial no AIT e no AVC. 
o Início subagudo progressivo de fraqueza nos membros inferiores→ síndrome de Guillain–
Barré. 
o Início crônico, mais gradual, de fraqueza nos membros inferiores ocorre em tumores 
primários e metastáticos da medula espinal. 
o Perguntas relevantes: Que áreas do corpo são afetadas? A fraqueza muscular é 
generalizada ou focal (na face ou em um membro)? A fraqueza muscular ocorre em um 
dimídio ou nos dois dimídios? Que movimentos são comprometidos? 
o Enquanto o paciente fala, deve-se tentar identificar os seguintes padrões: 
▪ Proximal – no ombro e/ou na cintura escapular, por exemplo 
▪ Distal – nas mãos e/ou nos pés 
▪ Simétrico – nas mesmas áreas de ambos os lados do corpo 
▪ Assimétrico – os tipos de fraqueza muscular incluem focal, em uma parte da face ou 
de um membro; monoparesia, em um membro; paraparesia, nos dois membros 
inferiores; e hemiparesia, em um hemicorpo. 
o Fraqueza muscular focal ou assimétrica → causas centrais (lesões isquêmicas, trombóticas 
ou expansivas) assim como periféricas, que variam desde lesão de um nervo até 
transtornos da junção neuromuscular e miopatia. 
o Fraqueza muscular proximal 
▪ Simétrica com sensibilidade preservada→ miopatias secundárias ao etilismo, 
fármacos como glicocorticoides e distúrbios inflamatórios da musculatura, 
como polimiosite e dermatomiosite. 
▪ Assimétrica→ miastenia gravis (transtorno da junção neuromuscular), fraqueza 
assimétrica que se exacerba aos esforços, frequentemente associadas a 
manifestações bulbares como diplopia, ptose, disartria e disfagia. 
▪ É preciso perguntar se o paciente sente dificuldade em executar movimentos como 
pentear o cabelo, alcançar uma prateleira alta, levantar de uma cadeira ou subir 
escadas. 
▪ A fraqueza muscular se exacerba com os movimentos repetidos e melhora após o 
repouso (sugerindo miastenia gravis)? Há manifestações sensoriais associadas ou 
outros sinais e sintomas? 
o Para identificar fraqueza muscular distal, é preciso perguntar sobre força na mão ao tentar 
abrir a tampa de um frasco ou ao usar uma tesoura ou chave de fenda. O paciente tropeça 
ao caminhar? 
▪ Fraqueza bilateral predominantemente distal, frequentemente com perda sensorial, 
sugere uma polineuropatia, como no diabetes melito. 
• Dormência, sensibilidade anormal ou ausente: 
o Perguntar se sente “agulhadas”→ parestesia, disestesia 
o Perguntar se é mais uma analgesia→ ausência total de sensibilidade ou sensibilidade 
reduzida 
o Alterações sensoriais podem ser em diversos níveis: 
▪ Compressão de um nervo→ nervo mediano, ulnar ou radial 
▪ Compressão de raízes nervosas→ perda sensorial em dermatómo devido a 
osteófitos vertebrais ou hérnia de disco 
▪ Lesões centrais→ AVC, esclerose múltipla 
o Disestesias→ toque leve ou teste com agulha causa sensação irritante ou dor em queimação 
▪ Dor em queimação pode ocorrer na diabetes melito 
9 
 
o Importante estabelecer o padrão de perda sensorial 
▪ A distribuição é em meia luva? 
▪ Déficits são heterogêneos, não seguem o dermátomos? 
▪ Ocorre em mais de um membro? 
▪ Polineuropatias: padrão de perda sensorial em meia, depois em luva. Ex.: diabetes 
▪ Mononeurite: múltiplas áreas heterogêneas de perda sensorial em membros 
diferentes. 
• Desmaio e blackout (quase síncope e síncope) 
o O primeiro passo é descobrir se o paciente realmente perdeu a consciência 
▪ O senhor ouviu algum ruído ou vozes durante o episódio? 
▪ Sentiu-se fraco ou como se fosse desmaiar, mas não perdeu totalmente a 
consciência?!. → quase síncope ou pré-síncope 
▪ Síncope verdadeira→ perda abrupta, mas temporária da consciência e do tônus 
postural em decorrência de hipoperfusão global temporária do cérebro 
▪ Importante ter uma descrição completa do evento 
• O que o paciente estava fazendo quando isso aconteceu? Estava em pé, 
sentado ou deitado? 
• Houve algum sinal de aviso? 
• Quanto tempo durou o episódio? 
• O paciente continuou ouvindo vozes? 
• É importante saber se o início e o final do episodio forma lentosou rápidos e 
se houve palpitações 
• Crises epilépticas 
o Súbita descarga elétrica excessiva pelos neurônios corticais 
o Epilepsia: dois ou mais episódios de convulsão que não são provocados por outras doenças 
ou circunstâncias 
▪ Mais comum em lactentes e idosos 
▪ Síndromes epilépticas generalizadas geralmente surgem na infância ou na 
adolescência 
o Nem sempre provoca perda de consciência 
o Pontos importantes: 
▪ Movimento espasmódico associado dos MMII ou MMSS? 
▪ Incontinência vesical ou fecal? 
▪ Sonolência ou comprometimento da memória após o evento 
▪ Início dos sinais e sintomas 
▪ Mudança no padrão ou na frequência dos sintomas 
▪ Consumo de medicamentos, álcool e outras drogas 
▪ Verificar se o paciente sofreu TCE 
o Causas frequentes de crises epilépticas agudas: 
▪ TCE 
▪ Consumo de etanol 
▪ Cocaína e outras substâncias psicoativas 
▪ Abstinência de álcool 
▪ Benzodiazepínicos e barbitúricos 
▪ Agravos da glicemia alta ou baixos níveis de cálcio ou sódio 
▪ AVC, meningite ou encefalite 
• Tremores ou movimentos involuntários 
10 
 
o Movimento oscilatório rítmico de uma parte do corpo que resulta de grupos musculares 
opostos 
o Transtorno do movimento mais comum 
o Perguntas importantes: 
▪ Existência de tremores, abalos ou movimentos corporais involuntários 
▪ Se o tremor ocorre em repouso ou não 
▪ Se o tremor pior com movimentos voluntários ou com posturas? 
o Síndrome das pernas inquietas: 
▪ Sensação desagradável nos MMII, principalmente à noite, que se intensifica com o 
repouso e melhora com a movimentação do membro. 
▪ Causas reversíveis→ gravidez, doenças renais e deficiência de ferro 
o Doença de Parkinson 
▪ Tremores unilaterais de baixa frequência em repouso, rigidez e bradicinesia 
o Tremor essencial 
▪ Movimentos bilaterais, de alta frequência, dos MMSS 
▪ Ocorre com o movimento dos dois membros e postura sustentada 
▪ Geralmente cede quando o membro está relaxado 
Exame Físico 
• Etapas: 
o Estado Mental 
o Equilíbrio 
o Marcha 
o Sistema Motor 
o Sensibilidade 
o Sinais de Irritação meníngea 
o Pares Cranianos 
Estado Mental 
• Consciência: estado que permite ao individuo ter a percepção de si mesmo e do ambiente em que 
se encontra, além de responder a perguntas e comandos de uma forma clara, orientada e objetiva 
• Nível de Consciência (Quantidade) 
o Lucidez/vígil: percepção de si e do meio 
o Sonolência: paciente sonolento, mas com conteúdo organizado. Eles tendem a manter os 
olhos fechados ou alternar períodos de olhos fechados com olhos abertos 
o Obnubilação: sonolência e desorientação 
o Torpor: sonolência e queda da lucidez, com conteúdo anormal da consciência. Paciente 
mantém os olhos fechados, podendo ter abertura ocular ao estímulo doloroso 
o Coma: ausência de consciência 
o Escala de Glasgow 
▪ Paciente vígil está atento e com olhos abertos e o em coma está com olhos fechados 
▪ Estímulo doloroso pode ser feito na região de glabela (próximo a sobrancelha) ou do 
esterno ou na ATM ou no leito ungueal 
• Se houver retirada de estímulo, pode-se fazer um estímulo na face lateral do 
braço e na face medial 
• Se houver tentativa de retirada, significa que o paciente está localizando a 
dor. 
11 
 
• A retirada inespecífica não varia com o local de aplicação de estímulo 
 
 
o Decorticação: 
▪ Postura anormal (flexora) rígida em braços e mãos dobrados para dentro (em 
adução) em direção ao corpo em forma de C, punhos cerrados e cotovelos 
flexionados, dedos das mãos flexionados para dentro e mantidos sobre o peito e 
pernas esticada em rotação interna. 
▪ Há flexão plantar. 
▪ Essa postura sugere lesão grave no cérebro, danos no trajeto dos nervos entre o 
cérebro e a medula espinhal 
 
o Descerebração 
▪ Postura anormal (extensora), braços em adução, cotovelos em extensão rígida, 
antebraços em pronação, punhos e dedos das mãos flexionados, braços e mãos em 
posição de “E” com dedos flexionados para fora, perna rígidas em extensão ao joelho 
se mantêm esticados, os dedos dos pés apontados para baixo (flexão plantar) e a 
cabeça e pescoço esticados para trás 
▪ Os músculos ficam tensos e se mantêm rígidos 
▪ Comum em lesões de tronco cerebral, como mesencéfalo e ponte. 
 
• Conteúdo da Consciência (Qualidade) 
o Paciente pode estar vígil, mas ter ideia delirantes, alucinações e ilusões. 
12 
 
o Alterações de qualidade geralmente ocorrem em doenças psiquiátricas, podendo 
manifestar estados crepusculares, delirium, confusão mental e paranoia 
o Exame psiquiátrico, avaliar: 
▪ Apresentação 
▪ Linguagem e pensamento 
▪ Sensopercepção 
▪ Afetividade e humor 
▪ Atenção e concentração 
▪ Memória 
▪ Orientação 
▪ Consciência 
▪ Capacidade intelectual 
▪ Juízo crítico da realidade 
o Causas das alterações: 
▪ Não estruturais: intoxicações, uso de drogas, distúrbios metabólicos e infecções 
▪ Estruturais: traumas, tumores cerebrais, hemorragias cerebrais, isquemias cerebrais 
e convulsões. 
o Cognição 
▪ Capacidade do cérebro em assimilar informações recebidas de diferentes meios 
▪ Orientação 
• Capacidade de utilizar informações do meio para se localizar no tempo e no 
espaço 
• Para avaliar orientação de tempo: perguntar que dia é hoje, qual o mês, qual o 
ano 
• Para avaliar a orientação do espaço: perguntar local da consulta, cidade, país. 
▪ Atenção 
• Capacidade de selecionar um estímulo e se concentrar nele 
• Inúmeros testes podem avaliar a atenção do paciente. Os mais simples 
incluem falar os meses ao contrário, soletrar palavras ao contrário, repetir 
sequencias numéricas de trás para frente ou de frente para trás. 
• Teste de Stroop: falar a cor da palavra do diagrama e não o que está escrito. 
Paciente que não consegue completar os testes adequadamente→ desatento 
 
▪ Cálculo 
• Teste da subtração seriada de setes: pedir para o paciente subtrair 7 de 100 
cinco vezes seguidas. 
▪ Função executiva 
• Capacidade de planejar e executar tarefas 
• Trail-making test: consiste em o médico explicar como ligar os pontos e o 
paciente, a partir das instruções, ligar os pontos. 
13 
 
 
• Teste do relógio: paciente desenhar um relógio analógico, com todos os seus 
números e ponteiros grande e pequeno. 
o É um teste muito sensível para disfunção executiva leve, na qual o 
paciente possui dificuldade para desenhar o relógio mesmo que tenha 
sido aprovado em todos os outros testes. 
o Desenha apenas metade do relógio: heminegligência visual→ 
estímulos provenientes de um dos olhos não são processados pelo 
córtex. Esse distúrbio não é só de função executiva, como também de 
gnosia e processamento visuo-espacial 
• É necessário estar atento a pacientes analfabetos, pois podem não conseguir 
realizar o teste apenas por não saber os números 
▪ Processamento visuo-espacial 
• Capacidade de identificar estímulos visuais simultaneamente em um mesmo 
espaço, ou seja, objetos interpostos 
• Pacientes com disfunções no processamento visuo-espacial→ não serão 
capazes de desenhar um cubo ou identificar letras maiores formadas por 
letras menores. 
 
▪ Memória 
• Memória imediata: pedir para repetir 3 palavras, como vaso, carro e tijolo, e 
voltar a pedir para que repita depois de 5 minutos para testar a memória de 
curto prazo. 
• Memória de longo prazo: avaliar como ele conta a anamnese. 
▪ Praxia 
• Capacidade de planejar e realizar ações motoras. 
• Pede-se ao paciente que use objetos simples, imite as ações do examinador 
ou reproduza ações de senso comum, como pentear o cabelo e escovar os 
dentes. 
• Apraxia→ incapacidade em realizar essas tarefas 
▪ Gnosia 
• Capacidade de reconhecer estímulos provenientes de qualquer um dos 5 
sentidos 
14 
 
• Agnosia: via sensorial intacta,mas há problema cortical 
o Prosopagnosia: incapaz de reconhecer rostos 
▪ Retina e via óptica normal, mas possui uma alteração parieto-
occiptal→ problema na interpretação cortical 
▪ Pessoas com essa disfunção conseguem identificar familiares 
pela voz, mas não pelo rosto. Também conseguem ler e dirigir 
o Agnosia aperceptiva: incapacidade de correlacionar um objeto com 
sua função 
o Simultagnosia: incapacidade de reconhecer múltiplos objetivos 
simultaneamente 
o Agnosia associativa: incapacidade de reconhecer um objeto 
o Agnosia auditiva: incapaz de reconhecer sons 
o Agnosia tátil: incapacidade de associar a sensação tátil do objeto com 
o objeto. 
▪ Musia 
• Capacidade de reconhecer ou reproduzir notas musicais 
• A perda desta função→ amusia 
• Pode ser avaliada reproduzindo duas melodias diferentes e questiona-se se 
de fato são diferentes→ teste da bateria de Montreal foi criado para esse fim 
 
▪ Linguagem 
• Sulco lateral→ divide as estruturas corticais anteriores e posteriores da 
linguagem; 
• Estruturas anteriores a esse sulco (principalmente o giro frontal inferior, 
área de broca) estão relacionadas a produção do discurso; 
• Estruturas posteriores a esse sulco (principalmente a Área de Wernicke) 
estão relacionadas com a compreensão do discurso, 
 
• Fluência 
o Fluência verbal: pode ser testada na coleta da anamnese, avaliando-se 
a capacidade de o paciente pronunciar direito as palavras 
o Fluência semântica: pede-se para ele produzir o maior número de 
palavras pertencente a um determinado grupo semântico em um 
minuto. Ex.: nome de animais, coisas de supermercado. 
o Fluência fonêmica: pede-se para o paciente falar o maior número de 
palavras iniciadas por uma letra específica (A, F, M, P, S) em 1 minuto. 
o Afasias: problemas na produção e compreensão da fala e da escrita. 
Geralmente decorrem de lesão na área de Broca e Wernicke 
15 
 
o Afasia de Broca: dificuldade em expressar-se verbalmente ou pela 
escrita 
o Afasia de Wernicke: dificuldade de compreender fala ou escrita. 
o Afasia global: compreende tanto a dificuldade na articulação quanto 
na compreensão. 
o Outros problemas de fluência (podem ou não estar relacionados com o 
córtex: 
▪ Disartria: dificuldade em articular palavras, como ocorre no 
Parkinson 
▪ Dislalia: troca de uma letra ou sílaba por outra, como trocar 
“criança” por “cliança”. Pode ser por atraso psicomotor ou 
problema fonoaudiológico 
▪ Ecolalia: repetição da última palavra dita, presente no espectro 
autista 
▪ Disritmolalia: perturbação do ritmo da fala 
• Taquilalia: ritmo atropelado 
• Gagueira: ritmo interrompido 
• Geralmente decorrentes de problemas psicológicos, 
como transtorno de ansiedade 
▪ Disfonia: 
• Alteração no timbre de voz 
• Geralmente causada por alteração no órgão fonador, 
como na rouquidão 
• Afonia: sem voz 
 
• Nomeação 
o Pede-se para o paciente nomear 5 objetos da sala, 5 cores ou 5 partes 
do corpo 
• Repetição 
o Pedir para o paciente repita a frase “nem aqui, nem ali, nem lá” 
• Compreensão 
o Pede-se que paciente atenda a comandos 
o Exemplo: comando de 3 etapas→tocar, com o dedo esquerdo, a ponta 
do nariz e depois a sobrancelha direita 
o É possível notar a compreensão do paciente já na anamnese. 
• Escrita 
o Pede-se para o paciente escrever algo ditado. 
o Disgrafia: pode decorrer de uma lesão no centro da escrita de Exner 
ou no parksonismos (paciente com micrografia) e em cerebelopatias 
(paciente apresenta macrografia) 
• Leitura 
o Pede-se para o paciente ler algo simples e obedecer ao comando 
escrito, como “feche os olhos” 
o Dislexia: dificuldade de se capacitar para a leitura 
o 
 
 Equilíbrio e marcha 
16 
 
• Avaliação de equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico 
• Equilíbrio estático: 
o Paciente deve assumir a posição de ortostase, com ou sem apoio, deve haver pesquisa do 
Sinal e Romberg, ficar sobre um dos pés e ficar na ponta dos pés/sobre os calcanhares. 
▪ Prova de Romberg 
• Pede-se para o paciente ficar de pé, com os pés juntos e olhando para frente, 
devendo permanecer nesta postura por alguns segundos. Depois, pede-se 
para ele fechar os olhos 
• No paciente que não apresenta nenhum comprometimento, nada é visto ou 
apenas algumas ligeiras oscilações do corpo, assim, configurando o sinal de 
Romberg negativo 
• O paciente que apresentar alguma alteração neurológica, vai apresentar 
oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendencia a queda→ Sinal de 
Romberg Positivo 
• Tendencia de queda pode ser para qualquer lado e imediatamente após haver 
a interrupção da visão→ lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva 
consciente 
• Tendencia de queda sempre para o mesmo lado após transcorrer pequeno 
período de latência→ lesão do aparelho vestibular 
• Exame usado para avaliação das colunas dorsais da medula, essenciais para 
propriocepção e sentido vibratório 
• Positiva nas labirintopatias, nas tabes dorsalis, na degeneração combinada da 
medula e na polineuropatia periférica 
• Lesões cerebelares→ paciente não consegue ficar em pé (astasia) ou o faz 
com dificuldade (distasia), alargando a base de sustentação (afasta os pés 
para compensar a falta de equilíbrio). Alterações não mudam quando o 
paciente fecha os olhos→ Romberg negativo 
• Equilíbrio dinâmico: (marcha) 
o Pede-se para o paciente caminhar em linha reta, em tandem (andar com um pé na frente do 
outro), sobre a ponta dos pés/calcanhares e de olhos fechados→ avaliação de marcha. 
• Marcha: padrão clínico de movimentos corporais que se repete indefinidamente a cada passo 
o Distúrbio da marcha→ disbasia 
o Marchas típicas (alteradas) 
▪ Marcha Talonante ou Tabética (Ataxo-talonante): 
• Marcha com base alargada e olhar para o solo 
• A perda de noção da proximidade do solo em relação aos pés faz com que o 
paciente arremesse o pé para diante e bata com força no chão. 
• Aparece em patologias que envolvem o cordão posterior da medula 
(deficiência de vitamina b12, tabes dorsalis) 
 
▪ Marcha Escarvante: 
17 
 
• Paciente, por fraqueza na dorsiflexão do pé, caminha arrastando a ponta dos 
pés no solo, com elevação anormal dos joelhos justamente para evitar 
arrastar a ponta dos pés no chão (impede de tropeçar) 
• Ex.: Lesão dos nervos periféricos, radiculares, polineurites ou poliomielite 
 
▪ Marcha em pequenos passos: 
• Passos muito curtos. Ao caminhar, o paciente arrasta os pés como se 
estivesse patinando. 
• Ex.: Paralisia pseudobulbar e doenças extrapiramidais 
▪ Marcha Paraparética ou Espástica 
• Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem 
semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra 
quando o paciente tenta caminhar (marcha em tesoura) 
• Ex.: Paralisia cerebral 
 
▪ Marcha Atáxica ou Ebriosa 
• Ao caminhar, o paciente ziguezagueia como uma pessoa embriagada 
• Ex.: lesões no cerebelo 
 
▪ Marcha Ceifante (helicoidal, hemiplégica ou de Todd) 
• Paciente adquire uma postura tônica em flexão do membro superior e em 
extensão do membro inferior acometido 
o Não consegue fazer flexão da coxa, extensão da perna e dorsiflexão do 
pé habituais 
o Caminha fazendo um semicírculo a partir do quadril com o membro 
inferior estendido, o pé em inversão e o braço flexionado e rígido. 
• Ex.: Hemiplegia por AVC 
18 
 
 
▪ Marcha Anserina 
• Para caminhar, o paciente acentua a lordose lombar e inclina o tronco ora 
para direita ora para esquerda, lembrando o andar de um pato 
• Traduz uma diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas 
• Ex.: Doenças musculares 
 
 
▪ Marcha Vestibular 
• Lateropulsão ao andar, como se fosse empurrado para o lado quando tenta 
andar em linha reta 
• Ex.: labirintopatias 
▪ Marcha Parkinsoniana 
• Paciente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos 
braços. A cabeça permanece inclinada para frente e os passos são miúdose 
rápidos, dando a impressão que a pessoa vai cair para frente 
• Ex.: Síndrome parkinsoniana 
 
▪ Marcha Claudicante 
• Ao caminhar, a paciente manca para um dos lados 
• Ex.: Insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor 
 
Sistema Motor/Motricidade 
• Motricidade involuntária: tônus, trofismo e movimentos involuntários anormais 
• Motricidade Voluntária: força muscular e coordenação 
• Reflexos: superficiais e profundos 
• Motricidade Voluntária: 
o Força e coordenação motora 
o Trato corticospinal (piramidal): via motora responsável pela força do indivíduo 
o Tratos extrapiramidais: coordenação. Tálamo, cerebelo e núcleos da base. 
o Lesões piramidais: 
▪ Paresia: perda parcial da motricidade 
▪ Paralisia ou plegia: perda total da motricidade 
o Lesões extrapiramidais: associadas ao comprometimento da coordenação→ ataxia 
19 
 
 
o Força 
▪ Pede-se para o paciente realizar uma série de manobras livres para avaliar a 
velocidade de movimentação, como abrir e fechar as mãos, aduzir e abduzir os 
dedos, estender e fletir os antebraços, aduzir e abduzir os braços, fletir e estender as 
pernas. 
▪ Teste dos finger taps→ tocar com o polegar cada dedo da mão 
▪ Teste dos foot taps → bater os pés no chão 
▪ Bradicinesia→ movimentação lenta 
▪ Manobras de oposição: consiste em executar os mesmos movimentos, mas agora 
com força oposta aplicada pelo examinador 
 
▪ Manobras deficitárias: 
• Braços estendidos: em pé ou sentado, dedos abduzidos, palma da mão para 
cima ou para baixo→ avalia déficits piramidais, extrapiramidais, cerebelares 
e vestibulares e lesões piramidais (mais evidentes distalmente), lesões 
miopáticas (mais evidente proximal). É importante observar desvios dos 
braços para fora (vestibular) e movimentos involuntários 
• Manobra de Raimiste: flexo dos antebraços sobre braços (90°)→ caso haja 
queda da mão sobre o tronco – mão em gota- há déficit motor 
• Manobra de Mingazzini: paciente se deita em decúbito dorsal, flexionando o 
quadril, joelho e tornozelo em 90°. O examinador observa durante 1 minuto 
se há queda das pernas uma antes da outra 
o -1: oscilação e queda progressiva da perna→ insuficiência do 
quadríceps (extensor da perna) 
o -2: queda isolada da coxa→ insuficiência do psoas (flexor da coxa) 
o -3: queda simultânea da perna e da coxa 
20 
 
• Manobra de Barrè: paciente fica em decúbito ventral, mantendo as pernas 
fletidas sobre as coxas. O déficit da musculatura flexora da perna leva a 
oscilações ou a queda da perna parética 
o Coordenação 
▪ A coordenação traduz o bom funcionamento de pelo menos dois setores do sistema 
nervoso: cerebelo e a sensibilidade proprioceptiva. 
▪ Ataxia: perda de coordenação. Pode ser cerebelar, sensitiva ou mista 
• Lesões de sensibilidade proprioceptiva: paciente utiliza a visão para fiscalizar 
os movimentos incoordenados→ cerradas as pálpebras, acentua-se a ataxia. 
Isso não ocorre em lesões cerebelares. 
▪ Axial: equilíbrio e macha, movimentação ocular segundo estímulo e fala. 
▪ Apendicular 
• Manobra Índex-nariz: com o membro superior estendido lateralmente, o 
paciente toca a ponta do nariz com o indicador. Repete-se a prova algumas 
vezes, primeiro com os olhos abertos e depois fechados, com o paciente de pé 
ou sentado 
• Manobra Calcanhar-joelho: em decúbito dorsal, o paciente deve tocar o joelho 
com o calcanhar do membro a ser examinado. Deve ser realizado várias 
vezes, de início com os olhos abertos, depois fechados. 
o Dismetria: distúrbio na medida do movimento→ quando o paciente 
não consegue alcançar com precisão o alvo, errando para mais ou para 
menos 
• Prova dos movimentos alternados: pede-se para o paciente realizar 
movimentos rápidos e alternados, como abrir e fechar a mão, movimento de 
supinação e pronação, extensão e flexão dos pés→ Diadococinesia 
o Eudiadococinesia: capacidade de realizar esses movimentos 
o Disdiadococinesia: dificuldade de realizá-los 
o Adiadococinesia: incapacidade 
• Prova de resistência de Stewart-Holmes: 
o Pede-se ao paciente que faça a flexão do antebraço e o examinador 
exerce movimento oponente. Subitamente, o examinador solta o 
punho 
o No individuo normal, a flexão do antebraço só continua por escassos 
centímetros e logo retorna à posição inicial 
o No alterado, o antebraço continua o movimento de flexão, indo bater 
com força no ombro do próprio paciente. 
o Sinal é positivo quando o antebraço choca-se contra o tórax 
▪ O resultado da avaliação: 
o 
• Pode-se registrar de diversas maneiras: 
o Literalmente: graduação e a sede 
▪ Força normal nos quatro membros; 
21 
 
▪ Força discretamente diminuída na extensão do antebraço 
direito; 
▪ Força moderadamente diminuída na flexão da perna esquerda; 
▪ Força muito reduzida na extensão do pé direito; 
▪ Força abolida na flexão da coxa esquerda. 
o Convencionalmente, de acordo com a Medical Research Council Scale 
▪ 5: força normal; 
▪ 4+: movimento submáximo contra resistência; 
▪ 4: movimento moderado contra resistência; 
▪ 4–: movimento discreto contra resistência; 
▪ 3: movimento contra a gravidade, mas não contra resistência; 
▪ 2: movimento quando a gravidade é eliminada; 
▪ 1: contração muscular sem deslocamento articular; 
▪ 0: sem contração muscular. 
• Motricidade Involuntária: 
o Tônus: estado de tensão constante que os músculos estão submetidos tanto em repouso 
(tônus de postura), como em movimento (tônus de ação) 
o O exame é feito com o paciente deitado e em completo relaxamento muscular 
▪ Inspeção: achatamento ou não de massa musculares de encontro ao plano do leito 
o Ex.: postura de Wernicke-Mann→ fase da espasticidade na hemiplegia 
▪ Palpação: verificação do grau de consistência muscular, que está aumentada em 
lesões motoras centrais e diminuída nas periféricas. 
▪ Passividade: se há resistência (tônus aumentado) ou se a passividade está maior que 
o normal (tônus diminuído) 
▪ Extensibilidade: se existe ou não exagero no grau de extensibilidade da fibra 
muscular→ na flexão da perna sobre a coxa, sugere-se diminuição do tônus 
(hipotonia) quando o calcanhar toca a região glútea de modo fácil. 
▪ Aumento do tônus→ hipertonia 
▪ Hipotonia: 
• Achatamento das massas musculares no plano do leito 
• Diminuição da consistência muscular 
• Aumento da passividade e extensibilidade 
• Prova de balanço com exageradas oscilações 
▪ Hipertonia 
• Aumento da consistência muscular e extensibilidade 
• Diminuição da passividade 
• Prova do balanço com reduzidas oscilações 
▪ Hipertonia Piramidal (Espasticidade) 
• Hemiplegia, diplegia cerebral infantil, esclerose lateral amiotrófica (ELA) e na 
mielopatia compressiva 
• Características: 
o Eletiva: atinge globalmente os músculos, mas com predomínio dos 
extensores dos membros inferiores e flexores dos membros 
superiores→ postura de Wernicke-Mann 
o Elástica: retorno a posição inicial de um segmento do corpo no qual 
houve interrompimento do movimento passivo de extensão 
22 
 
o Sinal do canivete: grande resistência muscular inicial ao estiramento, 
que cessa bruscamente, semelhante ao que ocorre ao abrir ou fechar 
um canivete. 
▪ Hipertonia Extrapiramidal (Rigidez) 
• Ocorre no parkinsonismo, degeneração hepatolenticular e outras afecções do 
sistema piramidal 
• Não Eletiva: afeta globalmente a musculatura agonista, sinergista e 
antagonista 
• Plástica: resistência constante a movimentação passiva. 
o Sinal da roda denteada: interrupções sucessivas ao movimento, 
lembrando os dentes de uma cremalheira em ação 
• Pode ser transitória ou intermitente, como na Descerebração, síndrome 
meníngea, tétano, tetania e intoxicação estricnina 
o Trofismo 
▪ Quantidade de massa muscular 
▪ Hipertrofia 
▪ Hipotrofia 
▪ Atrofia 
o Movimentos involuntários anormais 
▪ Tremor 
▪ Distonia 
▪ Coreia 
▪ Atetose 
▪ Balismo 
▪ Mioclonias 
▪ Tiques 
Sensibilidade 
• Via da colunadorsal da medula: responsável pela propriocepção, pelo tato fino (epicrítico), pela 
palestesia (sensação vibratória) e pela barestesia (sensação pressórica). 
• Via espinotalâmica: termorecepção (sensação térmica), nocicepção (sensação dolorosa) e o tato 
grosseiro (protopático) 
 
• Lesões corticais: perda de sensibilidade contralateral, pois os neurônios decussam para o lado 
contralateral de sua origem 
• Lesões medulares do trato da coluna dorsal: perda de sensibilidade ipsilateral, pois os neurônios 
dessa via decussam ao nível do lemnisco medial bulbar 
• Lesões medulares do trato espinotalâmico: perda sensibilidade contralateral. 
23 
 
• O raciocínio topográfico utiliza dermátomos, que são campos segmentares inervados por nervos 
espinais. Assim, é possível identificar se há lesão em determinada região da medula pelo estímulo 
da região da pele correspondente. 
 
 
• A sensibilidade pode ser classificada como: 
o Subjetiva: queixas sensitivas que o paciente relata durante a anamnese. Dor e parestesias 
o Objetiva: presente quando há estímulo aplicado pelo examinador 
o Sensibilidade especial: corresponde aos sensórios, relativa aos nervos cranianos 
 
• A avaliação é feita da seguinte maneira: 
o Sensibilidade Superficial: 
▪ Sensibilidade tátil: utiliza-se um pedaço de algodão ou um pequeno pincel macio, 
que são roçados de leve em várias partes do corpo 
▪ Sensibilidade térmica: requer dois tubos de ensaio, um com água gelada e outro com 
água quente, com que se tocam pontos diferentes do corpo, alterando-se os tubos 
▪ Sensibilidade dolorosa: pesquisada com estilete rombo, capaz de provocar dor sem 
ferir o paciente 
▪ É avaliado o: 
• Tato/pressão: anestesia (abolição), hipoestesia (diminuição) ou hiperestesia 
(aumento) 
• Dor: analgesia, hipoalgesia ou hiperalgia 
• Temperatura 
o Sensibilidade superficial 
▪ Sensibilidade vibratória (palestesia): pesquisada com o diapasão de 128 vibrações 
por segundo, colocando em saliências ósseas 
24 
 
▪ Sensibilidade à pressão (barestesia): compressão digital ou manual em qualquer 
parte do corpo, especialmente de massas musculares 
▪ Sensibilidade dolorosa profunda: compressão moderada de massas musculares e 
tendões, geralmente, isso não causa dor 
▪ Pode-se avaliar a sensibilidade articular da propriocepção (cinética postural ou 
artrocinética- batiestesia) deslocando-se suavemente qualquer segmento do corpo 
em várias direções (flexão, extensão), como hálux, polegar, o pé ou mão. Fixa-se o 
segmento em uma determinada posição que deverá ser reconhecida pelo paciente. 
o Após a avaliação de sensibilidade, é feita a da estereognosia, que é a capacidade de 
reconhecer um objeto com a mão sem o auxílio da visão. 
▪ É a função tátil discriminativa ou epicrítica com componente proprioceptivo. 
Quando essa função é perdida, fala-se astereognosia ou agnosia tátil, indicativa de 
lesão do lobo parietal contralateral. 
• Sinais de irritação Meníngea 
o Parte do teste de sensibilidade, pois o paciente deve estar com a sua sensibilidade 
preservada para a eficiência da avaliação 
o Paciente deve ficar em decúbito dorsal e o médico avaliará a região cervical e lombossacral 
o Avaliação da região cervical: 
▪ Examinador coloca uma das mãos na região occipital do paciente e, suavemente, 
tenta fletir sua cabeça. Se o movimento for fácil e amplo, a nuca está livre de 
irritação. 
▪ Se, após o movimento, o paciente flexionar os joelhos e expressar fisionomia de 
sensação dolorosa→ Sinal de brudzinski positivo→ meningite ou hemorragia 
subaracnóidea. 
 
▪ A rigidez de nuca, sem o sinal de brudzinski, pode ser o suficiente para denunciar 
irritação meníngea 
o Avaliação da região lombossacral: 
▪ Teste de Lasegué: examinador levanta em até 30° um dos membros inferiores 
estendido do paciente. O paciente testa positivo quando reclama de dor na face 
posterior do membro levantado ante dos 30° 
 
▪ Teste de Kerning: examinador levanta um dos membros inferiores do paciente com 
a coxa fletida. Paciente testa positivo quando sente dor e tenta impedir o 
movimento→ meningite, hemorragia subaracnóidea e lesão ciática 
25 
 
 
Reflexos 
• Resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza. 
• Baseia-se anatomofuncionalmente no arco reflexo: 
o Via aferente: receptor e fibras sensitivas do nervo 
o Centro reflexógeno: substância cinzenta do SN 
o Via eferente: fibras motoras do nervo 
o Órgão efetor: músculo 
 
 
• Reflexos Exteroceptivos ou Superficiais: estímulo feito na pele ou na mucosa por meio de uma 
superfície romba 
o Reflexo Cutâneo abdominal: examinador estimula o abdome no sentido da linha mediana 
em 3 níveis: superior, médio e inferior. 
▪ Resposta normal: contração dos músculos abdominais, que determina um leve 
deslocamento da cicatriz umbilical para o lado estimulado 
▪ Pode estar abolido quando houver interrupção do arco reflexo na lesão de via 
piramidal ou mesmo na ausência de alterações do sistema nervoso, como em 
pessoas obesas, idosas ou multíparas. 
 
o Reflexo cutâneo plantar: com o paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores 
estendidos, o examinador estimula a região plantar, próxima à borda lateral e no sentido 
posterioranterior, fazendo um leve semicírculo na parte mais anterior 
▪ Resposta normal: flexão dos dedos 
▪ A abolição deste reflexo ocorre quando há interrupção do arco reflexo e, algumas 
vezes, na fase inicial da lesão da via piramidal 
▪ A inversão da resposta normal-extensão do hálux (os outros podem ou não 
apresentar abertura em forma de leque→ sinal de babinski, lesão piramidal ou 
corticoespinal. 
26 
 
 
o Reflexo córneo-palpebral: obtido tocando a córnea suavemente com um algodão, 
provocando contração palpebral reflexa. 
▪ É utilizado para avaliar a funcionalidade do tronco cerebral de pacientes em coma 
ou a sensibilidade corneada preservada do nervo trigêmeo 
o Reflexo de contração anal: obtido espetando-se o ânus, o que resultará em contração reflexa 
do ânus. 
 
o Reflexo bulbo-cavernoso: pressiona-se o clitóris ou glande, o que resultará em contração 
reflexa do ânus 
 
o O bulbo-cavernoso e o de contração anal possuem importância clinica apenas na avaliação 
de pacientes com trauma medular. 
o Outros sinais para pesquisar lesão piramidal: 
▪ Sinal de Gordon: extensão dos dedos ao se pressionar a panturrilha 
▪ Sinal de Oppenheim: extensão dos dedos ao se pressionar a tíbia 
▪ Sinal de Chaddock: o mesmo, mas ao se riscar a região lateral do pé 
 
o Outros sinais reflexos patológicos: 
▪ Sinal de Myerson (reflexo glabelar): consiste em o paciente piscar quando o 
examinador bater a com a polpa digital do indicador na glabela do paciente→ 
prenuncia lesões extrapiramidais, principalmente Parkinson 
▪ Reflexo palmomentoniano: examinador risca a palma da mão do paciente e este 
responde franzindo o queixo→ prenuncia demência e Parkinson 
▪ Reflexos primitivos: só devem estar presentes em recém-nascidos, mas podem estar 
presentes em quadros de prenunciação de demência: 
• Palmar: mãos se fecham quando algo toca a palma 
• Snouting: examinador toca a língua ou o filtro do lábio do paciente e o 
paciente faz uma sucção com os lábios 
27 
 
• Reflexos profundos: é feito estímulo nos tendões, utilizando o martelo neurológico (de Buck, de 
Taylor ou de Babinski). A avaliação é dada por uma graduação em cruzes. 
 
o Arreflexia ou hiporreflexia→ lesões que interrompem o arco reflexo (poliomielite, 
polineuropatia periférica, miopatia) 
o Reflexos vivos ou hiperreflexia→ lesões da via piramidal (AVE, neoplasia, doença 
desmielinizante, traumatismos) 
o Principais tendões a serem estimulados:▪ Bicipital (A): percussão do tendão do bíceps. É sempre necessário apoiar o dedo 
devido a sobreposição da pele sobre o tendão. Resposta motora: flexão do antebraço 
 
▪ Tricipital (C): percussão do tendão do tríceps, que pode ser palpado na inserção com 
o olecrano. Resposta motora: extensão do antebraço 
 
▪ Estilo radial (B): percussão do processo estilorradial (terço distal do rádio). RM: 
supinação do antebraço 
 
 
▪ Patelar (D): percussão do tendão patelar. RM: extensão da perna 
 
▪ Aquileu (E): percussão do tendão aquileu. É necessária leve dorsiflexão. RM: flexão 
do pé 
28 
 
 
o É possível verificar se há presença de clônus do pé e da rótula (contração sucessiva, clônica 
do tríceps sural e dos quadríceps, respectivamente) pelo estiramento rápido, provocado e 
mantido destes músculos. Esses achados são encontrados na lesão da via piramidal e 
acompanhados de exaltação dos seus respectivos reflexos. 
 
 
 
 
 
 
 
Nervos Cranianos 
• Existem 12 pares de nervos cranianos, com origem no tronco encefálico ou se dirigindo a ele. 
Exceção: olfatório e óptico e ramo externo do XI, que se origina na medula cervical 
 
• Neuralgias mais comuns→ trigêmeo (muito mais sensitivo) e facial (face cai, muito mais motor) 
• I par – Nervo olfatório 
o Impressões olfativas são recolhidas pelos receptores da mucosa na cavidade nasal e são 
conduzidas aos centros corticais da olfação situados nos hipocampos depois de 
atravessarem os dois lobos frontais 
o Avaliação da olfação: de olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma que o 
examinador colocar de cada narina (uma narina por vez, começar pelo lado ruim, olhos e 
boca fechados) 
o Hiposmia/anosmia→ diminuição do olfato 
29 
 
o Parosmia: consiste na perversão do olfato (percepção diferente do odor) 
o Cacosmia: é uma sensação olfatória desagradável na ausência de qualquer substância capaz 
de originar odor 
 
• II – Óptico 
o As imagens são recolhidas na retina por meio dos cones e bastonetes e conduzidas ao 
centro da visão no lobo occipital, atravessando o nervo, o quiasma e o trato óptico, o corpo 
geniculado e as radiações ópticas. 
o São conduzidas para o centro da visão no lobo occipital, pelos axônios que constituem o 
nervo, o quiasma e o trato óptico, corpo geniculado e radiações ópticas 
o Avalia-se (com os óculos) 
▪ Acuidade visual→ pedimos para tampar um dos olhos e tentar enxergar uma letra, 
número 
• Ambliopia: diminuição da acuidade 
• Amaurose: acuidade abolida 
 
▪ Campo visual: paciente deve estar sentado e fixar um ponto na face do examinador à 
sua frente. O examinador coloca suas mãos na periferia do seu campo visual e as 
move enquanto pergunta ao paciente se ele está vendo os movimentos; cada olhos 
separadamente, e depois com os dois olhos abertos simultaneamente. 
▪ Fundo de olho: uso de oftalmoscópio. Visualiza→ tecido nervoso-retina e papila 
óptica, vasos arteriais, veias e capilares 
• Palidez na pupila→ atrofia do nervo óptico 
• Papilaedema→ sinal de hipertensão intracraniana→ tríade→ cefaleia, vômitos 
em jato, edema de papila 
 
• Modificações das arteríolas→ hipertensão arterial 
▪ Visão de cores: 
• Capacidade do paciente identificar cores 
30 
 
• Pede-se para o paciente tampar um dos olhos e observe com o outro um 
objeto vermelho, depois que faça o contrário. Se o paciente notar diferença de 
cor, pode haver comprometimento do nervo 
• Placas de Ishihara: paciente pode identificar números com um olhos, mas 
com o outro não. 
 
o Hemianopsia 
▪ Perda parcial ou completa da visão em uma das metades do campo visual de um ou 
ambos os olhos 
▪ Subtipos: 
• Hemianopsia altitudinal→ defeito visual acima ou abaixo do meridiano 
horizontal do campo visual 
• Hemianopsia homônina→ afeta igualmente ambos os olhos e ocorre tanto à 
esquerda ou direita da linha média do campo visual 
• Hemianopsia binasal→ perda da visão nos hemicampos nasais de ambos os 
olhos 
• Hemianopsia bitemporal→ perda bilateral de visão dos campos temporais 
• Quadrantanopsia→ perda da visão em um quarto do campo visual em um ou 
em ambos os olhos 
 
• Macroadenoma de hipófise→ lesão do quiasma óptico 
• III – oculomotor, IV-troclear, VI- abducente→ Motricidade ocular extrínseca 
31 
 
 
o Se lesa de um lado, o olho vai para o lado oposto 
o Oculomotor: inerva a musculatura que eleva a pálpebra (comprometimento pode causar 
ptose) e os músculos reto medial, reto superior, reto inferior e oblíquo inferior 
o Troclear: inerva o músculo oblíquo superior 
o Abducente: inerva o músculo reto lateral 
 
o Avaliação da motricidade extrínseca: testa-se as 9 posições oculares, unilateralmente e 
depois bilateralmente 
 
▪ Estrabismo: paresia ou paralisia de algum dos músculos, impossibilitanto o globo de 
se direcionar para posição correta. 
• Vertical, sendo 
o Hipotropia: comprometimento do reto inferior e do oblíquo superior 
o Hipertropia: reto superior e oblíquo inferior 
• Horizontal: 
o Exotropia (estrabismo divergente): comprometimento do reto lateral 
o Esotropia (estrabismo convergente): comprometimento do reto 
medial 
 
32 
 
 
 
o Motricidade extrínseca: controle do diâmetro pupilar, inervado pelo óculo motor 
▪ Examinador incide um feixe de luz em um pupila e observa a resposta nos dois lados. 
▪ Reflexo fotomotor direto: contração da pupila na qual se fez estímulo 
▪ Reflexo fotomotor consensual: contração da pupila oposta 
 
▪ Reflexo de acomodação: examinador pede que o paciente olhe para um objeto 
distante (pupila deve aumentar), e depois aproxima o dedo para o olho do paciente, 
de forma que ele foque no dedo (pupila diminui) 
▪ Discoria: irregularidade do contorno pupilar 
▪ Midríase: diâmetro aumentado 
▪ Miose: diâmetro diminuído 
▪ Isocoria: igualdade de diâmetros 
▪ Anisocoria: desigualdade de diâmetros 
▪ Fotofobia: hipersensibilidade à luz 
 
o Lesões no oculomotor: tríade→ midríase paralítica, ou seja, midríase sem estímulo 
fotomotor ou de acomodação; ptose palpebral e estrabismo 
o Lesão do troclear e abducente não causa midríase nem ptose 
o Síndrome Claude-Bernard-Horner 
▪ Lesão simpático cervical: miose + enoftalmia + diminuição fenda palpebral 
• Nervo trigêmeo V: 
o Sensibilidade da face 
o Músculos da mastigação 
o Avaliação do componente sensitivo: aplica-se um estímulo tátil, como passar um algodão, 
em cada lado do rosto, perguntando ao paciente se ele nota alguma diferença entre os lados 
e entre as divisões 
33 
 
 
o Reflexo córneo palpebral 
▪ Sensibilidade corneana, feita com uma mecha de algodão que toca suavemente entre 
a esclerótica e a córnea. O paciente deve estar com os olhos virados para o lado 
oposto, a fim de perceber o menos possível a prova. Espera-se que os dois olhos se 
fechem ao estímulo, por contração bilateral da parte palpebral do músculo orbicular 
do olho. 
o Avaliação do componente muscular 
▪ Testa-se primeiro os músculos que abrem a boca (pterigoides e digástrico) 
• Examinador leva a mão abaixo do queixo do paciente e pede que ele abra a 
boca fazendo força contra a mão. 
 
▪ Músculos que fecham a foca→ temporal e masseter 
• Pede-se que o paciente contraia os músculos da bochecha par ao examinador 
palpar. 
 
• Nervo Facial – VII 
o Componente motor: inerva andares superiores e inferiores do rosto e participa da mímica 
facial 
▪ Ramo temporofacial: inerva o andar superior 
▪ Ramo cervicofacial: inerva andar inferior 
o Componente sensitivo: inerva dois terços anteriores da língua, concedendo a gustação. 
o Para fazer o exame, pede-se para o paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, sorrir, 
fechar as pálpebras e inflar a boca. 
o Teste na sobrancelha→ periférica pega tudo 
o Desviapara o lado que está bom 
o Paralisia facial 
▪ SNP: mesmo lado da lesão; incapaz de franzir a testa, elevar a sobrancelha e fechar o 
olho (parte superior da face); incapaz de sorrir e mostrar os dentes (parte inf face) 
• Paralisia de bell (lesão do VII NC) 
▪ SNC: lado oposto da lesão, movimentos normais ou levemente fracos (parte superior 
da face), incapaz de sorrir e mostrar os dentes – AVE 
34 
 
 
▪ Paralisia de Bell: 
• Paralisia facial periférica à esquerda 
• A - incapacidade de levantar a sobrancelha esquerda. Incapacidade de franzir 
a testa a esquerda 
• B- incapacidade de fechar o olho esquerdo com força. Incapacidade de 
levantar-se ou de mover a boca à esquerda 
• C - Incapacidade de fechar o olho esquerdo completamente. Desvio da boca 
para a direita e paralisia à esquerda 
o Ramo corda do tímpano: dois terços anteriores da língua→ lesão não é comum 
▪ Se o paciente relatar diminuição do paladar, testa-se a gustação 
▪ Hipogeusia: diminuição do paladar 
▪ Ageusia: perda do paladar 
• Vestibulococlear VIII 
o Constituído por 2 raízes 
o Coclear→ audição 
o Vestíbulo→ equilíbrio 
o Avaliação do ramo coclear: 
▪ Atritar polpas digitais em cada ouvido do paciente enquanto se sussurra algo, depois 
pede-se que ele repita o que ouviu. 
▪ Caso se identifique perda auditiva, deve-se diferencia-la em condutiva ou 
neurossensorial a partir dos testes de rinne ou de webber. 
▪ Teste de Rinne 
• Consiste em aplicar o diapasão na região da mastoide 
• Quando o paciente deixar de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo 
ao conduto auditivo 
• Em condições normais, o paciente acusa a percepção do som (rinne positivo) 
• Transmissão óssea mais pronlongada que a aérea (rinne negativo) significa 
deficiência auditiva de condução 
▪ Teste de Weber 
• Prova de weber 
o Diapasão colocado na linha média do crânio, na testa ou queixo e 
pergunta-se em qual dos ouvidos é percebido o som 
o Condução→ ouvido lesado ouve melhor 
o Neurossensorial→ ouvido são ouve melhor 
▪ Alterações auditivas mais comuns: 
• Hipoacusia: perda da acuidade audtivia 
• Hiperacusia: audição dolorosa a certos sons 
• Zumbidos: ruídos auditivos sem presença de estímulos 
35 
 
o Avaliação do ramo vestibular: pesquisa de nistagmo e desvio postural de marcha 
▪ Nistagmo: movimentos oculares ritmados, com dois componentes: um rápido para 
uma direção, e um lento de retorno. 
• Para avaliar a presença, o paciente deve acompanhar o dedo do examinador 
com os olhos, enquanto este observa o movimento 
▪ Desvio lateral durante a marcha (marcha vestibular): lateropulsão-tendência 
involuntária para se dirigir para um lado ao andar- para o lado da lesão 
▪ Se o paciente estiver de pé ou sentado com os olhos fechados e os membros 
superiores estendidos para frente em ângulo reto com o corpo, os braços irão se 
desviar para o lado do labirinto lesado, e o corpo tenderá a cair para o mesmo lado→ 
sinal de romberg positivo 
▪ Essas alterações são acompanhadas de queixas como vertigem, tontura, náuseas e 
desequilíbrio. 
 
• IX glossofaríngeo e X vago 
o São examinados em conjunto - estreita ligação quanto à distribuição, trajeto e origem 
o O exame do X - inclui o ramo interno do XI, que é motor e tem origem bulbar e se une a 
curto trajeto ao nervo vago. Distúrbios da gustação (ageusia/hipogeusia), disfagia, disfonia 
o Para realizar este teste, tenha em mãos um abaixador de língua. 
o Teste de inervação do palato mole: 
▪ Paciente deve abrir a boca e, em repouso, o examinador observa o palato e uvúla, 
que deve estar centralizada. Depois pede-se que o paciente fale “Ah” por alguns 
segundos e então observa-se. 
▪ Normal: úvula se manter centralizada 
▪ Lateralização da úvula: indica lesão do lado oposto ao desvio da úvula→ Sinal da 
cortina 
▪ Simultaneamente, cutuca-se com um bastão de madeira cada lado da parede 
posterior da faringe, observando o reflexo do vômito. 
▪ 
• X vago 
o Controle parassimpático das vísceras. Músculos da faringe e laringe 
• XI Nervo acessório 
36 
 
o Inerva os músculos esternocleidomastoide e a porção superior do trapézio 
o Deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na rotação da cabeça para o lado oposto 
(esternocleidomastoideo) do músculo comprometido→ escapula alada 
o Teste consiste em pedir para o paciente levantar os ombros contra as mãos do examinador 
ou virar o pescoço contra a mão do examinador repousadas no rosto do paciente. 
• XII Hipoglosso 
o Exclusivamente motor 
o Origina-se no bulbo e se dirige para os músculos da língua 
o Investiga-se o hipoglosso pela inspeção da língua - no interior da boca ou exteriorizada-, 
movimentando-a para todos os lados, forçando-a de modo que vá de encontro a bochecha 
o Lesões unilaterais do hipoglosso: atrofia na metade comprometida. Dentro da boca, a língua 
fica lateralizada e, ao ser exteriorizada, a ponta se desvia para o lado ipsilateral da lesão 
▪ Pode apresentar disartria para consoantes linguais. 
Principais síndromes 
• I neurônio motor (piramidal) 
o Sinais e sintomas decorrentes da interrupção anatômica ou funcional, da via corticoespinal 
o Sintomas deficitários ou negativos: 
▪ Perda ou diminuição da motricidade (paresia ou plegia): atinge globalmente um ou 
mais membros, principalmente musculatura antigravitária 
▪ Diminuição ou abolição dos reflexos cutâneo-abdominais: definitiva ou transitória 
▪ Atrofia muscular: moderada, atingindo globalmente o segmento paralisado. 
o Sintomas de liberação ou positivos: 
▪ Sincinesias: movimentos associados anormais que aparecem nos membros 
deficitários quando o paciente executa determinado movimento→ mão do lado 
hemiplégico contrai-se quando o paciente fecha a outra mão forte 
▪ Sinal de babinski: extensão do hálux ao estímulo cutâneo plantar 
▪ Exagero do reflexo de automatismo ou de defesa: tríplice flexão do membro inferior 
ao estímulo nociceptivo 
▪ Hiperreflexia profunda: pode acontecer policinesia, mais de uma resposta a um 
único estímulo e sinrreflexia, resposta ao estímulo também ao lado oposto 
o Espasticidade 
o Em lesões agudas de via piramidal: paralisia, hipotonia e arreflexia. Após alguns dais ou 
semanas, a paralisia regride parcialmente, enquanto o tônus e os reflexos profundos se 
tornam aumentados 
o Causas comuns: AVE, tumores, doenças desmielinizantes, processos degenerativos, 
traumatismos e infecções. 
• Síndrome Parkinsoniana 
o Vias extrapiramidais 
o Doença de parkinson, medicamentos 
o Marcha parkisoniana 
o Tremor 
o Bradicinesia 
o Rigidez 
• Síndrome cerebelar 
• Lesões no cerebelo 
• Tumores, intoxicações, infecções, doenças desmielinizantes e outras 
37 
 
• Ataxia: dismetria, disdiadococinesia, disartria, disgrafia, distúrbios da marcha, nistagmo, tremores 
• Hipotonia: diminuição da consistência das massas musculares, reflexo patelar e tricipital 
pendulares 
• Hipertensão intracraniana 
• Aumento da pressão dentro do crânio 
• Equilíbrio entre o sangue e estruturas dentro do crânio pode ser rompido, transitoriamente ou 
definitivamente, devido ao: aumento da massa cerebral, encefalopatia hipertensiva, bloqueio de 
fluxo venoso, bloqueio na circulação de líquor, bloqueio na reabsorção do líquor, presença de 
sangue extravasamento. 
• Causas comuns: 
o Tumores 
o Meningite 
o Hemorragia 
o Traumatismo 
o Edema cerebral 
o Intoxicações exógenas 
o Trombose venosa central 
o Hipertensão arterial maligna 
o Neurocisticercose 
o Hipertensão craniana benigna 
o Uso de medicamentos em crianças 
o Pode ser agudo ou lento, dependendo da etiologia 
o Sinais e sintomas: 
▪ Cefaleia 
▪ Vômitos em jato 
▪ Vertigens 
▪ Edema de papila 
▪ Convulsão 
▪ Paralisia de nervos cranianos 
▪ Distúrbios psíquicos 
▪ Distúrbios autonômicos 
• Síndrome do II neurônio motor 
o Em lesões do corpo ou do axônio do II neurônio motor, osimpulsos motores que partem do 
centro não chegam à periferia. Assim, todos os atos motores são abolidos 
o Sinais e sintomas: 
▪ Paresia ou paralisia: frequentemente segmentar, assimétrica, atingindo o grupamento 
muscular inervado pelos neurônios lesionados; 
▪ Hipotonia: aumento da passividade e da extensibilidade musculares; 
▪ Arreflexia: superficial ou profunda; 
▪ Fasciculações: degeneração + regeneração nos músculos comprometidos; evolução 
crônica; 
▪ Atrofia da musculatura comprometida: com instalação mais ou menos precocemente. 
o Causas mais comuns: poliomielite anterior aguda, ELA, amiotrofia mielopática infantil, 
siringomielia, polineuropatia periférica, radiculopatias, mononeuropatias e neuropatias 
múltiplas. 
• Síndrome Hemiplégica 
38 
 
o Lesão da via piramidal, em qualquer ponto do trajeto desde o córtex cerebral até a medula. 
Isso causa perda da motricidade de uma metade do corpo, com o cortejo sintomático que 
constitui a síndrome do I neurônio motor 
o Causas: AVC, tumores, traumatismos etc. 
• Síndrome Meníngea: 
o Causas comuns: infecção (meningite) e hemorragia (meníngea ou subaracnóides). 
o Hemorragia meníngea: quadro instala-se sempre de modo súbito e inesperado, enquanto na 
meningite os sintomas costumam aparecer rapidamente, como nas meningites purulentas, 
ou, mas gradativamente, nas meningites não purulentas. 
o Características semiológicas: junção dos sintomas de hipertensão intracraniana, síndrome 
radicular (hiperestesia + fotofobia, raquialgia, postura antálgica, habitualmente em decúbito 
lateral e com os membros inferiores semifletidos, rigidez da nuca e Kernig, Brudzinski e 
Lasègue positivos) e síndrome infecciosa (quando presenta a meningite; febre, prostração, 
astenia, anorexia e taquicardia). 
• Neuropatias periféricas: 
o Comprometimento de um nervo isolado, de dois ou mais nervos em regiões diferentes ou 
vários nervos simultaneamente e de forma simétrica. 
o Lesões de fibras nervosas pequenas geram alterações da sensibilidade térmica e dolorosa, 
enquanto a lesão de fibras mielinizadas de maior calibre acompanha-se de déficits 
proprioceptivos ou motores. 
o Causas: alterações genéticas, agentes físicos, isquemia, agentes infecciosos, intoxicação por 
metais pesados, alterações imunológicas, doenças sistêmicas e carenciais associadas a 
neoplasias malignas e uso de certos medicamentos.

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