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(LEI Nº 11.343/06) LEI DE DROGAS http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.343-2006?OpenDocument LEI DE DROGAS Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Com alterações da Lei nº 13.840/19. A ORIGEM DA LEI DE DROGAS Antes de adentrarmos na Lei 11.343/2006, gostaria de fazer uma breve introdução a respeito da antiga Lei de Drogas, Lei n.º 6.368/1976, a qual, na verdade, tratava sobre entorpecentes, apresentando terminologias tais como “tráfico de entorpecentes e drogas afins”. Mas, com o advento da Lei 11.343/2006, passou-se a utilizar a terminologia “drogas”, e “tráfico de drogas”, que são mais adequadas para os dias atuais. Essa lei aqui de drogas, que começou a vigorar após quarenta e cinco da publicação, em 2006, revogou expressamente a Lei n.º 6368/1976. Por esse motivo, em tratando se de tráfico de drogas e de qualquer crime envolvendo drogas, será aplicado o princípio da especialidade. Se a droga tiver previsão na Portaria 344 da ANVISA, o enquadramento correto é na Lei 11.343/2006. Um segundo detalhe, para fins de conhecimento, é que a previsão constitucional para a criação da Lei de drogas pode ser extraída do Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, o qual considera crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes, o terrorismo, e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e, aquele que puderem evitar, se omitirem. Partindo dessa consideração, diz-se do Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, tratar-se de mandado constitucional de criminalização expresso, que consiste em uma imposição para que o legislador infraconstitucional viesse trazer a repressão à prática do tráfico ilícito de drogas. Neste sentido, o mandado condicional de criminalização. O Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, e sua organização é uma medida convencional de criminalização, expressamente evidenciado na Constituição. Embora tenha passado a vigorar em 2006, existia antes disso a previsão do tráfico de entorpecentes com base Lei n.º 6.368/1976, em cima do art. nº 16, por meio da qual observava-se, de igual modo, a Constituição Federal. Outro artigo previsto constitucionalmente que chama a atenção é o art. nº 243 da CF/88, o qual apresenta uma situação que pode acarretar na expropriação da propriedade do indivíduo que a utiliza para fins de cultivo, envolvendo várias substâncias consideradas drogas que possam causar dependência. Havendo essa hipótese, o proprietário pode vir a sofrer a expropriação, isto é, o confisco. Entenda que não se trata de uma desapropriação, que, no caso, ocorre por meio de indenização prévia e justa. A expropriação, em contrapartida, tem natureza confiscatória, isto é, não envolvendo qualquer tipo de indenização ao produtor, a propriedade passa a ser da União. Nesse sentido, o caso de expropriação é um exemplo de intervenção do Estado na propriedade privada. Contudo, tendo em vista o que está disposto no art. nº 243, CF/88 Lei de drogas. Esse caso, além de tratar da Lei de Drogas, envolve a situação de trabalho escravo, basta analisar expressamente o que está previsto no art. nº 243, CF/88. Obs.: Mesmo que o produtor conduza o cultivo em apenas uma parte de sua terra, ele perde todo o bem quando confiscada a propriedade. SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS O Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD era chamado de Sistema Nacional Antidrogas. O atual sistema prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. ATENÇÃO: Os conteúdos que mais caem na prova referente à Lei de Drogas, sem sombra de dúvidas, são, respectivamente: Art. nº 33; Art. nº 41 e Art. nº 28. Se seu tempo de estudo for curto, ou se pretende fazer uma revisão para o dia da prova, centre fogo nesses artigos, em especial no art. nº 33, que representa a maior incidência de questões nas provas. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.343-2006?OpenDocument Isso posto, vamos ao título das disposições preliminares. A referida Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD e prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção em recessão social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para a repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, consideradas drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União, e define crimes. (Art. nº 1). Em termos de incidência, como eu disse, deve-se fazer uma relação do artigo nº 1 ao art. nº 66 e à Portaria 344 da Anvisa/1998. Em seguida, se tiver tempo hábil até a data da prova, deverá ler todos aqueles artigos mencionados, principalmente os que sofreram alterações recentes para se ter uma noção básica do conteúdo. Do contrário, siga direto para o capítulo XV, que é o capítulo das penas. Este, aconselho que leia até o final. Mas a parte procedimental envolvendo à Lei de drogas que não tem muita incidência. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o - Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. Norma penal em branco Heterogênea. O artigo primeiro expõe o conceito de drogas para fins de aplicabilidade da Lei 11.343/2006. Isto é, para que se possa determinar se o princípio ativo de determinada droga configura algum crime aqui previsto, deve-se buscar as especificações referentes a drogas em Lei ou lista atualizada pelo Poder Executivo da União. Neste ponto, relaciona-se o Art. nº 1 ao art. nº 66 e à Portaria 344 da Anvisa/1998. É essa Portaria que determina se o princípio ativo da droga configura ou não o crime de tráfico, por exemplo. Sabemos que é crime vender droga. Mas, o que é droga? Maconha é droga? Cerveja é droga? Sertanejo universitário é droga? Para saber o que posso ou não vender (transportar, preparar etc.), preciso saber o que é droga. Não há como deixar a definição a cargo do juiz. Por isso, há um rol das drogas proibidas, para fins de incidência do art. 33, que expõem dezoito condutas que configuram crime tais como importar, exportar, remeter, trazem consigo, vender, expor à venda drogas. Ele não irá especificar o que é droga, portanto, será necessário recorrer a Portaria 344 da Anvisa que fará, e por meio dela se faz possível saber se há o princípio ativo para configurar o crime de tráfico de drogas previsto no art. nº 33. Na Portaria n. 344/98/MS, que, dentre as substâncias proibidas, traz o THC, substância presente na maconha. Por isso, é considerado tráfico de drogas o seu comércio. Agora, tendo como base o art. nº 33, sabemos que ele elucidará sobre condutas, as quais acarretarão em pena, e neste momento falo especificamente sobre a pena privativa de liberdade que consiste em reclusão de cinco anos, podendo chegar à quinze, ou seja, pena mínima, cinco anos, e pena máxima de quinze. Como o art. 33, por si só, não é aplicável, necessitando de complemento, dizemos que se trata de norma penal em branco. As normas penais em branco podem ser: a) Homogêneas: Quando o complemento é oriundo da mesma fonte legislativa que editou a norma em branco. Ex.: O art. 237 do CP assim prevê: “Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta”. No entanto, o CPnão diz quais são as causas de impedimento, sendo necessário o complemento do art. 1.521 do CC. Como o CC e o CP são oriundos da mesma fonte legislativa – lei em sentido estrito editadas pelo Congresso Nacional -, dizemos que a o art. 237 é norma penal em branco homogênea. Há quem as dividi, ainda, em homovitelinas e heretovitelinas. A norma penal em branco homogênea homovitelina (ufa!) ocorre quando o complemento está dentro da própria lei da norma em branco. Ex.: No art. 312 do CP, está tipificado o peculato, crime praticado por funcionário público, e, no próprio CP, no art. 327, está o conceito de funcionário público. Já a heterovitelina ocorre quando o complemento está em lei diversa, como no exemplo do art. 237, visto anteriormente. b) Heterogêneas: Há ainda a norma penal em branco heterogênea, hipótese em que o complemento é oriundo de fonte legislativa diversa da norma em branco. Pode-se dizer que a lei de drogas é uma norma penal em branco heterogênea, porque é uma lei que reque um complemento, sendo que esse complemento não é feito pelo próprio Congresso Nacional, porque se fosse, teríamos apenas um exemplo de uma norma penal em branco, homogênea. O Congresso nacional é Poder Legislativo e o complemento não é feito pelo Congresso Nacional, isto é, não é feito pelo Poder Legislativo. O complemento é feito pelo ato do Poder Executivo. Nesse sentido, pode-se dizer que a Lei de drogas é uma norma penal, em branco, heterogênea. Ex.: O art. 33 da Lei 11.343/06, lei oriunda do Congresso Nacional, e a Portaria n. 344/98/MS, proveniente do Poder Executivo. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10608348/artigo-237-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10608348/artigo-237-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599181/artigo-312-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10597902/artigo-327-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10867208/artigo-33-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06 Estas considerações são traçadas para que fique bem claro que esse conteúdo é muito recorrente nas provas, portanto, se cair na sua prova que a Lei das Drogas é uma norma penal em branco, você pode assinalar a questão como correta. Agora, se a questão especificar que tipo de norma penal em branco, ela terá que especificar que se trata de uma norma penal em branco heterogênea, porque se ela disser que é uma norma penal em branco homogênea, a questão estará errada. A questão deve ficar bem clara: hoje, para saber se o indivíduo praticou o tráfico de drogas, por exemplo, faz-se necessário consultar a, para saber se o princípio ativo em questão é considerado uma droga, como, por exemplo maconha tem o princípio ativo tetraidrocanabinol, princípio ativo, o lança perfume tem como princípio ativo o cloreto de etila. Todas essas informações constam na portaria nº 344. Conceito de Droga Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. A Lei de drogas, é uma norma penal em branco, ou seja, necessita de um complemento que traga a definição do que são drogas. Esse complemento é a portaria SVS/MS de nº 344 de 12 de meio de 1998, que traz os princípios ativos das substâncias que poderão ser enquadradas como drogas e consequentemente a tipificação da conduta do agente nos crimes elencados nesta Lei. A previsão legal de que a Lei 11.343/2006 é uma norma penal em branco heterogênea é o artigo 1º, parágrafo único, c/c art. 66 do diploma legal mencionado, conforme pode-se observar. Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. Caso a Anvisa venha retirar uma substância que tem um princípio ativo que hoje é considerada droga, o que prevalece na doutrina e no entendimento do STF é que ocorrendo a retirada de um princípio ativo que está previsto na portaria 344, será gerado o abolitio criminis, e o efeito será a retroatividade. Gostaria de exemplificar apresentando-lhe o que aconteceu com o princípio ativo ilícito cloreto de etila, lança perfume, nos anos 2000. Para você entender, quem fez a exclusão desse princípio ativo não foi o Congresso Nacional, mas o que prevalece é que a norma penal em branco, homogêneo como heterogênea é constitucional. No dia 07 de determinado mês do ano 2000 a Anvisa fez a exclusão dessa substância. Agora, imagine que o indivíduo praticou o crime de tráfico de substância no dia anterior, dia 06, e logo no dia seguinte a Anvisa exclui a substância. Ocorrerá, então, do indivíduo ser beneficiado por essa exclusão, que gerou a retroatividade. Será esse o entendimento do STF, então quem praticou o fato antes dessa exclusão, que foi feita pela Anvisa, foi beneficiado com a retroatividade benéfica. Naquela situação, quem fez a exclusão foi o presidente da época da Anvisa, sendo que a decisão deveria ter sido tomada pelo conselho, foi aplicada a exclusão e a retroatividade benéfica. Passados oito dias, no dia 15 do mesmo mês, o lança perfume voltou como princípio ativo previsto na Portaria 344 da Anvisa. Nessa hipótese, quando a substância foi incluída a decisão não pode retroagir, mas, no tempo em que beneficiou quem tinha praticado algum crime previsto na antiga Lei 6.368/76 que tinha previsão da Portaria 344 da Anvisa, recebeu a retroatividade benéfica. E do dia quinze em diante, após ser reinserida na Portaria como princípio ativo ilícito, passou a ser uma novatio legis in pejus, não podendo retroagir. Caiu em prova! (FUNIVERSA/2015) A Lei n.º 11.343/2006 fez referência genérica à expressão “droga”, devendo por isso ser complementada por outra norma. É correto afirmar que se trata de norma penal em branco homogênea. Gabarito: Errado. OBS.: A Lei nº 11.343/2006 (Lei Antidrogas) busca não só a criminalização do tráfico ilícito de drogas, mas também o zelo ao usuário, isto é, há um tratamento jurídico diverso ao usuário e ao traficante. Além disso, existem determinados produtos que serão lícitos com a devida autorização do Poder Público: plantio, matéria-prima, industrialização, comércio, entre outros. OBS.: Consoante o artigo segundo da lei 11.343/2006, as substâncias psicotrópicas derivadas das plantas de uso estritamente ritualístico-religioso são ressalvas, para que ocorra o enquadramento do agente nos crimes previstos nesta lei, quando for utilizada para essa finalidade. Exemplos de plantas, com substâncias psicotrópicas, sendo usadas para o ritual religioso: Ayahuasca[ (do quíchua aya, que significa 'morto, defunto, espírito', e waska, 'cipó', podendo ser traduzido como "cipó do morto" ou "cipó do espírito"), também conhecida como hoasca, daime, iagê , santo-daime, vegetal e mariri[ é uma bebida psicodélica produzida a partir da combinação da videira Banisteriopsis caapicom várias plantas, em particular a Psychotria viridis e a Diplopterys cabrerana. Autorização Extraordinária Art. 2o - Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura,a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. O artigo 2º da Lei de Drogas trata da proibição da comercialização e plantio de drogas em todo território nacional. Mas apresenta uma situação excepcional que poderia gerar uma atipicidade. Consoante o artigo segundo da lei 11.343/2006, as substâncias psicotrópicas derivadas das plantas de uso estritamente ritualístico-religioso são ressalvas, para que ocorra o enquadramento do agente nos crimes previstos nessa lei, quando for utilizada para essa finalidade. Exemplo de plantas com substâncias psicotrópicas, sendo usadas para o ritual religioso: Ayahuasca [(do quíchua aya, que significa ‘morto’, ‘defunto’, ‘espírito’ e waska, ‘cipó’, podendo ser traduzido como “cipó do morto”, ou “cipó do espírito”), também conhecida como hoasca, daime, iagê, santo-daime, vegetal e mariri] é uma bebida psicodélica produzida a partir da combinação da videira Banisteriopsis caapicom com várias plantas, em particular a Psychotria viridis e a Diplopterys cabrerana. Nesse caso, por exemplo, o chá de santo-daime, a partir dessa combinação de plantas para fins rituais religiosos, vai gerar a atipicidade tanto para quem está produzindo, como para quem está tomando. Os rituais que utilizam substâncias psicotrópicas mais difundidos hoje no Brasil são o Santo Daime e a União Vegetal, mas deverá gerar atipicidade da conduta do agente todas as substâncias que forem usadas com base no artigo segundo supracitado e, também, na Convenção de Viena, que foi ratificada pelo Brasil com essa finalidade, vai gerar uma atipicidade da conduta do agente. Todavia, cabe ressaltar que o indivíduo que consumir o chá terá que permanecer no recinto no qual ocorre o ritual, uma vez que não será amparado pela atipicidade se, por exemplo, sair para conduzir veículo automotor, estando sob o efeito da substância. Ele poderá, nesse caso ser responsabilizado criminalmente pelo artigo 306 do CTB, que fala do crime, de conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa. Ainda, se o agente conduzir uma embarcação ou aeronave logo após o consumo de drogas e gerar perigo em conformidade de outro, ele pode responder pelo artigo nº 39 da Lei de Drogas. Agora, no momento em que ele está portando a caneca para tomar o chá a conduta dele é atípica, não é configurada porque está embasada no artigo 2º, bem como na Convenção de Viena, que o Brasil ratificou, incorporada em nosso ordenamento jurídico. Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. TÍTULO II - DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS O artigo terceiro, trata sobre o título II do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, porém, não costuma ser recorrente em provas de concurso. Assim, faremos uma leitura breve com você e então mencionar os artigos recentemente alterados, para você ficar ligado porque tudo depende da forma que prevê o edital, pode cobrar a Lei do primeiro ao último artigo, mas pode também especificar os títulos que serão cobrados na prova, por exemplo, “dos crimes”, “das penas”, significa que cairá só a parte criminal; se for “dos crimes” pode cobrar a parte criminal e processual. Desse modo, leia o texto da Lei caso tenha a oportunidade, mas se aprofunde somente naquilo que é essencial. É exatamente isso que pretendo fazer a partir desse momento. Art. 3o - O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com: I - A prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas; II - A repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas. § 1º - Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) § 2º - O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema Único de Assistência Social - SUAS. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Observe que no primeiro momento a Lei tenta prevenir o uso, no segundo momento ela trabalha repressão não autorizado e o tráfico, por isso de drogas, ou seja, trabalha tanto de forma preventiva como de forma repressiva. Observe, ainda, que os parágrafos 1 e 2 foram recentemente incluídos pela Lei nº 13.840, de 2019, e alterações como essa possivelmente podem cair na prova, portanto é bom destacar, pois ALTERAÇÃO RECENTE É SINÔNIMO DE QUESTÃO EM CONCURSO!! CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS Prosseguindo, o capítulo I institui os princípios e objetivos do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. Esses princípios são objetivos, portanto não há muito a discorrer a respeito deles. Mas atenção, que pode ser cobrada na sua prova a diferenciação entre os princípios e os objetivos do Sisnad. Assim, lembre-se, o artigo nº 4 fala sobre os princípios e o artigo nº 5 fala sobre os objetivos. Art. 4o - São princípios do Sisnad: I - O respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à sua autonomia e à sua liberdade; II - O respeito à diversidade e às especificidades populacionais existentes; III - A promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e outros comportamentos correlacionados; IV - A promoção de consensos nacionais, de ampla participação social, para o estabelecimento dos fundamentos e estratégias do Sisnad; V - A promoção da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da participação social nas atividades do Sisnad; VI - O reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito; VII - A integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito; VIII - A articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário visando à cooperação mútua nas atividades do Sisnad; IX - A adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça a interdependência e a natureza complementar das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas; X - A observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social; XI - A observância às orientações e normas emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - Conad. Art. 5o - O Sisnad tem os seguintes objetivos: I - Contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros comportamentos correlacionados; II - Promover a construção e a socialização do conhecimento sobredrogas no país; III - Promover a integração entre as políticas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal, Estados e Municípios; IV - Assegurar as condições para a coordenação, a integração e a articulação das atividades de que trata o art. 3o desta Lei. CAPÍTULO II - DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS. SEÇÃO I - Da Composição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. Logo em seguida, o artigo nº 6 iniciaria o capítulo II da lei sobre a composição e organização do Sisnad, entretanto, foi revogado pela Lei 13.840/2019, que fala sobre o Sisnad, e, neste âmbito, o artigo nº 7 tratará da composição do Sisnad. Art. 6o - (VETADO) Art. 7o - A organização do Sisnad assegura a orientação central e a execução descentralizada das atividades realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se constitui matéria definida no regulamento desta Lei. Em termos de orientação, o Sisnad vai ser centralizado, agora, em termos da execução das políticas, será descentralizado e contemplar todos os entes federativos. Em seguida, a Sessão dois, incluída pela Lei 13.840/2019 fala sobre as competências da União, a qual deverá formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas; elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com o Estado, Distrito Federal, Municípios e a sociedade, e coordenar o Sisnad. Além disso, deverá estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento do Sisnad e suas normas de referência; elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, prioridades e indicadores e definir formas de financiamento e gestão das políticas sobre drogas. A união deve ainda, promover a integração das políticas sobre drogas com o Estado se divide ao município financiar com os estados, Distrito Federal e municípios a execução das políticas sobre drogas; observar as obrigações Integrante do Sisnad, também que várias decisões, estabelece a norma de colaboração com estádios federal, município para a execução das políticas sobre drogas; garantir publicidade das informações sobre repasse de recursos para financiamento de políticas sobre drogas; sistematizar a divulgação os dados estatísticos nacionais de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social, econômica e repressão ao tráfico de drogas e adotar medidas de enfrentamento aos crimes transfronteiriços. Por fim, deverá estabelecer uma política Nacional de controle de fronteiras visa coibir o ingresso de droga no país. Observe o texto da lei e perceba que em termos de diretriz, de elaboração e de coordenação, a responsabilidade é da União. Pronto, simples assim. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm Art. 7ºA. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 8o - (VETADO) SEÇÃO II - (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Das Competências Art. 8ºA. Compete à União: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) I - Formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas; II - Elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e a sociedade; III - Coordenar o Sisnad; IV - Estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento do Sisnad e suas normas de referência; V - Elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, prioridades, indicadores e definir formas de financiamento e gestão das políticas sobre drogas; VI - (VETADO); VII - (VETADO); VIII - Promover a integração das políticas sobre drogas com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IX - Financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a execução das políticas sobre drogas, observadas as obrigações dos integrantes do Sisnad; X - Estabelecer formas de colaboração com Estados, Distrito Federal e Municípios para a execução das políticas sobre drogas; XI - Garantir publicidade de dados e informações sobre repasses de recursos para financiamento das políticas sobre drogas; XII - Sistematizar e divulgar os dados estatísticos nacionais de prevenção, tratamento, acolhimento, reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; XIII - Adotar medidas de enfretamento aos crimes transfronteiriços; e XIV - Estabelecer uma política nacional de controle de fronteiras, visando a coibir o ingresso de drogas no País. Art. 8ºB. (VETADO) Art. 8ºC. (VETADO) CAPÍTULO II-A - DA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) SEÇÃO I - Do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas Art. 8ºD. São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros: I - Promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, atividades e projetos dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de drogas, atenção e reinserção social dos usuários ou dependentes de drogas; II - Viabilizar a ampla participação social na formulação, implementação e avaliação das políticas sobre drogas; III - Priorizar programas, ações, atividades e projetos articulados com os estabelecimentos de ensino, com a sociedade e com a família para a prevenção do uso de drogas; IV - Ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas, promovendo programas que priorizem a melhoria de sua escolarização e a qualificação profissional; V - Promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a todos os serviços públicos; VI - Estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, ações e projetos das políticas sobre drogas; VII - Fomentar a criação de serviço de atendimento telefônico com orientações e informações para apoio aos usuários ou dependentes de drogas; VIII - Articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego, renda e capacitação para o trabalho, com objetivo de promover a inserção profissional da pessoa que haja cumprido o plano individual de atendimento nas fases de tratamento ou acolhimento; IX - Promover formas coletivas de organização para o trabalho, redes de economia solidária e o cooperativismo, como forma de promover autonomia ao usuário ou dependente de drogas egresso de tratamento ou acolhimento, observando-se as especificidades regionais; X - Propor a formulação de políticas públicas que conduzam à efetivação das diretrizes e princípios previstos no art. 22; XI - Articular as instâncias de saúde, assistência social e de justiça no enfrentamento ao abuso de drogas; e XII - Promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas. § 1º - O plano de que trata o caput terá duração de 5 (cinco) anos a contar de sua aprovação. § 2º - O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao conteúdo do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas. SEÇÃO II - Dos Conselhos de Políticas sobre Drogas (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 8ºE. Os conselhos de políticas sobre drogas, constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios, terão os seguintes objetivos: I - Auxiliar na elaboração de políticas sobre drogas; II - Colaborar com os órgãos governamentais no planejamento e na execução das políticas sobre drogas, visando à efetividade das políticas sobre drogas; III - Propor a celebração de instrumentos de cooperação, visando à elaboração de programas, ações, atividades e projetos voltados à prevenção, tratamento, acolhimento, reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; IV - Promover a realização de estudos, com o objetivo de subsidiaro planejamento das políticas sobre drogas; V - Propor políticas públicas que permitam a integração e a participação do usuário ou dependente de drogas no processo social, econômico, político e cultural no respectivo ente federado; e VI - Desenvolver outras atividades relacionadas às políticas sobre drogas em consonância com o Sisnad e com os respectivos planos. CAPÍTULO III – (VETADO) Art. 9o - (VETADO) Art. 10o - (VETADO) Art. 11o - (VETADO) Art. 12o - (VETADO) Art. 13o - (VETADO) Art. 14o - (VETADO) CAPÍTULO IV - DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 15o - (VETADO) Art. 16o - As instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social que atendam usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da União. Art. 17o - Os dados estatísticos nacionais de repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão sistema de informações do Poder Executivo. TÍTULO III - DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO, ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E DEPENDENTES DE DROGAS. CAPÍTULO I - DA PREVENÇÃO Seção I - Das Diretrizes (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 18o - Constituem atividades de prevenção do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoção e o fortalecimento dos fatores de proteção. Art. 19o - As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes: I - O reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua relação com a comunidade à qual pertence; II - A adoção de conceitos objetivos e de fundamentação científica como forma de orientar as ações dos serviços públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam; III - O fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido de drogas; IV - O compartilhamento de responsabilidades e a colaboração mútua com as instituições do setor privado e com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e dependentes de drogas e respectivos familiares, por meio do estabelecimento de parcerias; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm V - A adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às especificidades socioculturais das diversas populações, bem como das diferentes drogas utilizadas; VI - O reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do uso” e da redução de riscos como resultados desejáveis das atividades de natureza preventiva, quando da definição dos objetivos a serem alcançados; VII - O tratamento especial dirigido às parcelas mais vulneráveis da população, levando em consideração as suas necessidades específicas; VIII - A articulação entre os serviços e organizações que atuam em atividades de prevenção do uso indevido de drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de drogas e respectivos familiares; IX - O investimento em alternativas esportivas, culturais, artísticas, profissionais, entre outras, como forma de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida; X - O estabelecimento de políticas de formação continuada na área da prevenção do uso indevido de drogas para profissionais de educação nos 3 níveis de ensino; XI - A implantação de projetos pedagógicos de prevenção do uso indevido de drogas, nas instituições de ensino público e privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos conhecimentos relacionados a drogas; XII - A observância das orientações e normas emanadas do Conad; XIII - O alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas. OBS: Quando dirigidas à criança e ao adolescente > em consonância com as diretrizes do CONANDA. Parágrafo único - As atividades de prevenção do uso indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda. Seção II - Da Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 19oA. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, comemorada anualmente, na quarta semana de junho. § 1º - No período de que trata o caput, serão intensificadas as ações de: I - Difusão de informações sobre os problemas decorrentes do uso de drogas; II - Promoção de eventos para o debate público sobre as políticas sobre drogas; III - Difusão de boas práticas de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social e econômica de usuários de drogas; IV - Divulgação de iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas; V - Mobilização da comunidade para a participação nas ações de prevenção e enfrentamento às drogas; VI - Mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, na realização de atividades de prevenção ao uso de drogas. CAPÍTULO II - DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO, TRATAMENTO, ACOLHIMENTO E DE REINSERÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) Seção I - Disposições Gerais - (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 20o - Constituem atividades de atenção ao usuário e dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso de drogas. Art. 21o - Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua integração ou reintegração em redes sociais. Art. 22o - As atividades de atenção e as de reinserção social do usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares devem observar os seguintes princípios e diretrizes: I - Respeito ao usuário e ao dependente de drogas, independentemente de quaisquer condições, observados os direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional de Assistência Social; II - A adoção de estratégias diferenciadas de atenção e reinserção social do usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares que considerem as suas peculiaridades socioculturais; III - Definição de projeto terapêutico individualizado, orientado para a inclusão social e para a redução de riscos e de danos sociais e à saúde; IV - Atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos respectivos familiares, sempre que possível, de forma multidisciplinar e por equipes multiprofissionais; V - Observância das orientações e normas emanadas do Conad; VI - O alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas. VII - Estímulo à capacitação técnica e profissional; VIII - Efetivação de políticas de reinserção social voltadas à educação continuada e ao trabalho; IX - Observância do plano individual de atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; X - Orientação adequada ao usuário ou dependente de drogas quanto às consequências lesivas do uso dedrogas, ainda que ocasional. Seção II - Da Educação na Reinserção Social e Econômica (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 22oA - As pessoas atendidas por órgãos integrantes do Sisnad terão atendimento nos programas de educação profissional e tecnológica, educação de jovens e adultos e alfabetização. Seção III - Do Trabalho na Reinserção Social e Econômica (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 22oB - (VETADO). Seção IV - Do Tratamento do Usuário ou Dependente de Drogas (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 23o - As redes dos serviços de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios desenvolverão programas de atenção ao usuário e ao dependente de drogas, respeitadas as diretrizes do Ministério da Saúde e os princípios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária adequada. Art. 23oA - O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de internação (ultima ratio) em unidades de saúde e hospitais gerais nos termos de normas dispostas pela União e articuladas com os serviços de assistência social e em etapas que permitam: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) I - Articular a atenção com ações preventivas que atinjam toda a população; II - Orientar-se por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidências científicas, oferecendo atendimento individualizado ao usuário ou dependente de drogas com abordagem preventiva e, sempre que indicado, ambulatorial; III - Preparar para a reinserção social e econômica, respeitando as habilidades e projetos individuais por meio de programas que articulem educação, capacitação para o trabalho, esporte, cultura e acompanhamento individualizado; e IV - Acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de forma articulada. § 1º - Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de tratamento, em âmbito nacional. § 2º - A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou hospitais gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento no qual se dará a internação. § 3º - São considerados 2 (dois) tipos de internação: I - Internação voluntária: Aquela que se dá com o consentimento do dependente de drogas; II - Internação involuntária: Aquela que se dá, sem o consentimento do dependente, a pedido de familiar ou do responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com exceção de servidores da área de segurança pública (pois eles atua com repressão, incompatível com tratamento), que constate a existência de motivos que justifiquem a medida. § 4º - A internação voluntária: I - Deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este regime de tratamento; II - Seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação escrita da pessoa que deseja interromper o tratamento. § 5º - A internação involuntária: I - Deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável; II - Será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde; III - Perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável; IV - A família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento. § 6º - A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra hospitalares se mostrarem insuficientes. § 7º - Todas as internações e altas de que trata esta Lei deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema informatizado único, na forma do regulamento desta Lei. § 8º - É garantido o sigilo das informações disponíveis no sistema referido no §7º e o acesso será permitido apenas às pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de responsabilidade. § 9º - É vedada a realização de qualquer modalidade de internação nas comunidades terapêuticas acolhedoras. § 10º - O planejamento e a execução do projeto terapêutico individual deverão observar, no que couber, o previsto na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Seção V - Do Plano Individual de Atendimento (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 23oB - O atendimento ao usuário ou dependente de drogas na rede de atenção à saúde dependerá de: I - Avaliação prévia por equipe técnica multidisciplinar e multisetorial; e II - Elaboração de um Plano Individual de Atendimento – PIA. § 1º - A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará a elaboração e execução do projeto terapêutico individual a ser adotado, levantando no mínimo: I - O tipo de droga e o padrão de seu uso; e II - O risco à saúde física e mental do usuário ou dependente de drogas ou das pessoas com as quais convive. § 2º - (VETADO). § 3º - O PIA deverá contemplar a participação dos familiares ou responsáveis, os quais têm o dever de contribuir com o processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes, passíveis de responsabilização civil, administrativa e criminal, nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. § 4º - O PIA será inicialmente elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do primeiro projeto terapêutico que atender o usuário ou dependente de drogas e será atualizado ao longo das diversas fases do atendimento. § 5º - Constarão do plano individual, no mínimo: I - Os resultados da avaliação multidisciplinar; II - Os objetivos declarados pelo atendido; III - A previsão de suas atividades de integração social ou capacitação profissional; IV - Atividades de integração e apoio à família; V - Formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual; VI - Designação do projeto terapêutico mais adequado para o cumprimento do previsto no plano; e VII - As medidas específicas de atenção à saúde do atendido. § 6º - O PIA será elaborado no prazo de até 30 (trinta) dias da data do ingresso no atendimento. § 7º - As informações produzidas na avaliação e as registradas no plano individual de atendimento são consideradas sigilosas. Art. 24o - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão conceder benefícios às instituições privadas que desenvolverem programas de reinserção no mercado de trabalho, do usuário e do dependente de drogas encaminhados por órgão oficial. Art. 25o - As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social, que atendam usuários ou dependentes de drogas poderão receber recursos do Funad, condicionados à sua disponibilidade orçamentária e financeira. Art. 26o - O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário. Seção VI - Do Acolhimento em Comunidade Terapêutica Acolhedora (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 26oA - O acolhimento do usuário ou dependente de drogas na comunidade terapêutica acolhedora caracteriza-se por: I - Oferta de projetos terapêuticos ao usuário ou dependente de drogasque visam à abstinência; II - Adesão e permanência voluntária, formalizadas por escrito, entendida como uma etapa transitória para a reinserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas; III - Ambiente residencial, propício à formação de vínculos, com a convivência entre os pares, atividades práticas de valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoal, vocacionada para acolhimento ao usuário ou dependente de drogas em vulnerabilidade social; IV - Avaliação médica prévia; V - Elaboração de plano individual de atendimento na forma do art. 23oB desta Lei; e VI - Vedação de isolamento físico do usuário ou dependente de drogas. § 1º - Não são elegíveis para o acolhimento as pessoas com comprometimentos biológicos e psicológicos de natureza grave que mereçam atenção médico-hospitalar contínua ou de emergência, caso em que deverão ser encaminhadas à rede de saúde. § 2º - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) § 3º - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) § 4º - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) § 5º - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) CAPÍTULO III - DOS CRIMES E DAS PENAS Isso se cair na prova será tranquilo responder, veja bem, o crime previsto no art. nº 28, sobre o porte de drogas para consumo próprio, tem como consequência penal a advertência, a prestação de serviço à comunidade e o comparecimento à programa ou curso educativo, isto é, trata-se de um crime que não traz pena privativa de liberdade. Essas penas elas podem ser aplicadas de forma isolada, bem como cumulativamente e se quiser substituir uma por outra, também pode, a qualquer tempo, sempre ouvindo que o Ministério Público e o defensor desse indivíduo. Isso se referindo ao artigo nº 27 com base no crime do art. nº 28, porque esse capítulo III, abrange do art. nº 27 ao 30, e dentre esses, o único crime previsto é o previsto no art. nº 28. Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: (Penas educativas) I - Advertência sobre os efeitos das drogas; II - Prestação de serviços à comunidade; III - Medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo. O tipo do art. 28 da Lei de Drogas traz cinco condutas: Adquirir, ou seja, o indivíduo faz a compra das drogas através de uma contraprestação ou até mesmo através de uma troca, na conduta adquirir esse crime ele vai ser considerado instantâneo, isto é, no momento em que individuo fez a aquisição, configura-se o art. 28 da Lei de Drogas. Na conduta guardar vai demandar uma permanência, então esse crime vai se prolongar no tempo. Tiver em depósito também demanda crime permanente. Para praticar a conduta transportar, o indivíduo usará um veículo automotor, e durante esse transporte, está se prolongando no tempo. Na conduta trouxer consigo a droga vem com ele no corpo, ou seja, na calça, na cintura, na cueca ou até mesmo através de uma bolsa/mochila. Para consumo pessoal, identifica-se o dolo mais o especial fim de agir. O objeto material desse artigo é a droga com base na portaria 344 da ANVISA. A natureza jurídica deste artigo conforme prevalece há três correntes, mas o entendimento que prevalece em concursos públicos, é a primeira corrente a qual houve uma despenalização se associando em cima do artigo 28, falará que o artigo 28 da Lei de Drogas é considerado crime, pois o porte para consumo próprio tinha previsão no artigo 12, Lei 6.368/76, ele era punido com a pena privativa de liberdade de detenção de 06 meses podendo chegar a 02 anos. Com o advento da Lei 11.343/16, o porte para consumo próprio está previsto no artigo 28 da Lei de Drogas ele não traz pena privativa de liberdade com base na nova alteração, pelo fato de não ter trazido a pena privativa de liberdade surgiram as três correntes. A primeira afirmando que o artigo 28 continua sendo crime, mas o que veio a ser gerado foi uma despenalização pelo fato da antiga Lei no seu artigo 12 trazer a pena privativa de liberdade e com base na lei nova no artigo 28 não trazer a pena. É o que prevalece em âmbito doutrinário e jurisprudencial STJ e STF, na atualidade continua sendo crime, então caso afirme na sua prova que o artigo 28 da Lei de Drogas é crime, está correta, o STF entende que houve apenas DESPENALIZAÇÃO, mas continua sendo crime). O art. 28 se refere à criminalização da conduta do usuário que porta drogas ilícitas consigo para consumo pessoal. Alerta-se que a Lei nº 11.343/06 exige objeto material, qual seja, a droga, portanto, se o usuário não estiver com a droga, mas já a tenha consumido, então será fato atípico. “A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio (artigo 28 da Lei n° 11.343/06) exige a elaboração de laudo de constatação da substância entorpecente que evidencie a natureza e a quantidade da substância apreendida”. Sujeito ativo: Comum, qualquer pessoa pode cometer, e unissubjetivo (Não há necessidade da pluralidade de agentes). Sujeito passivo: Aquele sofre a conduta prevista como crime. É a coletividade, ou seja, crime vago. Conceito de crime vago - É usado quando no polo passivo não se consegue determinar uma pessoa física ou pessoa jurídica sofrendo a conduta realizada pelo sujeito ativo, há um crime vago/crime de vitimização difusa. Uso pretérito - No que diz respeito ao uso do pretérito, o indivíduo não pode vir a ser punido pelo fato de ter consumido uma droga, o artigo 28 da Lei de drogas ele vai punir o porte da droga para consumo próprio, não pune o seu uso, há uma diferença entre a pessoa que está portando a droga e a pessoa que consumiu. O indivíduo que está portando a droga dependendo das circunstâncias, ele portará drogas para consumo próprio enquadrando a conduta dele no artigo 28, pois se encaixa na conduta adquirir, trazer consigo, guardar e transportar. O indivíduo que consumiu não há a materialidade para provar que ele estava com a droga, mesmo que no momento chegue à polícia e venha a sentir o odor da substância. Nada pode ser feito com este indivíduo, tendo em vista que ele não está com a droga para ser feito exame e para comprovar a materialidade do artigo o uso do pretérito é fato atípico. Será punido o usuário se ele estiver portando a droga, mas o indivíduo que usou e não possui o porte da droga a conduta dele será atípica, o que permanece. Então na condição de policial há o cheiro da droga, mas não conseguiu encontrar nenhum tipo de substância com o indivíduo a pessoa deve ser liberado, pois não está portando a droga e não há uma materialidade para configurar o artigo 28 da Lei de drogas. Ex.: Em um concurso para policial foi feita a seguinte questão “Policiais chegaram em um determinado local em que havia uma seringa, uma pessoa havia utilizado a substância a qual era heroína e consumiu a droga largando ali um instrumento que foi utilizada para colocar essa droga no corpo, os policiais poderiam conduzir essa pessoa para a delegacia?” não, pois não havia a materialidade pois ocorreu o uso pretérito, foi consumido totalmente a droga então a conduta dessa pessoa é atípica, o uso pretérito é fato atípico o que é punido o porte para consumo próprio. Elemento subjetivo e conduta: É exclusivamente doloso (não admite a forma culposa) e comissivo (não há forma omissiva) em “adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou trazer consigo” (tipo misto alternativo) drogas ilícitas para consumo pessoal. Caso tenha outra finalidade, incorrerá em novo tipo penal, por exemplo, objetivo de lucro será tráfico do art. 33. Ele irá praticar as condutas previstas no artigo 28 da Lei de Drogas para consumo próprio, aquantidade de drogas serve em termos de tipificação enquadrar a conduta do agente no artigo 28. Há dois sistemas, sendo o de quantidade legal onde o indivíduo que for pego com uma certa quantidade, pode vir a ser responsabilizado pelo tráfico e pelo para consumo próprio esse sistema não foi adotado pelo Brasil. O motivo de não ter sido adotado é a questão de se deparado com um indivíduo que está transportando 100 kg de uma droga ele não irá conseguir provar que é para consumo próprio, pois para provar deverá ser dividido e terão que provar que ele está utilizando uma substância de quantidade razoável por dia, através da quantidade dá para enquadrar no tráfico. STJ (INFORMATIVO – 711): O réu não tem o dever de demonstrar que a droga encontrada consigo seria utilizada apenas para consumo próprio. Cabe acusação comprovar os elementos do tipo penal, ou seja, que a droga apreendida era destinada ao tráfico. Ao Estado acusador incumbe demonstrar a configuração do tráfico, que não ocorre pelo simples fato dos réus terem comprado e estarem na posse de entorpecente. Em suma, se a pessoa é encontrada com drogas, cabe ao Ministério Público comprovar que o entorpecente era destinado ao tráfico. Não fazendo esta prova, prevalece a versão do réu de que a droga era para consumo próprio. O problema encontra-se quando se é pego com pouca quantidade, pois deve-se analisar para poder afirmar que está com porte para consumo próprio ou por tráfico depende de elementos a mais. O sistema de quantidade em determinados casos não serve para fazer a diferenciação entre a figura do usuário para consumo próprio e a figura do traficante, pois suponha-se que a polícia encontra um indivíduo na favela vendendo a última trouxinha. As circunstâncias indicativas apontam que ele está praticando o tráfico, entretanto só há uma trouxinha com ele, enquadrando a conduta dele no 33 da Lei de Drogas pela quantidade. Se fosse analisar a quantidade seria deduzido que é para consumo próprio, então não serve para diferenciar em alguns momentos a figura do usuário para com a do traficante. O sistema adotado pelo Brasil é o sistema da análise policial ou judicial será feita essa combinação, pois a polícia irá trazer elementos para afirmar se o indivíduo responderá por porte para consumo próprio ou pelo crime de tráfico. O indivíduo que foi pego com 1 kg, mas estava na boca de fumo a circunstância indica que praticou o tráfico ocasionando a polícia e a presunção de legitimidade juntarem esses elementos e com base fazer a análise policial, análise judicial e enquadrando no tráfico. Isso diferentemente ocorrera com o indivíduo que foi abordado com 200 gramas se ele conseguiu provar que pelo fato de ser uma pessoa pública foi na boca de fumo e comprou uma quantidade razoável para fumar durante o mês, nessa hipótese e pelas circunstâncias poderia ser enquadrado no porte para consumo próprio. Entretanto o que irá definir é a quantidade ou as circunstâncias apontadas pela polícia ou pelo próprio Poder Judiciário ficando claro, que, o sistema adotado não é o sistema de quantidade e sim o sistema da atividade policial ou judicial. Tentativa - É cabível de acordo com a doutrina majoritária, cabível na conduta adquirir, não cabe nas outras condutas transportar, trazer consigo, guardar e ter em depósito, pois nas outras condutas provavelmente a aquisição já ocorreu, pois, para guardar a droga ele comprou. O crime já estava consumado na conduta de adquirir, mas se cai em sentido amplo afirmando que “o artigo 28 da Lei de Drogas é cabível a tentativa” está certa, se especificar só cabe na conduta adquirir. O objeto material são as drogas, se o indivíduo for pego com poucas drogas, pode ser aplicado. O princípio da insignificância - Tratando-se do artigo 28 da lei de drogas pode ser aplicado? De acordo com o que prevalece não, não cabe o princípio da insignificância este é um entendimento do STJ o qual está aplicado de forma pacífica, falando que não cabe a aplicação do princípio da insignificância, pois é da essência do artigo 28 da lei de drogas o indivíduo está portando pouca quantidade. Aplica-se o princípio da significância no artigo 28 geraria uma impunidade pelo fato do indivíduo estar com pouca quantidade e sem a essência da prática desse crime, prevalecendo no STJ que não é aplicado o princípio da insignificância. No caso do Supremo Tribunal Federal, teve o julgado em 2012 que foi aplicado o princípio da insignificância relator da época ministro Dias Toffoli, mas o que prevalece é que não é aplicado o princípio da insignificância. Um detalhe importante: É que se o indivíduo for preso, interno ou esteja dentro de um estabelecimento prisional e for pego portando droga nesse caso específico, ele irá responder por porte para consumo próprio. Além de responder pelo porte para consumo próprio, será submetido a uma responsabilidade administrativa por ter praticado uma falta grave. A jurisprudência do STJ entende que para ele ser responsabilizado pela prática de falta grave por estar portando drogas para consumo, tem que se ter a confirmação do que se estava portando através de um laudo que mostre o princípio ativo da portaria 344 da ANVISA. Consumação - Consuma-se com prática de qualquer um dos núcleos: quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo. Ocorre com a prática da conduta, pode ser classificado no artigo 28 de drogas no que diz respeito ao momento consumativo se classificado pela doutrina, um crime de mera conduta e pode ser chamado de crime de perigo abstrato. Há uma presunção e com a prática das condutas previstas no tipo penal do artigo 28, houve a violação do bem jurídico tutelado o qual é a saúde pública. Caso caia na sua questão que o artigo 28 da lei de drogas de porte para consumo próprio, é um crime de mera conduta ou é um crime de perigo abstrato? É uma afirmativa correta Crime de Perigo Abstrato - Para a maioria o crime é de perigo abstrato (crime absolutamente previsto em lei). O eminente jurista, Guilherme de Souza Nucci, rotula o art.28 da lei 11343/2006 como de “ínfimo potencial ofensivo”, tendo em vista que, mesmo sendo inviável no caso concreto a transação penal, ainda que reincidente o agente e com maus antecedentes ou péssima conduta social, jamais será aplicada a pena privativa de liberdade, mas penas alternativas com medidas assecuratórias de cumprimento. Segundo o artigo 28 Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - Advertência sobre os efeitos das drogas; II - Prestação de serviços à comunidade; III - Medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo. - A I foi decidida pelo Fórum Nacional de Juizados Especiais no caso específico, para ser aplicada essa pena é o magistrado que aplica acompanhado de uma pessoa capacitada para aplicar a advertência sobre os efeitos da droga, desse indivíduo que praticou o artigo 28, essa advertência tem natureza de pena e é sobre os efeitos das drogas. - A prestação de serviços do inciso II tem como pena restritiva de direito prevista no Código Penal, neste Código fala da prestação de serviço à comunidade e entidade pública já no inciso II fala apenas de prestação de serviço à comunidade, esta prestação de serviço à comunidade prevista na parte geral do Código Penal é uma pena restritiva de direito, uma de suas características é serem substitutivas, substituindo a pena privativa de liberdade. A que está prevista no artigo 28 não está de forma substitutiva e não como pena restritiva de direito, praticado este artigo pode ser submetido à prestação de serviços à comunidade como pena principal e não como substitutiva da pena privativa de liberdade. - No III inciso a medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo pode ser qualquer tipo de curso, sendo o ideal umprograma ou curso educativo voltado para as áreas para que ele não volte a se drogar mais. É importante lembrar que no inciso II e III se o indivíduo for primário, pode ser aplicada até 05 meses. Isso irá mudar se ele for reincidente duplicando o prazo para 10 meses ficando claro, que, não é pena privativa de liberdade esses incisos que estão no artigo 28, o indivíduo não sofre um risco de indício a liberdade de locomoção. § 1o - Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. O §1º traz a modalidade de “semear, cultivar ou colher” as suas próprias drogas ilícitas, desde que seja para consumo pessoal e em pequena quantidade. Acerca disso, quem deve valorar se o sujeito se enquadra como usuário ou traficante será o juiz, com base no §2º do art. 28. O artigo no § 1° começa a modificar e identificar a diferença no objeto material, sendo o objeto material do artigo as plantas que são destinadas para a preparação de drogas, o objeto material se diferenciou e a conduta também, pois seria cultivar, semear e colher a conduta diferentemente do outro que irá adquirir, transportar, trazer e consigo guardar. Observando aluna(o) que a diferença está no objeto material e na conduta, um detalhe muito importante que às vezes analisando apenas a lei não se percebe, há a produção da droga com o princípio ativo, já sendo produzida. Caso ele seja pego com uma semente que possui um princípio ativo para a produção de uma droga não há como enquadrar no artigo 28, pois ele cita a droga produzida entretanto o § 1° cita plantas e a semeação, caso o indivíduo for pego portando semente, ele responderá pelo artigo 28 § 1° da lei de drogas, ficando provavelmente configurado para consumo próprio. Diferentemente, se ele é pego enviando a semente através do correio, nesta prática é considerado tráfico e em vez de responder pelo tráfico por equiparação, tendo em visto objetos materiais o que prevalece é que este indivíduo irá responder pelo tráfico do artigo 33, prevalecendo a jurisprudência que se enquadraria no artigo 28 § 1° e não no artigo 28. § 2o - Para determinar se a droga se destinava a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. Consumação e tentativa: Por se tratar de crime de perigo abstrato e formal, não necessita da efetiva produção de resultado naturalístico, bastando-se a droga estar consigo. Na modalidade “adquirir” é instantâneo e admite a tentativa; enquanto que, nas outras, é permanente e não admite a tentativa. Vedada à prisão: Ao usuário de drogas que porte drogas para consumo pessoal nunca poderá ocorrer a detenção, como expõem os § 2º, 3º e 4º do art. 48: Art. 48, §2º. Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor de o fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. Art. 48, §3º. Se ausente à autoridade judicial, as providências previstas no §2º deste artigo serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente. Art. 48, §4º. Concluídos os procedimentos de que trata o §2º deste artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender conveniente, e em seguida liberado. Caiu em prova! (CESPE/2009) No caso de porte de substância entorpecente para uso próprio, não se impõe prisão em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer. Gabarito: Correto. Manutenção de crime e despenalização: Para ambos os tribunais superiores, a nova Lei de Drogas não implicou abolitio criminis nem criou uma infração penal sui generis, continuando a ser considerado crime o art. 28, porém ocorreu a sua despenalização: não há mais incidência de pena privativa de liberdade. “Posse de droga para consumo pessoal: (art. 28 da L. 11.343/06 – nova Lei de Drogas): natureza jurídica de crime. (…). Ocorrência, pois, de ‘despenalização’, entendida como exclusão, para o tipo, das penas privativas de liberdade. Questão de ordem resolvida no sentido de que a L. 11.343/06 não implicou abolitio criminis (C. Penal, art. 107)”. Com o advento da Lei n. 11.343/2006, não houve descriminalização da conduta de porte de substância entorpecente para consumo pessoal, mas mera despenalização. § 3o - As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 05 (cinco) meses. § 4o - Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. STJ (INFORMATIVO – 662): O §4º prevê que: “em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.” A reincidência que trata o §4º é a reincidência específica. Assim, se um indivíduo já condenado definitivamente por roubo, pratica o crime do art.28, ele não se enquadra no §4º. Isso porque se trata de reincidente genérico. O §4º ao falar de reincidente, está se referindo ao crime do caput do art.28. Caiu em prova! (CESPE/2011) A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a natureza de infração sui generis, porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime tanto do ponto de vista formal quanto material. Gabarito: Errado. Penas e prazos: Mesmo não se impondo pena privativa de liberdade (art. 48, §§ 2º, 3º e 4º), haverá a possibilidade de aplicação, isolada ou cumulativamente (art. 27), de três penas alternativas à prisão (art. 28, caput, I, II e III): advertência sobre o uso de drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento à programa educativo. Nessas duas últimas penas, os prazos máximos serão de 5 meses se primário; e, 10 meses se reincidente (art. 28, § 3º e 4º). § 5o - A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas (art. 28, §5º). Observe aluna(o) que ele não especificou a carga horária que deve ser feita, essa prestação de serviço à comunidade, sendo a aplicação subsidiária o Código Penal que diz respeito à prestação de serviço à comunidade como pena restritiva de direito, trazendo uma carga horária de uma hora por dia ou semanal. § 6o - Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - Admoestação verbal; II - Multa. É importante destacar o sucessivamente, pois se dará em ordem aplicando primeiro a admoestação verbal e caso o indivíduo continue descumprindo será aplicado em segundo a multa ambas medidas educativas, estas são penas previstas no artigo 28 a advertência, prestação de serviço à comunidade e o comparecimento à programa ou curso educativo. Caso descumprida as penas, cabem medidas educativas de forma sucessiva. A multanão está como pena e sim pelo fato de ter descumprido a aplicação da pena, caso ele não pague a multa não pode ser preso, o que pode ser feito para executar a multa será através da Procuradoria da Fazenda para fazer a execução dessa pena a qual é uma dívida de valor. § 7o - O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. Há a competência para julgar o porte para consumo próprio na modalidade para equiparação a competência para julgar do Juizado Especial Criminal, conhecido como JECRIM. Afirmação que possui fundamentação no artigo 48 §2° o qual fala que o indivíduo pode ser encaminhado para o Juizado Especial Criminal, regra geral vai ser estadual Tem alguma possibilidade de ser julgado pelo Juizado Especial Criminal Federal? A doutrina trará um exemplo que se ele tiver praticando porte para consumo próprio por exemplo em navios ou aviões poderia ser encaixada a competência da Justiça Federal. Caso o indivíduo seja pego portando para consumo próprio e praticou essa conduta dentro de um navio, sendo competência da Justiça Federal a qual julga os crimes que devem ser praticados a bordo de navios, aeronaves e entre outros. Um exemplo a se pegar é o artigo 48 § 2°, o indivíduo que está portando a droga não pode ser preso em flagrante, sendo composta de fases a prisão em flagrante este indivíduo pode ser capturado, a polícia chega e faz à revista pessoal e se identificar que está portando droga para consumo próprio o captura e faz a condução coercitiva. Quando chega na delegacia não terá a necessidade ser lavrado um auto de prisão em flagrante o (APF), basta lavrar em um termo circunstanciado de ocorrência, o ideal é ser encaminhado para o juizado, mas como não dá para ser feito e encaminhado para o juizado irá para uma delegacia e ao invés de se instaurar inquérito, é elaborado um termo circunstancial de ocorrência. Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo. Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa a que se refere o § 6o do art. 28 serão creditados à conta do Fundo Nacional de Antidrogas. Prescrição Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 117 e seguintes do Código Penal. ATENCAO: Destaque este artigo 30, pois ele cai muito em concurso, sendo os que mais caem o artigo 33, 41 e 28. Este artigo 30 só será aplicado para o artigo 28 caput e para o artigo 28 § 1° só é aplicada para esses dois crimes, o menor prazo prescricional que temos hoje especificamente na lei de drogas é o porte para consumo próprio e por equiparação tendo em vista que a mudança do objeto material e das condutas, prazo prescricional desses crimes são dois anos. Não se observa o prazo que está previsto no Código Penal para prescrição e sim observa-se para prestação a própria Lei de Drogas no artigo 30, prazo constitucional observa-se o artigo 30 da Lei de Drogas, mas em termo de causas interruptivas consulta-se o Código Penal no artigo 117. Uma questão que a sua prova pode trazer é “No caso do porte para consumo próprio o prazo da prescrição é observado no Código Penal?” esta é uma afirmativa errada, pois a regra geral tratando-se de prazo prescricional, segue disposto no Código Penal, mas se a questão trás especificamente observe quem está na lei. A lei afirma que para o consumo próprio por equiparação são dois anos, é esse prazo que você irá seguir o prazo prescricional, sendo as causas interruptivas previstas no Código Penal. Caso haja uma questão que afirme que o prazo prescricional do porte para consumo próprio é de dois anos e as causas interruptivas também estão previstas na Lei de Drogas, é uma afirmação errônea, pois as causas possuem objetivos de previsão no Código Penal. TÍTULO IV - DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art107 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais. Este artigo é taxativo, necessariamente para a pessoa praticar essas condutas envolvendo esses materiais, drogas e matérias primas que tem a destinação para a preparação de drogas se deve ter uma licença prévia a qual é fiscalizada, pois se não a tiver independente do objeto material, se for droga responderá por tráfico e matéria prima para insumo e produção de drogas, tráfico por equiparação. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. § 1o - (Revogado) § 2o - (Revogado) Você pode observar que este artigo afirma que as plantações ilícitas serão imediatamente destruídas, sendo o delegado de polícia quem as destrói, abaixo há um quadro didático para que você aluna(o) não erre nenhum tipo de questão envolvendo essa parte. Na questão de drogas a qual já há o produto pronto diferentemente da plantação que pode ser destinada à produção de droga, só quem pode destruir é o delegado de polícia o qual dependerá de autorização judicial, podendo mudar o prazo. Quando for preso em flagrante há um prazo de 15 dias para destruir, entretanto se há a apreensão da droga, mas não há o flagrante são 30 dias contados da data de apreensão para fazer a destruição, sendo essa destruição é feita através da incineração. § 3o - Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto no 2.661, de 8 de julho http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm de 1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. § 4o - As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor. O artigo 50 afirma que ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo segundo o § 3o. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) Preste atenção neste prazo, pois quando se fala em recebida a cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz no prazo de 10 dias certificará regularidade formal do auto de constatação, determinando a destituição das drogas. A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e
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