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HIV e SIDA

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Alan Paz 
2021 
Histórico: Reconhecida no verão de 1981 quando o CDC reconheceu a ocorrência 
inexplicada de pneumocistose em 5 homossexuais masculinos previamente sadios em LA, 
e de Sarcoma de Kaposi com ou sem pneumocistose em 26 homossexuais masculinos 
previamente sadios em NY e LA. Em meses, usuários de drogas injetáveis, receptores de 
transfusões de sangue e hemofílicos com esses casos. Suspeita que era um agente de 
transmissão sexual e sanguínea. 
1983 – isolamento HIV em paciente com linfadenopatia 
 1984 – demonstrou-se como agente etiológico da AIDS. 
 1985 – criado primeiro teste diagnóstico ELISA que permitiu o delineamento da 
epidemia. 
 1996 – tratamento com melhor sobrevida. 
 2000/2013 – Biovir e Efavirens. 
 2013 – Tenofovir, Lamivudina e Efavirens. 
 2017 – Tenofovir e Dolutegravir. 
 Evolução muito grande nas terapias medicamentosas 
Características virais: 
 Retrovírus família Lentiviridae – informação forma de RNA é transcrita em DNA 
na célula hospedeira. 4 retrovírus humanos conhecidos: HIV-1 (mais comum), HIV-
2 (África Ocidental), HTLV-1, HTLV-2. 
 RNA fita simples. Presença de transcriptase reversa em núcleo virion (transcrição 
de RNA em DNA), integrase, protease, proteínas de envelope, transmembrana de 
envelope, além do capsídeo p24 
 Vírus tem tropismo por linfócitos T CD4 ou células que possuam molécula CD4 
(macrófagos, células da glia, neurônios, células de Langerhans). 
 RNA entra na célula alvo e é transcrito em DNA pela transcriptase reversa, sendo o 
DNA translocado até o núcleo da célula pela enzima integrase. 
 Na replicação, o RNAm HIV transcrito em proteínas se associando a enzimas e 
RNA na membrana celular – brotamento membrana externa e amadurecimento 
pela enzima protease catalisadora do vírus. 
Definição: Doença sistema imunológico causado por um vírus, caracterizada pela perda 
progressiva de linfócitos CD4. Em indivíduos não tratados o tempo médio entre infecção 
pelo HIV e aparecimento de doença (SIDA) é em torno de 8-10 anos. Exceção: progressores 
lentos, controladores de elite (pacientes que tem HIV, mas viremia baixa ou muito baixa, e 
não progridem). 
SIDA: CD4 menor que 200 e/ou presença de doença definidora Esse exame é realizado 
em hospitais e serviços especializados. Em unidades básicas, o hemograma ajuda a 
definir previsão de imunossupressão grave. A partir de 2013 busca-se o tratamento do HIV 
na AB. No entanto, há exceções em muitos locais. 
Manifestações clínicas: 
Dependem do CD4 e Carga Viral do paciente e do tempo de evolução da doença. 
 Síndrome Retroviral Aguda 
 Assintomático: por até 10 anos. 
 Síndrome da Imunodeficiência Avançada: CD4 < 200 OU doença definidora 
Importante diferenciar SIDA de HIV, uma vez que medicações podem ser utilizadas 
de maneira profilática para evitar doenças oportunistas. 
Grupo de risco: pessoas que tem relações sexuais sem camisinha. Segundo a OMS, 
pacientes promíscuos + de 3 parceiros sem preservativos em um ano, deveriam fazer todos 
os exames de DST! 
 
Categorias clínicas: 
 
Categoria A: infecção assintomática, adenopatia generalizada, síndrome retroviral aguda. 
Assintomático. 
Categoria B: sugestivas de imunossupressão, mas não definidoras. Angiomatose bacilar, 
candidíase orofaríngea, candidíase vulvovaginal recorrente, displasia cervical ou 
carcinoma cervical in situ, sintomas constitucionais ou diarreia > 1 mês, leucoplaquia 
pilosa, herpes zoster, púrpura trombocitopênica idiopática, listeriose, doença inflamatório 
pélvica complicada, neuropatia periférica. Risco maior de pneumonias, Influenza, 
Tuberculose, herpes zóster. Doenças que levam à suspeita pedir exames. 
Categoria C: diagnóstico de imunossupressão grave. Candidíase esofágica, Sarcoma de 
Kaposi, Leucoencefalopatia multifocal progressiva, neurotoxoplasmose são as principais. 
Doenças definidoras. 
 
Linfócitos total abaixo de 1200 é suspeita de SIDA. Com doenças de menos de 200 de CD4 
é obrigado a usar bactrim como profilaxia 
Infecção pelo HIV: HIV que entra pelo sangue é filtrado pelo baço e órgãos linfoides onde 
replica até um nível crítico levando a um surto de viremia. O HIV que entra por mucosa – 
16 células dendríticas aguardando contato com célula CD4 suscetível, guardando sua 
infectividade (10-14 dias). Não consegue ser destruído imunologicamente, persiste como 
infecção crônica com graus variáveis de replicação viral. Diferente de outros vírus, 
latência clínica não é latência microbiológica no HIV. Vírus latentes vivem no organismo 
mas não se replicam normalmente. HIV se replica todo tempo. 
 Síndrome Retroviral Aguda 
 
 Assintomático 
 Síndrome da Imunodeficiência Avançada 
Obs: Mesmo paciente assintomático, o vírus está se replicando no seu organismo. 
Latência clínica é diferente de latência microbiológica. 
Importante: detecção precoce, fazer o tto direito!!!!! 
Síndrome retroviral aguda: Infecção viral aguda, com replicação viral intensa (muito 
maior que set point) com manifestação clínica. Dois terços são sintomáticos. A incubação 
é de 10-14 dias, com média 5-35 dias. 
# Podemos ter suspeita clínica através da contagem do número de CD4. Abaixo de 500 
aumenta o risco de ter pneumonia. HIV não controlado é um risco para demência. Se 
demorar para tomar os remédios, aumenta o risco de linfoma de Hodgkin, isso mostra 
que não podemos esperar para tratar o paciente. É caracterizado por febre, mal estar, 
mialgia, artralgia, anorexia, cefaleia, faringite, Rash, diarreia, úlceras orais, genitais ou 
esofágicas, linfadenopatias. Manifestações neurológicas incluem paralisias de nervos 
cranianos, principalmente facial, radiculopatia, encefalopatia, Síndrome Guillain Barre. 
Necessário fazer diagnóstico diferencial de meningite asséptica em paciente sexualmente 
ativo. Pode haver ainda linfopenia, linfocitose com linfócitos atípicos, alteração de 
transaminases. LCR com pleocitose linfocítica. Os sintomas podem durar semanas a 
meses. A intensidade da manifestação da síndrome retroviral aguda diretamente 
relacionada a progressão para AIDS. Corresponde à 1% das síndromes mono-like com 
mono-teste negativo. 
 Menos de 200 = classificada como SIDA 
 Menos de 50: retinite por CMV, aumento da chance de linfoma do SNC. 
O CD4 não é pedido na UBS, é uma solicitação diferente, tem toda questão de notificação 
e acolhimento do paciente. O paciente é encaminhado para o serviço de infectologia. As 
doenças oportunistas devem ser percebidas na UBS. 
Patognômico = aquilo que só é inerente a doença, que não é desencadeado por outra 
causa. A maioria dos problemas que atingem pacientes com HIV não são patognômicas. 
A mortalidade pelo HIV ocorre principalmente por causas secundárias. A estimativa do 
CD4 é feita através do hemograma completo. Linfócitos totais abaixo de 1200 me levam 
para suspeita de HIV. Não liberar paciente com diagnóstico de HIV sem fazer anamnese e 
exame físico. 
 Bactrim – utilizado como profilaxia quando tem sinais de suspeita de doenças 
com menos d 200 do CD4 (olhar na tabela). Linfócitos totais menor que 1200. 
O que fazer na UBS? Cenário otimista para o paciente, tranquilizador, de acolhimento, 
de empatia, de examinar o paciente, pedir o hemograma, avaliação global do paciente e 
encaminhar para o serviço especializado 
 O vírus do HIV é neurotrófico, vai atingir as células do SNC (por isso o paciente 
pode apresentar demência) 
 As proteínas (GP 41, GP 120) do vírus HIV são importantes porque elas são 
detectadas via alguns testes. 
 Afinidade de GP 120 e ligação à CD4. Modificação de configuração e ligação a co-
receptores HIV- CCR5 e CXCR4 
 Modificação na conformação envoltório, fusão com célula hospedeira pelo gp41 
 RNA entra na célula alvo e é transcrito em DNA pela transcriptase reversa, sendo o 
DNA translocado até o núcleo da célula pela enzima integrase. 
 Replicação: RNAm HIV transcrito em proteínas se associando a enzimas e RNA namembrana celular – brotamento membrana externa e amadurecimento pela enzima 
protease catalisadora do vírus. 
A carga viral será nula nos primeiros 10-14 dias. Quando há sintomas, há vírus. A 
manifestação da SIRA depende do foco de infecção, quantidade, tipo viral e replicação, 
CD4 basal, comorbidades. SRA – viremia alta por 6-8 semanas, com queda de CD4. 
Então vírus estaciona em um set point. Em algumas casos, CD4 pode cair tanto que 
paciente faz doenças oportunistas. É incomum, mas pode acontecer. O set point 
corresponde a uma viremia basal do paciente. 
 Fase eclipse: vírus no local de exposição. HIV-RNA sérico indetectável 10 dias. 
 Fiebig I: disseminação tecido linfático e sanguínea – apenas RNA HIV detectável. 
7 dias. 
 Fiebig II: p24 detectável, RNA HIV (CV sup 10.000). 5 dias. 
 Fiebig III: imunoensaio – ELISA - de terceira geração – 1 a 2 semanas após 
início dos sintomas. 3 dias. 
 Fiebig IV: Western Blot indeterminado. 7 dias. 
 Fiebig V: Western Blot positivo. 1 mês após exposição inicial. 
 Fiebig VI: Western Blot completo, incluindo p31. 
 
Diagnóstico: 
Triagem: 
 Terceira geração: formato sanduíche – detecção simultânea de IgG e IgM, mais 
sensível e mais específico. Janela 22-25 dias. 
 Quarta geração: antígeno p24 + formato sanduíche – gp41; gp120;gp160. Janela 
de 15 dias. 
Ensaio complementar: Imunoblot, western blot – positivo se duas bandas positivas: 
gp41, p24, gp120, gp160. 
Teste molecular: RNA ou DNA pró-viral. Crianças menores que 18 meses, infecção 
aguda em adultos. NAT – triagem de doadores de sangue. 
 Carga viral acima de 5 mil é diagnóstico, CD4 abaixo de 200 é dg, 2 testes 
rápidos positivos são diagnósticos, depois deve-se fazer carga viral 
Primeiro exame a ser feito em suspeita: carga viral 20 dias pós 
exposição A partir desses 20 dias elisa. 
Teste rápido 30 dias 
As classes de remédio são determinadas pela forma de ação inibem enzimas virais 
A expressão gênica e replicação de cada vírus é variável. Nenhum vírus é idêntico ao 
outro. A variabilidade genética com genoma grande e elevada taxa de erro na 
replicação. A população residual de linfócitos TCD4 de memória latentemente infectado 
“reservatórios” 
 
 Uma pessoa com HIV fazendo o tto direitinho, tem o mesmo tempo de vida que 
uma pessoa higída, mas o individuo com HIV vai ter mais complicações e 
comorbidades. 
 Testagem ampla e diagnóstico precoce são fundamentais! 
 Quanto maior a carga viral, mais sintomas e mais chances de ter a SIDA 
 A transmissão do homem para mulher é 8x mais comum do que a mulher 
transmitir para o homem. 
# Fazer anti HIV em criança menor de 18 anos não vai dizer nada, independente do 
resultado, pois se a mae for hiv + a criança vai apresentar os anti corpos anti HIV pois 
a mãe passa através da placenta. Então o teste feito vai ter que ser cargas moleculares 
(pesquisar a carga viral) 
Transmissão:Concentrações virais significativas em sêmen, sangue e leite materno. 
Transmissão heterossexual mais comum homem para mulher em prática sexual 
vaginal (8 vezes). Há presença de vírus em secreção vaginal, porém menor exposição de 
pênis e meato uretral. Presente em maior quantidade em estados que aumentem os 
linfócitos locais (outras DSTs). Maior risco: coito anal passivo – traumatismo, células 
de Langerhans na mucosa retal. 
Fatores dependentes: 
 História de DST concomitante: principalmente úlceras. 
 Viremia do paciente. 
 Circuncisão previne: menor incidência de DSTs ulcerativas e microtrauma, alto 
número de células de Langerhans. 
 Ausência de soroconversão em casais com CV menor que 1500 cópias - ausência 
de transmissão em casais com CV indetectável. 
 Transmissão sexo oral menos comum mas possível. 
 Carga viral indetectável – ausência de casos documentados de transmissão ao 
parceiro. 
 Transfusão – incomum. 1/725.000 doações, NAT negativo, exposição recente. 
Exclusão de comportamento de risco. 
 Acidentes punctórios – 0,3% e 0,09% mucosas. HBV 6-30% HCV 1,8% são mais 
infectantes. 
 Transmissão vertical – em todos os momentos da gestação, porém em 
intensidade maior período perinatal (parto e amamentação). Chance sem TARV 
de transmissão é de 15-35%, dependendo de viremia plasmática, ruptura de 
membranas prolongada, corioamnionite, DST, procedimentos obstétricos. 
 Transmissão de 0% em CV menor que 1000 cópias. 
 Saliva, lagrimas, suor – precaução padrão, baixos títulos virais. Relatados 
transmissão por mordeduras e traumatismos em região oral. 
Prevenção combinada: Terapia TARV, pensar em outros métodos (além da conversa 
de que devemos usar preservativos) que possam prevenir as IST’s. 
Pacientes HIV apesar de serem imunossuprimidos, não apresentam mortalidade 
maior por COVID. Apenas aqueles com CD4 menos que 350. 
Tratamento: dolutegavir inibidores da integrase, é o melhor medicamento. 
HIV não é contraindicação para parto normal, deve-se sempre analisar a carga viral 
da gestante. 
 
 
 
 
 
 
Se o conteúdo te ajudou, deixa seu “curtir”, salva e me segue! Abç <3 
 
 
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