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Morte celular Monitoria de patologia geral 2019.1 Marcela Cavalcanti e Maria Gabriela Medeiros Morte celular Agressão que gera lesão irreversível Necrose Apoptose Autofagia Senescência Degeneração Morte Necrose Morte celular que ocorre no organismo vivo, seguido de autólise, independente de ter havido ou não morte somática. sempre está associada a condições patológicas Necrose - características gerais Mecanismo: Lesão irreversível → lisossomos liberam hidrolases → ativadas pelo Ca2+ →alarminas (uratos, fosfatos) → Inflamação Causas: ● Isquemia, anóxia (redução de energia) ● Liberação de radicais livres (peroxidação de lipídios, rompem a membrana lisossômica!) ● Ação direta de enzimas (toxinas) ● Agressão direta a membrana citoplasmática criando canais e poros (complemento) Necrose - características microscópicas PICNOSE NUCLEAR CARIÓLISE CARIORREXE ÁREAS DE HIPEREOSINOFILIA EXSUDATO INFLAMATÓRIO (PMN) Necrose coagulativa - Principal causa: isquemia. -Tecido consegue manter o seu arcabouço, arquitetura tecidual, apesar de morto. Necrose caseosa - Comum em tuberculose. - Macroscopicamente: área mais clara que o parênquima normal, quebradiça e com aspecto de queijo. - Histologicamente: área de hipereosinofilia, amorfa (sem forma) e sem limites específicos. Necrose liquefativa - Associada a pus/ infalamações supurativas tendem a evoluir para este tipo de necrose - Comum no SNC, suprarrenal e mucosa gástrica; - Causa: grande liberação enzimática dos lisossomos; - Parênquima fica liquefeito, como água. Outros tipos de necrose Esteatonecrose ● Necrose específica de tecido adiposo; ● Ocorre nas pancreatites agudas e necro- hemorrágicas; ● Aspecto macroscópico de pingo de vela: regiões mais amarelas no órgão. Necrose Lítica: ● Necrose dos hepatócitos nas hepatites virais Necrose Gomosa: ● Variedade da necrose coagulativa; ● Encontrada em indivíduos que tiveram sífilis tardia; ● Tecido necrosado de aspecto compacto e elástico como goma-arábica. Necrose Medicamentosa: ● Espécie de necrose coagulativa; ● Principal classe: antimicrobianos (macrolídeos) e quimioterápicos. Sinais clínicos da necrose Áreas enegrecidas com aspecto de casquinha Áreas hemorrágicas Evolução da lesão - Regeneração; - Cicatrização; - Encistamento; - Eliminação; - Calcificação; - Normalmente ocorre a gangrena. Forma de evolução da necrose resultante da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado. Normalmente ocorre em órgãos com contato direto com o O2 e esses órgãos serão queratinizados. Ex: seio, barriga, pé, perna. Tipos de gangrena Seca: desidratação da região atingida, quando em contato com o ar desidratou porque o ar entrou em contato. - aspecto de pergaminho Úmida: invasão da região atingida por MO anaeróbicos. Ex: Clostridium. - aspecto de tecido molhado, região amarelada com depressão Gasosa: secundária à contaminação do tecido com germes da espécie Clostridium perfringens, apenas dessa espécie. Lesão com grande edema e gerando bolhas na presença de água oxigenada, Obs: só se retira um órgão quando a lesão tiver comprometimento ósseo. Apoptose fenômeno em que a célula é estimulada a acionar mecanismos que culminam com sua morte, célula escolhe se suicidar; é uma forma organizada de morrer Apoptose -Pode ser um processo fisiológico -A célula não sofre autólise -Sem ruptura da membrana plasmática, mas sim fragmentação -Não ativa inflamação aguda, diferente da necrose -Há gasto de ATP Necrose -Sempre um processo patológico -Ocorre autólise -Ruptura de membrana plasmática -Ativa inflamação aguda -Sem gasto de ATP Papel fisiológico da apoptose - Morte de células que tenham cumprido seu papel. Ex: neutrófilos. - Eliminação de linfócitos autorreativos reconhece muito fortemente um antígeno; - Involução de tecidos hormônios- dependentes. Ex: mama das mulheres na lactação, mas quando cessa o estímulo (amamentação), ela volta ao tamanho normal; - Lesão no DNA; - Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas; Papel patológico da apoptose Mecanismo de apoptose ● As caspases são enzimas produzidas como zimogênios, são pró-caspases ● São ativadas sempre que há apoptose ou sempre que são ativadas há apoptose ● As que estão envolvidas na apoptose podem ser de dois tipos: Ativadoras 8,9,10 Efetoras 3,6,7 Mecanismo da apoptose - Via intrínseca Proteínas antiapoptóticas Proteínas proapoptóticas Proteínas BCL Guardam os poros da mitocôndria permitindo sua integridade Proteínas BAX, BIS, BID Clivam as BCL Libera os poros da mitocôndria Saída de conteúdo mitocondrial É a via relacionada com a integridade de mitocôndria Ocorre em hipóxia e toxinas Mecanismo de apoptose ● Citocromo c ativa a pró-caspase 9 por meio da formação de um complexo com o APAF-1, chamado apoptossomo ● SMAC ativa a pró-caspase 9 por meio da clivagem da proteína inibidora da apoptose (IAP) daí a pro-caspase 9 fica ativa e torna-se caspase 9 ● AIF ativa diretamente as pró-caspases 9 as quais geram caspase 9à ativam efetoras que clivam o DNA e ativam diretamente também as endonucleases ● Proteínas OMI e endonucleases G ativam as endonucleases, as quais clivam diretamente o DNA (endonuclease G cliva a guanina) Mecanismo de apoptose - Via extrínseca Não está relacionada com a integridade da mitocôndria, é ativada por sinais externos através de receptores de morte (como o do TNF alfa). O receptor Fas é um tipo de receptor de TNF alfa. Ex: linfócito identifica que temos célula infectada, ele libera um ligante de receptor Faz, o Faz- L para que essa célula infectada morra, para sinalizar que ela deve morrer; Fas-FasL→ dimerização de Fas→ Expõe um domínio de morte DD → A proteína efetora de morte DED se liga ao DD ativando a proteína CARD, a qual ativa a pró-caspase 8 em caspase 8 (ativadora) → ativa efetoras e pró-apoptoticas As proteínas BID (pró-apoptóticas) ativadas serão direcionadas para a membrana da mitocôndria para clivar as proteínas da família BCL, liberando os poros mitocondriais para a saída do conteúdo mitocondrial (citocromo c, SMAC, AIF, OMI e endonuclease G) Calcificações patológicas Tecidos conjuntivos, secreções Células vivas ou mortas Deposição que ocorre de forma anormal de sais de cálcio (fosfatos, carbonatos, citratos e outros) fora do colágeno (toda calcificação patológica ocorre num substrato não colagênico, as calcificações fisiológicas são em substratos colagênicos). Pode ocorrer sobre conceito Coloração Van Kossa cora em negro todos os depósitos de cálcio [serve para todos os tipos de calcificação] Formação da calcificação Para que ocorra a calcificação patológica, é preciso que haja a formação do Núcleo primário NP: Estrutura inicial na qual começa a precipitação de cálcio [célula morta, célula viva, qualquer substrato capaz de sofrer calcificação) Em qualquer calcificação, seja ela 1 ou 2, começam a se depositar cristais de hidroxiapatita formando o núcleo secundário que é o desenvolvimento ou crescimento do núcleo primário Núcleos primários e secundários Tipos de calcificação Distrófica -o cálcio precipita em locais com lesão prévia -Afeta tecidos lesados, principalmente áreas de necrose, em lesões antigas de progressão lenta, com níveis normais de cálcio [lesão prévia] → não há alteração dos níveis de cálcio do indivíduo -área hiperbasofílica, amorfa, de aspecto quebradiça Metastatica -Ocorre em tecidos normais sempre que houver hipercalcemia (aumento dos níveis plasmáticos de cálcio) -Causas: ✓ Aumento PTH com aumento da reabsorção óssea (ativação de osteoclastos) ✓ Destruição de t. ósseo [ex.:fraturas exposta] ✓ Excesso de vit. D com absorção aumentada de Ca++ ✓ Insuficiência renal, pois seu rim é incapaz de depurar o sangue normalmente, levando a Hiperfosfatemia Tipos de calcificação Idiopática (calcinose cútis) -Frequente nas mãos ou escroto -Não sabemos a causa (mecanismos) -Histologicamente, áreas hiperbasofílicas, amorfas de aspecto quebradiço -S/ repercussão clínica
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