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Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 Glicólise w Metabolismo: W Metabolismo: a soma de todas as reações químicas da célula W Mapa metabólico: possíveis vias metabólicas de uma célula o Eixo principal é o metabolismo de carboidratos (dentro dele está o ciclo de Krebs) → pois é uma via essencial para a oxidação completa da glicose o Uma série de reações relacionadas formam as vias metabólicas W Nem toda reação química pode acontecer em qualquer tipo de célula → ex. a síntese de lipídeos só acontece no tecido adiposo e fígado W Algumas vias são produtoras de energia (quebra de moléculas) → Catabolismo o Em geral, vias catabólicas são convergentes → reações convergem para formação de um único composto (ex. acetil- CoA) W Algumas vias usam a energia para construir estruturas complexas (síntese de moléculas) → anabolismo ou biossíntese o Em geral, vias anabólicas são divergentes → obtenção de diferentes compostos por meio de diferentes rotas metabólicas W As vias anabólicas e catabólicas estão correlacionadas (relações energéticas) → para que o anabolismo aconteça, precisa-se de energia, a qual é obtida pelo catabolismo w Respiração celular: W Processo de conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que poderão ser usadas nos processos vitais W Pode ser: o Respiração anaeróbica o Respiração aeróbica W É o processo de obtenção de energia mais utilizado pelos seres vivos W Vantagem: maior eficiência energética W Em organismos anaeróbios (e em certas circunstâncias, nos aeróbios), a glicólise é prosseguida pela fermentação W Objetivo: produção de ATP W Estrutura do ATP: o A energia da molécula encontra-se armazenada nas ligações entre os grupos fosfatos (ligações de alta energia) ↑fosfato ↑energia armazenada B OBS: fosforilação é a adição de um grupo fosfato (PO4) a uma proteína/molécula W Etapas: I. Glicólise ou Via glicolítica: quebra da glicose II. Ciclo de Krebs: conjunto de reações que formam CO2, H2O, NADH2, FADH2 III. Cadeia respiratória: produção de moléculas de ATP w Via glicolítica: 1Glicose (C6) + 2ATP + 2NAD+ → 2Piruvato (C3) + 4ATP + 2NADH W Glicose: fonte preferencial para a obtenção de energia (ATP) W A glicólise ocorre no citoplasma W Entra uma 1 molécula de glicose com 6 carbonos e sai 2 moléculas de piruvato com 3 carbonos W Para iniciar, deve-se fazer um investimento energético (2ATP) W No final são produzidos 4 ATP, logo, o saldo líquido é de 2 ATP W O NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo) é uma importante coenzima que participa de processos de oxidorredução o NAD+ = forma oxidada | NADH = forma reduzida W Estrutura do NAD+/NADH o NAD+ recebe o elétron e próton da oxidação da glicose o Considerado uma molécula energética, pois quando está na sua forma reduzida (NADH), carrega parte da energia produzida na quebra da glicose Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 W Etapas fundamentais da glicólise: 4 eventos 1. Investimento de energia (2 ATP → 2 ADP) e formação de um produto com C6 e 2 fosfatos 2. Quebra da molécula bifosforilada em 2 moléculas, cada uma com C3 e 1 fosfato 3. Fosforilação das 2 P-C3, gerando 2 P-C3-P 4. Formação de 2 piruvatos e 4 ATP W A glicólise é dividida em 2 fases: I. Fase preparatória: preparação, regulação e gasto de energia II. Fase de pagamento: produção de ATP e oxidação 1. preparação - A célula gasta 2 moléculas de ATP e Mg2+ - Processa-se em 5 reações bioquímicas - Nenhuma energia é armazenada. 2 moléculas de ATP são investidas nas reações de fosforilação - Reação 1: • A glicose que entra nos tecidos e é fosforilada com gasto energético de uma molécula de ATP, dando origem a glicose- 6-fosfato e ADP • Enzima: hexoquinase → reação irreversível e um dos 3 passos que regulam a glicose • A fosforilação da glicose na primeira reação impede que esta saia da célula novamente • Ao adicionar um grupo fosfato à glicose, ela torna-se uma molécula carregada negativamente e é impossível atravessar passivamente a membrana celular • Ao manter a glicose aprisionada dentro da célula, a glicólise é garantida Regulação da hexoquinase p Hexoquinase é a enzima que catalisa a conversão de ATP e uma D-hexose a ADP e uma D-hexose-6-fosfato p É uma enzima reguladora p A hexoquinase muscular é inibida alostericamente pelo seu produto, a glicose-6-fosfato p Sempre que a concentração de glicose-6-fosfato no interior da célula aumenta acima do normal, a hexoquinase é inibida de forma temporária e reversível p Coloca a velocidade de formação da glicose-6-fosfato em equilíbrio com a sua velocidade de utilização e restabelecendo o estado de equilíbrio estacionário - Reação 2: • Glicose-6-fosfato (uma aldose) é isomerizada à frutose- 6-fosfato (uma cetose) → molécula se torna mais simétrica • Enzima: fosfo-hexose-isomerase → reação reversível - Reação 3: • Frutose-6-fosfato é fosforilada, obtendo frutose-1,6- bifosfato → molécula mais simétrica • Enzima: fosfofrutoquinase-1 → reação irreversível • Às custas de energia (1 ATP → ADP) - Reação 4: • Frutose-1,6-bifosfato é clivada, formando 1 gliceraldeído- 3-fosfato (aldose) e 1 di-hidroxiacetona fosfato (cetose) • Enzima: aldolase → reação reversível - Reação 5: • Di-hidroxiacetona fosfato é convertida em gliceraldeído- 3-fosfato, que seguem pela via glicolítica • Enzima: triosefosfato isomerase → reação reversível 2. pagamento - Há produção de energia (4 ATP e 2 NADH) 1 2 3 4 Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 - Ocorre a conversão oxidativa de gliceraldeído-3-fosfato à piruvato e a formação de ATP e NADH - Reação 1: • 2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato são convertidas em 1,3-bifosfoglicerato • Enzima: gliceraldeído-3-fosfatodesidrogenase → reação reversível • A enzima reduz 2 NAD+ para 2 NADH + 2 H+ e adiciona 2 Pi a cada uma das moléculas - Reação 2: primeira reação de formação de ATP • 2 moléculas de 1,3-bifosfoglicerato são desfosforiladas • Enzima: fosfoglicerato quinase → reação reversível • Os fosfatos são transferidos para 2 moléculas de ADP, obtendo 2 ATP e 2 moléculas de 3-fosfoglicerato - Reação 3: • Migração intramolecular do grupo fosfato do 3- fosfoglicerato, do carbono 3 para o carbono 2, obtendo 2-fosfoglicerato • Enzima: fosfoglicerato mutase → reação reversível - Reação 4: • Cada molécula de 2-fosfoglicerato passa por uma reação de desidratação, gerando 2 fosfoenolpiruvato • Enzima: enolase → reação reversível - Reação 5: segunda reação de formação de ATP • Cada molécula de fosfoenolpiruvato é desfosforilada e os fosfatos são transferidos para moléculas de ADP, obtendo-se 2 ATP e 2 piruvatos • Enzima: piruvato quinase → reação irreversível w Regulação da glicólise: W Se, por algum motivo, a célula se encontra em condição desfavorável para conversão de glicose em piruvato, as enzimas de reações irreversíveis serão alvo de regulação W Objetivo: para que a glicose seja utilizada, por exemplo, em outra via metabólica W Fosfofrutoquinase: inibida por↑níveis de ATP e citrato; pH ácido (fermentação lática) W Hexoquinase: inibida pelo próprio produto (glicose-6-fosfato) W Piruvatoquinase: inibida por ATP e acetil-CoA w Destinos do piruvato: W Glicólise anaeróbica: degradação da glicose SEM a necessidade de O2 o Produto final: ácido lático o Utilizada em exercícios rigorosos o Processo denominado fermentação W Glicólise aeróbica: degradação da glicose COM a presença de O2 o Produto final: piruvato que é transportado para dentro da mitocôndria para completar sua oxidação até CO2 e H2 o Ativa ciclo de Krebs e cadeia respiratória w fermentação: W Processo anaeróbico de produção de energia W É um processo de transformação de uma substância em outra produzida a partir de microrganismos (fungos, bactérias, ou o próprio corpo) → fermentos W Exemplo de fermentação: o Fabricação de cerveja (açúcaresdas plantas → álcool) o Fabricação de pão o Fabricação de vinagre W Fermentação lática o Após a glicólise, o ácido pirúvico reduz, originando o ácido lático (composto altamente energético) o Realizada nos músculos, após exercício físico intenso o Permite a obtenção de energia, mas o acúmulo de ácido lático nos tecidos provoca dores o Ganho energético é de apenas 2 ATP (oxidação completa da glicose é de 30 ATP) W Todas as reações de fermentação são reversíveis → ao reestabelecer condições aeróbicas, o produto pode gerar piruvato e o piruvato pode seguir a via que gerar maior energia (ciclo de Krebs e cadeia transportadora de e-) W Mecanismo biológico mais antigo de obtenção de energia, uma vez que a atmosfera surge em condições anaeróbicas W Inicialmente nas células cancerígenas, durante a proliferação celular, não há vasos para sua irrigação, logo, realizam fermentação
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