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Resumo do capítulo ‘O inconsciente pessoal e o inconsciente supra pessoal ou coletivo’ Laura P. da Encarnação o O sujeito possui suas próprias recordações e também as imagens “primordiais”, a aptidão hereditária da imaginação humana de ser como era nos primórdios = ARQUÉTIPOS; o O inconsciente pessoal contém as lembranças perdidas, reprimidas, evocações dolorosas, percepções sem intensidade suficiente para tornarem-se conscientes, não amadurecidas; o O inconsciente coletivo é desligado do pessoal, é universal. Seus conteúdos podem ser encontrados em toda parte; o Os arquétipos presentes no inconsciente coletivo são as formas mais antigas e universais da imaginação humana, são sentimento e pensamento; o A libido busca suas transferências e objetos nas profundezas do inconsciente, revivendo o que até então jazia adormecido; “Seu pensamento único e decisivo é que há uma força universal mágica e que tudo gira em torno dessa força.” Primitive Energetics = Alma, espírito, Deus, saúde, força corporal, fertilidade, poder mágico, influência, poder, respeito, remédio, ânimo, afeto. Metempsicose = Transmigração da alma. o O cérebro humano carrega as ideias primordiais através dos milênios, impregnada no inconsciente de todos, à disposição de qualquer um. “Os maiores e melhores pensamentos da humanidade são moldados sobre imagens primordiais, como sobre a planta de um projeto.” o Os arquétipos provém de experiências constantemente revividas pela humanidade. O processo físico de uma experiência desencadeia uma significação mitológica que configura o arquétipo Processo físico = O sol nasce e se põe todos os dias. Significação mitológica = O Deus Sol Kuandú e seus filhos. “Aquilo que se impregna no inconsciente é exclusivamente a ideia da fantasia subjetiva provocada pelo processo físico.” o Os arquétipos podem adquirir força e influenciar o sujeito, causando um efeito numinoso, fascinante, levando-o a ação; Possuem energia específica, são centros autônomos que exercem suas forças sobre o consciente. o Não se deve atribuir conteúdo do inconsciente coletivo a uma determinada pessoa. o A força do arquétipo toma a psique e a leva a transpor os limites do humano, dando origem aos excessos e exageros, sejam do bom ou do mal. “Aí está a razão por que os homens sempre precisaram dos demônios e nunca puderam prescindir dos deuses. ” o A razão representa o consciente, o que tomamos como verdade e defendemos; a razão é rodeada pelo irracional, aquilo contrário à sua crença, representado pelo inconsciente coletivo. “Fazemos o esforço louvável e útil de extirpar na medida do possível o caos da irracionalidade dentro e fora de nós.” Enantiodromia = Um dia, tudo reverte em seu contrário. o O homem deve parar de negar a irracionalidade, pois este não é, nunca foi e nem será apenas racional. o Tal fixação se dá pela concentração de energia psíquica em um complexo, fazendo com que o Eu fique a mercê de suas vontades, passando a acreditar que fora e além dele não existe outro desejo ou necessidade, formando então um possessão que compromete o equilíbrio psíquico; o Essa acumulação de energia em apenas um aspecto pode representar a idealização das divindades: ‘Fulano endeusou isso ou aquilo’. “Só escapa à crueldade da lei da enantiodromia quem é capaz de diferenciar-se do inconsciente.” o O Eu precisa entender que o inconsciente coletivo não é seu, não traduz sua personalidade e seus conteúdos não podem ser atribuídos a si mesmo ou a qualquer pessoa. NOSSA VIDA SE COMPARA À TRAJETÓRIA DO SOL Adquire força Brilha Se põe “Seu avançar constante não significa mais aumento e sim diminuição de força.” o A energia existe em compensação de seu oposto, como ALTO e baixo, quente e frio. o Ao se deparar com seus contrários, o homem entra a angustia e deve ter juízo suficiente para que não se converta em seu extremo oposto. Deve-se conservar os antigos valores, acrescidos do reconhecimento de seus contrários. TESTEMUNHAS DO PASSADO o O homem sente que deve existir apenas uma verdade absoluta que reja os sujeitos para protegê-los da derrota. o Quando o Eu é confrontado por um obstáculo que não encontra solução, este recua. Pode recorrer à uma situação parecida que já lhe ocorreu, a infância ou mais além em seu inconsciente coletivo. o A energia psíquica é capaz de regressas até o inconsciente coletivo, ultrapassando o tempo da própria infância, despertando então os arquétipos. o No inconsciente coletivo é possível encontrar restos da vida dos antepassados, são imagens não preenchidas pois não foram vividas pessoalmente pelo indivíduo. “A experiência do arquétipo é guardada como o segredo mais íntimo, visto que nos atinge no âmago.” o Os arquétipos fornecem ao sujeito uma “segunda chance”, a possibilidade de reinterpretar e ressignificar experiências, substituindo-as por palavras e imagens que não nos pertencem. o Os arquétipos querem voltar à vida mas sofrem com as barreiras conscientes que se opõem. “Aquelas imagens se formaram a partir da vida, do sofrimento e da alegria dos antepassados.” Psicologia do inconsciente. In: Obras Completas de C. G. Jung, vol. VII/1. Petrópolis: Vozes, 2011b.
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