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Radiologia e Imagenologia

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Prévia do material em texto

Prof. Marcelo 
Imagens radiopacas: Toda imagem que aparece 
branca na radiografia. Ela aparece branca porque o 
raio X não consegue atravessar a estrutura e não 
forma a imagem dela no filme. Ex.: Metal, 
restaurações e osso formam imagens radiopacas 
Imagens radiolúcidas: Imagens que ficam 
preta/cinza no filme e o raio X consegue atravessar. 
 
A imagem é formada por essa escala de cinza de 
acordo com a composição das estruturas 
radiografadas. 
 
 
O penetrômetro de alumínio mostra a cor da 
imagem que vai se formar de acordo com a 
espessura do material avaliado. 
A radiografia odontológica forma imagem 2D 
 
No local onde os objetos se sobrepõem um ao outro 
a imagem fica mais radiopaca porque o raio X 
atravessa dois objetos ao mesmo tempo. 
 
Radiografia do 38: Elemento 38 incluso em mesio 
inclinação (coroa voltada para mesial). 
Superposição da mesial do 38 com a distal do 37. 
 
Superposição da mesial do 32 com distal do 31 
1 
 
 
Radiografia interproximal: Superposição da mesial 
do 46 com a distal do 45 
 
 
 
 
  
  
É indicada para o estudo do órgão dental, região 
periapical e estruturas adjacentes. 
O exame periapical completo (radiodôntico) é 
realizado dividindo-se as arcadas em 7 regiões 
cada, totalizando um total de 14 radiografias. 
O filme mais comumente utilizado mede 3x4 (adulto) 
Cada região fotografada mostra as estruturas típicas 
daquela área, sendo que algumas estruturas podem 
aparecer em tomadas radiográficas de diferentes 
regiões (vizinhas) 
 
O diâmetro mésio distal dos incisivos superiores é 
maior. Se for feita uma radiografia dos quatro 
incisivos superiores a imagem não fica boa, o 
incisivo lateral fica distorcido na imagem 
radiográfica. 
O diâmetro mésio distal dos incisivos inferiores é 
menor e por isso é possível radiografar os quatro 
juntos sem distorções. 
2 
 
 
  
SUTURA INTERMAXILAR:  
Aparece como uma linha radiolúcida na linha média 
da maxila (plano sagital mediano) 
 
Na criança a sutura intermaxilar é mais fácil de 
visualizar porque a criança ainda está com a parte 
óssea em processo de calcificação. 
SUTURA PALATINA MEDIANA/ SUTURA        
TRANSVERSA/ SUTURA CRUCIFORME:  
 
Se estende da crista alveolar entre os incisivos 
centrais superiores para posterior entre os 
processos da palatinos da maxila. 
 
 
ESPINHA NASAL ANTERIOR: 
Localizada na linha média radiopaca, 1,5 a 2,0 cm 
sobre a crista alveolar, geralmente em forma de V. 
 
FOSSA NASAL: 
Presente logo acima da cavidade bucal, é um 
espaço radiolúcido, com dois compartimentos 
divididos por um septo radiopaco (septo nasal). Se 
estende de anterior para posterior até nasofaringe. 
3 
 
 
 
É visualizado na radiografia dos incisivos centrais 
superiores. 
 
Radiografia de incisivo lateral e canino, fossa nasal 
esquerda visualizada e ao lado está o seio maxilar. 
Na região de incisivos centrais as duas fossas 
nasais são visualizadas. Na região de incisivos 
laterais e caninos só uma fossa nasal é visualizada, 
a outra estrutura vista é o seio maxilar. 
A linha vermelha acompanha a trajetória do 
assoalho da cavidade nasal/teto da cavidade bucal. 
Conforme a radiografia vai caminhando para a distal 
o seio maxilar aparece nas imagens. Para saber 
diferenciar: O assoalho da cavidade nasal é sempre 
retilíneo e o assoalho do seio maxilar tem formato 
mais abaulado. 
CONCHAS NASAIS:  
 
A cavidade nasal contém as sombras das conchas 
nasais inferiores que se estendem das paredes 
laterais, a distâncias variáveis do septo. 
 
4 
 
CARTILAGEM DO NARIZ:  
 
Apesar de ser tecido mole, como é um tecido 
fibroso, às vezes aparece como uma linha 
radiopaca mais arredondada. 
PROJEÇÃO DO SULCO NASOLABIAL:  
Em pacientes com o sulco mais pronunciado ele 
pode aparecer na radiografia 
 
 
FORAME INCISIVO/ FORAME NASOPALATINO/        
FORAME PALATINO ANTERIOR:  
É a saída na cavidade oral do canal nasopalatino. 
Aparece como uma imagem com borda difusa 
RADIOLÚCIDA com formato arredondado/oval entre 
as raízes dos incisivos centrais. 
 
 
 
 
5 
 
Em radiografias de lateral e canino o forame 
aparece em cima do ápice do incisivo superior. 
Embora o forame incisivo tenha variação de 
tamanho de pessoa para pessoa, em casos de 
patologia pode formar um cisto do canal 
nasopalatino. Na fase de embriogênese, na fusão 
dos processos maxilares, o epitélio se prolifera e 
forma o cisto. Esse cisto se prolifera e atinge até a 
espinha nasal formando uma estrutura maior, mais 
radiolúcida (porque ele destrói o osso conforme 
avança no crescimento mas não consegue destruir 
a espinha nasal anterior) e em formato de coração. 
 
O canal se ramifica em duas aberturas. 
FOSSETA MIRTIFORME/FOSSA INCISIVA OU        
FOSSA LATERAL:  
 
7 - Eminência canina 
8 - Processo alveolar 
9 - Fosseta mirtiforme 
É uma leve depressão na maxila próxima ao ápice 
dos incisivos laterais e pode aparecer uma área 
radiolúcida difusa entre o canino superior e o 
incisivo lateral superior. 
Quando o paciente tem o tecido ósseo muito fino 
nesta região, ela aparece muito radiolúcida e difusa 
no filme e pode ser confundida com algum tipo de 
patologia oral. 
 
SEIO MAXILAR:  
Cavidade contendo ar revestida por uma membrana 
mucosa. As bordas dos seios maxilares aparecem 
como uma linha radiopaca fina, delicada, tênue e 
irregular. 
 
6 
 
 
Forma uma imagem radiolúcida e com a borda bem 
fina, radiopaca e nítida. 
Nessa radiografia é possível visualizar também o 
assoalho da cavidade nasal, é uma borda retilínea. 
 
Y INVERTIDO DE ENNIS:  
A superposição da parede anterior do seio maxilar 
com o assoalho nasal forma um Y invertido na 
radiografia. Não é de fácil visualização. 
 
RELAÇÃO SEIO MAXILAR X ÁPICE DENTÁRIOS  
 
O seio se expande “abraçando” o ápice do dente e 
na radiografia pode parecer que o ápice está dentro 
do seio mas o ápice não está dentro do seio. 
A radiografia é muito importante para processos de 
implantodontia para saber a altura de osso 
disponível para instalação do implante. Existem 
algumas técnicascomo a elevação do seio maxilar , 
que consiste em fazer enxerto ósseo no assoalho 
do seio maxilar para aumentar a cortical deste osso 
e empurrar a membrana para cima. É necessário 
que apenas a cortical seja perfurada e deixe a 
membrana que reveste o seio por dentro intacta. 
Caso a membrana seja perfurada ocorre uma 
comunicação buco sinusal. 
EXTENSÕES DO SEIO MAXILAR:  
Anterior > Região de incisivo lateral 
Alveolar > Rebordo alveolar 
Túber > Tuberosidade da maxila 
Palatina > Osso palatino (Visível apenas na 
radiografia oclusal) 
Zigomática > Osso zigomático (Visível apenas na 
radiografia oclusal) 
7 
 
PROCESSO ZIGOMÁTICO DA MAXILA E OSSO            
ZIGOMÁTICO:  
O processo zigomático da maxila é uma extensão 
da superfície lateral da maxila e se articula com o 
osso zigomático. Aparece como uma linha 
radiopaca em forma de U ou V. O Osso zigomático 
aparece como uma área radiopaca aderida 
distalmente ao processo zigomático. 
 
 
O processo zigomático da maxila e o osso 
zigomático são projetados em cima dos ápices dos 
molares. 
 
OSSO ESFENÓIDE:  
 
Hâmulo pterigóideo é o final da lâmina lateral do 
processo pterigóide. Aparece em radiografias dos 
molares superiores, difícil de conseguir a 
visualização porque essa região é sensível e pode 
causar ânsia no paciente. 
 
PROCESSO CORONÓIDE DA MANDÍBULA  
8 
 
 
 
Quando o paciente abre a boca o processo 
coronóide é movido em direção aos molares. Ele 
aparece como uma forma radiopaca nas 
radiografias de molares. 
ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA MANDÍBULA  
  
PROTUBERÂNCIA MENTUAL:  
A protuberância ou crista mentoniana pode 
ocasionalmente ser visualizada como duas linhas 
radiopacas cruzando lateralmente para frente e para 
cima da linha média. 
 
São visualizadas em radiografias de incisivos 
inferiores. 
 
TUBÉRCULOS GENIANOS / FORAMINAS        
LINGUAIS:  
Local de inserção dos músculos genioglosso e 
gênio hióideo, que aparece como uma área 
radiopaca (de 3 a 4 mm de diâmetro) na linha média 
abaixo das raízes dos incisivos inferiores. No seu 
interior podem aparecer áreas radiolúcidas 
correspondentes as foraminas linguais. 
 
 
 
9 
 
 
FORAME MENTUAL:  
 
Limite anterior do canal mandibular e do nervo 
alveolar inferior. Fica próximo às raízes dos pré 
molares. O feixe vásculo-nervoso que sai do canal 
mandibular pelo forame mentual inerva e 
vasculariza a mandíbula e todo o terço inferior da 
face. 
 
 
Forame mentual não é muito bem visualizado na 
periapical é mais visualizado na panorâmica. 
Apresenta-se como uma área radiolúcida muito 
variável, sendo influenciada pela angulação da 
projeção dos raio X. 
 
Quando o forame mentual é projetado sobre o ápice 
dos pré-molares, pode ser confundido com uma 
lesão apical. O diagnóstico diferencial é feito pelo 
estado da lâmina dura, se ela estiver íntegra então 
não há lesão periapical. 
 
CANAL MANDIBULAR  
10 
 
 
É uma imagem radiolúcida linear com finas bordas 
radiopacas superior e inferior, que algumas vezes 
são vistas parcialmente, ou até não são vistas. 
 
CANAIS NUTRIENTES  
Espaço ocupado pelo feixe vásculo-nervoso no 
interior do trabeculado ósseo. 
São mais visíveis na região de incisivos inferiores e 
molares superiores 
São mais frequentes no sexo masculino, em 
indivíduos negros, pessoas idosas, e indivíduos com 
hipertensão ou doença periodontal avançada. 
 
Paciente com rebordo alveolar com muita 
reabsorção óssea, cálculo e doença periodontal. 
 
LINHA MILO HIÓIDEA (LINHA OBLÍQUA          
INTERNA) E LINHA OBLÍQUA EXTERNA:  
É uma crista óssea irregular de inserção do músculo 
milo-hióideo na superfície lingual do corpo da 
mandíbula. Estende-se do terceiro molar para 
anterior até a região dos caninos. 
 
11 
 
 
A linha oblíqua externa é sempre mais superior e 
mais visível do que a linha oblíqua interna que é 
mais inferior e menos visível. 
 
 
 
FOSSA DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR:  
 
 
Região radiolúcida difusa localizada na região 
interna da mandíbula onde o osso é mais fino. 
Algumas vezes pode ser confundida com um cisto 
quando o paciente tem uma glândula muito grande. 
 
RADIOGRAFIAS INTERPROXIMAIS  
  
É indicada para visualização das coroas e colos 
dentários e do processo alveolar de ambas as 
arcadas de um mesmo lado. 
Pode ser realizada na região de pré-molares e/ou 
molares (anteriores em desuso) 
Apesar da existência do filme “interproximal” 
(5,4x2,7cm e já com asa de mordida), o filme mais 
comumente utilizado é o filme periapical (3,2x4,1). 
12 
 
 
Ela foi idealizada para visualizar melhor as faces 
proximais dos dentes posteriores. As cáries 
pequenas e médias não são diagnosticadas 
clinicamente, esse tipo de radiografia ajuda nesse 
diagnóstico. 
 
RADIOGRAFIA OCLUSAL  
  
É indicada para visualização das arcadas 
isoladamente no sentido súpero-inferior 
É classificada em total ou parcial, de acordo com a 
região radiografada 
O filme utilizado mede 5,7x7,6cm 
 
Radiografia oclusal completa do arco dental superior 
1 - Sutura intermaxilar ; 2- Espinha nasal anterior ; 
3- Fossas nasais ; 4 - Seios maxilares ; 5- Canais 
incisivos ; 6 - Forame incisivo ; 7 - Canais 
nasolacrimais 
 
Radiografia de paciente edentado 
8 - Assoalho das fossas nasais 
6 - Forame incisivo 
9 - Narinas 
 
1 - Forame mentual 
2 - Cortical lingual 
3 - Cortical vestibular 
4 - Tubérculo geni 
5 - Canal mandibular 
6 - Espaço radiolúcido no meio -> língua 
13 
 
 
AULA II - APARELHOS DE RAIOS-X, FÍSICA              
DAS RADIAÇÕES, RADIOBIOLOGIA E        
RADIOPROTEÇÃO 
 
RELEMBRANDO CONCEITOS  
  
Matéria: É tudo aquilo que ocupa lugar no espaço, 
possui massa e inércia. 
Pode se apresentar em estado sólido, líquido e 
gasoso dependendo do grau de atração entre 
átomos e moléculas. 
São classificadas em elementos químicos e 
compostos. 
Átomo: Tem um núcleo positivo formado por prótons 
(+) e nêutrons (0). Ao redor do núcleo tem a 
eletrosfera (-) onde ficam os elétrons. 
 
Os elétrons se distribuem nas camadas eletrônicas 
e seus subníveis (orbitais). Nos orbitais tem os spins 
dos elétrons (direção na qual eles giram na 
elestrosfera. Pode ser +½ ou -½). 
 
A radiologia consistena transmissão de energia 
através do espaço e da matéria. Pode ser 
classificada em: 
 
RADIAÇÃO CORPUSCULAR:  
  
Constituída por um feixe de partículas elementares, 
ou núcleos atômicos. Transmitida por partículas que 
possuem massa e carga elétrica. Propaga-se 
rapidamente e em linha reta em alta velocidade 
(muita energia cinética). 
 
TIPOS DE RADIAÇÃO CORPUSCULAR:  
  
1. Elétrons (Massa = 0,0041 u; Carga elétrica = 
Negativa): 
- Partículas betas β : Emitidas de átomos 
radioativos. 
- Raios catódicos: Gerados dentro do aparelho 
de Raio-X 
2. Partículas alfa α: 2 prótons e 2 nêutrons 
(massa = 5 ; Carga elétrica = +2) 
3. Prótons - (Massa = 1 u ; Carga elétrica = 
Positiva): 
4. Nêutrons (Massa = 1,5u ; Carga elétrica = 
Neutra) 
 
RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA  
 
Não possui massa nem energia elétrica. É apenas 
energia. Esse tipo de radiação transita no espaço e 
na matéria. São divergentes e se propagam na 
velocidade da luz (300.000Km/Hora). 
14 
 
 
Menor comprimento de onda = Maior frequência; 
maior energia; maior ionização 
Cada matéria tem uma capacidade de ionização 
para cada tipo de radiação. 
O corpo humano é ionizável com radiação X. 
 
80% Da radiação a que os humanos são expostos 
são radiações naturais. Ex: Energia solar 
20% Radiação artificial. Ex.: Exames médicos como 
raio X. 
Toda radiação possui uma dose de energia. 
Radiações ionizantes possuem muita energia e 
podem causar danos aos tecidos aos quais forem 
transmitidas -> Produção de efeitos biológicos. 
IONIZAÇÃO:  
 
Ionização é a capacidade de uma radiação interagir 
com um átomo qualquer do tecido atingido e 
desestabilizá-los através da retirada de um elétron. 
Radiação: É a propagação de qualquer forma de 
energia, seja corpuscular ou eletromagnética pelo 
meio ambiente ou através da matéria. 
Radioatividade: É uma propriedade que alguns 
átomos, como Urânio e Rádio, possuem de emitir 
espontaneamente energia na forma de partículas e 
ondas, tornando-se elementos químicos mais 
estáveis e mais leves. 
● Radioatividade natural ou espontânea: É a 
que se manifesta nos elementos radioativos e 
nos isótopos. 
● Radioatividade induzida ou artificial: É aquela 
que é provocada por transformações 
nucleares artificiais. 
 
O raio X foi descoberto em 1895 por Röentgen. 
 
O aparelho de raio X não possui nenhum material 
radioativo. Ele é um equipamento elétrico, não 
possui material radioativo dentro dele. 
 
A parte do equipamento que emite o raio x é o 
cabeçote. 
Componentes do cabeçote: 
1. Transformadores de baixa tensão e alta 
tensão: Responsáveis por fornecer a energia 
necessária para produzir os raio X. O 
transformador de alta tensão está ligado às 
duas extremidades da ampola. O transformador 
de baixa tensão está ligado a apenas uma 
15 
 
extremidade (-). 
 
2. Ampolas: 
Está ligada na extremidade negativa (catodo) do 
componente ligado ao transformador de baixa 
voltagem. É responsável por aquecer o filamento 
que fica dentro da calota de molibdênio. O 
aquecimento do filamento produz elétrons. Do outro 
lado da ampola tem a extremidade positiva (anodo) 
 
Do outro lado da ampola tem a extremidade positiva 
(anodo) 
 
Também chamado de alvo porque os elétrons 
oriundo do filamento aquecido no catodo se chocam 
nele. Ele é formado por uma parte de tungstênio 
incrustado em uma haste de cobre, porque o cobre 
é um bom dissipador de calor enquanto que o 
tungstênio não é. 
 
O transformador de alta voltagem está ligado às 
duas extremidades, ele cria um polo positivo e um 
polo negativo. O aquecimento do filamento libera 
elétrons, os elétrons são atraídos para o polo 
positivo, vai ocorrer um choque e produção do raio 
X, o raio x é direcionado para saída por uma região 
específica da ampola chamada de janela. 
Apenas 1% da radiação é usada para formação da 
imagem radiológica, os 99% restantes são 
transformados em calor. 
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DO RAIO X: 
*Radiação Bremsstrahlung (Comum, Branca ou 
de *freamento): 
 
Radiação X gerada pela perda de energia cinética 
do elétron que foi atraído para o núcleo do átomo 
mas repelido pela eletrosfera. 
Radiação característica: 
 
16 
 
Gerada pelo choque de um elétron externo com um 
elétron da eletrosfera do átomo alvo. O choque 
expulsa o elétron da eletrosfera e um elétron de 
uma camada mais externa substitui o que foi 
retirado para o átomo não ficar instável e então a 
radiação característica é emitida. 
3. Óleo 
 
O radiador de aletas dissipa o calor do cobre no 
óleo que envolve todo o sistema, o óleo vai absorver 
o calor e vai fazer a compressão da câmara de 
expansão. 
4. Câmara de expansão 
 
É um componente que pode ser interno ou externo. 
Quando ela é externa ela se expande com o 
aumento do volume do óleo e quando é interna ela 
se contrai com o aumento do volume do óleo. 
 
5. Revestimento 
Revestimento ao redor do cabeçote serve para 
reduzir choque elétrico e etc. 
6. Cilindro localizador 
Por onde o raio X sai do cabeçote pode ter formato 
redondo ou retangular, apenas o formato cônico é 
proibido No Brasil o mais comum é o cilindro 
redondo 
 
 
O formato cônico dificulta a formação adequada da 
imagem. 
7. Filtro 
Placa de alumínio com espessura 1,5mm a 2,0mm 
17 
 
colocado na saída do cabeçote. 
 
Tem a função de absorver os elétrons de baixa 
energia - baixo poder de penetração. 
8. Diafragma 
É uma placa de chumbo que define o tamanho do 
feixe de radiação limitando a área de exposição. 
Fica anterior ao filtro. 
 
 
9. Colimador 
 
Direciona o feixe aproveitando os raios menos 
divergentes. O tamanho mais adequado da área de 
saída do cilindro é de 6cm. 
● Alguns aparelhos têm o diafragma e o 
colimador juntos. 
 
Braço do raio X: 
Posiciona o cabeçote para realização da radiografia, 
compensando seu peso através de um sistema de 
molas. 
Leva os fios elétricos do corpo do equipamento até 
o cabeçote. 
Permite movimentos horizontais e verticais. 
Quanto maior o número de articulações, mais fácil 
sua movimentação. 
Corpo: 
Parte do aparelho responsável pela regulagem dos 
parâmetrosde exposição. 
18 
 
A partir do início da exposição há um efeito sonoro 
avisando o início. A distância segura da fonte de 
raio 
x é de 2 metros. 
 
EFEITOS BIOLÓGICOS  
 
> A percepção dos efeitos biológicos ocorreram logo 
após a descoberta do raio X. 
A radiação no corpo humano pode passar 
interagindo ou não com o corpo. 
A radiação absorvida ou espalhada pelos átomos 
forma no filme radiográfico forma as áreas 
radiopacas , nessas áreas o raio X não passa 
porque os átomos dessa área tem alto nº atômico. 
A radiação que passa sem interação com os 
átomos forma as áreas do filme onde a imagem 
formada é radiolúcida , as áreas escuras da 
imagem. Nessas áreas os átomos têm menor 
número atômico. 
 
MECANISMO DE AÇÃO DAS RADIAÇÕES  
IONIZANTES NAS CÉLULAS   
 
Mecanismo direto de radiação: A radiação vai 
ionizar diretamente os componentes da células e 
formar os radicais livres a partir da quebra desses 
átomos. 
Mecanismo indireto de radiação: A radiação ioniza a 
água presente nessa célula (75%) as moléculas de 
água sofrem radiólise e formam vários componentes 
diferentes altamente reativos. Os componentes 
altamente reativos interagem com outras moléculas 
(água e oxigênio) e formam compostos químicos 
(radicais livres como: H2O2 e H2) tóxicos que irão 
interagir e destruir a própria célula. 
Esse processo ocorre em 4 etapas: 
1. Física: Formação de íons instáveis. Quando 
o raio X passa pelo tecido ele quebra as moléculas 
e forma esses íons instáveis (ionização). 
2. Física - Química: Formação de radicais 
livres reativos. 
3. Química: Dá origem a compostos tóxicos 
(H2O2) 
4. Biológica: Causa efeitos em biomoléculas. O 
maior problema é quando ocorre interação com o 
DNA. 
 
FATORES QUE REGULAM OS EFEITOS  
BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES  
  
Dose de radiação: Quantidade de radiação ao qual 
o organismo foi exposto 
Ritmo de aplicação: Intervalo entre aplicações 
Tamanho da área irradiada: Quanto maior a área 
irradiada maior o dano e mais rápidos surgem os 
efeitos. 
Tipo de radiação: 
 
Idade da pessoa: A radioresistência aumenta com a 
idade da pessoa. Crianças e pessoas mais jovens 
são mais sensíveis à radiação do que pessoas mais 
velhas. 
Segundo a lei de Bergonié e tribondeau (1906): 
> A sensibilidade das células à radiação é 
diretamente proporcional à sua atividade de divisão 
celular e inversamente proporcional ao seu grau de 
diferenciação celular. 
ALTA TAXA DE DIVISÃO CELULAR + MENOS 
ESPECIALIZADAS = MAIS RADIOSSENSÍVEIS 
Efeito somático: Ocorre quando a radiação age 
sobre as células que já possuem o conjunto gênico 
completo(somáticas) não passando para os 
descendentes. 
Efeito biológico genético(hereditário): Ocorre 
quando a radiação atinge as células germinativas. 
Se essas células forem alteradas, a pessoa atingida 
não apresenta muitos sintomas ou não apresenta 
sintomas, mas seus descendentes podem nascer 
com expressivas alterações genéticas. 
Efeitos biológicos determinísticos: Efeito com 
relação causa/efeito. Ocorrem para doses acima de 
um certo nível - LIMIAR. O dano (gravidade) 
19 
 
aumenta com a dose absorvida. Acontece dentro de 
um período de latência relativamente curto (horas a 
semanas) - Dependendo da dose e do tipo de 
radiação. 
Grandes doses desencadeiam a Crise Aguda de 
Radiação: 
1ª Vômito e diarreia em poucas horas após a 
exposição 
2ª Febre, queda de cabelo e perda de peso em 
semanas após 
3ª Se a radiação for muito energética 50% das 
pessoas podem morrer. Ex.:Vítimas das bombas 
nucleares. 
 
Efeitos da radiação determinísticas: 
> Esterilidade 
> Catarata 
> Alopecia 
> Eritema 
*Osteorradionecrose como consequência da 
radioterapia 
Efeitos estocástico das radiações 
determinísticas: 
Esses efeitos são mais preocupantes porque: 
> Efeitos que só aparecem após um período de 
latência alto (De meses a anos) 
> A probabilidade de ocorrência aumenta de acordo 
com a dose absorvida 
> Depende do valor total de dose acumulada 
Ex.: Exposição solar durante a vida -> Câncer de 
pele 
Ex.: Filhos de pais expostos à radiação de 
Chernobyl 
Ex.:Radiodermatite grave dos primeiros dentistas a 
trabalharem com radiografia odontológica. 
 
A radiação também oferece riscos a gestantes pois 
possui efeitos teratogênicos 
Maior sensibilidade ocorre entre a 2ª e 9ª semanas 
após a concepção 
Podendo ocorrer: Anomalias congênitas, deficiência 
mental ou morte fetal. 
A dose limite no abdômen da gestante é de 2mSv - 
Sendo que a dose total durante o desenvolvimento 
intrauterino não deve ultrapassar 200mSv. 
 
RISCOS ESTIMADOS PARA A RADIOGRAFIA  
ODONTOLÓGICA  
  
Muitos dos efeitos relatados nesta aula não ocorrem 
facilmente na faixa de dose do radiodiagnóstico 
odontológico. 
Alguns necessitam de uma dose limiar alta 
Se as medidas de radioproteção forem aplicadas 
corretamente a probabilidade de efeitos genéticos e 
estocásticos é muito baixa 
Porém, não existe dose inofensiva. Qualquer dose 
pode aumentar os riscos do paciente desenvolver 
efeitos estocásticos (câncer). 
O exame radiográfico é complementar ao exame 
clínico e só pode ser indicado ao paciente se for 
realmente necessário. Avaliando a relação custo X 
benefício. 
 
MONTAGEM DE CARTELAS PARA  
RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS  
  
Os filmes radiográficos são documentos e precisam 
ser arquivados corretamente, em posição correta e 
datados para terem validade jurídica. 
Os filmes intrabucais não possuem nenhum tipo de 
identificação informando a data na qual foram feitos. 
Assim, essa informação deve ser adicionada na 
cartela radiográfica. Após obtermos as radiografias 
intrabucais e processá-las quimicamente da 
maneira correta, seguindo as etapas (Revelação, 
lavagem intermediária, fixação, lavagem final e 
secagem), devemos então arquivá-las 
corretamente. 
20 
 
Esse processo é chamado de montagem de cartela 
ou cartonamento de radiografias. 
 
A cartela radiográfica deve ser posicionada de 
acordo com a posição real do paciente. 
I - Quadrante superior direito 
II - Quadrante superior esquerdo 
III - Quadrante inferior esquerdo 
IV - Quadrante inferior direito 
PASSO A PASSO PARA IDENTIFICAR A POSIÇÃO              
CORRETA DO FILME RADIOGRÁFICO:  
1. Localizaro “picote” 
2. Virar a superfície convexa (alta) do picote 
para nossa direção 
3. Observar os dentes presentes levando em 
conta a anatomia dental 
4. Observar as estruturas anatômicas 
presentes 
5. Localizar a região e montar na cartela 
 
A parte convexa (alto relevo) do picote, ficará 
sempre voltada para cima, ou seja, para o 
observador. 
 
Após ser definida a superfície a ser analisada, resta 
saber a qual quadrante ela pertence. 
 
 
 
21 
 
 
1 - Espaço onde são colocados os dados: Nome do 
paciente, data do exame, motivo do exame 
8,9 e 12,13 -> Radiografias periapicais posteriores 
superiores 
10,11 e 14,15 -> Radiografias periapicais 
posteriores inferiores 
3,2 e 4 -> Radiografias periapicais anteriores 
superiores 
6,5 e 7 -> Radiografias periapicais anteriores 
inferiores 
FILMES, PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO E  
SISTEMA DIGITAL  
  
FILME RADIOGRÁFICO:   
Material sensível que se modifica 
permanentemente quando exposto a raio X (ou 
qualquer fonte de luz) e que tem a capacidade de 
registrar uma imagem. 
 
 
Frente: A parte lisa é onde a imagem é registrada e 
fica voltada em direção ao raio X 
Verso: Onde está a lâmina de chumbo e as 
especificações do filme, ela deve ficar oposta ao 
objeto radiografado. A lâmina de chumbo serve para 
diminuir a radiação secundária no paciente e após o 
uso essa lâmina deve ser descartada em recipiente 
especial para ser reciclado. Se descartado 
incorretamente o chumbo por ser um metal pesado 
pode causar danos ao meio ambiente e à saúde das 
pessoas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS FILMES   
  
QUANTO A POSIÇÃO DE USO:  
INTRABUCAIS:  
  
São posicionados dentro da cavidade bucal do 
paciente, possuem bordas arredondadas e um 
ponto de orientação (picote ou pit). 
22 
 
 
No Brasil não tem o filme interproximal, para as 
radiografias interproximais usa-se o filme 
convencional (periapical) com um posicionador com 
letra de mordida. 
 
 
EXTRABUCAIS:  
  
Posicionados fora da cavidade oral do paciente, são 
maiores do que os intrabucais. 
 
São fabricados de acordo com o equipamento em 
que serão utilizados. 
QUANTO À QUANTIDADE DE FILME   
SIMPLES:   
A embalagem contém apenas um filme 
DUPLO:  
A embalagem contém dois filmes, um fica com o 
dentista e o outro com o paciente. 
QUANTO À SENSIBILIDADE:  
 
Quanto mais próximo da letra F mais sensível à 
radiação o filme é e menos radiação ele precisa 
para formar a imagem. Hoje o filme mais sensível é 
o que foi lançado em 2003 de nível F. 
A melhoria feita para aumentar a sensibilidade dos 
filmes foi feita nos cristais responsáveis pela 
captação da imagem radiográfica. 
 
 
 
A emulsão contém: 
Sais de halogenados de prata (brometo, fluoreto e 
iodeto de prata) + Matriz (substância colóide 
gomosa com aspecto gelatinoso. 
 
CONDICIONAMENTO DOS FILMES:  
23 
 
> Sem excesso de umidade 
> Sem influência de raio X 
> Temperatura entre 10ºc e 20ºc 
> Envolver as caixas com plástico para evitar 
umidade 
> Não colocar objetos sobre o filme 
> Local ideal: Prateleira médias e inferiores do 
refrigerador. 
CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA EVITAR        
CONTAMINAÇÃO CRUZADA: 
 
Manter os filmes separados individualmente antes 
de começar a usar. Alguns filmes já vem com os 
filmes embalados individualmente. 
ETAPAS DO PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO:  
 
Essas etapas são requeridas para converter a 
imagem latente em imagem permanente e visível. 
1ª ETAPA - REVELAÇÃO: 
O revelador visa doar elétrons para o íon AG+ 
(prata) da emulsão, ou seja, atuando nos locais 
atingidos pelos Raios X. Quando os elétrons doados 
se ligam aos íons de prata, ela se transforma em 
prata metálica. Os cristais de BrAg(Brometo de 
prata) não ionizados continuam na emulsão. 
Na caixa de embalagem do revelador é estipulado o 
tempo de uso de acordo com o filme. 
 
2ª ETAPA - LAVAGEM INTERMEDIÁRIA: 
Removerá o restante do revelador do filme (básico), 
evitando a neutralização da solução fixadora 
(ácida). 
3ª ETAPA - FIXAÇÃO: 
O fixador visa remover os cristais não ionizados de 
BrAg e o Br+ e promover o endurecimento da 
gelatina da emulsão. 
4ª ETAPA - LAVAGEM FINAL: 
Feita em água limpa, remove os restos químicos 
dos filmes, evitando que oxidem a radiografia 
(amarelar). 
5ª ETAPA - SECAGEM: 
O ideal é que seja feita em estufas especiais 
Não pode ser feita encostando diretamente no filme 
nem em locais com vento forte, mas pode ser usado 
ventilador mais fraco e não tão próximo ao filme. 
Pode ser feita em ambiente natural com o filme 
pendurado 
TIPOS DE PROCESSAMENTO  
Manual: 
Tempo x temperatura: 
A temperatura do revelador é medida e de acordo 
com a temperatura tem se o tempo indicado para 
deixar o filme no revelador. Após verificar a 
temperatura deve-se respeitar o tempo indicado 
pelo fabricante. 
Automático: 
É realizado em equipamentos específicos para esse 
processamento 
LOCAL DE PROCESSAMENTO: 
Câmara escura: É qualquer local isolado de luz, não 
necessita ser um local escuro e sim sem entrada de 
luz. Pode ser um quarto escuro, labirinto(no 
laboratório novo vai ter esse) ou pode ser portátil. 
O tipo labirinto obrigatoriamente deve ter paredes 
pretas porque ele não tem porta isolando a entrada 
de luz. 
24 
 
 
As caixinhas portáteis de processamento devem ser 
completamente opacas, sem nenhuma entrada de 
luz e por dentro é preferível que seja preta para não 
haver reflexão de luz. O plástico é um material que 
geralmente transmite um pouco de luz, então sendo 
opaco e preto dificulta que essa luz se reflita dentro 
da caixa de procedimento. O modelo com visor não 
pode mais ser utilizado, é proibido por lei. 
 
TESTE PARA AVERIGUAR SE A CAIXINHA É              
ADEQUADA:  
 
Coloca o filme radiográfico não sensibilizado em 
cima de uma superfície qualquer, coloca uma 
moeda em cima do filme e deixe por 5 minutos 
dentro da caixinha de processamento. Se após o 
processamento radiográfico o filme mostrar a marca 
da moeda é prova de que está entrando luz na 
caixinha. 
FORMAÇÃO DA IMAGEM LATENTE  
O raio X ioniza o cristal (sal de prata) quebrando as 
ligações entre a prata e o bromo. Quandomergulhado no químico de processamento a 
imagem é convertida através da transformação do 
íon de prata em prata metálica. Quando se 
transforma em prata metálica tem a imagem preta. 
 
A imagem branca é onde não ocorre conversão 
A imagem cinza na verdade são pontos pretos mais 
espaçados e na imagem preta os pontos de prata 
estão mais próximos. 
CUIDADOS COM OS QUÍMICOS DE  
PROCESSAMENTO  
Os químicos de processamento podem perder sua 
capacidade de função por exaustão ou degradação. 
EXAUSTÃO:   
Pela quantidade excessiva de filmes processados 
pela mesma solução. 
DEGRADAÇÃO:  
Mudança química dos componentes da solução, 
geralmente acontece por oxidação causada pelo 
oxigênio, ação de luzes e por causa do prazo de 
validade. 
Os componentes que não servem mais devem ser 
descartados por empresas especializadas nesse 
serviço, o descarte inadequado contamina o meio 
ambiente 
PRINCIPAIS ERROS QUE ACONTECEM NO  
PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO  
  
25 
 
 
> Imagens muito claras por revelação insuficiente, 
pouco tempo no revelador, temperatura muito baixa 
do revelador, revelador exausto, antigo ou muito 
diluído ou falha do aparelho de raio x -> pouca 
exposição. 
 
> Imagens muito escuras por tempo de revelação 
excessivo, temperatura do revelador muito alta, 
falha na diluição do revelador ou tempo de 
exposição muito alto. 
 
> Imagens parciais causadas pela imersão parcial 
do filme na solução fixadora ou por exposição de 
parte do filme a luz inadequada antes do 
processamento (o filme só deve ser aberto na 
câmara escura). 
> Quando a imersão parcial ocorre no líquido 
revelador a imagem parcial fica com uma mancha 
clara. 
 
> Respingos escuros no filme causados por 
contaminação antes do filme ser inserido no 
revelador. 
> Impressões digitais no filme por ser segurado da 
maneira errada. 
 
 
> As manchas escuras também podem ser 
causadas por adesão do papel preto durante o 
processamento ou adesão dos filmes durante o 
processamento. 
26 
 
 
> A manipulação descuidada durante o 
processamento também pode causar lacerações e 
arranhões no filme. 
 
> Manchas claras que podem ter sido causadas por 
adesão do filme durante o processamento, bolhas 
de ar sobre a superfície durante a imersão inicial ou 
até por impressões digitais. 
 
> Imagem amarelada por erro na lavagem final. 
Hipossulfito de sódio + Prata = Sulfito de prata. Não 
ocorre logo após a lavagem, ocorre após cerca de 1 
mês da realização da radiografia. 
  
> Fixação incompleta deixa a imagem levemente 
esverdeada como a imagem abaixo 
 
> Quando se inverte a ordem do processamento e 
coloca no fixador antes do revelador, a imagem fica 
sem nada porque já não há íons de prata para 
serem convertidos em prata metálica. 
 
27 
 
 
*Proteção do meio ambiente - Resolução RDC 33 - 
25.02.2003 
Deve ser dada devida atenção ao descarte para 
evitar a poluição do meio ambiente tanto com a 
lâmina de chumbo quanto com os produtos 
químicos envolvidos no processamento da 
radiografia. 
 
SENSORES RADIOGRÁFICOS DIGITAIS:  
  
Material sensível que se modifica temporariamente 
quando atingidos pelo raio X. Formada por um 
conjunto de dados binários (bits) decodificado por 
programas específicos em um equipamento 
eletrônico. 
A imagem digital pode ser adquirida de duas 
formas: 
> De maneira indireta: Digitalização da radiografia 
comum por um scanner. 
> De maneira direta: É aquela cujo o registro da 
imagem é realizado em sensores digitais, 
dispensando o uso de filmes radiográficos 
convencionais, câmara escura e processamentos 
químicos de imagem. 
- > Sistema direto: 
CCD (Charge-coupled device) ou CMOS 
(Complementary Metal Oxide Semicondutor) 
A captação é feita por um receptor de imagem, que 
possui um chip de silício (CCD ou CMOS) que irá 
captar a energia dos fótons de RX e transformá-la 
em sinais digitais. 
 
 
-> Sistema Semi-direto: 
Sistema de armazenamento de fósforo 
PSP (Photostimulable Phosphor) 
A captação da imagem é feita por um receptor de 
imagem, que é uma placa de fósforo (fósforo - flúor 
halogenado) que após sensibilizado pelos raio x 
armazena uma imagem latente. 
A placa sensibilizada é escaneada por um feixe de 
laser de uma unidade leitora que detecta a luz 
emitida pela placa sensibilizada por um 
fotomultiplicador que gera a imagem digital. 
 
Cada placa serve em um scanner, eles são 
vendidos em conjunto. 
 
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRAORAIS 
 
Procedimento de trabalho: 
Portaria federal nº 453, de 1 de junho de 1998 
5.8 - A fim de reduzir a dose no paciente, devem ser 
adotados os seguintes procedimentos: 
 d) Para radiografias intra-orais deve-se utilizar, 
preferencialmente: 
 I - A técnica do paralelismo com localizadores 
longos; 
 II - Dispositivos de alinhamento (posicionadores). 
 III - Prendedores de filme e de “bite-wing” de modo 
a evitar que o paciente tenha que segurar o filme. 
 
TÉCNICA PERIAPICAL 
 
Proporciona visão em conjunto das estruturas 
componentes do orgão dentário e região periapical. 
Filme utilizado são de tamanho 0 (infantil) - Mede 
2x3 cm) e o tamanho 2 (Padrão) - Mede 3x4 cm. 
28 
 
 
Posição dos filmes: 
-> Região de anteriores: Eixo mais longo do filme na 
vertical. Perpendicular ao solo 
-> Região de posteriores: Eixo mais longo do filme 
na horizontal. Paralelo ao solo 
 
Picote ou Pit: 
Serve para posicionar o filme e para identificar o 
lado correto do filme depois do exame ser 
relacionado. A face convexa deve ficar voltada para 
os raios x e a face côncava para o paciente. E para 
observar o filme depois de realizar o exame a 
observação deve ser feita com a face convexa 
virada para o profissional. O pit fica na face 
oclusal/incisal dos dentes. 
 
Técnicas utilizadas para obter a radiografia 
periapical: 
> Paralelismo: Nessa técnica o filme fica paralelo 
ao longo do eixo do dente. Os feixes de raio X 
perpendiculares ao dente e ao filme. Promove uma 
qualidade maior na radiografia. Abaixo na imagem 
mostra-se os posicionadores utilizados nessa 
técnica. 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
Erros na angulaçãohorizontal: Quando a 
angulação horizontal do raio X é errada as faces 
proximais dos dentes se sobrepõem. 
 
 
Erros na angulação vertical: 
Quando a angulação vertical é aumentada a 
imagem do objeto radiografado é diminuída. 
Quando a angulação vertical é diminuída a imagem 
radiográfica é alongada. 
 
31 
 
> Bissetriz: Bissetriz é uma reta que divide um 
ângulo qualquer em duas partes iguais. 
*Lei de Ciezynski - 1907: 
Baseado no teorema geométrico de isometria 
O feixe de raios X deve incidir perpendicularmente 
ao plano da bissetriz do ângulo “dente-filme” para 
que a imagem resultante tenha as mesmas 
proporções do objeto examinado. 
 
 
 
 
 
Na pediatria, a argola e a haste são do mesmo 
tamanho que o de adulto o que muda é o local para 
por o filme que é menor. 
 
Na cartela radiográfica infantil são ao todo 12 
radiografias e não 14 como na de adultos. 
 
 
32 
 
 
INDICAÇÕES DA RADIOGRAFIA PERIAPICAL  
 
Para todo diagnóstico na região de coroa e região 
periapical. Ex.: Observar inflamações e infecções 
apicais, procedimentos endodônticos, avaliação pré 
e pós operatórias, avaliação pós traumática, 
avaliação da presença e do posicionamento de 
dentes não erupcionados, avaliação de cistos 
apicais. 
 
RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL 
 
Proporciona visualização em conjunto das coroas, 
terço cervical das raízes e rebordo alveolar de 
ambas as arcadas superiores e inferiores. Essa 
radiografia é melhor para diagnosticar cáries nas 
regiões proximais de dentes posteriores Nesse tipo 
de radiografia o picote pode ficar para a arcada 
superior ou inferior. 
 
 
 
 
Tipos de filme para interproximal: O tipo que tem 
asa de mordida acoplada caiu em desuso. 
 
 
 
A haste tem que estar na altura no meio do cilindro 
e o cilindro tem que acompanhar a angulação da 
33 
 
haste. 
 
 
 
Na angulação horizontal o cilindro tem que estar 
paralelo à haste. Erros no alinhamento horizontal 
causam superposição das faces proximais dos 
dentes posteriores. 
 
 
> Embora a principal indicação dessa radiografia 
seja para diagnóstico de cárie, também é indicada 
para avaliação da crista óssea marginal, presença 
de cálculo nas faces proximais tanto supra quanto 
subgengival. 
 
RADIOGRAFIA OCLUSAL 
 
Nessa técnica radiográfica o filme é posicionado 
paralelamente ao plano oclusal dos dentes (ou 
região edêntula). A face de exposição deve ficar 
voltada para a região que deseja-se visualizar. O 
filme usado para cada região tem tamanho 
diferente. O filme oclusal (tipo 3 - 6x7cm) é maior do 
que o periapical. 
34 
 
 
A radiografia oclusal pode ser feita total ou 
parcialmente. 
 
> Na radiografia total o longo eixo do filme fica 
perpendicular ao plano sagital mediano. 
> Na radiografia parcial o longo eixo do filme fica 
paralelo ao plano sagital mediano. 
 
 
 
Na radiografia oclusal deve-se atentar a posição da 
cabeça do paciente. Para radiografar a maxila a 
cabeça fica posicionada de maneira que o filme 
fique paralelo ao chão. Para radiografar a 
mandíbula a cabeça precisa ficar posicionada de 
maneira que o filme forme um ângulo de 45º grau 
com o chão. 
 
 
35 
 
 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO          
DA IMAGEM RADIOLÓGICA - 19.03.2021  
 
FATORES ENERGÉTICOS:   
1 - Miliamperagem: Ela é responsável por 
determinar a escala de densidade de uma 
radiografia. 
Densidade: Grau de escurecimento da imagem. 
Quanto maior a mA, maior a densidade da 
imagem. 
Quando aumenta a mA aumenta a atuação do 
transformador de baixa tensão e aumenta a 
quantidade de elétrons liberados -> Mais raio x no 
paciente e também no filme, por isso ela fica mais 
densa. 
2 - Tempo de exposição: Junto com a 
miliamperagem é responsável pela quantidade de 
raio X. 
Quanto maior o tempo de exposição mais raio X 
é liberado, mais densidade a imagem tem. 
 
3 - Quilovoltagem: Atua no transformador de alta 
tensão. Quanto maior a quilovoltagem, maior a 
diferença de potencial e, consequentemente, 
aceleração maior dos elétrons na direção da placa 
de tungstênio e vão alcançar os átomos mais 
internos do tungstênio. 
O raio x formado terá menor comprimento de onda 
(quanto menor o comprimento de onda mais 
penetrante é o raio X) 
Não aumenta a quantidade de Raio X liberado mas 
determina a qualidade da imagem. É responsável 
pelo contraste da imagem. O contraste é a 
graduação de diferentes densidades vistas na 
radiografia, ou seja, a quantidade de tons de cinza 
presentes na imagem. 
Alto contraste: Grande diferença entre o branco e o 
preto com poucos tons de cinza. 
Baixo contraste: Pouca diferença entre o branco e o 
preto com muitos tons de cinza intermediários. 
O raio com maior poder de penetração geram mais 
tons de cinza na radiografia. 
Quanto maior kvt, menor o contraste 
ALTA KVP (BAIXO CONTRASTE - ESCALA 
LONGA) 
36 
 
 
BAIXA KVP (ALTO CONTRASTE - ESCALA 
CURTA) 
 
4 - Distância foco(ampola)-objeto: Influencia na 
densidade da radiografia. A intensidade dos Raio X 
diminui em razão do inverso do quadrado da 
distância: 1/d². 
Quanto maior a distância, menor a densidade 
> Objeto: Está relacionado à constituição do objeto. 
● Número atômico 
Quanto maior o número atômico maior a 
absorção de Raio X. 
● Densidade física 
Quanto maior a densidade, mais difícil do raio x 
atravessar o objeto. 
● Espessura 
Quanto maior a espessura, maior a absorção 
do Raio x. 
5 - Fator geométrico: Depende da posição da fonte 
emissora, do objeto e do filme. Falhas nesse fato 
resultarão em perda de detalhe ou definição. 
Detalhe: Perfeita identificação das estruturas 
Definição: Estruturas bem delimitadas 
PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DAS IMAGENS  
RADIOGRÁFICAS 
1 - Quanto mais afastada estiver a fonte do 
objeto e do filme, mais fiel será a imagem. 
O feixe de raio X é divergente, formado por vários 
raio X. 
 
Os raio do centro do feixe são mais paralelos e os 
raio periféricos são mais divergentes. 
Se a fonte ficar mais próxima do objeto, ele será 
atingido pelos raios mais divergentes e a imagem 
acabará sendo erroneamente ampliada. 
 
Quanto mais afastadoo objeto estiver da fonte, 
menos distorção terá a imagem porque ele vai ser 
atingido pelos raio x do centro do feixe que são mais 
paralelos. 
37 
 
 
2 - Quanto mais próximo o objeto estiver do 
filme, mais fiel será a imagem. 
Se o filme ficar distante do objeto ele é atingido por 
raios mais divergentes e a imagem é 
ampliada/distorcida por isso. 
 
3 - Quanto mais paralelo o objeto estiver em 
relação ao filme, menor será a distorção da 
imagem. 
 
4 - Quanto mais perpendicular estiverem os 
raios x em relação ao objeto e ao filme, mais fiel 
será a a projeção da imagem. 
 
Quanto a movimentação: 
> Cabeçote do aparelho (fonte) 
> Paciente 
> Filme 
Devem permanecer imóveis 
5 - Quanto ao filme: 
Tamanho de granulação: Quanto maior os cristais 
de prata, menor o detalhe da imagem e menor o 
tempo de exposição. 
Dupla emulsão: A imagem é formada melhor com o 
mesmo tempo de exposição. 
Quanto maior os cristais de prata mais rápido o 
filme e menor o detalhamento da imagem 
6 - Fator processamento: 
Luz de segurança: Luz vermelha que fica a uma 
distância mínima de 1,5m da bancada onde o filme 
é processado. 
7 - Soluções processadoras: 
> Tempo de revelação: Quanto maior o tempo de 
revelação maior a densidade. 
> Temperatura: Quanto mais alta, menor o tempo de 
revelação. 
> Deteriorização: Depende do tempo de uso, 
quantidade de películas reveladas, oxidação pelo 
oxigênio e pela luz. 
8 - Filmes: 
Conservação: 
Sem excesso de umidade 
Sem influência de Raio X 
Temperatura entre 10ºC e 20ºC 
Envolver as caixas com plástico 
Não colocar objetos em cima do filme 
Local ideal: Prateleiras médias e inferiores de 
refrigerador 
- Atentar-se a validade 
9 - Vi - Véu ou Fog: 
Densidade extra e indesejada na radiografia 
38 
 
sobreposta à densidade básica - > Radiografia 
acinzentada. 
A radiação secundária é a principal fonte produtora 
de “fog”. Há como minimizá-lo tanto nas radiografias 
intrabucais quanto nas extrabucais através de 
alguns dispositivos: 
> Filtro de alumínio: Impede que raio x com maior 
comprimento de onda (menor poder de penetração) 
chegue ao paciente e criar radiação secundária. 
> Colimador de chumbo: Diminui o diâmetro do feixe 
de raio X. 
> Uso de cilindros abertos 
> Lâmina de chumbo: Impede que a radiação 
secundária seja refletida pelos tecidos posteriores 
ao filme e cause o “fog” no filme. 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DO CONTROLE DE INFECÇÃO  
  
Doença infecciosa ou doença transmissível: É 
qualquer doença causada por um agente biológico. 
Sejam eles, microorganismos, geneticamente 
modificados ou não, culturas de células, parasitas, 
toxinas ou príons. 
Vias gerais de transmissão das doenças 
infecciosas: 
> Contato direto: 
Agentes biológicos presentes na saliva, sangue, 
secreções, excreções ou contato com lesões. 
Exemplo: 
> Contato indireto: 
Por meio de objetos contaminados com agentes 
biológicos. 
> Vias aéreas (com contato direto): 
Gotículas ou aerossóis dos fluidos respiratórios ou 
bucais. 
Na odontologia as contaminações por agente 
biológicos acontecem por meio das secreções 
respiratórias e secreções da cavidade oral. 
Na radiologia intra bucal também tem esse risco de 
contaminação porque o filme e os posicionadores 
são inseridos na boca do paciente. 
Biossegurança: 
Conjunto de medidas empregadas com a finalidade 
de proteção do ambiente clínico (ambiente, 
pacientes e a equipe. 
Contaminação cruzada: 
Transferência de agentes biológicos de uma pessoa 
para outra resultante necessariamente em uma 
infecção. 
Os resultantes da infecção dependem de: 
> Tipo de microrganismo 
> Capacidade infecciosa do microrganismo 
> Quantidade de agente biológico 
> Via de entrada 
> Estado de saúde do sujeito infectado 
Os trabalhadores da saúde são uma categoria com 
alto risco de acidente ocupacional. 
Risco ocupacional com agentes infecciosos: 
> Conhecido desde os anos 1940 
> As medidas profiláticas e o acompanhamento 
clínico-laboratorial, iniciaram a partir da epidemia de 
HIV/Aids nos anos 80 
Sistema de precauções: 
> Criado em 1960, pelo Centers for disease control 
and prevention 
● Precauções padrão: 
Aplicadas no atendimento de todos os 
pacientes: Na presença de risco de contato 
com sangue; fluídos corpóreos, secreções, 
excreções (exceto: suor), pele com solução de 
continuidade e mucosa. 
● Precauções específicas: 
Aplicada no atendimento a pacientes suspeitos 
ou sabidamente infectados ou colonizados. 
● Precauções empíricas: 
Em presenças de síndromes de importância 
epidemiológica. Ex.: Atualmente, na pandemia, 
todas as pessoas estão potencialmente 
infectadas pelo coronavírus. 
PRÁTICAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO  
 
Quanto ao operador: 
> A portaria nº485(205) - NR32 preconiza a 
vacinação gratuita para todo profissional da saúde 
pelo programa de imunização ativa. 
39 
 
* Caso o profissional se negue a vacinar-se, ele 
deve fazer uma declaração de próprio punho 
explicando os motivos. 
Hepatite B e tétano são obrigatórias para os 
profissionais da saúde. 
Normas e procedimentos de higiene: 
> Lavar as mãos 
Equipamento de proteção individual: 
> Luva de procedimento cirúrgico 
> Touca 
> Óculos protetor 
> Máscara N95 
> Avental descartável 
> Sobreluva 
> Face Shield 
> Luvas novas a cada paciente 
> Troca de luvas a cada procedimento 
> Nunca devem ser utilizadas se não estiverem 
íntegras 
> Não lavar as luvas pois isso reduz a proteção das 
mesmas 
> A luva é uma proteção tanto para o profissional 
quanto para o paciente 
> Uso correto de máscaras 
 
Classificação dos instrumentais de acordo com 
risco de infecção: 
Instrumentos críticos: Perfurocortantes (em 
radiologia não são utilizados). Devem ser 
esterilizados. 
Instrumentos semicríticos: Tem contato direto 
com secreções e membranas mucosas e etc. Ex.: 
Posicionadores radiográficos. Devem ser 
esterilizados ou sofrer desinfecção de alto nível. 
Instrumentos não críticos: Não têm contato direto 
com secreções e membranas. Ex.: Avental de 
chumbo. Devem sofrer desinfecção de nível 
intermediário. 
A esterilização é um processo de destruição de 
todas as formas de vida microbiana, mediante 
aplicação de agentesfísicos e/ou químicos. 
Antes de levar os instrumentais ao autoclave para 
esterilização é necessário lavar todos os 
instrumentais. 
Cuidados com os filmes: 
Os filmes intrabucais já vem esterilizados da fábrica. 
É necessário ter cuidado ao retirar os filmes da 
caixa. 
A película dentro do envelope plástico permanece 
estéril após o uso. (Com exceção dos filmes 
oclusais). 
A partir do momento que se manipula o filme, o 
plástico fica contaminado. Durante o processamento 
radiográfico a contaminação passa para os 
processadores químicos. Depois do processamento 
a radiografia fica contaminada. 
Desembalar cuidadosamente o filme para não 
contaminar e trocar as luvas após a manipulação. 
Uma medida para diminuir a contaminação antes e 
depois do uso do filme é mergulhar o filme inteiro 
dentro do álcool 70%. 
A caixa de processamento deve ser limpa e 
desinfectada. 
Nos sistemas digitais deve-se utilizar barreiras nos 
sensores ou placas de fósforo e não tocá-los com 
luvas contaminadas. 
Superfícies (Equipamentos e móveis): 
> Limpeza e/ou desinfecção: Utilizando produtos 
para desinfecção de nível intermediário e/ou 
Solução limpadora + uso de barreiras de proteção 
descartável. 
O preparo do paciente deve ser feito sem luvas de 
procedimento (com sobreluvas). 
Não se pode deixar o avental de chumbo jogado ou 
com dobras, pois pode quebrar o chumbo dentro do 
avental e prejudicando a proteção. 
Crianças salivam muito e é necessário muita 
atenção porque elas podem contaminar o avental. 
 
 
 
PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO  
 
1 - Locais e materiais de uso no atendimento 
devem estar limpos, desinfetados/esterilizados e 
ergonomicamente dispostos. 
 
2 - O preparo do paciente deve ser feito sem 
luvas ou utilizando sobreluvas. 
Ajustar o encosto da cabeça 
Solicitar a retirada de próteses, piercings e etc. 
Colocar o avental de chumbo e protetor de tireóide 
no paciente (sem babador). 
Ajustar aparelho de raio-x (tempo de exposição e 
etc) 
Solicitar ao paciente bochecho com periogard ou 
solução equivalente com clorexidina. 
40 
 
3 - Preparo do paciente para o exame 
radiográfico: 
Com luvas: 
SEMPRE lavar e secar as mãos para colocar luvas 
novas de procedimento. 
Iniciar a técnica radiográfica 
Colocar o filme no posicionador 
Levar o posicionador em posição na boca do 
paciente de acordo com a técnica. 
4 - Preparo do aparelho de raio-X para o exame: 
Deve ser feito utilizando sobreluvas ou com barreira 
de proteção descartável sobre o aparelho. 
Posicionar o aparelho de acordo com o indicado 
pelo cilindro localizador do posiconador. 
Disparar os raio x 
Caso tenha um auxiliar, esse passo pode ser 
realizado pelo auxiliar sem a necessidade de 
sobreluva. 
5 -Preparo do paciente para novo exame: 
Com luva 
Retirar o filme da boca do paciente com cuidado 
Desinfectar o filme 
Iniciar nova técnica radiográfica 
Colocar o filme no posicionador 
Levar o posicionador em posição de acordo com a 
técnica 
6 - Processamento radiográfico: 
Com uma nova luva 
Iniciar o processamento do filme desinfectado com a 
colocação de uma nova luva. 
Descartar a luva após o processamento ser 
concluído 
7 - Término do atendimento: 
Sem luva 
Retirar o avental de chumbo e protetor de tireóide 
do paciente 
Se necessário dar continuidade ao atendimento do 
paciente, trocar de luva para realizar outro 
procedimento. 
8 - Após cada atendimento fazer a desinfecção, 
com produtos químicos, dos equipamentos 
considerados como não críticos. 
Aparelho de raio X 
Cadeira odontológica 
Aventais de borracha e etc 
 
São métodos utilizados para localizar determinada 
estrutura tridimensionalmente, ou seja, determinar a 
sua real posição no espaço e a sua relação com 
estruturas anatômicas e/ou patológicas vizinhas, 
através da combinação de diferentes técnicas 
radiográficas e variações na incidência de feixes de 
raios X. Esses métodos são utilizados na ausência 
de tomografia computadorizada que são a melhor 
técnica para visualização 3D. 
 
> Localização de dentes inclusos, corpos estranhos 
e fraturas (cirurgia); 
> Dissociação de raízes (endodontia) 
> Avaliar a relação espacial de lesões patológicas e 
sua relação com estruturas anatômicas. (patologia) 
 
Idealizada em 1909 por Clark, este método também 
é chamado de Método do princípio do Paralaxe, 
deslocamento horizontal do tubo ou método do 
deslizamento. 
Pode ser utilizado em radiografias de maxila e 
mandíbula, mas obtêm melhores resultados quando 
utilizado na maxila.Pode ser usado em todas as 
indicações citadas acima. 
Conceito: Quando dois objetos encontram-se 
alinhados em relação ao observador, o mais 
próximo do observador encobre o mais distante. 
> Neste caso, se o observador deslocar-se (para a 
direita ou para a esquerda), observa-se que o objeto 
que está mais próximo do observador terá um 
deslocamento maior e no sentido contrário ao 
movimento observador. O objeto mais distante do 
observador se desloca na mesma direção que ele. 
O método de Clark consiste em substituirmos o 
observador pelo tubo de raio X; os objetos seriam 
as estruturas a serem radiografadas e o anteparo o 
filme radiográfico. 
41 
 
 
 
 
A primeira radiografia realizada é a comum, onde 
vai ter a superposição de objetos. Na segunda 
radiografia o tubo é deslizado para mesial ou distal. 
O objeto que se move na mesma direção que o tubo 
do raio X foi deslocado é o objeto que está mais 
distante do tubo e mais perto do filme. 
O objeto que for deslocado no sentido oposto ao 
que o tubo foi deslocado é o objeto que está mais 
perto do tubo(observador) e mais longe do filme. 
O objeto mais próximo do filme está na face lingual 
e o que está mais perto do tubo está na face 
vestibular. 
 
> Duas exposições radiográficas 
1ª Exposição: Radiografia periapical ortorradial 
(técnica convencional para a região considerada). 
2ª Exposição: Radiografia periapical mesiorradial ou 
distorradial. 
 
 
Na primeira radiografia é possível visualizar o 
elemento 13 incluso com a coroa se super 
42 
 
posicionando acima dos ápices das raízes dos 
elementos 12 e 11. 
Na segundaradiografia o aparelho foi deslocado 
para a mesial. Nessa radiografia é possível 
perceber que a coroa foi visualmente deslocada 
para a mesial junto com o raio X. 
Quando o objeto acompanha o movimento do tubo 
de raio X ele está mais distante do tubo e mais perto 
do filme, ou seja, esse canino está por palatina em 
relação às raízes do incisivo central e lateral. 
 
 Ao deslocar o raio X para a distal a coroa do 
elemento extranumerário se projeta acima da raiz 
do elemento 13, no mesmo sentido que o raio X foi 
deslocado. 
Este elemento está mais longe do raio X e mais 
próximo ao filme, está por palatina em relação às 
raízes dos incisivos laterais e canino. 
 O segundo elemento extranumerário está 
superposto ao incisivo lateral. Na segunda 
radiografia feita, o raio X foi deslocado para a distal. 
O canino se deslocou no mesmo sentido que o raio 
X e se projetou acima da raiz do canino. Este 
elemento também está por palatina acima das 
raízes dos incisivos centrais e laterais. 
 
Na imagem acima o raio X foi distalizado e é 
possível observar que a coroa do elemento 38 se 
moveu no sentido contrário, em direção a mesial, se 
sobrepondo à coroa do 37. Isso significa que o 
elemento 38 está mais próximo do raio X e mais 
distante do filme, ou seja, ele está por vestibular em 
relação ao elemento 37. 
 
 
Na segunda imagem o raio x foi movido para a distal 
e os condutos foram diferenciados na segunda 
imagem. Os condutos que acompanharam o raio X 
são os condutos disto linguais, e os que se 
moveram contra o raio X são os disto vestibulares. 
 
43 
 
Na imagem acima não é possível dissociar as raízes 
do pré-molar superior pois estão superpostas. 
 
Ao mover o raio X para a mesial é possível 
visualizar as duas raízes do pré molar. A seta indica 
o cone de guta percha que extravasou pelo ápice. 
Essa raiz acompanhou o raio X, então esta raiz é a 
raiz palatina que acompanhou o feixe. A raiz que se 
moveu para o lado oposto ao movimento do raio X é 
a raiz vestibular. 
 
Neste método são combinadas duas técnicas 
radiográficas, radiografia periapical e radiografia 
oclusal com filme periapical. 
> Mais indicada para radiografias de mandíbula. 
É utilizada para casos de: 
> Dentes inclusos 
> Visualização de corpos estranhos 
> Lesões patológicas 
1ª Exposição radiográfica: Periapical convencional, 
vai fornecer informações sobre a altura e a largura 
do objeto radiografado. 
2ª Exposição radiográfica: Oclusal com filme 
periapical, vai fornecer dados sobre a localização 
vestíbulo lingual. 
 
 
 
Esse método é uma modificação do método de 
Miller Winter. É utilizado sempre que a radiografia 
periapical do método de Miller Winter não mostrar 
inteiramente as raízes de terceiros molares 
inferiores . 
Realiza-se uma incidência oclusal com filme 
periapical numa região mais posterior, mantendo o 
filme inclinado e apoiado no ramo ascendente da 
mandíbula. 
44 
 
 
 
 
 
Técnicas radiográficas com incidências 
perpendiculares entre si. Combinação de diferentes 
técnicas radiográficas. 
Utilizadas principalmente para localizar corpos 
estranhos. 
 
Combinação de periapical com radiografia 
extrabucal lateral medial para localização de um 
dente extranumerário. 
 
45 
 
Identificação de sialolito através de combinação de 
uma panorâmica e uma oclusal. 
 
Identificação de torus mandibular com a 
combinação de periapical + oclusal. 
 
Essa tomografia se diferencia da tomografia médica 
que tem o feixe em leque. A imagem é formada de 
uma tomada só, na tomografia médica a imagem é 
formada por camadas. 
 
 
 
Formatos de entrega da tomografia 
computadorizada: 
> Papel fotográfica 
> Filme radiográfico 
> Internet (E-mail, armazenamento na nuvem e 
afins) 
> Mídia - CD 
 
- Implantodontia: Para mensuração de tecido ósseo 
disponível, planejamento cirúrgico, enxertos 
autógenos e exógenos. 
- Cirurgia: Visualização de elementos inclusos, 
trauma e cirurgia ortognática. 
- Patologia: Localização e diagnósticos de lesões 
patológicas. 
- Ortodontia: Cefalometria, quantificação de tábuas 
ósseas, localização de caninos inclusos, 
visualização de sutura palatina, análise de idade 
óssea. 
- Periodontia: Identificação de bolsas periodontais, 
envolvimento de furca. 
- DTM: Visualização de partes duras da ATM 
- Endodontia: Fraturas, frenestações e dilacerações 
radiculares, raízes extranumerárias, canais 
acessórios. 
 
> Gravidez 
> Predisposição ao raio x 
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> Presença de metais (controle de implantes) 
 
 
  
O primeiro passo é um exame clínico bem feito, 
recolher todos os dados do paciente. Por exemplo: 
Idade, sexo, grupo etnico, história clínica e histórico 
de saúde familiar. 
Em alguns casos, o exame clínico é suficiente, mas 
em outros o exame imaginológico e/ou laboratoriais 
são necessários para o diagnóstico diferencial. 
 
 
 
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