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Prof. Marcelo Imagens radiopacas: Toda imagem que aparece branca na radiografia. Ela aparece branca porque o raio X não consegue atravessar a estrutura e não forma a imagem dela no filme. Ex.: Metal, restaurações e osso formam imagens radiopacas Imagens radiolúcidas: Imagens que ficam preta/cinza no filme e o raio X consegue atravessar. A imagem é formada por essa escala de cinza de acordo com a composição das estruturas radiografadas. O penetrômetro de alumínio mostra a cor da imagem que vai se formar de acordo com a espessura do material avaliado. A radiografia odontológica forma imagem 2D No local onde os objetos se sobrepõem um ao outro a imagem fica mais radiopaca porque o raio X atravessa dois objetos ao mesmo tempo. Radiografia do 38: Elemento 38 incluso em mesio inclinação (coroa voltada para mesial). Superposição da mesial do 38 com a distal do 37. Superposição da mesial do 32 com distal do 31 1 Radiografia interproximal: Superposição da mesial do 46 com a distal do 45 É indicada para o estudo do órgão dental, região periapical e estruturas adjacentes. O exame periapical completo (radiodôntico) é realizado dividindo-se as arcadas em 7 regiões cada, totalizando um total de 14 radiografias. O filme mais comumente utilizado mede 3x4 (adulto) Cada região fotografada mostra as estruturas típicas daquela área, sendo que algumas estruturas podem aparecer em tomadas radiográficas de diferentes regiões (vizinhas) O diâmetro mésio distal dos incisivos superiores é maior. Se for feita uma radiografia dos quatro incisivos superiores a imagem não fica boa, o incisivo lateral fica distorcido na imagem radiográfica. O diâmetro mésio distal dos incisivos inferiores é menor e por isso é possível radiografar os quatro juntos sem distorções. 2 SUTURA INTERMAXILAR: Aparece como uma linha radiolúcida na linha média da maxila (plano sagital mediano) Na criança a sutura intermaxilar é mais fácil de visualizar porque a criança ainda está com a parte óssea em processo de calcificação. SUTURA PALATINA MEDIANA/ SUTURA TRANSVERSA/ SUTURA CRUCIFORME: Se estende da crista alveolar entre os incisivos centrais superiores para posterior entre os processos da palatinos da maxila. ESPINHA NASAL ANTERIOR: Localizada na linha média radiopaca, 1,5 a 2,0 cm sobre a crista alveolar, geralmente em forma de V. FOSSA NASAL: Presente logo acima da cavidade bucal, é um espaço radiolúcido, com dois compartimentos divididos por um septo radiopaco (septo nasal). Se estende de anterior para posterior até nasofaringe. 3 É visualizado na radiografia dos incisivos centrais superiores. Radiografia de incisivo lateral e canino, fossa nasal esquerda visualizada e ao lado está o seio maxilar. Na região de incisivos centrais as duas fossas nasais são visualizadas. Na região de incisivos laterais e caninos só uma fossa nasal é visualizada, a outra estrutura vista é o seio maxilar. A linha vermelha acompanha a trajetória do assoalho da cavidade nasal/teto da cavidade bucal. Conforme a radiografia vai caminhando para a distal o seio maxilar aparece nas imagens. Para saber diferenciar: O assoalho da cavidade nasal é sempre retilíneo e o assoalho do seio maxilar tem formato mais abaulado. CONCHAS NASAIS: A cavidade nasal contém as sombras das conchas nasais inferiores que se estendem das paredes laterais, a distâncias variáveis do septo. 4 CARTILAGEM DO NARIZ: Apesar de ser tecido mole, como é um tecido fibroso, às vezes aparece como uma linha radiopaca mais arredondada. PROJEÇÃO DO SULCO NASOLABIAL: Em pacientes com o sulco mais pronunciado ele pode aparecer na radiografia FORAME INCISIVO/ FORAME NASOPALATINO/ FORAME PALATINO ANTERIOR: É a saída na cavidade oral do canal nasopalatino. Aparece como uma imagem com borda difusa RADIOLÚCIDA com formato arredondado/oval entre as raízes dos incisivos centrais. 5 Em radiografias de lateral e canino o forame aparece em cima do ápice do incisivo superior. Embora o forame incisivo tenha variação de tamanho de pessoa para pessoa, em casos de patologia pode formar um cisto do canal nasopalatino. Na fase de embriogênese, na fusão dos processos maxilares, o epitélio se prolifera e forma o cisto. Esse cisto se prolifera e atinge até a espinha nasal formando uma estrutura maior, mais radiolúcida (porque ele destrói o osso conforme avança no crescimento mas não consegue destruir a espinha nasal anterior) e em formato de coração. O canal se ramifica em duas aberturas. FOSSETA MIRTIFORME/FOSSA INCISIVA OU FOSSA LATERAL: 7 - Eminência canina 8 - Processo alveolar 9 - Fosseta mirtiforme É uma leve depressão na maxila próxima ao ápice dos incisivos laterais e pode aparecer uma área radiolúcida difusa entre o canino superior e o incisivo lateral superior. Quando o paciente tem o tecido ósseo muito fino nesta região, ela aparece muito radiolúcida e difusa no filme e pode ser confundida com algum tipo de patologia oral. SEIO MAXILAR: Cavidade contendo ar revestida por uma membrana mucosa. As bordas dos seios maxilares aparecem como uma linha radiopaca fina, delicada, tênue e irregular. 6 Forma uma imagem radiolúcida e com a borda bem fina, radiopaca e nítida. Nessa radiografia é possível visualizar também o assoalho da cavidade nasal, é uma borda retilínea. Y INVERTIDO DE ENNIS: A superposição da parede anterior do seio maxilar com o assoalho nasal forma um Y invertido na radiografia. Não é de fácil visualização. RELAÇÃO SEIO MAXILAR X ÁPICE DENTÁRIOS O seio se expande “abraçando” o ápice do dente e na radiografia pode parecer que o ápice está dentro do seio mas o ápice não está dentro do seio. A radiografia é muito importante para processos de implantodontia para saber a altura de osso disponível para instalação do implante. Existem algumas técnicascomo a elevação do seio maxilar , que consiste em fazer enxerto ósseo no assoalho do seio maxilar para aumentar a cortical deste osso e empurrar a membrana para cima. É necessário que apenas a cortical seja perfurada e deixe a membrana que reveste o seio por dentro intacta. Caso a membrana seja perfurada ocorre uma comunicação buco sinusal. EXTENSÕES DO SEIO MAXILAR: Anterior > Região de incisivo lateral Alveolar > Rebordo alveolar Túber > Tuberosidade da maxila Palatina > Osso palatino (Visível apenas na radiografia oclusal) Zigomática > Osso zigomático (Visível apenas na radiografia oclusal) 7 PROCESSO ZIGOMÁTICO DA MAXILA E OSSO ZIGOMÁTICO: O processo zigomático da maxila é uma extensão da superfície lateral da maxila e se articula com o osso zigomático. Aparece como uma linha radiopaca em forma de U ou V. O Osso zigomático aparece como uma área radiopaca aderida distalmente ao processo zigomático. O processo zigomático da maxila e o osso zigomático são projetados em cima dos ápices dos molares. OSSO ESFENÓIDE: Hâmulo pterigóideo é o final da lâmina lateral do processo pterigóide. Aparece em radiografias dos molares superiores, difícil de conseguir a visualização porque essa região é sensível e pode causar ânsia no paciente. PROCESSO CORONÓIDE DA MANDÍBULA 8 Quando o paciente abre a boca o processo coronóide é movido em direção aos molares. Ele aparece como uma forma radiopaca nas radiografias de molares. ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA MANDÍBULA PROTUBERÂNCIA MENTUAL: A protuberância ou crista mentoniana pode ocasionalmente ser visualizada como duas linhas radiopacas cruzando lateralmente para frente e para cima da linha média. São visualizadas em radiografias de incisivos inferiores. TUBÉRCULOS GENIANOS / FORAMINAS LINGUAIS: Local de inserção dos músculos genioglosso e gênio hióideo, que aparece como uma área radiopaca (de 3 a 4 mm de diâmetro) na linha média abaixo das raízes dos incisivos inferiores. No seu interior podem aparecer áreas radiolúcidas correspondentes as foraminas linguais. 9 FORAME MENTUAL: Limite anterior do canal mandibular e do nervo alveolar inferior. Fica próximo às raízes dos pré molares. O feixe vásculo-nervoso que sai do canal mandibular pelo forame mentual inerva e vasculariza a mandíbula e todo o terço inferior da face. Forame mentual não é muito bem visualizado na periapical é mais visualizado na panorâmica. Apresenta-se como uma área radiolúcida muito variável, sendo influenciada pela angulação da projeção dos raio X. Quando o forame mentual é projetado sobre o ápice dos pré-molares, pode ser confundido com uma lesão apical. O diagnóstico diferencial é feito pelo estado da lâmina dura, se ela estiver íntegra então não há lesão periapical. CANAL MANDIBULAR 10 É uma imagem radiolúcida linear com finas bordas radiopacas superior e inferior, que algumas vezes são vistas parcialmente, ou até não são vistas. CANAIS NUTRIENTES Espaço ocupado pelo feixe vásculo-nervoso no interior do trabeculado ósseo. São mais visíveis na região de incisivos inferiores e molares superiores São mais frequentes no sexo masculino, em indivíduos negros, pessoas idosas, e indivíduos com hipertensão ou doença periodontal avançada. Paciente com rebordo alveolar com muita reabsorção óssea, cálculo e doença periodontal. LINHA MILO HIÓIDEA (LINHA OBLÍQUA INTERNA) E LINHA OBLÍQUA EXTERNA: É uma crista óssea irregular de inserção do músculo milo-hióideo na superfície lingual do corpo da mandíbula. Estende-se do terceiro molar para anterior até a região dos caninos. 11 A linha oblíqua externa é sempre mais superior e mais visível do que a linha oblíqua interna que é mais inferior e menos visível. FOSSA DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: Região radiolúcida difusa localizada na região interna da mandíbula onde o osso é mais fino. Algumas vezes pode ser confundida com um cisto quando o paciente tem uma glândula muito grande. RADIOGRAFIAS INTERPROXIMAIS É indicada para visualização das coroas e colos dentários e do processo alveolar de ambas as arcadas de um mesmo lado. Pode ser realizada na região de pré-molares e/ou molares (anteriores em desuso) Apesar da existência do filme “interproximal” (5,4x2,7cm e já com asa de mordida), o filme mais comumente utilizado é o filme periapical (3,2x4,1). 12 Ela foi idealizada para visualizar melhor as faces proximais dos dentes posteriores. As cáries pequenas e médias não são diagnosticadas clinicamente, esse tipo de radiografia ajuda nesse diagnóstico. RADIOGRAFIA OCLUSAL É indicada para visualização das arcadas isoladamente no sentido súpero-inferior É classificada em total ou parcial, de acordo com a região radiografada O filme utilizado mede 5,7x7,6cm Radiografia oclusal completa do arco dental superior 1 - Sutura intermaxilar ; 2- Espinha nasal anterior ; 3- Fossas nasais ; 4 - Seios maxilares ; 5- Canais incisivos ; 6 - Forame incisivo ; 7 - Canais nasolacrimais Radiografia de paciente edentado 8 - Assoalho das fossas nasais 6 - Forame incisivo 9 - Narinas 1 - Forame mentual 2 - Cortical lingual 3 - Cortical vestibular 4 - Tubérculo geni 5 - Canal mandibular 6 - Espaço radiolúcido no meio -> língua 13 AULA II - APARELHOS DE RAIOS-X, FÍSICA DAS RADIAÇÕES, RADIOBIOLOGIA E RADIOPROTEÇÃO RELEMBRANDO CONCEITOS Matéria: É tudo aquilo que ocupa lugar no espaço, possui massa e inércia. Pode se apresentar em estado sólido, líquido e gasoso dependendo do grau de atração entre átomos e moléculas. São classificadas em elementos químicos e compostos. Átomo: Tem um núcleo positivo formado por prótons (+) e nêutrons (0). Ao redor do núcleo tem a eletrosfera (-) onde ficam os elétrons. Os elétrons se distribuem nas camadas eletrônicas e seus subníveis (orbitais). Nos orbitais tem os spins dos elétrons (direção na qual eles giram na elestrosfera. Pode ser +½ ou -½). A radiologia consistena transmissão de energia através do espaço e da matéria. Pode ser classificada em: RADIAÇÃO CORPUSCULAR: Constituída por um feixe de partículas elementares, ou núcleos atômicos. Transmitida por partículas que possuem massa e carga elétrica. Propaga-se rapidamente e em linha reta em alta velocidade (muita energia cinética). TIPOS DE RADIAÇÃO CORPUSCULAR: 1. Elétrons (Massa = 0,0041 u; Carga elétrica = Negativa): - Partículas betas β : Emitidas de átomos radioativos. - Raios catódicos: Gerados dentro do aparelho de Raio-X 2. Partículas alfa α: 2 prótons e 2 nêutrons (massa = 5 ; Carga elétrica = +2) 3. Prótons - (Massa = 1 u ; Carga elétrica = Positiva): 4. Nêutrons (Massa = 1,5u ; Carga elétrica = Neutra) RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA Não possui massa nem energia elétrica. É apenas energia. Esse tipo de radiação transita no espaço e na matéria. São divergentes e se propagam na velocidade da luz (300.000Km/Hora). 14 Menor comprimento de onda = Maior frequência; maior energia; maior ionização Cada matéria tem uma capacidade de ionização para cada tipo de radiação. O corpo humano é ionizável com radiação X. 80% Da radiação a que os humanos são expostos são radiações naturais. Ex: Energia solar 20% Radiação artificial. Ex.: Exames médicos como raio X. Toda radiação possui uma dose de energia. Radiações ionizantes possuem muita energia e podem causar danos aos tecidos aos quais forem transmitidas -> Produção de efeitos biológicos. IONIZAÇÃO: Ionização é a capacidade de uma radiação interagir com um átomo qualquer do tecido atingido e desestabilizá-los através da retirada de um elétron. Radiação: É a propagação de qualquer forma de energia, seja corpuscular ou eletromagnética pelo meio ambiente ou através da matéria. Radioatividade: É uma propriedade que alguns átomos, como Urânio e Rádio, possuem de emitir espontaneamente energia na forma de partículas e ondas, tornando-se elementos químicos mais estáveis e mais leves. ● Radioatividade natural ou espontânea: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos. ● Radioatividade induzida ou artificial: É aquela que é provocada por transformações nucleares artificiais. O raio X foi descoberto em 1895 por Röentgen. O aparelho de raio X não possui nenhum material radioativo. Ele é um equipamento elétrico, não possui material radioativo dentro dele. A parte do equipamento que emite o raio x é o cabeçote. Componentes do cabeçote: 1. Transformadores de baixa tensão e alta tensão: Responsáveis por fornecer a energia necessária para produzir os raio X. O transformador de alta tensão está ligado às duas extremidades da ampola. O transformador de baixa tensão está ligado a apenas uma 15 extremidade (-). 2. Ampolas: Está ligada na extremidade negativa (catodo) do componente ligado ao transformador de baixa voltagem. É responsável por aquecer o filamento que fica dentro da calota de molibdênio. O aquecimento do filamento produz elétrons. Do outro lado da ampola tem a extremidade positiva (anodo) Do outro lado da ampola tem a extremidade positiva (anodo) Também chamado de alvo porque os elétrons oriundo do filamento aquecido no catodo se chocam nele. Ele é formado por uma parte de tungstênio incrustado em uma haste de cobre, porque o cobre é um bom dissipador de calor enquanto que o tungstênio não é. O transformador de alta voltagem está ligado às duas extremidades, ele cria um polo positivo e um polo negativo. O aquecimento do filamento libera elétrons, os elétrons são atraídos para o polo positivo, vai ocorrer um choque e produção do raio X, o raio x é direcionado para saída por uma região específica da ampola chamada de janela. Apenas 1% da radiação é usada para formação da imagem radiológica, os 99% restantes são transformados em calor. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DO RAIO X: *Radiação Bremsstrahlung (Comum, Branca ou de *freamento): Radiação X gerada pela perda de energia cinética do elétron que foi atraído para o núcleo do átomo mas repelido pela eletrosfera. Radiação característica: 16 Gerada pelo choque de um elétron externo com um elétron da eletrosfera do átomo alvo. O choque expulsa o elétron da eletrosfera e um elétron de uma camada mais externa substitui o que foi retirado para o átomo não ficar instável e então a radiação característica é emitida. 3. Óleo O radiador de aletas dissipa o calor do cobre no óleo que envolve todo o sistema, o óleo vai absorver o calor e vai fazer a compressão da câmara de expansão. 4. Câmara de expansão É um componente que pode ser interno ou externo. Quando ela é externa ela se expande com o aumento do volume do óleo e quando é interna ela se contrai com o aumento do volume do óleo. 5. Revestimento Revestimento ao redor do cabeçote serve para reduzir choque elétrico e etc. 6. Cilindro localizador Por onde o raio X sai do cabeçote pode ter formato redondo ou retangular, apenas o formato cônico é proibido No Brasil o mais comum é o cilindro redondo O formato cônico dificulta a formação adequada da imagem. 7. Filtro Placa de alumínio com espessura 1,5mm a 2,0mm 17 colocado na saída do cabeçote. Tem a função de absorver os elétrons de baixa energia - baixo poder de penetração. 8. Diafragma É uma placa de chumbo que define o tamanho do feixe de radiação limitando a área de exposição. Fica anterior ao filtro. 9. Colimador Direciona o feixe aproveitando os raios menos divergentes. O tamanho mais adequado da área de saída do cilindro é de 6cm. ● Alguns aparelhos têm o diafragma e o colimador juntos. Braço do raio X: Posiciona o cabeçote para realização da radiografia, compensando seu peso através de um sistema de molas. Leva os fios elétricos do corpo do equipamento até o cabeçote. Permite movimentos horizontais e verticais. Quanto maior o número de articulações, mais fácil sua movimentação. Corpo: Parte do aparelho responsável pela regulagem dos parâmetrosde exposição. 18 A partir do início da exposição há um efeito sonoro avisando o início. A distância segura da fonte de raio x é de 2 metros. EFEITOS BIOLÓGICOS > A percepção dos efeitos biológicos ocorreram logo após a descoberta do raio X. A radiação no corpo humano pode passar interagindo ou não com o corpo. A radiação absorvida ou espalhada pelos átomos forma no filme radiográfico forma as áreas radiopacas , nessas áreas o raio X não passa porque os átomos dessa área tem alto nº atômico. A radiação que passa sem interação com os átomos forma as áreas do filme onde a imagem formada é radiolúcida , as áreas escuras da imagem. Nessas áreas os átomos têm menor número atômico. MECANISMO DE AÇÃO DAS RADIAÇÕES IONIZANTES NAS CÉLULAS Mecanismo direto de radiação: A radiação vai ionizar diretamente os componentes da células e formar os radicais livres a partir da quebra desses átomos. Mecanismo indireto de radiação: A radiação ioniza a água presente nessa célula (75%) as moléculas de água sofrem radiólise e formam vários componentes diferentes altamente reativos. Os componentes altamente reativos interagem com outras moléculas (água e oxigênio) e formam compostos químicos (radicais livres como: H2O2 e H2) tóxicos que irão interagir e destruir a própria célula. Esse processo ocorre em 4 etapas: 1. Física: Formação de íons instáveis. Quando o raio X passa pelo tecido ele quebra as moléculas e forma esses íons instáveis (ionização). 2. Física - Química: Formação de radicais livres reativos. 3. Química: Dá origem a compostos tóxicos (H2O2) 4. Biológica: Causa efeitos em biomoléculas. O maior problema é quando ocorre interação com o DNA. FATORES QUE REGULAM OS EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES Dose de radiação: Quantidade de radiação ao qual o organismo foi exposto Ritmo de aplicação: Intervalo entre aplicações Tamanho da área irradiada: Quanto maior a área irradiada maior o dano e mais rápidos surgem os efeitos. Tipo de radiação: Idade da pessoa: A radioresistência aumenta com a idade da pessoa. Crianças e pessoas mais jovens são mais sensíveis à radiação do que pessoas mais velhas. Segundo a lei de Bergonié e tribondeau (1906): > A sensibilidade das células à radiação é diretamente proporcional à sua atividade de divisão celular e inversamente proporcional ao seu grau de diferenciação celular. ALTA TAXA DE DIVISÃO CELULAR + MENOS ESPECIALIZADAS = MAIS RADIOSSENSÍVEIS Efeito somático: Ocorre quando a radiação age sobre as células que já possuem o conjunto gênico completo(somáticas) não passando para os descendentes. Efeito biológico genético(hereditário): Ocorre quando a radiação atinge as células germinativas. Se essas células forem alteradas, a pessoa atingida não apresenta muitos sintomas ou não apresenta sintomas, mas seus descendentes podem nascer com expressivas alterações genéticas. Efeitos biológicos determinísticos: Efeito com relação causa/efeito. Ocorrem para doses acima de um certo nível - LIMIAR. O dano (gravidade) 19 aumenta com a dose absorvida. Acontece dentro de um período de latência relativamente curto (horas a semanas) - Dependendo da dose e do tipo de radiação. Grandes doses desencadeiam a Crise Aguda de Radiação: 1ª Vômito e diarreia em poucas horas após a exposição 2ª Febre, queda de cabelo e perda de peso em semanas após 3ª Se a radiação for muito energética 50% das pessoas podem morrer. Ex.:Vítimas das bombas nucleares. Efeitos da radiação determinísticas: > Esterilidade > Catarata > Alopecia > Eritema *Osteorradionecrose como consequência da radioterapia Efeitos estocástico das radiações determinísticas: Esses efeitos são mais preocupantes porque: > Efeitos que só aparecem após um período de latência alto (De meses a anos) > A probabilidade de ocorrência aumenta de acordo com a dose absorvida > Depende do valor total de dose acumulada Ex.: Exposição solar durante a vida -> Câncer de pele Ex.: Filhos de pais expostos à radiação de Chernobyl Ex.:Radiodermatite grave dos primeiros dentistas a trabalharem com radiografia odontológica. A radiação também oferece riscos a gestantes pois possui efeitos teratogênicos Maior sensibilidade ocorre entre a 2ª e 9ª semanas após a concepção Podendo ocorrer: Anomalias congênitas, deficiência mental ou morte fetal. A dose limite no abdômen da gestante é de 2mSv - Sendo que a dose total durante o desenvolvimento intrauterino não deve ultrapassar 200mSv. RISCOS ESTIMADOS PARA A RADIOGRAFIA ODONTOLÓGICA Muitos dos efeitos relatados nesta aula não ocorrem facilmente na faixa de dose do radiodiagnóstico odontológico. Alguns necessitam de uma dose limiar alta Se as medidas de radioproteção forem aplicadas corretamente a probabilidade de efeitos genéticos e estocásticos é muito baixa Porém, não existe dose inofensiva. Qualquer dose pode aumentar os riscos do paciente desenvolver efeitos estocásticos (câncer). O exame radiográfico é complementar ao exame clínico e só pode ser indicado ao paciente se for realmente necessário. Avaliando a relação custo X benefício. MONTAGEM DE CARTELAS PARA RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS Os filmes radiográficos são documentos e precisam ser arquivados corretamente, em posição correta e datados para terem validade jurídica. Os filmes intrabucais não possuem nenhum tipo de identificação informando a data na qual foram feitos. Assim, essa informação deve ser adicionada na cartela radiográfica. Após obtermos as radiografias intrabucais e processá-las quimicamente da maneira correta, seguindo as etapas (Revelação, lavagem intermediária, fixação, lavagem final e secagem), devemos então arquivá-las corretamente. 20 Esse processo é chamado de montagem de cartela ou cartonamento de radiografias. A cartela radiográfica deve ser posicionada de acordo com a posição real do paciente. I - Quadrante superior direito II - Quadrante superior esquerdo III - Quadrante inferior esquerdo IV - Quadrante inferior direito PASSO A PASSO PARA IDENTIFICAR A POSIÇÃO CORRETA DO FILME RADIOGRÁFICO: 1. Localizaro “picote” 2. Virar a superfície convexa (alta) do picote para nossa direção 3. Observar os dentes presentes levando em conta a anatomia dental 4. Observar as estruturas anatômicas presentes 5. Localizar a região e montar na cartela A parte convexa (alto relevo) do picote, ficará sempre voltada para cima, ou seja, para o observador. Após ser definida a superfície a ser analisada, resta saber a qual quadrante ela pertence. 21 1 - Espaço onde são colocados os dados: Nome do paciente, data do exame, motivo do exame 8,9 e 12,13 -> Radiografias periapicais posteriores superiores 10,11 e 14,15 -> Radiografias periapicais posteriores inferiores 3,2 e 4 -> Radiografias periapicais anteriores superiores 6,5 e 7 -> Radiografias periapicais anteriores inferiores FILMES, PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO E SISTEMA DIGITAL FILME RADIOGRÁFICO: Material sensível que se modifica permanentemente quando exposto a raio X (ou qualquer fonte de luz) e que tem a capacidade de registrar uma imagem. Frente: A parte lisa é onde a imagem é registrada e fica voltada em direção ao raio X Verso: Onde está a lâmina de chumbo e as especificações do filme, ela deve ficar oposta ao objeto radiografado. A lâmina de chumbo serve para diminuir a radiação secundária no paciente e após o uso essa lâmina deve ser descartada em recipiente especial para ser reciclado. Se descartado incorretamente o chumbo por ser um metal pesado pode causar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas. CLASSIFICAÇÃO DOS FILMES QUANTO A POSIÇÃO DE USO: INTRABUCAIS: São posicionados dentro da cavidade bucal do paciente, possuem bordas arredondadas e um ponto de orientação (picote ou pit). 22 No Brasil não tem o filme interproximal, para as radiografias interproximais usa-se o filme convencional (periapical) com um posicionador com letra de mordida. EXTRABUCAIS: Posicionados fora da cavidade oral do paciente, são maiores do que os intrabucais. São fabricados de acordo com o equipamento em que serão utilizados. QUANTO À QUANTIDADE DE FILME SIMPLES: A embalagem contém apenas um filme DUPLO: A embalagem contém dois filmes, um fica com o dentista e o outro com o paciente. QUANTO À SENSIBILIDADE: Quanto mais próximo da letra F mais sensível à radiação o filme é e menos radiação ele precisa para formar a imagem. Hoje o filme mais sensível é o que foi lançado em 2003 de nível F. A melhoria feita para aumentar a sensibilidade dos filmes foi feita nos cristais responsáveis pela captação da imagem radiográfica. A emulsão contém: Sais de halogenados de prata (brometo, fluoreto e iodeto de prata) + Matriz (substância colóide gomosa com aspecto gelatinoso. CONDICIONAMENTO DOS FILMES: 23 > Sem excesso de umidade > Sem influência de raio X > Temperatura entre 10ºc e 20ºc > Envolver as caixas com plástico para evitar umidade > Não colocar objetos sobre o filme > Local ideal: Prateleira médias e inferiores do refrigerador. CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA EVITAR CONTAMINAÇÃO CRUZADA: Manter os filmes separados individualmente antes de começar a usar. Alguns filmes já vem com os filmes embalados individualmente. ETAPAS DO PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO: Essas etapas são requeridas para converter a imagem latente em imagem permanente e visível. 1ª ETAPA - REVELAÇÃO: O revelador visa doar elétrons para o íon AG+ (prata) da emulsão, ou seja, atuando nos locais atingidos pelos Raios X. Quando os elétrons doados se ligam aos íons de prata, ela se transforma em prata metálica. Os cristais de BrAg(Brometo de prata) não ionizados continuam na emulsão. Na caixa de embalagem do revelador é estipulado o tempo de uso de acordo com o filme. 2ª ETAPA - LAVAGEM INTERMEDIÁRIA: Removerá o restante do revelador do filme (básico), evitando a neutralização da solução fixadora (ácida). 3ª ETAPA - FIXAÇÃO: O fixador visa remover os cristais não ionizados de BrAg e o Br+ e promover o endurecimento da gelatina da emulsão. 4ª ETAPA - LAVAGEM FINAL: Feita em água limpa, remove os restos químicos dos filmes, evitando que oxidem a radiografia (amarelar). 5ª ETAPA - SECAGEM: O ideal é que seja feita em estufas especiais Não pode ser feita encostando diretamente no filme nem em locais com vento forte, mas pode ser usado ventilador mais fraco e não tão próximo ao filme. Pode ser feita em ambiente natural com o filme pendurado TIPOS DE PROCESSAMENTO Manual: Tempo x temperatura: A temperatura do revelador é medida e de acordo com a temperatura tem se o tempo indicado para deixar o filme no revelador. Após verificar a temperatura deve-se respeitar o tempo indicado pelo fabricante. Automático: É realizado em equipamentos específicos para esse processamento LOCAL DE PROCESSAMENTO: Câmara escura: É qualquer local isolado de luz, não necessita ser um local escuro e sim sem entrada de luz. Pode ser um quarto escuro, labirinto(no laboratório novo vai ter esse) ou pode ser portátil. O tipo labirinto obrigatoriamente deve ter paredes pretas porque ele não tem porta isolando a entrada de luz. 24 As caixinhas portáteis de processamento devem ser completamente opacas, sem nenhuma entrada de luz e por dentro é preferível que seja preta para não haver reflexão de luz. O plástico é um material que geralmente transmite um pouco de luz, então sendo opaco e preto dificulta que essa luz se reflita dentro da caixa de procedimento. O modelo com visor não pode mais ser utilizado, é proibido por lei. TESTE PARA AVERIGUAR SE A CAIXINHA É ADEQUADA: Coloca o filme radiográfico não sensibilizado em cima de uma superfície qualquer, coloca uma moeda em cima do filme e deixe por 5 minutos dentro da caixinha de processamento. Se após o processamento radiográfico o filme mostrar a marca da moeda é prova de que está entrando luz na caixinha. FORMAÇÃO DA IMAGEM LATENTE O raio X ioniza o cristal (sal de prata) quebrando as ligações entre a prata e o bromo. Quandomergulhado no químico de processamento a imagem é convertida através da transformação do íon de prata em prata metálica. Quando se transforma em prata metálica tem a imagem preta. A imagem branca é onde não ocorre conversão A imagem cinza na verdade são pontos pretos mais espaçados e na imagem preta os pontos de prata estão mais próximos. CUIDADOS COM OS QUÍMICOS DE PROCESSAMENTO Os químicos de processamento podem perder sua capacidade de função por exaustão ou degradação. EXAUSTÃO: Pela quantidade excessiva de filmes processados pela mesma solução. DEGRADAÇÃO: Mudança química dos componentes da solução, geralmente acontece por oxidação causada pelo oxigênio, ação de luzes e por causa do prazo de validade. Os componentes que não servem mais devem ser descartados por empresas especializadas nesse serviço, o descarte inadequado contamina o meio ambiente PRINCIPAIS ERROS QUE ACONTECEM NO PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO 25 > Imagens muito claras por revelação insuficiente, pouco tempo no revelador, temperatura muito baixa do revelador, revelador exausto, antigo ou muito diluído ou falha do aparelho de raio x -> pouca exposição. > Imagens muito escuras por tempo de revelação excessivo, temperatura do revelador muito alta, falha na diluição do revelador ou tempo de exposição muito alto. > Imagens parciais causadas pela imersão parcial do filme na solução fixadora ou por exposição de parte do filme a luz inadequada antes do processamento (o filme só deve ser aberto na câmara escura). > Quando a imersão parcial ocorre no líquido revelador a imagem parcial fica com uma mancha clara. > Respingos escuros no filme causados por contaminação antes do filme ser inserido no revelador. > Impressões digitais no filme por ser segurado da maneira errada. > As manchas escuras também podem ser causadas por adesão do papel preto durante o processamento ou adesão dos filmes durante o processamento. 26 > A manipulação descuidada durante o processamento também pode causar lacerações e arranhões no filme. > Manchas claras que podem ter sido causadas por adesão do filme durante o processamento, bolhas de ar sobre a superfície durante a imersão inicial ou até por impressões digitais. > Imagem amarelada por erro na lavagem final. Hipossulfito de sódio + Prata = Sulfito de prata. Não ocorre logo após a lavagem, ocorre após cerca de 1 mês da realização da radiografia. > Fixação incompleta deixa a imagem levemente esverdeada como a imagem abaixo > Quando se inverte a ordem do processamento e coloca no fixador antes do revelador, a imagem fica sem nada porque já não há íons de prata para serem convertidos em prata metálica. 27 *Proteção do meio ambiente - Resolução RDC 33 - 25.02.2003 Deve ser dada devida atenção ao descarte para evitar a poluição do meio ambiente tanto com a lâmina de chumbo quanto com os produtos químicos envolvidos no processamento da radiografia. SENSORES RADIOGRÁFICOS DIGITAIS: Material sensível que se modifica temporariamente quando atingidos pelo raio X. Formada por um conjunto de dados binários (bits) decodificado por programas específicos em um equipamento eletrônico. A imagem digital pode ser adquirida de duas formas: > De maneira indireta: Digitalização da radiografia comum por um scanner. > De maneira direta: É aquela cujo o registro da imagem é realizado em sensores digitais, dispensando o uso de filmes radiográficos convencionais, câmara escura e processamentos químicos de imagem. - > Sistema direto: CCD (Charge-coupled device) ou CMOS (Complementary Metal Oxide Semicondutor) A captação é feita por um receptor de imagem, que possui um chip de silício (CCD ou CMOS) que irá captar a energia dos fótons de RX e transformá-la em sinais digitais. -> Sistema Semi-direto: Sistema de armazenamento de fósforo PSP (Photostimulable Phosphor) A captação da imagem é feita por um receptor de imagem, que é uma placa de fósforo (fósforo - flúor halogenado) que após sensibilizado pelos raio x armazena uma imagem latente. A placa sensibilizada é escaneada por um feixe de laser de uma unidade leitora que detecta a luz emitida pela placa sensibilizada por um fotomultiplicador que gera a imagem digital. Cada placa serve em um scanner, eles são vendidos em conjunto. TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRAORAIS Procedimento de trabalho: Portaria federal nº 453, de 1 de junho de 1998 5.8 - A fim de reduzir a dose no paciente, devem ser adotados os seguintes procedimentos: d) Para radiografias intra-orais deve-se utilizar, preferencialmente: I - A técnica do paralelismo com localizadores longos; II - Dispositivos de alinhamento (posicionadores). III - Prendedores de filme e de “bite-wing” de modo a evitar que o paciente tenha que segurar o filme. TÉCNICA PERIAPICAL Proporciona visão em conjunto das estruturas componentes do orgão dentário e região periapical. Filme utilizado são de tamanho 0 (infantil) - Mede 2x3 cm) e o tamanho 2 (Padrão) - Mede 3x4 cm. 28 Posição dos filmes: -> Região de anteriores: Eixo mais longo do filme na vertical. Perpendicular ao solo -> Região de posteriores: Eixo mais longo do filme na horizontal. Paralelo ao solo Picote ou Pit: Serve para posicionar o filme e para identificar o lado correto do filme depois do exame ser relacionado. A face convexa deve ficar voltada para os raios x e a face côncava para o paciente. E para observar o filme depois de realizar o exame a observação deve ser feita com a face convexa virada para o profissional. O pit fica na face oclusal/incisal dos dentes. Técnicas utilizadas para obter a radiografia periapical: > Paralelismo: Nessa técnica o filme fica paralelo ao longo do eixo do dente. Os feixes de raio X perpendiculares ao dente e ao filme. Promove uma qualidade maior na radiografia. Abaixo na imagem mostra-se os posicionadores utilizados nessa técnica. 29 30 Erros na angulaçãohorizontal: Quando a angulação horizontal do raio X é errada as faces proximais dos dentes se sobrepõem. Erros na angulação vertical: Quando a angulação vertical é aumentada a imagem do objeto radiografado é diminuída. Quando a angulação vertical é diminuída a imagem radiográfica é alongada. 31 > Bissetriz: Bissetriz é uma reta que divide um ângulo qualquer em duas partes iguais. *Lei de Ciezynski - 1907: Baseado no teorema geométrico de isometria O feixe de raios X deve incidir perpendicularmente ao plano da bissetriz do ângulo “dente-filme” para que a imagem resultante tenha as mesmas proporções do objeto examinado. Na pediatria, a argola e a haste são do mesmo tamanho que o de adulto o que muda é o local para por o filme que é menor. Na cartela radiográfica infantil são ao todo 12 radiografias e não 14 como na de adultos. 32 INDICAÇÕES DA RADIOGRAFIA PERIAPICAL Para todo diagnóstico na região de coroa e região periapical. Ex.: Observar inflamações e infecções apicais, procedimentos endodônticos, avaliação pré e pós operatórias, avaliação pós traumática, avaliação da presença e do posicionamento de dentes não erupcionados, avaliação de cistos apicais. RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL Proporciona visualização em conjunto das coroas, terço cervical das raízes e rebordo alveolar de ambas as arcadas superiores e inferiores. Essa radiografia é melhor para diagnosticar cáries nas regiões proximais de dentes posteriores Nesse tipo de radiografia o picote pode ficar para a arcada superior ou inferior. Tipos de filme para interproximal: O tipo que tem asa de mordida acoplada caiu em desuso. A haste tem que estar na altura no meio do cilindro e o cilindro tem que acompanhar a angulação da 33 haste. Na angulação horizontal o cilindro tem que estar paralelo à haste. Erros no alinhamento horizontal causam superposição das faces proximais dos dentes posteriores. > Embora a principal indicação dessa radiografia seja para diagnóstico de cárie, também é indicada para avaliação da crista óssea marginal, presença de cálculo nas faces proximais tanto supra quanto subgengival. RADIOGRAFIA OCLUSAL Nessa técnica radiográfica o filme é posicionado paralelamente ao plano oclusal dos dentes (ou região edêntula). A face de exposição deve ficar voltada para a região que deseja-se visualizar. O filme usado para cada região tem tamanho diferente. O filme oclusal (tipo 3 - 6x7cm) é maior do que o periapical. 34 A radiografia oclusal pode ser feita total ou parcialmente. > Na radiografia total o longo eixo do filme fica perpendicular ao plano sagital mediano. > Na radiografia parcial o longo eixo do filme fica paralelo ao plano sagital mediano. Na radiografia oclusal deve-se atentar a posição da cabeça do paciente. Para radiografar a maxila a cabeça fica posicionada de maneira que o filme fique paralelo ao chão. Para radiografar a mandíbula a cabeça precisa ficar posicionada de maneira que o filme forme um ângulo de 45º grau com o chão. 35 FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOLÓGICA - 19.03.2021 FATORES ENERGÉTICOS: 1 - Miliamperagem: Ela é responsável por determinar a escala de densidade de uma radiografia. Densidade: Grau de escurecimento da imagem. Quanto maior a mA, maior a densidade da imagem. Quando aumenta a mA aumenta a atuação do transformador de baixa tensão e aumenta a quantidade de elétrons liberados -> Mais raio x no paciente e também no filme, por isso ela fica mais densa. 2 - Tempo de exposição: Junto com a miliamperagem é responsável pela quantidade de raio X. Quanto maior o tempo de exposição mais raio X é liberado, mais densidade a imagem tem. 3 - Quilovoltagem: Atua no transformador de alta tensão. Quanto maior a quilovoltagem, maior a diferença de potencial e, consequentemente, aceleração maior dos elétrons na direção da placa de tungstênio e vão alcançar os átomos mais internos do tungstênio. O raio x formado terá menor comprimento de onda (quanto menor o comprimento de onda mais penetrante é o raio X) Não aumenta a quantidade de Raio X liberado mas determina a qualidade da imagem. É responsável pelo contraste da imagem. O contraste é a graduação de diferentes densidades vistas na radiografia, ou seja, a quantidade de tons de cinza presentes na imagem. Alto contraste: Grande diferença entre o branco e o preto com poucos tons de cinza. Baixo contraste: Pouca diferença entre o branco e o preto com muitos tons de cinza intermediários. O raio com maior poder de penetração geram mais tons de cinza na radiografia. Quanto maior kvt, menor o contraste ALTA KVP (BAIXO CONTRASTE - ESCALA LONGA) 36 BAIXA KVP (ALTO CONTRASTE - ESCALA CURTA) 4 - Distância foco(ampola)-objeto: Influencia na densidade da radiografia. A intensidade dos Raio X diminui em razão do inverso do quadrado da distância: 1/d². Quanto maior a distância, menor a densidade > Objeto: Está relacionado à constituição do objeto. ● Número atômico Quanto maior o número atômico maior a absorção de Raio X. ● Densidade física Quanto maior a densidade, mais difícil do raio x atravessar o objeto. ● Espessura Quanto maior a espessura, maior a absorção do Raio x. 5 - Fator geométrico: Depende da posição da fonte emissora, do objeto e do filme. Falhas nesse fato resultarão em perda de detalhe ou definição. Detalhe: Perfeita identificação das estruturas Definição: Estruturas bem delimitadas PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DAS IMAGENS RADIOGRÁFICAS 1 - Quanto mais afastada estiver a fonte do objeto e do filme, mais fiel será a imagem. O feixe de raio X é divergente, formado por vários raio X. Os raio do centro do feixe são mais paralelos e os raio periféricos são mais divergentes. Se a fonte ficar mais próxima do objeto, ele será atingido pelos raios mais divergentes e a imagem acabará sendo erroneamente ampliada. Quanto mais afastadoo objeto estiver da fonte, menos distorção terá a imagem porque ele vai ser atingido pelos raio x do centro do feixe que são mais paralelos. 37 2 - Quanto mais próximo o objeto estiver do filme, mais fiel será a imagem. Se o filme ficar distante do objeto ele é atingido por raios mais divergentes e a imagem é ampliada/distorcida por isso. 3 - Quanto mais paralelo o objeto estiver em relação ao filme, menor será a distorção da imagem. 4 - Quanto mais perpendicular estiverem os raios x em relação ao objeto e ao filme, mais fiel será a a projeção da imagem. Quanto a movimentação: > Cabeçote do aparelho (fonte) > Paciente > Filme Devem permanecer imóveis 5 - Quanto ao filme: Tamanho de granulação: Quanto maior os cristais de prata, menor o detalhe da imagem e menor o tempo de exposição. Dupla emulsão: A imagem é formada melhor com o mesmo tempo de exposição. Quanto maior os cristais de prata mais rápido o filme e menor o detalhamento da imagem 6 - Fator processamento: Luz de segurança: Luz vermelha que fica a uma distância mínima de 1,5m da bancada onde o filme é processado. 7 - Soluções processadoras: > Tempo de revelação: Quanto maior o tempo de revelação maior a densidade. > Temperatura: Quanto mais alta, menor o tempo de revelação. > Deteriorização: Depende do tempo de uso, quantidade de películas reveladas, oxidação pelo oxigênio e pela luz. 8 - Filmes: Conservação: Sem excesso de umidade Sem influência de Raio X Temperatura entre 10ºC e 20ºC Envolver as caixas com plástico Não colocar objetos em cima do filme Local ideal: Prateleiras médias e inferiores de refrigerador - Atentar-se a validade 9 - Vi - Véu ou Fog: Densidade extra e indesejada na radiografia 38 sobreposta à densidade básica - > Radiografia acinzentada. A radiação secundária é a principal fonte produtora de “fog”. Há como minimizá-lo tanto nas radiografias intrabucais quanto nas extrabucais através de alguns dispositivos: > Filtro de alumínio: Impede que raio x com maior comprimento de onda (menor poder de penetração) chegue ao paciente e criar radiação secundária. > Colimador de chumbo: Diminui o diâmetro do feixe de raio X. > Uso de cilindros abertos > Lâmina de chumbo: Impede que a radiação secundária seja refletida pelos tecidos posteriores ao filme e cause o “fog” no filme. PRINCÍPIOS DO CONTROLE DE INFECÇÃO Doença infecciosa ou doença transmissível: É qualquer doença causada por um agente biológico. Sejam eles, microorganismos, geneticamente modificados ou não, culturas de células, parasitas, toxinas ou príons. Vias gerais de transmissão das doenças infecciosas: > Contato direto: Agentes biológicos presentes na saliva, sangue, secreções, excreções ou contato com lesões. Exemplo: > Contato indireto: Por meio de objetos contaminados com agentes biológicos. > Vias aéreas (com contato direto): Gotículas ou aerossóis dos fluidos respiratórios ou bucais. Na odontologia as contaminações por agente biológicos acontecem por meio das secreções respiratórias e secreções da cavidade oral. Na radiologia intra bucal também tem esse risco de contaminação porque o filme e os posicionadores são inseridos na boca do paciente. Biossegurança: Conjunto de medidas empregadas com a finalidade de proteção do ambiente clínico (ambiente, pacientes e a equipe. Contaminação cruzada: Transferência de agentes biológicos de uma pessoa para outra resultante necessariamente em uma infecção. Os resultantes da infecção dependem de: > Tipo de microrganismo > Capacidade infecciosa do microrganismo > Quantidade de agente biológico > Via de entrada > Estado de saúde do sujeito infectado Os trabalhadores da saúde são uma categoria com alto risco de acidente ocupacional. Risco ocupacional com agentes infecciosos: > Conhecido desde os anos 1940 > As medidas profiláticas e o acompanhamento clínico-laboratorial, iniciaram a partir da epidemia de HIV/Aids nos anos 80 Sistema de precauções: > Criado em 1960, pelo Centers for disease control and prevention ● Precauções padrão: Aplicadas no atendimento de todos os pacientes: Na presença de risco de contato com sangue; fluídos corpóreos, secreções, excreções (exceto: suor), pele com solução de continuidade e mucosa. ● Precauções específicas: Aplicada no atendimento a pacientes suspeitos ou sabidamente infectados ou colonizados. ● Precauções empíricas: Em presenças de síndromes de importância epidemiológica. Ex.: Atualmente, na pandemia, todas as pessoas estão potencialmente infectadas pelo coronavírus. PRÁTICAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO Quanto ao operador: > A portaria nº485(205) - NR32 preconiza a vacinação gratuita para todo profissional da saúde pelo programa de imunização ativa. 39 * Caso o profissional se negue a vacinar-se, ele deve fazer uma declaração de próprio punho explicando os motivos. Hepatite B e tétano são obrigatórias para os profissionais da saúde. Normas e procedimentos de higiene: > Lavar as mãos Equipamento de proteção individual: > Luva de procedimento cirúrgico > Touca > Óculos protetor > Máscara N95 > Avental descartável > Sobreluva > Face Shield > Luvas novas a cada paciente > Troca de luvas a cada procedimento > Nunca devem ser utilizadas se não estiverem íntegras > Não lavar as luvas pois isso reduz a proteção das mesmas > A luva é uma proteção tanto para o profissional quanto para o paciente > Uso correto de máscaras Classificação dos instrumentais de acordo com risco de infecção: Instrumentos críticos: Perfurocortantes (em radiologia não são utilizados). Devem ser esterilizados. Instrumentos semicríticos: Tem contato direto com secreções e membranas mucosas e etc. Ex.: Posicionadores radiográficos. Devem ser esterilizados ou sofrer desinfecção de alto nível. Instrumentos não críticos: Não têm contato direto com secreções e membranas. Ex.: Avental de chumbo. Devem sofrer desinfecção de nível intermediário. A esterilização é um processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, mediante aplicação de agentesfísicos e/ou químicos. Antes de levar os instrumentais ao autoclave para esterilização é necessário lavar todos os instrumentais. Cuidados com os filmes: Os filmes intrabucais já vem esterilizados da fábrica. É necessário ter cuidado ao retirar os filmes da caixa. A película dentro do envelope plástico permanece estéril após o uso. (Com exceção dos filmes oclusais). A partir do momento que se manipula o filme, o plástico fica contaminado. Durante o processamento radiográfico a contaminação passa para os processadores químicos. Depois do processamento a radiografia fica contaminada. Desembalar cuidadosamente o filme para não contaminar e trocar as luvas após a manipulação. Uma medida para diminuir a contaminação antes e depois do uso do filme é mergulhar o filme inteiro dentro do álcool 70%. A caixa de processamento deve ser limpa e desinfectada. Nos sistemas digitais deve-se utilizar barreiras nos sensores ou placas de fósforo e não tocá-los com luvas contaminadas. Superfícies (Equipamentos e móveis): > Limpeza e/ou desinfecção: Utilizando produtos para desinfecção de nível intermediário e/ou Solução limpadora + uso de barreiras de proteção descartável. O preparo do paciente deve ser feito sem luvas de procedimento (com sobreluvas). Não se pode deixar o avental de chumbo jogado ou com dobras, pois pode quebrar o chumbo dentro do avental e prejudicando a proteção. Crianças salivam muito e é necessário muita atenção porque elas podem contaminar o avental. PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO 1 - Locais e materiais de uso no atendimento devem estar limpos, desinfetados/esterilizados e ergonomicamente dispostos. 2 - O preparo do paciente deve ser feito sem luvas ou utilizando sobreluvas. Ajustar o encosto da cabeça Solicitar a retirada de próteses, piercings e etc. Colocar o avental de chumbo e protetor de tireóide no paciente (sem babador). Ajustar aparelho de raio-x (tempo de exposição e etc) Solicitar ao paciente bochecho com periogard ou solução equivalente com clorexidina. 40 3 - Preparo do paciente para o exame radiográfico: Com luvas: SEMPRE lavar e secar as mãos para colocar luvas novas de procedimento. Iniciar a técnica radiográfica Colocar o filme no posicionador Levar o posicionador em posição na boca do paciente de acordo com a técnica. 4 - Preparo do aparelho de raio-X para o exame: Deve ser feito utilizando sobreluvas ou com barreira de proteção descartável sobre o aparelho. Posicionar o aparelho de acordo com o indicado pelo cilindro localizador do posiconador. Disparar os raio x Caso tenha um auxiliar, esse passo pode ser realizado pelo auxiliar sem a necessidade de sobreluva. 5 -Preparo do paciente para novo exame: Com luva Retirar o filme da boca do paciente com cuidado Desinfectar o filme Iniciar nova técnica radiográfica Colocar o filme no posicionador Levar o posicionador em posição de acordo com a técnica 6 - Processamento radiográfico: Com uma nova luva Iniciar o processamento do filme desinfectado com a colocação de uma nova luva. Descartar a luva após o processamento ser concluído 7 - Término do atendimento: Sem luva Retirar o avental de chumbo e protetor de tireóide do paciente Se necessário dar continuidade ao atendimento do paciente, trocar de luva para realizar outro procedimento. 8 - Após cada atendimento fazer a desinfecção, com produtos químicos, dos equipamentos considerados como não críticos. Aparelho de raio X Cadeira odontológica Aventais de borracha e etc São métodos utilizados para localizar determinada estrutura tridimensionalmente, ou seja, determinar a sua real posição no espaço e a sua relação com estruturas anatômicas e/ou patológicas vizinhas, através da combinação de diferentes técnicas radiográficas e variações na incidência de feixes de raios X. Esses métodos são utilizados na ausência de tomografia computadorizada que são a melhor técnica para visualização 3D. > Localização de dentes inclusos, corpos estranhos e fraturas (cirurgia); > Dissociação de raízes (endodontia) > Avaliar a relação espacial de lesões patológicas e sua relação com estruturas anatômicas. (patologia) Idealizada em 1909 por Clark, este método também é chamado de Método do princípio do Paralaxe, deslocamento horizontal do tubo ou método do deslizamento. Pode ser utilizado em radiografias de maxila e mandíbula, mas obtêm melhores resultados quando utilizado na maxila.Pode ser usado em todas as indicações citadas acima. Conceito: Quando dois objetos encontram-se alinhados em relação ao observador, o mais próximo do observador encobre o mais distante. > Neste caso, se o observador deslocar-se (para a direita ou para a esquerda), observa-se que o objeto que está mais próximo do observador terá um deslocamento maior e no sentido contrário ao movimento observador. O objeto mais distante do observador se desloca na mesma direção que ele. O método de Clark consiste em substituirmos o observador pelo tubo de raio X; os objetos seriam as estruturas a serem radiografadas e o anteparo o filme radiográfico. 41 A primeira radiografia realizada é a comum, onde vai ter a superposição de objetos. Na segunda radiografia o tubo é deslizado para mesial ou distal. O objeto que se move na mesma direção que o tubo do raio X foi deslocado é o objeto que está mais distante do tubo e mais perto do filme. O objeto que for deslocado no sentido oposto ao que o tubo foi deslocado é o objeto que está mais perto do tubo(observador) e mais longe do filme. O objeto mais próximo do filme está na face lingual e o que está mais perto do tubo está na face vestibular. > Duas exposições radiográficas 1ª Exposição: Radiografia periapical ortorradial (técnica convencional para a região considerada). 2ª Exposição: Radiografia periapical mesiorradial ou distorradial. Na primeira radiografia é possível visualizar o elemento 13 incluso com a coroa se super 42 posicionando acima dos ápices das raízes dos elementos 12 e 11. Na segundaradiografia o aparelho foi deslocado para a mesial. Nessa radiografia é possível perceber que a coroa foi visualmente deslocada para a mesial junto com o raio X. Quando o objeto acompanha o movimento do tubo de raio X ele está mais distante do tubo e mais perto do filme, ou seja, esse canino está por palatina em relação às raízes do incisivo central e lateral. Ao deslocar o raio X para a distal a coroa do elemento extranumerário se projeta acima da raiz do elemento 13, no mesmo sentido que o raio X foi deslocado. Este elemento está mais longe do raio X e mais próximo ao filme, está por palatina em relação às raízes dos incisivos laterais e canino. O segundo elemento extranumerário está superposto ao incisivo lateral. Na segunda radiografia feita, o raio X foi deslocado para a distal. O canino se deslocou no mesmo sentido que o raio X e se projetou acima da raiz do canino. Este elemento também está por palatina acima das raízes dos incisivos centrais e laterais. Na imagem acima o raio X foi distalizado e é possível observar que a coroa do elemento 38 se moveu no sentido contrário, em direção a mesial, se sobrepondo à coroa do 37. Isso significa que o elemento 38 está mais próximo do raio X e mais distante do filme, ou seja, ele está por vestibular em relação ao elemento 37. Na segunda imagem o raio x foi movido para a distal e os condutos foram diferenciados na segunda imagem. Os condutos que acompanharam o raio X são os condutos disto linguais, e os que se moveram contra o raio X são os disto vestibulares. 43 Na imagem acima não é possível dissociar as raízes do pré-molar superior pois estão superpostas. Ao mover o raio X para a mesial é possível visualizar as duas raízes do pré molar. A seta indica o cone de guta percha que extravasou pelo ápice. Essa raiz acompanhou o raio X, então esta raiz é a raiz palatina que acompanhou o feixe. A raiz que se moveu para o lado oposto ao movimento do raio X é a raiz vestibular. Neste método são combinadas duas técnicas radiográficas, radiografia periapical e radiografia oclusal com filme periapical. > Mais indicada para radiografias de mandíbula. É utilizada para casos de: > Dentes inclusos > Visualização de corpos estranhos > Lesões patológicas 1ª Exposição radiográfica: Periapical convencional, vai fornecer informações sobre a altura e a largura do objeto radiografado. 2ª Exposição radiográfica: Oclusal com filme periapical, vai fornecer dados sobre a localização vestíbulo lingual. Esse método é uma modificação do método de Miller Winter. É utilizado sempre que a radiografia periapical do método de Miller Winter não mostrar inteiramente as raízes de terceiros molares inferiores . Realiza-se uma incidência oclusal com filme periapical numa região mais posterior, mantendo o filme inclinado e apoiado no ramo ascendente da mandíbula. 44 Técnicas radiográficas com incidências perpendiculares entre si. Combinação de diferentes técnicas radiográficas. Utilizadas principalmente para localizar corpos estranhos. Combinação de periapical com radiografia extrabucal lateral medial para localização de um dente extranumerário. 45 Identificação de sialolito através de combinação de uma panorâmica e uma oclusal. Identificação de torus mandibular com a combinação de periapical + oclusal. Essa tomografia se diferencia da tomografia médica que tem o feixe em leque. A imagem é formada de uma tomada só, na tomografia médica a imagem é formada por camadas. Formatos de entrega da tomografia computadorizada: > Papel fotográfica > Filme radiográfico > Internet (E-mail, armazenamento na nuvem e afins) > Mídia - CD - Implantodontia: Para mensuração de tecido ósseo disponível, planejamento cirúrgico, enxertos autógenos e exógenos. - Cirurgia: Visualização de elementos inclusos, trauma e cirurgia ortognática. - Patologia: Localização e diagnósticos de lesões patológicas. - Ortodontia: Cefalometria, quantificação de tábuas ósseas, localização de caninos inclusos, visualização de sutura palatina, análise de idade óssea. - Periodontia: Identificação de bolsas periodontais, envolvimento de furca. - DTM: Visualização de partes duras da ATM - Endodontia: Fraturas, frenestações e dilacerações radiculares, raízes extranumerárias, canais acessórios. > Gravidez > Predisposição ao raio x 46 > Presença de metais (controle de implantes) O primeiro passo é um exame clínico bem feito, recolher todos os dados do paciente. Por exemplo: Idade, sexo, grupo etnico, história clínica e histórico de saúde familiar. Em alguns casos, o exame clínico é suficiente, mas em outros o exame imaginológico e/ou laboratoriais são necessários para o diagnóstico diferencial. 47
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