Buscar

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Capítulo 1: Empreendedorismo, Inovação e Cultura Organizacional
Tópico 1: Empreendedorismo – Conceitos e Características
Postura Empreendedora
A postura empreendedora requer muita energia e motivação para promover mudanças na maneira como as coisas são feitas.
Nesse sentido, é fundamental uma boa dose de desconforto e insatisfação com o atual estado das coisas.
A partir daí, é preciso disposição para transformar a si mesmo e o ambiente em que se está inserido. Em outras palavras, o empreendedor é um agente de mudanças.
Veja algumas características de uma postura empreendedora.
https://www.youtube.com/embed/xfIU6oukqes?rel=0?autoplay=1&rel=0&showinfo=0
Empreendedor
O que você imagina quando ouve a palavra empreendedor?
Podemos pensar na imagem de um sujeito inovador e arrojado que abriu uma empresa após criar um produto ou um serviço.
Mas será que essa é a única maneira de empreender? Você já deve ter percebido que não. Vamos entender por quê?
Ter ideias e implantar soluções para melhorar algo que já existe é uma ação empreendedora também.
Fatores para Empreender
Por prever uma ação efetiva, o ato de empreender envolve doses de alguns fatores.
· Criatividade
· Inovação
· Riscos
Competências para Empreender
Como o objetivo é promover mudanças para criar valor e colocar em prática algo que foi imaginado, a ação de empreender exige um indivíduo que faça uso de competências específicas.
Riscos calculados são aqueles que o empreendedor está disposto a correr após planejar suas ações, bem como avaliar a dimensão e os impactos dos riscos. Em outras palavras, são riscos mapeados e analisados que decidimos correr de forma consciente.
Você tem alguma ideia de como ser empreendedor em sua área? Afinal, os grandes empreendimentos estão ligados à tecnologia da informação. Pense nisso!
Fatores Relacionados ao Contexto do Empreendimento
Na trajetória de empreendedores, podemos notar alguns fatores relacionados ao contexto do empreendimento. São eles:
· Vislumbre e criação de oportunidades
· Aprendizado com os erros – aprendizado contínuo
· Escolha da área de atuação
· Planejamento e dedicação
· Escolha das parcerias
· Busca de ideias inovadoras
· Conhecimento do mercado e das questões relacionadas ao ambiente organizacional
· Aproveitamento do momento certo para lançar a ideia
· Sinergia entre envolvidos no projeto
· Liderança e abandono da zona de conforto
· Estratégias de comunicação e divulgação
· Obstáculos e contratempos do empreendimento
· Processo de tomada de decisão e avaliação de riscos
· Financiadores e investidores do projeto
· Empreendimento como gerador de valor e benefícios para a sociedade
· Expansão e crescimento do empreendimento versus retorno sobre o investimento e lucratividade.
Empreendedorismo de Sucesso
A história do Buscapé é um caso de empreendedorismo de sucesso entre muitos do Brasil e do mundo. Mas, certamente, você já ouviu falar de outros casos ainda mais famosos, como:
· Apple, de Steve Jobs
· Microsoft, de Bill Gates
· Facebook, de Mark Zuckerberg
Todos os casos são da promissora área da Informática!
É interessante a ocorrência de tantos casos de sucesso ligados à Informática, não é?
Empreendedorismo Ontem e Hoje
Se pensarmos no empreendedorismo como a capacidade de criar soluções inovadoras e colocá-las em prática, veremos que ele sempre esteve presente na trajetória humana.
Vamos pensar em um exemplo do passado. Você já ouviu falar do grande navegador genovês Cristóvão Colombo, certo?
Analisaremos, a seguir, parte da história de Colombo pela perspectiva do empreendedorismo!
No século XV, Cristóvão Colombo propôs e executou uma rota inovadora de navegação. Com isso, descobriu o continente americano.
Naquela época, todos os navegadores conduziam suas embarcações para o Oriente, onde estavam as desejadas especiarias.
Alguns filósofos da Idade Antiga afirmavam que a Terra era redonda. Apostando nisso, Colombo convenceu os reis da Espanha a financiarem uma expedição que navegaria para o Ocidente para chegar ao Oriente, ou seja, ele navegaria pelo lado oposto ao que se utilizava.
Com o objetivo de chegar às Índias, Colombo acabou chegando à América, região desconhecida até o momento e que estava no meio do caminho.
A descoberta e a colonização do Novo Mundo renderam muitas riquezas aos reis da Espanha. Com isso, Colombo se tornou um dos navegadores mais famosos e importantes da História.
O navegador vivenciou parte desse reconhecimento em vida e fez mais duas viagens à América. Suas expedições foram empreendimentos extremamente inovadores e arriscados, que envolveram várias pessoas – marinheiros, reis e membros da igreja.
Colombo foi o protagonista de um acontecimento muito importante, que resultou na colonização da América pelos europeus. Seu ato gerou consequências positivas e negativas ao longo da História.
Revolução Industrial
Desde a época das grandes navegações, muita coisa mudou. O mundo, no século XXI, acabou tornando-se um lugar bem diferente.
Outros grandes empreendedores surgiram, e alguns deles foram responsáveis pela Revolução Industrial, que aconteceu na Inglaterra, no final do século XVIII.
As consequências da Revolução Industrial estão relacionadas com a realidade industrializada, urbana e tecnológica. Por meio dela, ocorreu a passagem da manufatura para a maquinofatura.
A maior parte das pessoas vive, atualmente, nessa realidade. Vamos entendê-la melhor? Siga adiante.
A invenção da máquina e a mecanização da produção foram um fenômeno grandioso, que fez do investimento em tecnologia uma prática cada vez mais importante e utilizada.
As primeiras máquinas a vapor resultaram de anos de investimento em pesquisa e desenvolvimento. Depois delas, muitas máquinas, fontes de energia, inovações e ideias foram criadas.
1752 – Benjamin Franklin: Energia elétrica
1875 – Alexander Graham Bell: Telefone
1912 – Charles Babbage: Computador
1969 – Departamento de Defesa norte-americano: Internet
final da década de 90 – Unesco: Sociedade do conhecimento
Principais Aspectos da Revolução Industrial
Como alguém que vai trabalhar na área de Tecnologia da Informação, é importante que você saiba que a realidade atual de produção, economia, sociedade e tecnologia surgiu com a Revolução Industrial.
Tendo isso em vista, devemos refletir sobre a seguinte questão:
Em que medida os avanços tecnológicos iniciados com a Revolução Industrial contribuíram para construção do cenário atual, em que o empreendedorismo se tornou tão disseminado?
Século XXI, o Século do Empreendedor
Agora, já sabemos que o empreendedorismo não é uma invenção do século XXI, não é mesmo?
No entanto, algumas pessoas pensam que o assunto é novidade, já que o empreendedorismo está na moda e passou a ser ensinado em cursos – livres e formais.
A verdade é que o empreendedorismo é mais disseminado hoje do que no passado, uma vez que é mais acessível às pessoas comuns e uma alternativa importante para a conjuntura tecnológica da atualidade.
Eras do Agricultor, do Empregado e do Empreendedor
O administrador de empresas Max Gheringer vem disseminando a ideia de que o século XXI será o século do empreendedor
Era do agricultor – Até o século XIX, a maioria das pessoas comuns trabalhava com agricultura. Podemos chamar esse período de Era do Agricultor. A Era do agricultor compreende a maior parte da trajetória da humanidade.
Era do empregado – Após a Revolução Industrial, fomos transformados em uma sociedade urbana, repleta de operários de grandes fábricas. Desse modo, o século XX pode ser chamado de Era do Empregado. O indivíduo dessa era tem direitos garantidos (CLT), mas deve obedecer a seu patrão e cumprir regras.
Era do empreendedor – Após a segunda metade do século XX, o modo de produção capitalista financiou o desenvolvimento tecnológico, possibilitando a invenção de máquinas cada vez mais eficientes. Com isso, iniciou-se um processo crescente de substituição de pessoas por equipamentos, como o computador. O emprego entrou em declínio mediante fusões, incorporações,automação de processos e criação de softwares. Fora do mercado de trabalho formal, muitas pessoas estão atuando como consultoras e trabalhadores autônomos, criando produtos e serviços inovadores. Tais questões apontam para o século XXI como o início da Era do empreendedor.
Empreendedorismo como Alternativa
Como vimos, os dias atuais estão marcados pelo declínio do trabalho formal e pelas rápidas mudanças promovidas pela disseminação das tecnologias da informação e da comunicação (TIC).
Nesse contexto tecnológico, o empreendedorismo vem-se mostrando como alternativa.
A proposta analítica de Gheringer é inovadora e bastante lúcida, além de correta do ponto de vista da História.
Gheringer aponta para um futuro que já está anunciado, em que o empreendedorismo vai-se tornar cada vez mais importante no Brasil e no Mundo. Segundo o autor:
"No século XXI, o grande diferencial vai ser o empreendedor, aquele que trabalha para si mesmo, que cria as próprias oportunidades e as aproveita."
Pessoas Comuns, Empreendimentos Extraordinários
O empreendedorismo é uma prática relacionada a um grupo de comportamentos e atitudes. Juntos, tais atitudes e comportamentos formam a postura empreendedora.
Que tal conhecer mais um caso brasileiro de sucesso para compreender a postura empreendedora? Desta vez, o exemplo não é da área de Informática. Trata-se do empreendedorismo realizado por duas mulheres negras e pobres da periferia do Rio de Janeiro. 
Em uma comunidade do Rio de Janeiro, nasceu o sonho de criar um relaxante para cabelos cacheados como alternativa para o alisamento artificial – única opção até então. Após muito tempo tentando, uma mulher comum desenvolveu um produto inovador e, ao lado de uma amiga, abriu o primeiro salão de cabeleireiros do Instituto Beleza Natural. Atualmente, as duas amigas dirigem o Instituto Beleza Natural, que conta com mais de mil e quinhentos funcionários.
Postura Empreendedora
Na prática, todos somos capazes de empreender. No entanto, somente algumas pessoas se esforçam e persistem o suficiente.
Nesse sentido, para assumir uma postura empreendedora, precisamos estar dispostos a desenvolver os comportamentos e as características necessários.
Empreendedorismo: Erros e Acertos
Na última década, muitos mitos foram criados em torno da figura do empreendedor. Vários meios de comunicação reforçam imagens errôneas dos empreendedores cotidianamente.
Nenhum dos rótulos extremos é verdadeiro. No entanto, a quase totalidade dos empreendedores erra muitas vezes antes de acertar um modelo de negócio.
Empreendedorismo de Sucesso
Sobre a ação de empreender, Joel Baker afirma:
“Visão sem ação não passa de sonho. Ação sem visão é só passatempo. Visão com ação pode mudar o mundo.”
Após compreendermos os desafios e as características do empreendedor, iremos conhecer as modalidades de empreendedorismo. Vamos lá?
Modalidades de Empreendedorismo
O empreendedorismo pode-se apresentar em três principais modalidades. Clique nas abas para saber mais sobre cada uma delas.
Entrepreneur - 
Pessoa que identifica oportunidades no mercado, planeja e constrói novas empresas ou novos empreendimentos.
Corporativo ou intrapreneur -
Funcionário que promove as mudanças dentro da organização em que trabalha, reinventando os processos, a empresa e os negócios.
Comunitário ou social - 
Pessoa que promove mudanças, reúne recursos e constrói valores em benefício da sociedade como um todo. As atuações no terceiro setor e no voluntariado são exemplos de empreendedorismo comunitário.
Em cada uma das modalidades, podemos encontrar empreendedores nos mais variados setores: educacional, público, privado e outros.
O conceito de empreendedor pode ser estendido a todos aqueles que contribuem com ações para a construção de algo de valor para a sociedade.
Empreendedorismo Corporativo
Já sabemos que o empreendedorismo é um conjunto de atitudes que podem ser adquiridas, praticadas e reforçadas nos indivíduos.
A partir dessas atitudes, o indivíduo se torna capaz de aproveitar e gerir oportunidades, aperfeiçoar processos, bem como inventar e reinventar negócios.
Perceba que empreender não compreende o ato de iniciar uma nova empresa ou um empreendimento social exclusivamente.
Nos dias de hoje, o ato de empreender é um atributo apreciado em profissionais. Desse modo, qualquer organização preocupada com o futuro deseja ter profissionais empreendedores em seu quadro de colaboradores.
Além disso, podemos constatar a tendência crescente de os profissionais verem a si mesmos como os principais agentes de suas carreiras.
O profissional que atua como empreendedor corporativo tem a consciência de que é preciso inovar e agregar valor à organização em que trabalha. De uma forma geral, o sucesso do profissional depende de seus resultados.
Intraempreendedores
Você pode imaginar o tipo de funcionário que costuma ter maior visibilidade em uma empresa?
Pois bem, o funcionário com maior visibilidade em uma empresa é aquele que apresenta as melhores performances. Com isso, ele ficará em evidência e tenderá a ser mais reconhecido e valorizado.
Nesse contexto, vale ressaltar que os intraempreendedores devem contar com o respaldo e o apoio de seus superiores para que seus projetos inovadores sejam viabilizados.
Importância da Postura Empreendedora
Cada vez mais, o ambiente organizacional tem valorizado a inovação e a criatividade, encarando tais características como fatores essenciais de diferenciação no mercado. Desse modo, o empreendedorismo se tornou um valor social, cada dia mais importante e apreciado.
Agora, vamos refletir sobre a importância da postura empreendedora dos funcionários em uma organização.
PDF “O profissional empreendedor”
No texto apresentado, podemos observar um típico caso de eficiência versus eficácia. Enquanto João agiu com eficiência, Antônio esbanjou eficácia – característica do comportamento empreendedor.
Eficiência e Eficácia
Que tal desenvolvermos melhor os conceitos de eficiência e eficácia? Embora pareçam ter o mesmo significado, essas palavras dizem respeito a conceitos distintos. Veja:
Imagine que haja um vazamento de água no escritório da diretoria. Imediatamente, o primeiro colaborador vai pegar um pano, um balde e um rodo para retirar toda a água do ambiente. Ele foi eficiente, pois realizou uma tarefa de maneira correta.
O segundo colaborador procurou observar toda a sala e tentou encontrar a origem do vazamento. Concluiu que vinha do banheiro instalado no andar superior e dirigiu-se até ele. Uma vez lá dentro, percebeu que a torneira estava aberta e a desligou, eliminando o problema de vazamento. Esse colaborador foi eficaz, pois fez o que era certo para solucionar o caso
Empreendedorismo, uma Revolução Silenciosa
Um profissional acomodado, que não busca oportunidades de melhoria, que prefere fazer tudo sempre do mesmo jeito, que não encara correr riscos e arcar com as consequências, não possui o perfil do empreendedor corporativo possivelmente.
Não parece coerente?
Sobre o empreendedorismo, Jeffry Timmons afirma que:
“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX.”
A motivação para empreender não é a mesma para todas as pessoas. Desse modo, podemos identificar dois tipos diferentes de empreendedorismo:
Empreendedorismo de necessidade
De acordo com o especialista José Dornelas, o empreendedorismo de necessidade é aquele que surge por falta de opções, ou seja, por falta de emprego formal.
Por ser motivado pela falta de opção, o empreendedorismo de necessidade começa de maneira informal e com rápida necessidade de retorno.
O caso mais típico é o da pessoa que perde o emprego e não consegue se recolocar no mercado de trabalho rapidamente. Por se ver obrigada a gerar alguma renda para seu sustento, o indivíduo começa um negócio. De modo geral, o negócio começa sem muito planejamento ou organização.
Empreendedorismo de oportunidade
O empreendedorismo de oportunidade acontece quando uma pessoa identifica:Um produto ou um serviço que pode ser criado ou melhorado
Um mercado consumidor que deseja algo que ainda não está sendo devidamente suprido.
Como o empreendedorismo de oportunidade advém de uma demanda percebida na realidade, tende a ser melhor planejado e estruturado. Desse modo, esse tipo de empreendimento costuma obter mais êxito.
Vamos acompanhar um estudo de caso de empreendedorismo de oportunidade para entender como ele funciona na prática. Leia o estudo de caso Lan Houses,
No tópico anterior, estudamos as principais características da postura empreendedora, o conceito de intraempreendedorismo e o funcionário empreendedor como diferencial competitivo das organizações.
Além disso, observamos a configuração e os desafios inerentes ao atual contexto organizacional.
Agora, vamos observar o ambiente organizacional e suas constantes reformulações. Tal visão nos auxiliará no entendimento de questões relacionadas à inovação, bem como a seus principais conceitos, valores e ideias.
Entender o ambiente organizacional também nos ajudará a compreender o papel da Tecnologia da Informação (TI) e a quebra de paradigmas na geração de inovação e identificação de oportunidades.
Tópico 2: Cultura Organizacional, Inovação e Empreendedorismo.
Inovação
Para começar, vamos ler o trecho de um texto de José Dornellas, especialista em empreendedorismo.
Descobertas, invenções, inovações e criatividade – tais palavras estão relacionadas ao empreendedorismo. Dessa forma, é fundamental que aprofundemos nossos conhecimentos sobre elas.
A palavra inovação deriva do termo innovatio. Em latim, innovatio remete à ideia de inventar algo novo – um objeto ou um modo de fazer as coisas.
Filha da criatividade, a inovação faz surgir formas diferentes de pensar sobre as coisas do mundo. As novas formas de pensar possibilitam o surgimento de diferentes e melhores métodos de produção.
Um produto, uma ideia ou um método inovador se distingue de seus pares porque pouco se parece com as normas e os padrões em vigor.
A partir daí, decorre a máxima "Inovar é fazer diferente!"
Descobertas, Invenções e Inovações
Agora, vamos compreender melhor as semelhanças e diferenças entre descobertas, invenções e inovações.
Vamos acompanhar um exemplo de inovação?
Antes do avião, o transporte intercontinental era feito apenas por navios. As viagens eram longas, demoradas e muito caras.
O avião foi uma invenção importante ocorrida no início do século XX. Com o desenvolvimento desse veículo, surgiu um modelo de negócios inovador: o transporte aéreo de pessoas e produtos.
O transporte aéreo revolucionou a história dos meios de transporte e aproximou continentes, devido à rapidez e aos custos mais baixos para percorrer longas distâncias. Hoje em dia, as viagens intercontinentais de avião são as mais rápidas, baratas e seguras que existem.
Histórico da Evolução do Ambiente Organizacional
O momento histórico em que vivemos é conhecido como Era do conhecimento. Até chegarmos nessa fase, observamos movimentos e mudanças significativas na maneira de analisar e entender o mundo.
Todas essas mudanças impactaram a evolução das organizações.
Como vimos anteriormente, a manufatura e os trabalhos manuais foram substituídos por um novo formato de trabalho, instituído pela Revolução Industrial. Com isso, assistimos à transição dos trabalhadores artesanais e agrícolas para uma nova classe: a de operários.
Atualmente, como se constitui a maior parte dos trabalhadores que integram as organizações modernas?
Era do Conhecimento
Na Era do conhecimento, passamos por uma nova transição. Vejamos:
Operários com tarefas mecânicas e repetitivas estão se tornando profissionais mais intelectuais, em constante atualização, inovadores e empreendedores.
Nesse novo cenário, o sucesso das operações de uma organização define sua posição, seu alcance e sua sobrevivência no mercado.
 
Inovação, Alcance e Sobrevivência no Mercado
A corrida por fatias de mercado faz com que seja imprescindível recorrer a inovações tecnológicas e processuais que resultem no aumento da produtividade e na redução de custos.
Para atingir tais objetivos, as organizações contam com tecnologias, bem como com o potencial humano e sua genialidade.
Novas Maneiras de Inovar
Ao falarmos em inovação, estamo-nos referindo ao aperfeiçoamento de produto, serviço ou processo a partir de uma mudança ou de novas maneiras de explorar um mercado existente.
Nesse sentido, as mudanças podem ser:
Cultura Organizacional e Inovação
A cultura organizacional pode ser um fator determinante para a inovação.
Para entender melhor a relação entre cultura organizacional e inovação, precisamos conhecer mais sobre a cultura organizacional. Vamos lá?
Toda empresa apresenta uma cultura organizacional e um clima organizacional característicos, seja ela grande ou pequena, nova ou antiga, tecnológica ou analógica.
O que isso quer dizer na prática? Vejamos a seguir.
Cada ambiente de trabalho tem características peculiares de funcionamento, com procedimentos, normas e regras próprias. Tais características orientam as operações e a forma de atuação dos funcionários.
Desse modo, trabalhar em empresas novas e tecnológicas – como Google, Facebook ou Buscapé – é bem diferente de trabalhar em organizações antigas e consolidadas – como Ford, Volkswagen ou Embraer.
Todas as empresas mencionadas são organizações rentáveis e de sucesso. No entanto, elas funcionam de forma bem diferente no dia a dia.
Em alguns momentos, a atitude empreendedora de um funcionário será questionada ou até restringida pela organização, em decorrência de fatores internos.
Ao formular uma nova maneira de realizar algo, estamos questionando os procedimentos e os mecanismos já existentes.
Mas, afinal, como é possível romper com as barreiras à inovação?
Para que uma organização aposte em novos rumos, e não desperdice boas ideias e soluções propostas pelos intraempreendedores, a inovação deve fazer parte de sua cultura organizacional.
Inovação nas Empresas
Uma empresa deve estabelecer mecanismos para lidar com a inovação e zelar por suas regulamentações ao mesmo tempo, sem prejudicar sua capacidade de propor novos produtos, bem como de rever os processos e as normas estabelecidos.
Para que as pessoas atuem de forma inovadora, no entanto, a empresa precisa garantir condições apropriadas, criando um ambiente que traduza a missão e os objetivos corporativos.
Nesse sentido, a empresa deve propiciar um aprendizado contínuo a seus colaboradores, priorizando a criatividade e a multidisciplinaridade. Desse modo, ela poderá estimular a criação e a formulação de atitudes empreendedoras na organização.
Empreendedorismo de Sucesso
A organização precisa investir no desenvolvimento das atitudes, habilidades e capacidades relacionadas ao empreendedorismo. Com isso, estará cultivando indivíduos capazes de aprender a realizá-lo de modo contínuo, com rapidez e disposição.
Outro ponto muito importante diz respeito ao desenvolvimento de políticas transparentes de gestão de pessoas. Tais políticas devem estimular a inovação, recompensando-a por meio do reconhecimento dado aos colaboradores inovadores, além do apoio integral da alta direção.
Após ler sobre esse assunto, você se considera um empreendedor ou intraempreendedor?
Organizações Inovadoras
Vimos a influência da cultura organizacional para o processo de inovação e as mudanças ocorridas no ambiente organizacional. Agora, vamos conhecer um pouco mais as organizações que priorizam a inovação.
Para que uma mudança ocorra, é necessário considerar os paradigmas (modelos). Você sabe o que são paradigmas?
Paradigmas são as crenças, as visões e os pensamentos que temos em determinado momento. A partir de um novo ângulo de observação, devemos exercitar nosso olhar, nosso pensar e nosso mover-se de forma diferente. Desse modo, poderemos propiciar mudanças.
Nesse contexto, vamos refletir sobre uma citação de Heráclito de Éfeso:
“A única coisa constante é a mudança.”
Processo Contínuo de Inovação
Como você reage amudanças? É fácil quebrar paradigmas e analisar uma situação sob um ponto de vista diferente do seu?
Nas organizações, também precisamos quebrar paradigmas. Desse modo, temos de encarar a mudança como algo primordial à sobrevivência.
A todo o momento, estamos expostos a avanços tecnológicos de empresas inovadoras. Tais empresas apostam e investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para melhorar sua atuação.
Se Heráclito vivesse hoje, estaria admirado com a velocidade das mudanças!
Dessa forma, para manter a competitividade no mercado, as organizações dependem de um processo contínuo de inovação, que leve em conta a revisão de muitos paradigmas.
Sobre quebrar paradigmas, Dee Hock afirma:
"O problema não é colocar novas ideias na sua cabeça, mas sim tirar as velhas."
Dee Hock é um importante pensador do ambiente organizacional e do setor financeiro, além de fundador da Visa International.
Paradigmas
Quebrar paradigmas requer mudanças de referencial. Desse modo, precisamos rever crenças, conceitos e preconceitos que limitam nossas ações.
Ter coragem para arriscar é um mecanismo que nos faz sair da acomodação e buscar a inovação.
Agora, vejamos alguns exemplos de bloqueios mentais relacionados a paradigmas:
· É proibido errar.
· Isso não tem lógica.
· Siga as normas sem questionar.
· Isso não diz respeito a minha área.
· Evite as ambiguidades.
· Eu não sou criativo.
Durante a atuação profissional, todos nos deparamos com esses bloqueios – seja como proprietários do negócio, seja como contratados de uma empresa.
Processo de Aprendizagem Organizacional
Para vencer as barreiras paradigmáticas e dar respostas inteligentes a questões organizacionais, as empresas dependem da capacidade de gerar, processar e fazer uso adequado de dados, informações e conhecimentos. Com isso, podem facilitar e enriquecer o processo de aprendizagem organizacional.
Dados
Conjunto de fatos distintos e objetivos. Não fornecem julgamento nem interpretação.
Informação
Possui significado. Dados se transformam em informação se lhes acrescentarmos significado.
Conhecimento
Mix de experiências, valores e informações que propicia uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações.
Processo de Aprendizagem Organizacional
Para aprofundar nosso conhecimento, vamos ouvir um podcast e refletir sobre as diferenças existentes entre os termos dado, informação e conhecimento.
Após ouvir o podcast, você percebeu que apenas ter dados e reproduzir informações acerca de determinado tema não significa que o conhecemos?
Conhecer é refletir, apropriar-se e estabelecer conexões entre dados e informações. Significa aprofundar-se e construir uma opinião sobre o assunto. É ser capar de discutir e argumentar sobre o assunto, diferenciando dados corretos e completos de dados falsos e incompletos.
Atitudes para Inovação
Vamos relembrar a definição de inovação para Peter Drucker?
Segundo o autor, a inovação “é o meio pelo qual empreendedores exploram mudanças como uma oportunidade para implementar uma maneira diferente de atuar, um diferente serviço, produto, processo ou negócio.”
Desse modo, podemos considerar que:
Oportunidades para Inovar
As oportunidades para inovar podem surgir de várias formas, dependendo do olhar empreendedor empregado. Clique nos tópicos e veja algumas fontes comuns de geração de oportunidades.
Identificação de necessidades
Atenção às questões e a como solucioná-las.
Observação de deficiências
Possibilidade de melhoramento de praticamente tudo.
Observação de tendências
Visão de futuro.
Derivação da ocupação atual
Ampliação dos limites funcionais.
Procura de outras aplicações
Soluções transferidas para outros problemas. Por exemplo, a blindagem de automóveis se apropriou de uma tecnologia militar como solução.
Leia o caso das empresas Apple e Bug Agentes Biológicos
Cada caso é um caso. Dessa forma, para apurar o processo de identificação de oportunidades, precisamos desenvolver a habilidade de análise realista sobre as forças e limitações envolvidas em cada caso observado.
A mudança deve agregar valor, transformando novas ideias em fins produtivos, e garantindo diferenciação e competitividade no mercado.
Ambiente Inovador
Você consegue imaginar um ambiente propício à inovação? Afinal, que características são desejáveis para alcançarmos um ambiente inovador?
Podemos afirmar que um ambiente propício à inovação presume:
· Boa circulação de informações e conhecimentos
· Abertura
· Flexibilidade
· Autonomia
· Trabalho em equipe
· Busca constante de informações e aprendizagem.
No entanto, essas características não são suficientes.
TI e Processos de Inovação
Para que um ambiente se torne propício à inovação todas as pessoas envolvidas devem mudar hábitos, conceitos e preconceitos, trabalhando por uma mudança segura de normas e regras estabelecidas.
Não é simples realizar mudanças, mas só existirão avanços significativos dessa maneira.
O processo é trabalhoso, pois exige que as pessoas abandonem a rotina – o que causa desconforto. No entanto, existe uma aliada para colaborar com essa tarefa: a área de Tecnologia da Informação (TI).
A TI veio para facilitar a possibilidade real de transformação. Desse modo, alinhada à estratégia organizacional, permitirá o crescimento contínuo da organização.
Inovação de Tecnologias e Processos
Com o passar do tempo, as inovações tecnológicas aumentaram. Com isso, a produtividade nas organizações também aumentou.
As relações de trabalho assumem novos significados e novas responsabilidades. Além disso, outras oportunidades se revelam, como o surgimento de novos formatos organizacionais.
Os novos formatos requisitam novas exigências profissionais, o que causa forte impacto na necessidade de qualificação profissional e atualizações constantes.
Quando falamos do profissional de TI, as exigências de atualização são ainda mais necessárias e desejáveis pelas empresas.
Vejamos algumas questões pertinentes aos atuais desafios enfrentados pelas empresas:
Agora, observe como os desafios enfrentados pelas empresas mudaram no decorrer do tempo.
Até o século XVIII, antes da Revolução Industrial, as mudanças tecnológicas que envolviam o surgimento de novas invenções só ocorriam de vez em quando. Nessa época, atividades essenciais – como a agricultura, a arquitetura e a pecuária – eram feitas sempre da mesma forma, com instrumentos rudimentares e manejos tradicionais passados de pais para filhos. A estabilidade era duradoura, e as mudanças eram esporádicas.
Desde a Revolução Industrial até os dias de hoje, os avanços tecnológicos passaram a acontecer com muito mais frequência, e a estabilidade praticamente deixou de existir:
No século XVIII, foram inventadas as primeiras máquinas movidas a vapor.
No século XIX, foi inventada a energia elétrica e os motores a combustão. Tais inventos possibilitaram o surgimento do automóvel.
No século XX, foram inventados os computadores e a robótica industrial.
No século XXI, momento atual, aconteceu a popularização da internet e a criação dos chamados dispositivos móveis (tablets e smartphones).
Isso significa que a mudança tecnológica se tornou uma constante nos últimos 300 anos de nossa história.
	
No futuro, ocorrerão mudanças mais drásticas e em menor espaço de tempo, o que vai requerer de nós muita flexibilidade e uma grande capacidade de adaptação, além da necessidade de atualização profissional constante.
Para melhor entendermos e promovermos mudanças, devemos recorrer à TI. A TI permite, por meio de tecnologias cada vez mais convergentes e interligadas, recorrer às informações criadas e utilizadas pelos negócios na tomada de decisões estratégicas.
A TI possibilita a integração de funções em todos os níveis internos ou entre unidades organizacionais, proporcionando ganhos em:
· Infraestrutura (integração e flexibilidade)
· Operações transacionais (custo e produtividade)
· Sistemas de informação (análise, controle, integração e ciclos)
· Gestão estratégica (mercado, inovação e valor agregado).Vamos entender melhor como as mudanças na área de TI são importantes para o empreendedorismo. veja algumas modalidades de sistemas de informação, conforme sua utilização e especialização.
· Sistemas transacionais: Coletam, armazenam e controlam os dados das transações.
· Sistemas de apoio à decisão: Simulam modelos de decisões e suas implicações.
· Sistemas de informações gerenciais: Tratam as informações mais agregadas.
· Sistemas de informações executivas: Atuam de forma semelhante aos sistemas de informações gerenciais, com menos estrutura e mais estratégia.
· Sistemas especialistas: Emulam conhecimento de um especialista.
· Sistemas de automação: Proporcionam interatividade e colaboração – workflow.
· Sistemas integrados Enterprise Resource Planning (ERP): Integram, em uma única base de dados, todas as informações da empresa.
· Sistemas de Business Intelligence (BI): Suportam ações de inteligência competitiva a partir de dados disponíveis de mercado e concorrência.
· Sistemas de Customer Relationship Management (CRM): Tratam as informações sobre relacionamento com clientes.
· Sistemas DataWarehouse: Permitem uma análise detalhada das informações do negócio e de suas operações.
Os sistemas de informação descritos auxiliam as empresas e o executivo com perfil empreendedor a tomarem decisões sobre a implantação de um novo produto, serviço ou solução.
Riscos Calculados
Agora, vamos falar sobre a necessidade de o empreendedor assumir riscos calculados.
Pois bem, os novos sistemas de informação auxiliam o empreendedor no mapeamento e na classificação dos riscos, possibilitando decisões mais acertadas e calculadas.
Em outras palavras, a TI utiliza redes de comunicação e sistemas informatizados para integrar empresas, clientes e fornecedores, apontando novas oportunidades.
Viu como a TI é capaz de estabelecer vantagens competitivas?
Vantagem Competitiva
veja algumas características que garantem um verdadeiro diferencial no mercado:
Raridade – pouco ou nenhum concorrente possui o mesmo produto.
Difícil imitação – concorrente se vê diante do alto custo, ou da ausência de tecnologia e know-how para recriar o produto.
Difícil substituição – concorrente tem dificuldade de substituir o produto, pois não há equivalente no mercado.
Valor – concorrente não tem acesso à exploração das mesmas oportunidades.
Plano de Negócios
Após identificar uma oportunidade, o que devemos fazer?
O plano de negócios deve funcionar como diretriz para o projeto que será iniciado. Seu desenvolvimento permite estruturar e refletir sobre o negócio. Desse modo, as chances de erro e os riscos atrelados são minimizados.
Para obtermos sucesso, é necessário que a implantação do plano de negócios seja adequada, constantemente, tanto à realidade do negócio quanto às mudanças que ocorrerão no percurso.
Capítulo 2: Plano de Negócios
Tópico 1: Elaboração do Plano de Negócios
Introdução
Antes de começar este capítulo, que tal relembrar o que vimos até aqui?
No capítulo anterior, vimos que a evolução do ambiente organizacional é um fator que traz impactos diretos nas questões relacionadas à inovação. Constatamos que a cultura organizacional, a revisão e a quebra de paradigmas são importantes fatores na identificação de oportunidades e no processo de mudança. Estudamos também o papel da Tecnologia da Informação na criação de vantagens e diferenciais competitivos.
	
Neste capítulo, conheceremos as principais características de um plano de negócios. Observaremos algumas fontes para captação de recursos financeiros necessários à viabilização de novas ideias e um modelo de plano de negócios.
Plano de Negócios
Empreendedores são indivíduos que imaginam, criam e colocam soluções em prática.
Em síntese, imaginar, estruturar e realizar são as três macroetapas necessárias para empreender em quaisquer situações. Anote essa dica!
Planejamento
Antes de “colocar a mão na massa”, devemos pensar em todos os aspectos e os movimentos pertinentes ao empreendimento que pretendemos realizar.
A falta de planejamento é a principal causa da mortalidade de novas empresas, por isso, precisamos estudar cenários e fazer planejamentos prévios, bem como estudar fatores determinantes de sucesso ou fracasso de organizações e projetos.
Um dos métodos criados para pensar nos fatores que envolvem a realização de um empreendimento recebeu o nome de Plano de Negócios.
Dimensões Necessárias para um Plano de Negócios
Um plano de negócios é um documento estruturado por meio do qual pensamos sobre as diferentes dimensões necessárias para a realização de um negócio ou um projeto.
Ao fazer o plano de negócios, o empreendedor é convocado a pensar sobre alguns itens, como:
· Produto ou serviço que pretende oferecer
· Características do público-alvo
· Recursos humanos e financeiros necessários
· Infraestrutura.
Mas você sabe como elaboramos um plano de negócios? Vamos descobrir a seguir!
Elaboração de um Plano de Negócios
A elaboração de um plano de negócio é uma atividade que requer:
· Pesquisa prévia
· Conhecimentos gerais e específicos
· Reflexões
· Tomadas de decisão
· Disposição para se pensar em tudo que implica trazer algo imaginado para a realidade.
Após conhecer as ações de elaboração de um Plano de Negócio, o conteúdo ficou mais claro?
Não podemos negar que o plano de negócios tem grande relevância para a organização e o planejamento inicial de um novo negócio.
O preenchimento do plano de negócios não é trivial e nem rápido. No entanto, não fazer um plano de negócios é assumir riscos desnecessários, que poderiam ser previstos ou evitados.
Exemplo
Imagine o plano de negócios como um plano de uma viagem para um local distante, que iremos visitar pela primeira vez.
Nesse lugar, circulam outro papel-moeda e outra língua.
Uma viagem desse tipo exige várias ações de preparação, como:
· Pesquisas prévias
· Compra de moeda estrangeira
· Compra de guias de turismo e de conversação rápida
· Contratação de um seguro-saúde
· Organização de um kit básico de primeiros socorros.
Toda a preparação prévia é fundamental para que você não fique sem dinheiro, ou sem conseguir se comunicar, e tenha a quem recorrer em caso de uma emergência médica durante a viagem.
Não pensar em detalhes pode custar dinheiro e aborrecimento, além do risco de causar o fracasso total da viagem.
Assim como ocorre em uma viagem, o mesmo pode ocorrer aos negócios que se iniciam sem um planejamento detalhado – sem um Plano de Negócios.
Noções Gerais sobre Plano de Negócios
Apresentaremos a seguir o conceito e a importância dos planos de negócios. Além disso, também indicaremos modelos e materiais complementares. Por meio de tais materiais, você poderá se aprofundar no tema quando precisar.
Ter noções gerais sobre o plano de negócios é importante para profissionais de qualquer área, uma vez que permite entender os passos necessários para a gestão de um negócio.
No futuro, caso você decida empreender abrindo uma empresa, este material será muito útil.
Elaboração de um Bom Plano de Negócios
Vamos verificar como a elaboração de um bom plano de negócios pode impactar o desenrolar de uma ideia ou projeto?
Veja no Plano de Negócios (business plan) a disposição das informações que o compõe para atingir seu objetivo.
Objetivo do Plano de Negócios
O objetivo do plano de negócios é viabilizar a criação ou expansão de um empreendimento executado ao longo de um período específico. Você consegue citar alguns elementos cruciais ao business plan?
· Questionamento sobre a viabilidade da ideia;
· Período determinado para o decorrer das ações;
· Visão diversificada do negócio, com perspectivas mercadológicas e operacionais, entre outras.
Viu quanta informação é contemplada em um plano de negócios? E não para por aí! Vamos descobrir mais!
Planos Anuais de Negócios
Normalmente, as organizações preparam planos anuais de negócios, priorizando os doze próximos meses e fazendo projeções do período posterior.
Os planos de negócio que utilizam projeções por período superior a cinco anos são raros.No entanto, não existe um período ideal.
Em geral, o período estabelecido depende:
· Do tempo de maturação de cada negócio
· Do setor de atividade
· Das pretensões do empreendedor.
Reavaliação do Plano de Negócios
Por meio de simulações, as projeções preveem possíveis resultados de etapas futuras. Conforme as etapas entram em andamento, o gestor do projeto pode:
As projeções e as suposições devem ser reavaliadas e atualizadas constantemente. Com isso, é possível refletir os valores reais e obter a composição dos principais indicadores de viabilidade de negócios.
A elaboração do plano de negócios
A elaboração do plano de negócios atende vários propósitos. Desse modo, o plano de negócios apresenta a formatação do empreendimento e o detalhamento dos aspectos relevantes para sua negociação interna e externa. Depois de concebido, a operacionalização do plano dará início ao projeto.
Vale ressaltar a importância de planejar antes de colocar o empreendimento em prática, considerando todas as condições que poderão interferir no negócio. O guia para o empreendimento deve ser dinâmico, podendo ter as estratégias ajustadas a qualquer momento, a fim de se adequar às mudanças no contexto do ambiente.
Você se lembra da palestra de Romero Rodrigues que vimos no Capítulo 1? Nela Romero mencionou o lançamento de um site, em outro país, que fazia exatamente o que eles pretendiam oferecer ao mercado nacional. Pois é, se ele tivesse feito um plano de negócios, perceberia que o projeto estava demandando mais tempo do que o previsto e que havia o risco de outra empresa lançar a solução antes deles.
Desse modo, para que possamos obter uma visão da realidade de mercado e dos principais fatores que impactarão nosso projeto, é fundamental o conhecimento aprofundado das condições do ambiente de atuação da organização. Isso aumentará as chances de sucesso do empreendimento.
Conceito de Plano de Negócios
Como surgiu o conceito de plano de negócios?
O modelo de plano de negócios que conhecemos hoje teve origem nos Estados Unidos como uma exigência à captação de fundos de financiadores particulares, para viabilizar um empreendimento.
Nesse sentido, o plano de negócios é um recurso de análise, estruturação e apresentação da viabilidade e da atratividade dos negócios de empresas – sejam elas consolidadas ou novas – e contribui para a sustentabilidade da organização.
O plano de negócios auxilia gestores na tomada de decisões, como o lançamento de um produto ou serviço, a expansão das instalações, a abertura de uma unidade ou os investimentos em determinada área, por exemplo.
Benefícios Obtidos com o Plano de Negócios
Avaliação dos riscos
Definição do público alvo
Identificação de soluções
Definição dos produtos e serviços
Definição dos pontos fortes e fracos do negócio
Identificação dos recursos necessários
Planejamento para a Implantação ou Ampliação do Negócio
O plano de negócios fornece recursos para o empreendedor definir objetivos e planejar os passos necessários para a implantação ou ampliação de seu negócio.
Além disso, também funciona como uma ferramenta de comunicação e negociação com potenciais financiadores.
A captação de recursos para a operacionalização de um plano de negócio pode recorrer ao capital próprio ou ao capital de terceiros.
Tratando-se de capital de terceiros, o projeto pode ser financiado por meio de vários recursos, dependendo de seu objetivo e das características intrínsecas.
Investidores
O negócio pode estar muito claro para você, mas pode não estar claro para um investidor. Daí, a importância de um plano de negócios bem-elaborado, que auxiliará a análise de prováveis investidores.
Se você fosse um investidor, qual das duas situações a seguir lhe passaria mais segurança ao analisar uma proposta de negócio?
1 - O empreendedor chega a seu escritório com a ideia sobre o negócio que pretende implantar, mas não sabe responder com precisão aos questionamentos feitos, de forma clara e rápida.
2 - O empreendedor lhe apresenta um plano de negócios bem-estruturado, demostra ter características de gestor, não apenas de técnico. Além disso, é capaz de mostrar visão de negócios nos curto, médio e longo prazos.
Pontos-chave para a Construção de um Bom Plano de Negócios
Já conhecemos algumas fontes de captação de recursos para financiar o empreendimento. Agora, clique nos números e observe os pontos-chave para a construção de um bom plano de negócios.
1. Transparecer a idoneidade do projeto e a competência gerencial envolvida. Esse ponto-chave envolve:
· Parceria com instituições conhecidas
· Sistemas de acompanhamento e auditoria estabelecidos
· Preocupação com o impacto socioambiental
· Clara liderança do projeto
· Equipe de funcionários capacitada e comprometida.
2. Deixar claro o valor do projeto, mensurável preferencialmente. Esse ponto-chave envolve:
· Produto ou serviço competitivo no mercado ou na área de atuação
· Ideia inovadora para colaborar com a sustentabilidade do projeto
· Ideias que gerem um impacto relevante na comunidade.
3. Abordagem e apresentação das conclusões bem elaboradas e apoiadas em fatos. Esse ponto-chave envolve:
· Projeções e demais estimativas convincentes, baseadas em pressupostos consistentes
· Plano de implantação transparente e bem-delineado, apresentando atividades, datas e responsáveis com clareza
· Cenários e projeções que expressem os riscos e pressupostos associados a cada cenário
· Conclusões que evoluem conforme as análises são desenvolvidas.
4. Documento bem-estruturado, claro, objetivo e convincente. Esse ponto-chave envolve:
· Sumário executivo com as principais conclusões e os fatos relevantes que as suportam apresentados de forma resumida
· Principais desafios abordados com transparência e acompanhados de possíveis soluções
· Conclusões concisas e apresentadas em ordem de importância
· Informações de
· talhadas e encontradas facilmente
· Redação final uniforme e profissional
· Visual do documento atraente, com cabeçalhos claros e consistentes, e gráficos eficazes
· Fotos e ilustrações que facilitem a compreensão.
Essência do Negócio
Os conceitos abordados no plano de negócios devem contemplar a essência do negócio. Clique nas imagens para conhecer outros conceitos que também precisam ser contemplados no plano de negócio.
· As metas de impacto socioambiental
· A avaliação de mercado e as metas de receitas
· As estimativas de custo e despesas
· Os objetivos e o plano detalhado de implantação
· Os recursos necessários
Informações Concretas
Devemo-nos lembrar de que as informações são a matéria-prima de qualquer plano de negócios. Desse modo, precisamos aprofundar o conhecimento sobre tudo o que for pertinente a nosso setor de atuação.
Para tal, devemos usar o senso crítico, agindo sempre com o apoio de informações concretas, que proporcionem as melhores decisões.
Objetivo e Público-alvo do Plano de Negócios
Antes de desenvolver o plano de negócios, precisamos ter em mente que ele deve atender três objetivos primordialmente.
1º – Refinar as estratégias, examinando sua viabilidade e recorrendo a diferentes enfoques, como o mercadológico, o financeiro e o operacional. Tal objetivo diz respeito ao desenvolvimento das ideias que nortearão o empreendimento.
2º – Fornecer subsídios para avaliar o desempenho desejado ao longo do tempo. Com isso, é possível estabelecer cenários, projeções e correções quando necessárias.
3º – Apontar caminhos para levantar o capital necessário e servir de instrumento para negociar com financiadores ou investidores potenciais.
Documento Confidencial
O plano de negócios é um documento confidencial e, como tal, deve ser distribuído e divulgado somente aos verdadeiros interessados.
Atenção! Ao determinar quem terá acesso ao plano de negócios, os empreendedores devem ter algumas preocupações. Por exemplo, pode-se recorrer à assinatura de um termo de confidencialidade por parte de determinados destinatários.
Desse modo, é possível minimizar as chances de uso indevido das informações contidas no documento.
Veremos,a seguir, exemplos de público-alvo do plano de negócios.
· Público interno: para comunicação da equipe gerencial com o conselho de administração e com os funcionários.
· Parceiros: para definição de estratégias e formas de interação entre as partes. 
· Fornecedores: para negociação de aquisições, termos e formas de pagamentos.
· Sócios: para esclarecimento, convencimento e formalização do projeto.
· Fontes de recursos e instituições financeiras: para negociar crédito e financiamentos.
· Em caso de novos empreendimentos, investidores-anjo e mantenedores de incubadoras de negócios: para a negociação de crédito e formas de apoio.
Plano de Negócios
Como podemos ver, são muitas informações e esclarecimentos registrados em um plano de negócios, não é mesmo?
Como esse assunto deve ser novo para você, assista ao vídeo Plano de Negócio, que apresenta uma síntese sobre o tema, clicando na imagem O Processo Empreendedor. Aproveite essa dica e complemente seus estudos!
Mais Informações
Na internet, existem materiais explicativos, vídeos, modelos e práticas relacionadas ao plano de negócios. Além disso, também há softwares e ferramentas web que intermedeiam, explicam e facilitam a elaboração deles.
Você poderá adotar o modelo que melhor atender os objetivos de seu empreendimento.
Também é preciso considerar sua familiaridade com a ferramenta. Afinal, o melhor programa é aquele que sabemos usar, não é mesmo?
Quatro Dimensões Macro de um Empreendimento
De modo geral, todo plano de negócios deve percorrer quatro dimensões macro de um empreendimento. Clique nos números e veja quais são elas:
	
Planejamento estratégico
Planejamento de marketing
Planejamento operacional
Planejamento financeiro
Veremos, a seguir, um modelo que aborda as etapas de um plano de negócios para a criação de uma empresa.
Etapas do Plano de Negócios
Um plano de negócios para a criação de uma empresa é composto de cinco etapas. Todas essas etapas apresentadas devem ser observadas e elaboradas com cuidado, independentemente de sua ordem. O importante é que elas reflitam a viabilidade do negócio.
Conheça cada uma das etapas e suas subdivisões clicando nos títulos do infográfico a seguir.
1. Sumário executivo - É a conclusão. Deve ser produzido por último, uma vez que traz a conclusão das informações pesquisadas e analisadas
2. Descrição do empreendimento – 
2.1. A definição do empreendimento
2.2. A busca e seleção das oportunidades/inovações
2.3. Estrutura legal
3. Aspectos operacionais
3.1. Localização da empresa
3.2. Instalações e tecnologia
3.3. Equipamentos, máquinas, mobiliário, material de consumo, serviços técnicos, outros
3.4. Colaboradores e parceiros
3.5. Processo de produção
4. Plano de marketing e vendas
4.1. Estudo de mercado
4.2. Estratégias de marketing
5. Plano financeiro
5.1. Investimento inicial
5.3. Estimativa de capital de giro
5.2. Análise econômica financeira
5.4. Projeção de fluxo de caixa
5.5. Ponto de equilíbrio
Tópico 2: Mapa de Modelo de Negócios (Canvas).
Mapa de Modelo de Negócio
Agora que já conhecemos o Plano de Negócios, vamos apresentar outra ferramenta que é bastante usada no planejamento e no gerenciamento de empreendimentos: o mapa de modelo de negócio.
De forma breve, o mapa de modelo de negócio consiste na criação de um esquema que funciona como um resumo do plano de negócios.
Como esse modelo é menos formal, mais sintético e visual, há pesquisadores que defendem que é uma ferramenta mais dinâmica e apropriada para ser utilizada no dia a dia das empresas.
Canvas
O mapa de modelo de negócio – também chamado de Canvas – resume os aspectos fundamentais de um negócio em um único quadro composto de nove quadrantes. A proposta e o desafio desse método inovador é colocar as informações mais importantes de um projeto ou negócio em uma única folha de papel.
A principal função do mapa de modelo de negócio é desenhar o plano de negócios. A partir desse desenho, construímos uma estrutura que demonstra como o empreendimento irá funcionar e apontar, algumas vezes, inconsistências.
Nove Quadrantes do Canvas
1 - Definição do público-alvo: segmento de clientes
2 - Proposições de valor
3 – Canais
4 – Relacionamento com clientes
5 – Fontes de receita
6 - Recursos
7 - Atividades
8 – Parceiros
9 – Estrutura dos custos
Quadro do Modelo de Negócios
Vamos ampliar nossa compreensão sobre o que é o Canvas e aplicar sua metodologia?
Já sabemos que o modelo de negócios é a representação visual de como entregar valor ao cliente. Agora, vamos assistir ao vídeo Canvas do Modelo de Negócios, disponível no Canal do Sebrae, de Minas Gerais, e conhecer o quadro do modelo de negócios ideal para quem quer desenvolver novas ideias ou remodelar estratégias.
Ferramentas Complementares
Gostou do vídeo? Com ele, conseguimos visualizar e entender melhor cada um dos quadrantes do Canvas.
Certamente, você deve ter percebido que podemos utilizar os dois métodos apresentados em um mesmo projeto, uma vez que são ferramentas complementares. 
Por ser mais simples, sintético e visual, recomendamos que você comece usando a metodologia Canvas. Após consolidar uma versão definitiva, você poderá desenvolver um plano de negócios, que é mais detalhado.
Mapa do Modelo de Negócios
Pronto para aceitar o desafio?
Se você tem certeza de que o empreendimento é viável, o mapa do modelo de negócios já lhe deve mostrar isso em sua primeira versão. Agora, é hora de transformar.
A transformação ocorre quando assumimos uma postura e atuamos como empreendedores, seja por meio de novos negócios ou focados em nosso trabalho diário.
Empreender e inovar depende, essencialmente, de nós mesmos!
Empreendedor
Como você deve ter observado, o empreendedor é um agente de mudanças.
Aparentemente, ele é uma pessoa comum. No entanto, tem um diferencial: vontade e determinação em realizar e concretizar seus sonhos, além de possuir comportamento e atitudes que contribuem para seu sucesso.
Pense em suas atitudes. Sua atuação de hoje determinará a configuração futura de sua carreira.
Para mudar ideias, são necessários muito esforço, muita boa vontade e muita compreensão. Mas, no final, tudo vale a pena, pois a inovação agrega valor.
A inovação depende de empreendedores, e as melhores oportunidades pertencem ao profissional empreendedor!

Continue navegando