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conceitos gerais toxicologia

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Disciplina: Agrotoxicologia
Introdução à toxicologia e conceitos gerais
HISTÓRICO
Pré-história – os seres humanos
aprenderam a identificar plantas e
animais nocivos.
Venenos eram usados para caçar e
guerrear.
Na Antiguidade: uma grande quantidade de drogas oriundas de plantas, minerais e animais
usados como venenos ou remédios
Primeiros registros – China 2700 A.C.
Documentos egípcios – 1900 – 1200 A.C. (mais de 800 preparações medicinais e
venenosas)
Papiro de Ebers (cerca de 1500 a.C.) – registros sobre o uso de venenos (mais de 800
formulações – origem vegetal, animal e mineral).
No Egito: Cleópatra (venenos de cobras, Vipera aspis).
Grécia: Cicuta (Conium maculatum):
veneno oficial grego. Usado na execução
de Sócrates (470 - 399 a. C.)
Roma: o envenenamento de Claudius pela 
mulher Agripina com o cogumelo Amanita 
phalloides.
Uso do arsênico (para meios políticos – assassinato 
de inimigos).
Destacam-se as culturas antigas grega, romana e
egípcia: muitas referências a venenos e antídotos.
Mitridates (120 -63 A.C.) - rei do ponto - primeiro a realizar experiências
toxicológicas – temendo ser envenenado, testava em seus escravos vários
tipos de venenos na tentativa de encontrar seus antídotos.
50 D.C. – Dioscórides:
Primeira tentativa de classificação dos venenos 
(Materia Medica). 
Uso de eméticos em envenenamento e agentes 
cáusticos em picadas de cobras.
Durante a Idade Média ao Renascimento:
Envenanadores profissionais – (Toffana – produtos a base
de arsênio na Itália; Marqueza de Brinvillers – testava as
receitas e observava resultados na França;
Rei Luiz XIV – cria a Chambre Ardente (comissão judicial
para punir os envenenadores).
Começaram a surgir os rudimentos da toxicologia experimental:
Rapidez da resposta, noção de potência, especificidade e local de ação, sinais
clínicos e sintomas.
Paracelso (médico alquimista)(1493-1541) – formulou os primeiros
conceitos que posteriormente deram origem à ciência da
toxicologia.
“Todas as substâncias são venenos; não há nenhuma que não
seja um veneno. A dose correta distingue o veneno do remédio.”
Ou seja, a toxicidade de uma substância depende da dose.
Pai da toxicologia.
A partir do século XIX, ocorreu um grande desenvolvimento da 
toxicologia.
Orfila (médico espanhol – 1787-1853) – trabalhou com a toxicologia 
experimental: “Pai da toxicologia moderna”.
• Primeiro a fazer uma correlação sistemática entre agente químico e
informações biológicas dos venenos conhecidos.
• Demonstrou os efeitos dos venenos em órgãos específicos através da
análise dos venenos e do dano tecidual associado em material para
autópsia.
• Desenvolvimento de técnicas analíticas para detecção de venenos.
• Base da toxicologia forense.
Marcos históricos:
- Magendie (1783-1855) – médico e fisiologista experimental – estudou e introduziu a
estriquinina, o iodeto, o brometo e o ópio na medicina;
- Claude Bernad (1813-1878) – introduziu o conceito de toxicidade de substâncias em
órgãos-alvo;
- Ehrlich (1854-1915) – estudou os mecanismos de ação de agentes tóxicos e fármacos.
Século XX – grande avanço da síntese química e consequentemente exposição e casos de
intoxicação.
Uso abusivo de produtos químicos.
Em 1937 intoxicação e morte - elixir de sulfonilamida
(solvente dietilenoglicol).
Final da década de 1950 – talidomida por
mulheres grávidas – mortes e malformações.
Década de 1950 - Acidente de Minamata, Japão (metil mercúrio).
Hitler – uso do cianeto e monóxido de carbono nas câmaras
de gás.
1939 – Síntese do DDT – inseticida
extremamente tóxico, banido a partir da década
de 1970.
Guerra do Vietnã (agente laranja) – herbicida nas florestas e
plantações (ácido 2,4-Diclorofenoxiacético (2,4-D) e ácido
2,4,5- Triclorofenoxiacético (2,4,5-T) – processo de síntese
forma dioxina (TCDD) – altamente cancerígena.
A partir da segunda guerra mundial o desenvolvimento da toxicologia se
voltou principalmente à avaliação de segurança e do risco na utilização de
substâncias químicas.
Surgimento de agências reguladoras e legislações sobre alimentos,
medicamentos, cosméticos, meio ambiente, ambiente de trabalho, etc.....
TOXICOLOGIA 
Ciência que estuda os efeitos adversos das
substâncias químicas sobre os organismos vivos
com a finalidade de prevenir, diagnosticar e tratar
a intoxicação.
A toxicologia se apoia em 3 elementos básicos: 
• 1) o agente químico (AQ) capaz de produzir um efeito; 
• 2) o sistema biológico (SB) com o qual o AQ irá interagir para produzir 
o efeito; 
• 3) o efeito resultante que deverá ser adverso (ou tóxico) para o SB. 
Finalidades 
PREVENIR
TRATAR
DIAGNOSTICAR INTOXICAÇÕES
• Avaliação de lesões
• Investigação de mecanismos
• Identificar e quantificar substâncias tóxicas
• Avaliação de risco
• Determinação de níveis toleráveis e condições
seguras para uso
SUBSTÂNCIA QUÍMICA
- detecção do agente tóxico
ou de algum parâmetro
relacionado à exposição ao
toxicante com o objetivo
de reconhecer, diagnosticar
e prevenir a intoxicação.
EFEITO TÓXICO -
elucidação dos mecanismos
de ação dos agentes tóxicos
e avaliação dos efeitos
decorrentes dessa ação.
ORGANISMOS - atendimento ao
paciente ou intoxicado a fim de
prevenir e diagnosticar a intoxicação
ou aplicar a terapêutica específica.
ÁREAS DA TOXICOLOGIA
CONCEITOS GERAIS
Agente tóxico/toxicante
Substância química, de estrutura definida, capaz de alterar uma função biológica ou
levar a morte um sistema biológico, sob certas condições de exposição.
Ação tóxica
Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas teciduais.
Efeito tóxico
Alteração anormal, indesejável ou nociva decorrente da exposição a substâncias
potencialmente tóxicas.
Veneno
Termo de uso popular utilizado para designar a substância química, ou mistura de
substâncias químicas, que provoca a intoxicação ou a morte com baixas doses.
Substâncias de origem animal com função de autodefesa ou predação.
Toxina
Refere-se à substância tóxica produzida por um sistema biológico (plantas, animais,
fungos e bactérias).
Xenobiótico
Termo usado para designar, qualitativa ou quantitativamente, substâncias químicas
estranhas ao organismo.
Droga
Qualquer substância ou conjunto delas que cause alguma
alteração no funcionamento do organismo por ações químicas -
efeitos tanto benéficos quanto maléficos.
Fármaco
É uma droga que tem uma estrutura química já definida e, devido a estudos,
são conhecidos os seus efeitos no organismo. Tem como finalidade o uso
para um efeito benéfico no organismo.
Risco
Traduz a probabilidade de uma substância química provocar efeitos nocivos em
condições específicas de exposição.
Antídoto/antagonista
São substâncias capazes de neutralizar ou reduzir os efeitos de uma substância
potencialmente tóxica.
• O antídoto é a substância que se opõe ao efeito tóxico atuando sobre o toxicante,
enquanto o antagonista impede o toxicante de se ligar a seu alvo ou exerce ação oposta
à do agente tóxico.
Dose 
Quantidade de uma substância administrada/substância disponível para gerar um 
efeito/ causar toxicidade.
Ex.: Níveis de gás nitrogênio no ar (78%) não suficientes para gerar efeito tóxico –
aumento de 4% - 82% efeito tóxico para ser humano.
Concentração 
A quantidade total de substância disponível (ambiente/produto) a que os organismos 
estão expostos.
Ex.: etanol presente em bebidas – cerveja (4,5%).
Níveis de gás nitrogênio no ar (78%).
Toxicidade
Capacidade de um agente tóxico de produzir um efeito nocivo no organismo. Ou seja, é a
medida relativa do potencial tóxico da substância.
Intoxicação
É a manifestação dos efeitos tóxicos;
• É um processo patológico causado por substâncias endógenas ou
exógenas, levando ao desequilíbrio fisiológico. Em sua grande
maioria é evidenciado por sinais e sintomas ou mediante exames
laboratoriais.
De acordo com o tempo de exposição ao agente pode ser
classificada de diferentesmaneiras:
• Intoxicação Aguda
• Intoxicação Sub-crônica
• Intoxicação Crônica
Intoxicação Aguda: contato único (dose única/relacionado à potência
da substância) ou múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o
agente tóxico, num período de tempo aproximado de 24 horas.
Intoxicação Sobre-Aguda ou Sub-Crônica: Exposições repetidas a
substâncias químicas.
Sobre-aguda - exposição por período menor ou igual a 1 mês.
Sub-crônica - exposição por períodos entre 1 a 3 meses.
Intoxicação Crônica: Efeito tóxico após exposição prolongada a
doses cumulativas do toxicante, num período prolongado, geralmente
maior de 3 meses chegando até a anos.
FASES DE INTOXICAÇÃO
I - EXPOSIÇÃO
II- TOXICOCINÉTICA
III - TOXICODINÂMICA
IV - CLÍNICA
Como o agente ingressa no organismo.
É a fase em que as superfícies externa ou
interna do organismo entram em contato com o
toxicante.
Importante considerar:
• Via de introdução
• Dose e concentração do agente
• Frequência e duração da exposição
• Propriedades físico-químicas
• Susceptibilidade individual.
Fase II: Toxicocinética
• Inclui todos os processos envolvidos na relação entre a
absorção (disponibilidade química) e a concentração da
substância nos diferente tecidos do organismo.
• Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, o
armazenamento, a biotransformação e a excreção dos
agentes químicos.
• O que o organismo faz com o agente tóxico.
Agente tóxico 
no local de 
administração
absorção Agente no 
plasma
Agente no 
tecido
Metabólitos 
nos tecidos
Agente e/ou 
metabólitos na 
urina, fezes e 
bile
distribuição
Metabolismo 
(biotransf.) eliminação
Fase III: Toxicodinâmica
Compreende a interação entre as moléculas do agente tóxico e
os locais de ação, específicos ou não, dos órgãos e,
consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio
homeostático.
o que o agente tóxico faz no organismo.
Fase IV: Clínica
É a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda,
alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas,
caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do
toxicante com o organismo.

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