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Prof.a MSc. Renata Gribel renatalgribel@gmail.com Salvador - 2017 História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Arquitetura Barroca Existem exemplares da arquitetura barroca em quase toda a Europa e em toda a América Latina. Porém, estes são notavelmente diferentes de país para país. São apontados todos como “Barrocos” devido a um núcleo comum. Nos primeiros tempos este foi identificado com o arbítrio, a falta de lógica, o exagero. Foi por isso mesmo que a arte do século XVII se chamou barroca. Acabou por se tornar, em quase todas as línguas europeias, um sinônimo de extravagante, disforme, anormal, absurdo, irregular. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Arquitetura Barroca Foram identificadas algumas características que definiram o barroco, como: • a procura do movimento, quer real, quer sugerido; • a tentativa de representar, ou de sugerir, o infinito; • a importância dada às luzes e aos efeitos luminosos na percepção final e na própria concepção da obra de arte; • o gosto pelo teatral, pelo cenográfico; • a tendência de não respeitar os limites das disciplinas, ou seja, misturar arquitetura, escultura e pintura. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Igreja jesuíta de Sant’ Andrea de Quirinale (1658-16 70) • A igreja de Sant'Andrea, um importante exemplo de arquitetura barroca romana, foi projetada por Gian Lorenzo Bernini, com Giovanni de'Rossi. • Foi erguida para ser a igreja do seminário jesuíta de Roma. • O patrono das obras foi o cardeal Camillo Francesco Maria Pamphili, e o edifício logo se tornou famoso pela sua planta original, em forma oval. • Bernini a considerava uma de suas melhores criações. O pátio defronte é cercado por paredes curvas, harmonizando-se com a forma da igreja. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Igreja jesuíta de Sant’ Andrea de Quirinale (1658-16 70) • No interior, o altar-mor é iluminado por uma fonte oculta de luz, criando um efeito teatral, como era o gosto dos barrocos. • Várias obras de arte decoram as paredes e capelas laterais, inclindo peças de Guillaume Courtois, Antonio Raggi, Baciccia, Filippo Bracci, Giacinto Brandi, Pierre Legros, Carlo Maratta e outros. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Igreja jesuíta de Sant’ Andrea de Quirinale (1658-1670) História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Scala Regia, 1663-66 Scala Regia é um lance de degraus na Cidade do Vaticano e é parte da entrada formal para o Vaticano. Foi construído por Antonio da Sangallo, o Jovem, no início do século XVI, para conectar o Palácio Apostólico com a Basílica de São Pedro, e restaurado por Gian Lorenzo Bernini 1663-1666. O local para as escadas, uma faixa relativamente estreita de terra entre a igreja e o palácio, é estranhamente moldado com paredes convergentes irregulares. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Scala Regia, 1663-66 Bernini usou uma série de efeitos, tipicamente barrocos teatrais, a fim de exaltar este ponto de entrada no Vaticano. A escadaria toma a forma de uma colunata abobadada que se torna mais estreita no final da vista, exagerando a distância. Acima do arco no início desta vista está o brasão de armas de Alexandre VII, ladeado por dois anjos esculpidos. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Scala Regia, Vaticano, Bernini, 1663-66, gravura de 1835 História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Scala Regia, Vaticano, Bernini, 1663-66. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Scala Regia, Vaticano, Bernini, 1663-66. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco O espaço de Borromini Antítese de Bernini, inaugura a fase que rompe com o sistema compositivo tradicional e adota a experiência como método . Espaço liberto e edifícios que não querem representar nada além da experiência individual . Filiação à prática artística: modelagem da forma e uso intencional e expressivo da luz . Arte como uma segunda natureza, criada pelo engenho humano e pela sua imaginação . História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco San Carlo alle Quattro Fontane • É uma igreja localizada em Roma, Itália, projetada pelo arquiteto Francesco Borromini em seu primeiro trabalho independente. • É uma obra de arte da arquitetura barroca construída como parte de uma construção monástica no Monte Quirinal para os Trinitários espanhóis, uma ordem dedicada na libertação de escravos Cristãos. • Ele recebeu o trabalho em 1634 sobre o patronato do Cardeal Francesco Barberini. Entretanto, o apoio financeiro não durou e, posteriormente, o projeto de construção passou por diversas dificuldades financeiras. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco San Carlo alle Quattro Fontane • A fachada côncava-convexa de San Carlo ondula em uma forma não-clássica. Colunas coríntias altas estão em bases e suportam os principais entablamentos; estes definem a estrutura principal de dois andares. • Entre as colunas, as colunas menores com as suas entablamentos entrelaçam por trás das colunas principais e por sua vez enquadram nichos, janelas, uma variedade de esculturas, bem como a porta principal e o medalhão oval moldado suportado no alto por anjos. • O plano e seção mostram o layout do sítio apertado e difícil; a igreja fica na esquina com o claustro próximo a ele e ambos virados para a Via Pia. • Borromini planejava projetar um jardim. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Igreja de San Carlo alle Quattro Fontane, Roma, 1634-1637 História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Palazzo della Sapienza É um sítio romano histórico no bairro Sant'Eustachio e utilizado para uso público. O edifício é retangular, composto por quatro corpos - dois grandes orientação norte-sul e dois menores orientação Leste e Oeste - incluindo um grande pátio. Em 1577 o Papa Gregório XIII Boncompagni encarregou Giacomo della Porta para a construção da unidade de sede: criou um edifício retangular com um pátio interno, de acordo com um modelo de escola que Brunelleschi já havia implementado para o Palazzo della Sapienza de Pisa: o tribunal foi limitado em ambos os lados, com arcadas e galerias e, no lado curto restante, por uma parede semicircular. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Giacomo della Porta, Palazzo della Sapienza, Roma, 1577, com igreja de Sant’Ivo ao fundo. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco O espaço de Guarini Razão como função humana autônoma, instrumento da criação e da experimentação de hipóteses audaciosas e não como instrumento de compreensão da ordem divina. Criação de espaço mágico que oculta uma lógica e um apuro estático inigualável : imagem fantástica de um ambiente inverossímil. Forma como fato mental e elemento determinante do espaço . História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Palazzo Carignano, em Turim (1679) • Edifício projetado como um acontecimento dramático no cenário urbano. • Pano de fundo e protagonista da peça que se desenvolve no espaço urbano, movimentando com sua fachada ondulada a ortogonalidade rígida da via. • Fachada ondulante que deixa entrever a rotunda elíptica que distribui as funçõesno térreo e corresponde ao salão no primeiro pavimento. • Edifício composto de vários elementos dinâmicos. Uso decorativo e descomprometido das ordens clássicas na fachada e no pátio interno. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Guarini, Palazzo Carignano, Turim, Itália,1679 Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Barroco Igreja de San Lorenzo, Turim, Itália, 1666-1680 História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Rococó O Rococó foi essencialmente um movimento decorativo que se desenvolveu no começo do século XVIII em casas urbanas e de campo da nobreza parisiense. Esta expressão artística também foi denominada de estilo Luis XV. O nome vem do francês rocaille (concha), um dos elementos decorativos mais característicos desse estilo e representa o trabalho rebuscado de marcenaria. Este estilo decorativo alcançou a condição de manifestação arquitetônica e irradiou da França para o resto da Europa e outras regiões, como a América. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Rococó • Embora tenha se originado na rica decoração de Versalhes, também representou uma reação à formalidade do palácio real. • O estilo é visto por muitos como a variação “profana” do barroco, surgindo a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo. Um aspecto menos restrito, uma composição mais livre, um sossegado desabrochar, o gosto pela beleza sensual opõe-se à densidade, ao sopro heroico, ao carácter sistemático do Barroco do século XVII. Mais do que nunca se impõe o prazer dos olhos como critério decisivo: suntuosidade e decoração, estilo teatral e agradável, o ritmo da luz e das cores desempenham papel decisivo. É com razão que geralmente se utilizam os adjetivos agradável, alegre para qualificar a época e o termo recreio para designar pavilhões e casas. (CHÂTELET, Albert; GROSLIER, Bernard Philippe. História da Arte Larousse, vols. II e III. Lisboa: Círculo de Leitores, 1991.) História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Rococó Principais características: • Estilização de formas curvas e orgânicas, próprias da natureza, como flores, folhagens e conchas. • Profusão de ornamentos como laços, babados e rendilhados, relacionados à moda das vestimentas femininas da época, principalmente ao estilo da rainha Maria Antonieta da França. • Temas leves, alegres e elegantes, compatíveis à boa vida levada pelas cortes: cenas hedonistas de festas e caçadas, cenas bucólicas e pitorescas no campo, alusões à mitologia greco-romana e ao teatro italiano da época. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Rococó Principais características: • Estilização de formas curvas e orgânicas, próprias da natureza, como flores, folhagens e conchas. • Profusão de ornamentos como laços, babados e rendilhados, relacionados à moda das vestimentas femininas da época, principalmente ao estilo da rainha Maria Antonieta da França. • Temas leves, alegres e elegantes, compatíveis à boa vida levada pelas cortes: cenas hedonistas de festas e caçadas, cenas bucólicas e pitorescas no campo, alusões à mitologia greco-romana e ao teatro italiano da época. História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Maria Antonieta História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Maria Antonieta, de Sofia Coppola. Rococó História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Palácio de Versalhes: Aposentos de Maria Antonieta História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Palácio de Versalhes: Aposentos de Maria Antonieta História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Palácio de Versalhes Palácio de Versalhes: Aposentos de Maria Antonieta História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Rococó História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Rococó História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco | Rococó Hôtel de Soubise, França. ARGAN, G.C.; Historia da Arte Italiana: da Antiguidade a Duccio –v.1, São Paulo, Cosac & Naify, 2003. CHING, Frank; JARZOMBEK, Mark; PRAKASH, Vikramaditya. A global history of architecture. New Jersey: Wiley, 2005. COLE, Emily. História Ilustrada da Arquitetura. São Paulo: Publifolha, 2011. PEREIRA, Jose Ramon Alonso. Introdução à história da arquitetura: das origens ao século XXI. Porto Alegre: Bookman, 2010. BIBLIOGRAFIA História da Arquitetura e do Urbanismo Clássico ao Barroco |
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