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Fisiologia, Fisiopatologia e Sintomas do Estresse - RESUMO

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Moarah Brito | FASAI | 5º Período
Fisiopatologi� d� estress� � sua� manifestaçõe� clínica�
Introduçã�
● Excitação emocional → perturbação da
homeostasia → aumento da secreção de
adrenalina (e outros) → manifestações
sistêmicas (distúrbio fisiológico e
psicológico)
● Stress: resposta do organismo a um
estressor
● Respostas variam entre os indivíduos →
- Sintomas inespecíficos de
ansiedade e depressão
- Transtornos psiquiátricos definidos,
como Transtorno de Ansiedade
Pós-Traumático (TEPT)
Pe�spectiv� históric� - considerand� violênci� co�
influênci� n� saúd� menta�
● Psicólogo William James, séc XIX, Guerra
Civil Americana
● Pensadora Hannah Arendt, sec XX, 2ª
Guerra Mundial
Estress�
● 1930: conceito de pressão constante e
atenuante para organismo, não só
adaptação fisiológica
● Quando a adaptação fracassa, leva-se a
ajustes mais finos e prolongados
● Sd burnout: estresse crônico mal adaptado
→ esgotamento e exaustão física,
comprometendo homeostase
Traum�
● Freud: perturbação causada por exagerada
excitação psíquica, que pode trazer
repercussões duradouras ao
funcionamento psíquico
● Eric Kandel - Memória e trauma: aquisição,
manutenção e apagamento da memória
concebe como função adaptativa que leva
ao esquecimento do estímulo negativo
Epidemiologi�
● Após um evento traumático, até 50% podem
ser diagnosticados com TEA.
● Maioria se recupera dentro de 1 mês
● A depender da vulnerabilidade, tipo de
evento e gravidade → TEPT
Fatore� envolvid��
● Magnitude e frequência da exposição a
eventos estressores
● Fatores ambientais
● Genética
Adaptaçã� a� estress�
● Modelo de adaptação a estressores
externos → equilíbrio pré-estresse →
homeostase (como uma mola após esticada
tenta retornar à origem)
● As estratégias se dividem em três etapas
distintas:
- Alerta: o estressor leva o organismo
a um estado de prontidão para
lutar, fugir ou congelar, porém o
organismo não consegue sustentar
esse estágio por muito tempo,
passando ao estágio seguinte
- Resistência: tentativa de ajustar-se
ao estressor, mobilizando vários
recursos psicológicos, biológicos e
sociais
- Exaustão: Quando esgotados os
recursos, torna-se disfuncional ou
colapsa em razão do que Selye
chamou de exaustão adrenal.
● Esses padrões de resposta têm grande
variação, mas podem ser organizados em
duas amplas classes:
- Imobilidade defensiva: na qual
ocorre congelamento, medo,
vigilância, deixando o organismo
passivo, embora preparado para
responder ativamente a estímulos
subsequentes
- Ação defensiva: variações da
luta/fuga, que são as reações
diretas ao agressor ou ataque
iminente.
Resp�st� a� estress�
Nível cognitivo
● Como o indivíduo filtra e processa a
informação → modo de responder a
situação
Moarah Brito | FASAI | 5º Período
Nível comportamental
● Enfrentamento
● Evitação
● Passividade
Nível fisiológico
Aspectos neuroanatômicos
● Ansiedade, medo e estresse → reação de
defesa do organismo ao ambiente
● Respostas comportamentais
neurovegetativas (reação de medo)
● Estruturas cerebrais nas estratégias de
defesa
- Situações potencialmente perigosas
→ sistema septo-hipocampal e
amígdala
- Recebem informações
colhidas pelos sistemas
sensoriais, criando uma
representação do mundo
exterior
- Septo-hipocampal → função
de conferidor (compara
síntese dos dados sensoriais
do momento com memórias
armazenadas no SNC e
planos de ação gerados
pelo córtex pré-frontal
- Leva a aumento da
vigilância e atenção para
possíveis fontes de perigo
(comportamento de
avaliação de risco)
- Quando o sinal de perigo
torna-se explícito, mas à
longa distância, a reação
típica é a de imobilidade
tensa, cujo substrato neural
provavelmente seja a porção
ventral da matéria cinzenta
periaquedutal do
mesencéfalo (parece ser a
principal estrutura
responsável pela
programação de luta e fuga)
- Está juntamente com o
hipotálamo, programa as
manifestações
comportamentais,
hormonais e
neurovegetativas das
reações de defesa
- Estimulação da via
serotonérgica, que se
origina no núcleo mediano
da rafe e inerva o
septo-hipocampo,
determina inibição
comportamental
característica da defesa
● Hipotálamo (Eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal)
- A retroalimentação negativa é
então iniciada pelo cortisol, que
restaura o equilíbrio, interrompendo
essa resposta ao estresse agudo.
- Quando a manutenção de
respostas de estresse agudo se
mantém por tempo prolongado –
produzindo efeitos negativos –,
ocorre um desgaste cumulativo
fisiológico, o que chamamos de
carga alostática.
- O cortisol é um importante
mediador da alostase e é um fator
que contribui para o aumento da
carga alostática quando tem sua
atividade alterada.
Neurotransmissore� � estress�
● Substâncias
- Aminas biogênicas: noradrenalina,
dopamina e serotonina
- Aminoácidos: ácido
gama-aminobutírico (GABA), glicina
e glutamato
- Peptídeos: fator de liberação de
corticotrofina (CRF), ACTH, CCK
- Esteróides: corticosterona
● O locus ceruleus, na região bulbar e
pontina, sintetiza a noradrenalina
- As células do locus ceruleus,
quando ativada por estímulos
estressantes, produzem uma reação
comportamental cardiovascular
característica de medo.
- Sistema de alarme → prepara
organismo para emergência
Moarah Brito | FASAI | 5º Período
- Estresse pós-traumático →
anormalidade do sistema
noradrenérgico
- No estresse agudo, há aumento
importante na fenda sináptica,
resultando em aumento da resposta
monossináptica
● Dopamina
- Estresse → aumenta liberação e
metabolismo do neurotransmissor
no córtex pré-frontal
- Aumenta função dopamina →
hipervigilância
● Serotonina
- Ativados no núcleo dorsal da rafe
- Inervam amígdala, aumentando
ansiedade, e inibem a MCP,
contendo o pânico
- Respostas de sentido adaptativo, já
que para níveis de perigo potencial
ou distal é conveniente que
comportamentos de luta e fuga
sejam inibidos, possibilitando que o
indivíduo adote estratégias mais
adequadas, como exploração
cautelosa e inibição
comportamental
● GABA
- Inibe SNC
- Exerce uma inibição tônica sobre os
neurônios serotonérgicos no núcleo
dorsal da rafe
- Exerce controle inibitório sobre o
substrato neural do medo na MCP e
colículos superiores
- Controla aspectos motores
relacionados ao comportamento de
luta e fuga no teto mesencefálico
● Sistema GABA - BZD da amígdala
(receptores benzodiazepínicos)
- Regula ansiedade e memória
emocional através da memória
amnésica
Sinai� � sintoma�
● Segundo as diretrizes do DSM-5, o
diagnóstico de TEA preconiza os três
sintomas que devem persistir 3 a 30 dias
após o evento traumático: amnésia,
despersonalização e desrealização.
● Apesar de uma aparente evolução linear,
nem todos os indivíduos que desenvolvem
TEPT necessariamente apresentam TEA.
Entretanto, a maioria das pessoas com TEA
está em risco de desenvolver TEPT.
● A importância dos fenômenos dissociativos
aparece no diagnóstico e no prognóstico
tanto do TEA quanto do TEPT.
● As apresentações dissociativas
peritraumáticas são consideradas fator de
risco para o TEPT.
● Os flashbacks e a amnésia também são
considerados parte dos fenômenos
dissociativos, bem como os quadros de
despersonalização e desrealização. Estes
têm sido mais valorizados como preditores
de quadros graves tardios
● Os sintomas do TEA e TEPT são
semelhantes e geralmente envolvem uma
combinação dos seguintes:
● Sintomas intrusivos: sonhos ou
memórias recorrentes, involuntários e
angustiantes do evento traumático
(em crianças < 6 anos, pode não ser
claro se os sonhos perturbadores
estão relacionados ao evento);
reações dissociativas, (tipicamente
flashbacks em que os pacientes
revivem o trauma, embora as crianças
possam frequentemente reviver o
evento em uma brincadeira); e
aflições quanto a indícios internos ou
externos que lembram algum aspecto
do trauma (p. ex., ver um cão ou
alguém parecido com um agressor)
● Sintomas de esquiva: esquiva
persistente de memórias, sentimentos
ou lembranças externas do trauma
● Efeitos negativos sobre a cognição
e/ou humor: incapacidade de lembrar
aspectos importantes do evento
traumático,pensamento distorcido
sobre as causas e/ou consequências
do trauma (p. ex., que eles são
culpados ou poderiam ter evitado o
evento tomando certas ações),
diminuição nas emoções positivas e
aumento nas emoções negativas
(medo, culpa, tristeza, vergonha,
confusão), falta de interesse geral,
afastamento social, sensação
subjetiva de entorpecimento e baixa
expectativa quanto ao futuro (p. ex.,
pensar "eu não vou viver para ver")
● Excitação e/ou reatividade alterada
(p. ex., hiperexcitação): nervosismo,
resposta de sobressalto exagerada,
dificuldade para relaxar, dificuldade
de concentração, sono perturbado
(às vezes com pesadelos frequentes) e
comportamento agressivo ou
imprudente
● Sintomas dissociativos: sentir-se
separado do próprio corpo como se
estivesse em um sonho e sentir que o
mundo é irreal.
● UpToDate - Transtorno de estresse pós-traumático
em adultos: epidemiologia, fisiopatologia,
manifestações clínicas, curso, avaliação e
diagnóstico
● UpToDate - Transtorno de estresse agudo em adultos:
epidemiologia, patogênese, manifestações clínicas,
curso e diagnóstico
● Relação entre estressores, estresse e ansiedade,
Regina Margis, 2003
● Compêndio de Psiquiatria, Kaplan e Sadock, 11ª ed
● Psiquiatria Estudos Fundamentais, Alexandrina
Meleiro, 2018

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