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apostila procedimento ordinario

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Procedimento Ordinário 
Aula 3 
DENÚNCIA/QUEIXA 
Recebimento 
Rejeição Liminar 
Recurso em Sentido Estrito 
Citação 
Pessoal 
Edital 
Hora Certa 
Resposta à 
Acusação 
Preliminares, provas e 
testemunhas. 10 dias 
Absolvição 
Sumária (397 CPP) 
Não Absolve 
Sumariamente 
SENTENÇA 
Audiência de Instrução 
e Julgamento 
Audiência: 
1º Declarações do Ofendido 
2º Testemunhas de acusação (até 8) 
3º Testemunhas de defesa (até 8) 
4º Esclarecimentos dos peritos, 
acareações e reconhecimentos 
(pessoas/objetos) 
5º Interrogatório do réu 
Necessidade de Novas 
Diligências, Vários Réus ou Causa 
Complexa 
Desnecessidade, Poucos Réus ou 
Causa Não Complexa 
Apelação 
Necessidade de Novas 
Diligências, Vários Réus ou Causa 
Complexa 
Desnecessidade, Poucos Réus ou 
Causa Não Complexa 
Fim da Audiência 
Realização das 
Diligências (se for 
o caso) 
Memoriais do MP Memoriais da Defesa 
Prazo sucessivo. 5 dias 
SENTENÇA 
Na Própria 
Audiência 
Alegações Finais Orais do 
MP e da Defesa 
20 minutos 
SENTENÇA 
OU 
INTRODUÇÃO 
Conceito 
Sequência de atos que devem ser praticados em juízo durante o 
tramitar da ação. 
 
Em face do princípio constitucional do devido processo legal, esses 
ritos processuais devem ser previstos em lei, de modo que as partes, 
previamente, saibam a forma como os atos se sucederão, sem que 
sejam surpreendidas. Trata-se de matéria de ordem pública e, 
portanto, as partes não podem de comum acordo, adotar 
procedimento que entendam mais eficiente ou célere, sob pena de 
nulidade da ação penal. O juiz também não pode abreviar o 
procedimento ou alterá-lo, pois estará trazendo vício à ação penal. 
INTRODUÇÃO 
As regras de processo penal encontram-se na Constituição Federal, 
normas disciplinadoras dos órgãos relacionados à persecução penal 
(regimento das polícias, Ministério Público) e dos órgãos 
jurisdicionais (regimentos dos tribunais), leis extraordinárias (Lei de 
Drogas, Lei Maria da Penha, Lei 9.099/90, Lei da Prisão Temporária, 
etc). Principalmente, o estatuto primordial é o Decreto-lei 
3.689/1941 - o Código de Processo Penal. 
O Código de Processo Penal Código regulamenta, por exemplo, a 
aplicação da lei processual no tempo e no espaço; a investigação dos 
delitos por meio do inquérito policial; as diversas formas de ação 
penal e sua respectiva titularidade; a competência dos órgãos 
jurisdicionais; os sujeitos processuais; a forma de coleta das provas; 
as diversas modalidades de procedimentos de acordo com a espécie 
e gravidade da infração penal cometida; as nulidades decorrentes da 
não observância das formalidades processuais; os recursos etc. 
Procedimento Comum ou Especial 
De acordo com o art. 394 do Código de Processo Penal, os procedimentos 
podem ser comuns ou especiais. 
 
Comuns: 
a) ordinário: para apurar os crimes que tenham pena máxima em 
abstrato igual ou superior a 4 anos, e para os quais não haja previsão de 
rito especial. Ex: furto, roubo, extorsão, estelionato, estupro, tortura. 
b) sumário: para os delitos que tenham pena máxima superior a 2 anos e 
inferior a 4, e para os quais não haja previsão de procedimento especial. 
Exs: crimes de homicídio culposo, tentativa de furto ou de apropriação 
indébita, embriaguez ao volante 
c) sumaríssimo: para a apuração das infrações de menor potencial 
ofensivo, que tramitam perante os Juizados Especiais Criminais, nos 
termos do art. 98, I, da Constituição Federal. São infrações de menor 
potencial as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima seja igual 
ou inferior a 2 anos. 
SISTEMAS PROCESSUAIS 
Os procedimentos especiais, por sua vez, são os demais previstos no 
Código de Processo Penal e em leis especiais. Lei de Drogas 
(11.343/2006), Maria da Penha (11.340/2006), Estatuto do Idoso 
(10.741/2003). 
No Código de Processo Penal há procedimento especial para apurar 
os crimes dolosos contra a vida (procedimento do Júri), os crimes 
contra a honra, os crimes cometidos por funcionário público no 
desempenho das funções (crimes funcionais) e os crimes contra a 
propriedade imaterial. 
Procedimento Comum ou Especial 
Procedimento Comum Ordinário 
Introdução 
Até 2008 o rito ordinário do procedimento comum era definido pelo 
critério de espécie de pena (apenas para delitos com reclusão). 
 
Em face do princípio constitucional do devido processo legal, esses 
ritos processuais devem ser previstos em lei, de modo que as partes, 
previamente, saibam a forma como os atos se sucederão, sem que 
sejam surpreendidas. Trata-se de matéria de ordem pública e, 
portanto, as partes não podem de comum acordo, adotar 
procedimento que entendam mais eficiente ou célere, sob pena de 
nulidade da ação penal. O juiz também não pode abreviar o 
procedimento ou alterá-lo, pois estará trazendo vício à ação penal. 
Com o advento da Lei n. 11.719/2008 que alterou o art. 394 do CPP, 
ele passou ser aplicado aos crimes que tenham pena máxima em 
abstrato igual ou superior a 4 anos, quer sejam apenados com 
reclusão ou com detenção. 
Ex: associação criminosa simples (art 288 CP). 
 
No concurso de crimes, que sejam conexos e devam ser processados 
conjuntamente, a adoção do rito levará em conta o máximo abstrato 
dos crimes SOMADOS e não apenas a pena abstrata individual. Este 
raciocínio favorece o réu, já que o rito ordinário é mais amplo e 
confere maior oportunidades de defesa. 
Contudo, por se tratar de questão de competência declinada 
constitucionalmente, se houver conexão entre um crime de rito 
sumário/sumaríssimo e outro de competência do Tribunal do Júri, 
ambos deverão ser julgados pelo rito especial. 
Requisitos da Denúncia 
 Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato 
criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do 
acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a 
classificação do crime e, quando necessário, o rol das 
testemunhas. 
 
Leitura completa do artigo 41 
FASES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
Uma vez oferecida denúncia pelo Ministério Público, nos crimes de ação 
pública, ou queixa -crime pelo ofendido ou seu representante, os autos 
serão encaminhados conclusos ao juiz para que verifique se estão 
presentes os requisitos legais para o seu recebimento. 
Prazo para recebimento ou rejeição: 5 dias (art 800, II, CPP) 
Recebimento: considera -se iniciada a ação penal. A prescrição, por 
consequência, se interrompe passando a correr novo prazo prescricional a 
partir da decisão (art. 117, I, do CP). 
Recurso específico contra o recebimento: Não existe. O acusado pode 
impetrar habeas corpus para trancar a ação (fato atípico). Não há efeito 
suspensivo, salvo se determinado pelo Relator. 
Próxima etapa: o juiz, ao receber a denúncia ou queixa, determina a 
adoção do ato seguinte do procedimento que é a citação do acusado. 
Arts 395 a 405 CPP 
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA 
Quando a denúncia será rejeitada? Art 395 CPP 
Inépcia Manifesta: Falta de requisitos ou coesão essencial. narrativa 
incompreensível, não identifica o réu, ou não observância do art 41 CPP. 
Ausência de pressuposto processual ou de condição da ação penal: 
ausência de representação ou ilegitimidade de parte. 
Ausência de justa causa para o exercício da ação penal: atipicidade da 
conduta, falta de indícios de materialidade ou autoria, extinção de 
punibilidade. 
Recurso Contra a Rejeição da Denúncia: Recurso em Sentido Estrito (Art. 
581 I). Deve-se intimar a parte contrária para oferecer contrarrazões. 
Supremo Tribunal Federal, “constitui nulidade a falta de intimação do 
denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição 
da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo”. 
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA 
Prazo: O prazo para oferecimento da denúncia é de 5 dias, se o indiciado 
estiver preso, e de 15 dias, se estiver solto (art. 46 do CPP), contando -se 
da data em que o Ministério Público receber os autos com vista. Se os 
autos retornarem à delegacia para a realização de novasdiligências, os 
prazos serão contados novamente desde o início quando retornarem ao 
promotor. Lei de Drogas - 10 dias. 
Prazo próprio apenas para o réu preso, na prática o prazo para réu solto é 
impróprio. 
Pedido de Arquivamento: O Ministério Público pode solicitar o 
arquivamento do feito ao invés de oferecer a denúncia, por entender que 
o caso não oferece condições fáticas ou processuais suficientes 
(atipicidade, ausência de autoria, etc). O pedido é endereçado ao juiz, que 
poderá concordar e extinguir o feito ou discordar e encaminhar o caso ao 
Procurador Geral de Justiça, nos termos do art 28 CPP, para que ele avalie 
a demanda e, se for o caso, designe outro promotor para oferecer a 
denúncia. 
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA 
Conceito: ato processual que tem a finalidade de dar conhecimento ao réu 
da existência da ação penal, do teor da acusação, bem como cientificá-lo 
do prazo para a apresentação da resposta escrita. Com a citação considera-
se perfeita a relação jurídico-processual. 
Vício no citação: A falta de citação ou vícios insanáveis no ato citatório 
constituem causas de nulidade absoluta do processo (art. 564, III, e, do 
CPP), salvo se o acusado comparecer em juízo, dentro do prazo legal e 
apresentar a resposta escrita, por ter sido cientificado da acusação por 
outro meio qualquer. 
Modalidades: pessoal (real), ficta ou por hora certa. 
CITAÇÃO 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia 
ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e 
ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por 
escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
CITAÇÃO PESSOAL 
É a regra no processo penal e deve ser sempre tentada antes de se passar à 
citação ficta ou com hora certa, ainda que o acusado não tenha sido localizado 
na fase do inquérito. É materializada nos seguintes instrumentos: 
a) Citação por Mandado: Realizada quando o réu reside ou tramita na própria 
comarca que tramita o processo. É feita por oficial de justiça. (Art 351) 
Por se tratar de modalidade de citação pessoal, o oficial, munido do mandado 
de citação expedido pelo cartório judicial, deve procurar o acusado em todos 
os seus endereços constantes dos autos. Ao localizá-lo, deverá ler o mandado 
e entregar-lhe a contrafé, na qual constará o dia e a hora em que a citação se 
concretizou. Em seguida, o oficial elabora certidão declarando a efetivação da 
citação e a entrega da contrafé ou a recusa do réu em recebê-la. Referida 
certidão é a prova de que a citação se concretizou, sendo desnecessário que o 
acusado tenha assinado o mandado. Contrafé = cópia da denúncia ou queixa e 
do mandado. 
A citação pode ser feita em qualquer dia, inclusive fins de semana e feriados, 
e a qualquer hora, do dia ou da noite. (divergência sobre o período noturno. 
Remete-se ao CPC) 
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: 
I — leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na 
qual se mencionarão dia e hora da citação; II — declaração do oficial, na certidão, da 
entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa. 
Réu preso: deve ser citado no local onde estiver recolhido. 
Réu oculto: se ele não for encontrado nos endereços indicados o oficial fará 
certidão declarando que ele está em local incerto e não sabido. Com 
base em tal certidão, o juiz determinará a citação por edital. 
Requisitos do mandado: vide artigo 357 
Obs: O art. 352, VI, estabelece que, no mandado, devem constar a data e o 
juízo em que o réu deve comparecer. Contudo, no processo atual o 
interrogatório é o último ato de defesa. Assim, o que deve constar do 
mandado é o juízo ao qual o acusado deve apresentar sua resposta escrita no 
prazo de 10 dias, sob pena de nomeação de defensor dativo caso não o faça. 
Réu militar acusado de crime comum: Se o acusado for militar, a citação será 
feita por intermédio de seu chefe de serviço (art. 358 do CPP). O juiz remete 
um ofício ao chefe de serviço e este executa o ato de citação. 
Funcionário Público: é citado por oficial de justiça, por meio de mandado. 
Contudo, o CPP (359) exige que o chefe da repartição seja comunicado da data 
em que ele deverá comparecer em juízo, para que possa previamente 
providenciar a substituição do funcionário naquela data. 
b) Citação por Carta Precatória: hipótese em que pessoa reside ou está presa 
em comarca diversa daquela em que tramita a ação (art 353 CPP). 
Se o motivo da ausência na comarca for breve, aguarda-se o retorno para a 
citação pessoal: Ex: férias, viagem a trabalho, etc. 
Procedimento: Expedida a carta pelo juízo deprecante, e sendo ela recebida 
no deprecado, será determinada a citação, para que o réu seja cientificado da 
acusação e do prazo para a resposta escrita. Será, então, expedido mandado 
no juízo deprecado para que o oficial de justiça proceda à citação do réu. 
Cumprida a carta precatória, será ela devolvida ao juízo de origem 
Sequência: Efetuada a citação, passa a correr o prazo de 10 dias para a 
apresentação da resposta escrita. 10 dias iniciados do cumprimento do 
mandado e não da juntada aos autos 
Súmula 710 STF - no processo penal, contam -se os prazos da data da 
intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou 
de ordem 
Precatória Itinerante: quando verifica-se no juízo deprecado que o réu 
mudou-se para uma terceira localidade, a carta é enviada diretamente a tal 
juízo, apenas se comunicando o fato ao juízo deprecante. 
Citação por carta rogatória: réu no estrangeiro em local conhecido. Quando 
estiver no estrangeiro em local desconhecido, a citação será por Edital. 
Citação por carta de ordem: quando o acusado goza de foro por prerrogativa 
de função, o Tribunal a quem incumbe o julgamento em grau originário emite 
carta de ordem determinando que o juízo da comarca onde reside o réu 
providencie sua citação 
CITAÇÃO COM HORA CERTA 
Adotada após a vigência da Lei nº 11.719/2008. 
Conceito: Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça 
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida 
pela legislação processual civil. 
Requisitos: Procurado 2 vezes pessoalmente + suspeitas da ocultação 
Procedimento: oficial intima qualquer pessoa da família do acusado, ou, em sua falta, 
qualquer vizinho, de que, no dia seguinte, voltará a fim de concretizar a citação, em 
hora determinada. Em prédios ou condomínios a intimação poderá ser feita ao 
porteiro. Na data e hora designados, o oficial retorna e se o réu estiver presente 
realiza a citação pessoal. Caso contrário, o oficial buscará informar-se das razões da 
ausência, dando por feita a citação. Da certidão da ocorrência, o oficial deixará 
contrafé com pessoa da família ou vizinho, declarando-lhe o nome. A citação com hora 
certa será aperfeiçoada mesmo que o familiar ou vizinho anteriormente intimado 
esteja ausente ou se, embora presente, recusar-se a receber o mandado Após a 
efetivação da citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu, no prazo de 10 dias, 
carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando ciência. 
Uma vez feita a citação por hora certa, e o acusado não apresentar a resposta escrita 
no prazo de 10 dias, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. A ação penal não será 
suspensa, ao contrário do que ocorria no regime anterior às modificações 
(anteriormente o réu que se ocultava era citado por edital e, caso não comparecesse, a 
ação seria suspensa). 
2014, Delegado de Polícia 
Assinale a alternativa em que se encontra uma característica do 
sistema acusatório. 
 a) O julgador é protagonista na busca pela prova. 
 b) As decisões não precisam ser fundamentadas. 
 c) A atividade probatória é atribuição natural das partes. 
 d) As funções de acusar e de julgar são concentradas em uma 
pessoa. 
 e) As decisões são sempre sigilosas. 
CITAÇÃO FICTA 
É a Citação por Edital. Utiliza-se nas seguintes hipóteses: 
a) Quando o réu não for encontrado para citação pessoal: 
É necessário queo acusado tenha sido procurado em todos os endereços que 
tenham constado anteriormente nos autos, inclusive locais de trabalho e nos 
números telefônicos existentes, sob pena de nulidade da citação por edital. Deve 
ser certificado pelo oficial de justiça que o réu está em local desconhecido. 
Ainda que o acusado não tenha sido encontrado na fase do inquérito, é 
necessário, em juízo, que se tente sua citação pessoal. 
Se o réu está viajando é necessário aguardar seu retorno e não determinar a 
citação por edital. 
Súmula n. 351 STF: “é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da 
Federação em 
que o juiz exerce sua jurisdição”. Se o réu estiver preso em em qualquer dos 
estabelecimentos prisionais do Estado no qual se desenrola o processo, há 
nulidade. 
Existe também nulidade quando o oficial não encontra o réu porque, por 
descuido, foi digitado erroneamente seu endereço no mandado. 
Efeito: se o réu citado por edital não comparece e não nomeia defensor, o 
processo fica suspenso. 
Prazo: O prazo do edital é de 15 dias. 
b) Quando inacessível o local em que o réu se encontra: Aplicabilidade 
diminuta nos dias atuais. 
 
Informações sobre o Edital: 
O edital de citação indicará: I — o nome do juiz que a determinar; II — o nome 
do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua 
residência e profissão, se constarem do 
processo; III — o fim para que é feita a citação; IV — o juízo e o dia, a hora e o 
lugar em que o réu deverá comparecer; (inciso desatualizado - correto é a 
indicação da constituição de advogado para apresentação de defesa); V — o 
prazo, que será contado do dia da publicação do edital na 
imprensa, se houver, ou da sua afixação. (art. 365). 
Súmula n. 366 STF: “Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da 
lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os 
fatos em que se baseia”. 
O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo (fórum) e será 
publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo 
oficial que a tiver feito, e a publicação, provada por exemplar do jornal ou 
certidão do escrivão, da qual conste a página do 
jornal com a data da publicação (art. 365, parágrafo único, do CPP). 
Real 
Ficta 
Conceito: Primeira defesa técnica do acusado que serve como 
contraposição aos fatos narrados na denúncia/queixa. Deve ser 
apresentada por advogado. 
Prazo: 10 dias a contar da citação. 
Obrigatoriedade: É ato obrigatório (art 396-A, §2º).Se o réu não oferecer a 
resposta escrita no referido prazo, por meio de defensor constituído, o juiz 
deverá nomear defensor dativo, que terá novo prazo de 10 dias para 
apresentá-la a partir da data que receber os autos com vista. 
O que pode ser arguido: 
a) preliminares - incompetência do juiz, litispendência. As preliminares 
serão processadas em apartado. 
b) alegar tudo o que interesse à sua defesa - na prática se busca é a 
absolvição sumária. Na hipótese de argumentos que não versem esta 
possibilidade, convém nada alegar. 
c) apresentar documentos 
d) requerer a produção de provas - ex: exame toxicológico. 
e) arrolar testemunhas - máximo de 8 testemunhas. 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
Considerando que no atual sistema mostra-se possível a absolvição 
sumária logo após a resposta escrita, percebe -se a importância de o 
acusado, desde logo, argumentar e, se possível, comprovar a existência de 
qualquer circunstância que possa levar o juiz a absolvê-lo de imediato, 
evitando, com isso, a instrução criminal. 
A acusação não se manifesta após o oferecimento da resposta escrita, 
salvo se for apresentado documento novo (princípio do contraditório). Em 
relação aos meros argumentos trazidos pela defesa, a acusação não terá 
réplica. 
Prosseguimento: Apresentada a resposta pela defesa, o juiz deve proferir 
decisão absolvendo sumariamente o acusado ou determinando o 
prosseguimento do feito. 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
2011, OAB IV EXAME UNIFICADO 
Levando em consideração as modificações trazidas pela Lei 11.719/08, 
assinale a alternativa correta. 
 a) O Código de Processo Penal admite a figura da citação com hora certa, 
tal como ocorre no Código de Processo Civil. 
 b) O rito comum ordinário é o reservado aos crimes apenados com 
reclusão, independentemente do montante da pena para eles prevista. 
 c) Na mutatio libelli (em que a denúncia descreve determinado fato, mas 
as provas apontam que o fato delituoso é diverso), o Ministério Público 
deverá, após encerrada a instrução probatória, aditar a denúncia no prazo 
de 5 (cinco) dias sob pena de se operar a preclusão temporal. 
 d) O rito sumário é o reservado para as infrações penais de menor 
potencial ofensivo. 
2011, V Exame Unificado 
Em relação aos procedimentos previstos atualmente no Código de 
Processo Penal, assinale a alternativa correta. 
 a) No rito ordinário, oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar 
liminarmente, recebê-la-á e designará dia e hora para a realização do 
interrogatório, ocasião em que o acusado deverá estar assistido por 
defensor. 
 b) No rito sumário, oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar 
liminarmente, recebê-la-á e designará dia e hora para a realização do 
interrogatório, ocasião em que o acusado deverá estar assistido por 
defensor. 
 c) No rito ordinário, oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar 
liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder 
à acusação, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias. 
 d) No rito sumário, oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar 
liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder 
à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
2010, OAB EXAME UNIFICADO 
Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado 
requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando 
o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e 
julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério 
Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a 
oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que 
sejam inquiridas. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 a) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa 
pode ser feita até o encerramento da prova de acusação. 
 b) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una 
causa nulidade absoluta. 
 c) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas 
posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar 
demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos 
apurados na instrução. 
 d) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas 
da defesa não ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do 
processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa. 
Analista Judiciário, 2017 
d) Será adotado o procedimento comum sumaríssimo sempre que o fato 
narrado na denúncia for punido com pena de detenção. 
e) No procedimento comum ordinário, quando a denúncia referira prática 
de crime, cuja ação penal seja de natureza pública condicionada à 
representação, a falta desta não impede o recebimento da peça 
acusatória, devendo o Juiz, neste caso, intimar a parte ofendida para sanar 
tal omissão no prazo de cinco dias. 
Procurador Legislativo Municipal, 2017 
Segundo o Código de Processo Penal, a respeito dos procedimentos, 
comum e especial, e instrução criminal, assinale a alternativa correta. 
a)As infrações de menor potencial ofensivo são processáveis pelo 
procedimento especial. 
Escrevente Técnico Judiciário, 2017 
Assinale a alternativa correta no que diz respeito ao procedimento comum 
dos processos em espécie, consoante disposições do Código de Processo 
Penal. 
 a) Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máximacominada for igual ou superior a 2 (dois) anos de pena privativa de 
liberdade. 
 b) Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada 
seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade. 
 c) Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada 
seja inferior a 5 (cinco) anos de pena privativa de liberdade. 
 d) Sumaríssimo, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima 
cominada seja inferior a 3 (três) anos de pena privativa de liberdade. 
 e) Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima 
cominada for igual ou superior a 3 (três) anos de pena privativa de 
liberdade. 
Juiz Substituto, 2015 
I. Umas das diferenças previstas no Código de Processo Penal entre o rito 
ordinário e o sumário é a previsão do prazo para a realização da audiência 
de instrução e julgamento. 
III. O prazo para alegações finais após o deferimento de diligências será de 
3 dias 
Promotor de Justiça, 2015 
Assinale a alternativa correta: 
 a) No procedimento ordinário, o Juiz de Direito, depois de receber a 
denúncia, determinará a citação do réu para o oferecimento de defesa 
escrita, que não é, entretanto, obrigatória. 
Delegado de Polícia DF, 2015 
Assinale a alternativa correta acerca do procedimento penal. 
c) No procedimento ordinário, após o oferecimento da denúncia, o juiz, 
recebendo-a, mandará desde logo designar dia e hora para o 
interrogatório do réu. 
d) A absolvição sumária é instituto exclusivo do rito do júri popular. 
Escrevente Técnico Judiciário, 2015 
Nos procedimentos ___________ , oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, 
se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e __________ (CPP, art. 396) 
Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectivamente, as 
lacunas. 
a) comuns … designará audiência de instrução e interrogatório 
b) ordinário e sumário ... designará audiência de instrução e interrogatório 
c) ordinário e sumário … ordenará a citação do acusado para responder à 
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias 
d) comuns … ordenará a citação do acusado para responder à acusação, 
por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias 
e) sumário e sumaríssimo … designará audiência de instrução e 
interrogatório 
2015, Estagiário de Direito 
Acerca do procedimento comum ordinário, assinale a alternativa incorreta: 
 a) Na instrução, poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas 
pela acusação e 8 (oito) pela defesa, não se incluindo, porém, nesse 
número, aquelas que não prestam compromisso e as referidas 
 b) O prazo para a apresentação de resposta à acusação, no caso de 
citação por edital, começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do 
acusado ou do defensor constituído. 
 c) No direito processual penal, vigora o princípio da identidade física do 
juiz. 
 d) Oferecida a denúncia, se o juiz não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á 
e designará dia e hora para a realização do interrogatório, ocasião em que 
o acusado deverá estar assistido por defensor. 
 e) Em regra, as alegações finais serão orais, mas o juiz poderá, 
considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder 
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de 
memoriais.

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