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Dermatites na infância

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Dermatites na infância 
 
▪ Dermatose inflamatória crônica, que evolui em surtos, com distribuição das lesões características para 
cada faixa etária; o prurido é sempre intenso e, geralmente, a pele é seca. 
▪ É a dermatose mais frequente na infância e, juntamente com a Rinite e a Asma, forma a tríade atópica. 
▪ Na maioria dos casos, ocorre antes dos 7 anos de idade, com início nos primeiros meses de vida; a partir 
dos 3 meses de vida 
▪ Não parece haver distribuição preferencial quanto ao sexo. 
 
Barreira cutânea sem lipídeos fica seca 
 
▪ As manifestações clínicas da DA podem ser, didaticamente, divididas em 3 fases evolutivas, que têm 
características peculiares quanto à morfologia e à localização das lesões: 
-lactente (3 meses aos 2 anos), mesmo que inclua RN 
-infantil ou pré-puberal (2anos aos 12 anos) 
-puberal (12anos aos 18 anos). 
▪ Em todas as fases: sequidão da pele (xerodermia) em graus variáveis, prurido intenso (com piora 
quando concomitante à sudorese) e curso crônico com surtos de agudização. Distribuição de acordo com 
a faixa etária. 
Lactente: face, região extensora (cotovelo, 
joelho) dorso 
Criança: região flexora, região poplítea 
Adulto: pescoço, tornozelo, pulso 
∙ prurido, xerose e lesões eczematosas 
 
▪ Eczema atópico do lactente (3 meses a 2 anos) 
a) Lesões vesicossecretantes crostosas; 
b) Até 6 meses de vida, localizam-se predominantemente 
em face, nas regiões malares (poupando região medial – triangulo na região nasolabial) e no couro 
cabeludo; podem permanecer localizadas ou generalizar-se; geralmente, a área das fraldas é poupada; 
c) O quadro pode regredir completamente, apenas melhorar ou persistir com maior ou menor 
intensidade. 
Bolinhas com líquido dentro, podem secretar, ao cicatrizar formam crosta. 
 
▪ Eczema atópico infantil ou pré-puberal (2 a 12 anos) 
a) Geralmente, subagudo e crônico, com áreas de liquenificação, escoriações e crostas; surtos agudos 
com eritema, vesiculações e secreção; 
b) Acomete, especialmente, regiões de dobras, como poplítea e cubital; também são afetados face, 
pescoço, punhos, nádegas, face posterior da coxa e dorso das mãos e dos pés; áreas extensoras podem 
estar comprometidas; 
c) Pode permanecer até a puberdade ou desaparecer. 
Área dele mais grossa: área de liquenificação 
 
▪ Eczema atópico do adolescente (12 a 18 anos) 
a) As lesões tendem a ser mais difusas, eritematosas, descamativas e pouco exsudativas, com escoriações 
e liquenificação; 
b) Atinge preferencialmente as áreas de flexão, como cervical, antecubital e poplítea, e os punhos; a face 
também é acometida, particularmente em região periorbital e perioral com palidez frequente; 
c) A evolução ocorre em surtos, com períodos de melhora e agudização. 
Prurido → se causar escoriação importante pode ser porta de entrada para bactérias, que pode levar a 
infecção secundária 
Prega de Dennie-Morgan, comum na tríade da dermatite 
 
Critérios De Hanifin E Rajka – Critérios Maiores 
1. Prurido: presente em todas as fases 
2. Localização típica das lesões: na criança, ocorre o 
acometimento da face e das regiões extensoras; no 
adolescente e no adulto, liquenificação flexural 
3. Tendência à dermatite crônica e recidivante 
4. História pessoal ou familiar de atopia 
Critérios De Hanifin E Rajka – Critérios Menores 
1. Xerose 
2. Ictiose, hiperlinearidade palmar ou queratose pilar 
3. Hiper-reatividade cutânea (do tipo I) 
4. IgE sérica elevada 
5. Início precoce da dermatite atópica (< 2 anos) 
6. Tendência às infecções por S. aureus e herpes simples ou 
imunidade celular diminuída 
7. Tendência à dermatite inespecífica crônica de mãos e pés 
8. Eczema dos mamilos 
9. Queilite 
10.Conjuntivite recorrente 
11.Prega infraorbital de Dennie-Morgan 
12. Ceratocone 
13. Catarata subcapsular anterior 
14. Escurecimento periorbitário 
15. Eritema ou palidez facial 
16. Pitiríase alba 
17. Dobra cervical anterior 
18. Prurido ao suar 
19. Intolerância à lã e a solventes lipídicos 
20. Acentuação da área perifolicular 
21. Intolerância alimentar 
22. Curso influenciado por fatores emocionais e ambientais 
23. Dermografismo branco 
▪ Complicações mais frequentes: 
✓infecções virais (verrugas e molusco contagioso) 
✓bacterianas (S. aureus) 
▪ A mais grave, denominada erupção variceliforme de Kaposi ou eczema herpético, é causada pelo 
contato com o herpes simples; a criança apresenta quadro febril, toxêmico e com lesões vesicopustulosas 
umbilicadas, disseminadas, especialmente nas áreas eczematosas. 
 
Dermatite seborreica*: parece uma escama 
 
Escabiose (sarna): epidemiologia: várias pessoas da família se coçando, principalmente a noite, inicio 
agudo. Não é vesiculosa, é endurecida. 
 
 
 
▪ O tratamento é baseado no tripé: 
1. Melhora da barreira cutânea por meio do uso de hidratantes e produtos de higiene adequados para a 
pele do atópico; usando hidratante 
2. Uso correto de medicações que controlem o processo inflamatório nos surtos; 
3. Orientação aos familiares sobre os fatores desencadeantes, na tentativa de evitá-los ou de diminuir 
a exposição a eles. 
 
1. Controle da hidratação 
✓ Evitar fatores agravantes da xerose: banhos quentes e prolongados, uso excessivo de sabonetes, 
emolientes inadequados, ar condicionado, poluição aérea, baixa umidade do ar, fricção, medicações, 
estresse e produtos químicos. 
✓ Como deve ser o banho: 
∙ água morna (27 a 30°C); 
∙ sabonetes líquidos com pH ácido ou syndets (sabonetes sintéticos) de limpeza; pH do sabonete em 
barra pode ressecar a pele. pH da pele está entre 5 e 5,5. 
∙ duração: 5 a 10 minutos, com a aplicação do sabonete apenas no final; em seguida, deve-se 
enxaguar; 
∙ os hidratantes devem ser aplicados com a pele ainda úmida nos primeiros 3 minutos após o banho. 
✓ Os hidratantes ideais devem conter ceramidas, glicerina, ác. graxos e ésteres de colesterol, serem livres 
de fragrâncias, serem hipoalergênicos e possuírem bom custo-benefício. 
✓ Alguns emolientes podem não ser tolerados na pele 
inflamada ou escoriada (ureia e lactato de amônia); usar quando o processo melhorar. 
 
2. Controle Da Inflamação 
a. Corticosteróides tópicos: antiinflamatórios potentes, inibem a atividade das células dendríticas e dos 
linfócitos, impedindo a síntese de interleucinas. 
✓ É fundamental esclarecer o tipo de corticosteróide ideal para o local afetado, a frequência e a duração 
do tratamento. 
✓ A aplicação única diária é a posologia mais recomendada 
✓ Os efeitos colaterais mais frequentes relacionados à corticoterapia tópica inadequada são: atrofia da 
pele, estrias, telangiectasias, hipertricose, hipopigmentação, erupção acneiforme e dermatite de 
contato. 
 
a. Inibidores da calcineurina tópicos: a calcineurina é uma proteína citoplasmática presente em 
diversas células, incluindo linfócitos e células dendríticas e, após sua ativação, participa da produção 
de interleucinas inflamatórias por um mecanismo cálcio-dependente. 
✓ Há 2 inibidores de calcineurina disponíveis para uso tópico no Brasil: 
• pimecrolimo pode ser indicado a partir dos 3 meses de idade e com única apresentação em creme a 
1% 
• tacrolimo é indicado a partir dos 2 anos, sendo veiculado em pomada a 0,03% (pediátrico) e 0,1% 
(acima de 12 anos). Alto custo R$ 100-150,00. 
✓ Ambos devem ser usados 2x/dia, de 7 a 10 dias. 
✓ Por serem célula-seletivos, apresentam menos efeitos colaterais e podem ser usados em face, genitais, 
dobras e mucosas. 
 
3. Redução Dos Fatores Desencadeantes 
✓ A educação sobre a doença é fator importante para o seu controle. 
✓ Identificar os fatores desencadeantes para cada paciente é fundamental na manutenção de longos 
períodos sem crise. 
✓ Podem ser: lã e as fibras sintéticas, bactérias, ácidos, alvejantes e solventes, exposição à fumaça de 
cigarro e à poluição ambiental e estresse. 
✓ O estafilococo apresenta papel fundamental na perpetuação do processo inflamatórioe o controle da 
infecção auxilia no manejo das crises de agudização da DA. 
• Os antibióticos tópicos (Mupirocina e Ácido Fusídico) estão indicados nas infecções localizadas, 
enquanto os sistêmicos (Eritromicina e Cefalosporinas), para as lesões disseminadas. 
• O uso de sabonetes antissépticos (à base de triclosan) deve ser apenas nos locais afetados. 
✓ Pacientes com infecções de repetição: banhos de imersão (água morna por 10 minutos) com 
hipoclorito de sódio a 6%, 2-3x/semana, por 3 meses. 
✓ A erradicação do S. aureus pode ser feita com embrocação nasal, nas pregas axilares, inguinais e 
cicatriz umbilical e subungueal, com antibiótico tópico (num chumaço com gase), 2x/dia, durante os 
primeiros 5 dias do mês, para toda a família e o paciente. 
✓ Na erupção variceliforme de Kaposi, o Aciclovir é a medicação de escolha. 
✓ Pacientes com lesões disseminadas podem necessitar de 
internação e medicação endovenosa. 
Os corticoides tópicos poderão ser mantidos, mesmo na 
presença da infecção viral. 
• O prurido é o sintoma mais relevante. Está bem determinado que ele pode ser controlado pelo uso de 
hidratantes e dos medicamentos tópicos que controlam os surtos. Os anti-histamínicos funcionam 
como sedativos, melhorando o padrão do sono, mas existem poucas evidências de sua real efetividade 
na DA. 
– Quando forem usados, preferir os de 1ª geração (sedantes) para as crianças antes da época escolar e os 
de 2ª geração (não sedantes) quando em idade escolar. 
• A imunossupressão sistêmica é um recurso de exceção na DA. O controle com tratamento tópico é bem 
sucedido na maioria dos casos. 
Quando isso não ocorre, a não aderência ao tratamento deverá ser explorada à exaustão antes de se 
indicar o tratamento sistêmico (Ciclosporina e corticoides sistêmicos). 
 
▪ É um termo genérico que abrange um conjunto de dermatoses inflamatórias que acometem a área do 
corpo coberta pela fralda (períneo, nádegas, abdome inferior e coxas). 
▪ Ocorre principalmente dos 6 aos 9 meses de vida, embora possa ser vista desde os primeiros dias do 
recém-nascido. 
Pode ser físico (pelo uso da fralda), químico (pelas mudanças causadas devido ao uso da fralda) ou uma 
patologia não relacionada ao uso da fralda. 
 
▪ Divide-se em 3 categorias: 
a) As erupções causadas diretamente pela fralda; 
b) As dermatites exacerbadas pelo uso da fralda; 
c) As dermatoses que ocorrem na área da fralda, mas 
que não se relacionam com o seu uso. 
 
▪Portanto, a dermatite da área da fralda deve ser interpretada não como uma entidade diagnóstica 
específica, mas como um diagnóstico de localização, que engloba um amplo grupo de dermatoses de 
etiologia multifatorial. 
a) Dermatite da área da fralda irritativa primária (DFIP): 
▪ é a mais prevalente e popularmente chamada de assadura. 
▪ A etiologia e a patogenia são pouco compreendidas. O uso da fralda ocasiona aumento da temperatura 
e da umidade local, com consequente maceração da pele, que se torna mais suscetível à irritação 
ocasionada pelo contato prolongado da urina e das fezes. 
▪ Caracteriza-se por eritema brilhante, confluente, com aspecto “envernizado”; por vezes, manifesta-
se como pápulas eritematosas associadas a edema e ligeira descamação; atinge, tipicamente, áreas de 
maior contato com a fralda (“dermatite em W”); as pregas são poupadas. 
 
▪ Frequentemente, surge infecção secundária por Candida 
albicans ou por bactérias como Bacillus faecalis, Proteus, Pseudomonas, Staphylococcus e Streptococcus. O 
uso de pós, óleos, sabões e pomadas irritantes agravam o quadro clínico. 
▪ Quando há candidose simultânea, ocorre intensificação do eritema com lesões pápulo-pustulosas 
satélites. 
▪ Quando o eritema começa a melhorar, a pele torna-se enrugada. 
▪ O diagnóstico é clínico e deve-se realizar exame micológico direto na suspeita de contaminação por 
Candida. 
 
b) Candidose: 
▪ tem se tornado cada vez mais comum nas crianças, possivelmente pelo uso mais frequente de 
antibióticos orais de largo espectro, com subsequente diarreia. O ambiente úmido e quente, produzido 
pela fralda, favorece a proliferação da C. albicans; esta pode penetrar no estrato córneo, ativar a via 
alternada do complemento e induzir um processo inflamatório. 
▪ Apresenta-se como placas eritematosas, que se estendem para a genitália, com descamação 
periférica e pústulas satélites eritematosas ou pequenas pápulas rosadas encimadas por escamas, 
coalescentes em algumas áreas. As regiões perineais e as dobras geralmente estão envolvidas. 
▪ Quando se torna crônica ou recorrente, pesquisar infecção por cândida em cavidade oral, vaginite 
por cândida ou mastite materna. O diagnóstico é clínico e laboratorial pelo micológico direto. 
 
c) Dermatite seborréica: 
Doença inflamatória crônica: inicia-se entre 3 e 12 semanas de vida e, raramente, ocorre após 6 meses 
de idade. 
▪ Clinicamente, caracteriza-se por placas eritematosas com escamas graxentas nas áreas 
intertriginosas; embora atinja as pregas, não apresenta lesões satélites. 
▪ O diagnóstico é clínico; tem bom prognóstico, curando-se espontaneamente por volta dos 3 aos 6 
meses de idade. 
 
d) Dermatite atópica: poupa, na maioria dos casos, a área da fralda; quando atinge esta área, manifesta-
se semelhantemente à DFIP, mas tende a ser crônica e refratária ao tratamento. 
▪ Pode-se observar exsudação e crostas secundárias à infecção por S. aureus. Vale salientar que os 
sinais indiretos de prurido, como escoriações, não são manifestados antes dos 2 anos. 
▪ O diagnóstico é clínico. 
 
e) Psoríase: rara em crianças; quando surge no 1º ano de 
vida, inicia-se na área da fralda. 
▪ As lesões são bem delimitadas, com escamas espessas e micáceas; em geral, não se restringe à área da 
fralda, acometendo caracteristicamente regiões peri e umbilical. 
▪ O diagnóstico é clínico. 
 
f) Sífilis congênita: as lesões podem estar presentes ao 
nascimento ou nos 3 primeiros meses de vida. 
▪Na região anogenital, pode apresentar máculas, pápulas, bolhas, lesões úmidas semelhantes a 
verrugas e associadas a erosões. 
▪Pode, também, ocorrer erupção eritêmato-papuloescamosa como a da sífilis secundária. Em muitos 
casos, há lesões palmoplantares. 
▪O diagnóstico é clínico e laboratorial por meio de sorologia para sífilis. 
 
g) Impetigo bolhoso: infecção estafilocócica muito frequente em RN; o ambiente úmido e quente da área 
da fralda constitui fator predisponente. Causada pelo S.aureus tipo II, que produz toxina epidermolítica. 
▪A lesão inicial é mácula eritematosa e transforma-se em vesicopápula ou mesmo bolha purulenta, 
geralmente flácida, que se rompe, formando erosões. 
▪O diagnóstico é clínico. 
 
 
Vit A + E e óxido de zinco = pomada contra assaduras 
 
 
▪ Em bebês com DFIP (Dermatite irritativa primária), o mais importante é a prevenção. 
▪ Assim, existem 5 aspectos fundamentais na prevenção: 
a) Frequência da troca de fraldas; 
b) Capacidade da absorção da fralda; 
c) Controle de infecções; 
d) Fralda descartável X fralda de pano; 
e) Produtos usados na higiene diária. 
 
▪ Os principais agentes causais são o Staphylococcus Aureus e o Streptococcus pyogenes (estreptococo 
beta-hemolítico do grupo A); nos últimos anos, infecção cutânea por cepas de S. aureus meticilino-
resistentes (MRSA) vem adquirindo caráter emergente. 
▪ Na infecção estreptocócica, ocorre a colonização da pele previamente ao quadro cutâneo, o qual é 
favorecido por pequenos traumas locais ou picadas de insetos; já na infecção estafilocócica, há 
colonização da mucosa nasal e, a partir dessa, contaminação da pele com o consequente surgimento das 
lesões cutâneas. 
 
▪ Impetigo: 
✓Acomete somente a epiderme. 
✓Causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A, pelo S. aureus ou ambos. 
✓2 formas clínicas: bolhoso e não bolhoso. 
✓Mais comum em pré-escolares e escolares. 
✓Favorecida por: vida em aglomeração, má higiene, pequenos traumas mal cuidados. 
✓Pode ocorrer também como complicação de outras dermatoses → impetiginização. 
✓ Em geral, é assintomático, mas pode ser acompanhado de febre e linfadenopatia regional. 
✓ Não-bolhoso: forma predominante; a lesão inicia-se por 
uma vesícula sobre uma base eritematosa (geralmente no nariz); a vesícula rompe-se com facilidade; a 
ulceração superficial resultante logo é recoberta por uma secreção purulenta, cujo ressecamento dá 
origem a uma crosta melicérica; localiza-se em face (região perinasal) e extremidades. 
✓ Impetigo Bolhoso: inicia-se com pequenas vesículas, que 
se transformam em bolhas flácidas de até 2cm de diâmetro; o teto da bolha rompe-se facilmente, 
revelando uma base eritematosa brilhante e úmida (vermelha); o remanescente do teto pode ser visto na 
periferia como um colarete. A face é o local mais afetado. 
 
✓Diagnósticos diferenciais: 
a) Forma não bolhosa: dermatite seborreica, dermatite atópica, herpes-zoster, varicela, escabiose e 
pediculose. 
b) Forma bolhosa: pênfigo vulgar, eritema polimorfo, síndrome da pele escaldada estafilocócica, 
dermatite herpetiforme e alergia a picada de inseto. 
 
✓ Tratamento: 
▪ limpeza com água e sabão 
▪ antibióticos tópicos (Mupirocina e Ácido Fusídico) 
▪ nos casos mais extensos, antibióticos sistêmicos (Amoxicilina associada ao Ácido Clavulânico, 
Cefalexina, Cefaclor ou Clindamicina). 
 
 
 
▪ Celulite 
✓Infecção de caráter agudo, que atinge os tecidos mais profundos da pele, especialmente o subcutâneo. 
✓Embora o estreptococo beta-hemolítico do grupo A e o S. aureus sejam os agentes etiológicos mais 
comuns, ocasionalmente, outras bactérias podem estar envolvidas. 
✓ O S. pyogenes pode causar celulite perianal em crianças, causando dor à defecação e fezes tintas com 
sangue. Em crianças mais novas, principalmente menores de 2 anos, o H. influenzae deve ser incluído 
entre os agentes etiológicos. Com a imunização, está havendo uma diminuição de casos. 
✓ O Streptococcus pneumoniae também pode causar celulites em crianças mais novas, comumente na 
face e com lesões eritemato-purpúricas. 
✓ Pasteurella sp, presentes na cavidade oral de muitos animais, podem causar celulites secundárias a 
mordidas de gatos e cachorros. Nestes casos, usar antibióticos para agentes aeróbicos e anaeróbicos. 
✓ As celulites são acompanhadas por linfadenopatia regional, febre e dor, representando complicação 
comum de ferimentos e úlceras. Na pele, manifestam-se com edema e eritema difusos e dor à palpação; 
o limite nítido entre a pele lesada e a sã é impreciso; se não tratadas em tempo, tendem à disseminação 
rápida. 
✓ Os diagnósticos diferenciais são: Trombose Venosa Profunda, Tromboflebite, dermatite de contato, 
urticária gigante, Faciíte necrosante, paniculites. 
✓ O tratamento requer antibiótico sistêmico. Nos casos leves, uma opção prática e eficaz são as 
cefalosporinas de 1ª geração (Cefalexina é a mais comumente usada); nos casos graves, indica-se 
internação para antibioticoterapia endovenosa (Penicilina cristalina; Oxacilina). 
 
▪ São micoses superficiais produzidas por fungos que parasitam as porções queratinizadas da 
epiderme, dos pêlos e das unhas. 
▪ Os dermatófitos são um grupo de fungos com 3 gêneros: 
Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. 
▪ Podem, ainda, ser subdivididos de acordo com seu habitat: antropofílicos (exclusivos da espécie 
humana), zoofílicos (próprios de animais) e geofílicos (habitam o solo). Predominam em regiões de clima 
tropical, subtropical e úmido. 
▪ A infecção é favorecida pela higiene precária, uso de calçados oclusivos, sudorese excessiva, 
obesidade e nutrição deficiente. 
▪ A transmissão ocorre por contato direto ou indireto com 
materiais contaminados e o quadro clínico varia de acordo com a região ou o anexo acometido. 
 
▪ Tinha do couro cabeludo: 
✓ É quase exclusiva em crianças, apresentando rápida transmissão em agrupamentos humanos (creche, 
abrigo de menores). 
✓ É transmitida pelo contato com indivíduos infectados, animais portadores ou doentes ou com o solo. 
✓ Manifesta-se de várias formas: 
1. Descamação no couro cabeludo semelhante a uma dermatite seborreica com pouca ou nenhuma 
alopecia associada; 
2. Placa de tonsura (chapeuzinho de religiosos, quipá de judeu) única ou múltipla, com eritema de grau 
variado, escamas finas e aderentes e pontos negros na superfície; 
3. Cotos pilosos, podendo estar associada à linfadenopatia; 
4. Quérion (Kérion Celsi), forma aguda de reação inflamatória em resposta à infecção por fungos 
zoofílicos ou geofílicos; caracterizada por uma placa elevada, geralmente única, bem delimitada e 
dolorosa, com pústulas e microabscessos que drenam à pressão, comumente acompanhada de 
linfadenopatia e, às vezes, coexistindo infecção bacteriana secundária. 
 
▪ Tinha do corpo: 
✓ Frequente em crianças de qualquer idade. 
✓ Três apresentações clínicas: 
1. Forma anular clássica: lesão eritematopapulosa, de crescimento rápido, com atividade periférica 
(borda rica em fungos), tendência à cura central, podendo ser única ou múltipla e comumente 
pruriginosa; 
2. Lesão que se inicia como uma placa eritematosa elevada e descamativa, crescendo em tamanho e sem 
uma tendência à cura central (vermelho em volta e branquinho no meio) 
3. Agrupamento de vesículas, que coalescem e rompem, deixando a superfície exulcerada, com posterior 
formação de crostas e progressão centrífuga pelo aparecimento de novas vesículas na periferia. 
✓ Diagnóstico laboratorial: exame micológico direto; cultura de material colhido da lesão (permite 
identificar o gênero e a espécie do dermatófito); exame com a luz de Wood. 
✓ Diagnósticos diferenciais: 
a) Tinha do couro cabeludo – alopécia areata, tricotilomania, dermatite seborréica, impetigo, abscesso, 
miíase furunculóide; 
b) Tinha do corpo – eczema numular, farmacodermia, pitiríase rósea de Gilbert. 
✓ Tratamento: 
a) Couro cabeludo – a Griseofulvina (sistêmica) é a droga de escolha; no quérion, pode ser necessária a 
associação com antibióticos sistêmicos e, às vezes, corticoides sistêmicos. 
b) Corpo – quando localizada, pode ser tratamento tópico, como ciclopirox olamina, a terbinafina e a 
butenafina, além dos azólicos (isoconazol, cetoconazol e outros); se lesões disseminadas, a terapia 
sistêmica com derivados azólicos tem sido indicada por 4 a 6 semanas. 
✓ Profilaxia – higiene corpórea adequada, com uso separado de escovas e toalhas e evitar o contato com 
animais e indivíduos doentes. 
 
▪ Doença contagiosa causada por ácaros. 
▪ Ocorre no homem e em outros mamíferos (cães, gatos, porcos, vacas, cavalos); no homem, o agente é o 
Sarcoptes scabiei var. hominis (transmissão exclusiva homem → homem); em cães, o agente é o Sarcoptes 
scabiei var. canis (transmissão exclusiva cão → cão). 
▪ As fêmeas dos ácaros penetram na epiderme, depositam seus ovos e morrem após 1 mês. O ácaro e suas 
fezes causam prurido intenso. 
▪ Início insidioso, com lesões papulovesiculares eritematosas e pruriginosas; o prurido piora à noite e, 
em geral, os familiares também são acometidos. 
▪ Pode-se ver sulcos lineares (trajeto do ácaro) e pápulas pruriginosas nos espaços interdigitais das mãos, 
punhos, face extensora dos cotovelos, axilas, abdome, genitais, regiões glúteas e coxas. 
▪ Nódulos eritematosos e vesículas sem a presença do ácaro podem ocorrer, resultantes de uma reação 
de hipersensibilidade. 
▪ Em crianças pequenas, ocorre especialmente em regiões 
palmar e plantar e comumente associada à infecção secundária. A face é sempre poupada. 
▪ Tratamento: 
a) Enxofre precipitado a 5% em: creme, loção cremosa, vaselina líquida, sólida ou pasta d’àgua 
(manipulação); medicação de escolha para crianças **e gestantes; aplicar 1x/dia – 3 a 5 dias à noite e 
lavado pela manhã; repetir o tratamento após 1sem (os ovos eclodem em uma semana). 
**< 2meses:https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/infeccoes-cutaneas-parasitarias-
aspectos-clinicos-e-atualizacao-terapeutica/Posso usar em crianças menores que 2 meses 
 
b) Permetrina loção a 5%: é indicada como primeira escolha, aplicar, do pescoço para baixo à noite, agir 
por 8 a 12 horas e lavar pela manhã; permanece ativa na pele por 7 dias. Repetir após 7 dias. Para crianças 
acima de 2 meses. 
c)Ivermectina - comprimido de 6mg: 100 a 200 mcg/kg, em dose única, via oral e sempre com água; não 
é recomendado para gestantes, idosos e menores de 5 anos (< 15 KG). Dose: 0,2 mg/kg em dose única 
(via oral) 
d)TRATAR A FAMÍLIA TODA! 
 
Pediculose 
▪ 3 variedades de piolhos que afetam o homem: 
a) Piolho da cabeça (Pediculus humanus var. capitis) – todo seu ciclo de vida ocorre no couro cabeludo; 
prurido, com infecção secundária, é comum, assim como linfadenopatia cervical e occipital; acomete 
comumente escolares; 
b) Piolho do corpo (Pediculus humanus var. corporis) – habita e se reproduz nas dobras das roupas e daí 
só sai para alimentar-se; o paciente apresenta-se com pápulas pruriginosas, geralmente habita áreas 
superpopulosas, de extensa pobreza e vive em condições de pouca higiene 
c) Piolho púbico (Phthirus pubis) – os ovos encontram-se na haste do pelo; também podem estar em 
região occipital, tronco, membros, supercílios, cílios e axilas; relacionado a DSTs. 
 
▪Tratamento: 
✓ Pediculose do couro cabeludo: 
permetrina 1% - aprovado para crianças maiores de 2 meses. Aplicar nos cabelos, deixar agir (10 min), 
usar pente fino e enxaguar. Se necessário, nova aplicação com 14 dias. 
Monossulfiram: diluir (1:2 –adulto/ 1:3 – criança). Aplicar no cabelo e deixar agir por 8 horas e lavar 
após. Após 7 dias, repetir tratamento 
Benzoato de benzila e Lindano: em desuso devido resistência e efeitos adversos 
Ivermectina: não está aprovado pelo FDA como pediculicida, mas estudos clínicos demonstram 
efetividade. Observar idade e peso para uso. 
Dimeticone 4% xampu: pode ser útil na profilaxia, porém faltam estudos controlados 
✓ Para remover as lêndeas, aplicar nos cabelos solução a 50% de vinagre em água morna e pentear com 
pente fino; 
 
✓ Roupas de uso pessoal, toalhas, roupas de cama, pentes 
e escovas devem ser lavados; examinar e tratar, se necessário, os familiares; 
✓ Pediculose do corpo: a lavagem das roupas é suficiente; 
se necessário, usar tópico semelhante à escabiose; 
✓ Pediculose pubiana: loção de permetrina a 5%; tratar também o parceiro sexual.

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