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Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção (desenvolvimento de estratégias de promoção e proteção à saúde, sendo fundamental para a formulação de políticas de saúde), controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde Tríade 1. População 2. Tempo 3. Doença-agravo Aplicações da epidemiologia Abriga inúmeras áreas do conhecimento e muitas subdivisões, tais como As 3 áreas de atuação – Epidemiologia - Descrição das condições de saúde da população por meio da construção de indicadores de saúde. Exemplo: taxa de mortalidade, taxa de incidência de uma doença; - Investigação dos fatores determinantes da situação de saúde. Exemplo: investigação de agentes etiológicos, fatores de risco; - Avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde. Exemplo: avaliação do impacto do saneamento para diminuir parasitoses na comunidade. Tipos de Estudos Epidemiológicos • Quantitativo - Analítico - Descritivo • Qualitativo EPIDEMIOLOGIA • epidemiologia clínica; • epidemiologia investigativa; • epidemiologia nutricional; • epidemiologia de campo; • epidemiologia descritiva etc; Endemias, epidemias, surtos e pandemias ✓ Endemia - é definida como a presença habitual de uma doença, dentro dos limites esperados, em uma determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado. Pode, também, referir-se à ocorrência usual de uma determinada doença, dentro de uma área ✓ Epidemia - é definida como a ocorrência em uma comunidade ou região, de um grupo de doenças de natureza similar, excedendo claramente a expectativa normal, derivada de uma fonte comum de propagação., ou seja, excesso de casos em relação ao esperado” quando comparado à frequência esperada (ou habitual) de uma doença em uma determinada população, em um período determinado, não sendo necessariamente a “ocorrência de muitos casos” ✓ Pandemia - refere-se a uma epidemia de grandes proporções geográficas, ou seja, atingindo vários países, inclusive mais de um continente. Como exemplo, podemos citar a doença influenza A (H1N1) no ano de 2009, cujos primeiros casos ocorreram no México, expandindo-se para Europa, América do Sul, América Central, África e Ásia. ✓ Surto - a ocorrência de uma epidemia restrita a um espaço geográfico circunscrito é denominada surto. O surto consiste em uma ocorrência epidêmica, em que todos os casos estão relacionados entre si, acometendo uma área geográfica pequena e delimitada (como vilas ou bairros) ou uma população institucionalizada (como creches, asilos, escolas e presídios). Podemos citar como exemplo, a ocorrência de inúmeros casos de intoxicação alimentar em um asilo, após ingestão de alimentos contaminados. Medidas de frequência de doenças: objetivo de mensurar a ocorrência de doenças na população. • Índices: todos os descritores da vida e da saúde. • Coeficientes: trata-se da frequência com que um evento ocorre na população. • Taxas: medidas de risco aplicadas para cálculos de estimativas e projeções de incidências e prevalências em populações de interesse. • Indicadores. índices críticos capazes de orientar a tomada de decisão em prol das evidências ou providências. Indicadores de saúde Os indicadores de saúde têm como propósito principal elucidar a situação de saúde de um indivíduo ou de uma população. Os indicadores são medidas ou síntese que contém informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. • Analisar a situação atual de saúde • Fazer comparações • Avaliar mudanças ao longo do tempo Com essas informações podemos: Planejar, Combater, Melhor distribuir os gastos, Tratamento mais eficazes e Medidas preventivas o Indicadores demográficos: medem a distribuição de fatores determinantes da situação de saúde relacionados à dinâmica populacional na área geográfica referida. o Indicadores socioeconômicos: medem a distribuição dos fatores determinantes da situação de saúde relacionados ao perfil econômico e social da população residente na área geográfica referida. o Indicadores de mortalidade: informam a ocorrência e distribuição das causas de óbito no perfil da mortalidade da população residente na área geográfica referida. o Indicadores de morbidade: informam a ocorrência e distribuição de doenças e agravos à saúde na população residente na área geográfica referida. o Indicadores de fatores de risco/fatores de proteção: medem os fatores de risco (ex.: tabaco, álcool) e/ou proteção (ex.: alimentação saudável, atividade física, aleitamento) que predispõem a doenças e agravos ou protegem das doenças e agravos. o Indicadores de recursos: medem a oferta e a demanda de recursos humanos, físicos e financeiros para atendimento às necessidades básicas de saúde da população na área geográfica referida. o Indicadores de cobertura: medem o grau de utilização dos meios oferecidos pelo setor público e pelo setor privado para atender às necessidades de saúde da população na área geográfica referida. Indicadores de morbidade: informam a ocorrência e distribuição de doenças e agravos à saúde na população residente na área geográfica referida. Utilizam-se principalmente as medidas de incidência e prevalência. Morbidade (comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população). • Incidência: é a frequência de novos casos de uma determinada doença ou problema de saúde num determinado período de tempo, oriundo de uma população sob-risco de adoecer no início da observação • Prevalência representa a proporção de indivíduos de uma população que é acometida por uma determinada doença ou agravo. Engloba tanto os casos novos que ocorreram no período quanto os casos pré-existentes. Incidência é bastante utilizada em investigações etiológicas para elucidar relações de causa e efeito, avaliar o impacto de uma política, ação ou serviço de saúde, além de estudos de prognóstico. Já a prevalência pode ser utilizada para o planejamento de ações e serviços de saúde, previsão de recursos humanos, diagnósticos e terapêuticos. Ressalta-se que a prevalência é uma medida mais adequada para doenças crônicas ou de longa duração. Um exemplo é verificar se o número de casos novos (incidência) de hipertensão arterial sistêmica declinou depois da implementação de determinadas medidas de promoção da saúde, como incentivo a uma dieta Por exemplo, o conhecimento sobre a prevalência de hipertensão arterial entre os adultos de determinada área de abrangência pode orientar o número necessário de consultas de acompanhamento, reuniões de grupos de promoção da saudável, realização de atividade física e combate ao tabagismo no bairro saúde e provisão de medicamentos para hipertensão na farmácia da Unidade de Saúde Alguns fatores podem influenciar negativamente ou positivamente a prevalência, são eles: Indicadores de mortalidade: informam a ocorrência e distribuição das causas de óbito no perfil da mortalidade da população residente na área geográfica referida. Representa o risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população poder vir a morrer em decorrência de uma determinada doença Mortalidade Letalidade medida muito utilizada como indicador de saúde porque permite avaliar as condições de saúde de uma população. É calculada dividindo-se o número de óbitos pela população em risco. medida da gravidade da doença. Expressa o poder que uma doença ou agravo à saúde tem de provocar a morte nas pessoas acometidas. É calculada dividindo-se o número de óbitos por determinada doença pelonúmero de casos da mesma doença. - Mortalidade geral e específica: - Mortalidade infantil: estimativa do risco que as crianças nascidas vivas tem de morrer antes de completar um ano de idade. - Mortalidade materna: representa o risco de óbitos por causas ligadas à gestação, ao parto ou ao puerpério, sendo um indicador da qualidade de assistência à gestação e ao parto numa comunidade. - Mortalidade por doenças transmissíveis: risco da população morrer por doenças infecciosas e parasitárias (tuberculose, tétano, diarréia infecciosa, aids, etc.). Quanto mais elevado o coeficiente, piores as condições de vida.
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