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Texto - Contribuições Sociais ou Contribuições Especiais_Politize

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Tributos: as contribuições 
Publicado em 25 de fevereiro de 2016 
Agora que já aprendemos sobre o imposto, a taxa, a contribuição de melhoria e 
o empréstimo compulsório, falta apenas conhecermos mais uma espécie tributária 
brasileira. Você sabe qual? 
Por conta das quase infinitas versões desse tipo de tributo, a pesada carga tributária que 
representam e os altos índices de arrecadação fazem essa espécie tributária como talvez a 
mais importante do sistema tributário brasileiro. Por isso, essa espécie tributária merece 
atenção especial. Estamos falando das contribuições, também conhecidas como 
contribuições sociais ou contribuições especiais. 
Antes de começarmos, atenção: CONTRIBUIÇÃO é diferente de CONTRIBUIÇÃO DE 
MELHORIA. Apesar da semelhança de nomes, não se deve confundir os dois: são tributos 
diferentes. Tranquilo? Vamos lá! 
Afinal, como funcionam as contribuições? 
As Contribuições pressupõem sempre uma atuação do Poder Público em algum setor 
específico. Ou seja, para que se crie uma Contribuição é essencial que haja alguma 
contrapartida do Estado, mas nesse caso a atuação é genérica, diferente do que ocorre 
com a Taxa. Aqui o contribuinte é um beneficiário mediato, indireto, da atuação do Poder 
Público. Essa característica marcante das Contribuições é denominada de requisito 
finalístico, sem o qual não se pode exigi-la. 
Como consequência lógica do pressuposto finalístico, todos os recursos arrecadados pelas 
Contribuições devem, impreterivelmente, ser destinados à atuação pela qual ela se 
fundamentou. Trata-se de outra característica peculiar dessa espécie, denominada 
de afetação de recursos. 
Outro detalhe desse tributo é que, como regra, somente a União Federal pode instituir 
Contribuições. 
As subespécies das Contribuições são divididas com base na atuação da União em 
determinado segmento. Esses setores são: o Social, a Intervenção no Domínio 
Econômico e a promoção de Interesses das Categorias Profissionais ou Econômicas . 
Seguimos, portanto, com as generalidades e especificidades de cada uma delas. 
Contribuições sociais 
Essa subespécie tem como fundamento a atuação da União no campo Social. Saúde, 
Previdência Social, Assistência Social e Educação são alguns exemplos. A maior par te das 
Contribuições Sociais é exigida das empresas, que repassam esse custo no preço final do 
produto vendido ou do serviço prestado. 
Como exemplo temos a COFINS e a Contribuição ao PIS, que incidem sobre o faturamento 
das empresas, a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), que incide sobre o lucro 
das empresas, a Contribuição Previdenciária, que incide sobre a folha de salários, a 
Contribuição sobre a receita de concursos prognósticos (loteria), o Salário Educação, que 
também incide sobre a folha de salários, dentre outras. 
A Contribuição Salário Educação é destinada ao financiamento da educação básica pública 
e as outras Contribuições exemplificadas se destinam ao financiamento da Seguridade 
Social, que compreende ações do Poder Público nas áreas da Saúde, Previdência Social e 
Assistência Social. O dinheiro arrecadado por esses tributos deve ser destinado somente 
com as finalidades que buscam promover. 
A tão falada CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) se encaixa 
nessa subespécie tributária. Sua finalidade era a atuação na Saúde. Hoje se defende a 
volta da Contribuição para financiar a atuação da União na Previdência Social (INSS). 
https://www.politize.com.br/taxa-especies-tributarias/
https://www.politize.com.br/cpmf-o-que-e/
Contribuições de intervenção no domínio econômico 
Alguns setores da economia eventualmente sofrem distorções. É um fenômeno natural, que 
alguns defendem que o mercado por si só corrige, enquanto outros advogam pela 
intervenção do Estado no setor afetado. Sem entrar no mérito de quem possui razão, uma 
das formas de o Poder Público intervir no setor econômico é criando as famosas CIDE’s 
(Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico). 
A mais conhecida é a CIDE Combustíveis, que é exigida dos importadores e comerciantes 
de petróleo e derivados, com a finalidade de financiar (1) os pagamentos de subsídios a 
preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de 
petróleo; (2) de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e, 
(3) de programas de infraestrutura de transportes. 
Além dessa, temos a CONDECINE que incide sobre a veiculação, produção, licenciamento 
e distribuição de obras cinematográficas (quando vamos ao cinema uma parcela do preço 
do ingresso se destina ao pagamento desse tributo) e tem como finalidade o fomento ao 
cinema nacional. 
Em uma importação por meio marinho tem que ser paga a Contribuição AFRMM (Adicional 
ao Frete para Renovação da Marinha Mercante), na exportação de tecnologia ou serviço 
técnico incide a CIDE Royalties, no setor de telecomunicação tem a FUST e a FUNTTEL, o 
setor de Energia Elétrica também tem sua CIDE, e parte da receita do Sistema ‘S’ (SESC, 
SEBRAE, SENAR, etc.) advém de CIDE destinada a ele. 
Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas 
Também conhecidas como Contribuições Corporativas, se destinam à promoção dos 
interesses de determinada entidade de classe. Os exemplos mais comuns dessa 
subespécie tributária são as anuidades dos Conselhos de classe, como CRM, CRO, CRC, 
CRN, etc. e o imposto sindical (que não é Imposto, mas Contribuição). 
Contribuição de custeio do serviço de iluminação pública 
Aos Municípios foi outorgada competência para a instituição da COSIP (Contribuição de 
Custeio do Serviço de Iluminação Pública). Este tributo surgiu da declaração de 
inconstitucionalidade da taxa de iluminação pública, pois não se tratava de um serviço 
específico e divisível. O Congresso Nacional se sensibilizou com a perda de receita das 
Prefeituras e resolveu constitucionalizar aquilo que foi declarado inconstitucional pelo 
Supremo Tribunal Federal, editando Emenda Constitucional que criou a COSIP. 
Deu para perceber o quão importante são as Contribuições, certo?! Com ela encerramos a 
trilha sobre espécies tributárias. Agora você já sabe identificar quais tipos de tributos são 
exigidos dos cidadãos e consegue perceber que nem tudo o que a mídia e a linguagem 
popular chamam de Imposto é um verdadeiro Imposto, mas alguma das outras quatro 
espécies tributárias (Taxa, Contribuição de Melhoria, Empréstimo Compulsório e 
Contribuições). 
 
Thiago Mondo Zappelini 
Bacharel em Direito pela Unisul. Cursando Ciências Econômicas pela UDESC/ESAG. 
Fonte: https://www.politize.com.br/contribuicoes-o-que-sao-tributos/ 
 
 
https://www.politize.com.br/contribuicoes-o-que-sao-tributos/

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