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O período medieval e educação

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“
O Período Medieval e a Educação
1
estevamhsmachado@gmail.com
Características da 
educação medieval 
1
2
Fonte: CAMBI: Franco. História da Pedagogia. São Paulo: Fundação 
Editora da UNESP, 1999.
A Idade Média (476 d.C – 1492 d.C) : Revisão de Conceitos
◈ Para Cambi, a Idade Média foi um período de 
gestação de características do homem moderno
◈ Formação da Consciência individual
◈ Empenho produtivo
◈ Identidade supranacional, etc.
◈ Homem medieval (Homo hierarchius) diferente do 
homem aequalis dos modernos
3
◈ Dualidade no poder: Igreja versus Império
◈ Espírito supranacional
◈ Cultura (não secularizada, não laicizada, retórica e 
lógica, mas não científica)
◈ Segundo o Cambi, o Cristianismo fez da Europa uma 
consciência espiritual e não apenas um espaço 
geográfico
◈ Europa medieval nasce da subsistência e da 
resistência aos vikings e islâmicos 
4
O IMAGINÁRIO CRISTÃO E A EDUCAÇÃO: ARISTOCRACIA E 
POVO 
◈ Mundo como ordem instituída por Deus e 
invariável, definitiva e justa
◈ Duplo imaginário
⬥ Aristocrata – veiculado pelo livro, ligado a uma 
visão mística e teológica da religião, abrindo 
espaço para uma visão logica e sistemática da fé
⬥ Popular – veiculada pela imagem e pelo rito, 
simplificação da vida religiosa.
5
◈ Os pregadores falam ao povo conceitos de 
moralidade
◈ Ciclos pictóricos (vida de Cristo, de São 
Francisco de Assis, etc.)
6
“
“Nessa sociedade hierárquica, também a educação se organiza em
formas diferentes, geralmente contrapostas: se, de um lado -nas
aristocracias -, ela se refina, se formaliza, se ritualiza (pense-se na
cultura literária e ligada ao castelo, à Cavalaria, às Cruzadas, à
mulher idealizada tanto pelos trovadores como pelos praticantes do
estilo novo) e remete aos modelos clássicos (Virgílio em primeiro
lugar), nutrindo-se de antigos mitos (de Tróia, de Enéias etc.); de
out(o, no povo, coagula-se uma cultura do mágico e do "baixo" (do
corpo, do sexo, como já mencionamos), ligados aos temas da sorte (a
roda que gira) e da morte (a foice que decepa), do gozo (o país da
Cocanha) e da inversão (o Carnaval), como bem salientou Bakhtin na
sua obra sobre Rabelais.” (P.150)
A Alta Idade Média e a educação feudal 
◈ Feudo como unidade territorial governada por um 
senhor detentor do poder militar e administrativo
◈ Sociedade escalonada e com pouca possibilidade 
de mobilidade social
◈ Novos vínculos sociais ligados ao elo de sangue e 
não mais à pólis, à civitas ou à communitas
christiana
8
◈ Fase áurea do feudalismo entre Carlos Magno e 
o ano Mil
◈ Processos de formação separados entre a 
nobreza e as classes inferiores, 
◈ Educação se organiza em instituições como a 
família e a Igreja, que manifestam 
impermeabilidade às mudanças 
◈ Monopólio eclesiástico da educação
9
Escolas Abaciais, catedrais e palacianas 
◈ Monopólio eclesiástico da educação, a Igreja 
substitui o Estado na educação
◈ Educação religiosa voltada para a interpretação 
dos textos canônicos 
◈ Escolas monásticas ou abaciais, vão aos poucos 
substituindo as escolas estatais romanas de 
gramática e retórica
10
◈ As populações bárbaras se opõem a primeiro 
momento, valorizando a educação militar
◈ Escolas monásticas ligava a cultura ascética, 
à interpretação dos textos sagras, à formação 
espiritual e a meditação
11
◈ 910 foi fundada a abadia de Cluny, na 
Borgonha, que se torna um centro de 
renovação espiritual e cultural segundo 
uma mais "severa disciplina religiosa", 
dando lugar a um movimento europeu.
◈ No modelo monástico a vida litúrgica e 
religiosa tinha o primado sobre a 
instrução
◈ A tradição secular acabou sendo 
herdeira do mundo clássico
◈ Escolas Catedrais 
12
◈ Escolas Catedrais (Liege, Reims, Paris, 
Orléans, Chartres) onde se ensianva o trívio
(gramática, retórica, dialética) e o quadrívio
(aritmética, geometria, astronomia, música)
◈ Se ensinava o saber enciclopédico de Boécio, 
Cassidoro e Isidoro de Sevilha, colocando-os 
dentro da autoridade da Igreja e das Sagradas 
Escrituras
13
◈ Nas escolas catedrais sobreviveu um modelo 
de cultura didática e conservadora, 
formalista e não criativa. 
◈ Carlos Magno (742-814) com o intuito de 
formar uma societas christiana que unificasse 
Igreja e Estado funda a schola palatina (ou 
palaciana)
14
⬥ Objetivo de formar eclesiásticos e filhos da 
nobreza
⬥ Ensinava-se sobretudo gramática e retórica 
ciceroniana 
⬥ Renascença Carolíngia
⬥
15
CAVALARIA E FORMAÇÃO DA ELITE 
◈ Cavalaria pautada na tradição germânica de 
solidariedade e honra
◈ A Igreja, a partir do século X cristianizou a 
cavalaria e lhe impôs uma ética 
⬥ Defender os fracos
⬥ Obedecer a Igreja
⬥ Mover guerra aos infiéis
⬥ Observar os mandamentos, etc.
16
◈ Formação do cavaleiro foi reorganizada e 
passou-se a ter uma rica cerimônia de 
iniciação
◈ No século XV a cavalaria já vai se tornando 
uma instituição desvalorizada com o 
florescimento das cidades 
17
METAMORFOSES DA PAIDÉIA CRISTÃ 
◈ Paidéia Cristã teve tornar-se a imitação de 
Cristo, Tomás de Kempis invocará como 
princípios cristãos o desprezo do mundo, a 
humildade, a solidão e o silêncio, o amor de 
Deus e a consciência do pecado.
◈ Interioridade e fuga de consciência 
◈ Em termos platônicos o interior como 
separado do “mundo”
18
◈ Primeiro modelo de paideia cristã medieval 
presente no Pseudo-Dionísio (Sec. V)
⬥ Sublinha a estrutura hierárquica do mundo em 
cada uma de suas partes.
⬥ Aproximar-se de Deus através da meditação
⬥ Desafio ao racionalismo
◈ Manlio Severino Boécio (480-525) 
⬥ Formação racional aristotélica 
19
⬥ Filosofia como “consolador”
◈ Isidoro de Sevilha (560-636) 
⬥ Saber enciclopédico ordenado através do estudo das 
etimologias 
⬥ Conhecimento através da análise e busca pela 
verdadeira essência das coisas
⬥ Filosofia da Temporalidade, deu um tom pessimista ao 
período
◈ Rábano Mauro (776-836) 
⬥ Conexão entre as escrituras e as artes liberais
20
◈ Escoto Eígena (810-875) 
⬥ Pensamento panteísta
⬥ União a Deus através da Deificatio
21
“
seu pensamento inspirase no neoplatonlsmo e fixa uma escala
descendente/ascendente na ordem dos seres, que parte de Deus e retorna
a Deus, através da mediação do homem que -enquanto corpo e alma -é o
ponto de fusão dos dois movimentos. Deus cria todas as cuisas
penetrando em toda parte, embora Deus seja anterior a elas, mas desse
modo cada coisa pode, por graus, ser reportada a Deus, e o homem pode
unir-se diretamente a Deus por meio da deificatio. Todo o processo de
retorno a Deus é ligado, no homem, à valorização do conhecimento dos
princípios, das idéias, a que levam as disciPlinae liberales e em
particular a dialética, que "indaga diligentemente os conceitos racionais
universais da mente", mas que é preparada e estimulada pela aritmética,
pela geometria, pela música e pela astronomia. (CAMBI,1999:.164)
◈ Santo Anselmo
⬥ Demonstração a priori da existência de Deus, 
fundamento da fé. 
⬥ Coloca a lógica e a dialética a serviço da fé
23
A EDUCAÇÃO EM BIZÂNCIO E NO ISLÃ 
◈ Bizâncio teve uma rede de escolas 
municipais de enkylios paidéias
⬥ articulada em três ciclos (elementar: leitura, 
escrita, cálculo; médio: gramática ou poética; 
superior: retórica), 
⬥ com professores diversamente especializados, que 
culminavam na figura do sofista (que ensinava 
oratória e "filosofia política"). 
24
◈ Cultura formativa ligada à gramática e à 
retórica, nutrida da ética grega e da fé cristã
◈ “A educação bizantina não ministrava apenas um
saber e um modo de raciocinar; ela oferecia o contato
com uma tradição intelectual e moral surgida na
Antiguidade, salva por um Império que foi, nos
primeiros séculos da Idade Média, o refúgio da
civilização diante dos bárbaros, de Ocidente e
Oriente.” P.168
◈ O islão conseguiu, durante o medievo unir o 
conhecimento científico e filosófico à interpretação dos 
textos corânicos 
◈ Educação virtuosa para o belo e para o bom, formação 
de caráter predominantemente religioso 
◈ Escolascorânicas ensinavam a religião e preceptores 
particulares ensinavam a tradição e o direito 
26
A BAIXA IDADE MÉDIA E A EDUCAÇÃO URBANA 
◈ Ano mil como paradigmático:
⬥ Modificações climáticas, abertura comercial, 
desagregação do regime feudal e início da 
formação das cidades 
27
EDUCAÇÃO E VIDA SOCIAL: AS CRIANÇAS, OS JOVENS, AS 
MULHERES 
◈ Vida familiar aberta 
◈ Segundo Aries: "A rua era a sede central dos 
ofícios, da vida profissional e também dos 
falatórios, das conversações, dos espetáculos 
e dos jogos“
◈ Crianças e mulheres como marginais nesta 
sociedade medieval.
28
EDUCAÇÃO E IMAGINÁRIO POPULAR: CICLOS PICTÓRICOS E 
PREGAÇÃO, TEATRO E FESTAS 
◈ Período de altíssimas taxas de analfabetismo, 
o conhecimento se dá a partir da reprodução 
das tradições e pela observação do senso 
comum 
◈ Palavra oral e imagens são duas vias de 
acesso à cultura
◈ Teatro sacro X teatro popular
29
◈ Carnaval e as festas são os alívios de uma 
vida marcada pela tradição da fé
30
A SOCIEDADE DOS LETRADOS E A FORMAÇÃO: ROMANCE, 
POESIA, ENCICLOPÉDIA 
◈ As classes altas são alfabetizadas, em geral
◈ Habitam dois espaços: o convento e os palácios
◈ Criação de uma cultura comum europeia facilitada pelo 
latim
◈ A segunda Idade Média foi marcada por um caldo 
cultral que envolvia fé cristã, cavalaria, feudalismo, 
realismo burguês e exaltação da cidade
31
AS UNIVERSIDADES, OS CLÉRIGOS VAGANTES, A LECTIO 
◈ Evolução das escolas catedrais se deu na 
direção da instituição da universidade
◈ Escolas urbanas independentes da Igreja
◈ Trivium das artes liberais e depois a Teologia, 
o direito e a medicina foram sendo 
incorporado aos estudos universitários
32
Método dos pro e dos contra: “Tal método gira em torno do 
comentário de textos, tanto teológicos como jurídicos ou 
médicos ou outros (Abelardo, ou Graciano com o DecreLum, uu
An Medicinae de Constantino, o Africano, que sintetizava 
Hipócrates e Galeno ou Cícero etc), colocados como auctoTitates. 
Em torno desses textos e de seus comentários desenvolvia-se a 
lectio (de legere) que fixava o significado gramatical (littera) , 
depois a explicação lógica (sensus) e enfim a exegese ou 
interpretação (sententia) de textos ou partes de textos. Deste 
trabalho nasce a discussão, e esta faz emergir a quaestio, 
33
◈ o problema, que dá lugar à disputa (disputatio): esta era a 
"contenda dos clérigos", que "se desenvolvia sob a 
direção do mestre", a quem cabia a conclusão, articulada 
em várias etapas e retomada e fixada por escrito, dando 
lugar às quaestiones disjnLtatae. A estas juntavam-se 
também as quaestiones quodlibetales, isto é, sobre 
qualquer assunto, nas quais se empenhavam 
publicamente sobretudo os mestres
34
◈ que eram interrogados livremente pelos 
interventores que procuravam fazê-los cair 
em contradição. Assim, a Escolástica foi 
estimuladora de um pensamento original, 
porém obediente às leis da razão", 
(CAMBI,1999:185-6)
35

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