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Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 1 1 UNIDADE UNIDADE 0505 MÁQUINAS SÍNCRONASMÁQUINAS SÍNCRONAS Disciplina: Máq. Ac. Elétricos Prof.: Evandro 2 Máquinas Síncronas Conteúdo programático • Princípio de funcionamento e partes constituintes. • Circuito equivalente para a máquina síncrona. • Operação como motor síncrono. • Partida de motores síncronos. • Efeito do aumento de carga. • Curva em V de um motor síncrono. • Aplicações dos motores síncronos. • Geradores síncronos trifásicos. (Obs.: A sequencia de exposição ao longo das aulas pode diferir da exposta acima.) 3 5.1 – INTRODUÇÃO Classificação das Máquinas Elétricas Rotativas • Máquinas de Corrente Contínua (CC) • Máquinas de Corrente Alternada (CA) – Síncrona – Assíncrona • Máquinas especiais 4 Máquinas de Corrente Alternada (CA) Se dividem em: – Trifásica • Assíncrona • Síncrona – Monofásica • Assíncrona • Síncrona – Universal Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 2 5 Máquinas Síncronas 6 • Características gerais das máquinas síncronas – A máquina síncrona é uma máquina de indução. – A frequência elétrica da tensão no estator, está sincronizada com a velocidade mecânica do rotor. • Classificação das máquinas síncronas: - Gerador (ou Alternador) Síncrono - Motor Síncrono 7 5.2 – ASPECTOS FÍSICOS DE FUNCIONAMENTO 5.2-1 Partes Construtivas Principais O estudo dos aspectos construtivos das máquinas elétricas tem por objetivos principais: i. mostrar a colocação dos enrolamentos nas máquinas elétricas rotativas; ii. demonstrar a composição genérica destas máquinas. 8 Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 3 9 10 Características importantes no processo de conversão eletromecânica de energia num determinado dispositivo eletromecânico: - Enrolamento de campo: • Onde se aplicada a corrente de excitação. → resultando na produção de um campo magnético (que no caso das máquinas CA, é girante). - Enrolamento de armadura: • Onde é gerada a fem induzida de trabalho (gerador). 11 5.2-1 Partes Construtivas Principais Estator Onde se localizam os enrolamentos de armadura. - Carcaça - Núcleo do estator Estator de uma máquina trifásica (3Ø) de 2 polos O padrão básico de dois pólos (a-c’-b-a’-c-b’) distribuído nos 360° do estator. 12 5.2-1 Partes Construtivas Principais Atividade em sala (relativa ao slide anterior) - Fazer as conexões (fechamento) dos enrolamentos da armadura (estator). Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 4 13 5.2-1 Partes Construtivas Principais Máquina trifásica (3Ø) de 4 pólos – Enrol.s de armadura Estator Diagrama de conexões O padrão básico de dois pólos é repetido duas vezes nos 360° do estator. 14 5.2-1 Partes Construtivas Principais Atividade (relativa ao slide anterior) - Fazer as conexões (fechamento) dos enrolamentos da armadura (estator) . 15 5.2-1 Partes Construtivas Principais Rotor Onde se localizam os enrolamentos de campo. Tipos de rotor: • Pólos Lisos • Pólos Salientes 16 5.2-1 Partes Construtivas Principais Rotor • Pólos Lisos (outras denominações: rotor Cilíndrico, Pólos Não Salientes). – Possui Enrolamento Distribuído (ao longo das ranhuras do rotor) Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 5 17 5.2-1 Partes Construtivas Principais Rotor • Pólos Salientes – Possui Enrolamento Concentrado (em cada perna = polo) 18 5.2-1 Partes Construtivas Principais Máquina trifásica de 4 pólos 19 5.2-1 Partes Construtivas Principais Máquinas com rotor de polos Salientes e de polos Lisos 20 5.2-1 Partes Construtivas Principais Atividade (relativa ao slide anterior) - Avaliar se as conexões da figura b) do slide anterior estão corretas, ou mesmo completas. . Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 6 21 5.2-1 Partes Construtivas Principais Escovas e Anéis Coletores ─ As escovas e os anéis são fixos no eixo. ─ O contato entre ambos é contínuo. Fonte: Nascimento Jr. (2008, p. 168). 22 Partes Construtivas Principais Rotor 23 24 5.2-1 Partes Construtivas Principais Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 7 25 MÁQUINA SÍNCRONA - Gerador 26 MÁQUINA SÍNCRONA - Gerador 27 5.2-1 Partes Construtivas Principais 28 5.2-1 Partes Construtivas Principais Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 8 29 5.2-1 Partes Construtivas Principais 30 5.2-1 Partes Construtivas Principais 31 MÁQUINA SÍNCRONA - Gerador 32 MÁQUINA SÍNCRONA - Gerador Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 9 33 Motor síncrono trifásico de alta velocidade 34 Velocidade do CMG ou Velocidade Síncrona (ns) (CMG: Campo Magnético Girante) onde p: número de pólos (magnéticos) da máquina. f: freqüência elétrica (Hz) da tensão nos enrolamentos do estator (armadura): - No caso de motor: é a frequencia da rede de alimentação. 35 Escorregamento (S) Diferença entre a velocidade síncrona ns e a velocidade do rotor n (ou nr). onde • ns: velocidade síncrona (do CMG) • n: velocidade do rotor 36 Exemplo 1 Sistema de geração da usina de Itaipu: - turbina Francis/gerador com velocidade de 92.3 rpm a 60 Hz (lado brasileiro) e 90,9 rpm a 50 Hz (lado paraguaio). Determine o número de pólos das máquinas. Resp.: p = 78 (Brasil) p = 66 (Paraguai) Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 10 37 5.2-2 – Princípio de Funcionamento • Por ser também uma máquina de indução: pela lei de Faraday a tensão induzida, por exemplo, no enrolamento da “fase a” do estator é: 5.2-2 Princípio de Funcionamento Gerador síncrono • Aplicações dos geradores (ou alternadores) síncronos São utilizados principalmente, na geração de energia elétrica nas usinas hidrelétricas, térmicas e nucleares. 39 5.2-2 - Princípio de Funcionamento Gerador síncrono – Objetivo: gerar energia (tensão) elétrica alternada no estator. 40 5.2-2 - Princípio de Funcionamento Gerador síncrono Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 11 41 5.2-2 Princípio de Funcionamento Gerador síncrono elementar (alternador) – Com o movimento relativo do campo magnético produzido pelo enrolamento de campo (presente no rotor) em relação aos enrolamentos da armadura (instalados no estator) é gerado um valor instantâneo da força eletromotriz (f.e.m) induzida nos enrolamentos da armadura. Esquema de Funcionamento de um Gerador Elementar (Armadura Fixa) Fonte: Weg S.A. ([200-?], p. 46). 42 5.2-2 Princípio de Funcionamento Gerador síncrono • Tensão Gerada A tensão gerada nos alternadores síncronos depende: - da velocidade da máquina, e - do fluxo de excitação de campo do gerador (Ø). Assim, tem-se: (1 Wb = 1.108 linhas de campo magnético) (SENAI, 1988). 43 5.2-2 Princípio de Funcionamento Tensão Gerada Sendo: ▪ ωe = velocidade angular elétrica (rad/s); ▪ ωm = velocidade angular mecânica (rad/s). 44 5.2-2 Princípio de Funcionamento Tensão Gerada Sendo: fe: frequencia elétrica da tensão gerada (Hz); p: número de polos; n (ou ns): rotação síncrona (rpm). Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 12 45 5.2-2 Princípio de Funcionamento Tensão Gerada 46 Exemplo 2 Um gerador CA tem oito pólos e opera numa velocidade de 900 rpm. Calcule: a) A frequencia da tensão gerada; b) A velocidade da máquina primária requerida para gerar 25 Hz e 50 Hz. Resp.: a) 60 Hz) b) ____ rpm ____ rpm 47 Exemplo 3 Um alternador síncrono de seis pólos tem 480 espiras por fase (estator). O fluxo por pólo é de 4,8 x 106 linhas e a velocidade é 1200 rpm. Calcule o valor da tensão gerada por fase. Resp.: 6.137,8 V 5.2-2 Princípio de Funcionamento Motor síncrono – Objetivo: energia mecânica (rotacional) no eixo, a uma velocidade fixa (quando em regime permanente. Objetivo: - Energizar os polos de campo magnético do estator, ou seja, criar um campo magnético girante (CMG) no circuito do estator. Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 13 5.2-2 Princípio de Funcionamento Motor síncrono – Objetivo: energia mecânica (rotacional) no eixo, a uma velocidade fixa (quando em regime permanente. 5.2-2 Princípiode Funcionamento Motor síncrono Objetivo: - Energizar os polos de campo magnético do estator, ou seja, criar um campo magnético girante (CMG) no circuito do estator. 51 5.2-2 - Princípio de Funcionamento Motor síncrono 5.2-2 Princípio de Funcionamento Campo Magnético Girante (CMG) – CMG no estator de um motor síncrono – Correntes (de magnetízação) circulam em cada uma das três fases e, em conjunto, criam um CMG. Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 14 5.2-2 Princípio de Funcionamento Campo Magnético Girante (CMG) – CMG no estator de um motor síncrono – Correntes (de magnetízação) circulam em cada uma das três fases e, em conjunto, criam um CMG. P substituir a figura das correntes. 5.2-2 Princípio de Funcionamento Campo Magnético Girante (CMG) – Formação do CMG no estator ( Vide ANEXO I) P substituir a figura das correntes. Formação do CMG Determinação do eixo magnético de cada fase do estator Eixos magnéticos das fases a, b e c (linhas pontilhadas) tem a indicação do sentido, considerando-se que corrente positiva é a que sai pelo terminal “a”, e entra pelo terminal “-a”. Regra do saca rolhas (mão direita) para obter a indicação do sentido do eixo magnético na fase. 5.2-2 Princípio de Funcionamento Formação do CMG a b c Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 15 57 • Aplicações dos Motores Síncronos ─ Estes motores são na maioria das vezes mais econômicos para altas potências, sendo usados na correção do fator de potência: Deste modo, são utilizados: ─ como condensadores (capacitores) nos consumidores industriais; e/ou ─ como reatores (indutores) nas subestações das concessionárias de energia elétrica. 58 Motores Síncronos - Aplicações A excitação (alimentação CC do enrolamento de campo) determina se a máquina está fornecendo ou absorvendo reativo (indutivo). • Corrente de excitação (If) (Vide notas de aula manuscritas) 59 Motores Síncronos - Aplicações 60 Motores Síncronos - Aplicações ─ Quando a tecnologia de capacitores atingiu um ponto satisfatório reduziu-se substancialmente sua utilização na correção do fator de potência nas indústrias. (Livro Motor Síncrono. Geraldo Carvalho. p 299) Máq.Ac. Elétricos (Prof. Evandro) 16 Exemplo 04 Em uma indústria, uma máquina síncrona trifásica (3Ø), de 400 kVA, e 4 kV é instalada em paralelo com motores de indução trifásicos. São as seguintes as cargas das máquinas: - Motores de indução: 500 kVA, com FP de 0,8 atrasado; - Motor síncrono: 300 kVA, com FP unitário. Pede-se: a) Determine o FP geral da indústria para situação atual. b) Para melhorar o FP geral, a máquina síncrona é sobre- excitada, sem que ocorra qualquer aumento de carga. Sem sobrecarregar o motor síncrono (ou seja, respeitando seu limite de potência), qual é o acréscimo de FP possível? c) Encontre a corrente e o FP do motor síncrono nesta nova condição de operação. Resp.: a) 0,92 b) 0,99 c) 57,73 A ; 0,75 cap 62 5.3 – TORQUE ELETROMAGNÉTICO (Telm) • Para produzir um torque eletromagnético (Telm) permanente, os campos magnéticos do estator (Øest) e do rotor (Ørot) precisam ser: – constantes em amplitude, e – estacionários um com relação ao outro. • Portanto, o Telm é a tendência para dois campos magnéticos se alinharem.
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