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SIÉCOLA, Márcia. Deficiência intelectual, física e psicomotora. 1ª Ed. Curitiba, PR: IESDE, 2017. Musa Antonio da Silva1 Estudo Dirigido 1. Na Idade Média, entre os séculos IV e XV, com a difusão da doutrina cristã, como se explicava os fatos relacionados às pessoas deficientes? Cite um exemplo dessa época? R- Antes desse período, as pessoas com algum tipo de deficiência eram eliminadas ou abandonadas por serem consideradas “anormais”. Com a influência do cristianismo na Idade Média, outro olhar passou a ser introduzido a respeito dessas pessoas. Uma tolerância foi introduzida e o extermínio não foi mais praticado. A exclusão e ocultação foram as práticas relacionadas a essas pessoas consideradas diferentes. Um exemplo disso tira-se da literatura da época, que retratava bem a realidade. O Corcunda de Notre Dame, escrito por Vitor Hugo relata a dificuldade que a sociedade tinha de conviver com pessoas que apresentavam alguma anomalia. 2. Qual a proposta da LDBEN 9.394/96 para as pessoas com deficiência? R - A LDBEN inseriu o “capitulo V” que trata especificamente dos direitos dos educandos portadores de necessidades especiais (art 58) à educação, preferencialmente na escolas regulares, e institui o dever do Estado de estabelecer os serviços, os recursos e os apoios necessários para garantir a escolarização de qualidade para esses estudantes, assim como determina como dever das escolas responder a tais necessidades desde a Educação Infantil (art 3). O relativo destaque reafirma o direito à educação pública e gratuita, das pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades. A LDBEN, com o objetivo de atender as pessoas com necessidades educacionais especiais, prevê em seu artigo 59 os seguintes itens relevantes: currículos, métodos, recursos educativos e a organização específica, terminalidade específica, aceleração de conclusão (para os superdotados), educação para o trabalho, entre outros (BRASIL, 1996). 3. Para Piaget e Vygotsky, como se dá o processo de aquisição de conhecimento nas pessoas deficientes intelectuais? R- Para esses autores, o processo de aquisição de conhecimento nas pessoas com deficiência é o mesmo que acontece com as pessoas sem deficiência. A pessoa com 1 Pedagoga. Especialista em Educação Especial e Inclusiva. Especialista em Docência do Ensino Superior. Professora da Rede Municipal de ensino. deficiência apresenta um desenvolvimento qualitativamente único, no entanto, não inferior a seus pares. Piaget vai dizer que a evolução intelectual de uma criança com deficiência passa pelos mesmos estágios da criança normal. Porém, apresenta uma lentidão ou até estagnação que conduz a viscosidade no raciocínio. Para ele, o desenvolvimento desencadeia-se pela ação do sujeito por meio de seus mecanismos de adaptação e acomodação. No caso dos deficientes intelectuais, ocorre o mesmo, não importando a que níveis consigam alcançar. Na concepção vigotskyana, o meio social, a diversidade e a heterogeneidade, são considerados elementos enriquecedores na geração do conhecimento, inclusive das crianças com deficiência. Vigotsky também acreditava na plasticidade cerebral, capacidade de se transformar do organismo e do ser humano, de o individuo criar processos adaptativos com o intuito de superar os impedimentos que encontrava, e isso se dá pela interação com os fatores ambientais. 4. O que significa estabelecer a Educação Inclusiva na rede regular de ensino na atualidade? R- Na atualidade, o direito à educação está previsto na Constituição Federal. Para a Instituição escolar regular se tornar inclusiva, ela deve reconhecer as “diferenças” dos seus alunos diante do processo educativo, e buscar a participação e o desenvolvimento de todos os envolvidos, adotando práticas pedagógicas efetivas. Entretanto, a inclusão não se limita a matricular alunos com deficiência nas instituições escolares, é preciso que se ofereçam condições para a operacionalização de um projeto político pedagógico inclusivo. 5. Qual a finalidade da parceria entre a escola/professor e a família do aluno(a) com deficiência? R- Para Vygotsky, “o comportamento do ser humano é formado por peculiaridades, condições biológicas e sociais do seu crescimento”. Portanto, considerando a família como sendo o sustentáculo do ser humano, essa parceria entre escola/professor e família é de extrema relevância para o desenvolvimento satisfatório desses indivíduos. Nessa perspectiva, esse compromisso e vínculo da família com a criança e o jovem fazem com que eles sejam cuidados, suas necessidades básicas supridas, tenham um local que se desenvolvam com segurança e aprendam a relacionar-se em sociedade. 6. Qual o entendimento que a literatura especializada tem sobre o Atendimento Educacional Especializado? R- Entende-se que o Atendimento Educacional Especializado (AEE) seja um conjunto de atividades, recursos pedagógicos e de acessibilidade, ofertados, de forma complementar ou suplementar, à escolarização dos estudantes com alguma deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, matriculados nas classes comuns do ensino regular. Esse conjunto de ações deve ser registrado/efetivado no Projeto Político Pedagógico de cada instituição escolar, devendo ser realizado, preferencialmente, na sala de recursos multifuncionais, individualmente ou em pequenos grupos, em turno contrário ao da escolarização. 7. Qual a diferença entre os sufixos plegia e paresia? R- O sufixo plegia é o mesmo que paralisia, quando se perde o movimento de algum membro de seu corpo. Já o sufixo paresia refere-se a uma paralisia parcial, uma diminuição da capacidade motora devido a lesões do sistema nervoso. 8. Como se dá a classificação dos distúrbios da deficiência física? R- As diferentes causas se classificam em duas categorias: distúrbios neurológicos e distúrbios ortopédicos. Os distúrbios neurológicos se subdividem em origem encefálica e origem espinhal. Os distúrbios ortopédicos possuem origem muscular. 9. De que forma podemos prevenir o agravamento dos casos de deficiência física? R- Os responsáveis precisam estar atentos para quaisquer alterações psicomotoras como: andar de forma descoordenada ou manca, não conseguir colocar a planta do pé no chão, pernas em tesoura, desequilíbrios, postura inadequada e quedas constantes, choro sem motivo aparente pode ser manifestação de alguma dor, articular ou muscular, forma de apreender os objetos como utilizar lápis com muita ou pouca força, dificuldade para uso de tesoura ou rasgadura, buscar ajuda especializada para uma análise mais profunda do caso. 10. Qual é a área de tecnologia assistiva que apresenta maior avanço? R- Sistemas auxiliares ou próteses para comunicação. 11. Cite os três grupos de classificação da tecnologia assistiva. R- Adaptações físicas ou órteses; Adaptações de hardware; Softwares especiais de acessibilidade. 12. Que vantagem possui a tecnologia assistiva para o processo de ensino aprendizagem? R- Melhor efetividade da aprendizagem, pois o aluno pode experenciar movimentos que seria impossível sem as adaptações.
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