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Aula 03 - Pronomes

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Livro Eletrônico
Aula 03
Português p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
Décio Terror Filho
curso comprado no site: www.nossorateiodeconcursos.com
 
 
 
 
 
1 
 
Colocação pronominal. 
Sumário 
1 – Pronomes pessoais ....................................................................................................... 3 
1 – Pronomes pessoais do caso reto ................................................................................................. 3 
2 – Pronomes pessoais do caso oblíquo ............................................................................................ 4 
a) Pronomes pessoais oblíquos átonos ............................................................................................................................ 4 
Colocação dos pronomes oblíquos átonos ....................................................................................................................... 8 
Ênclise ............................................................................................................................................................................... 8 
Próclise ............................................................................................................................................................................. 9 
Mesóclise ........................................................................................................................................................................ 10 
Valor do pronome oblíquo átono “se” ........................................................................................................................... 13 
b) Pronomes pessoais oblíquos tônicos ......................................................................................................................... 20 
2 – Demais pronomes ...................................................................................................... 22 
1 – Pronomes indefinidos ................................................................................................................ 22 
2 – Pronomes possessivos ............................................................................................................... 24 
3 – Pronomes demonstrativos ......................................................................................................... 25 
4 – Pronomes interrogativos ........................................................................................................... 27 
5 – Pronomes de tratamento .......................................................................................................... 27 
6 – Pronomes relativos .................................................................................................................... 29 
3 – Lista de questões ........................................................................................................ 54 
4 – Gabarito ..................................................................................................................... 67 
 
 
 Nesta aula, trabalharemos os pronomes! 
Nossa metodologia nesta aula será um pouquinho diferente. 
A cada parte da teoria, resolveremos uma ou outra questão do CESPE para ilustrarmos a 
cobrança em prova, e isso terá um efeito didático importante no ponto específico da aula. Tais 
questões não terão numeração, nem ano de aplicação da prova. 
Depois de vermos toda a teoria, teremos o treinamento e aprofundamento com mais 
questões da banca CESPE já com numeração e ano de aplicação da prova. 
Décio Terror Filho
Aula 03
Português p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
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2 
 
Tais questões propositalmente não seguem a ordenação dos assuntos que vimos. Elas estão 
dispostas de forma aleatória, como um aprofundamento. 
 Vamos à primeira parte da aula: 
Pronomes 
O pronome é a classe gramatical que é empregada para substituir ou acompanhar um nome. 
É considerado um elemento de coesão, pois retoma ou projeta nomes no texto. Veja: 
Ana Clara realizou uma prova ontem. Ela não havia levado seu material de estudo, 
então pediu a um amigo que morava perto de sua casa que o trouxesse à faculdade, pois todo 
o resumo se encontrava nele. 
Perceba que o pronome pessoal “Ela” retomou “Ana Clara”. O pronome possessivo “seu”, 
além de fazer subentender a preposição “de”, retoma “Ela” (=material dela). O pronome relativo 
“que” se refere ao vocábulo “amigo” (amigo morava...). O pronome “sua” novamente retoma “Ela” 
(casa dela). Os pronomes “o” e “nele” fazem referência à expressão “material de estudo”. 
Com isso, podemos perceber o papel crucial dos pronomes na retomada de palavras. Essa 
referência ao que foi dito anteriormente é chamada de recurso anafórico ─ recurso muito utilizado. 
Mas ele também pode projetar o sentido, isto é, fazer uma abertura para depois inserir o 
elemento. Veja: 
 Ana já soube de sua nota: cinco. 
 A nota de Ana foi esta: cinco. 
 Preciso de algo: descanso. 
Chamamos isso de recurso catafórico. Não temos que decorar os nomes, mas saber 
identificar a quem o nome se refere, quem ele retoma e quem ele projeta. Para tal, basta lermos 
com calma o texto e confirmarmos os dados nele. 
Verifique essa coesão referencial em um texto da prova de Analista de Finanças e Controle 
(STN) 2008: 
 
Décio Terror Filho
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3 
 
 
(CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior) 
Fragmento de texto: Em milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da 
academia para que seus nomes gerassem adjetivos conhecidos de todos, até de quem não sabe 
quem eles foram: Platão e Maquiavel. Todos ouvimos falar em amor platônico ou em pessoas 
maquiavélicas. Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi 
maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social. 
Na linha 7, o pronome “ele” refere-se a “Platão”, o referente mais próximo. 
Comentário: O pronome pessoal “ele” também trabalha a coesão referencial anafórica. Assim 
retoma palavra expressa anteriormente, e não posteriormente, como a questão faz 
subentender. 
 Assim, o substantivo retomado foi “Maquiavel”, e não “Platão”. 
Gabarito: E 
 
Bom, vimos a aplicação do pronome como elemento anafórico ou catafórico. Agora, vamos 
estudar algumas nomenclaturas importantes do pronome e seu emprego. 
1 – PRONOMES PESSOAIS 
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: quem fala 
(locutor), com quem se fala (interlocutor) e de quem se fala (referente). 
1 – PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO 
São os que desempenham a função sintática de sujeito da oração, vocativo e predicativo. São 
os pronomes eu, tu, ele (ela), nós, vós, eles (elas). 
 
Eu sou professor. O professor sou eu. 
Tu és professor. O professor és tu. Tu, não deixes de estudar! 
Ele é professor. O professor é ele. 
Nós somos professores. Os professores somos nós. 
Vós sois professores. Os professores sois vós. Vós, aceitai a reprimenda. 
Eles são professores. Os professores são eles. 
sujeito predicativo vocativo 
 
Décio Terror Filho
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4 
 
2 – PRONOMES PESSOAIS DO CASO OBLÍQUO 
São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou 
indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal. 
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são 
antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidospor preposição. 
a) Pronomes pessoais oblíquos átonos: são os seguintes: “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, 
lhes”. Eles podem exercer diversos valores morfossintáticos nas orações: 
 Objeto direto: “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”. 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
informou-me 
informou-te 
informou-se 
informou-o (a) 
informou-nos 
informou-vos 
informou-os (as) 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
sujeito VTDI + OD + OI 
Se o verbo termina com as nasalizações “m”, ou “õe”; os pronomes o, a, os, as transformam-
se em no, na, nos, nas. 
Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. 
 Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor. 
Se o verbo termina em “r”, “s” ou “z”; excluem-se essas terminações, e os pronomes o, a, os, 
as mudam para lo, la, los, las. 
Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. 
 
 As apostilas, perde-las toda semana. (sujeito oculto “tu”) 
 
 As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade. 
 
 
Independentemente da predicação verbal, se o verbo termina em “-mos”, seguido de “nos” 
ou de “vos”, retira-se a terminação “-s”. 
Encontramo-nos ontem à noite. 
 Solicitamo-vos a acolhida nesta noite. 
 
deverão trazer + as deverão trazê-las 
perdes + as perde-las 
seduz + as sedu-las 
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5 
 
Objeto Indireto: “me, te, se, lhe, nos, vos, lhes”. (valor sintático) 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
informou-me 
informou-te 
informou-lhe 
informou-nos 
informou-vos 
informou-lhes 
 revoga-se 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o direito 
 
 
 
 
 
 
de ficar calada. 
sujeito VTDI + OI + OD + oração subordinada substantiva completiva 
nominal 
Se o verbo for transitivo indireto terminado em “s”, seguido de lhe, lhes, não se retira a 
terminação “-s”. 
 Obedecemos-lhe cegamente. 
 
Complemento nominal: “me, te, lhe, nos, vos, lhes”. 
 Vemos na aula de sintaxe da oração que o complemento nominal é o termo que é exigido 
pelo nome. Assim, note que o substantivo “respeito” exigiu os complementos nominais que estão 
em negrito abaixo: 
 
(você) Tenha-me respeito. Tenha respeito a mim. 
(eu) Tenho-te respeito. Tenho respeito a ti. 
(eu) Tenho-lhe respeito. Tenho respeito a ele. 
(você) Tenha-nos respeito. Tenha respeito a nós. 
(eu) Tenho-vos respeito. Tenho respeito a vós. 
(eu) Tenho-lhes respeito. Tenho respeito a eles. 
sujeito VTD + CN + OD VTD + OD + CN 
 
Valor de posse (algo de alguém): “me, te, lhe, nos, vos, lhes”. 
Algumas gramáticas determinam a esses pronomes a função de adjunto adnominal, outras, 
objeto indireto. Para concurso, basta entender o valor de posse. 
Doem-me as pernas. (As minhas pernas doem.) 
Doem-te as pernas. (As tuas pernas doem.) 
Doem-lhe as pernas. [As suas pernas doem. As pernas dele(dela) doem.] 
Doem-nos as pernas. (As nossas pernas doem.) 
Doem-vos as pernas. (As vossas pernas doem.) 
Doem-lhes as pernas. [As suas pernas doem. As pernas deles(delas) doem.] 
 Sujeito acusativo: Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são “me, te, se, o, a, 
nos, vos, os, as”, quando estiverem em um período composto formado pelos verbos “fazer, mandar, 
ver, deixar, sentir ou ouvir”, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio. Esses são os verbos causativos 
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e sensitivos, os quais foram mencionados quando estudamos as peculiaridades das orações 
subordinadas substantivas objetivas diretas. 
Ex. Deixei-a entrar atrasada. 
 Mandaram-me conversar com o diretor. 
 
(CESPE / Assistente de Chancelaria nível superior) Julgue a frase abaixo quanto à correção 
gramatical. 
Já que eu não posso amar ela, vou procurar outro amor. 
Comentário: O vocábulo “ela”, dependendo de seu valor sintático, poderá ser pronome pessoal 
do caso reto ou oblíquo tônico. Como este pronome está na função de objeto direto, deve ser 
substituído por “a”, com as devidas adaptações: “amá-la”. Porém, esta estrutura pode 
despertar um desprestígio linguístico, produzindo a pronúncia (a mala), em determinados 
contextos causando até ambiguidade. Por isso, é relevante posicionar esse pronome átono 
antes do verbo “posso”: “eu não a posso amar”. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / Assistente de Chancelaria nível superior) Ao escrever um texto, determinado 
profissional produziu a frase: 
A inflação é a maior inimiga da Nação. É meta prioritária do governo eliminá-la. 
 O profissional poderia substituir “eliminá-la” por eliminar-lhe, e, dessa forma, a frase 
estaria mais bem formulada e de acordo com a escrita padrão. 
Comentário: O verbo “eliminar” é transitivo direto e “-la” é o objeto direto, corretamente 
empregado. A referida substituição implicaria erro gramatical, pois o pronome “lhe” nunca 
ocupará a função de objeto direto. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / TRE - ES Técnico) 
Fragmento de texto: No artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, dispôs 
a Carta Magna de 1988: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam 
ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os 
títulos respectivos.” Era o reconhecimento de um direito. 
Em “emitir-lhes”, o pronome exerce a função de objeto direto. 
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7 
 
Comentário: O pronome “lhes” não pode ocupar a função sintática de objeto direto. Neste 
contexto, sua função é de objeto indireto. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / FUB Técnico) 
Fragmento de texto: O Teach for America consegue atrair os mais talentosos alunos para a 
docência oferecendo-lhes algo bem concreto. Depois de dois anos no papel de professor de 
escola pública — tempo mínimo de estada no programa —, esses jovens ingressam quase que 
automaticamente em algumas das maiores empresas americanas, com as quais o Teach for 
America estabeleceu uma produtiva parceria. 
O pronome “lhes” poderia ser substituído por os, sem prejuízo da correção gramatical do 
texto, dada a possibilidade de dupla regência do verbo oferecer. 
Comentário: O verbo “oferecendo” é transitivo direto e indireto. Seu objeto direto é “algo” e 
o objeto indireto é “lhes”. Assim, este não pode ser substituído por “os”. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / TRE - MA Analista) 
Fragmento do texto: Ser cidadão, perdoem-me os que cultuam o direito, é ser como o Estado, 
é ser um indivíduo dotado de direitos que lhe permitem não só se defrontar com o Estado, mas 
afrontar o Estado. O cidadão seria tão forte quanto o Estado. O indivíduo completo é aquele 
que tem a capacidade de entender o mundo, a sua situação no mundo e que, se ainda não é 
cidadão, sabe o que poderiam ser os seus direitos. 
Estaria garantida a obediência às regras de regência verbal, caso se substituísse a 
expressão “afrontar o Estado” por afrontar-lhe. 
Comentário: O verbo “afrontar” é transitivo direto, então só cabe objeto direto, por isso não 
se utiliza o pronome “-lhe” (objeto indireto), mas o pronome “lo” (objeto direto) (imposição 
do “L” pela retirada do “r” final do verbo). Verifique que esta troca pode ser feita porque a 
palavra “Estado” já havia sido expressa no texto. 
Gabarito: E 
 
 
(CESPE TRE - MA Analista) 
Fragmento do texto: Ser cidadão, perdoem-me os que cultuam o direito, é ser como o Estado, 
é ser um indivíduo dotado de direitos que lhe permitemnão só se defrontar com o Estado, mas 
afrontar o Estado. O cidadão seria tão forte quanto o Estado. O indivíduo completo é aquele 
que tem a capacidade de entender o mundo, a sua situação no mundo e que, se ainda não é 
cidadão, sabe o que poderiam ser os seus direitos. 
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A substituição da expressão “capacidade de entender o mundo” por capacidade de 
entendê-lo mantém a coesão e a coerência do texto, além de conferir ao período maior 
concisão. 
Comentário: Observe que a expressão “o mundo” é objeto direto do verbo “entender”. É 
gramaticalmente correta a substituição; porém, textualmente, deve-se observar que o recurso 
de se substituir um substantivo por um pronome oblíquo ocorre quando esse substantivo está 
sendo repetido; no entanto, a palavra “mundo” não havia sido expressa no texto 
anteriormente, e sua substituição causaria uma incoerência no texto. 
Ficou com dúvida? Pense nesta frase iniciando um texto: 
Ela chegou tarde hoje. 
Ela quem? Para que esse pronome tenha coesão e coerência no texto, deve-se substituir um 
substantivo escrito anteriormente no texto: 
Margarida saiu às cinco horas da manhã. Ela chegou tarde hoje. 
 Agora se sabe quem é ela: Margarida. 
Gabarito: E 
Colocação dos pronomes oblíquos átonos 
Numa relação frasal, muitas vezes há dúvida quanto ao posicionamento desses pronomes, 
que podem ficar antes do verbo (próclise), no meio dele (mesóclise) e depois dele (ênclise). 
a. Em relação a um só verbo: 
A estrutura básica da oração é o sujeito (S), verbo (V) e complemento (O). Essa é a sequência 
natural, pois é mais prático ao falante concordar o verbo com o sujeito que já foi dito. Os pronomes 
pessoais oblíquos átonos ocupam a função de complemento (representado adiante por “O”). Então, 
façamos a seguinte depreensão: 
S V O 
 
 
 
 
Ênclise: o pronome surge após o verbo. Pode ser considerada a colocação básica do 
pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Na língua culta, é observada no início das 
frases ou quando não houver palavra que atraia esse pronome: 
Apresento-lhe meus cumprimentos. Contaram-te tudo? 
Joana cansou-se de tanto andar. 
oblíquo 
átono 
ênclise 
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9 
 
Observação: deve-se ter em mente que não se inicia oração com pronome oblíquo átono: estão 
erradas as construções “Me disseram assim.”, o ideal é “Disseram-me assim.” 
Próclise: o pronome surge antes do verbo, porque há uma palavra que o atrai, chamada 
palavra atrativa, ou se houver conveniência eufônica: 
S O V 
 
 
Não nos mostraram nada. Nada me disseram. 
a) São palavras atrativas: advérbios¹, pronomes relativos², interrogativos³, conjunções 
subordinativas4 e, normalmente, as negações5: 
Sempre¹ se encontram. 
É a pessoa que² nos orientou. 
Quem³ te disse isso? 
Nada foi feito, embora4 se conhecessem as consequências da omissão. 
Não5 me falaram nada a respeito disso. 
b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos etc), a atração 
perde força e o pronome deve posicionar-se após o verbo: 
 Não nos falaram a verdade. Não, falaram-nos a verdade. 
 Agora nos fale a verdade. Agora, fale-nos a verdade. 
c) O pronome átono, não inicial, pode vir antes da palavra negativa: 
“...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.” 
d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os autores modernos têm 
optado pela próclise, mesmo não havendo palavra atrativa, haja vista o processo eufônico (soar 
melhor). Veja: 
O marceneiro feriu-se com a lâmina. 
O marceneiro se feriu com a lâmina. 
Observação: a tradição fixou a próclise ainda nos seguintes casos: 
1) com o gerúndio precedido da preposição em: 
Em lhe chegando o turno, volte ao trabalho com eficiência. 
2) nas orações exclamativas e optativas, com o verbo no subjuntivo e sujeito anteposto ao verbo: 
Bons ventos o levem! Deus te ajude! 
Note a diferença com: “Benza-o Deus!”. Nesta frase, o sujeito ficou posposto ao verbo, 
porque o pronome teve de ser deslocado para não iniciar a frase. 
oblíquo 
átono 
próclise 
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10 
 
3) Com a preposição “para” seguida de infinitivo, a colocação pronominal é facultativa (próclise ou 
ênclise), inclusive com palavra negativa: 
Para se equilibrar, ele segurou um graveto. 
Para equilibrar-se, ele segurou um graveto. 
Para não se esquecer, escreveu o recado na mão. 
Para não esquecer-se, escreveu o recado na mão. 
Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do presente do indicativo 
ou futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes 
tempos, a colocação é a próclise: 
Mostrar-lhe-ei meus escritos. Falar-vos-iam a verdade? 
Nunca lhe mostrarei meus escritos. Jamais vos falarei a verdade. 
Agora, veja essas regras com uma locução verbal: 
O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três formas a seguir: 
infinitivo gerúndio particípio 
1 Vou-lhe falar. Estou-lhe falando. Tenho-lhe falado. 
2 Vou lhe falar. Estou lhe falando. Tenho lhe falado. 
3 Vou falar-lhe. Estou falando-lhe. — 
 
Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, na estrutura 1, há ênclise ao verbo 
auxiliar; na 2 há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise ao verbo principal. Note que não pode 
haver ênclise com verbo no particípio. 
“Dica para memorizar: o particípio não participa da colocação pronominal.” 
Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição do pronome oblíquo 
átono. 
Outra importante observação: via de regra, com palavra atrativa, o pronome oblíquo átono 
ficará proclítico ao auxiliar¹ ou ao principal², e enclítico ao principal³: 
infinitivo gerúndio particípio 
1 Não lhe vou falar. Não lhe estou falando. Não lhe tenho falado. 
2 Não vou lhe falar. Não estou lhe falando. Não tenho lhe falado. 
3 Não vou falar-lhe. Não estou falando-lhe. — 
 
Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não devem ser vistas 
como preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos, subordinados às exigências da ênfase, da 
harmonia e espontaneidade da expressão. 
Cabe relembrarmos aqui dois valores do pronome “se”: índice de indeterminação do sujeito 
e pronome apassivador. Além disso, veremos outros valores desse pronome que caem muito em 
prova. 
 verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal 
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal 
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11 
 
 
(CESPE / Sec Edu AM nível superior) 
Fragmento do texto: Não se trata, nessas condições, de querer liquidar a angústia, mas de 
saber se o homem deve procurar evitá-la, fugir dela por qualquer saída, ou se, em vez disso, 
deve aceitá-la e aventurar-se a viver longe da terra firme. 
Em “Não se trata” (linha 1), a partícula “se” poderia ser corretamente empregada após o 
verbo, escrevendo-se Não trata-se. 
Comentário: A palavra atrativa “Não” obriga o posicionamento do pronome átono “se” antes 
do verbo. Assim, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / TCE TO Analista) No trecho “se ela não parava de brigar”,o pronome “se” está 
anteposto ao sujeito devido à presença do advérbio de negação. 
Comentário: O vocábulo “se”, na realidade, é uma conjunção condicional. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / TCE TO Analista) O trecho “Ela não o viu ficar paralítico” admite, sem prejuízo para a 
correção gramatical e o sentido original do texto, a seguinte reescrita: Ela não viu ficá-lo 
paralítico. 
Comentário: O pronome “o” está entre dois verbos de duas orações diferentes. Nesta estrutura 
não há locução verbal, por isso, o pronome não pode se movimentar de um verbo a outro. 
Assim, o sentido muda e a estrutura fica incoerente. 
 Esta estrutura ocorre porque o verbo “viu” é chamado de sensitivo, seguido de uma oração 
subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / TRT - RJ Analista) 
Fragmento do texto: Em consequência, nas vilas próximas às fazendas, se concentra uma 
população detritária de velhos desgastados no trabalho e de crianças entregues a seus avós. 
Seria mantida a correção gramatical caso se empregasse o pronome posposto ao verbo: 
concentra-se. 
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12 
 
Comentário: O pronome oblíquo átono “se” está antecipado do verbo por motivo eufônico, 
numa liberdade expressiva. A banca, então, sugere a recolocação em ênclise, que seria o 
padrão natural, pois o termo atrativo (a locução adverbial “Em consequência”) está separado 
por outra locução adverbial intercalada de vírgulas. Perceba que a banca não diz que a 
colocação original em próclise está errada, mesmo não havendo palavra atrativa, pelo motivo 
anteriormente exposto. 
Gabarito: C 
 
(CESPE / Banco do Brasil Escriturário) 
Fragmento do texto: Some-se a isso o faturamento com as tarifas e chega-se aos resultados do 
ano passado, com os quais as instituições financeiras do país se elevaram à condição de 
instituições mais rentáveis do planeta. 
As regras gramaticais de emprego dos pronomes átonos permitem também a redação de 
elevaram-se à condição, em lugar de “se elevaram à condição”, sendo ambas as construções 
apropriadas a documentos oficiais. 
Comentário: O pronome átono “se” está proclítico ao verbo “elevaram”, mesmo não havendo 
palavra atrativa, o que é natural na linguagem atual por motivo de eufonia. Assim, esse 
pronome pode ser deslocado também para depois do verbo (ênclise). 
Gabarito: C 
 
(CESPE / TRE-TO Analista) 
Fragmento de texto: Amanhã serão definidos os nomes do presidente da República e dos 
governadores de alguns estados. 
A substituição da expressão “serão definidos” por definir-se-ão garante a correção 
gramatical do período. 
Comentário: Normalmente se poderia substituir “serão definidos os nomes” (voz passiva 
analítica) por “definir-se-ão os nomes” (voz passiva sintética). O problema é que o advérbio 
“Amanhã” é palavra atrativa e exige a próclise; por isso, o correto seria: “Amanhã se definirão 
os nomes”. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 
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Valor do pronome oblíquo átono “se” 
Índice de indeterminação do sujeito (voz ativa): 
Vemos na aula de concordância que o pronome “se” pode ser índice de indeterminação do 
sujeito (IIS), o qual se junta a verbo transitivo indireto, intransitivo e de ligação, na intenção de 
indeterminar o agente (sujeito). Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente 
estão na voz ativa e o verbo obrigatoriamente fica na 3ª pessoa do singular. 
Trata-se de assuntos sigilosos. 
(verbo transitivo indireto + IIS + objeto indireto) 
Morre-se de fome em várias partes do mundo. 
 (verbo intransitivo + IIS + adjunto adverbial de causa + adjunto adverbial de lugar) 
É-se feliz aqui. 
(verbo de ligação + IIS + predicativo + adjunto adverbial de lugar) 
 
Pronome apassivador (voz passiva sintética): 
Também vemos na mesma aula que o pronome “se” pode ser pronome apassivador (PAp), o 
qual se junta a verbo transitivo direto ou a verbo transitivo direto e indireto, na intenção de 
indeterminar o agente (agente da passiva). Perceba que todas as orações em que ele aparece 
obrigatoriamente estão na voz passiva sintética e o verbo concorda com o sujeito paciente: 
 
Consertam-se carrocerias. Carrocerias são consertadas. 
VTD + PAp + sujeito 
paciente 
 sujeito 
paciente 
locução verbal 
voz passiva sintética voz passiva analítica 
 
 
Pronome reflexivo (voz reflexiva): 
Esse é um valor ainda não visto em nossas aulas. Diz-se que um pronome é reflexivo quando 
este “reflete” a ação ao mesmo elemento. Isto é, o sujeito age e o objeto direto sofre a ação, porém 
a mesma pessoa (ou coisa) sujeito será também o objeto direto. Veja: 
Ela olhou-se no espelho. (ela olhou e foi olhada) 
 Porém, podemos ter dúvida se esse pronome é reflexivo ou apassivador. Por isso, vamos a 
suas diferenças: 
Feriu-se o atleta durante a partida. 
Há ambiguidade gerada a partir do se, pois não se sabe se o atleta agiu ou sofreu a ação. Por 
isso há necessidade de um contexto, e é isso que tem caído em prova. 
 
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==160e93==
 
 
 
 
 
14 
 
Supondo-se que o atleta agiu contra ele mesmo (caiu sozinho, por exemplo), o pronome se 
será entendido como pronome reflexivo: 
Feriu-se o atleta durante a partida. 
VTD + P Refl 
(OD) 
sujeito 
agente 
adjunto adverbial de tempo 
Desfar-se-á a ambiguidade, substituindo o pronome átono “se” pela expressão tônica “a si 
mesmo”, da seguinte maneira: 
O atleta feriu a si mesmo durante a partida. 
sujeito 
agente 
 VTD + P Refl (OD prep) adjunto adverbial de 
tempo 
Supondo-se que o atleta sofreu a ação de alguém (agente da passiva) que não foi identificado, 
o pronome se será entendido como pronome apassivador: 
Feriu-se o atleta durante a partida. (* O agente da passiva 
está indeterminado) VTD + P Ap sujeito 
paciente 
adjunto adverbial de 
tempo 
Desfar-se-á a ambiguidade da seguinte maneira: 
O atleta foi ferido durante a partida. (* O agente da passiva 
continua indeterminado) sujeito 
paciente 
locução 
verbal 
adjunto adverbial de tempo 
Pronome reflexivo recíproco (voz reflexiva recíproca): 
Esse pronome transmite uma reação dos objetos direto ou indireto à ação do sujeito, por isso 
é chamado de pronome reflexivo recíproco (P Rec) e compõe a voz recíproca, que é apenas uma 
variação da reflexiva, com o detalhe de que se necessita de no mínimo dois indivíduos para se 
efetivar a reciprocidade. Uma forma prática de visualizar o pronome reflexivo recíproco é 
subentender os advérbios de modo “reciprocamente”, “mutuamente”: 
 
Os deputados cumprimentaram-se após a sessão plenária. 
sujeito VTD + P Rec (OD) adjunto adverbial de tempo 
voz reflexiva recíproca 
 
Com base no que foi visto anteriormente sobre o pronome apassivador, reflexivo recíproco e 
o puramente reflexivo, entendamos a diferença entre eles, dependendo do contexto. Usamos para 
isso o sujeito iniciado com a expressão “mais de um”: 
 
 
 
 
 
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Feriu-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Refl sujeito agente adjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um 
atleta 
feriu a si mesmo durante a partida. 
sujeito agente VTD + P Refl adjunto adverbial de 
tempo 
 
 
 
Feriu-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Ap sujeito pacienteadjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um atleta foi ferido durante a 
partida. 
sujeito paciente locução 
verbal 
adjunto adverbial de 
tempo 
 
 
 
Feriram-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Rec sujeito agente adjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um atleta feriram-se mutuamente durante a partida. 
sujeito agente VTD + P Rec + adj adv 
 modo 
adjunto adverbial de 
tempo 
 
sujeito agente VTD + P Rec + adj adv 
 modo 
adjunto adverbial de 
tempo 
 
 
(CESPE / SEDU-ES Agente educacional) 
Fragmento do texto: Trata-se da chamada poluição urbana, observada, sobretudo, nas 
grandes regiões metropolitanas de acelerado crescimento demográfico. 
Caso a expressão “da chamada poluição urbana” estivesse no plural, a forma verbal “Trata-
se” deveria também ser flexionada no plural. 
Pronome reflexivo: cada atleta a 
seu tempo se machucou durante a 
partida; portanto, verbo no 
singular. 
Pronome apassivador: cada atleta a 
seu tempo foi machucado por um 
agente (agente da passiva) que não 
foi identificado, isto é, está 
indeterminado. Verbo concorda no 
singular. 
Pronome recíproco: os 
atletas se chocaram. Um 
contra o outro. Esta é a 
exceção à regra da 
concordância com o 
sujeito “mais de um”. 
Verbo no plural. 
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Comentário: O verbo “Trata” é transitivo indireto, com isso, o pronome “se” é índice de 
indeterminação do sujeito. Esse verbo ficará no singular independentemente da flexão do 
objeto indireto. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / PMDF CHOAEM) 
Fragmento do texto: O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no 
inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise. 
Em “Radica-se”, o pronome indica que o sujeito é indeterminado. 
Comentário: Afirmou-se que o “se” é índice de indeterminação do sujeito. Isso não é verdade, 
pois o verbo radicar é transitivo direto. Com isso o “se” é pronome apassivador e seu sujeito 
paciente está subentendido como “O medo”. Para a confirmação de ser pronome apassivador, 
temos sempre que passar esta voz passiva sintética para a voz passiva analítica: O medo é 
radicado no inconsciente...” 
Gabarito: E 
 
(CESPE / Polícia Federal Auxiliar Administrativo) 
Fragmento do texto: Não se pode negar que o advento dos regimes liberais em 1989-90, em 
todos os grandes Estados da América do Sul, criou uma ilusão de modernidade. (...) 
A partir de 1995, a ilusão começou a desfazer-se e a dura vida real transformou sonhos em 
pesadelos. 
O emprego do pronome “se” marca a formalidade da linguagem utilizada e indica, nas duas 
ocorrências, que o sujeito da oração é indeterminado, impessoal. 
Comentário: O pronome “se” é uma forma de tornar o texto objetivo, flexionando o verbo em 
terceira pessoa, isso o leva mais próximo à formalidade (não que isso seja o determinante na 
formalidade). O erro está em afirmar que o “se” é uma forma de indeterminação do sujeito. O 
“se” nas duas ocorrências não é índice de indeterminação do sujeito, mas pronome 
apassivador. Para se ter certeza, deve-se transpor as duas construções em voz passiva analítica 
e notar que o termo sublinhado é o sujeito paciente. Assim: 
Não pode ser negado que o advento dos regimes liberais... (sujeito oracional) 
A ilusão começou a ser desfeita... (sujeito determinado simples) 
Gabarito: E 
 
 
 
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(CESPE / TCE RN Inspetor de Controle Externo) 
Fragmento do texto: Em todos os povos ou períodos da história, a sensação de pertencimento 
a uma comunidade sempre foi construída com base nas diferenças em relação aos que estão 
de fora, “os outros”. Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam a si próprias de 
“homens” ou “gente” e denominam pejorativamente integrantes de outros grupamentos — 
esses são “seres inferiores” ou “narizes chatos”. 
Na linha 4, seriam preservadas a coerência da argumentação e a correção gramatical do 
texto se a opção fosse por não enfatizar o objeto de chamar, conferida pelo pronome 
“próprias”, e se substituísse “a si” por se, escrevendo-se chamam-se. 
Comentário: Fazendo-se as trocas necessárias na questão, percebemos que há coerência com 
os argumentos do texto, bem como há correção gramatical. Compare: 
Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam a si próprias de “homens” ou 
“gente” e denominam pejorativamente integrantes de outros grupamentos — esses são “seres 
inferiores” ou “narizes chatos”. 
Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de “homens” ou “gente” e 
denominam pejorativamente integrantes de outros grupamentos — esses são “seres inferiores” 
ou “narizes chatos”. 
 No primeiro caso, o pronome oblíquo tônico “si” foi seguido do pronome demonstrativo 
de reforço “próprias”, para enfatizar o valor reflexivo. 
 No segundo caso, não há ênfase no valor reflexivo, mas o contexto nos mantém com este 
sentido. Quando usamos a expressão “a si próprias” temos certeza do valor reflexivo; mas, 
quando usamos apenas o “se”, em determinados contextos, como este, pode-se confundir o 
“se” reflexivo com o pronome apassivador. Veja: 
Pronome reflexivo “se”: Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de 
“homens” ou “gente” (chamam a si próprias de). 
Pronome apassivador “se”: Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de 
“homens” ou “gente” (são chamadas de). 
 Como pode haver ambiguidade na construção apenas com o “se”, a banca perguntou 
simplesmente se conserva a coerência com os argumentos e com a correção gramatical. Ela 
não mencionou sentido original, pois isso poderia ser contestado pela possibilidade de se 
entender voz passiva nesta última construção. 
Gabarito: C 
 
(CESPE / PM - ES nível médio) 
Fragmento de texto: O currículo não é mais um fim em si, mas um meio bem estruturado para 
que o indivíduo, na relação entre teoria e prática, se torne capaz de incorporar determinadas 
habilidades. 
Em “se torne”, o pronome “se” indica sujeito indeterminado. 
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Comentário: A questão afirma que o “se” é o índice de indeterminação do sujeito. Mas note 
que o sujeito está expresso na oração: o indivíduo. Na realidade esse vocábulo “se” é parte 
integrante do verbo, fazendo com que “torne” seja um verbo de ligação. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / TRE - TO Analista) 
Fragmento de texto: Em um continente em que países e economias estão interligados não 
apenas por fronteiras comuns ou por interesses convergentes, mas especialmente por laços 
comerciais e culturais, é imperioso que se dê atenção ao que está ocorrendo na Venezuela. 
A substituição de “que se dê atenção” por que atenção seja dada mantém a correção 
gramatical do período. 
Comentário: O verbo “dê” é transitivo direto e indireto, seu objeto indireto é “ao”. Note que 
ocorre a preposição “a” e em seguida o pronome demonstrativo “o” (=aquele). Como o verbo 
é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e “atenção” é o sujeito paciente. A banca 
apenas pediu para transpor para a voz passiva analítica: atenção seja dada. 
Gabarito: C 
 
(CESPE / FUB Superior) 
Fragmento de texto: Essas conexões seriam os nossos hiperlinks cerebrais, e a Internet seria 
uma das formas de comunicação que mais se assemelha a nós próprios. Criador e criatura se 
influenciam de forma parecida. 
O vocábulo “se” é empregado com a mesma função nas duas ocorrências: a de marcarreciprocidade de ação. 
Comentário: Para ocorrer a reciprocidade, necessita-se de que haja uma ação provocada por 
um indivíduo e uma resposta a essa ação por outro indivíduo. 
 Assim, no mínimo dois agentes devem estar presentes na ação. O primeiro “se” é reflexivo. 
Note que a comunicação assemelha alguma coisa a outra, mas alguém pode assemelhar “ele 
mesmo” a algo. Isso confirma a ideia reflexiva. 
 A segunda ocorrência do “se” realmente é de reciprocidade. Criador influencia a criatura e 
vice-versa. 
Gabarito: E 
 
(CESPE / ANVISA Superior) 
Fragmento de texto: O biólogo norte-americano Craig Venter acredita que o código genético 
de microrganismos pode se transformar num excelente negócio no futuro. 
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De acordo com os sentidos do texto, a troca da expressão verbal “pode se transformar” 
por pode vir a ser transformado mantém a correção gramatical e a voz passiva verbal. 
Comentário: Cuidado com esta questão, pois houve a passagem da voz passiva sintética para 
a analítica, porém esta transposição não foi exatamente a mesma, mas de expressões 
semelhantes semanticamente. Veja: 
1. O código... pode se transformar (voz passiva sintética) 
2. O código... pode ser transformado (voz passiva analítica) 
 
3. O código... pode vir a se transformar (voz passiva sintética) 
4. O código... pode vir a ser transformado (voz passiva analítica) 
 
Sabendo-se que as frases 1 e 3 estão na voz passiva sintética e possuem mesmo sentido, suas 
transposições para a voz passiva analítica (2 e 4) também possuem mesmo sentido. Por isso a 
troca é possível. 
Gabarito: C 
 
(CESPE / TRE–AP Analista) 
Fragmento de texto: “Quando a gente não sabe resolver um problema, não é preciso lutar, 
nem insistir, cansar-se bobamente. Basta entregá-lo à alma, ela cuida de tudo”. Fiquei devendo 
à Vicentina Correias essa pérola. Foi o Soledade que me ensinou, ela disse. Engraçado, foi 
exatamente o que fiz, não por virtude, mas por fraqueza, quando parei de falar e pensar no 
dente. Ainda assim deu certo. Não fui ao Clemente e tenho levado uma vida normal com meu 
molar de parede derruída, faz uns catorze meses já. Até o esqueço. Vicentina disse que quando 
respondeu ao Soledade já haver perdoado a mãe, ele insistiu: não perdoou, não. Mas, se eu 
mesma não sei disso, como vou perdoar de novo, se acho que já perdoei, ela falou. “Entregue 
para sua alma, ela resolve para você”. Como ele disse, aconteceu. 
No trecho ‘cansar-se bobamente’ (linha 2), o pronome ‘se’ indica reciprocidade. 
Comentário: Na realidade, o pronome “se”, neste contexto, é reflexivo. Veja que podemos 
entender que podemos cansar alguém, porém esse “alguém” poderia ser “nós mesmos”. Além 
disso, podemos substituir o “se” pelo pronome oblíquo tônico “si” e o reforço reflexivo 
“mesmo”: cansar a si mesmo bobamente. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
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(CESPE / MPOG Analista) 
Fragmento de texto: Se, atualmente, em raras empresas, já é aceitável que uma mulher 
reivindique tempo parcial de trabalho para dedicar-se à família, sem que isso a desqualifique 
aos olhos do empregador, o mesmo não acontece com um homem. 
A supressão do pronome “se” em “dedicar-se” acarretaria mudança de sentido do período. 
Comentário: Podemos entender, na frase, que a mulher pode dedicar seu tempo, sua atenção 
à família. Com a retirada desse pronome reflexivo, ela iria dedicar o tempo parcial de trabalho 
à família. Assim, teríamos mudança de sentido. 
Gabarito: C 
 
(CESPE / TRE - TO Técnico) 
Fragmento de texto: Nas décadas de 70 e 80 do século passado, foram denunciados incêndios 
propositais na região, provocados por proprietários rurais, com o objetivo de aproveitar os 
espaços para a pecuária. 
A substituição de “foram denunciados” por denunciaram-se mantém a correção 
gramatical do período. 
Comentário: Houve apenas a transformação da voz passiva analítica em voz passiva sintética: 
... denunciaram-se incêndios propositais... 
 VTD + Pron Ap + sujeito paciente. 
Gabarito: C 
 
(CESPE / TRE – TO Analista) 
Fragmento do texto: Geralmente, as oposições não gostam dos governos. Partido vencido 
contesta a eleição do vencedor, e partido vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. 
Tentam-se acordos, dividindo os deputados; mas ninguém aceita minorias. 
A substituição de “Tentam-se” (linha 3) por São tentados prejudica a correção gramatical 
do período. 
Comentário: O erro foi afirmar que essa substituição prejudicaria a correção gramatical, pois, 
em “Tentam-se”, há verbo transitivo direto, seguido de pronome apassivador, e o sujeito 
paciente é “acordos”. Logo, a substituição desta voz passiva sintética para a voz passiva 
analítica realmente é “São tentados acordos”. 
Gabarito: E 
 
b) Pronomes pessoais oblíquos tônicos: 
Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e são os seguintes: mim, 
comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas. 
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Abaixo segue a diferença entre os tipos de pronomes pessoais: 
 Eu, tu / Mim, ti 
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito (então são pronomes pessoais do caso reto). 
Mim e ti exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou 
adjunto adverbial e sempre são precedidos de preposição (então são pronomes pessoais do caso 
oblíquo tônico). 
Ex. Trouxeram aquela encomenda para mim. 
 Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições. 
Si, consigo 
São pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou 
na voz reflexiva recíproca. 
Ex. Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho. 
 Gilberto trouxe consigo os três irmãos. 
Assim, é considerada errada a construção de “consigo” com o valor de “com você”: 
Gostaria de falar consigo. (vício de linguagem) 
Deve-se trocar para: 
Gostaria de falar com você. 
Com nós, com vós / conosco, convosco 
Usa-se com nós ou com vós, quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como 
outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral. 
Ex. Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas. 
 Ele disse que sairia com nós dois. 
 
Dele (do) + substantivo / De ele (de o) + substantivo. 
Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como 
sujeito, não devem ser contraídos com a preposição de. 
Ex. É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade. 
 No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra. 
 
 
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(CESPE / TSE Analista) 
Fragmento de texto: Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. 
Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão especiosa de que mais valia 
atribuir a um candidato algum pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram 
dados pela vontade soberana do país. 
A expressão “lhe foram dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, 
ser substituída por foram dados a ele. 
Comentário: O pronome “lhe” é átono e se refere a “candidato”. A substituição deste pronome 
por um tônico (a ele) preserva a correção gramatical. 
Gabarito: C 
 
2 – DEMAISPRONOMES 
1 – PRONOMES INDEFINIDOS 
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga, 
imprecisa, genérica. São eles: 
Invariáveis Variáveis 
alguém, ninguém, 
tudo, nada, algo, 
cada, outrem, , 
alhures, mais, 
menos, demais. 
algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, 
todo, todos, toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, 
bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, 
tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, 
umas, qualquer, quaisquer, vário, vária, vários, várias, etc 
 
Acrescentam-se, ainda, as locuções pronominais indefinidas: cada um, cada qual, quem quer 
que, todo aquele que, tudo o mais... 
Usos de alguns pronomes indefinidos 
Todo: Deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua frente o exigir; 
caso signifique cada ou todos, não terá artigo, mesmo que o substantivo exija. 
 Todo dia telefono a ela. (Todos os dias) 
 Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro) 
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23 
 
Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo.) 
Todos, todas: Devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o exigir. 
 Todos os colegas o desprezam. 
 Todas as meninas foram à festa. 
 Todos vocês merecem respeito. 
Algum: Tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a ter sentido 
negativo, quando está depois do substantivo. 
Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo) 
 Algum amigo o ajudará. (Alguém) 
Certo: Será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo, quando 
estiver posposto a substantivo. 
 Certas pessoas não se preocupam com os demais. 
 As pessoas certas sempre nos ajudam. 
Qualquer: Designa coisa, lugar ou indivíduo indeterminado: 
Veio duma cidade qualquer. 
Dependendo do contexto, a troca de posição faz mudar o sentido 
Qualquer pessoa pode entrar naquela empresa!! (sentido de “toda”) 
Ele não é uma pessoa qualquer! (sentido pejorativo) 
 
(CESPE / PGM RR Superior) 
Fragmento de texto: A cidadania exige modelos econômicos que incluam a todos e existe uma 
demanda ativa e crescente em muitos países nesse sentido. 
Mantêm-se a coerência e a correção gramatical do texto ao se retirar a preposição do 
termo “a todos”. 
Comentário: É natural ocorrer a preposição “a” antes do pronome indefinido “todos”, mesmo 
com verbo transitivo direto. Isso acontece por estilo do autor, não porque o verbo exija. 
Gabarito: C 
 
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2 – PRONOMES POSSESSIVOS 
 São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso. São eles: meu(s), 
minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s). 
 
Empregos dos pronomes possessivos: 
 O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo sentido à 
frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, dela, deles, delas, ou 
troca-se o possessivo por esses elementos. 
 Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos. 
 De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está ambígua. Para evitar 
a ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos: se 
for Joaquim: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dele; se for Sandra: 
Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-se, ainda, eliminar 
o pronome possessivo: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com os documentos dele (ou 
dela). 
 É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos. 
 Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos. 
 
(CESPE / MPOG Analista) 
Fragmento de texto: As empresas se transformaram profundamente. Modernizaram sua 
tecnologia e seus métodos de gestão para tornarem-se competitivas e ajustarem-se às 
exigências da globalização. Mexeram em seus horários em razão dos interesses da produção, 
mas mantiveram-se, em sua esmagadora maioria, cegas e alheias à existência da vida privada 
de seus empregados. Parques industriais de última geração não rimam com o impressionante 
atraso no tratamento do que chamam de capital humano. 
No trecho “Mexeram em seus horários”, o pronome “seus” refere-se a “empregados”. 
Comentário: O pronome “seus” retoma “empresas” (horários das empresas). 
Gabarito: E 
 
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3 – PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
Esses pronomes situam os seres no tempo, no espaço e no discurso (posição dentro do 
próprio texto). O posicionamento no discurso é dividido em anafórico e catafórico, os quais 
trabalham a coesão referencial, por retomar palavra ou expressão dita anteriormente ou 
referenciar-se a termo posterior, respectivamente. 
Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo; tal; 
semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis. 
a. Uso de este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo: 
I - Posicionamento referente a lugar e tempo: 
Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que fala e para o tempo 
presente. 
 Este chapéu que estou usando é de couro. 
 Este ano está sendo cheio de surpresas. 
 Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala, para o 
tempo passado recente e para o futuro. 
 Esse chapéu que você está usando é de couro? 
 Dezembro. Esse mês será marcado pelo meu casamento. 
 Em novembro de 2007, inauguramos a loja. Até esse mês, nada sabíamos sobre 
comércio. 
 Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa 
com quem se fala e para o tempo passado remoto. 
 Aquele chapéu que ele está usando é de couro? 
 Em 1980, eu tinha 15 anos. Naquela época, Campinas ainda era considerada uma 
cidade pequena. 
 II - Posicionamento no discurso (no próprio texto): 
 Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda vai ser dito ou escrito 
(recurso catafórico), e “esse, essa, isso” (recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito. 
 
 
 A verdade é esta: o Brasil será campeão. 
 O Brasil será campeão. A verdade é essa. 
 
 
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Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se “este, 
esta, isto” em relação ao que foi mencionado por último e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao 
que foi nomeado em primeiro lugar. 
 
(A, B. Este, aquele) 
 
 Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele. 
 Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a 
estas. 
b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), 
aquela(s). 
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) 
 Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu) 
A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que apresentar) 
c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos ou de semelhante, 
semelhantes: 
 Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente. 
 Embora tenha sido omentor do plano, ele nunca admitiu tal fato. 
d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos quando equivalem a tal, tais: 
O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio de janeiro. Não se 
veriam semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos municipais fossem eficazes ou, 
pelo menos, existissem. 
Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente. Semelhante tradição vinha 
de longe, através dos escritores gregos, sobretudo de Platão” (Aquilino Ribeiro). 
e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria, próprias são demonstrativos 
quando têm o sentido de "idêntico", "em pessoa": 
Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros. 
Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue. 
 Os recursos anafóricos e catafóricos não são exclusividades do pronome demonstrativo, a 
retomada, por exemplo, já foi vista com outros pronomes substantivos, como o relativo, o pessoal, 
e também cabe a substantivos e a outras classes gramaticais: 
 Algo me incomoda: a fome no mundo. (recurso catafórico: algo→fome) 
 Há dois detalhes não previstos: comida e água. (recurso catafórico: detalhes→comida, água) 
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4 – PRONOMES INTERROGATIVOS 
Os pronomes indefinidos quem, que, qual e quanto tomam o valor interrogativo em frases 
interrogativas diretas e indiretas. 
A frase interrogativa direta é aquela que é finalizada com ponto de interrogação: 
Quem é você? 
Que você quer? 
Qual a sua profissão? 
Quantos anos você tem? 
A frase interrogativa indireta é vista em nossa de sintaxe do período composto por 
subordinação substantiva, momento em que falamos das peculiaridades da oração subordinada 
substantiva objetiva direta, quando esta é iniciada por “quem”, “que”, “qual”, “quanto” e se liga à 
oração principal com verbos que transmitem dúvida, questionamento, incerteza, como “perguntar”, 
“indagar”, “(não) saber”, “ignorar”: 
Não sei quem é você. 
Indaguei que você quer, mas você não me respondeu. 
Perguntei qual é a sua profissão, mas você não me respondeu. 
Eles ignoraram quantos anos você tem. 
5 – PRONOMES DE TRATAMENTO 
Esses pronomes são empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou 
respeitosamente. Vejamos um quadro com os principais tratamentos: 
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para se dirigir a 
Vossa Alteza V. A. príncipes e duques 
Vossa Eminência V. Emª. cardeais 
Vossa Excelência V. Exª. altas autoridades * 
Vossa Magnificência V. Magª. reitores de universidades 
Vossa Majestade V. M. reis, imperadores 
Vossa Santidade V. S. papa 
Vossa Senhoria V. Sª. tratamento cerimonioso 
* Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o pronome de tratamento Vossa 
Excelência é empregado para as seguintes autoridades: 
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• do Poder Executivo: Presidente da República, Vice-Presidente da República, Ministros de 
Estado1, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal, Oficiais-Generais 
das Forças Armadas, Embaixadores, Secretários-Executivos de Ministérios e demais 
ocupantes de cargos de natureza especial, Secretários de Estado dos Governos Estaduais, 
Prefeitos Municipais. 
Obs.: Algumas gramáticas entendem o tratamento a prefeito como Vossa Senhoria. Então, tome 
cuidado e, por eliminação das alternativas, resolva a questão que envolva este cargo. 
• do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores, Ministros do Tribunal de Contas da 
União, Deputados Estaduais e Distritais, Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, 
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. 
• do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de Tribunais, Juízes, 
Auditores da Justiça Militar. 
a. Quando esses pronomes de tratamento se encontram na função de sujeito, o verbo e pronomes 
adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do singular e os adjetivos podem concordar literalmente 
(com a palavra feminina Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo 
masculino ou feminino) : 
Vossa Excelência está cansado, deputado! 
Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado. 
b. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou complemento nominal, 
antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo: 
Refiro-me a Vossa Senhoria. 
c. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. O senhor e a senhora 
são empregados num tratamento formal; você e vocês, no tratamento familiar e amigável. 
Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome 
for precedido de preposição “a”, haverá crase: 
Refiro-me à senhora Gioconda. 
d. Usa-se “Vossa”, quando conversamos com a pessoa, e “Sua”, quando falamos da pessoa. 
Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua 
Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente. 
 
 
1 Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, 
além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de 
Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o 
Chefe da Corregedoria-Geral da União. 
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6 – PRONOMES RELATIVOS 
Vimos na aula de orações subordinadas adjetivas que o pronome relativo é um conectivo que 
retoma palavra anterior. Além disso, ele ocupa função sintática nesta oração. 
 
 
(CESPE / PM - ES nível médio) 
Fragmento de texto: No entanto, a partir das revoluções burguesas, principalmente da inglesa 
e francesa, a cidadania voltou a fazer parte dos discursos e das práticas dos que defendiam um 
novo modelo de sociedade. 
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “dos”, em “dos que 
defendiam”, por daqueles. 
Comentário: Note que o vocábulo “dos” é a contração da preposição “de” mais o pronome 
demonstrativo “os”, o qual obrigatoriamente subentende “aqueles”. Assim, “de” + “aqueles = 
“daqueles” 
Gabarito: C 
 
(CESPE / IBRAM Superior) 
Fragmento de texto: As áreas urbanas são as que mais expressam intervenções humanas no 
meio natural. O desmatamento, as edificações, a canalização, a mudança do curso dos rios, a 
poluição da atmosfera, dos cursos de água e a produção de calor geram diversos efeitos sobre 
o ambiente. As alterações ambientais causadas pelas atividades urbanas são sentidas pela 
população, tais como o aumento da temperatura nas áreas centrais, o aumento da precipitação 
e as enchentes. 
 Esta última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a 
construção de casas, indústrias, vias marginais implantadas nas áreas dos rios e proximidades 
e é, atualmente, um problema constante nos períodos chuvosos nos principais centros 
urbanos. 
A partir do último parágrafo do texto, infere-se que o termo “Esta” (linha 7) reporta-se a 
“enchentes” (linha 6). 
Comentário: O pronome que retoma o último termo em relação a vários outros é o “este, esta, 
isto”. Note que a própria oração frisou isso: “Esta última consequência”. 
Gabarito: C 
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(CESPE / SEDU-ES Agente educacional) 
Fragmentodo texto: Passados os tremores do sismo, a dor da perda de 230 mil mortos, 
enterrados muitos em valas comuns, a vida no Haiti precisa continuar. E o que o governo 
brasileiro escolheu para mostrar aos haitianos como se pode construir um país? A educação. 
Um dos convênios assinados pelo Haiti com o Brasil dá o suporte na reordenação e reconstrução 
de todo o sistema educacional haitiano. Dadas as condições, será uma tarefa hercúlea, mas 
vale lembrar que temos competência nesse assunto; afinal, foram os professores que partiram 
das cidades brasileiras que transformaram a realidade dos habitantes de Timor Leste depois da 
independência e reduziram a influência que anos de ditadura da Indonésia haviam deixado. No 
caso haitiano, esse elemento não existe, e a população não só está interessada como apoia 
qualquer medida nesse sentido. 
A expressão “esse elemento” (linha 9) refere-se ao antecedente “influência que anos de 
ditadura da Indonésia haviam deixado” (linhas 8 e 9). 
Comentário: Uma leitura atenta nos remete a entender que o elemento não existente é 
mesmo “a influência que anos de ditadura da Indonésia haviam deixado”. 
Gabarito: C 
 
Pelos sentidos do texto, é correto inferir que a expressão “Dadas as condições” (linha 5) 
faz alusão à realidade de destruição em que se encontra o Haiti após o terremoto. 
Comentário: Perceba que a retomada agora foi realizada pelo substantivo “condições”. 
Entende-se, portanto, que, por causa das condições da realidade da destruição após o 
terremoto no Haiti, a tarefa será hercúlea, de grande dimensão. 
Gabarito: C 
 
A expressão “nesse sentido” (linha 10) retoma a ideia antecedente de “reordenação e 
reconstrução de todo o sistema educacional haitiano” (linhas 4 e 5). 
Comentário: Primeiro, perceba o recurso anafórico em “esse elemento não existe”, mostrando 
que não há no Haiti a barreira de problemas deixados por uma ditadura, como ocorreu no 
Timor Leste em experiência anterior dos professores brasileiros. E o que a população haitiana 
está interessada e apoia é a reordenação e a reconstrução de todo o sistema educacional 
haitiano, expressão que foi retomada pelo recurso anafórico “nesse sentido”. 
Gabarito: C 
 Agora, é hora de treinarmos! 
 Anteriormente, as questões eram bem localizadas a cada tema. A seguir, você vai se deparar 
com várias questões do CESPE distribuídas de forma aleatória, para você treinar o assunto estudado! 
 Isso é muito importante para seu treinamento! 
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1. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019) 
Fragmento do texto: Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum 
funcionário trepava na antena mais alta no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência 
da luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se iluminava. 
A substituição da locução “a cidade toda” (ℓ.3) por toda cidade preservaria os sentidos e a 
correção gramatical do período. 
Comentário: Nesta questão podemos observar que o destaque está no pronome “toda”. O pronome 
indefinido “todo” (no singular e sem artigo) corresponde a “qualquer”. Já a expressão “todo o” 
corresponde a “por inteiro”. 
 Assim, o trecho “a cidade toda” poderia ser substituído por “toda a cidade”, preservando o 
sentido e correção gramatical. 
 No entanto, a banca pede que a locução “a cidade toda” seja substituída por “toda cidade”, 
o que mudaria o sentido, pois deixaria de ser a cidade por inteiro e passaria a se referir a uma cidade 
qualquer ou a todas as cidades. 
Portanto, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
2. (CESPE / STJ Técnico Judiciário – 2018) 
Fragmento do texto: O debate se enquadra em torno de três principais ideias: bem-estar; 
liberdade e desenvolvimento; e promoção de formas democráticas de participação. Autores 
importantes do campo da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram 
intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX, e chegaram a conclusões diversas 
uns dos outros. Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si, eles 
estão preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de justiça social e têm 
hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas. 
Nos trechos “se debruçaram” (linha 3) e “se chegar” (linha 7), a partícula “se” recebe 
classificações distintas. 
Comentário: A afirmação está correta, pois realmente as classificações são distintas. O verbo 
“debruçaram” é transitivo direto e entendemos que os autores agiram, eles se debruçaram 
intensamente. Assim, o pronome é o objeto direto, ele é reflexivo. 
 Já o verbo “chegar” é transitivo indireto e “a esse estado de coisas” é o objeto indireto. Como 
não conseguimos identificar o sujeito, percebemos que o pronome “se” é o índice de indeterminação 
sujeito. 
Gabarito: C 
 
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3. (CESPE / STJ Técnico Judiciário – 2018) 
Fragmento do texto: No pensamento filosófico da Antiguidade, a dignidade (dignitas) da 
pessoa humana era alcançada pela posição social ocupada pelo indivíduo, bem como pelo grau 
de reconhecimento dos demais membros da comunidade. A partir disso, poder-se-ia falar em 
uma quantificação (hierarquia) da dignidade, o que permitia admitir a existência de pessoas 
mais dignas ou menos dignas. 
A correção do texto seria mantida caso o pronome “se”, em “poder-se-ia falar” (linhas 3 e 4), 
fosse deslocado para imediatamente após a forma verbal “falar”, escrevendo-se poderia falar-
se. 
Comentário: A afirmação está correta, pois, dentro de uma locução verbal, o pronome átono pode 
se posicionar após o verbo principal, ou até mesmo antes. Veja as formas possíveis: 
poder-se-ia falar 
poderia falar-se 
poderia se falar 
 Assim, você percebeu que a forma que não cabe é a ênclise ao verbo auxiliar, só porque ele 
está flexionado no futuro do pretérito do indicativo: poderia-se. 
Gabarito: C 
4. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018) 
Fragmento do texto: Inicialmente me parece interessante reafirmar que sempre vi a 
alfabetização de adultos como um ato político e um ato de conhecimento, por isso mesmo, 
como um ato criador. 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso o pronome “me”, em “me parece” (linha 
1), fosse deslocado para logo após “parece”, da seguinte forma: parece-me. 
Comentário: Na linha 1, o advérbio “Inicialmente” é palavra atrativa e força a próclise. Como a 
questão afirmou haver prejuízo à correção gramatical com o deslocamento do pronome, está 
correta. 
Gabarito: C 
5. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018) 
Fragmento do texto 11A3CCC: Parece-me, pois, que primeiro a literatura nos faz sentir o que 
a língua é e pode, e, só depois, a gramática e a linguística nos possibilitam saber o que é e como 
a língua é e o que ela pode. (...) 
Fragmento do texto 11A3BBB: Tenho estado pensando todos estes dias em você e Dolores. 
Como vai ela agora? Não tenho direito de exigir contínuas porque imagino as preocupações de 
você porém assim que ela melhorar me mande apenas uma nota avisando que ela melhorou. 
Meu pensamento está aí com vocês e meus desejos nem se fala! Me lembre a Dolores e tenha 
a certeza deste abraço de companhia. (...) 
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Considerando-se os gêneros dos textos e as variedades da língua portuguesa, estaria adequado 
o emprego da próclise em “Parece-me” (ℓ.1 do texto 11A3CCC), assim como está adequado 
seu emprego em “Me lembre” (ℓ.4 do texto 11A3BBB). 
Comentário:Na linha 1, a ênclise está correta, pois o verbo inicia a frase. Porém, como sabemos que 
o pronome átono não deve iniciar frase, a construção “Me lembre” não está de acordo com a norma 
culta. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
6. (CESPE / TCE BA Auditor – 2018) 
Fragmento do texto: Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se 
confundir a ordem política e a ordem natural, e decreta-se imoral tudo o que conteste as leis 
estruturais da sociedade que se quer defender. Para os prefeitos de Carlos X, assim como para 
os leitores do Figaro de hoje, a greve constitui, em primeiro lugar, um desafio às prescrições 
da razão moralizada: “fazer greve é zombar de todos nós”, isto é, mais do que infringir uma 
legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra o bom senso, misto de 
moral e lógica, fundamento filosófico da sociedade burguesa. Nesse caso, o escândalo provém 
de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque incomoda precisamente aqueles a 
quem ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta: a causalidade direta, mecânica, essa 
causalidade é perturbada; o efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-
lhe, o que é intolerável e chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da 
burguesia, essa classe tem uma concepção tirânica, infinitamente suscetível, da causalidade: o 
fundamento da moral que professa não é de modo algum mágico, mas, sim, racional. 
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso se substituísse o trecho 
A) “Temendo-se” (linha 1) por Se temendo. 
B) “finge-se confundir” (linhas 1 e 2) por finge confundir-se. 
C) “decreta-se” (linha 2) por se decreta. 
D) “que se quer defender” (linha 3) por que quer defender-se. 
E) “se poderia pensar” (linha 13) por poderia-se pensar. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome pessoal 
oblíquo átono. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo “finge” não forma locução verbal com “confundir”. 
Assim, não cabe o deslocamento do pronome átono para o outro verbo sem mudança de sentido. 
 A alternativa (C) é a correta, pois, mesmo não havendo palavra atrativa, cabe próclise por 
eufonia, quando tal pronome átono não inicia frase. 
 A alternativa (D) está errada, pelo mesmo motivo visto na alternativa (B). Note que o 
deslocamento do pronome átono do verbo “quer” para após o verbo “defender” implica mudança 
de sentido, pois tais verbos não formam locução verbal, eles fazem parte de orações diferentes. 
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 A alternativa (E) está errada, pois não cabe ênclise em verbo no futuro do pretérito. O ideal 
seria a mesóclise: “poder-se-ia”. 
Gabarito: C 
7. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018) 
Fragmento do texto: Atualmente, como em nenhum outro período da história, crescem e se 
multiplicam as agências governamentais em uma complexa rede internacional à procura de 
ameaças veladas ou qualquer tipo de informação considerada sensível, em um jogo estratégico 
de poder e influência globais. E é esse processo de identificação de ameaças, a busca por 
informações e dados, que pretende detectar intenções dissimuladas que ocultem os mais 
diversos interesses, o que chamo de guerra secreta. Essa modalidade de guerra se desenvolve 
entre agências ou serviços secretos, em uma corrida para ver quem chega primeiro. 
A próclise observada em “se multiplicam” (linhas 1 e 2) e “se desenvolve” (linhas 6 e7) é 
opcional, de modo que o emprego da ênclise nesses dois casos também seria correto — 
multiplicam-se e desenvolve-se, respectivamente. 
Comentário: Tanto na linha 1 quanto na linha 6, o pronome “se” encontra-se antes do verbo. Note 
que, mesmo não havendo palavra atrativa, permite-se o pronome átono antes do verbo por eufonia. 
Assim, cabe o pronome átono “se” após os verbos “multiplicam” e “desenvolve”. 
Gabarito: C 
8. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018) 
Fragmento do texto: Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como 
uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera 
do olhar que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como 
vão variando as explicações do universo, também a sentença que antes parecera imutável para 
todo o sempre oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade duma contradição 
latente, a evidência do seu erro próprio. Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser 
mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados 
dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas 
gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...]. 
Na linha 6, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que sua 
substituição por nesse resultaria em incorreção gramatical. 
Comentário: O pronome demonstrativo “neste” está sendo empregado com o recurso dêitico de 
lugar próximo ao locutor, isto é, o escritório onde se encontra o locutor da mensagem. Isso é 
reforçado pelo emprego do advérbio “Aqui”. Assim, não cabe o pronome “nesse”, o qual 
mencionaria o local próximo ao interlocutor. 
 Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
Décio Terror Filho
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Português p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
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9. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018) 
Fragmento do texto: Todos os seus cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas 
laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão. Não pensaram em adquirir alguma coisa, 
durante a vida, que possam levar com a morte. 
Na linha 2, se a forma pronominal “alguma”, em vez de anteposta, estivesse posposta a “coisa”, 
a correção gramatical do texto seria mantida. 
Comentário: Note que a questão não fez menção a sentido do texto, pois isso poderia confundir o 
candidato. Houve referência apenas à correção gramatical e naturalmente tal correção se mantém 
quando o pronome indefinido “alguma” se encontra após ou antes do substantivo “coisa”. 
 Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
10. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018) 
Fragmento do texto: Para Maquiavel, o que importa, na política, é o poder real. Não é uma 
questão de justiça ou de princípios, mas de capacidade de impor-se aos outros. 
Na linha 2, a expressão “aos outros” poderia ser substituída por a outrem, sem prejuízo para a 
coerência e coesão do texto, preservando-se seu sentido original. 
Comentário: O pronome indefinido “outrem” significa “outras pessoas”, “outros”. Assim, cabe a 
substituição de “aos outros” por “outrem”. 
Gabarito: C 
11. (CESPE / STM Revisor de Texto – 2018) 
2 Informo, ainda, que a pauta e os documentos da reunião serão enviados oportunamente. 
3 Por fim, solicito, encarecidamente, que seja feito contato com a equipe de apoio deste 
Ministério para confirmação de sua presença na reunião, por meio do endereço eletrônico 
ministerio@mp.gov.br. 
Atenciosamente, 
O pronome demonstrativo contido na contração deste refere-se ao órgão ao qual se destina o 
expediente em questão. 
Comentário: O pronome demonstrativo “deste” está sendo empregado com o recurso dêitico de 
lugar próximo ao locutor, isto é, a resposta deve ser enviada ao órgão que enviou o documento, e 
não ao órgão ao qual se destina o expediente em questão. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
 
Décio Terror Filho
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12. (CESPE / IHBDF Analista – 2018) 
Fragmento

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