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Livro Eletrônico
Aula 09
Português p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
Décio Terror Filho
curso comprado no site: www.nossorateiodeconcursos.com
 
 
 
 
1 
 
Domínio dos mecanismos de coesão e coerência 
textual. Emprego de elementos de referenciação, 
substituição e repetição, de conectores e de outros 
elementos de sequenciação textual. 
Sumário 
1 – Coesão textual ............................................................................................................. 2 
1 – Coesão recorrencial ..................................................................................................................... 3 
2 – Coesão referencial ....................................................................................................................... 5 
1.2.1 Sinônimos ............................................................................................................................................................... 5 
1.2.2 Hipônimos e hiperônimos...................................................................................................................................... 10 
3 – Pronomes ................................................................................................................................... 14 
1.3.1 Pronomes demonstrativos .................................................................................................................................... 27 
1.3.2. Coesão referencial com o pronome relativo “que” .............................................................................................. 36 
4 – Coesão referencial com advérbios ou locuções adverbiais ....................................................... 39 
5 – Elemento de coesão por omissão (elipse) ................................................................................. 42 
6 – Elementos sequenciadores ........................................................................................................ 46 
2 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................ 53 
3 – Lista de questões ........................................................................................................ 53 
4 – Gabarito ..................................................................................................................... 77 
 
 
Olá, pessoal! 
Como vão os estudos? Espero que todos estejam se dedicando bastante e continuem 
bastante motivados! 
Incluí no rol desta aula algumas questões um pouco mais antigas, mas que, de certa forma, 
têm um cunho didático específico sobre o assunto tratado. Assim, não deixamos de treinar nenhum 
conteúdo previsto. 
Décio Terror Filho
Aula 09
Português p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
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2 
 
1 – COESÃO TEXTUAL 
Antes de falarmos da coesão textual, devemos entender o que é coerência. A coerência é o 
resultado de articuladores no texto que transmitem a harmonia de pensamento. Ela é pautada na 
lógica, com produção de sentido possível. A ruptura desta lógica ocorrerá por desvio do uso desses 
articuladores. Por exemplo: 
Se estou em dificuldades financeiras e necessito de um veículo para me locomover ao 
trabalho, há lógica em comprar um carro de luxo? 
Certamente, não! 
Então, se uma agência de carros me oferece um veículo novo, pela lógica financeira em que 
me encontro, devo recusar, pois não terei como pagar. 
No texto, a coerência é a utilização de articuladores que mantenham a lógica. A incoerência 
ocorre quando o produtor do texto, por desconhecimento ou até mesmo intencionalmente, utiliza 
marcadores linguísticos inconvenientes ao resultado esperado. 
Por exemplo: 
Faço faculdade, mas aprendo muito. 
O enunciado “Faço faculdade” nos transmite a ideia de estudo, o que nos levaria à conclusão 
de que naturalmente aprenderíamos muito neste ambiente do saber. Não caberia, então, na relação 
entre esses dois enunciados, a conjunção “mas”, por transmitir valor de oposição, contraste. Tendo 
em vista manter a coerência nos argumentos, o ideal neste contexto seria a conjunção “portanto”, 
“logo”, pois transmitiria um resultado esperado. 
A incoerência pode ter ocorrido porque o autor não prestou atenção no valor do conectivo 
“mas”. Assim, teríamos um vício na linguagem. 
Mas essa incoerência poderia ter sido proposital, pois a intenção do autor seria justamente a 
de criticar o ensino nas faculdades. Diante desse novo contexto, percebemos que a frase passa, 
agora, a ter coerência. 
Resumindo, percebemos que a coerência se baseia na lógica, na harmonia dos elementos 
linguísticos em seu contexto. A incoerência, portanto, será o rompimento dessa lógica. 
 Para que haja coerência no texto, necessitamos da utilização dos elementos de coesão. A 
coesão é o elemento que faz as ligações entre as palavras do texto para gerar a harmonia entre os 
argumentos. 
Assim, no exemplo anterior, vimos que a conjunção “mas”, numa primeira leitura, traria 
incoerência. Essa conjunção é o elemento coesivo, e sua utilização gera a coerência ou não nos 
argumentos, dependendo sempre do contexto. Portanto, a coerência é o resultado da boa utilização 
dos elementos de coesão. 
Décio Terror Filho
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==160e93==
 
 
 
 
3 
 
Normalmente, dizemos que a coesão está no plano gramatical (o uso das palavras) e a 
coerência está no plano dos sentidos (a interpretação dos elementos coesivos no plano do texto, 
dos argumentos). 
 Vários são os mecanismos de coesão. Eles podem ligar palavras ou orações (coesão 
sequencial, também chamados de operadores argumentativos), ser elemento de referência a algo 
expresso anteriormente ou posteriormente (coesão referencial) ou pode repetir o vocábulo por 
motivo de ênfase ou estilo (coesão recorrencial). 
 Vamos começar pelo último deles: 
1 – COESÃO RECORRENCIAL 
Muitas vezes, nós nos deparamos na escrita com a repetição de vocábulos. Essa repetição 
pode ser intencional ou não. 
Um dos princípios fundamentais da coerência/coesão de um texto é a necessidade de se 
repetir, em seu desenvolvimento linear, elementos anteriores. Mas, se por um lado as repetições 
são inevitáveis, por outro devem ser feitas sob determinadas condições, a fim de não tornar o texto 
deselegante ou monótono. 
Em termos gerais, a repetição de palavras só é considerada um problema na composição de um 
texto sob algumas condições, expostas a seguir. 
a) Quando há proximidade entre os vocábulos repetidos: 
Oscar tinha um sítio. Um dia Oscar resolveu viajar. 
b) Quando os vocábulos são rigorosamente os mesmos, sem qualquer expansão ou redução e 
mesmo sem variação de gênero ou número: 
O tráfico de animais silvestres constitui prática ilegal. Para coibir a prática ilegal, as autoridades 
responsáveis montam barreiras nas estradas, para impedir as tentativas de exportar os animais 
silvestres. 
c) Quando ocorre em número excessivo: 
Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de ônibus uma 
verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de ônibus é uma profusão de ruídos 
de toda espécie, o que torna as viagens de ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro. 
 Ainda assim, em alguns casos especiais (textos publicitários, literários, ditados populares), a 
repetição não é vista como deficiência, quando há a intenção, por motivo de ênfase ou estilo: 
Quem bebe cerveja alemã, não bebe outra cerveja; quem bebe cerveja dinamarquesa, bebe 
qualquer cerveja; quem bebe cerveja inglesa não gosta é de cerveja. 
Também no caso de o termo repetido estar sendo usado em outro sentido, a repetição não é 
vista como um problema textual: 
Décio Terror Filho
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4 
 
Quem casa quer casa. 
 De acordo com as palavras de Othon M. Garcia, “se a repetição resultante da pobreza de 
vocabulário ou de falta de imaginação para variar a estrutura da frase pode ser censurável, a 
repetição intencional representa um dos recursos mais férteis de que dispõe a linguagem para realçar 
as ideias: 
Tudo se encadeia, tudo se prolonga, tudo se continua no mundo (O. Bilac)” 
 As repetições intencionais tornam-se mais enfáticas, quando observam o paralelismo. Os 
sermões de Padre Antônio Vieira abundam em construções deste tipo: 
 Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é negro; se com amor, o 
demônio é formoso; se com ódio, o anjo é feio; se com amor, o pigmeu é gigante. 
(“Sermão da quinta-feira” Padre Antônio Vieira) 
 A repetição da estrutura “Se...com...”→ “o...é...” mostra uma cadência, um ritmo que embala 
as frases. Assim, há exemplo clássico de repetição intencional. 
Portanto, sem um tom estilístico, sem intencionalidade, a repetição não é bem vista na língua 
culta. Assim, o autor do texto tem a possibilidade de escolher vários recursos que evitam esta 
repetição, os quais serão vistos adiante: 
 
1. (CESPE / SEFAZ RS Auditor – 2018) 
Fragmento do texto: Parece a mim, entretanto, que na sua origem essa exclamação 
manifestava apenas a certeza popular de que Deus fizera o mundo sem nenhuma porteira a 
fim de que nele não houvesse divisões e diferenças entre países e povos — gente rica e gente 
pobre, fartos e famintos, uns com terra demais, outros sem terra nenhuma. Em suma, o que o 
Velho queria mesmo era um mundo que fosse de todo mundo. É neste sentido que desejo seja 
interpretada a frase que encabeça esta divisão do presente volume. 
A repetição da palavra “mundo”, em “o que o Velho queria mesmo era um mundo que fosse 
de todo mundo” (linhas 4 e 5), torna o trecho redundante. 
Comentário: A repetição do vocábulo “mundo” não é redundante e é intencional, tendo em vista 
que o sentido de cada palavra é diferente. Na primeira, há o sentido de planeta, já o segundo tem o 
sentido de “todas as pessoas”, isto é, um mundo de todos. 
 Assim, não há redundância e a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
Décio Terror Filho
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5 
 
2 – COESÃO REFERENCIAL 
A referência ao termo anterior ou posterior pode se dar de várias formas. 
1.2.1 Sinônimos 
 O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores imediatos a fim de verificar a 
melhor estratégia de enxugamento da dívida pública. O presidente dos Estados Unidos sabe que o 
período é muito crítico. 
Este parágrafo possui um inconveniente na linguagem. Repetiu vocábulos muito próximos. 
Isso empobrece o texto. A fim de transmitir uma linguagem culta e adequada à formalidade, deve-
se evitar a repetição viciosa. Neste caso, é necessário inserir palavras de mesmo valor semântico, 
chamadas sinônimas contextuais. Veja: 
 O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores imediatos a fim de verificar a 
melhor estratégia de enxugamento da dívida pública. O chefe da nação mais poderosa do planeta 
sabe que o período é muito crítico. 
 Perceba que a palavra “chefe” é sinônima contextual de “presidente” e a expressão “nação 
mais poderosa do planeta” é sinônima contextual de “Estados Unidos”. Assim, o texto fica mais 
elegante, seguindo os padrões da norma culta. 
 Este tópico atinge diretamente o que está previsto no programa sobre substituição de 
palavras ou trechos do texto, os quais serão vistos em outra aula: 
 
2. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018) 
Fragmento do texto: Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender 
a conduzir melhor seu carro quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em 
como abandoná-lo. O estudo de um Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de 
aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na minha idade, pensa-se em tudo, 
menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as crianças e a deixam com maior 
má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos tiveram essa mesma vida 
por objetivo, veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus cuidados, todos os 
seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão. Não 
pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte. Disse tudo 
isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de 
minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. 
A substituição do trecho “bem amadurecido” (linhas 11 e 12) por assaz amadurecidas 
preservaria a correção gramatical do texto, apesar de interromper estrutura com paralelismo 
sintático. 
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6 
 
Comentário: A questão trabalha o sinônimo e sua percepção sobre paralelismo. 
 O advérbio “assaz” tem o mesmo sentido do advérbio “muito”. Porém, devemos procurar 
entender se cabe a flexão de “amadurecido” para “amadurecidas”. 
 Note que há, sim, um paralelismo entre “por não as ter feito a tempo” e “por não as ter bem 
amadurecido”. 
 Assim, há duas locuções verbais no pretérito perfeito composto do indicativo e entendemos 
do texto que não foi por não ter feito as reflexões a tempo e por não ter amadurecido bem essas 
reflexões. 
 Com a substituição de “bem amadurecido” por “assaz amadurecidas”, muda-se a estrutura 
sintática, tira-se o paralelismo, mas se mantém a correção gramatical, pois o verbo “ter” deixa de 
compor uma locução verbal e passa a ser um verbo simples, transitivo direto. O pronome átono “as” 
(= as reflexões) é o objeto direto e “amadurecidas” passa a predicativo do objeto direto. Confirme: 
por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. 
por não as ter feito a tempo e por não as ter assaz amadurecidas 
Gabarito: C 
3. (CESPE / TRF 1ª Analista Judiciário Taquígrafo – 2017) 
Fragmento do texto: A prática empreendedora vem crescendo no Brasil, sobretudo entre a 
população negra. Atualmente a maioria dos empreendedores negros são mulheres que 
abriram seus negócios por oportunidade, contrariando a crença geral de que as pessoas das 
camadas com menor poder aquisitivo procuram abrir seus negócios mais por necessidade ou 
devido ao desemprego. 
A palavra “oportunidade” (linha 3) retoma a expressão “prática empreendedora” (linha 1). 
Comentário: A palavra “oportunidade” não é sinônimo de “prática empreendedora” neste contexto 
e não a retoma. Uma forma simples de observar isso é entender que, pelo contexto, a prática 
empreendedora pode se dar de três formas: por oportunidade (linha 3), por necessidade (linha 4) 
ou por desemprego (linha 5). 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
4. (CESPE / MPU Técnico – 2015) 
Fragmento do texto: Na ação civil pública, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão 
(PRDC/RJ) alegou que a Constituição garante aos cidadãos não apenas a obrigação do Estado 
em respeitar as liberdades, mas também a obrigação de zelar para que elas sejam respeitadas 
pelas pessoas em suas relações recíprocas. 
A substituição da palavra “alegou” por argumentou prejudicaria o sentido original do texto. 
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7 
 
Comentário: O verbo “alegar” tem o mesmo sentido de “argumentar”. Por isso,pode haver a troca 
preservando-se o sentido original do texto. Como a questão afirmou que a substituição prejudicaria 
o sentido original do texto, está errada. 
Gabarito: E 
5. (CESPE / MPU Técnico – 2015) 
Fragmento do texto: Corroborando a visão do MPF, o TRF2 entendeu que a veiculação de 
vídeos potencialmente ofensivos e fomentadores do ódio, da discriminação e da intolerância 
contra religiões de matrizes africanas não corresponde ao legítimo exercício do direito à 
liberdade de expressão. 
Altera-se totalmente a informação original do período ao se substituir a palavra 
“Corroborando” (linha 1) por Confirmando. 
Comentário: O verbo “Corroborando” tem o mesmo sentido de “Confirmando”. Por isso, pode haver 
a troca preservando-se o sentido original do texto. Como a questão afirmou que a substituição 
alteraria totalmente a informação original do período, está errada. 
Gabarito: E 
6. (CESPE / MPU Técnico – 2015) 
Fragmento do texto: É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º 
12.737/2012) trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de “invasão de dispositivo 
informático”, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático alheio, conectado ou 
não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com 
o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita 
do titular do dispositivo, ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. 
Prejudicam-se a correção gramatical e as informações originais do período ao se substituir 
“ilícita” (linha 6) por ilegal. 
Comentário: Sabemos que uma vantagem ilícita é o mesmo que uma vantagem ilegal. Assim, a 
substituição pode ocorrer sem qualquer prejuízo do sentido ou gramatical. Como a questão afirmou 
o contrário, está errada. 
Gabarito: E 
7. (CESPE / MPU Técnico – 2015) 
Fragmento do texto: É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º 
12.737/2012) trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de “invasão de dispositivo 
informático”, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático alheio, conectado ou 
não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com 
o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita 
do titular do dispositivo, ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. 
A palavra “adulterar” (linha 5) está sendo empregada com o sentido de alterar prejudicando. 
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8 
 
Comentário: A palavra “adulterar” tem um tom pejorativo, pois se altera algo com fins danosos. Isso 
é reforçado no contexto, tendo em vista que se afirma que há finalidade de obter, adulterar ou 
destruir dados ou informações sem autorização expressa ... ou instalar vulnerabilidades. Tudo isso 
reforça a ideia de que a ação de adulterar causa prejuízo. Portanto, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
8. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011) 
Fragmento de texto: Em milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da 
academia para que seus nomes gerassem adjetivos conhecidos de todos, até de quem não sabe 
quem eles foram: Platão e Maquiavel. Todos ouvimos falar em amor platônico ou em pessoas 
maquiavélicas. Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi 
maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social. 
Empregados no texto, os adjetivos “platônico” (linha 3) e “maquiavélicas” (linha 4) são dois 
exemplos de “adjetivos conhecidos de todos” (linha 2). 
Comentário: Há uma cadeia coesiva no fragmento deste texto, em que a expressão “dois filósofos” 
é colocada no início do texto, sem uma especificação ou denominação de quem se está falando, para 
criar no leitor uma expectativa de buscar essa identificação ao longo do texto. 
 Em seguida, essa expressão é retomada por “seus nomes”, pelo pronome “quem”, até a 
denominação dos substantivos “Platão e Maquiavel”. 
 A expressão “adjetivos conhecidos de todos” também cria esta expectativa, pois logo na 
sequência ainda não foram especificados esses adjetivos. Os adjetivos se encontram no outro 
período: “platônico” e “maquiavélicas”. 
 Assim, a questão está correta. 
Gabarito: C 
9. (CESPE / MPE PI Superior – 2012) 
Fragmento do texto: As grandes atividades arquetípicas da sociedade humana são, desde o 
início, inteiramente marcadas pelo jogo. Como, por exemplo, no caso da linguagem, esse 
primeiro e supremo instrumento que o homem forjou a fim de poder comunicar, ensinar e 
comandar. É a linguagem que lhe permite distinguir as coisas, defini-las e constatá-las, em 
resumo, designá-las e com essa designação elevá-las ao domínio do espírito. Na criação da fala 
e da linguagem, brincando com essa maravilhosa faculdade de designar, é como se o espírito 
estivesse constantemente saltando entre a matéria e as coisas pensadas. Por detrás de toda 
expressão abstrata se oculta uma metáfora, e toda metáfora é jogo de palavras. 
As expressões “primeiro e supremo instrumento” (linha 3), “maravilhosa faculdade de 
designar” (linha 6) e “toda expressão abstrata” (linha 8) referem-se à linguagem. 
Comentário: A expressão “esse primeiro e supremo instrumento” é o aposto explicativo, o qual 
retoma o substantivo “linguagem” (linha 3). 
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9 
 
 O pronome demonstrativo “essa” é o conectivo que nos permite inferir a retomada do 
substantivo “linguagem” (linha 7). 
 O termo “toda expressão abstrata” não tem referência direta com a palavra “linguagem”, por 
meio de algum conectivo, como ocorreu com as expressões anteriores. 
 Porém, percebemos que o texto se refere à linguagem. O trecho “Por detrás de toda 
expressão abstrata se oculta uma metáfora, e toda metáfora é jogo de palavras.” Afirma que toda 
metáfora é um jogo de palavras. Ora, o jogo de palavras é expresso pela linguagem. Como foi 
afirmado que “Por detrás de toda expressão abstrata se oculta uma metáfora”, obrigatoriamente há 
referência à linguagem por meio do termo “toda expressão abstrata”. 
Gabarito: C 
10. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível médio – 2011) 
Fragmento de texto: Além de apresentarem certa precocidade na aquisição do hábito de 
ingerir álcool, os adolescentes paulistas bebem frequentemente, exageram nas doses e, em 
muitos casos, agem assim com anuência familiar. 
O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse o vocábulo 
“frequentemente” (linha 2) por diuturnamente. 
Comentário: O advérbio de modo “frequentemente” tem o sentido de ação repetida, continuada, 
habitual. Já o advérbio “diuturnamente” significa longa duração, muito tempo. Assim, a substituição 
não preserva o mesmo sentido. 
Gabarito: E 
11. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível médio – 2011) 
Fragmento de texto: Além disso, como o processo de amadurecimento do cérebro só se 
completa duas décadas depois do nascimento, o consumo precoce de álcool pode 
comprometer seriamente o desenvolvimento desse órgão vital, ao aumentar a probabilidade 
de aparecimento de problemas cognitivos, como falta de concentração, e de alterações de 
humor, como depressão e ansiedade. 
O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse o termo 
“como” (linha 1) pela expressão já que. 
Comentário: Veja que a conjunção “como” é adverbial causal e inicia a oração subordinada adverbial 
causal “como o processo de amadurecimento do cérebro só se completa duas décadas depois do 
nascimento”. Por isso, pode ser substituída pela locução conjuntiva adverbial causal “já que”. 
Gabarito: C 
 
 
 
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10 
 
12. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível médio – 2011) 
Fragmento de texto: O governo do estado de São Paulo lançou um programa que fechará o 
cerco ao consumo de álcool por crianças e adolescentes. 
O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse a expressão 
“fechará o cerco” (linhas 1 e 2) pela forma verbal coibirá. 
Comentário: O verbo “coibir” significa a tentativa de impedimento de realização de algo, repressão 
a algo, refreamento de algo. 
 Este sentido é o mesmo da expressão “fechar o cerco”. 
 Assim, semanticamente, a substituição estaria correta, mas sintaticamente há um problema: 
o verbo “coibirá” é transitivo direto e não admite a preposição “a”, a qual deve ser retirada: 
“...coibirá o consumo de álcool...” 
Gabarito: E 
13. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível médio – 2011) 
Fragmento de texto: Na verdade, idealiza-se o que fazer (e que dificilmente acontece), 
esquecendo-se do presente. Geralmente, as expectativas centradas nesse futuro refletem uma 
insatisfação com a situação presente, tanto no nível pessoal como no profissional. 
Seriam mantidos a correção gramatical do texto e o seu sentido original se o trecho “tanto no 
nível pessoal como no profissional” (linha 3) fosse reescrito como tanto a nível de pessoa como 
a nível de trabalho. 
Comentário: A expressão “a nível de” é viciosa. O substantivo “nível” não possui o valor de “relativo 
a”, “a respeito de”, como vulgarmente é utilizado (Falei a nível de problema social). 
 Os valores corretamente empregados da palavra “nível” são: 
• Elevação relativa de uma linha ou de um plano horizontal: O nível das águas subiu. 
• Padrão, qualidade, gabarito: bairro residencial de alto nível. 
• Altura relativa numa escala de valores (plano): nível econômico; nível de disciplina. 
 No contexto, o substantivo “nível” está sendo usado com o sentido número 3, visto 
anteriormente. Assim, um substantivo sinônimo que pode ser utilizado é “plano”: 
“tanto no plano pessoal como no profissional” 
Gabarito: E 
1.2.2 Hipônimos e hiperônimos 
A palavra que apresenta um significado mais abrangente é chamada de hiperônimo. O prefixo 
“hiper” dá a noção de generalização. Já a palavra que especifica o sentido é chamada de hipônimo. 
O prefixo “hipo” transmite o valor de especificação. Assim: 
cores (sentido mais geral) é hiperônimo de azul (sentido mais específico). 
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frutas (sentido mais geral) é hiperônimo de abacaxi (sentido mais específico). 
trânsito (sentido mais geral) é hiperônimo de rodovia (sentido mais específico). 
Por associação, hipônimos são palavras que se relacionam pelo sentido dentro de um 
conjunto, ligando-se por afinidade. 
laranja (sentido mais específico) é hipônimo de fruta (sentido mais geral). 
preto (sentido mais específico) é hipônimo de cor (sentido mais geral). 
couve (sentido mais específico) é hipônimo de verdura (sentido mais geral). 
A relação existente entre hiperônimo e hipônimo é fundamental para a coesão referencial 
(retomada de palavra). Assim, muitas vezes um pode substituir o outro para se evitar a repetição 
viciosa. Veja: 
Dois soldados da Polícia Militar foram baleados na noite de ontem. O comandante da 
operação informou que os militares já estão fora de perigo. 
Neste exemplo, a palavra “militares” é um hiperônimo da palavra “soldados” e foi utilizado 
para evitar a repetição do substantivo anteriormente expresso. 
 
14. (CESPE / MPC-PA Analista Ministerial – Controle Interno e Externo 2019) 
Fragmento de texto: O economista indiano traçou então, pela primeira vez, uma relação causal 
entre fome e questões sociais como pobreza e concentração de renda. Tirou, assim, o foco de 
aspectos técnicos e mudou o tom do debate internacional sobre a questão e as políticas 
públicas a serem tomadas a partir daí. 
No texto CG2A1-I, o termo “a questão” (linha 3) remete à 
A) fome. 
B) produção de alimentos. 
C) queda na taxa de mortalidade. 
D) pobreza. 
E) concentração de renda. 
Comentário: O termo “a questão” refere-se à fome, pois entendemos que, ao estabelecer uma 
relação causal entre a fome e questões sociais, o economista mudou o tom do debate internacional 
sobre a fome. Dessa forma, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
15. (CESPE / EBSERH Superior – 2018) 
Fragmento do texto: São José do Rio Preto, centro urbano de tamanho médio, com cerca de 
408 mil habitantes em 2010, localizada na região noroeste do estado de São Paulo, em área de 
clima tropical, é uma cidade reconhecida pelo seu calor intenso. Em 1985, a Superintendência 
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de Controle de Endemias do Estado de São Paulo detectou a presença de focos do Aedes 
aegypti em doze cidades paulistas, entre elas, São José do Rio Preto, e confirmou sua 
reintrodução no estado. Os focos foram encontrados em locais com concentração de 
recipientes, denominados pontos estratégicos (PEs). Foi então estruturado o Programa de 
Controle de Aedes aegypti em São Paulo, que previa a visitação sistemática e periódica aos PEs 
dos municípios e a realização de delimitações de foco, quando do encontro de sítios positivos. 
Considerava-se que o vetor estava presente em um município quando continuava presente nos 
imóveis após a realização das medidas de controle que vinham associadas à delimitação de 
foco. 
 Logo após a detecção de focos positivos do mosquito em São José do Rio Preto, realizaram-
se as delimitações e a aplicação de controle, as quais não foram suficientes para eliminar o 
vetor. Diante da situação, em 1985, o município foi definido como área de infestação domiciliar 
e risco de dengue. Os primeiros casos autóctones da dengue no município foram registrados 
em 1991, atribuídos ao sorotipo DENV1. A primeira grande epidemia ocorreu em 1995, com 
1.462 casos autóctones. Posteriormente, com a introdução dos demais sorotipos, as 
incidências (casos/100 mil habitantes/ano) apresentaram comportamento cíclico: em 1999, 
1.351,1; em 2006, 2.935,7; em 2010, ano da maior incidência, 6.173,8; e, em 2015, até outubro, 
a segunda maior incidência, 5.070,8. 
 Apesar de não se descartar a hipótese de que o aumento progressivo das incidências da 
dengue no município já seria um efeito do aumento das temperaturas, parece que esse 
fenômeno estaria mais relacionado com a circulação dos múltiplos sorotipos do vírus da 
dengue. De modo geral, a persistência e a intensidade da dengue em São José do Rio Preto são 
esperadas por se tratar de cidade de clima tropical e com condições ideais para o 
desenvolvimento do vetor e de sua relação com o patógeno. 
Os vocábulos “mosquito” (linha 13) e “patógeno” (linha 27) têm o mesmo referente no texto: 
“Aedes aegypti” (linhas 5 e 8). 
Comentário: A afirmação está errada, pois “mosquito” refere-se a “Aedes aegypti”; porém 
“patógeno” refere-se ao “vírus da dengue”, linhas 24 e 25. 
 Mesmo não havendo um conhecimento da Biologia e da área de saúde em relação ao sentido 
da palavra “patógeno” (organismo capaz de causar doença em um hospedeiro, como vírus e 
bactérias), percebemos pelo contexto um distanciamento bem grande da palavra “patógeno” do 
substantivo “mosquito”. Assim, já temos um sinal de que os referentes são distintos. 
Gabarito: E 
16. (CESPE / TRF 1ª Analista Judiciário Taquígrafo – 2017) 
Fragmento do texto: O cronista é um pedestre. O que existe para o cronista é a gaveta de 
meias, a lancheirado filho, o boteco da esquina. Verdade que às vezes, na gaveta de meias, na 
lancheira do filho, no boteco da esquina, o cronista até resvala no amor, trisca no perdão, se 
lambuza na saudade, tropeça num deusinho ou outro (desses deuses de antigamente, também 
pedestres, que se cansam do Olimpo e vão dar umas bandas pela 25 de Março), mas é de leve, 
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é sem querer, pois na prática (e é assim que eu devo começar) o cronista trata do pequeno, do 
detalhe, do que está tão perto que a gente nem vê. 
Os termos “gaveta de meias”, “lancheira do filho” e “boteco da esquina”, nas linhas 1 e 2, são 
hipônimos que exemplificam aquilo que o autor denomina de “detalhe” (linha 7) ao final do 
texto. 
Comentário: Primeiro é interessante entendermos o contexto. 
 O autor começa falando que o cronista é um pedestre, tendo em vista que este não se atém 
a estudos aprofundados, mas à vida cotidiana, a coisas simples do dia a dia. 
 Assim, entendemos que “a gaveta de meias”, “a lancheira do filho”, “o boteco da esquina” 
são exemplos dessas coisas simples, do pequeno, do detalhe, do que está tão perto que a gente nem 
vê. 
 Dessa forma, as expressões “a gaveta de meias”, “a lancheira do filho”, “o boteco da esquina” 
são hipônimos, os quais exemplificam o hiperônimo “detalhe”. 
 Portanto, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
17. (CESPE / TRF 1ª Analista Judiciário Taquígrafo – 2017) 
Fragmento do texto: O cronista é um pedestre. O que existe para o cronista é a gaveta de 
meias, a lancheira do filho, o boteco da esquina. Verdade que às vezes, na gaveta de meias, na 
lancheira do filho, no boteco da esquina, o cronista até resvala no amor, trisca no perdão, se 
lambuza na saudade, tropeça num deusinho ou outro (desses deuses de antigamente, também 
pedestres, que se cansam do Olimpo e vão dar umas bandas pela 25 de Março), mas é de leve, 
é sem querer, pois na prática (e é assim que eu devo começar) o cronista trata do pequeno, do 
detalhe, do que está tão perto que a gente nem vê. 
O sentido da frase “O cronista é um pedestre” (linha 1) seria preservado caso se substituísse a 
palavra “cronista” por escritor. 
Comentário: Note que “cronista” é um hipônimo de “escritor” (termo mais abrangente, 
hiperônimo). Assim, uma simples troca de “cronista”, o qual tem o sentido mais específico, por 
“escritor” mudaria consideravelmente o sentido. 
 Numa relação coesiva, até se poderia trocar, por exemplo, “cronista” (linha 8) pela expressão 
“esse escritor”, pois a característica principal do cronista ainda se manteria preservada 
contextualmente, tendo em vista o emprego do pronome demonstrativo “esse”. 
 Porém, a simples troca de um pelo outro realmente muda o sentido no texto e a afirmação 
está errada. 
Gabarito: E 
 
 
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18. (CESPE / Tribunal de Justiça – RJ nível superior – 2008) 
Fragmento do texto: A divulgação científica, as informações e os conhecimentos que podemos 
oferecer à educação são elementos que contribuem para formar a opinião, a capacidade de 
crítica e de decisão dos diferentes setores da sociedade. 
O termo “elementos” funciona como hiperônimo de “divulgação científica”, “informações” e 
“conhecimentos”. 
Comentário: Note que “elementos” é o predicativo do sujeito, isto é, caracteriza esse sujeito 
composto. Naturalmente o vocábulo “elementos” deve ser abrangente para abarcar as ideias 
específicas de cada núcleo desse termo enumerado, por isso “elementos” é hiperônimo (sentido 
geral) de seus hipônimos (sentido específico) “divulgação científica”, “informações” e 
“conhecimentos”. 
Gabarito: C 
19. (CESPE / Tribunal de Justiça - RJ nível superior – 2008) 
Julgue a afirmativa em que as palavras grifadas mantêm, entre si, a relação semântica indicada 
entre parênteses: 
A lei caracteriza algumas ações e as define como crimes. Esses delitos são classificados de 
acordo com o tipo de bem que atingem, material ou imaterial. (hiperonímia/hiponímia) 
Comentários 
Na realidade, “crime” (mais específico) é um termo incluso em “delitos” (mais abrangente), 
por isso a relação deveria ser contrária: (hiponímia/hiperonímia) 
Gabarito: E 
3 – PRONOMES 
 Os pronomes são elementos de coesão por princípio, pois retomam ou projetam elementos 
no texto. Veja: 
 Ana Clara realizou uma prova ontem. Ela não havia levado seu material de estudo, então 
pediu a um amigo que morava perto de sua casa que o trouxesse à faculdade, pois todo o resumo se 
encontrava nele. 
 Perceba que o pronome pessoal “Ela” retomou “Ana Clara”. O pronome possessivo “seu”, 
além de fazer subentender a preposição “de”, retoma “Ela” (=material dela). O pronome relativo 
“que” se refere ao vocábulo “amigo” (amigo morava...). O pronome “sua” novamente retoma “Ela” 
(casa dela). Os pronomes “o” e “nele” fazem referência à expressão “material de estudo”. 
 Com isso, podemos perceber o papel crucial dos pronomes na retomada de palavras. Essa 
referência ao que foi dito anteriormente é chamada de recurso anafórico ─ recurso muito utilizado. 
Mas ele também pode projetar o sentido, isto é, fazer uma abertura para depois inserir o 
elemento. Veja: 
 
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 Ana já soube de sua nota: cinco. 
 A nota de Ana foi esta: cinco. 
 Preciso de algo: descanso. 
 Chamamos isso de recurso catafórico. Não temos que decorar os nomes, mas saber 
identificar a quem o nome se refere, quem ele retoma e quem ele projeta. Para tal, basta lermos 
com calma o texto e confirmarmos os dados nele. 
Verifique essa coesão referencial em um texto da prova de Analista de Finanças e Controle (STN) 
2008: 
 
 
20. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018) 
Fragmento de texto: Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, do que 
falar, com relutante perfeição, uma língua artificialmente construída. O homem é um animal 
apesar de muitos o esquecerem, ele ainda é um animal irracional, como todos o são. 
Em “apesar de muitos o esquecerem” (linha 3), a partícula “o” refere-se a “O homem” (linha 
2). 
Comentário: Não se entende do texto que muitos esquecem o homem. Na realidade, afirma-se que 
muitos esquecem que o homem é um animal. Assim, o pronome demonstrativo “o” (=isso) retoma 
toda a oração “O homem é um animal”, e a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
 
 
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21. (CESPE / TCE PB Auditor – 2018) 
 A cada instante, a quantidade de informações disponíveis para processamento pelo 
cérebro é formidável: todo o campo visual, todos os estímulos auditivos e olfativos, toda a 
informação relativa à posição do corpo e ao seu estado de funcionamento. 
 Esses estímulos precisam ser processados em conjunto, de modo que o cérebro possa 
montar uma imagem coerente do indivíduo e de seu ambiente. Isso sem contar os processos 
de evocação de memórias, planejamento para o futuro e imaginação. Você realmente esperava 
processar todos os estímulos a cada momento e ainda formar registros duradouros de todos 
eles? 
 O que faz com que a memória se torne seletiva não é o mundo atual, informatizado, rápido 
e denso em informações. Ela o é por definição, já que sua porta de entrada é um funil poderoso: 
a atenção, que concentra todo o poder operacional do cérebro sobre uma coisa só, aquelaque 
for julgada a mais importante no momento. 
No texto, o termo “o” — em “Ela o é por definição” (linha 10) — remete ao elemento 
A “O que faz com que a memória se torne seletiva” (linha 9). 
B “o mundo atual” (linha 9). 
C “a memória” (linha 9). 
D “seletiva” (linha 9). 
E “um funil poderoso” (linhas 10 e 11). 
Comentário: Entendemos da expressão “Ela o é por definição” que a memória é seletiva por 
definição. Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
22. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018) 
A humanidade não aceitará uma língua não natural para a comunicação natural. Isso é contra 
a tendência dos seus instintos. Nenhum homem, “que seja homem”, achará natural conversar, 
aceitando ou recusando uma bebida, em Volapuque, ou Esperanto, ou Ido ou em qualquer 
outra fantochada do gênero. Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, do 
que falar, com relutante perfeição, uma língua artificialmente construída. O homem é um 
animal apesar de muitos o esquecerem, ele ainda é um animal irracional, como todos o são. 
A coerência e a coesão do texto seriam mantidas caso seu último período passasse a figurar 
como seu quarto período. 
Comentário: A afirmação está correta e pede apenas para trocarmos de posição os dois últimos 
períodos, como deixo explícito a seguir. 
 Mas, antes de lermos essa reescrita, vejamos que, no trecho original, é apresentada uma 
negação: nenhum homem achará natural conversar em Volapuque etc. 
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 Em seguida, coloca-se uma afirmativa: Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas 
natural, do que falar, com relutante perfeição, uma língua artificialmente construída. 
 No último período, há uma justificativa, um esclarecimento: O homem é um animal apesar de 
muitos o esquecerem, ele ainda é um animal irracional, como todos o são. 
 Assim, tal esclarecimento pode ser inserido imediatamente antes da frase afirmativa, pois 
isso já reforça a negação anterior, além de enfatizar a afirmação posterior. Confirme: 
A humanidade não aceitará uma língua não natural para a comunicação natural. Isso é contra a 
tendência dos seus instintos. Nenhum homem, “que seja homem”, achará natural conversar, 
aceitando ou recusando uma bebida, em Volapuque, ou Esperanto, ou Ido ou em qualquer outra 
fantochada do gênero. O homem é um animal apesar de muitos o esquecerem, ele ainda é um 
animal irracional, como todos o são. Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, 
do que falar, com relutante perfeição, uma língua artificialmente construída. 
Gabarito: C 
23. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018) 
Fragmento do texto: Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender 
a conduzir melhor seu carro quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em 
como abandoná-lo. O estudo de um Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de 
aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na minha idade, pensa-se em tudo, 
menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as crianças e a deixam com maior 
má vontade do que os jovens. 
Na linha 5, a inserção de sua diante de “vida” manteria a coesão e a coerência do texto, assim 
como sua correção gramatical. 
Comentário: Na oração “Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as crianças”, entende-se 
que o substantivo “vida” se refere à vida dos velhos. Assim, a inserção do pronome possessivo “sua” 
mantém a correção gramatical, a coesão e a coerência. 
Gabarito: C 
24. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018) 
Fragmento do texto: Acho que uma palavra é muito mais bonita do que uma carabina, mas 
não sei se vem ao caso. Nenhuma palavra quer ferir outras palavras: nem desoxirribonucleico, 
nem montanha, nem canção. Todos esses conceitos têm os seus sinônimos, veja só, ácido 
desoxirribonucleico e DNA são exatamente a mesma coisa, e os do resto das palavras você 
acha. 
O vocábulo “os” (linha 4) remete a “sinônimos” (linha 4). 
Comentário: Pelo contexto entendemos que realmente “os” retoma “sinônimos”. Mas, se você ficou 
em dúvida, a estrutura morfossintática também nos ajuda neste caso. 
 Perceba que o pronome possessivo “seus” em “seus sinônimos” faz a seguinte relação de 
posse: sinônimos dos conceitos. O pronome “seus” é o adjunto adnominal e “sinônimos” é o núcleo. 
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 O mesmo ocorre na expressão com relação de posse “os do resto das palavras”. O pronome 
“os” retoma o mesmo núcleo anterior: sinônimos. Além disso, note que “os” também é núcleo e 
agora é o termo preposicionado “do resto das palavras” que é o adjunto adnominal. Confirme: 
 
Todos esses conceitos têm os seus sinônimos, veja só, ácido desoxirribonucleico e DNA são 
exatamente a mesma coisa, e os do resto das palavras você acha. 
Todos esses conceitos têm os seus sinônimos (sinônimos dos conceitos), veja só, ácido 
desoxirribonucleico e DNA são exatamente a mesma coisa, e os (sinônimos) do resto das palavras 
você acha. 
Gabarito: C 
25. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018) 
Fragmento do texto: Narração é diferente de narrativa, uma vez que mantém algo da ideia de 
acompanhar os fatos à medida que eles acontecem. A narrativa é uma totalidade de 
acontecimentos encadeados, uma espécie de soma final, e está presente em tudo: na 
sequência de entrada, prato principal e sobremesa de um jantar; em mitos, romances, contos, 
novelas, peças, poemas; no Curriculum vitae; na história dos nossos corpos; nas notícias; em 
relatórios médicos; em conversas, desenhos, sonhos, filmes, fábulas, fotografias. Está nas 
óperas, nos videoclipes, videogames e jogos de tabuleiro. A narração, por sua vez, é 
basicamente aquilo que um narrador enuncia. 
A autora utiliza o termo “tudo” (linha 3) para se referir a uma ampla quantidade de 
experiências, objetos e produtos que constituem e(ou) comportam uma sequência articulada 
de eventos. 
Comentário: O pronome indefinido “tudo” encontra-se em recurso catafórico, isto é, projeta no 
segmento enumerado posterior o seu referente. Assim, “tudo” refere-se a “na sequência de entrada, 
prato principal e sobremesa de um jantar; em mitos, romances, contos, novelas, peças, poemas; no 
Curriculum vitae; na história dos nossos corpos; nas notícias; em relatórios médicos; em conversas, 
desenhos, sonhos, filmes, fábulas, fotografias”. 
 A afirmação da questão resume tais expressões como ampla quantidade de experiências (“na 
história dos nossos corpos; nas notícias; em relatórios médicos; em conversas, no Curriculum vitae”), 
produtos (“na sequência de entrada, prato principal e sobremesa de um jantar”) e objetos 
(“videogames e jogos de tabuleiro”). 
 Além disso, foi afirmado que tudo isso é uma sequência articulada de eventos, como se afirma 
no texto com a seguinte expressão: “A narrativa é uma totalidade de acontecimentos encadeados”. 
 Por tudo isso, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
 
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26. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018) 
Fragmento do texto: Na legislação interna dos países, a espionagem costuma ser juridicamente 
entendida como a obtenção sub-reptícia e indevida de informação sigilosa do Estado. Esse tipo 
de conduta é criminalizado pela legislação de cada país. O mesmo se pode dizer do vazamento, 
que guarda estreita relação com a espionagem e que consiste na divulgação indevida de 
informações por quem tem o dever legal do sigilo. A espionagemé um dos poucos crimes na 
legislação brasileira que podem, em tempo de guerra, levar à pena de morte, seja o condenado 
nacional ou estrangeiro, civil ou militar, além de, em tempo de paz, sujeitar o militar que a 
pratique à indignidade para o oficialato. 
Na construção das cadeias referenciais do texto, os termos “Esse tipo de conduta” (linha 3) e 
“a” (linha 8) constituem diferentes formas de evocar o mesmo conteúdo semântico: o do 
referente “a espionagem” (linha 1). 
Comentário: Uma leitura atenta nos mostra que os termos “Esse tipo de conduta” e “a” referem-se 
a “espionagem”. Porém, devemos notar que a questão fez referência apenas ao vocábulo 
“espionagem” da linha 1. Note que o pronome “a” faz referência ao substantivo “espionagem” que 
se encontra na linha 5. Assim, a afirmação está errada. 
 Esta foi uma questão que pegou até mesmo a banca. Ela mesma havia colocado o gabarito 
como correto, pois não havia se dado conta de que o comando da questão havia restringido apenas 
ao vocábulo “espionagem” da linha 1. Assim, após muitos recursos, a banca mudou o gabarito para 
errado e colocou a seguinte justificativa: 
Embora seja correto afirmar que, na construção das cadeias referenciais do texto, o termo “Esse tipo 
de conduta” é uma expressão usada no texto para fazer referência anafórica ao termo “a 
espionagem” da linha 1, afirmar o mesmo do pronome “a” é incorreto, uma vez que essa forma 
linguística faz referência ao termo “a espionagem” que aparece na linha 6. 
Gabarito: E 
27. (CESPE / EBSERH Administrativo – 2018) 
Fragmento do texto: Um estudo de pesquisadores da Universidade da Califórnia acrescentou 
mais itens ao vasto repertório de problemas trazidos pelo consumo de açúcar: além de 
aumentar os riscos de doenças como o diabetes do tipo 2, ele também pode atrapalhar o 
aprendizado e a memória. 
 O potencial danoso do açúcar pode ter origem no fato de que ele é um ingrediente recente 
na dieta humana. Ao longo da história, o homem obteve quantidades limitadas desse alimento, 
por meio de frutas ou mel. 
No segundo parágrafo do texto, o nome “açúcar” (linha 5) é retomado por meio do pronome 
“ele” (linha 5) e da expressão “desse alimento” (linhas 6 e 7). 
Comentário: Uma leitura atenta nos mostra que o substantivo “açúcar” realmente foi retomado por 
“ele” e “desse alimento”. 
 Assim, a afirmação está correta. 
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Gabarito: C 
28. (CESPE / TRE TO Técnico Judiciário – 2017) 
Fragmento do texto: Os fósseis da floresta foram preservados graças à presença de sílica no 
ambiente, que se infiltrou nas plantas e conservou seus formatos, por meio do processo de 
permineralização celular. A infiltração e a impregnação de sílica nas células e nos espaços 
intercelulares formaram uma matriz inorgânica que sustentou os tecidos das plantas, 
preservando-os. A origem do agente da permineralização silicosa ainda permanece obscura. 
No texto, o pronome “os” (linha 5) remete a 
a) “células” (linha 3) e “espaços” (linha 3). 
b) “os tecidos das plantas” (linha 4). 
c) “tecidos” (linha 4) e “plantas” (linha 4). 
d) “Os fósseis da floresta” (linha 1). 
e) “seus formatos” (linha 2). 
Comentário: O pronome “os”, contextualmente, retoma a expressão plural e masculina 
imediatamente anterior, que é “os tecidos das plantas”. 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
29. (CESPE / TRF 1ª Analista – 2017) 
Fragmento do texto: Além de ter incorporado, no desempenho de seus cargos, conceitos como 
os da transparência e da impessoalidade, décadas antes de eles serem consolidados na 
Constituição Federal de 1988, o renomado escritor Graciliano Ramos foi um gestor em busca 
da eficiência e que agia com extremo zelo com os recursos públicos. 
 Não se trata apenas do seu combate ao patrimonialismo e ao nepotismo, mas também do 
que se designa, hoje, de foco no resultado com responsabilidade fiscal. Um exemplo disso é o 
fato de que, como prefeito de Palmeira dos Índios, município do agreste alagoano, de 1928 a 
1930, ele construiu estradas gastando menos da metade do que se costumava gastar por 
quilômetro construído pela administração do estado. 
O elemento “ele” (linha 8) refere-se a “prefeito” (linha 7). 
Comentário: O texto fala do escritor Graciliano Ramos na fase em que foi político. No texto notamos 
várias palavras que se referem a ele, como a locução verbal “ter incorporado” (linha 1), cujo sujeito 
“Graciliano Ramos” está subentendido; os pronomes “seus” (linha 1), “seu” (linha 5) e “ele” (linha 
8). 
 Assim, o pronome “ele” não se refere a “prefeito”, mas a “Graciliano Ramos” e a afirmação 
está errada. 
Gabarito: E 
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30. (CESPE / TRF 1ª Analista – 2017) 
Fragmento do texto: Além de ter incorporado, no desempenho de seus cargos, conceitos como 
os da transparência e da impessoalidade, décadas antes de eles serem consolidados na 
Constituição Federal de 1988, o renomado escritor Graciliano Ramos foi um gestor em busca 
da eficiência e que agia com extremo zelo com os recursos públicos. 
O referente da forma pronominal “eles” (linha 2) é o termo “cargos” (linha 1). 
Comentário: Notamos no contexto que os conceitos como os da transparência e da impessoalidade 
é que foram consolidados na Constituição Federal de 1988, não os cargos. Assim, a afirmação está 
errada. 
Gabarito: E 
31. (CESPE / TRT 7ª Analista – 2017) 
Fragmento do texto: Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias, 
na fala de diferentes atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a comunicação se 
faz presente, deparamo-nos repetidas vezes com a palavra cidadania. Esse largo uso, porém, 
não torna evidente seu significado. Ao contrário, o fato de admitir vários empregos deprecia 
seu valor conceitual, isto é, sua capacidade de nos fazer compreender certa ordem de eventos. 
Por que, então, a palavra cidadania é constantemente evocada, se o seu significado é tão pouco 
esclarecido? 
No parágrafo do texto, o referente da forma pronominal “sua” (linha 5) é 
a) “significado” (linha 4). 
b) “a palavra cidadania” (linha 3). 
c) “Esse largo uso” (linha 3). 
d) “vários empregos” (linha 4). 
Comentário: Entendemos do texto que o fato de admitir vários empregos da palavra cidadania 
deprecia seu valor conceitual, ou seja, a capacidade dessa palavra de nos fazer compreender certa 
ordem de eventos. 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
32. (CESPE / TCE PE Analista – 2017) 
Fragmento do texto: Mas a “falha” dos atenienses era a inexistência de direitos humanos. Não 
havia proteção contra as decisões da assembleia soberana. Ela podia decretar o banimento de 
quem quisesse, sem se justificar: assim Temístocles foi sentenciado ao ostracismo pelo mesmo 
povo que ele salvara dos persas. 
 Desde a era moderna, os direitos do homem, protegendo-o do Estado, se tornam cruciais. 
Estes são os grandes legados das três revoluções modernas — a inglesa, a americana e a 
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francesa: somos protegidos não só dos desmandos do monarca absoluto, contra os quais o 
melhor antídoto seria a soberania popular, mas também da tirania do próprio povo e de seus 
eleitos. 
As formas pronominais em “ele salvara” (linha 4) e “protegendo-o” (linha 5) remetem ao 
mesmo referente: “Temístocles” (linha 3). 
Comentário: O pronome “ele” retoma “Temístocles”, porém o pronome “o”, em “protegendo-o”, 
retoma “homem” linha 5. 
 Assim, a afirmação está errada.Gabarito: E 
33. (CESPE / TRE PE Analista – 2017) 
Fragmento do texto: Na teoria constitucional moderna, cidadão é o indivíduo que tem um 
vínculo jurídico com o Estado, sendo portador de direitos e deveres fixados por determinada 
estrutura legal (Constituição, leis), que lhe confere, ainda, a nacionalidade. Cidadãos, em tese, 
são livres e iguais perante a lei, porém súditos do Estado. 
No parágrafo do texto, o pronome “lhe” (linha 3) faz referência a 
a) “Estado” (linha 2). 
b) “portador de direitos e deveres” (linha 2). 
c) “nacionalidade” (linha 3). 
d) “teoria constitucional moderna” (linha 1). 
e) “cidadão” (linha 1). 
Comentário: Entendemos do texto que a estrutura legal confere ao cidadão a nacionalidade. 
 Assim, a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
34. (CESPE / TRE PE Analista – 2017) 
Fragmento do texto: A moralidade, que deve ser uma característica do conjunto de indivíduos 
da sociedade, deve caracterizar de modo mais intenso ainda aqueles que exercem funções 
administrativas e de gestão pública ou privada. Com relação a essa ideia, vale destacar que o 
alcance da moralidade vincula-se a princípios ou normas de conduta, aos padrões de 
comportamento geralmente reconhecidos, pelos quais são julgados os atos dos membros de 
determinada coletividade. Disso é possível deduzir que os membros de uma corporação 
profissional — no caso, funcionários e servidores da administração pública — também devem 
ser submetidos ao julgamento ético-moral. A administração pública deve pautar-se nos 
princípios constitucionais que a regem. É necessário, ainda, que tais princípios estejam pública 
e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os cidadãos, para que estes possam 
respeitá-los e vivenciá-los. Nesse contexto, destacam-se os princípios constitucionais tidos 
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como base da função pública e que, sem dúvida, constituem pilares de sustentabilidade da 
função gestora. 
Na linha 11 do texto, a forma pronominal “los”, em “respeitá-los” e “vivenciá-los”, remete a 
a) “todos os cidadãos” (linha 10). 
b) “princípios constitucionais” (linha 9). 
c) “estes” (linha 11). 
d) “os membros de uma corporação profissional” (linhas 6 e 7). 
e) “funcionários e servidores da administração pública” (linha 7). 
Comentário: Entendemos do texto que é necessário que princípios constitucionais estejam pública 
e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os cidadãos, para que estes possam respeitar e 
vivenciar esses princípios. 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
35. (CESPE / MPU Analista – 2015) 
Fragmento do texto: Na organização do poder político no Estado moderno, à luz da tradição 
iluminista, o direito tem por função a preservação da liberdade humana, de maneira a coibir a 
desordem do estado de natureza, que, em virtude do risco da dominação dos mais fracos pelos 
mais fortes, exige a existência de um poder institucional. Mas a conquista da liberdade humana 
também reclama a distribuição do poder em ramos diversos, com a disposição de meios que 
assegurem o controle recíproco entre eles para o advento de um cenário de equilíbrio e 
harmonia nas sociedades estatais. 
O pronome “eles” (linha 6) faz referência a “ramos diversos” (linha 5). 
Comentário: Entende-se do trecho que haverá uma disposição de meios que assegurem o controle 
recíproco entre os ramos diversos para o advento de um cenário de equilíbrio e harmonia nas 
sociedades estatais. Assim, fica fácil perceber que a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
36. (CESPE / MPU Técnico – 2015) 
Fragmento do texto: O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do Estado brasileiro e 
da democracia. A sua história é marcada por processos que culminaram consolidando-o como 
instituição e ampliando sua área de atuação. 
Na linha 2, a expressão “A sua história” refere-se ao antecedente “democracia”. 
Comentário: Esta questão trabalha o valor anafórico dos pronomes. O pronome possessivo “sua” 
retoma a expressão “Ministério Público”. Isso é reforçado pelo emprego do pronome pessoal 
oblíquo átono “o”, o qual se refere à mesma expressão masculina e singular. Assim, entendemos 
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que a história do Ministério Público é marcada por processos que culminaram consolidando-o como 
instituição e ampliando sua área de atuação. 
 Você poderia ter ficado na dúvida sobre a possibilidade da retomada da expressão “Estado 
Brasileiro”, haja vista também ser masculina e singular, porém o texto afirma ser uma instituição. 
Assim, fica patente a referência ao Ministério Público. 
Gabarito: E 
37. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2014) 
“Passe lá no RH!”. Não são poucas as vezes em que os colaboradores de uma empresa recebem 
essa orientação. Não são poucos os chefes que não sabem como tratar um tema que envolve 
seus subordinados, ou não têm coragem de fazê-lo, e empurram a responsabilidade para seus 
colegas da área de recursos humanos. Promover ou comunicar um aumento de salário é com 
o chefe mesmo; resolver conflitos, comunicar uma demissão, selecionar pessoas, identificar 
necessidades de treinamento é “lá com o RH”. Em pleno século XXI, ainda existem empresas 
cujos executivos não sabem quem são os reais responsáveis pela gestão de seu capital humano. 
Os responsáveis pela gestão de pessoas em uma organização são os gestores, e não a área de 
RH. Gente é o ativo mais importante nas organizações: é o propulsor que as move e lhes dá 
vida. Portanto, os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser tratados como parte 
de uma política de valorização desse ativo, na qual gestores e RH são vasos comunicantes, 
trabalhando em conjunto, cada um desempenhando seu papel de forma adequada. 
A forma pronominal “lo”, em “fazê-lo” (linha 3), refere-se a “tema” (linha 2), e as formas “as” 
e “lhes” (linha 9) referem-se a “organizações” (linha 9). 
Comentário: No período “Não são poucos os chefes que não sabem como tratar um tema que 
envolve seus subordinados, ou não têm coragem de fazê-lo, e empurram a responsabilidade para 
seus colegas da área de recursos humanos.”, o pronome “-lo” não se refere a “tema”, mas à ação de 
“tratar um tema que envolve seus subordinados”. Assim, entendemos do trecho acima que os chefes 
não têm coragem de tratar um tema que envolve seus subordinados. 
 Já os pronomes “as” e “lhes” realmente fazem referência a “organizações”, pois se entende 
que gente move as organizações e dá vida a elas. 
Gabarito: E 
38. (CESPE / MTE Agente Administrativo – 2014) 
Fragmento do texto: Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma 
expressão irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis 
o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, 
ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e 
puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. 
Na linha 4, a forma pronominal “la”, em “anunciá-la”, refere-se a “polícia”. 
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Comentário: A forma pronominal “la” não se refere ao substantivo “polícia”, mas ao substantivo 
“carteira”. Assim, entendemos que ele devia anunciar a carteira ou levá-la à polícia. 
Gabarito: E 
39. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011) 
Fragmento de texto: Em milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da 
academia para que seus nomes gerassem adjetivosconhecidos de todos, até de quem não sabe 
quem eles foram: Platão e Maquiavel. Todos ouvimos falar em amor platônico ou em pessoas 
maquiavélicas. Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi 
maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social. 
Na linha 5, o pronome “ele” refere-se a “Platão”, o referente mais próximo. 
Comentário: O pronome pessoal “ele” também trabalha a coesão referencial anafórica. Assim 
retoma palavra expressa anteriormente, e não posteriormente, como a questão faz subentender. 
 Assim, o substantivo retomado foi “Maquiavel”, e não “Platão”. 
Gabarito: E 
40. (CESPE / EBC nível superior – 2011) 
 São Paulo, 18 novembro 1925. 
 Carlos, 
 Dá-se isto: ontem me apareceu um dos redatores da Noite do Rio aqui em casa e 
além de me pedir uma entrevista pra tal propôs o seguinte: a Noite organiza um Mês 
Modernista. Durante um mês todos os dias o jornal publicará um artiguete de meia coluna 
assinado por um modernista qualquer. O artiguete poderá ser crítica, fantasia, versos, o que a 
gente quiser. Pagam 50$ por artigo. Os escolhidos são: Manuel Bandeira e Prudente de Morais 
no Rio, eu e Sérgio Milliet em São Paulo, você e o Martins de Almeida em Minas. Me mande 
com absoluta urgência uma linha sobre isto falando que aceitam, pra eu dispor as coisas logo. 
Estou esperando. Ciao. 
 Mário 
No texto, a sequência “a Noite organiza um Mês Modernista” não atende à expectativa de 
leitura criada com “propôs o seguinte:”, pois não informa, com clareza, a proposta de que trata 
a carta. 
Comentário: A expressão “propôs o seguinte” transmite ao leitor a expectativa de que em seguida 
haverá a proposta. 
 A oração “a Noite organiza um Mês Modernista” ambienta o leitor sobre a situação que 
posteriormente levará à proposta, que é “Durante um mês todos os dias o jornal publicará um 
artiguete de meia coluna assinado por um modernista qualquer. O artiguete poderá ser crítica, 
fantasia, versos, o que a gente quiser. Pagam 50$ por artigo. Os escolhidos são: Manuel Bandeira e 
Prudente de Morais no Rio, eu e Sérgio Milliet em São Paulo, você e o Martins de Almeida em Minas.” 
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 Assim, somente aquela primeira oração após os dois-pontos não é clara quanto à proposta, 
ela apenas ambienta a situação, mas a proposta mesmo ocorre em seguida. 
 Por isso, a questão está certa. 
Gabarito: C 
41. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011) 
Fragmento de texto: Em milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da 
academia para que seus nomes gerassem adjetivos conhecidos de todos, até de quem não sabe 
quem eles foram: Platão e Maquiavel. Todos ouvimos falar em amor platônico ou em pessoas 
maquiavélicas. Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi 
maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social. 
Na linhas 2 e 3, o pronome “quem”, em ambas as ocorrências, equivale a pessoas que. 
Comentário: A questão associa o nosso conhecimento de coesão referencial, isto é, qual palavra 
está sendo retomada, ao conhecimento do sentido das palavras. 
 Como a questão apenas informou que os pronomes equivalem, não significa que devemos 
substituir uma expressão por outra, o que importa é o valor semântico, o sentido em cada 
ocorrência. 
 A primeira ocorrência do pronome “quem” realmente faz subentender a expressão “pessoas 
que” e, sintaticamente, deve haver alguns ajustes. Confronte: 
 “...adjetivos conhecidos de todos, até de quem não sabe...” 
 “...adjetivos conhecidos de todos, até das pessoas que não sabem...” 
 Já a segunda ocorrência deste pronome não envolve as pessoas de maneira geral, mas 
restringe a “Platão e Maquiavel”. 
 Este recurso é chamado de catafórico, porque projeta o referente para depois do pronome. 
Veja: 
“...não sabe quem eles foram: Platão e Maquiavel.” 
 
Gabarito: E 
42. (CESPE / MPE PI Superior – 2012) 
Fragmento do texto: Na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda 
dão resultado. O canadense Harold Hackett que o diga. Morador da Ilha Príncipe Eduardo, uma 
das dez províncias do Canadá, ele enviou mais de 4.800 mensagens em uma garrafa e recebeu 
3.100 respostas de pessoas de várias partes do mundo. De acordo com a BBC, o canadense 
envia as mensagens desde 1996. 
 O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as 
mensagens estão com data. Antes de enviá-las, checa o sentido dos ventos — que devem 
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rumar de preferência para oeste ou sudoeste. Algumas cartas demoraram 13 anos para voltar 
para ele. 
A forma pronominal “las”, em “enviá-las” (linha 7), pode fazer referência tanto ao termo 
“garrafas” (linha 6) quanto ao termo “mensagens” (linha 7). 
Comentário: A forma pronominal “las" retoma explicitamente o substantivo “mensagens”. Como 
essas mensagens são enviadas por meio de “garrafas”, contextualmente, “mensagens” e “garrafas” 
possuem o mesmo sentido na retomada por este pronome. Veja: 
“Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens estão com data. Antes 
de enviá-las(as mensagens, as garrafas)...” 
Gabarito: C 
43. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011) 
Fragmento de texto: Em milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da 
academia para que seus nomes gerassem adjetivos conhecidos de todos, até de quem não sabe 
quem eles foram: Platão e Maquiavel. Todos ouvimos falar em amor platônico ou em pessoas 
maquiavélicas. Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi 
maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social. 
Tanto na linha 2 quanto na linha 3, o pronome “todos” remete ao significado de todas as 
pessoas. 
Comentário: Na linha 2, realmente o pronome “todos” tem o sentido de “todas as pessoas”, inclusive 
pode até haver a substituição de tais vocábulos: 
“só dois filósofos quebraram as fronteiras da academia para que seus nomes gerassem adjetivos 
conhecidos de todos...” 
“só dois filósofos quebraram as fronteiras da academia para que seus nomes gerassem adjetivos 
conhecidos de todas as pessoas...” 
 Já a ocorrência deste pronome na linha 3 recebeu o verbo “ouvimos”, o qual faz subentender 
o pronome “nós”. Assim, o autor quis especificar esse universo, inserindo ele mesmo e o leitor na 
situação de ter ouvido falar em amor platônico ou em pessoas maquiavélicas. 
 Assim, houve mudança de sentido. Prova disso é não podermos mais substituir o pronome 
“todos” pela expressão “todas as pessoas”, como fizemos no pronome anterior. 
Gabarito: E 
1.3.1 Pronomes demonstrativos 
Os pronomes demonstrativos devem ser estudados com especial atenção, pois são divididos 
em anafórico e catafórico, os quais trabalham a coesão referencial, por retomar palavra ou 
expressão dita anteriormente e referenciar-se a termo posterior, respectivamente. 
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Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo; tal; 
semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis. 
 a. Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda vai ser dito ou 
escrito (recurso catafórico), e “esse, essa, isso” (recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito. 
 
 Para estabelecer-se a distinção entredois elementos anteriormente citados, usa-se “este, 
esta, isto” em relação ao que foi mencionado por último e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao 
que foi nomeado em primeiro lugar. 
 
 Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele. 
 Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a 
estas. 
b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou 
aquele(s), aquela(s). 
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) 
 Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu) 
A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que apresentar) 
c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos ou de semelhante, 
semelhantes: 
Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente. 
Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato. 
d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos quando equivalem a tal, 
tais: 
O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio de janeiro. Não se 
veriam semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos municipais fossem eficazes ou, 
pelo menos, existissem. 
Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente. Semelhante tradição vinha 
de longe, através dos escritores gregos, sobretudo de Platão” (Aquilino Ribeiro). 
e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria, próprias são 
demonstrativos quando têm o sentido de "idêntico", "em pessoa": 
Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros. 
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Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue. 
 
44. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2018) 
Fragmento do texto: As discussões em torno de questões como “o que é justiça?” ou “quais 
são os mecanismos disponíveis para produzir situações cada vez mais justas ao conjunto da 
sociedade?” não são novidade. Autores do século XIX já procuravam construir análises para 
identificar qual o sentido exato do termo justiça e quais formas de promovê-la eram possíveis 
e desejáveis ao conjunto da sociedade à época. O debate se enquadra em torno de três 
principais ideias: bem-estar; liberdade e desenvolvimento; e promoção de formas 
democráticas de participação. Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia 
política e moral se debruçaram intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX, 
e chegaram a conclusões diversas uns dos outros. Embora a perspectiva analítica de cada um 
desses autores divirja entre si, eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção 
de situações de justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas. 
A expressão “estado de coisas” (linhas 11 e 12) refere-se a “situações de justiça social” (linha 
11). 
Comentário: O pronome demonstrativo “esse” reforça que o termo “esse estado de coisas” retoma 
o referente no mesmo período e o próprio contexto nos ajuda nisso. Confirme: 
 
Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si, eles estão preocupados 
em desenvolver formas de promoção de situações de justiça social e têm hipóteses concretas para 
se chegar a esse estado de coisas. 
 
Gabarito: C 
45. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018) 
Fragmento do texto: Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender 
a conduzir melhor seu carro quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em 
como abandoná-lo. O estudo de um Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de 
aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na minha idade, pensa-se em tudo, 
menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as crianças e a deixam com maior 
má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos tiveram essa mesma vida 
por objetivo, veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus cuidados, todos os 
seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão. Não 
pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte. Disse tudo 
isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de 
minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. 
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A inserção de tais coisas após o infinitivo “dizer” (linha 10) daria ênfase aos sentidos do texto 
e melhoraria sua coesão, sem prejuízo da correção gramatical. 
Comentário: Para resolver essa questão, devemos observar os complementos do verbo “dizer”. A 
questão pede que insiramos um possível objeto direto (“tais coisas”) ao verbo “dizer”. 
 Mas devemos notar que o verbo “dizer” é transitivo direto e indireto e o vocábulo “mo” é a 
contração do objeto direto “o” com o objeto indireto “me” (me+o=mo). 
 Assim, já há objeto direto “o”, o qual retoma “tudo isso”. Por isso, não cabe a inserção de 
“tais coisas” e a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
46. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018) 
Fragmento do texto: Um elemento parece caracterizar a gestão pública brasileira 
contemporânea: a adoção de conceitos, discursos e práticas gerenciais típicas do mundo 
corporativo. Criatividade, postura empreendedora, inovação gerencial, gestão por resultados, 
contratos de gestão, gestão por competências são alguns dos termos e expressões que, 
paulatinamente, incorporam-se ao vocabulário cotidiano das diversas instâncias da gestão 
pública nacional. 
 Influenciadas pela disseminação de concepções neoliberais, calcadas nas noções de Estado 
mínimo e gestão por resultados, as instituições públicas cada vez mais aparentam aderir à 
lógica de mercado, concebendo o cidadão como cliente e adotando novas políticas e práticas 
de gestão, conforme disseminadas na esfera privada. 
 No Brasil, tal fenômeno ganhou espaço a partir do processo de redemocratização, nos anos 
80 do século XX, alimentado pela difusão de discursos que enfatizam uma ampla crise da 
administração pública, cujo equacionamento demandaria novos paradigmas de gestão, 
capazes de superar as estruturas centralizadas, as hierarquias formais e os sistemas de controle 
tayloristas prevalentes. 
A expressão “tal fenômeno” (linha 11) remete à ideia de adesão do mundo corporativo ao 
conceito de Estado mínimo e à gestão por resultados. 
Comentário: A expressão “tal fenômeno” refere-se à informação de que as instituições públicas 
aparentam aderir à lógica de mercado, concebendo o cidadão como cliente e adotando novas 
políticas e práticas de gestão. 
 A afirmação da questão errada, pois não é o mundo corporativo que está aderindo o conceito 
de Estado mínimo e a gestão de resultados, mas as instituições públicas. 
Gabarito: E 
47. (CESPE / TRF 1ª Analista – 2017) 
Fragmento do texto: Não se trata apenas do seu combate ao patrimonialismo e ao nepotismo, 
mas também do que se designa, hoje, de foco no resultado com responsabilidade fiscal. Um 
exemplo disso é o fato de que, como prefeito de Palmeira dos Índios, município do agreste 
Décio Terror Filho
Aula 09
Português p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
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alagoano, de 1928 a 1930, ele construiu estradas gastando menos da metade do que se 
costumava gastar por quilômetro construído pela administração do estado. 
O elemento “disso” (linha 3) retoma “foco no resultado com responsabilidade fiscal” (linhas 2 
e 3). 
Comentário: Podemos entender do contexto que o fato de construir estradas gastando menos

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