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APOSTILA DE GRAMÁTICA 2021

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CLASSES GRAMATICAIS
Introdução
A Gramática (do grego: γραμματική, transl. grammatiké, feminino substantivado de grammatikós) é um grande conjunto de regras e estudos, classificados em diversos tipos. A que designa o caráter prescritivo da língua, que impõe as regras e o padrão a ser seguido, nós a chamamos de Gramática Normativa.
Dentro da Gramática Normativa temos a Morfologia (morfo = forma, logia = estudo), parte que estuda as classes de palavras, ou seja, o estudo da forma da palavra.
Na Morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto de comunicação em que estão inseridas ou outros fatores que podem influenciá-las, mas somente a forma da palavra, o que de fato ela é.
· Substantivos: nessa classe ficam apenas as palavras que dão nome às coisas. Por exemplo: caderno, mesa e lápis.
· Adjetivos: são as palavras que dão uma característica, qualidade ou um defeito ao substantivo. Por exemplo: bonita, gordo, alto, pequeno e quente.
· Numerais: são palavras que expressam uma ideia de quantidade. Por exemplo: dois, primeira, triplo e meio.
· Artigos: essa classe é formada por palavras que ficam antes dos substantivos e determinam a eles um gênero e uma quantidade plural ou singular. São eles: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
· Verbos: é a classe das palavras que indicam uma ação, estado, fenômeno ou fato. Podem variar em conjugações de acordo com o tempo, número, pessoa, modo e voz. Exemplo: ficar, fazer, estar, ser, comer, fugir, chover e queimar.
· Pronomes: são palavras que substituem o nome ou a que ele se refere. Exemplo: eu, ela, aquele e minha.
· Preposições: essa classe possui palavras que ligam duas outras palavras ou termos. Exemplo: até, após e portanto.
· Advérbios: são palavras que podem indicar circunstâncias diversas, como tempo, lugar, modo, dúvida, negação, entre outros. Exemplo: hoje, aqui, muito e não.
· Conjunções: são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação. Exemplo: e, mas, portanto e contudo.
· Interjeições: são palavras invariáveis que exprimem emoções, sensações, estado de espírito ou até mesmo que procuram agir sobre o interlocutor, fazendo com que ele adote certo comportamento sem que seja preciso usar algumas estruturas linguísticas mais elaboradas. Exemplo: oh!, ai!, ui!, ufa! e eca!.
CLASSES VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
As classes variáveis podem ser flexionadas, ou seja, as palavras dessas classes aceitam sofrer alterações de acordo com plural e singular, masculino e feminino, superlativo… São elas: artigo, adjetivo, pronome, numeral, substantivo e verbo.
Já as classes advérbio, conjunção, interjeição e preposição são classes invariáveis, pois elas não aceitam nenhuma alteração. Permanecem iguais, independente se estão sendo usadas no plural, singular, masculino ou feminino.
DETERMINANTES E DETERMINADOS
A oração organiza-se em pequenos grupos e, em cada um deles, há sempre uma palavra que funciona como núcleo - o termo determinado. Este termo pode aparecer acompanhado de outras palavras, os determinantes, que o restringem, qualificam, modificam no contexto comunicacional.
GRUPO NOMINAL
Em um grupo nominal, o núcleo/determinado é o nome (e entende-se por nome: substantivo, pronome, numeral substantivo ou palavra substantivada. 
Os determinantes do substantivo ou equivalente (artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronomes adjetivos e numerais adjetivos) têm natureza adjetiva, pois agregam características e concordam com o substantivo a que se referem, impreterivelmente.
GRUPO VERBAL
Já no grupo verbal, o núcleo ou determinado é um verbo ou uma locução verbal. Há  palavras ou expressões que determinam ou modificam o verbo e, como já vimos antes, são invariáveis, ou seja, não concordam com o determinado a que se referem.
Essas palavras apenas determinam o verbo, acrescentando-lhe uma circunstância ou intensificando-o. À essas palavras de natureza circunstancial, chamamos de advérbios e locuções adverbiais (duas ou mais palavras que num dado contexto de comunicação, exercem a função de advérbio).
GRUPO RELACIONAL
O grupo relacional é composto por preposições - e locuções prepositivas - e conjunções, cujas funções são conectar palavras e orações, respectivamente. 
É importante frisar que a conjunção liga orações sintaticamente equivalentes ou termos semelhantes numa mesma oração; enquanto a preposição relaciona dois termos em que um deles precisa de explicação para que o seu sentido seja completado. Uma dica preciosa para diferenciar a preposição da conjunção é que a preposição não liga/relaciona orações.
CLASSES DE PALAVRAS
Classes de palavras são agrupamentos de palavras que mantêm características comuns. Na Língua Portuguesa existem 10 classes de palavras: 
1. Adjetivo;		6. Numeral;
2. Advérbio;		7. Preposição;
3. Artigo; 			8. Pronome;
4. Conjunção;		9. Substantivo
5. Interjeição;		10. Verbo.
Além dessas 10 classes definidas, existem algumas palavras que se aproximam tanto do advérbio, mas ainda diferem dele e não se assemelham a nenhuma outra: são as palavras denotativas.
ADJETIVO
É palavra variável – sofre flexões em gênero, número e grau – e que tem por função caracterizar o substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado, modo de ser ou aspecto.
Classificam-se os adjetivos conforme o gênero:
) uniformes – aqueles que possuem a mesma forma para o masculino ou feminino: inteligente, simples, feliz, urgente, capaz, etc.
b) biformes – aqueles que apresentam formas diferentes para o masculino e feminino: simpático (a), alto (a), estudioso (a), belo (a), feio (a), etc.
Quanto ao número e salvo exceções, o adjetivo recebe flexão no plural: homem honesto, homens honestos,sapatos marrom-escuros, blusas azul-marinho.
Para o estudo de análise sintática é importante também identificar os adjetivos pátrios e as locuções adjetivas.
Adjetivos Pátrio Locução Adjetiva
acreano			do Acre
afegão				do Afeganistão
capixaba			do Espírito Santo
Há ainda outras locuções adjetivas:
Adjetivo 	 Locução Adjetiva
abdominal 			de abdômen
vulturino			de abutre
discente			de aluno
plúmbleo			de chumbo
materno			de mãe
pueril				de criança
ADVÉRBIO
É a palavra que designa alguma circunstância relativa ao verbo. O advérbio, excepcionalmente, pode designar a intensidade do adjetivo e do próprio advérbio. Explicando melhor: o advérbio tem como função principal, esclarecer as circunstâncias que envolvem a conduta verbal. Só por exceção – e na forma de intensidade – é que o advérbio modifica o adjetivo ou o próprio advérbio. 
Ex.: 
Maria comeu depressa. (advérbio de modo)
Maria ficou bem bonita. (advérbio de intensidade)
Maria chegou muito cedo. (advérbio de intensidade)
	O advérbio pode aparecer como advérbio propriamente dito – uma palavra apenas – ou sob a forma de locução – formado por duas ou mais palavras. Ex.:
Pedrita mora aqui. (advérbio)
Pedrita mora à beira mar. (locução adverbial)
	Circunstâncias que o advérbio pode indicar:
a) afirmação: sim, certamente, deveras, realmente
Locução adverbial: com certeza, por certo, sem dúvida, de fato, na verdade.
b) dúvida: talvez, acaso, porventura, provavelmente, decerto.
Locução adverbial: por certo, quem sabe, com certeza.
c) intensidade: bastante, bem, demais, mais, menos, muito, pouco, quase, quanto, tanto, tão, demasiado, meio, todo, completamente, inteiramente, demasiadamente, excessivamente, apenas.
Locução adverbial: de muito, de pouco, de todo, em demasia, em excesso, por completo.
d) lugar: abaixo, acima, adiante, aí, aqui, além, ali, aquém, cá, acolá, atrás, através, dentro, fora, perto, longe, junto, onde, defronte, detrás, aonde, donde, alhures, nenhures, algures.
Locução adverbial: à direita, à esquerda, à distância, ao lado, de longe, de perto, para dentro, por aqui, em cima, por fora, para onde, por ali, por dentro, de onde.
e) modo: assim, bem, mal, depressa, devagar, pior, melhor, como, alerta, suavemente, calmamente (e quase todos os derivadosde adjetivo terminados em mente).
Locução adverbial: às cegas, às claras, à toa, à vontade, às pressas, a pé, ao léu, às escondidas, em geral, em vão, passo a passo, de cor, frente a frente, lado a lado.
f) negação: não, absolutamente
Locução adverbial: de forma alguma, de jeito nenhum, de modo algum, de jeito algum.
g) tempo: hoje, ontem, amanhã, agora, depois, antes, já, anteontem, sempre, nunca, tarde, jamais, outrora, raramente, sucessivamente, presentemente.
Locução adverbial: à noite, à tarde, às vezes, de repente, de manhã, de vez em quando, de súbito, de quando em quando, em breve, de tempos em tempos, vez por outra, hoje em dia.
h) assunto: sobre, acerca de.
) causa: de fome, por causa de
j) companhia: com, na companhia de
k) concessão: mesmo que, apesar de, embora
l) condição: sem, com
m) finalidade: para, com o fim de,
n) conformidade: de acordo com, conforme
PALAVRAS DENOTATIVAS
	São aquelas que não se encaixam em nenhuma outra classe, mas por serem muito semelhantes aos advérbios são aqui estudadas. Tais palavras não possuem efeito sintático. São observadas apenas no seu efeito semântico. São elas:
a) de inclusão – também, até, mesmo, inclusive, ademais, além disso, de mais a mais
b) de exclusão – só, somente, salvo, exceto, senão, apenas, fora, tirante, sequer
c) de situação – mas, então, afinal, agora
d) de designação – eis
e) de retificação – aliás, isto é, ou melhor, ou antes,
f) de realce – cá, lá, só, é que, ainda, mas, sobretudo, embora.
g) de valor expletivo – ora, que
h) de valor explicativo – a saber, por exemplo, isto é, ou seja
i) de afetividade – felizmente
ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS 
São os usados nas interrogativas diretas ou indiretas:
a) modo – como 
b) lugar – onde, aonde, dondec) causa – por que 
d) tempo – quando
e) valor/intensidade – quanto
f) finalidade – por que, para que
ARTIGO
É palavra que precede o substantivo com o fim de determiná-lo. Os artigos se dividem em definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uns, uma, umas). Em análise sintática exercem a função de adjunto adnominal.
CONJUNÇÃO
É palavra invariável usada (a) para ligar duas orações ou (b) ligar na mesma oração termos independentes:
- ligando orações: Ela chorou porque perdeu o namorado.
- ligando termos: Quero que você compre um livro ou (e) um caderno.
Quando ligam orações, as conjunções se classificam como coordenativas se unirem orações formando períodos coordenados. Serão subordinativas quando unirem orações formando período formado por subordinação, conforme veremos no final deste estudo.
· Conjunção coordenativa: é aquela que liga duas orações num período de coordenação de idéias, podendo ser: 
- Aditiva: e, nem, (não só)...mas também, (não somente)...senão ainda, também, que, tanto...como, assim...como, assim...quanto, assim...que, não só...(como, porém sim, que também, senão que, senão também, também).
- Adversativa: mas, porém, todavia, contudo, senão, aliás, no entanto, entretanto, ainda sim, não obstante.
- Alternativa: ou, ou...ou, já...já, seja...seja, ora...ora, quer...quer, agora...agora, quando...quando.
- Conclusivas: logo, pois (após o verbo), então, portanto, assim, por isso, enfim, por fim, por conseguinte, donde, por onde, por consequência.
- Explicativa: ou, pois bem, ora, na verdade, depois, alem disso, com efeito, outrossim, demais, ademais, ao demais, de mais a mais, demais disso, porque, que.
· Conjunção Subordinativa: é aquela que liga duas orações num período formado por subordinação (onde uma oração exerce função sintática em outra) podendo ser classificada em:
- Integrantes: ligam orações substantivas às suas principais: que, se.
Observação: as abaixo classificadas introduzem orações adverbiais.
- Causais: porque, que, pois que, porquanto, já que, por isso que, uma vez que, sendo que, dado que, desde que, como, visto que.
- Comparativas: que, do que, como, tal qual, tanto quanto, tão quão, tanto como, menos ... do que, mais .... do que.
- Concessivas: embora, quando mesmo, mesmo que, ainda que, por mais que, por menos que, por muito que, por pouco que, se bem que, posto que, com/sem + infinitivo, conquanto, suposto que.
- Condicionais: se, salvo se, exceto se, contanto que, com tal que, caso, a não ser que, a menos que, sem que, suposto que.
- Consecutiva: de maneira que, de forma que, de sorte que, de molde que, de jeito que, de modo que.
- Finais: para que, que, afim de que, porque.
- Temporais: apenas/mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, quando, enquanto, senão quando, ao tempo que, ao passo que.
- Proporcionais: quanto (mais, menos, maior, menor, melhor, pior - subordinada), tanto (mais, menos, maior, menor, melhor, pior - principal), à medida que, à proporção que. Observação: o primeiro elemento “tanto” pode ser omitido.
-Conformativa: como, conforme, consoante, segundo, da mesma maneira que. 
INTERJEIÇÃO
É palavra que representa alguma emoção súbita. Não possui função sintática.
Podem expressar:
· alegria - ah!, oh!, oba!, eh!, viva!
· dor – ai!, ui!, ah!, oh!, ai de mim!, meu Deus!
· advertência - cuidado!, atenção!, devagar!, olha lá!, calma! 
· afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô! 
· alívio - ufa!, arre! 
· animação - coragem!, avante!, eia! 
· aplauso - bravo!, bis!, mais um! 
· chamamento - alô!, olá!, psit!, ô!, ó!
· desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui! 
· espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!, céus!, quê!, upa!
· impaciência - hum!, hem!, diabo!, irra!
· silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!, pst!, bico!
· desagrado – chi!, ora bolas!, que nada!, francamente!
· aprovação – muito bem!, boa!, apoiado!, bravo!, hurra!
· terror – uh!, credo!, cruzes!, Jesus!, ui!
· saudação – salve!, viva!, ora viva!, ave!
· indignação – fora!, morra!, abaixo!, 
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo!, ai de mim!, quem me dera!, valha-me Deus!, ô de casa!, bem feito!, etc.
NUMERAL
É palavra usada para determinar uma certa quantidade de seres (substantivos) ou colocá-los em determinada ordem ou designar suas partes (fração) ou múltiplos.
São classificados em:
a) cardinal – indica quantidade determinada de seres. Ex.: um, dois, três.
b) ordinal – indica a ordem que o ser ocupa numa série. Ex.: primeiro, segundo, terceiro.
c) multiplicativo – expressa a idéia de que um número é múltiplo de outro. Ex.: dobro, duplo, triplo, quádruplo.
d) fracionário – indica que um número representa parte (fração) de outro. Ex.: meio, terço, quarto, quinto, inteiro.
PREPOSIÇÃO
É a palavra invariável que liga dois termos entre si estabelecendo que o segundo depende do primeiro. A preposição pode estabelecer as mais variadas relações não sendo único o sentido em que possa ser empregado. Ex:
Preposição DE: 
- posse: casa de Pedro.
- parte: ponta da mesa
- pertença: parafuso da fechadura
- classificação: piano de cauda
- finalidade: caixa de jóia
- lugar: acontecimento do Brasil
- tempo: prazo de um ano
- matéria: copo de vidro
- conteúdo: copo de leite
- preço: bolsa de mil reais
- origem: ele veio de marte
Preposição A:
- lugar: ir à cidade
- tempo: ir à noite
- finalidade: tocar à missa
- contigüidade: estar à janela
- preço: vender à cem reais
- medida: comida a quilo
Preposição ATÉ:
- fim de movimento: caminhar até o mar
- quantidade de tempo: descansar até dez horas por dia
- tempo: ficar até ele chegar
Preposição COM:
- companhia – voltar com a esposa
- modo – trabalhar com capricho
- oposição – lutar com os inimigos
Preposição EM:
- lugar – estar no escritório
- modo – viver em paz
- preço – avaliar em reais
- tempo – chegar em duas horas
- finalidade – pedir em casamento
- causa – ser feliz e não morrer
Preposição PARA:
- lugar – ir para o norte
- finalidade – trabalhar para vencer
- tempo – deixar para amanhã
Preposição POR:
- lugar – ele anda por aí
- meio – comunicar por gestos
- troca – comer gato por lebre
- preço – vender por cem reais
- em favor de – lutar por você
- duração – ficar rico por muitos anos
- ordem – ele veio por último
Preposição SOBRE:
- posição superior– colocar um livro sobre o outro
- assunto – falar sobre dinheiro
As preposições acima são chamadas de essenciais pois essa é a função originária dessas palavras. Existem ainda as chamadas acidentais que são palavras oriundas de outras classes que funcionam como preposição. Ex: Conforme, como, consoante, segundo, mediante, durante, exceto, feito, salvo, fora.
Contração de preposição com outra palavra
As preposições “a”, “de”, “em”, “por” podem se unir a outras palavras como artigos, pronomes ou advérbios. Ex:
- Preposição + artigo: ao, aos, à, às, do, dos, dum, dumas, no, nos, num, numas, pelo, pelas.
- Preposição + pronomes: àquele, àquelas, àquilo, deste, dessas, daqueles, dos, das, doutros, nestes, naquelas, naquilo, nas, no, dele, delas.
- Preposição + advérbio: daqui, daí, dali, dalém.
Locuções Prepositivas
Existem também alguns grupos de palavras que exercem função de preposição como por exemplo, abaixo de, cerca de, acima de, afim de, em cima de, antes de, através de, ao lado de, ao longo de, a par com, à roda de, a respeito de, dentro de, dentro em, em favor de, à frente de, junto a, até a, detrás de, para com, de conformidade com, na conta de, de acordo com, por meio de, diante de, em vez de.
Importante: o que difere uma locução prepositiva de uma locução conjuntiva é que naquela (prepositiva) o grupo de palavras termina com preposição e nesta, com conjunção.
PRONOME
É a palavra que substitui um substantivo ou o determina, relacionando esse substantivo a uma das três pessoas gramaticais (eu/nós, tu/vós, ele/eles).
Diante dessas duas funções principais, os pronomes podem ser classificados como:
a) pronome substantivo – é aquele que substitui o substantivo. Ex.: 
Maria saiu cedo ou Ela saiu cedo.
Os cães morderam seu tio ou Eles morderam seu tio.
b) pronome adjetivo – é aquele que acompanha o substantivo determinando-o, seja indicando a pessoa gramatical ou diferenciando de outro. Ex.:
Tua voz é boa.
Aquela mulher é minha tia.
Os pronomes podem ainda ser classificados como pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos.
 Pronomes Pessoais – aqueles que indicam as três pessoas gramaticais (do singular e do plural):
	PESSOA
	RETOS
	OBLÍQUOS
	1ª
	EU
	me,
	mim,contigo
	2ª
	TU
	te
	ti, contigo
	3ª
	ELE
	se, lhe, o, a
	si, consigo
	1ª
	NÓS
	nos
	conosco
	2ª
	VÓS
	vos
	convosco
	3ª
	ELES
	se,lhes,os,as
	si, consigo
Tais pronomes vão ser sempre pronomes substantivos.
Ainda entre os pronomes pessoais encontram-se os pronomes de tratamento. Há momentos em que não se permite informalidade, intimidade no trato com certas pessoas, nesse caso, em vez de se dirigir a alguém se utilizando de tu ou você, deve-se preferir Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Majestade etc.
 Pronomes Possessivos – aqueles que indicam aquilo que pertencem a cada uma das pessoas gramaticais. Tais pronomes podem ser pronomes substantivos ou adjetivos, dependendo de sua função. Ex.:
A sua mãe não virá pronome adjetivo.
A sua não virá pronome substantivo.
São pronomes possessivos: meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa, seus, suas.
 Pronomes Demonstrativos – são aqueles que identificam os substantivos em razão da sua localização no espaço e relacionando-os com as pessoas gramaticais.
1ª pessoa (singular ou plural): este, esta, isto, estes, estas – denotam que o ser está próximo do falante.
2ª pessoa (singular ou plural): essa, essa, isso, esses, essas – denotam que o ser está próximo da pessoa com que se fala.
3ª pessoa (singular ou plural): aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas – denotam que o ser encontra-se distante tanto do falante quanto do ouvinte.
Há também os pronomes demonstrativos de reforço que são o o, mesmo, próprio, semelhante, tal e suas variações. São também pronomes de tratamento: senhor, senhora, senhorita, você, vocês.
 Pronomes Indefinidos – são aqueles que sempre se referem à 3ª pessoa do discurso de modo vago, impreciso, indeterminado. Serão sempre substantivos (e indefinidos) os pronomes alguém, ninguém, algo, outrem, quem, tudo, nada. Os demais poderão ser substantivos ou adjetivos: algum, nenhum, qualquer, qual, um, todo, pouco, outro, demais, tal, que, quanto, vários, mais, menos, muito, certo, tanto, cada.
Obs.: as palavras mais e menos só serão pronomes indefinidos quando se relacionarem com substantivos. Relacionando-se com verbo, advérbio e adjetivo serão advérbios.
Há ainda locuções pronominais indefinidas como: cada qual, quem quer que, qualquer um, cada um, seja quem for, seja qual for, todo aquele que, tal qual, tal e qual, um ou outro.
 Pronomes Relativos – são aqueles que representam uma palavra que já apareceu na oração anterior – sempre representa um antecedente. Ex.:
Essa é a mulher que amo.
	São pronomes relativos: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas, que, quem, onde, aonde, donde.
 Pronomes Interrogativos – são o que, quem, qual, quanto (que são indefinidos) quando usados em frases interrogativas diretas e indiretas.
SUBSTANTIVO
É a classe de palavras que dá nome aos seres, às coisas, a tudo que existe ou que pensamos que existe.
Os substantivos são classificados como próprios ou comuns.
- Comuns: são aqueles que dão nomes aos seres da mesma espécie. Ex.: menino, coelho, cidade, mulher, cachorro, país.
- Próprios: são aqueles que dão nome a um ser entre todos os outros de uma mesma espécie. Ex.: João, Pernalonga, Guaratinguetá, Maria, Rex, Brasil.
	Podem ainda ser classificados como concretos e abstratos.
São concretos os que:
a) possuem existência física como parede, pedra, ar, ondas eletromagnéticas, som, voz, homem.
b) possuem existência no imaginário das pessoas como Deus, anjo, fantasma.
São abstratos os que:
a) dão nomes aos sentimentos: medo, alegria, tristeza, etc.
b) dão nomes às ações: corrida, luta, mergulho, competição, casamento, etc.
c) dão nomes aos estados: riqueza, pobreza, acidez, esperteza, etc.
d) dão nomes aos conceitos: verdade, mentira, certo, errado, etc.
Podem ser coletivos ou compostos:
- Coletivos: são aqueles que dão nomes a grupos específicos de seres: matilha, manada, penca, turma, tripulação etc.
- Compostos: são aqueles formados por dois ou mais elementos morfológicos: salário-família, pé-de-moleque, sofá-cama, etc.
VERBO
É palavra que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno natural, situando essas ocorrências no tempo.
Apenas para viabilizar o estudo de análise sintática, vamos fazer uma diferenciação entre verbos de significação e verbos de ligação.
 Verbos de significação: são todos aqueles que trazem em si próprios alguma mensagem, alguma ação, algum fenômeno. Ex.: 
- Choveu muito. (indica que um fenômeno ocorreu)
- O Juiz condenou o réu. (ação de condenar alguém)
- Vanessa chorou pouco pelo marido. (indica que alguém chorou por outrem)
- Jesus nasceu. (indica a conduta de alguém)
 Verbos de ligação: são aqueles que não trazem em si qualquer significado, ou os que não indicam qualquer conduta ou fenômeno. Tais verbos se prestam apenas para unir um estado ou qualidade a um outro termo. Esse estado ou qualidade pode ser representado por um adjetivo, substantivo ou particípio. Sua função é apenas ligar um termo a outro.
O verbo de ligação, por excelência, é o verbo ser. Ex.:
João é homem. (substantivo)
João é feio. (adjetivo)
Porém, pode haver uma infinidade de verbos que são acidentalmente de ligação como, estar, ficar, permanecer, tornar-se, virar, continuar, aparentar, andar, viver. Tais verbos exigem atenção, pois somente quanto tiverem a função e o sentido do verbo ser é que serão de ligação.
Observem:
- Maria foi à São Paulo com você?
- Não, ela ficou. (nesse caso o verbo ficar não é de ligação, pois além de não ter o sentido do verbo ser, não liga o termo ela a adjetivo, substantivo ou particípio). É verbo de significação.
Observem ainda:
- Onde está João?
- Ele está aqui. (nesse caso também o verbo estar não é de ligação, pois não une termos e também não possui o significado do verbo ser). Note-seque só será de ligação se ligar um termo (substantivo) a outro que pode ser adjetivo, substantivo ou particípio. No caso, aqui é advérbio de lugar.
Outra questão importante é saber que o verbo ser pode às vezes se ligar a particípio. Nesse caso não será verbo de ligação, pois esta união o torna auxiliar da formação de voz passiva. Ex.:
Maria é/foi bonita. (adjetivo-verbo de ligação)
Maria é/foi secretária. (substantivo-verbo de ligação)
Maria é/foi enganada. (particípio-voz passiva)
Tal fato só se dá com o verbo ser, pois com os demais (acidentais) isso não acontecerá. Ex.:
Maria está bonita/cansada. (adjetivo/particípio).
Maria continua bonita/enganada. (adjetivo/ particípio)
TIPOS DE SUJEITO
_________________________________
Estudos Gramaticais
Sujeito é o ser de quem se diz alguma coisa, e com quem o verbo concorda. Tem por núcleo um substantivo (ou o equivalente a um substantivo = palavra substantivada), um pronome ou numeral:
•  O casarão todo dormia. (substantivo)
•  O cantar / sempre traz alegria. (cantar foi substantivado pelo artigo)
•  Seis deles andavam devagar. (numeral)
A determinação do sujeito está condicionada à existência de um verbo na estrutura da frase. Se uma frase não possui um verbo, ela também não possui um sujeito, nem um predicado, nem nada.
Há um artifício muito simples e prático para determinarmos o sujeito: perguntar antes do verbo "o quê?" (para coisas) ou "quem?" (para pessoas). Aconselho fazer as duas perguntas, porque antes de encontrarmos o sujeito não sabemos se é pessoa ou coisa: As aulas começaram. (o que ou quem começaram?) => As aulas (sujeito).
Observação: Normalmente o sujeito está no início da oração, mas pode também estar no meio e no fim: As provas / constam nos autos. => Nos autos, constam / as provas.
O Sujeito Será Simples Determinado quando apresenta um só núcleo que será sempre um substantivo, pronome ou numeral:
•  As estrelas / brilham no firmamento. (o que brilha no firmamento?)
•  Os jogadores / manifestaram sua insatisfação. (quem manifestou?)
•  Os nossos guarda-chuvas / foram roubados. (o que foram roubados?)
No primeiro exemplo, o sujeito é as estrelas, mas apenas [estrela = núcleo] se relaciona diretamente com o verbo [estrelas brilham]. O artigo [as] relaciona-se com estrelas, portanto, é um acessório do sujeito. Considera-se também simples o sujeito constituído de substantivos sinônimos, que coordenados deixam o verbo no singular: Fonologia, fonêmica ou fonemática estuda os sons na sua funcionalidade. (Celso Luft, Moderna Gramática Brasileira, 2002, p.46.)
O Sujeito será Oculto ou Elíptico quando suprimindo por elipse, subentendido, recuperável na desinência verbal ou no contexto:
•  Não farei nenhuma bobagem. (quem não fará: eu = sujeito)
Quando construímos: Fomos roubados, o sujeito está claro na desinência verbal; fomos é 1ª. pessoa do plural, portanto: Nós fomos roubados.
Atenção: A NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) reconhece apenas três tipos de sujeito: simples, composto e indeterminado. Reconhece também a existência de orações sem sujeito.
O Sujeito Será Composto Determinado quando apresenta mais de um núcleo: Pedro e Paulo / viajaram. (quem viajou?)
•  Eu e ela / seremos felizes para sempre. (quem será feliz...?)
•  Vozes, risos e palmas vieram lá de baixo. ( o que vieram...?)
O Sujeito Será Indeterminado quando existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas não se pode identificar quem é esse elemento:
•  Dizem maravilhas sobre o Rio de Janeiro. => Nesse caso, existe um elemento ao qual se atribui o ato de dizer, mas não se pode precisar quem é esse elemento.
•  Os turistas sempre dizem maravilhas sobre o Rio de Janeiro. => Nesse caso o sujeito é determinado por os turistas.
 Para indeterminar o sujeito a língua portuguesa vale-se de um destes dois expedientes:
1º. Empregar o verbo na 3ª pessoa do plural:
•  Roubaram meu lápis. (quem roubou o lápis?)
•  Falam de novas demissões. (quem fala de...?)
Mas Atenção: quando o sujeito é um pronome indefinido - por exemplo, alguém - não é indeterminado. Sujeito indeterminado nunca apresenta pronome indefinido na oração. Sujeito representado por esse pronome será sempre simples: Alguém viu o livro? Ninguém viu o livro.
2º. Usá-lo na 3ª pessoa do singular acompanhado da partícula [se]:
•  Precisa-se de datilógrafos (quem precisa?).
•  Necessita-se de auxílio (quem necessita?).
Exceção: É preciso não confundir índice de indeterminação do sujeito com partícula apassivadora.  Em caso de dúvida consulte: Concordâncias de Verbos + Se. (clique no link)
A Oração Será Sem Sujeito quando traz um verbo impessoal (sem sujeito). Na oração sem sujeito não há agente humano, portanto, não existe sujeito. São verbos impessoais:
a) Os que denotam fenômenos da natureza: choveu, trovejou, nevou, anoiteceu etc.: Choveu e ventou muito ontem. / Anoitecia.
Mas Atenção: Se os verbos que denotam fenômenos da natureza forem empregados em sentido figurado, terá, normalmente, o sujeito: Choveram pétalas de rosas => o que choveu? Pétalas de rosas.
b) Os verbos ser, estar ou fazer que denotem fenômenos meteorológicos: Era manhã. / Será muito cedo? Como está o calor?
c) Com o verbo ser nas indicações de horas e datas e tempo em geral: Seriam quatro horas da tarde? / Era noite fechada.
d) Os verbos: haver (= existir), fazer (= tempo decorrido): Havia quatro alunos presentes. / Faz dez anos que cheguei.
Na dúvida consulte: Os Verbos Impessoais. (clique no link)
Qual a finalidade da oração sem sujeito? Serve para indicar fatos que acontecem independentemente de nossa ação ou desejo. 
Tipos De Sujeito.
Identifique e Classifique o Sujeito:
01. Haverá reunião todos os sábados.
02. Além do frio ventava demais.
03. São Paulo está ensolarado.
04. Febre alta e dor de cabeça são sintomas da dengue.
05. Prenderam o ladrão.
06. Faz muito calor em minha cidade.
07. Vive-se bem no campo.
08. Perdi minha caneta.
09. Não é habitada a Lua.
10. De vez em quando Teresinha vira onça.
11. Bateram à porta.
12. A temperatura aumentou na região sul.
13. O álbum e as figurinhas estão aqui.
14. Come-se com fartura em sua casa.
15. As chuvas transformaram o deserto.
16. Eram doze horas.
17. Existirão seres vivos em outros mundos?
18. Anoiteceu.
19. Chegaram os filhos da vizinha.
20. Crê-se em Deus.
21. Todos ficaram quietos.
22. Apareceu um mágico por lá.
23. Da cartola do mágico saem pombos e vários objetos.
24. Um dia lhe telefonarei.
25. Não encontraram o corpo do rapaz afogado.
26. Choveu garrafa vazia lá de cima.
27. Trovejou muito.
28. Meu chefe trovejou de raiva.
29. O velho dono do bar resolveu tomar uma atitude.
30. Caíram ao chão uma árvore e um poste.
31. Saiu o ônibus para o Rio.
32. Nomearam meu primo diretor do clube.
33. Estão em vigor, as novas tarifas telefônicas.
34. Começa a ventar.
35. Aqui quando chove não se sai de casa.
36. Faz duas semanas que cheguei.
37. Havia muitos anos que não vinha ao Rio.
38. Hoje são vinte de março.
39 Após as enxurradas ficam cheias as sarjetas.
40. Aconteceram fatos importantes na reunião.
41. Ele trovejava impropérios sobre a turba.
42. Choviam flores do helicóptero.
43. À noite, eu e Rodrigo iremos ao cinema.
44. Escureceu cedo hoje.
45. Esta comida não serve para consumo.
46. Subitamente, pararam todos.
47. Estavam com fome.
48. Aproximou-se então uma menina.
49. Soou na escuridão uma pancada seca.
50. Choveu fininho ontem à noite.
51. Na dúvida, velhos e moços calaram-se.
52. Um vento triste assobia lá fora.
53. Isto não é nada.
54. Ninguém o viu sair.
55. O Viver é perigoso.
56. Quebraram a lanterna do meu carro.
57. Havia pessoas descontentes na assembleia.
58. Assistiu-se a uma cena desagradável.
59. Era noite fechada.
TIPOS DE PREDICADO
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Estudos Gramaticais
Predicado é o termo da oração que expressa algo sobre o sujeito. Ora bem, se o predicado expressa algo sobre o sujeito, podemos dizer que: "tudo o que não for sujeito é predicado":
●   Minha irmã perdeu a carteira.
Identificando o sujeito: P - Quem perdeu a carteira? R – Minha irmã.Portanto: perdeu a carteira é o predicado.
Lembre-se: tudo o que não for sujeito é predicado.
Uma oração pode não ter sujeito, mas sempre terá predicado:
●   Amanheceu.
Tipos de Predicado
Todo predicado tem um núcleo (uma palavra) que contém a ideia principal. De acordo com o núcleo, o predicado se classifica em:
a) Verbal – o núcleo é um verbo significativo, isto é, um verbo que indica uma "ação praticada pelo sujeito":
●   A moça / [ensinava] a meia dúzia de garotos.
O verbo significativo ensinar está indicando a ação praticada pelo sujeito moça: a ação de ensinar.
Lembre-se o predicado verbal tem sempre como núcleo um verbo de ação.
b) Nominal – o núcleo é o nome (substantivo, adjetivo, pronome). O verbo, neste caso, apenas liga o sujeito à palavra que o qualifica, ou seja, não expressa ação. Estes verbos recebem o nome de verbos de ligação: Minha namorada / está atrasada. - Nós / ficamos alegres.
●   A novela / continua enfadonha.
No predicado nominal, o verbo não tem tanta importância que podemos retirá-lo, sem haver perda significativa do entendimento:
●   A novela enfadonha / Nós alegres / Minha namorada atrasada.
São verbos de ligação: Ser, Estar, Continuar, Parecer, Permanecer, Ficar, Tornar-se, etc.
c) Verbo-Nominal – apresentam dois núcleos: um formado por um verbo que expressa ação (significativo) e outro, por um ou mais nomes que indicam uma qualidade ou estado do sujeito ou do objeto:
●   Elas /agora viajarão (ação) sozinhas (estado).
●   A velha / voltou (ação) para casa tranquila (estado).
Exercícios 
Identifique e Classifique o Predicado:
01. José chegou cansado.
02. O espetáculo foi emocionante.
03. Chove bastante na minha região.
04. O professor já corrigiu as provas.
05. Prenderam o ladrão.
06. Monica é muito simpática.
07. Vive-se bem no campo.
08. Perdi minha caneta.
09. Você acha minha caneta feia?
10. Os excursionistas chegaram cansados.
11. Bateram à porta.
12. Estava irritado com as brincadeiras.
13. Compareceram todos atrasados à reunião.
14. Come-se com fartura em sua casa.
15. Foi muito difícil a última questão.
16. Cresceram  aquelas árvores.
17. O ônibus saiu atrasado.
18. Anoiteceu.
19. Chegaram os filhos da vizinha.
20. Crê-se em Deus.
21. Todos ficaram quietos.
22. Magda abriu o pacote, surpresa.
23. O filme é impróprio a menores de 18 anos.
24. A taxa de mortalidade infantil está elevada.
25. A chuva caia fina.
26. Choveu garrafa vazia lá de cima.
27. Trovejou muito.
28. Ele criou um bom enredo para a história.
29. Jovens optam por uma vida mais saudável.
30. O eclipse total do sol começa às oito horas.
31. O cão uivava triste ao luar.
32. Nesse instante um forte trovão abalou os ares.
33. A História é a mestra da vida.
34. A despedida deixava a mãe aflita.
35. Jorge aceitou o trato.
36. Belíssimo realmente é o seu apartamento.
37. As doenças e as guerras ceifam milhares de vida.
38. O menino abriu a porta ansioso.
39. Raros são os verdadeiros líderes.
40. Marta entrou séria.
41. Os alunos saíram da aula alegres.
42. Choviam flores do helicóptero.
43. À noite, eu e Rodrigo iremos ao cinema.
44. Ele trovejava impropérios sobre a turba.
45. Quebraram a lanterna do meu carro.
46. Subitamente, pararam todos.
47. Estavam com fome.
48. Aproximou-se então uma menina.
49. Soou na escuridão uma pancada seca.
50. A criança entrou no quarto feliz.
Termos acessórios da oração
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses  termos:
- caracterizam o ser;
- determinam os substantivos;
- exprimem circunstância.
São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto.
Vamos observar o exemplo:
Anoiteceu.
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de informações contidas nessa frase:
Por Exemplo:
Suavemente anoiteceu na cidade.
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal damos o nome de adjuntos adverbiais.
Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima:
Por Exemplo: 
Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto.
Surgiram termos que ser referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais.
Por último, analise a frase abaixo:
Fernando Pessoa era português.
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português) relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, pois, de uma oração com predicado nominal. Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer mais um pouco o conteúdo informativo. Veja: Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português.
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto.
Adjunto adverbial
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:
Eles se respeitam muito.
Seu projeto é muito interessante.
O time jogou muito mal.
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Veja o exemplo abaixo:
Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:
amanhã indica tempo;
de bicicleta indica meio;
àquela velha praça indica lugar.
  Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar.
O adjunto adverbial pode ser expresso por:
1) Advérbio: O balão caiu longe.
2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.
3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
Observação:  nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações sugestivas.
Por Exemplo: Entreguei-me calorosamente àquela causa.
   É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem os adjuntos adverbiais.
Classificação do adjunto adverbial
Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os exemplos.
Acréscimo
Por Exemplo:
Além da tristeza, sentia profundo cansaço.
Afirmação
Por Exemplo:
Sim, realmente irei partir.
Ele irá com certeza.
Assunto
Por Exemplo:
Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, ou a respeito de futebol).
Causa
Por Exemplo:
Com o calor, o poço secou.
Não comentamos nada por discrição.
O menor trabalha por necessidade.
Companhia
Por Exemplo:
Fui ao cinema com sua prima.
Com quem você saiu?
Sempre contigo irei estar.
Concessão
Por Exemplo:
Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo.
Condição
Por Exemplo:
Sem minha autorização, você não irá.
Sem erros, não há acertos.
Conformidade
Por Exemplo:
Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado)Dúvida
Por Exemplo:
Talvez seja melhor irmos mais tarde.
Porventura, encontrariam a solução da crise?
Quiçá acertemos desta vez.
Fim, finalidade
Por Exemplo:
Ela vive para o amor.
Daniel estudou para o exame.
Trabalho para o meu sustento.
Viajei a negócio.
Frequência
Por Exemplo: Sempre aparecia por lá.
Havia reuniões todos os dias.
Instrumento
Por Exemplo: Rodrigo fez o corte com a faca.
O artista criava seus desenhos a lápis.
Intensidade
Por Exemplo: A atleta corria bastante.
O remédio é muito caro.
Limite
Por Exemplo: A menina andava correndo do quarto à sala.
Lugar
Por Exemplo: Nasci em Porto Alegre.
Estou em casa.
Vive nas montanhas.
Viajou para o litoral.
"Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus diferente." (Álvaro de Campos)
Matéria
Por Exemplo: Compunha-se de substâncias estranhas.
Era feito de aço.
Meio
Por Exemplo:Fui de avião.
Viajei de trem.
Enriqueceram mediante fraude.
Modo
Por Exemplo: Foram recrutados a dedo.
Fiquem à vontade.
Esperava tranquilamente o momento decisivo.
Negação
Por Exemplo: Não há erros em seu trabalho.
Não aceitarei a proposta em hipótese alguma.
Preço
Por Exemplo: As casas estão sendo vendidas a preços muito altos.
Substituição ou troca
Por Exemplo:Abandonou suas convicções por privilégios econômicos.
Tempo
Por Exemplo: O escritório permanece aberto das 8h às 18h.
Beto e Mara se casarão em junho.
Ontem à tarde encontrou um velho amigo.
Adjunto adnominal
É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo.
O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Veja o exemplo a seguir:
	O poeta inovador
	enviou
	dois longos trabalhos
	ao seu amigo de infância.
	Sujeito
	Núcleo do Predicado Verbal
	Objeto Direto
	Objeto Indireto
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais:
o artigo" o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta;
o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos;
o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo.
Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição.
Por Exemplo:
O notável poeta português deixou uma obra originalíssima.
Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos: Ele deixou uma obra originalíssima.
As palavras o, notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja: O notável poeta português deixou-a.
	Saiba que:
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de um outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto. O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o núcleo do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao objeto, mas não faz parte dele. Observe: Sua atitude deixou os amigos perplexos.
Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (os amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um pronome pessoal, obteríamos: Sua atitude deixou-os perplexos.
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.
Distinção entre adjunto adnominal e complemento nominal
É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte:
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal.
b)  O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos: Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe.
A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, recebe a ação de amar.
Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe.
A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.
Aposto
Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.
Por Exemplo:
Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja:
Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.
Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função de  adjunto adverbial de tempo.
Veja outro exemplo:
	Aprecio
	todos os tipos de música:
	MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.
	
	Objeto Direto
	Aposto do Objeto Direto
Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função:
	Aprecio
	MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.
	
	Objeto Direto
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a de aposto).
Por Exemplo:
Dona Aida servia o patrão, pai de Marina, menina levada.
Analisando a oração, temos:
pai de Marina = aposto do objeto direto patrão.
menina levada = aposto de Marina.
Classificação do aposto
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:
a) Explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.
b) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.
c) Resumidor ou Recapitulativo: Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.
d) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.
e) Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.
f) Aposto de Oração: Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:
Por Exemplo:
O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda.
A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.
	Atenção:
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a seguinte frase:A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa.
Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal.
Observações:
1) Os apostos, em geral, detacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgulas.
Por Exemplo: Acabo de ler o romance A moreninha.
2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc.
Por Exemplo: Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após o recreio.
3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.
Por Exemplo: Código universal, a música não tem fronteiras.
4) O apostoque se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de preposição.
Por Exemplo: Estava deslumbrada com  tudo: com a aprovação, com o ingresso na universidade, com as  felicitações.
Vocativo
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração.
Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.
Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:
Não fale tão alto, Rita!
                        Vocativo
Senhor presidente, queremos nossos direitos!
  Vocativo
A vida, minha amada, é feita de escolhas.
              Vocativo
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.
Por Exemplo:
Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões.
Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!
Eh! Gente, temos que estudar mais.
Distinção entre vocativo e aposto
- O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração.
Por Exemplo:
Crianças, vamos entrar.
 Vocativo
- O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração.
Por Exemplo:
A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada.
            Sujeito             Aposto
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PREDICAÇÃO VERBAL
Chamamos de predicação verbal a classificação do verbo na oração. Pode ser INTRANSITIVO, TRANSITIVO DIRETO, TRANSITIVO INDIRETO, TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO, DE LIGAÇÃO.
A) INTRANSITIVO
Tem sentido completo, por isso não precisa de complemento.
As crianças dormem.
Os convidados chegaram.
Seus argumentos não procedem.
O pássaro morreu.
Algumas pessoas faltaram.
B) TRANSITIVO DIRETO
Não tem sentido completo, por isso vem sempre acompanhado de um complemento sem preposição, que recebe o nome de objeto direto
O menino quebrou a janela.
Eu quero um livro novo.
O povo elege os seus representantes.
A forte ventania destelhou muitas casas.
O engenheiro construiu uma nova ponte.
C) TRANSITIVO INDIRETO
Não tem sentido completo e exige complemento com preposição (de, a, em, com etc). Esse complemento recebe o nome de objeto indireto
O povo gosta de ilusões.
Dirija-se ao professor.
Crianças acreditam em fantasmas.
Ninguém concordou com as ideias do diretor.
Os cientistas insistem em suas teorias.
D) TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
Aparece acompanhado de dois complementos: um objeto direto (sem preposição) e um objeto indireto (com preposição)
Ela ofereceu a fotografia ao namorado.
Crianças pedem brinquedos dos seus pais.
O professor exigiu silêncio da turma.
Enviamos o relatório a todos os membros da equipe.
O repórter endereçou a carta ao prefeito.
E) VERBO DE LIGAÇÃO
Indica estado (nunca ação) e liga o sujeito predicativo do sujeito.
A cidade estava enfeitada.
A moça virou uma fera.
O sol é uma estrela.
Os candidatos desclassificados estavam muito revoltados.
As ruas da cidade continuam enfeitadas.Período composto
Coordenação e subordinação
Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta. Por exemplo:
A menina comprou chocolate.
Quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de formação:
a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído apenas de orações independentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática.
Por Exemplo: Saímos de manhã e voltamos à noite.
b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal).
Por Exemplo:
	Não fui à aula
	porque estava doente.
	Oração Principal
	Oração Subordinada
c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas.
Por Exemplo:
	Fui à escola
	e busquei minha irmã
	que estava esperando.
	Oração Coordenada
	Oração Coordenada
	Oração Subordinada
Obs.:  qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa.
Por Exemplo:
	Fui ao mercado
	e comprei os produtos
	que estavam faltando.
	Oração Coordenada (1)
	Oração Coordenada (2) (Com relação à 1ª.) e Oração Principal (Com relação à 3ª.)
	Oração Subordinada (3)
Próximo conteúdo: Coordenação
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Já sabemos que num período composto por coordenação as orações são independentes e sintaticamente equivalentes. Observe:
As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo.
O período é composto de três orações:
As luzes apagam-se;
abrem-se as cortinas;
e começa o espetáculo.
As orações, no entanto, não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe entre elas, evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da outra. A essas orações independentes, dá-se o nome de  orações coordenadas, que podem ser assindéticas ou sindéticas. 
A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada na escrita por uma vírgula. Entre a segunda e a terceira, é feita pelo uso da conjunção "e". As orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, sem conjunção, são chamadas assindéticas. É o caso de "As luzes apagam-se" e "abrem-se as cortinas".
As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. No exemplo acima, a oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida pela conjunção coordenativa "e".
Obs.: a classificação de uma oração coordenada leva em conta fundamentalmente o aspecto lógico-semântico da relação que se estabelece entre as orações.
Classificação das orações coordenadas sindéticas
De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
a) Aditivas
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência.  As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.
Por Exemplo:
Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.
Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas.
Por Exemplo:
Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.
b) Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se:  porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
Veja os exemplos:
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Renata gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
	Saiba que:
- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.
Por Exemplo: Deus cura, e o médico manda a conta.
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!"
- A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.
Por Exemplo: Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.Próximo: Alternativas, conclusivas, explicativas
c) Alternativas
  Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.
Exemplos:
Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".
d) Conclusivas
Exprimem conclusão ou consequência referentes à  oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.
Exemplos:
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O time venceu, por isso está classificado.
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.
e) Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.
Exemplos:
Vou embora, que cansei de esperá-lo.
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.
	Atenção:
Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com  as subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas:
- Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior. 
Por Exemplo:
A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)
- Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato. 
Por Exemplo:
Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
Classificação das orações subordinadas
As orações subordinadas dividem-se em três grupos, de acordo com a função sintática que desempenham e a classe de palavras a que equivalem. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais. Para notar as diferenças que existem entre esses três tipos de orações, tome como base a análise do período abaixo:
	Só depois disso percebi a profundidade das palavras dele.
Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na terminação verbal da palavra "percebi". "A profundidade das palavras dele" é objeto direto da forma verbal "percebi". O núcleo do objeto direto é "profundidade". Subordinam-se ao núcleo desse objeto os adjuntos adnominais "a" e "das palavras dele ". No adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é o substantivo "palavras", ao qual se prendem os adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só depois disso" é adjunto adverbial de tempo.
   É possível transformar a expressão "a profundidade das palavras dele", objeto direto, em oração. Observe:
	Só depois disso percebi que as palavras dele eram profundas.
Nesse período composto, o complemento da forma verbal "percebi" é a oração "que as palavras dele eram profundas". Ocorre aqui um período composto por subordinação, em que uma oração desempenha a função de objeto direto do verbo da outra oração. O objeto direto é uma função substantiva da oração, ou seja, é função desempenhada por substantivos e palavras de valor substantivo. É por isso que a oração subordinada que desempenha esse papel é chamada de oração subordinada substantiva.
Pode-se também modificar o período simples original transformando em oração o adjunto adnominal do núcleo do objeto direto, "profundidade". Observe:
	Só depois disso percebi a "profundidade" que as palavras dele continham.
Nesse período, o adjunto adnominal de "profundidade" passa a ser a oração "que as palavras dele continham". O adjunto adnominal é uma função adjetiva da oração, ou seja, é função exercida por adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor adjetivo. É por isso que são chamadas de subordinadas adjetivas as orações que, nos períodos compostos por subordinação, atuam como adjuntos adnominais de termos das orações principais.
Outra modificação que podemos fazer no período simples original é a transformação do adjunto adverbial de tempo em uma oração. Observe:
	Só quando caí em mim, percebi a profundidade das palavras dele.
Nesse período composto, "Só quando caí em mim" é uma oração que atua como adjunto adverbial de tempo do verbo da outra oração. O adjunto adverbial é uma função adverbial da oração, ou seja, é função exercida por advérbios e locuções adverbiais. Portanto, são chamadas de subordinadas adverbiais as orações que, num período composto por subordinação, atuam como adjuntos adverbiais do verbo da oração principal.
Forma das Orações Subordinadas
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:       
	"Eu sinto
	que em meu gesto existe o teu gesto."
	Oração Principal
	Oração Subordinada
Observe que na oração subordinada temos o verbo "existe", que está conjugado na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.
As orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas.
Podemos modificar o período acima.
Veja:      
	Eu sinto
	existir em meu gesto o teu gesto.
	Oração Principal
	Oração Subordinada
Observe que a análise das orações continua sendo a mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo objeto direto é a oração subordinada  "existir em meu gesto o teu gesto". Note que a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção que, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou não - , gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzidas ou implícitas.
Obs.:  as orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente, introduzidas por preposição.
Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se).
Por Exemplo:
	Suponho
	que você foi à biblioteca hoje.
	
	Oração Subordinada Substantiva
	Você sabe
	se o presidente já chegou?
	
	Oração Subordinada Substantiva
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos:
	O garoto perguntou
	qual era o telefone da moça.
	
	Oração Subordinada Substantiva
	Não sabemos
	por que a vizinha se mudou.
	
	Oração Subordinada Substantiva
De acordo com a  função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva
É subjetiva quando  exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
	É fundamental
	o seu comparecimento à reunião.
	 
	Sujeito
	
	
	É fundamental
	que você compareça à reunião.
	Oração Principal
	Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
	Atenção:
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " isso". Assim, temos um período simples:
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
	É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
Por Exemplo: É bom que vocêcompareça à minha festa.
2- Expressões na voz passiva, como:
	Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado
Por Exemplo: Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3- Verbos como:
	convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer
Por Exemplo: Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.
b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.
Acompanhe o exemplo:
	Todos querem
	sua aprovação no vestibular.
	 
	Objeto Direto
	Todos querem
	que você seja aprovado. (Todos querem isso)
	Oração Principal
	Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:
1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":
Por Exemplo:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
2-  Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Por Exemplo:
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Por Exemplo:
Eu não sei por que ela fez isso.
	Orações Especiais
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe:
Deixe-me repousar.
Mandei-os sair.
Ouvi-o gritar.
   Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
Deixe que eu repouse.
Mandei que eles saíssem.
Ouvi que ele gritava.
   Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.
c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Por Exemplo:
Meu pai insiste em meu estudo.
                    Objeto Indireto
                              
Meu pai insiste em que eu estude.  (Meu pai insiste nisso)
           Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Por Exemplo:
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
             Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à  oração principal e também vem marcada por preposição.
Por Exemplo:
Sentimos orgulho de seu comportamento.
                             Complemento Nominal 
                       
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.)
             Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
	Lembre-se:
   Observe que as orações  subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.
e) Predicativa
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Por Exemplo:
Nosso desejo era sua desistência.
                            Predicativo do Sujeito
                        
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.)
              Oração Subordinada Substantiva Predicativa                            
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo:
A impressão é de que não fui bem na prova.
f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal.
Por Exemplo:
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento.
                                                     Aposto
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse.
                           Oração Subordinada Substantiva Apositiva
	Saiba mais:
Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome indefinido. Veja os exemplos:
O presente será dado por quem o comprou.
O espetáculo  foi apreciado por quantos o assistiram .
Orações Subordinadas Adjetivas
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale.
As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
Observe o exemplo:
	Esta foi uma redação
	          bem-sucedida.
	Substantivo
	Adjetivo (Adjunto Adnominal)
Note que  o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
	Esta foi uma redação
	          que fez sucesso.
	  Oração Principal
	Oração Subordinada Adjetiva
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se  o modo verbal da segunda oração.
	Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por: o qual - a qual - os quais -as quais
Por Exemplo:Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração  é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes.
Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas.
Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.
      Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Nesse período, observe que a oração em destaquerestringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.
Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
      Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".
	Saiba que:
   A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1: Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
Exemplo 2: Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
a) Vir coordenadas entre si;
Por Exemplo: É uma realidade que degrada e assusta a sociedade.
e = conjunção
b) Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo: Não sei o que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Próximo: Emprego dos pronomes relativos: QUE
Emprego e Função dos Pronomes Relativos
O estudo das orações subordinadas adjetivas está profundamente ligado ao emprego dos pronomes relativos. Por isso, vamos aprofundar nosso conhecimento acerca desses pronomes.
Pronome Relativo QUE
O pronome relativo "que" é chamado relativo universal, pois seu emprego é extremamente amplo. Esse pronome pode ser usado para substituir pessoa ou coisa, que estejam no singular ou no plural. Sintaticamente, o relativo "que" pode desempenhar várias funções:
a) Sujeito:
Eis os artistas que representarão o nosso país.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
· Eis os artistas.
· Os artistas (= que) representarão o nosso país.
                     Sujeito
b) Objeto Direto:
Trouxe o documento que você pediu.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
· Trouxe o documento
· Você pediu o documento (= que)
                                       Objeto Direto
c) Objeto Indireto:
Eis o caderno de que preciso.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
· Eis o caderno.
· Preciso do caderno (= de que)
                                      Objeto Indireto
d) Complemento Nominal:
Estas são as informações de que ele tem necessidade.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
· Estas são as informações.
· Ele tem necessidade das informações (= de que)
                                  Complemento nominal
e) Predicativo do Sujeito:
Você é o professor que muitos querem ser.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
· Você é o professor.
· Muitos querem ser o professor (= que)
                                                 Predicativo do Sujeito
f) Agente da Passiva:
Este é o animal por que fui atacado.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
· Este é o animal.
· Fui atacado pelo animal (= por que)
                                    Agente da Passiva
g) Adjunto Adverbial:
O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (adjunto adverbial de tempo).
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
· O acidente ocorreu no dia
· Eles chegaram no dia. (= em que)
                                Adjunto Adverbial de Tempo
Observação:  Pelos exemplos citados, percebe-se que o pronome relativo deve ser precedido de preposição apropriada de acordo com a   função que exerce. Na língua escrita formal, é sempre recomendável esse cuidado.
Pronome Relativo QUEM
O pronome relativo "quem" refere-se a pessoas ou coisas personificadas, no singular ou no plural. É sempre precedido de preposição, podendo exercer diversas funções sintáticas. Observe os exemplos:
a) Objeto Direto Preposicionado:
Clarice, a quem admiro muito, influenciou-me profundamente.
b) Objeto Indireto:
Este é o jogador a quem me refiro sempre.
c) Complemento Nominal:
Este é o jogador a quem sempre faço referência.
d) Agente da Passiva:
O médico por quem fomos assistidos é um dos mais renomados especialistas.
e) Adjunto Adverbial:
A mulher com quem ele mora é grega.
Pronome Relativo CUJO (s), CUJA (s)
"Cujo" e sua flexões equivalem a "de que", "do qual" (ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das quais"), "de quem".
Estabelecem normalmente relação de posse entre o antecedente e o termo que especificam, atuando na maior parte das vezes como adjunto adnominal e em algumas construções como complemento nominal. Veja:
a) Adjunto Adnominal:
Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. (Não consigo conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente materiais).
b) Complemento Nominal:
O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a leitura do livro)
	Atenção:
Não utilize artigo definido depois do pronome cujo. São erradas construções como:
"A mulher cuja a casa foi invadida..." ou "O garoto, cujo o tio é professor..."
Forma correta:  "cuja casa" ou "cujo tio".
Pronome Relativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS
"O qual"," a qual"," os quais" e "as quais" são usados com referência a pessoa ou coisa.
Desempenham as mesmas funções que o pronome "que"; seu uso, entretanto, é bem menos frequente e tem se limitado aos casos em que é necessário para evitar ambiguidade. 
Por Exemplo:
Existem dias e noites, às quais se dedica o repouso e a intimidade.
O uso de às quais permite deixar claro que nos estamos referindo apenas às noites. Se usássemos a que, não poderíamos impor essa restrição. Observe esses dois exemplos:
a) Sujeito:
Conhecemos uma das irmãs de Pedro, a qual trabalha na Alemanha.
Nesse caso, o relativo a qual também evita ambiguidade. Se fosse usado o relativo que, não seria possível determinar quem trabalha na Alemanha.
b) Adjunto Adverbial:
Não deixo de cuidar da grama, sobre a qual às vezes gosto de um bom cochilo.
A preposição sobre, dissilábica, tende a exigir o relativo sob as formas " o / a qual", "os / as quais", rejeitando a forma "que".
Concordância verbal
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.
Sujeito Simples
Regra Geral
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:
A orquestra      tocou      uma valsa longa.
3ª p. Singular    3ª p. Singular
Os pares  que  rodeavam a nós dançavam bem.
3ª p. Plural        3ª p. Plural
Casos Particulares
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida

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