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Manual de Estudo - Escatologia Bíblica

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Doutrina 
das Últimas 
Coisas 
(Escatologia) 
 
 
 
 
 
Livro adotado como Manual de Estudo no 
Curso Escatologia Bíblica do Canal EBD, 
que tem como professor o Pr. Agnaldo 
Betti (Bacharel em Teologia e Pós 
graduado em Docência na Educação 
Superior) 
 
 
Sumário 
 
 
 
I- A SEGUNDA VINDA DE CRISTO ............................. 3 
II-O ARREBATAMENTO DA IGREJA ........................... 22 
III-A GRANDE TRIBULAÇÃO .................................. 42 
IV-O MILÊNIO ................................................... 56 
V- OS JULGAMENTOS ........................................... 67 
VI- AS RESSURREIÇÕES ......................................... 69 
VII-A REALIDADE DA MORTE ..................................... 76 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................. 86 
1 
 
 
1 
O 
 
Doutrina 
das Últimas 
Coisas 
(Escatologia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
termo escatologia é formado de duas 
palavras gregas: “eschatos” que significa 
último, fim e “logos” que significa 
palavra, instrução, ensino, assunto, tema. Portanto, escatologia 
é o estudo do fim ou o estudo dos últimos acontecimentos, ou 
 
 
 
 
 
 
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160 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
7. DAVIS, John D., Dicionári da Bíblia. JUERP, 1984. 
a.7 
 
 
 
 
ainda, o estudo dos últimos dias (Gr. “Eschatais” “hēmerais” 
[2 Tm 3.1]). 
A Escatologia é a doutrina mais complexa da Bíblia. A 
linguagem simbólica encontrada nas profecias bíblicas para os 
fins dos tempos e a complexidade de interpretação tem levado 
a sucessivos erros de aplicação. O estudo dessa doutrina tem 
gerado muita especulação, principalmente, quando se tenta 
ligar os fatos escatológicos e as profecias, aos eventos atuais. 
Torna-se importante ressaltar que, no estudo da escatologia e 
os eventos relacionados ao final dos tempos, deve se levar em 
consideração a diversidade dos povos que para Deus são: os 
gentios, os judeus e a Igreja (1 Co 10:32). 
Este estudo baseia-se, principalmente, no livro do 
Apocalipse. A palavra Apocalipse é derivada da língua grega 
“Apokalypsis”, que é traduzida por revelação. No idioma latim 
é “Revelatio”, que significa revelar, “expor à vista” “remover 
o véu”, e metaforicamente, descobrir uma verdade que se 
encontrava ocult 
No Apocalipse encontramos a revelação de Jesus Cristo 
a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos. Nele, Cristo 
revela as coisas que brevemente devem acontecer e também 
revela-se a si mesmo. 
 
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Doutrina das Últimas Coisas 
UNIDADE VII 
161 
 
 
 
 
 
Procuramos de forma sucinta, mostrar os principais 
temas desta tão admirada e complexa doutrina, começando 
com a segunda vinda de Cristo; o arrebatamento da igreja; a 
tribulação e as bodas do Cordeiro. Seguindo ao milênio e o 
julgamento do trono branco e as ressurreições. 
 
I - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO 
 
A segunda vinda de Cristo se constitui em uma das 
mais importantes doutrinas das Escrituras Sagradas. Tanto 
o Antigo como o Novo Testamento fazem menção desse 
advento. A Igreja tem nesse ensino a sua maior esperança. Ela 
prega, ensina, propaga, ama e aguarda o retorno do seu amado 
Salvador. Esperança que para ela é viva (1 Pd 1.3), boa (2 Ts 
2.16), bem-aventurada e gloriosa (Tt 2.13; Rm 5.2; Cl 1.27). 
Quanto à volta de Cristo, há unanimidade entre os teólogos 
que ela acontecerá. Porém, quanto aos aspectos que envolvem 
essa vinda, são várias correntes de interpretação, cada uma 
com sua opinião e sua teoria sobre a época em que se dará o 
arrebatamento da Igreja, em relação à Grande Tribulação. 
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INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
162 
 
 
 
 
1.1 – A realidade da Segunda Vinda de Cristo 
 
 
A Igreja tem consciência da realidade da segunda vinda de 
Jesus. E sua convicção repousa sobre bases sólidas. A promessa 
da segunda vinda de Cristo é visível nas páginas das Escrituras 
Sagradas, conforme: Dn 2.44-46; Zc 14.1-9; Dn 7.13,14; Is 11. 
4-6; Nm 24.15-19; Jo 14. 1-3; I Ts 4. 13-18; I Pd 1.9; Jd 14.15 
e Ap 3.11; 22.12. 
A promessa da segunda vinda de Cristo é mencionada 
no Novo Testamento, aproximadamente 318 vezes. Esse fato é 
mencionado 8 (oito) vezes a mais, que a primeira vinda. Todo 
o destaque que é dado a esse acontecimento previsto, torna-se 
base de convicção para Igreja. 
Vejamos as declarações que atestam que o Senhor Jesus 
virá novamente: 
 
• As declarações do Senhor Jesus Cristo: O Senhor 
Jesus declarou diversas vezes e de várias maneiras, 
que voltaria (João 14:3). Em seus sermões proféticos, 
ensinos, promessas e parábolas, encontramos essas 
declarações (Mt 24. 1-14, 24; 25. 14-30; Mc 13. 1-13; 
Lc 21. 5-36; 25; Ap 3.11; 22.12). Suas declarações são 
fiéis e verdadeiras e merecedoras de crédito. 
 
 
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UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
163 
 
 
 
• A afirmação dos anjos: No momento da ascensão de 
Jesus, enquanto os discípulos ainda olhavam para 
cima, apareceram dois seres celestiais afirmando 
que, o mesmo Jesus que havia sido elevado aos céus, 
haveria de voltar (At 1. 8,11). As Escrituras 
registram que os anjos de Deus, participarão de 
forma efetiva da segunda vinda de Cristo (1 Co 15). 
 
• Declaração dos apóstolos: Todos os apóstolos de Jesus 
escreveram sobre esse assunto. Paulo (1 Co 1.8; 6.14; 
1 Ts 4. 15-18; 1 Co 15. 51-54; Fp 3.20,21); Tiago (Tg 
5.7,8); Pedro (1 Pd 1.5,7; 2 Pd 3.8-14); João e Judas ( 
Jo 14.1-3; I Jo 2.28; 3.1-3; Jd 14,15). 
 
1.2 - Os sinais da Segunda Vinda 
 
 
O momento da segunda vinda de Cristo é desconhecido. 
Ninguém é conhecedor do dia e hora, em que Ele virá. Tentar 
estabelecer uma data para aquilo que Deus não revelou, é 
precipitação. Isto é parte integrante dos segredos divinos (At 
1.6,7; Dt 29.29). Jesus afirmou que a sua volta seria precedida 
de muitos e variados sinais e que, nem Ele nem os anjos, 
sabiam do momento estabelecido pelo seu próprio Pai (Mt 
24.36, 42-44; 25.13; Mc 13.32,33; 1 Ts 5.2). Os sinais não 
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INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
 
têm o propósito de revelar a data do retorno de Jesus. Eles se 
constituem de um solene aviso da parte de Deus, indicando 
a brevidade daquele glorioso dia para a Igreja. E o desejo do 
Senhor, é que todos estejam aptos a discerni-los, a fim de não 
serem apanhados de surpresa naquele dia (Mt 24.3-14). Neste 
estudo mencionaremos alguns. 
 
Sinais nos céus 
 
Na relação de sinais que precedem à volta de Jesus, estão 
os sinais no céu. Assim como Deus fez uso de um fenômeno 
astronômico para indicar a chegada de seu Filho amado a terra 
como Salvador, do mesmo modo usará para a segunda vinda. 
Jesus em seu sermão profético declarou que: “Haverá sinais 
no sol, na lua e nas estrelas. Corpos celestes serão abalados” 
(Lc 21.11, 25,26; Mt 24.29; Mc 13.24,25). 
 
As comprovações científicas: Com o progresso científico, 
tem sido possível, através de modernos e potentes instrumentos, 
como: telescópios, satélites, plataformas especiais etc., 
visualizar, entender e registrar vários fenômenos astronômicos 
ocorridos. Dentre eles destacamos: 
 
• Queda de um meteorito próximo a Ensishein, Alsácia, 
em 16 de novembro de 1942. 
 
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UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas• Choque de um asteróide, ou um cometa com a terra 
em 30 de junho de 1908. Em Tunguska, na Sibéria. 
• Colisão de um cometa com o planeta Júpiter, batizado 
de Cometa Schoemaker-Levy 9, em 16 de julho de 
1994. 
• A explosão de um corpo celeste que, chocou-se 
com a terra em 9 de dezembro de 1997, no sul da 
Groenlândia. 
 
Os efeitos na terra: Ricardo L.V. Mascarenhas, em seu 
livro “Os Últimos Dias” faz a seguinte declaração ao se referir 
aos efeitos desses sinais sobre a terra: 
 
Observe que Jesus não diz que os sinais do céu 
serão sentidos em toda a terra, muito menos que 
devastarão todo o planeta. Fala apenas do terror 
da expectativa. Isto pode significar, por exemplo, a 
queda dos fragmentos de um cometa ou de um 
asteróide, que por seus tamanhos, gerariam 
especulações de grande destruição, mas, por suas 
composições, ao entrarem na atmosfera terrestre, 
seriam reduzidos a dimensões que causariam apenas 
danos limitados, como os maremotos produzidos pelos 
maiores fragmentos caídos no mar e o escurecimento 
do sol e da lua pela nuvem de poeira 
 
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INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
produzida pelos impactos dos maiores fragmentos 
caídos na terra. Estes fragmentos, que poderiam 
ser dezenas ou centenas, seriam vistos como 
estrelas cadentes, ou chuva de estrelas. E tudo isto 
ocorreria em uma área geográfica relativamente 
limitada. 
Mas não precisamos nos preocupar com a 
possibilidade de devastação do planeta, pois qualquer 
evento astronômico de grande ameaça para a terra 
não deverá destruí-la antes da vinda de Jesus, pois Ele 
mesmo nos diz: “Então verão vir o Filho do Homem 
vindo numa nuvem, com poder e grande glória” (Lc 
21.27). E, em Apocalipse, isto fica bem claro: 
“Vede, ele vem com as nuvens e todo olho o verá... 
(Ap 1.7). 
 
Sinais na terra 
 
 
Terremotos: O Senhor Jesus fez menção de sinais que 
acontecerão na terra, destacando os terremotos (Mt.24:7). 
As estatísticas têm comprovado que, o índice de frequência 
de terremotos, tem aumentado com o passar dos séculos. Os 
números trazem o seguinte registro: 
No século X - 32; no século XI - 53; no século XII - 84; 
no século XIII - 115; no século XIV - 137; no século XV - 174; 
no século XVI - 253; no século XVII - 378; no século XVIII 
 
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UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
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A poluição generalizada, o desmatamento desenfreado e a caça 
predatória. O relatório da Comissão da ONU de 2007, alerta 
quanto à necessidade de mudança na postura humana em relação 
ao planeta. Ele incentiva a ação individual, mostrando que cada 
pessoa pode ajudar a reduzir as emissões de gases prejudiciais 
fazendo mudanças no estilo de vida. 
 
 
 
 
 
- 640; no século XIX - 2119; no século XX - 6500 e no século 
XXI 14127 (magnitude 5.0 a 9.9). 
 
Mudanças climáticas: Nestas ultimas décadas, o clima 
da terra tem sofrido grandes variações. As previsões climáticas 
quanto ao futuro não são as melhores. Uma pergunta é ouvida 
em todo o mundo: O que está acontecendo com o clima da 
terra? A ação visível e irresponsável do homem sobre o meio 
ambiente é a resposta para esse atual estado de coisas. Paulo, 
em sua carta aos Romanos afirmou que a criação geme e está 
juntamente com dores de parto. Isto por causa das agressões 
que tem sofrido pela ação do homem, dentre elas: 
 
 
 
 
Catástrofes naturais: O aquecimento global tem 
desencadeado uma série de cataclismo (Grande inundação, 
dilúvio, derrocada; grande desastre social). O desgelo das 
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INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
 
calotas polares, o aumento do nível dos mares e a sua invasão 
na costa litorânea, furacões, tornados, enchentes e secas, são 
algunsdos efeitos catastróficos dessa realidade que está 
presente em nossos dias. 
 
Instabilidade dos Governos: Um fato incontestável, que 
se constitui de mais um sinal evidente da volta de Jesus, é a 
instabilidade em que vivem as nações. Ninguém tem certeza 
quanto à segurança futura. Reinos, impérios, democracias têm 
sido afetados pela insegurança. Poucos estão satisfeitos com os 
seus atuais governantes. O mundo clama por soluções urgentes 
para os seus mais graves problemas e busca uma saída em um 
líder que venha satisfazer suas expectativas. A instabilidade 
reinante abre caminho para a ascensão do futuro líder mundial, 
o Anticristo. 
 
Confederação das Nações: Pactos, alianças, acordos têm 
sido comuns nos dias atuais entre as nações. O alvo dessas 
nações em unir-se, é abrangente e aponta para vários sentidos, 
dentre eles os seguintes: 
 
• Paz e segurança em seus territórios 
• Fortalecer as suas economias 
• Construir um mercado comum entre os países aliados 
 
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UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
 
 
 
 
 
• Harmonizar as tarifas alfandegárias para facilitar as 
suas importações e exportações 
• Abolir progressivamente as fronteiras entre os países 
membros 
• Criar entre os países integrantes uma só moeda 
visando à unidade de suas economias. 
 
Nos pactos entre as nações confederadas está à questão da 
sobrevivência, a adequação das novas realidades tecnológicas e 
as perspectivas da globalização da economia mundial. 
 
Progresso Científico: Em seus vaticínios proféticos, 
Daniel declarou que a ciência se multiplicaria nos últimos 
tempos (Dn 12:4; Na 2:4). A geração atual tem sido testemunha 
ocular do admirável avanço tecnológico. Nas últimas décadas 
a ciência tem se desenvolvido como nunca na historia da 
humanidade. Governos têm cada vez mais disponibilizados 
em seus orçamentos anuais recursos para investimento em 
pesquisa científica. Tudo isto indica que, estamos vivendo os 
últimos dias (do grego “Eschatais” “hēmerais”). 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
 
Sinais na área social e moral 
 
 
Pestes: Outro sinal previsto por Jesus para os dias que 
antecederão a sua volta é o das pestilências. Grandes têm sido 
os desafios da ciência médica para banir da terra esse mal. 
Equipamentos, vacinas, novos métodos de terapia têm sido 
criados nessa luta sem trégua contra a humanidade. Doenças 
infecto-contagiosas como a malária, varíola, febre amarela, 
hepatite, tuberculose, pestes e tantas outras, têm afligido e 
ceifado vidas, aos milhares. 
 
Guerras: As guerras fazem parte da história das nações 
e também do conjunto de sinais que antecedem o advento 
de Cristo. O resultado de um estudo minucioso das guerras 
determina que, o egoísmo tem sido a raiz de todas elas. O 
investimento usado com os modernos tipos de armas, usados 
nas guerras, daria para resolver graves problemas enfrentados 
pela humanidade. Mortes, mutilações, doenças, destruições e 
grandes prejuízos têm sido o saldo funesto das guerras (Mt 24.7). 
 
Fome: A humanidade, ao longo de sua história, tem sido 
vitimada pela fome. As mudanças climáticas, as guerras, as 
pragas na lavoura, a falta de recursos naturais e financeiros, o 
descasodas grandes potências, têm sido a causa dessa amarga 
 
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Nota
que causa a morte fatal
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experiência vivida pelo ser humano. O sermão profético de 
Jesus indica que, haverá fomes em vários lugares, precedendo 
a sua vinda (Mt 24). 
 
Tempos trabalhosos: 
 
 
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias 
sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens 
amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, 
soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, 
ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, 
caluniadores, incontinentes,cruéis, sem amor 
para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, 
mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 
tendo aparência de piedade, mas negando a 
eficácia dela... (2 Tm 3:1-9). 
 
Jesus afirmou que os dias antecederiam a sua vinda, 
seriam semelhantes aos dias de Noé e Ló, onde a indiferença 
pelas coisas divinas, a incredulidade, a violência, o 
sensualismo, a exploração dos atrativos femininos, a 
depravação moral eram característicos daqueles dias. O 
divórcio e novo casamento, nudismo, adultério, sexo pré-
marital, sexo livre, perversões sexuais das mais diversas, 
aborto são coisas aceitáveis nessa 
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sociedade de hoje, desprovida do conhecimento de Deus e de 
sua vontade. 
Ataque a Família - Deus instituiu a família e estabeleceu 
princípios para o seu desenvolvimento. Cada integrante da 
família: marido, mulher e filhos têm seu papel bem definido 
na Palavra de Deus (Ef 5.22-33; 6.1-4). E quando os princípios 
do Criador não são aplicados, a família corre o risco de ser 
destruída. Satanás, de forma sistemática econstante tem atacado 
a família. Seu intento é destruí-la. As estatísticas registram 
que o número de casamento está diminuindo e o de divorcio 
está aumentando A família é a unidade básica da sociedade. 
Sua destruição é a desintegração da sociedade. A história 
testemunha em seus registros que civilizações sobreviveram ou 
desapareceram pela condição em quem viviam as famílias. 
A preservação moral é um dos propósitos do casamento à 
luz das Escrituras Sagradas. Em seu ataque a família, Satanás 
tem usado de todos os meios para disseminar conceitos 
antibíblicos e antifamiliares, visando à destruição dos padrões 
morais estabelecidos por Deus. 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE VII 
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Sinais na vida religiosa 
 
 
Apostasia: A palavra profética prevê apostasias para os 
últimos dias. 
Apostasia, grego “apostasia” e de “aphistemi”, que 
traduzido é “apartar”. Portanto, apostasia significa: retirada, 
abandono, renegação; afastar-se da religião ou daquilo a que 
antes se estava ligado. 
A apostasia é o abandono da fé cristã. Ela ocorre dentro da 
Igreja de Cristo, na vida daqueles que tiveram uma verdadeira 
experiência com Cristo e por falta de vigilância e conhecimento 
aprofundado da Palavra de Deus, foram levados por ensinos 
transmitidos por falsos mestres inspirados por demônios. 
A apostasia acontece quando rejeitamos os ensinamentos 
originais de Cristo. Somos exortados a crescer na graça e no 
conhecimento de Jesus Cristo, para que não sejamos enganados 
por qualquer vento de doutrina e cheguemos à apostasia. 
 
Maso Espírito expressamente diz que nos últimos 
tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a 
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; 
pela hipocrisia de homens que falam mentiras, 
tendo cauterizada a sua própria consciência; 
proibindo o casamento, e ordenando aabstinência 
dos alimentos 
 
 
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INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem 
a verdade, afim de usarem deles com ações de 
graças. (1 Tm 4:1-4). 
 
Falsos Cristos: Outro sinal antecedente ao retorno de 
Cristo é a aparição de falsos cristos. Essa previsão, tem tido 
um fiel cumprimento nesta época, em que estamos vivendo. 
Em várias partes do mundo desde o inicio da era cristã, têm 
surgido homens intitulando-se Cristo, conforme a previsão 
feita por nosso Senhor Jesus Cristo. 
 
Falsos Profetas (Líderes, Mestres): O surgimento dos 
falsos profetas e mestres para os últimos tempos (do grego 
“Hysterois” “Kairois”) é uma realidade em nossos dias. Esses 
falsos líderes têm aparência de piedade, negando a eficácia dela 
em suas vidas com as más obras. À luz dos registros bíblicos eles 
são cruéis, hipócritas, mentirosos, gananciosos e buscam seus 
próprios interesses. E introduzindo no meio do povo de Deus 
suas heresias, tem desviado a muitos da verdade genuína do 
Evangelho. A recomendação de Jesus, é que se tenha cuidado 
com os tais. 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE VII 
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Despertamento religioso: E nos últimos dias acontecerá, 
diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a 
carne. Esta é a promessa divina para os dias que antecedem 
o retorno de Jesus, para levar os seus escolhidos que aqui na 
terra vivem nesta esperança. Enquanto Satanás tem atacado 
a Igreja de diversas maneiras, levando a muitos a uma vida 
de religiosidade conformada, indiferença quanto às coisas de 
Deus, mornidão espiritual, negação da fé, Deus está levantando 
um exército poderoso de pessoas em toda a terra, revestida de 
seu Espírito para a realização da grande e final colheita de 
almas que precederá ao arrebatamento da Igreja. O Espírito 
Santo, de um modo glorioso, tem atuado na igreja nestes 
últimos dias, promovendo despertamento quanto a uma vida 
de compromisso com Deus e a sua Palavra. Manifestando com 
a concessão e a operação de dons sobrenaturais, separando, 
preparando e enviado obreiros, dispostos aos grandes desafios 
da evangelização mundial. 
 
Sinais na história de Israel: Todos os sinais mencionados 
neste trabalho, previsto para os dias antecedentes à segunda 
volta de Jesus, de alguma forma ou maneira já se cumpriram 
em alguma época da história. Baseados neles, alguns, até 
chegaram à precipitação de determinarem data da vinda de 
Jesus. Porem, o sinal da historia de Israel é inconfundível, 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
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preciso e determinante. Israel é o grande sinal de Deus para 
toda humanidade. Os olhos de Deus estão voltados para a 
vida deste povo. O plano divino para com a humanidade está, 
diretamente, ligado a essa gente. 
 
A dispersão: A nação de Israel é descendente de Abraão. 
Estando ele em Ur dos Caldeus, na Mesopotânia, Deus lhe 
apareceu e o chamou para a mais sublime das missões de 
trazer ao mundo o Messias, o redentor dos povos, através de 
sua descendência. A chamada divina incluía várias promessas 
e obrigações. Dentre elas de uma terra e a formação de uma 
grande nação. Na terra prometida, a descendência de Abraão 
como nação, se observasse atentamente os mandamentos do 
Senhor e aos seus preceitos, seria abençoada, próspera, vitoriosa 
e cabeça entre as nações. Caso contrário, seria amaldiçoada 
e desterrada entre as nações do mundo. Por não cumprir na 
sua totalidade, mas em parte, com o propósito pela qual foi 
criada como nação, a descendência de Abraão foi, por diversas 
vezes, ao longo de sua história, dispersa. A pior delas se deu no 
ano 70 da nossa era, quando o general Tito invadiu Jerusalém, 
destruindo a cidade, inclusive o Templo, conforme Jesus 
predisse em seu sermão escatológico no monte das Oliveiras. 
 
 
 
 
 
 
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O retorno: A história desse povo registra o quanto ele 
tem sofrido durante a sua existência, por sua desobediência e 
rejeição ao Messias, o seu descendente. O castigo que os judeus 
pediram diantede Pilatos no julgamento de Jesus, dizendo: 
“O seu sangue caia sobre nós e os nossos filhos” (Mt 27.25), 
tem se cumprido em sua caminhada histórica. Nenhum povo 
tem vivenciado em sua história, tantas perseguições e 
atrocidades como o Judeu. Exílios, torturas, martírios, maus 
tratos, tentativas de extermínio em massa e tantas outras 
coisas; são marcas que este povo traz em sua história. Só um 
milagre justifica a sobrevivência dos descendentes do patriarca 
Abraão, quando muitos chegaram a acreditar em sua extinção. 
Da forma como Deus afirmou que, este povo seria disperso 
entre as nações, garantiu também sob aliança que ele voltaria 
a ocupar o seu território e seria restaurado como nação. 
Em meados do século XVIII, começaram os primeiros 
indícios do cumprimento dessa profecia, por intermédio de 
um rabino ortodoxo de uma pequena comunidade próxima a 
Belgrado, na atual Iugoslávia,defendendo o retorno dos Judeus 
a sua terra. Em 1896, o jornalista Theodor Hergl, em uma de 
suas publicações, defendeu a criação de um estado judeu na 
Palestina. Em 1917, a Grã-Bretanha emitiu uma declaração em 
favor da criação de uma nação judia na Palestina, conhecida 
como a “Declaração de Belfour”. Em 14 de maio de 1948, 
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o sonho dos judeus se tornou uma realidade. O Congresso 
Provisório do Estado Judeu proclamou o estabelecimento 
do Estado Judeu, com a participação do brasileiro Osvaldo 
Aranha, com o seu voto decisivo em favor de Israel. A palavra 
profética é fiel e verdadeira. 
 
A restauração: O retorno de Israel ao seu território é 
na atualidade o grande sinal da brevidade da vinda de Jesus. 
A rejeição divina para com os descendentes de Abraão foi 
temporária e parcial. A existência desse povo é motivada 
pelos propósitos divinos, que existem para com ele na terra. 
Deus prometeu restaurar a sorte dessa gente, que Ele na sua 
soberania, elegeu. A restauração de acordo com a palavra 
profética ocorreria em etapas: restauração nacional, moral e 
espiritual. A restauração do povo Judeu teve o seu início, a 
nacional já aconteceu e prosseguirá até a sua totalidade no 
reino de Cristo na terra. 
 
1.3 - As fases da Segunda Vinda de Cristo 
 
 
A segunda vinda de Cristo é mencionada como um só 
evento; porém, o mesmo se manifestará em duas fases. 
Uma leitura superficial das passagens bíblicas alusivas à 
segunda vinda de Cristo sem um estudo aprofundado, traz a 
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impressão que há contradições nos escritos. Um texto afirma 
que Jesus descerá do céu e a sua igreja encontrará com Elenos 
ares (1 Tessalonicenses 4:15-17). Outro assegura que, quando 
Ele vier, os seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras. Em 
outra passagem é afirmado que Ele virá num abrir e fechar 
de olhos. Noutra é dito que quando Ele voltar todo olho verá 
( Zc 14:9; Ap 19:11; 20:1-5). Como entender estas e outras 
aparentes discrepâncias nos textos correlatos? Não existe, 
nos textos bíblicos relacionados à segunda vinda de Cristo, 
nenhuma contradição. A harmonia entre eles é encontrada, 
quando se visualiza duas etapas desse grandioso evento. A 
análise aprofundada sobre os registros bíblicos da segunda 
vinda de Jesus, indica não somente a existência das duas fases, 
mas a distinção clara entre elas. O quadro abaixo traz essas 
diferenças. 
 
 
1ª FASE 2ª FASE 
É o arrebatamento ou rapto - 
fim da dispensação da graça 
(ICo15 e I Ts 4) 
É a volta triunfal, a 
revelação ou manifestação 
pessoal; em grego, a 
“parousia” (Zc.12:9,10; 
Ap.1:7;19:11-21). 
Virá para os seus Virá com os seus 
Será invisível Será visível 
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Virá até as nuvens Virá e pisará na terra 
Será antes da Grande 
Tribulação 
Será o evento que porá um 
fim na “Grande Tribulação 
e ao reinado do Anticristo, 
na conhecida batalha do 
Armagedom”. 
Os incrédulos serão deixados Os incrédulos serão destruídos 
Virá com surpreendente alegria Virá com profunda 
lamentação 
 
 
II - O ARREBATAMENTO DA IGREJA 
 
2.1- O significado do arrebatamento 
 
 
O arrebatamento se constitui no maior anelo da Igreja de 
Jesus. Momento em que ela aguarda em santidade e vigilância, 
sabendo que será transladada a estar para sempre com o seu 
Senhor e Salvador; onde não haverá mais morte, nem pranto, 
nem clamor, nem dor, porque tudo será novo. 
A palavra “arrebatamento” vem do latim “raptus” e 
significa“levado rapidamente e com força” (“retirada 
repentina”,“rápido”, “de improviso”) traduzido do grego 
“harpazō”(“agarrar”, “apanhar”). Na LXX (septuaginta) tem o 
significado de 
 
 
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8. DAVIS, John D., Dicionári da Bíblia. JUERP, 1984. 
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“arrebatamento”, ser levado embora. Em 1 Tessalonicenses 
4.17, o apóstolo Paulo diz que, os crentes serão “arrebatados” e 
se encontrarão com o Senhor nos ares. Este acontecimento será 
marcado pela retirada da igreja da face da terra, instante em que 
terminará também a dispensação da graça. 
 
2.2 - Correntes teóricas de interpretação do arrebatamento 
 
 
Existem algumas correntes teóricas de interpretação 
quanto à época em que se dará o arrebatamento da Igreja, em 
relação à Grande Tribulação, que ocorrerá na terra, prevista na 
palavra profética. Vejamos: 
 
Os Pós-tribulacionistas: Os teóricos desta doutrina 
afirmam que, a Igreja passará pela Grande Tribulação, e só será 
arrebatada após esse período, por ocasião da segunda vinda de 
Cristo. Uma das razões em que os defensores desta doutrina 
baseiam sua afirmativa é a de que em Apocalipse, nos capítulos 
4 ao18, que descrevem o período da tribulação, em nenhum 
lugar é mencionado que a igreja está no céu. Mas, cremos que a 
igreja não passará pela Grande Tribulação. Ela será arrebatada 
antes da aflição que se abaterá sobre a terra (conforme: Ap.3:10; 
 
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9. PENTECOST J.Dwight, Manualde Escatologia, p231. São Paulo: Editora 
Vida (1998) 
 
 
 
 
Rm.5:9; 1Ts.1:10;5:9). E em Apocalipse 21, João descreve a 
Igreja como a esposa do Cordeiro, indicando que ela foi levada 
para encontrar-se com Cristo, antes da Grande Tribulação. 
 
Os Midi-tribulacionistas ou Mesotribulacionistas: Baseados 
em Daniel 9.27 e em Mateus 24.1-14, os defensores desta doutrina 
asseguram que o arrebatamento da Igreja acontecerá na metade da 
Grande Tribulação. De acordo com essa linha de entendimento 
o evento ocorrerá na metade da semana, a Grande Tribulação, 
quando o pacto com o príncipe que há de vir, o Anticristo, for 
quebrado. E que essa primeira metade da semana corresponde ao 
principio das dores previsto por Jesus no seu sermão profético de 
Mateus. 
O Dr. Pentecost comenta: 
 
De acordo com essa interpretação, a igreja será 
arrebatada ao final da primeira metade (três anos e 
meio) da septuagésima semana de Daniel. A igreja 
suportará os acontecimentos da primeira metade da 
tribulação, que, segundo os mesotribulacionistas, 
não são manifestações da ira de Deus. Ela será 
 
 
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transladada, todavia, antes que comece a segunda 
metade da semana, que, segundo essa teoria, 
contém todo o derramamento da ira de Deus. 
Afirma-se que o arrebatamento ocorrerá junto 
com o soar da última trombeta e a ascensão das 
duas testemunhas de Apocalipse 11. 
 
Os Pré-tribulacionistas: Na interpretação desta escola, a 
igreja não passará pela Grande Tribulação. Ela será arrebatada 
antes da aflição que se abaterá sobre a terra (Ap.3:10; Rm.5:9; 
ITs.1:10;5:9). Essa corrente de interpretação é que a mais se 
harmoniza com os relatos bíblicos existentes sobre o assunto. 
Este trabalho versa sobre o ensino desses intérpretes. 
 
Algumas razões pelas quais acreditamos que a igreja 
não passará pela Grande Tribulação: 
 
As revelações do Apocalipse: Ao falar sobre a Grande 
Tribulação, o livro de Apocalipse, não faz menção da 
participação da igreja. Ela está presente nos capítulos 1 a 3. Do 
capítulo 4 em diante, que trata das coisas que vão acontecer, 
inclusive a Grande Tribulação citada nos capítulos 6 ao 18, ela 
não é mencionada, reaparecendo somente no capítulo 19 e nos 
versículos 7 a 9 e 14, participando das Bodas do Cordeiro, para 
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INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
 
logo após, descer para reinar com Cristo. 
 
 
As declarações e analogias de Jesus: As declarações, 
promessas e analogias de Jesus, deixam claro que a Igreja 
será livre da Grande Tribulação. O missionário N. Lawrence 
Olson, comentando sobre o assunto, escreveu em seu livro, “O 
Plano Divino Através dos Séculos” o seguinte: 
 
O ensino de Jesus em Lucas 21.25-36, deixa bem 
claro que o destino de sua Igreja é escapar do castigo que 
o mundo sofrerá. No versículo 28 diz: “Ora, 
quando estas coisas (os sinais no sol, na lua, e nas 
estrelas, a angústia entre as nações, a perplexidade, o 
terror etc.) começarem a acontecer, levantai a vossa 
cabeça, porque a vossa redenção está próxima” Esta 
“redenção” refere- se à “redenção do corpo” 
mencionada em Romanos 8.22,23, que é a 
transladação do crente no momento do 
arrebatamento. Em Lucas 17.26-30, Jesus fez a 
analogia entre os dias de Noé no tempo do Dilúvio 
e os dias de Ló, quando Deus subverteu as cidades 
de Sodoma e Gomorra. Esses juízos não aconteceram 
enquanto os servos de Deus não estivessem em 
lugar seguro. A Promessa a Igreja em Filadélfia 
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“Como guardaste a palavra da minha paciência, também te 
guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, 
para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). A expressão “ 
hora da provação”, da qual a igreja será guardada, a nosso ver, 
só pode ser a Grande Tribulação, pois tratar-se de algo de 
âmbito internacional. 
 
O ensino de Paulo: A Grande Tribulação compreende 
um tempo de aflição como nunca antes registrado. A ira de 
Deus será derramada sobre a terra, sem medida. Jesus afirmou 
que se aqueles dias não fossem limitados, haveria uma extinção 
da raça humana. Nos ensinos de Paulo a Igreja não é 
destinada para os juízos descritos no Apocalipse. 
 
O Alvo da Tribulação: De acordo com a palavra 
profética, a Grande Tribulação atingirá todo o mundo; porém, 
o alvo principal é a nação de Israel. Nesse período Deus estará 
tratando com o seu povo, para depois restaurá-lo para sempre. 
 
 
2.3 - As características do arrebatamento 
 
Os relatos bíblicos sobre o arrebatamento apresentam 
várias características que marcarão esse momento: 1. O 
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arrebatamento da Igreja ocorrerá de forma inesperada. Jesus 
afirmou que será de surpresa como a ação do ladrão. Numa 
hora em que ninguém estiver esperando. 2. Ocorrerá de uma 
forma muito rápida. O relato bíblico sobre o evento compara a 
rapidez do momento a um abrir e fechar de olhos e ao reluzir 
do relâmpago (1Co 15.53; Mt 24.27). 3. Não será visível aos 
olhos humanos. A rapidez com que ele se dará não permitirá 
a sua visibilidade, na Revelação Pessoal, isto é, na segunda 
fase, todo o olho verá o Senhor descendo sobre o monte das 
Oliveiras de onde ascendeu ao céu. 4. Causará uma separação 
entre os que serão e os que não serão arrebatados. Só aqueles 
que estiverem em legítima comunhão com o Senhor Jesus serão 
arrebatados. O desaparecimento das pessoas e a separação que 
o arrebatamento causará na terra; levará muitos ao desespero 
e anunciará a realidade deste grandioso acontecimento (Mt 
24.40,41). 
 
Os participantes do arrebatamento: Os relatos de Paulo 
indicam que o arrebatamento da Igreja envolverá o céu, a terra 
e os ares, e descreve aqueles que tomarão parte do momento 
desse evento: 
 
1. O Próprio Jesus é o principal personagem do 
arrebatamento. O mesmo Senhor que morreu, 
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UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
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ressuscitou e que subiu ao céu, cumprindo as suas 
promessas, voltará para os seus. 
2. Os anjos que tiveram participação ativa na primeira 
vinda de Cristo, no segundo advento também 
tomarão parte. O arrebatamento se dará sob a voz do 
chamamento e do comando do arcanjo. 
3. Todos aqueles que morreram em Cristo serão 
ressuscitados. Num momento, num abrir e fechar 
de olhos, aos ressoar da última trombeta. Esta é a 
primeira ressurreição e conforme o Apocalipse, feliz 
aquele que faz parte dela. 
 
O arrebatamento ocorrerá para aqueles que estão 
aguardando esse momento e estão vivendo em conformidade 
com a verdade do Evangelho. Nos escritos de Paulo sobre o 
arrebatamento, ele declarou que os vivos não precederão aos 
mortos. Em Cristo, os mortos ressuscitarão primeiro e depois 
os que estiverem vivos serão transformados e juntamente com 
eles encontrarão com o Senhor nos ares. 
 
Os propósitos do arrebatamento: Em cada uma das etapas 
da segunda vinda de Cristo haverá propósitos específicos. No 
arrebatamento são encontrados os seguintes: 
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• Levar a igreja para junto de si: (1 Co 6.20; Ap 5.9; Jo 
17.14-16; 14.1-3; Jo 3.1-3; I Ts 4.17). 
• Consumar a salvação do crente: (Rm 8.23; 13.11; 2 
Pd 1.5). 
• Julgar e recompensar a todos: (Mt 13.30, 40-43; 
16.27; 2 Co 5.10; 2 Ts 1.7-10). 
• Introduzir a Igreja nas Bodas do Cordeiro: A união 
eterna de Cristo com a Igreja é comparada a um 
casamento. E essa união se dará com o arrebatamento. 
A Igreja, a noiva, após seu encontro nos ares com 
Cristo, o noivo, será julgada e em seguida introduzida 
nas Bodas do Cordeiro, para depois, retornar à terra, 
juntamente com Ele, para reinar. 
• Livrar seus escolhidos da Grande Tribulação: (Mt 
24.21, 22; 1 Ts 1.10; 5.9,10; Ap 3.10). 
 
2.4 - O Tribunal de Cristo 
 
 
O Tribunal de Cristo é um dos sete julgamentos 
registrados nas Escrituras Sagradas. O apóstolo Paulo ao fazer 
menção dele empregou a palavra grega “BEMA”, vocábulo 
utilizado para descrever o tribunal em que os atletas da antiga 
Grécia eram submetidos a um julgamento, perante o juiz da 
arena, após a participação dos jogos, corridas e outras provas 
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UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
189desportivas, para serem recompensados pelas suas conquistas. 
Esse julgamento não é condenatório, mas de recompensas pelo 
bem ou mal que tiver sido feito por meio do corpo (2 Co 5.10) 
 
A Convocação ao Tribunal 
 
 
Porque todos devemos comparecer ante o Tribunal de 
Cristo. Quem são os envolvidos nesse julgamento? Onde e 
quando se dará? 
O Tribunal de Cristo é um julgamento exclusivo aos 
salvos em Cristo. Não se trata de julgar os pecados cometidos, 
eles já foram perdoados no ato da conversão. Para quem está 
em Cristo não há mais nenhuma condenação. Os salvos serão 
convocados para serem recompensados. 
O juiz designado é o próprio Cristo. Por isso o julgamento 
é denominado de Tribunal de Cristo. O Senhor Jesus recebeu 
do Pai todo o juízo e nessa autoridade ele avaliará e manifestará 
a obra de cada um (Jo 5.22). Diante dele todas as coisas estarão 
a descoberto. 
Está evidenciado no estudo da segunda vinda de Cristo 
que, o julgamento do Tribunal de Cristo, se dará em algum 
momento após o arrebatamento da Igreja, quando ocorrerá a 
primeira ressurreição (Ap 22.12; Lc 14.14; I Co 4.5). 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
190 
 
 
 
Os intérpretes da escatologia bíblica são unânimes em 
afirmar, que o Tribunal de Cristo ocorrerá após o arrebatamento 
da Igreja. Quanto ao lugar, as opiniões se dividem. Uns 
afirmam que acontecerá nos ares, outros no céu. Neste estudo, 
admitir-se-á como lugar do julgamento, os ares. 
O pastor Mario Sergio Pompeu, em seu artigo, O 
Arrebatamento da Igreja e a Cronologia do Fim, declarou: 
 
Existem muitas divergências entre os 
comentaristas quanto ao local exato do Tribunal de 
Cristo. Acredito que será na porta e nos ares. Onde 
me baseio na Bíblia? Na antiguidade os juízes e 
anciãos de uma nação costumavam julgar seus súditos 
e suas causas na“porta da cidade” (Gn 19.1,9; 1 Sm 
4. 13,18; 2Sm 15.2). Boaz, chamado o remidor, e 
mais dez testemunhas da cidade de Belém, 
julgaram a causa de Rute, a moabita, na “porta da 
cidade” de Belém (Rt 4.1,2) E ali, diante desse 
tribunal, ela recebeu “... o galardão do Senhor Deus de 
Israel” (Rt 2.12). 
 
 
 
 
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UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
 
 
 
 
 
A Avaliação No Tribunal 
 
 
Obras Praticadas: A obra decada um será avaliada 
naquele dia. O fogo será o elemento usado para provar a 
qualidade de cada obra praticada. Essas obras são, 
figuradamente, comparadas pelo apostolo Paulo por seis tipos 
de materiais: ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e 
palha. Os três primeiros são resistentes ao fogo, os demais 
são perecíveis. As obras resistentes ao fogo e simbolizadas ao 
ouro, prata e pedras preciosas são aquelas que são realizadas de 
boa vontade, qualidade e para glória de Deus. As perecíveis 
representadas por madeira, feno e palha são aquelas praticadas 
para benefício próprio, autopromoção e de maneira relaxada. 
À luz da revelação Paulina, só as obras que resistirem ao 
fogo, serão galardoadas. 
 
Tratamento Mútuo: A forma de tratamento usado por 
cada um em relação ao seu próximo será também alvo de 
avaliação, principalmente para com os irmãos na fé. Tudo o 
que for feito ao próximo, seja por ação, palavra e até omissão, 
será julgado. O mandamento de Jesus é que tudo quanto 
queremos que os outros nos façam, façamos a eles também 
(Mt 7.12; 10.42; 22.37-39; Gl 6.9,10) 
34 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
192 
 
 
 
Mordomia: Como administradores de bens que não lhes 
pertence, o cristão será julgado pela maneira como exerceu a 
sua função. O que fez de seu tempo, do seu potencial, dosseus 
talentos, das oportunidades recebidas, das responsabilidades 
confiadas e de tantas outras coisas pertinentes a sua mordomia? 
A fidelidade do crente como mordomo do Senhor será o grande 
diferencial naquele dia. Diante dessa realidade cada um deve 
analisar como está sendo o seu viver, diante daquele com quem 
vai tratar. 
 
Perseverança Frente à Tribulação e Perseguição 
 
 
Tribulação e perseguição fazem parte da vida daqueles 
que procuram viver de acordo com os preceitos divinos. 
Enganam-se aqueles, que imaginam que a vida cristã, é apenas 
de vitória e descanso. A revelação bíblica aponta para uma 
outra realidade, afirmando que haverá tais experiências na 
carreira dos seguidores de Jesus. Porem, todos que forem fiéis e 
perseverantes até mesmo a morte, receberão galardão. 
35 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
193 
10 
10. Autor das Notas e Estudos da Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, 
2002). 
 
 
 
 
 
O Veredicto Do Tribunal 
 
 
Ninguém será condenado nesse Tribunal, todos serão 
absolvidos. O julgamento diz respeito à qualidade das obras 
e não ao praticante das obras. O texto bíblico mais completo 
sobre o Tribunal de Cristo assegura que o fogo divino vai 
provar a obra de cada um. Se a obra de alguém se queimar, 
sofrerá detrimento, mas o tal será salvo. 
O alvo maior desse Tribunal é recompensar aqueles 
que foram fiéis, diligentes, responsáveis e perseverantes até o 
fim, no exercício de sua mordomia. O galardão a ser recebido 
é possibilitado por um ato de soberania, bondade, justiça e 
fidelidade divina e não por méritos pessoais alcançados. 
O Tribunal de Cristo é um julgamento exclusivo daqueles 
que foram arrebatados. Porém, nem todos serão galardoados, 
apesar de pertencerem ao número dos salvos. 
O teólogo Donald C. Stamps , escreveu: “Nesse juízo, há 
possibilidade do crente, embora salvo, sofrer uma grande perda” 
(grego “zemioō”, que significa “sofrer perda ou dano”). O 
crente negligente corre o perigo de sofrer perda, a saber: 
36 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
194 
 
 
 
 
1. sentimento de vergonha na vinda de Cristo (2 Tm 
2.15; I Jo 2.28); 
2. perda do trabalho que fez para Deus na sua vida (1 
Co 3.12-15); 
3. perda de glória e de honra diante de Deus (Rm 2.70; 
4. perda de oportunidade de servir e de autoridade no 
céu (Mt 25.14-30); 
5. posição inferior no céu (Mt 5.19; 19.30); 
6. perda de galardão (I Co 3.14,15); e 
7. retribuição por injustiça cometida contra o próximo 
(Cl 3.24,25). 
 
Esses textos bíblicos devem gravar em nossa mente a 
necessidade de uma dedicação total, inclusive fidelidade e 
abnegação no serviço de nosso Senhor (conforme, Rm 12.1,2; 
Fp 2.12; 4.3). 
 
Variedades De Recompensas 
 
 
São mencionadas nas Escrituras, recompensas variadas 
para aqueles que forem aprovados no julgamento do Tribunal 
de Cristo. Dentre essas recompensas está destacado neste 
estudo as seguintes: 
37 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
195 
 
 
 
 
 
• Privilégios e responsabilidades (Mt 25. 14-30) 
• Posição de destaque (Mt 5.19; 19.30) 
• Recompensas 
• Recebimento de coroas 
 
1. Coroa Incorruptível: (1 Cor. 9:25-27) - para quem 
vence a carne; 
2. Coroa de Justiça: (2 Tim. 4:8) - para aqueles que 
amam a Sua vinda; 
3. Coroa da Vida: (Tiago 1:12) - para aqueles que 
suportam as provações por amor do Senhor; 
4. Coroa da Glória: (1 Ped. 5:4) - para aqueles que 
cuidarem fielmente do rebanho (vs. 1-3). 
 
2.5 - As Bodas do Cordeiro 
 
 
A figura do casamento é usada várias vezes nas Escrituras 
Sagradas para expressar a relação de Deus com o seu povo. 
Deus no antigo Testamento é apresentado como marido e o 
Seu povo como mulher (Is 54.5,6; Ez 16; Os 2 e 3). No Novo 
Testamento Cristo é identificado como noivo e a sua Igreja 
como a noiva (Mt 9.15; 25.1-13; 2 Co 11.21) 
 
 
196 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
O vocábulo “bodas” vem do latim “vota” e significa 
“votos”, em alusão aos votos matrimoniais por ocasião do 
casamento. O termo Bodas aqui é usado no plural porque, 
conforme a celebração da festa de casamento judaico durava 
de sete a quatorze dias (Jz 14.12) 
As Bodas do Cordeiro é a celebração da união eterna de 
Cristo com a sua amada Igreja. E também,o cumprimento 
de suas palavras, na instituição da Ceia, quando afirmou que 
cearia com eles na casa do Pai (Mt 26.29). 
 
O Anúncio das Bodas: O apostolo João ouviu no céu 
o anuncio da chegada das Bodas do Cordeiro. Quem é este 
Cordeiro e quem será a sua noiva? O Cordeiro é o nosso 
amado e Salvador Jesus Cristo. Ele é apresentado no Novo 
Testamento e em especial no livro do apocalipse como o 
Cordeiro. Profetizado e prefigurado na Páscoa dos Judeus no 
Antigo Testamento. O Cordeiro imaculado (1 Pd 1.19), que 
foi morto (Ap 5.6,12), que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), 
e é vitorioso (Ap 17.14). A noiva do Cordeiro é a Igreja, a sua 
amada, pela qual pagou um alto preço; a fim de tê-la, para 
sempre ao seu lado (2 Co 11.2; Rm 7.4; Ef 5.24-27,31,32) 
 
 
 
 
 
38 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
197 
 
 
 
 
 
Os Atavios da Noiva: Gloriosa, pura, perfeita é a noiva do 
Cordeiro e foi vista na perspectiva celestial pronta e preparada 
para o momento nupcial. Suas vestes eram de linho fino, pura 
e resplandecente (Ef 5.25-27; Ap 19.8). O linho é o símbolo 
dos atos de justiça. As vestes da noiva, que antes estavam 
manchadas pelo pecado, agora embranquecidas mediante o 
precioso sangue de Cristo (1 Pd 1.19; I Jo 1.9; Ap 7.14). 
 
O Lugar das Bodas: Quanto ao lugar em que acontecerá 
as Bodas, a visão de João é clara e não deixa dúvidas, ela 
acontecerá no céu. A análise do capitulo 19 do Apocalipse, 
revela que a noiva do Cordeiro, isto é, a Igreja, está no céu já 
preparada para as Bodas, antes da segunda vinda de Cristo (Ap 
19.1,7,8,11-15). 
 
A Ocasião das Bodas: Se dará após o Julgamento do 
Tribunal (2 Co 5.10; Rm 14.10). 
 
Durante a Grande Tribulação: As Bodas do Cordeiro 
terá lugar entre o Arrebatamento da Igreja e a Revelação 
Pessoal de Jesus, período correspondente a Grande Tribulação. 
Enquanto ela estiver no céu ao lado de Jesus desfrutando das 
benesses preparadas, o mundo estará sofrendo os horrores da 
Tribulação. O fato de as Bodas ocorrerem nesse espaço de 
 
 
 
39 
 
 
198 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
tempo, não significa que ela durará três anos e meio ou sete 
anos. 
Isto não significa que as Bodas do Cordeiro durarão três 
anos e meio ou sete anos, pois o mundo espiritual é atemporal, 
ou seja, não está sujeito ao tempo do mundo físico. No âmbito 
espiritual, o tempo é sempre presente. Não existe, portanto, 
seqüência de passado, presente e futuro (Ec 3.14-15). 
As ações são consumadas em uma dimensão eterna ou 
infinita. Por isso, para todos os que forem arrebatados, jamais 
haverá a sensação de que se passaram apenas alguns meses 
entre o arrebatamento e a ceia das Bodas do Cordeiro. 
Antes da Vinda Pessoal de Jesus para por fim a Grande 
Tribulação e implantar na terra o seu reino milenar (Ap 
19.8,14). 
 
2.6 - Os Participantes das Bodas 
 
 
Há nos Evangelhos registro da realização de uma festa 
de bodas (Mt 22.1-14; Lc 14. 16-24; Mt 25.1-13). As aqui 
mencionadas não são as mesmas do Apocalipse (Ap 19.6,70. 
A dos Evangelhos está relacionada a nação de Israel, enquanto 
que a de Apocalipse, a Igreja. As bodas de Israel acontece na 
terra e a da Igreja no céu. 
 
 
 
40 
 
 
199 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
 
 
 
 
 
Os participantes serão: Jesus e a Igreja, os anjos, os 
santos do Antigo Testamento (Jo 3.23). 
 
Para alguns autores os mártires da Grande Tribulação 
também serão participantes das Bodas - Aqueles que morrerão 
durante a Grande Tribulação por não aceitarem a besta nem 
o seu sinal e não adoraram a sua imagem; estarão, também, 
fazendo parte dos convidados para a Ceia das Bodas do 
Cordeiro, os quais serão apascentados pelo Cordeiro e nunca 
mais terão fome, nem sede, nem sol, nem calma alguma cairá 
sobre eles (Ap 7.14-17; 14.13-16; 15.2; 20.4). Sobre este assunto, 
o pastor Sergio Ap. Guimarães, autor do Livro Pentateuco da 
Coleção Teologia, LDEL, 2008, comenta: 
 
Penso que os mártires da Grande Tribulação 
não tomarão parte nas Bodas do Cordeiro, pois haverá 
morte de pessoas durante todo o período da Grande 
Tribulação, e neste tempo se realizara o Tribunal de 
Cristo e as Bodas do Cordeiro; as Bodas é 
reservada somente para a Igreja (compreendendo 
os santos do Novo e Antigo Testamento). 
 
 
 
 
 
41 
42 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
200 
 
 
 
 
III - A GRANDE TRIBULAÇÃO 
 
O estudo da Palavra Profética indica que haverá um 
tempo de grande aflição que se abaterá sobre a terra. Aflição 
como nunca houve desde a fundação do mundo. O registro 
desse período é encontrado tanto nas páginas do Antigo como 
no Novo Testamento. O livro do Apocalipse é o que mais 
informação traz, sobre o acontecimento. 
 
3.1 - A Predição da Tribulação 
 
 
A Grande Tribulação é descrita nas Escrituras com vários 
nomes. Esses nomes aplicados a Tribulação expressam o caráter 
desse tempo. Eis alguns desses nomes: 
 
• Grande Tribulação (Mt 24.210) 
• Grande angustia (Dn 12.1) 
• Angustia de Jacó (Jr 30.7) 
• Dia de vingança (Is 63.4) 
• Dia da Provação (Ap 3.10) 
• Dia de Deus (I Ts 1.10; 5.9) 
• Dia do Senhor (Is 2.10-22; Jl 1.15;2.1;3.14; Am 5.18-20) 
• Dia do Furor (Sf 1.15-18; I Ts 1.10;5.9). 
43 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
201 
 
 
 
 
 
As Visões Proféticas 
 
Esse período de aflição que envolverá o mundo foi 
revelado a vários profetas do Senhor no passado. 
 
A Visão de Jeremias: O profeta viu a nação Israelita sendo 
liberta do jugo das nações, mas antes que isso acontecesse, 
passou por um período de angustia (Jr 30. 4-9) 
 
A Visão de Ezequiel: Ezequiel teve a mesma visão que 
Jeremias. Israel retorna do cativeiro, depois de ter passado pelo 
cajado do Senhor e ser refinado pelo fogo. Um remanescente 
fiel voltará à sua terra e não mais profanará o nome de Deus 
por desobediência ou idolatria. Esse grupo de fieis desfrutará 
das bênçãos do novo conserto. (Ez 20. 34-44) 
A Visão de Daniel: Em sua visão, o profeta Daniel, viu 
Miguel, o grande príncipe do Senhor, pelejando a favor de 
Israel; libertando os fiéis de um tempo de angústia, qual nunca 
houve, desde que houve nação, até aquele tempo (Dn 12.1). 
 
As Descrições Proféticas de Jesus 
 
O Senhor Jesus foi quem mais trouxe luz sobre o assunto. 
Em seu sermão escatológico do capítulo 24 de Mateus, trouxe 
44 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
202 
 
 
 
 
uma síntese dos acontecimentos que envolverão esse tempo 
de ira e vingança divina. Porém, no livro de Apocalipse, Ele 
revelou em detalhes tudo aquilo que ocorrerá nesse período. 
Dos vinte e dois capítulos que contem o livro, doze estão 
destinados ao assunto do sexto ao décimo oitavo. 
 
3.2 - As Características Da Tribulação 
 
Será Grande: O mundo tem sido cenário de grandes 
aflições. Ao longo dos séculos, a humanidade tem sido 
afligida por guerras, fomes, epidemias, doenças, inundações, 
terremotos, pragas, juízos divinos, etc. Mas nenhuma dessas 
experiências vividas pelos habitantes da terra se compara com 
o que está previsto (Mt 24. 21; Dn 12.1). Nesse período, Deus 
derramará os seus juízos sobre os homens pelo tratamento 
dispensado ao Seu Filho Jesus e aos seus santos servos. 
 
Será Universal: Uma análise da Palavra Profética revela 
que a tribulação atingirá toda a terra (Ap 3.10; 7.9,14,15;13.7,8; 
Dn 7.23; 12.1). Só a Igreja de Cristo já arrebatada, conforme já 
estudado, estará livre da ira divina (I Ts 5.9; 3.10). 
 
Será Abreviada: Os dias da Tribulação foram abreviados, 
caso contrario haveria uma extinção de toda espécie de vida 
 
45 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
203 
 
 
 
 
 
 
 
no planeta (Mt 24. 21). Ela terá a duração de sete anos. Este 
tempo está baseado no estudo das setenta semanas de Daniel 
(Dn 9.24-27) 
Deus revelou a Daniel, através do anjo Gabriel, que havia 
determinado setentasemanas sobre o povo de Israel, com os 
seguintes propósitos: 
 
• 1º Extinguir a transgressão 
• 2º Dar fim aos pecados 
• 3º Expiar a iniqüidade 
• 4º Trazer a justiça eterna 
• 5º Selar a visão e a profecia 
• 6º Ungir o Santo dos santos 
 
 
Estas semanas proféticas, seriam de anos e não de dias. 
Linguagem já conhecida pelos judeus desde muito tempo (Gn 
29.20,27; Lv 25.8). Não haveria condições do cumprimento do 
programa estabelecido por Deus em semanas de dias. Como 
reconstruir e destruir a cidade de Jerusalém em 490 dias? E de 
se firmar uma aliança por uma semana? 
 
As semanas foram dividas em três grupos: 
• 1º Grupo - 7 semanas = 49 anos 
46 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
204 
 
 
 
• 2º Grupo - 62 semanas = 434 anos 
• 3º Grupo - 1 semana = 7 anos 
 
 
De acordo com a revelação divina, o inicio do primeiro 
grupo de semanas se daria com a saída do decreto para restaurar 
e edificar Jerusalém. A Bíblia menciona quatro decretos: 
 
• 1º O de Ciro 536 a.C. ( 2 Cr 36.22,23; Ed 1.1-3). 
• 2º O de Dário entre 521 - 486 a.C. (Ed 6.6-8). 
• 3º O de Artaxerxes no ano 7º ano de seu reinado 458 
a.C. (Ed 7.12,21) 
• 4º Do mesmo Artaxerxes no 20º ano do seu reinado 
 
 
O quarto decreto, o de Artaxerxes, é o que marcou o 
início das primeiras sete semanas (Ne 2.1-6). 
O segundo grupo de semanas teve o seu início logo 
após o término do primeiro e terminou com a crucificação do 
Messias (Dn 9.26). 
O estudo das setenta semanas mostra que houve uma 
quebra na sucessão das semanas. O terceiro e último grupo 
ainda não teve o seu inicio. Israel rejeitou o Messias e Deus 
de forma parcial e temporária, suspendeu suas relações com o 
seu povo, parando assim, com a contagem das semanas. Essa 
 
47 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
205 
11. THIESSEN Henry Clarence, Palestras em Teologia Sistemática, 
Imprensa Batista Regular do Brasil. 
11 
 
 
 
 
 
posição divina trouxe salvação para os gentios e o surgimento 
da igreja de Cristo, desvendando assim, um mistério que 
esteve oculto desde a eternidade (Rm 11.11; Ef 2.13,14; 3.2- 
6). A Igreja vive no intervalo entre a sexagésima nona e à 
septuagésima semana. Este período é chamado de: 
 
• Intervalo profético 
• Era dos Gentios 
• Dispensação da Igreja 
• Plenitude do tempo (Gl 4.4) 
 
De acordo com os comentaristas defensores da linha 
de interpretação adotada neste trabalho, a última semana é o 
período da Grande Tribulação, sendo o seu início, determinado 
pelo arrebatamento da Igreja. 
O Dr. Henry Clarence Thienssen, comenta: 
 
 
Se portanto, a septuagésima semana representar 
o período da Grande Tribulação, então temos aqui a 
informação de que durará sete anos. Harmonizando-se 
48 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
 
 
com isto, a segunda metade do período é 
mencionada em outros lugares como“um tempo, 
tempos, e metade de um tempo” (Dn 7.25; 12.7; 
Ap 12.14), como 
“quarenta e dois meses”(Ap 11.2; 13.5) e como 
1.260 dias (Ap 11.3; 12.6; cf. Dn 12.11,12). Isto é 
talvez tudo que pode ser dito a respeito da duração do 
período. 
 
3.3 - Os Principais Acontecimentos do período da Grande 
Tribulação 
 
O Surgimento das Bestas: Em sua revelação apocalíptica, 
João viu surgir duas bestas. Uma que subiu do mar e outra 
da terra. Quem serão estas bestas que farão parte dos 
acontecimentos da Grande Tribulação. 
A Besta que subiu do mar é um homem procedente de 
entre os povos e nações (Ap 17.15). Na Palavra Profética ela é 
identificada com vários nomes: 
 
• Príncipe que há de vir 
• Anticristo 
• Besta 
• Homem do pecado 
• Iníquo 
• 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
207 
 
 
 
 
 
Será um líder mundial dotado de poder e de sabedoria 
de Satanás para governar o mundo. O seu espírito já opera no 
mundo, mas ele só se manifestará após o arrebatamento da 
Igreja e da saída do Espírito Santo da terra que é o poder que 
detém a sua manifestação total sobre a terra. 
Ao assumir a terra como governante mundial, fará 
uma aliança com a nação de Israel por uma semana, isto é, 
sete anos. Estabelecerá uma fictícia e transitória paz a terra 
que se encontra mergulhada em crises e impactada com o 
arrebatamento da Igreja. Quebrará a aliança feita com Israel 
na metade da semana ao declarar-se Deus, apoderando-se do 
templo em Jerusalém, profanando e impedindo a adoração 
ao Senhor. Com a quebra da aliança, será desencadeado o 
período final e mais critico da Grande Tribulação, o dilúvio 
da ira divina através dos selos, trombetas e taças registrados no 
Apocalipse. 
Surge então da terra e dentre os homens a segunda besta. 
Ela será um líder religioso e chamado de Falso profeta (Ap 13). 
Exercerá todo o poder da primeira besta. E mediante grandes 
sinais enganará os que habitam sobre a face da terra. Ordenará 
queseja feita uma imagem da besta quepossa falar e seja adorada 
sob pena de morte aos que não a adorarem. Providenciará uma 
marca para a testa e mão, para que ninguém possa comprar ou 
vender sem o tal sinal e identificação (Ap 13). 
 
 
 
 
49 
50 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
208 
 
 
 
 
O surgimento das bestas revela a existência de uma 
trindade satânica, operando no período da Grande Tribulação: 
O Dragão (Anti-deus), a Besta (Anticristo) e o Falso Profeta 
(Anti-espírito). 
O. S. Boyer, em seu comentário sobre o Apocalipse, 
escreveu: “como o Pai ungiu e enviou seu Filho, assim o 
Dragão ungirá e enviará seu representante, o Anticristo”. 
A outra besta que João viu sair, chama-se o Falso Profeta 
(Ap 16.12,13; 19.20; 20.10). É um mestre e líder religioso. Faz 
diversas coisas para imitar ao Espírito Santo: (1) Opera falsos 
milagres para enganar a todos, levando assim o mundo a adorar 
a primeira besta (Ap 13.12); (2) Tenta imitar o poder que só 
Cristo tem para dar vida (Ap 13.15); (3) Sela os seus seguidores 
para o dia da perdição (Ap 13.16; 14.9-11), imitando o Espírito 
Santo que sela os crentes para o dia da redenção (Ef 1.13,14). 
 
O Dilúvio Dos Juízos Divinos: Os sete anos da Tribulação 
estão divididos em duas partes de três anos e meio. Na primeira 
etapa haverá a falsa paz promovida pelo Anticristo até que seja 
quebrada sua aliança com a nação de Israel. A segunda etapa 
será o momento em que haverá o dilúvio da ira divina sobre a 
terra através dos selos, trombetas e taças. 
209 51 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
 
 
 
 
 
 
OS SETE SELOS 
1º Selo Cavaleiro Branco (Falsa paz) 
2º Selo Cavaleiro Vermelho (Guerra generalizada) 
3º Selo Cavaleiro Preto (Escassez de alimento) 
4º Selo Cavaleiro Amarelo (Mortalidade mundial) 
5º Selo Santos martirizados 
6º Selo Cataclismos no céu e na terra 
7º Selo O Soar das trombetas 
 
 
AS SETE TROMBETAS 
1ª Trombeta A terça parte da terra consumida pelo fogo 
2ª Trombeta A terça parte do mar é destruído 
3ª Trombeta A terça parte da água potável setorna imprópria 
4ª Trombeta O sol perde um terço da sua luminosidade 
5ª Trombeta Primeiro ai (Gafanhotos do abismo) 
6ª Trombeta Segundo ai (A terça parte dos homens morrem) 
7ª Trombeta Terceiro ai (A abertura das Taças) 
52 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
210 
sðð 
 
 
 
 
AS SETE TAÇAS 
1ª Taça Tumores e pestes generalizadas 
2ª Taça Morte de toda a vida marinha 
3ª Taça Total perda das águas potáveis 
4ª Taça Irradiação solar grave, provocando a morte 
dos homens 
5ª Taça Dores insuportáveis 
6ª Taça Início da Batalha do Armagedom 
7ª Taça Destruição da Babilônia 
 
 
A Batalha Do Armagedom: No final da Grande 
Tribulação entre a sexta e a sétima taça, no lugar chamado 
Armagedom, ocorrerá essa batalha. Armagedom ou reunião 
de tropas, do grego “Armageddon” (“αρµαγεδδωv”) e em 
hebraico “Har Meghíddon”: Monte de Megido é o nome de 
um vale localizado no centro-norte da Palestina,onde já 
aconteceram diversas guerras. Nessa zona de conflitos a 
trindade satânica reunirá todos os exércitos da terra para 
pelejarem contra Deus, contra Israel e destruírem a cidade de 
Jerusalém. Nesta hora de aflição e de angustia para os filhos 
de Jacó, eles clamarão a Deus por socorro e Deus intervirá por 
53 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
211 
 
 
 
 
 
eles. Cristo acompanhado de seus exércitos virá em socorro de 
Israel, salvando a todos os sobreviventes dos juízos divinos. 
Prendendo a Satanás e enviando para o Lago de Fogo as duas 
bestas e destruindo a todos os inimigos, pondo fim à Grande 
Tribulação e implantando o seu reino Milenar (Ap 16.6). 
 
 3.4 -A vinda de Jesus em glória (Vinda pessoal -“parousia”) 
 
A segunda vinda de Cristo se constitui de um só evento 
e se dará em duas fases, conforme já vimos no decorrer desse 
estudo. Em cada uma das fases, o tempo, a manifestação e 
os propósitos são diferenciados. Não haverá harmonia de 
entendimento no estudo da segunda vinda de Cristo se não for 
visualizada acontecendo em etapas distintas. 
 
Os Propósitos da Vinda Pessoal 
 
 
Revelar a Sua Glória da Igreja: (Ap 1.7; Mt 24) 
Salvar a Israel: Israel é o povo escolhido de Deus. O 
propósito estabelecido para esse povo não foi cumprido de 
acordo como planejado. Israel falhou com a missão divina, 
porém não foi por Deus rejeitado. Entrará na Tribulação para 
ser tratado e restaurado por Deus. Em sua angústia e será 
vencido por seus opressores, buscará em Deus o socorro, sendo 
54 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
212 
 
 
 
salvo com a Manifestação Pessoal de Jesus descendo no Monte 
das Oliveiras de onde foi assunto aos céus. 
 
Julgar a Besta, o Falso Profeta e Seus Exércitos: A 
Besta e o Falso Profeta que enganaram o mundo com as suas 
maravilhas e prodígios de mentira; com a vinda de Jesus a terra 
terá o seu julgamento e condenação. Nunca mais atormentará 
os homens, a sua parte será o Lago de Fogo, onde o fogo nunca 
se apaga e o bicho não morre. 
 
Prender a Satanás: O Dragão, a Antiga Serpente, 
responsável por toda a miséria no planeta, com a sua tríplice 
missão de matar, roubar e destruir; que descerá a terra no 
período da Grande Tribulação será preso durante mil anos, por 
Cristo. Após o tempo de sua prisão será solto por um pouco 
de tempo para que de forma definitiva, seja lançado também 
como a Besta e o Falso Profeta, no Lago que arde com fogo e 
enxofre. Cristo mais uma vez e para sempre mostrará que é o 
vencedor sobre Satanás. 
 
Julgar as Nações: No seu sermão profético, Jesus declarou 
que com a sua vinda em glória no final da Grande Tribulação, 
julgará as nações da terra. Muitos intérpretes das profecias 
bíblicas identificam esse julgamento de Mateus com o Juízo 
55 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
213 
 
 
 
 
 
Final do Apocalipse; porém, uma análise aprofundada dos 
julgamentos mencionados, mostram que são distintos. O Dr. 
Scofield apresentou as seguintes diferenças: 
 
OS JULGAMENTOS 
MATEUS APOCALÍPSE 
Trono de sua glória Trono Branco 
Não há ressurreição Há ressurreição 
Nações vivas Os mortos 
Não há livros Abrem-se os livros 
Na terra Fogem céus e terra 
Três classes: ovelhas, bodes 
e irmãos 
Uma só classe: os mortos 
Na vinda de Cristo, antes do 
Milênio 
Depois de terminados os mil 
anos 
 
Estabelecer o Reino Eterno: Jesus é apresentado e 
identificado como Rei. Os discípulos, no momento de sua 
ascensão, o interrogaram querendo quando assumiria o trono 
e restauraria o reino a Israel. Ele foi enfático em sua resposta, 
afirmando que não competia a eles saber os tempos e épocas em 
que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder (At 1.7). A vinda 
 
 
214 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
 
pessoal de Jesus após a Tribulação, determina o momento do 
inicio desse reino, que será eterno (Dn 7.14; Lc 1; Ap 20). 
 
IV - O MILÊNIO 
 
4.1 - Origem da palavra Milênio 
 
 
O termo milênio tem sua origem nas duas palavras 
latinas “Mille”, significando “mil” e “annus”, significando 
“anos” (Millennium). A palavra milênio não é encontrada 
nas Escrituras Sagradas. No entanto, a expressão “mil anos” 
é encontrada no texto sagrado dez vezes, sendo duas vezes 
no Antigo Testamento (Sl 90.4 e Ec 6:6), e oito vezes no 
Novo Testamento (2 Pd 3.8; Ap 20. 2-7). Das oito menções 
registradas no Novo Testamento, seis são encontradas no livro 
do Apocalipse e se referem ao reinado de Cristo, na terra. 
Esse período designado como milênio, tem sido alvo de varias 
interpretações pelos estudiosos da escatologia bíblica. Torna-se 
necessário um estudo equilibrado para não incorrer num erro 
interpretativo. 
 
 
 
 
 
 
56 
57 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
215 
 
 
 
 
 
4.2 - O que é o Milênio? 
 
 
O Milênio é um período de mil anos, predito 
pelos profetas como sendo o reinado Messiânico; ou seja, o 
reinado do céu estabelecido na terra, inaugurando 
uma nova era espiritual. A sétima dispensação, um 
tempo probatório, especialmente para os que 
nascerem na época dourada, em que Satanás estiver 
preso (João de Oliveira - O Milênio, 1983). 
 
4.3 - As alusões ao Milênio 
 
 
As Bênçãos Proféticas De Jacó: Jacó ao proferir aos seus 
filhos antes de sua morte suas bênçãos proféticas, declarou a 
Judá: O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre 
seus pés (Gn 49.10). Apesar de não ser encontrado na referencia 
em apreço, a palavra milênio é uma indicação direta ao Messias 
que haveria de vir da tribo de Judá e que reinaria sobre todos os 
povos (Ap 5.5,9,10; 19.15). 
 
A Aliança Davídica: Deus estabeleceu com Davi um 
pacto que a sua descendência reinaria para sempre (II Sm 
7.13,14; Sl 89.4). Este pacto estabelece uma relação de Davi 
com o reino Messiânico. 
58 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
216 
 
 
 
 
As Mensagens Proféticas: Varias são as alusões encontradas 
nas Escrituras sobre o Milênio, na Palavra Profética. Ela fala 
de um reino que será estabelecido na terra. Reino eterno, 
de paz, justiça e prosperidade como nenhum outro. E que 
brotaria do tronco de Jessé, da casa de Davi. Reino aguardado, 
ansiosamente, pelos filhos de Israel. Dos descendentes de Davi, 
Jesus foi o único a assumir a identidade do Messias: 
 
• O anjo Gabriel, em sua aparição a Maria afirmou 
que, Jesus seu filho, ocuparia o trono de Davi seu pai 
e sobre ele reinaria, eternamente (Lc 1.30-33) 
• Nasceu em Belém, na terra de Judá, da linhagem de 
Davi, conforme o previsto (Mq 5.2; Mt 2.6; Jo 7.42). 
• Por muitos identificado; proclamado e adorado como 
rei (Mt 2.11; 20.20,21; Mc 11.9,10; Lc 23.42) 
• Declarou em resposta a Pilatos, que havia nascido 
para ser rei, afirmando que o seu reino não procederia 
do mundo (Jo 18. 36,37; I Tm 6.15; Ap 20.4,6). 
 
4.4 - As interpretações do Milênio 
 
 
Existem várias linhas de interpretação relacionadas ao 
Milênio. Apresentaremos abaixo as principais: 
59 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
217 
(A Bíblia Anotada, 2008). 
 
 
 
 
 
Amilenarista (ou amilenista): Esta linha de interpretação 
não tem o milênio como um reino futuro e literal, mas 
espiritual e corresponde ao tempo existente entre a ascensão de 
Cristo e a sua volta. Os seus defensores afirmam que o reino 
de Cristo, os mil anos de sua duração, a prisão de Satanás e o 
que diz respeito a esse período, é espiritual e simbólico. Para 
alguns amilenaristas, o milênio é a era atual, visto que o reino 
de Deus está instaurado no mundo, desde a primeira vinda de 
Cristo, até o fim do mundo. A ordem dos acontecimentos nesta 
visão se dará da seguinte forma: “A Era da Igreja terminará 
num tempo de convulsão, Cristo voltará, haverá ressurreição e 
juízo gerais e, depois, a eternidade” 
 
Pós-milenarista (ou pós-milenista): Diferente dos 
amilenaristas,esta linha interpretativa tem o milênio como 
um reino literal e representa a conquista do mundo pela Igreja 
através do Evangelho, trazendo sobre a terra a sonhada paz 
mundial. De acordo com esse entendimento a segunda vinda 
de Cristo ocorrerá após o milênio, para derrotar Satanás, 
julgar os vivos e os mortos e reinar para sempre. A ordem dos 
acontecimentos será: “A parte final da Era da Igreja (isto é, os 
seus últimos mil anos) é o Milênio, que será uma época de 
paz e abundância promovida pelos esforços da igreja. Depois 
disso, Cristo virá. Seguir-se-á então uma ressurreição 
generalizada, e 
 
 
218 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
(A Bíblia Anotada, 
2008). 
 
 
 
 
 
depois desta, um juízo geral e a eternidade” 
 
Pré-milenarista (ou pré-milenista): Os intérpretes desta 
linha entendem que o milênio é futuro, literal e precederá a 
vinda de Cristo, ou seja, a segunda vinda de Cristo acontecerá 
antes do Milênio. Ele voltará e estabelecerá o reino prometido 
a Israel cumprindo assim o pacto com a casa de Davi e os 
demais pactos de Deus e profecias do fim dos tempos. Nesta 
visão a ordem dos acontecimentos é a seguinte: “A Era da 
Igreja termina no tempo da Tribulação, Cristo volta à Terra, 
estabelece e dirige seu reino por 1.000 anos, ocorrem a 
ressurreição e o juízo dos não-salvos, e depois disso vem a 
eternidade”. 
 
A escola Pré-milenarista divide-se em dois grupos: 
Históricos e Dispensacionalistas. 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
219 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os pré-milenaristas 
históricos 
Os pré-milenaristas 
Dispensacionalistas. 
A segunda vinda de Cristo e o arrebatamento 
Acontecerá 
simultaneamente 
Acontecerá em duas fases: 
a) na primeira, Jesus se encontrará 
com a igreja nos ares e a levará 
para participar das bodas do 
Cordeiro; 
b) A segunda, ocorrerá após sete 
anos de tribulação na terra sem a 
presença dos salvos, quando Jesus 
regressará com a Igreja Gloriosa para 
reinar neste mundo por mil anos. 
A Ressurreição 
Acontecerá em duas 
etapas: 
A) A primeira ressurreição: 
será a dos salvos no início 
do milênio 
B) A segunda ressurreição: 
a ressurreição dos 
incrédulos no final do 
milênio. 
Acontecerá em três etapas: 
A) ressurreição para a igreja, na 
ocasião do arrebatamento; 
B) ressurreição para aqueles que virão 
a crer durante a tribulação de 
sete anos(esta ocorrerá na segunda 
vinda de Cristo, no final da 
tribulação); 
C) ressurreição dos incrédulos no final 
do milênio. 
 
 
 
 
 
 
61 
 
 
220 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
4.5 - Particularidades do Milênio 
 
 
O milênio é um reino literal e será estabelecido na terra 
após a destruição do império dos dez reis representados pelos 
dedos da estátua do sonho de Nabucodonozor (Dn 2. 44; Is 
65.21; Ap 5.9-10). 
A cidade de Jerusalém será a sede do reino milenar (Sl 
48.1-3). De lá sairão as diretrizes do governo do grande Rei e 
se tornará o centro de adoração para todos os povos (Is 2.2,3). 
O reinado de Cristo será universal. Todos os reinos 
do mundo passarão a ser de Cristo e Ele reinará para todo o 
sempre (Ap 11.15; Mt 25.31,2; Zc 14.9; Sl 72.1-29). 
No reinado de Cristo haverá uma administração 
“Teocrática”, isto é, o próprio Deus governando o mundo na 
pessoa de Jesus Cristo. Neste reino participará Davi, como um 
príncipe ou co-regente, cumprindo assim o pacto Davídico e 
outros conforme declarações de Cristo. Todos sob a hierarquia 
que será estabelecida no reino (Os 3.5; Ez 37.24,25; 34.23,24; 
Is 55.3,4; Jr 30.9; 33.15-21). 
 
 
 
 
 
62 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
221 
 
 
 
 
 
4.6 - Participantes do milênio 
 
Os salvos de todas as épocas: (I Ts 4.16,17; Ap 20.4,6); 
Os Mártires da Grande Tribulação: (Ap 20.4); 
 
Os Sobreviventes da Grande Tribulação: Durante a Grande 
Tribulação a população da terra será dizimada. Os judeus e os 
gentios sobreviventes aos juízos divinos, participarão com seus 
corpos naturais do reinado de Cristo. Os gentios participantes 
são aqueles que serão poupados no julgamento das nações pela 
maneira como trataram os judeus, considerados os irmãos de 
Jesus, durante o período da grande aflição do povo Judeu (Mt 
25.37-40; Is 26.2; 60.21). 
 
Os Nascidos Durante O Milênio: A vida na terra durante 
o milênio para aqueles que estarão em corpo natural, terá o seu 
curso normal. Eles irão crescer e multiplicar e encher a terra. 
A Palavra Profética afirma que, os homens serão multiplicados 
como rebanho e que as praças de Jerusalém se encherão de 
meninos e meninas durante o reino do Messias (Ez 36.37,38; 
Zc 8.4,5). 
 
 
 
 
63 
64 
 
 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
222 
 
 
 
 
4.7 - Características gerais do Milênio 
 
Paz: O reino messiânico será pacifico. A paz tão sonhada 
pelos homens dominará a terra. As estatísticas de guerra entre 
as nações não existirá, pois elas aprenderão a não guerrear 
e transformarão suas armas de guerra em instrumentos de 
trabalho (Is 9.6; 2.4; Mq 4.3,4; Lucas 2.13,14). 
 
Justiça: A injustiça predominante na terra não terá lugar 
no governo de Cristo (Os 4.1,2; Am 5.12-14; Tg 5.1-6). Ele 
regerá as nações à luz da justiça divina (Is 32.1; Sl 67.4; 72.4). 
Todo e qualquer ato que se opor aos princípios do reino, será 
anulado pelo Rei dos reis. 
 
Prosperidade: Um período de prosperidade é indicado 
pela Palavra profética para o Milênio. As condições espiritual, 
material, climáticas, sociais e outras, favorecerão a esse estado 
de abundância desejada (Is 32.15; 35.1; 41.18; 65.21,23; Jr31.5; 
Ez 47.12; 34.26; Am 9.13; Jl 2.23; Zc 14.8). 
 
Longevidade: Os habitantes da terra voltarão a ter vida 
longa como antes do dilúvio. Aquele que morrer aos cem anos 
de idade, será considerado jovem (Gn 5.1-32; 9.29; Is 65.20). A 
morte existirá, pois ela é o ultimo inimigo a ser aniquilado (I 
Co 15.26), porém, com uma ação limitada. 
65 
 
 
UNIDADE VII 
Doutrina das ÚltimasCoisas 
223 
 
 
 
 
 
Conhecimento Divino: Durante o reino milenar de 
Cristo o conhecimento do Senhor será universal (Is 11.9). Este 
conhecimento resultará no derramamento do Espírito Santo 
sobre toda a carne, na manifestação da glória de Deus e da 
obediência dos povos aos preceitos divinos (Jl 2.28,29; Is 2.3; 
24.23). 
 
Mudanças Na Natureza: Varias mudanças ocorrerão 
na época do reino de Cristo na natureza. A criação que agora 
geme por causa da ação do homem, será liberta: A maldição 
resultante da desobediência do primeiro casal, será removida 
(Gn 3.14,17,18; Is 55.12,13); A topografia sofrerá alterações 
visíveis (Zc 14.4; Is 11.15; 41.18; Ez 47.1-12); Os animais terão 
a sua ferocidade removida. Não mais se atacarão e não atacarão 
aos homens (Is 11.6-8; 65.25); As freqüentes mudanças 
climáticas deixarão de existir, permitindo assim, a estabilidade 
das estações anuais e consequentemente a restauração da 
fertilidade do solo e de abundantes colheitas. 
 
Ausência Da Influencia Do Mal: A prisão de Satanás 
antes da implantação do milênio fará com que, os participantes 
do reinado de Cristo, não sofram as influências maléficas 
que predominam no mundo atual. Isto não significa que as 
pessoas não cometerão pecado durante o período milenar. Elas 
66 
 
 
224 
INTRODUÇÃO a Teologia Sistemática 
 
 
 
 
continuam com a natureza pecaminosa herdada de Adão, mas 
a ausência da influência de Satanás e de seus agentes diminuirá 
o índice de pecaminosidade entre os homens e aqueles que 
pecarem terão a merecida punição pelo delito cometido (Ap 
20.1,2; I Jo 5.19; Ap 2.27; 12.5). 
 
4.8 - O final do Milênio 
 
 
A Soltura De Satanás: Após se completarem os mil anos, 
Satanás será solto. A razão de sua soltura pela revelação do 
Apocalipse é para enganar as nações (Ap 20.7,8). Mais uma vez, 
Deus põe à

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